faculdade de odontologia – uerj disciplina de sbc ii prof. urubatan medeiros profa. carolina...

55
EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA CÁRIE FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Upload: internet

Post on 17-Apr-2015

107 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA CÁRIE

FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJDISCIPLINA DE SBC II

Prof. Urubatan MedeirosProfa. Carolina Borges

Page 2: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Epi + demos + logos =

epidemiologia

Page 3: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

EPIDEMIOLOGIA Conceito:

É o estudo da distribuição do estado oueventos de saúde-doença e de seus

determinantes em populações específicas, ea aplicação desse estudo para o controle dos

problemas de saúde.

(Last, JM. A Dictionary of Epidemiology, 2ª ed. New York, Oxford UniversityPress, 1988.)

Page 4: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

PRESSUPOSTOS DA EPIDEMIOLOGIA:

A ocorrência e distribuição dos eventos relacionados à saúde não se dão por acaso;

Existem fatores determinantes das doenças

e agravos da saúde que, uma vezidentificados, precisam ser eliminados,reduzidos ou neutralizados.

Page 5: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

RACIOCÍNIO EPIDEMIOLÓGICO

Page 6: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

1-Suspeita em relação a uma possível influência de umfator na ocorrência de uma doença ( prática clínica, aanalise de padrões da doença, observações depesquisa laboratorial ou especulação teórica).2- Formulação de uma hipótese específica.

3- Teste da hipótese através de estudosepidemiológicos que incluem grupos adequados decomparação para:• Determinar da existência de uma

associaçãoestatística• Avaliar a validade de qualquer

associaçãoestatística ( acaso, viés...)

Page 7: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Associação entre consumo regular de café e doença periodontal (estudo de

coorte)*Risco relativo (RR) =

(20/50)/(10/50) = 2,00(IC95%: 1,04-3,83; p=0,03)

Risco relativo (RR) = (6/10)/(4/40) =

6,00(IC95%: 2,08-17,29; p<0,00)

Risco relativo (RR) = (30/40)/(20/60) =

2,25(IC95%: 1,51-3,36; p<0,00)

*In: Luiz RR, Costa AJL, Nadanovsky P. Epidemiologia e Bioestatística na Pesquisa Epidemiológica. São Paulo: Editora Atheneu,2005 (páginas 343 e 344).

Page 8: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Tipos de Estudos Epidemiológicos

Epidemiologia Descritiva (Onde? Quando? Como? Quem?)

Epidemiologia Analítica- Tipos de Estudos Observacionais:

Coorte, Caso-controle, Transversais e Ecológicos

- Tipos de Estudos Experimentais: Ensaios clínicos e ensaios clínicos comunitário

Page 9: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

INDICADORES DE SAÚDE

ÍNDICESIndicam a frequência com que ocorremcertas doenças e eventos na comunidade,podendo incluir ou não, uma indicação dograu da severidade da doença.

Quando são utilizados ?

Page 10: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Medidas de Frequência

Via de regra, os índices são empregados

em estudos de prevalência e incidência.

Page 11: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

PREVALÊNCIA

Prevalência: Frequência de casos de uma

doença, existente em um dado momento.

É uma medida estática, casos existentes

detectados através de 1 única observação

Page 12: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Tendo em vista as metas da OMS-FDI para o ano 2000 (FDI;5 1982),destaca-se que 73,7% da população registraram, aos 12 anos, valores menores ou iguais a 3 para o índice CPO.

( NARVAI, PC. et al. ,Prevalência de cárie emdentes permanentes de escolares do Municípiode São Paulo, SP, 1970-1996. Rev. SaúdePública vol.34 n.2 São Paulo Apr. 2000 ).

Page 13: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

INCIDÊNCIA

Incidência: Frequência com que surgem novos casos de uma doença, num intervalo de tempo.

É uma medida dinâmica, refere-se à uma mudança de estado de saúde, casos novos detectados através de mais de uma observação. Está associado ao risco de adoecimento.

Page 14: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Em Porto Alegre, foram observadas altas taxas de incidência de câncer de boca, ajustadas por idade pela população mundial, em ambos os sexos (8,3/100.000 em homens e 1,4/100.000 em mulheres), encontrando-se entre as mais elevadas do mundo.

(Franceschi S, Bidoli E, Herrero R, Munoz N. Comparison of cancers of the oral cavity and pharynx worldwide:etiological clues. Oral Oncol. 2000 Jan;36(1):106-15.)

Page 15: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges
Page 16: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Índices X Indicadores

Índice e indicadores são termos com significados diferentes. Enquanto o primeiro sempre se expressa por valores numéricos, os indicadores de saúde possuem um sentido mais amplo e podem incluir tanto alguns índices quanto informações qualitativas como condições de vida, acesso a serviços de saúde, etc.

Page 17: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Um indicador deve satisfazer os seguintes critérios:

Aceitabilidade: deve ser prático e aceitável parao paciente, não causando dor ou incômodo; Clareza, simplicidade e objetividade: oexaminador deve ser capaz de memorizar suasregras e critérios de maneira a aplicá-los comnaturalidade e sem perda de tempo durante otrabalho de campo; Pertinência: deve haver uma relação entre oíndice utilizado e a doença que está sendoestudada;

Page 18: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Um indicador deve satisfazer os seguintes

critérios:

Confiabilidade: deve ser suficientementepadronizado e confiável para permitircomparações entre diferentes examinadores eentre exames, em diferentes momentos, comoem estudos longitudinais; Análise estatística: deve permitir a

quantificaçãonumérica e, portanto, a análise estatística. Oíndice deve manter sua validade quandosubmetido a tratamento estatístico.

Page 19: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Indicadores de Cárie Dental:Unidades de Medida:

Unidade “Indivíduo”: significa que estamos contando quantos indivíduosapresentam a doença, independente da quantidade de dentes que possamestar afetados;

Unidade “ dente”: quantos dentes, em cada pessoa, estão afetados peladoença;

Unidade “ superfície”: considerando que cada dente possua 5superfícies, desejamos saber quantas superfícies totais estão afetadas peladoença, em uma pessoa;

Unidade “ Lesão”: Podemos ter, em cada superfície, mais de uma lesão.São contadas as lesões que cada indivíduo apresenta

Unidade “ Grau de severidade da lesão: Podemos ter lesões com grau de severidade diferentes. Nesta situação o tipo de lesão ( mancha branca cavitada, lesão incipiente de esmalte, lesões de dentina) é categorizado de acordo com sua severidade

Page 20: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Indicadores de Cárie Dental:

índice de Knutson ( Unidade individuo): Divide os Indivíduos em dois grupos

Indivíduos queTem o tiveram

Experiência com

A doença.

Indivíduos quenunca

tiveramexperiência

com adoença.

Page 21: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Indicadores de Cárie Dental:

Índice CPO-D ( Unidade Dente):• Foi proposto por Klein & Palmer e representa a médiado número total de dentes permanentes cariados,perdidos e obturados em um grupo populacional.• Em um único indivíduo, o CPO.D será a soma dascondições encontradas em cada dente• Ao realizar um levantamento epidemiológicoconsideramos apenas 28 dentes. Logo, o CPO.Dmáximo por indivíduo é igual a 28.

Page 22: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Indicadores de Cárie Dental:

Índice CPO.D ( Unidade dente):• C ( cariado) P ( perdido) O (obturado).• No índice é possível perceber a históriaanterior da doença ( obturados + extraídos)e a história atual da doença ( extraçãoindicada e cariados).• Os componentes extração indicada (Ei) +extraídos (E) formam, no conjunto, osdentes “perdidos” (P).

Page 23: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Indicadores de Cárie Dental

Índice CPO-D ( Unidade dente):• Critérios para exame: É considerado como CARIADO :1. Que apresenta lesão clínica óbvia. Existe uma

cavidade definida em que o próprio exame visual é suficiente para diagnosticar;

2. Evidência de esmalte socavado3. Em sulcos e fissuras com retenção de explorador,

desde que exista dentina amolecida ou opacidade de esmalte

4. Em faces proximais se o explorador prende5. Em casos que o explorador penetra entre dente e

restauração6. Quando houver restauração deficiente com infiltração

ou fraturas

Page 24: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

É considerado um dente OBTURADO aquele que:

1 - Apresenta uma coroa artificial em bom estado;2 - Apresente uma ou mais restaurações com material restaurador definitivo (resinas, ionômero, ouro, ligas, amálgama...), sem reincidência de lesões de cárie.

Page 25: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

É considerado como EXTRAÍDO um dente:

1 - Ausente da boca depois do período em que normalmente deveria ter feito sua erupção, em decorrência da doença cárie. Esse critério não pode ser utilizado para a dentição decídua pela existência de perdas dentárias fisiológicas ocorridas pela exfoliação natural da dentição decídua.

Page 26: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

É considerado como EXTRAÇÃO INDICADA um dente:

1 - Que apresente cavidades abertas e sinais óbvios de exposição ou morte pulpar;2 - Que apresente uma lesão profunda, próxima à polpa, em que tudo leve a crer que a polpa será exposta quando se intencionar preparar umacavidade para posterior restauração.

Page 27: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Observações Importantes:

Dente hígido: é o dente íntegro. Quando inexistir lesão de cárie e/ou restaurações.

Dente erupcionado:

1 - Para incisivos e caninos: o comprimento da coroa deve ser pelo menos igual à largura.2 - Para pré-molares: toda a superfície oclusal deverá estar exposta.3 - Para molares: pelo menos 2/3 da superfície oclusal deverá ser exposta.

Page 28: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Observações Importantes:

Não se consideram extraídos os dentes ausentes congenitamente (anodontias) e os extraídos por razões ortodônticas ou em decorrência de acidentes traumáticos.

Dente ausente: quando o decíduo não mais se encontrar na cavidade bucal e o permanente ainda não fez sua erupção. Neste caso, o permanente é que está ausente.

Page 29: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Indicadores de Cárie Dental

Índice c.e.o (Unidade dente): Proposto por Gruebbel, adaptação do Índice CPO.D

para a dentição decídua. Representa a média de dentes decíduos cariados

( C), com extração indicada ( e) e obturados ( O) por criança. Este índice não considera o componente extraído, tendo em vista que os dentes decíduos sofrem processo de exfoliação natural, que não tem nenhuma relação com a

doença cárie. O máximo c.e.o por criança é, então, 20.

Page 30: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Indicadores de Cárie Dental

Outros com unidade dente:1- Índice de Sloman

2- Índice de dentes funcionais3- Índice de equivalência a dentes

saudáveis

Page 31: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Indicadores de Cárie Dental

Índice CPO.S ( Unidade Superfície):• É uma adaptação do CPO à unidade superfície dentária.• Foi proposto por Klein, Palmer & Knutson e representa o número médio de superfícies CPO por indivíduo.• Cada dente é considerado como sendo possuidor de 5 superfícies.• O número máximo CPO.S por pessoa é de 140.

Page 32: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Indicadores de Cárie Dental

Unidade Lesão:Não existe nenhuma proposta explícita para esta unidade.

Existe o perigo de entre um e outro exame as lesões independentes coalescerem

Page 33: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Indicadores de Cárie Dental:

Índice de Mellanby ( Unidade grau de severidade da lesão):

Atribui- se uma nota a cada dente, de acordo com a severidade da lesão cariosa

Page 34: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Indicadores de Saúde Bucal

IHO.S: Proposto por Greene & Vermillion

(1964) com o propósito de:1- Estudar a epidemiologia da doença periodontal2- Verificar a eficiência de métodos de escovação3- Verificar os efeitos de programas de educação em saúde bucal

Page 35: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Indicadores de Saúde Bucal

IHO.S:1- É necessário utilizar substâncias evidenciadoras de placa bacteriana ( Fucsina Básica, eritrosina)2- Essas substâncias facilitam a visualização do biofilme, porém é possível visualizá-lo sem o uso delas.3- No IHO.S examinamos apenas algumas superfíciesespecíficas de dentes selecionados e, segundo osautores, se nestas superfícies encontrarmos uma certaquantidade de placa é sinal que nas demais também aencontraremos.

Page 36: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Indicadores de Saúde Bucal

IHO.S: São Elas:

Vestibular do 1º molar superior direitoVestibular do 1º molar superior esquerdo

Vestibular do incisivo central superior direito Lingual do 1º molar inferior esquerdo

Lingual do 1º molar inferior direito Vestibular do incisivo central inferior

esquerdo

Page 37: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Indicadores de Saúde Bucal

IBV Índice de Biofilme Visível baseia-se na

ausência e presença de placa nas superfícies Vestibular, Lingual, Mesial, Distal e Oclusal.

O resultado é expresso em percentuais de superfícies com placa em relação ao total

examinada. O IBV é realizado APENAS com espelho

( sem o uso do explorador!!!!!!!!!!!!!!)

Page 38: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Materiais e Métodos:

Materiais: ESPELHO, SERINGA TRÍPLICE, ILUMINAÇÃO ( FOCO OU LANTERNA), ROLETES DE ALGODÃO.

Métodos: A superfície deve estar seca ( isolamento relativo e seringa tríplice) e iluminada.

Do 1º quadrante até o 4º quadrante, dos posteriores para os anteriores.

Page 39: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Cálculo:Total de faces: 113Faces com biofilme visível: 99

113 100114 XX = 87, 61%

Page 40: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Indicadores de Saúde Bucal

ISG Índice de Sangramento Gengival , tem

como função verificar áreas com necessidade de tratamento periodontal e hábitos de higiene dental do paciente.

Materiais: Sonda Milimetrada + Espelho + Rolete de algodão

Page 41: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Materiais e Métodos:

O ISG deve ser realizado com a cavidade bucal seca, com isolamento relativo. A sonda

periodontal deve ser percorrer o dente da distalpara a mesial, e dos dentes posteriores para osanteriores ( de trás para frente). De preferênciatoda a vestibular dos elementos e em seguida, alingual. A sonda periodontal e introduzida levemente nosulco ( ou bolsa) gengival.

Page 42: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Cálculo:Da mesma maneira que o IBV!

Page 43: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Fatores que interferem na epidemiologia da doença cárie :

1) Idade2) Sexo

3) Grupo Étnico4) Condições Sociais

Page 44: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Idade

Existe uma correlação positiva entre doença cárie e idade

Períodos alternados:1. Exacerbação aguda2. Inatividade3. Período de progressão Lenta

Page 45: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Sexo

Maior prevalência no sexo FEMININO até os 18 anos de idade.

HIPÓTESE: dentição erupciona mais cedo.

Page 46: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Grupo Étnico Confundidor A prevalência independe do grupo

étnico

Hábitos semelhantes

Prevalências semelhantes

Page 47: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Condições Sociais Não apresenta variações em termos de

prevalência

Indica a existência e a eficiência de cuidados de saúde bucal

Page 48: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Escores para o CPO.D – (World Health Organization – WHO) para a idadede 12 anos: Muito baixo: de 0,0 a 1,1 Baixo: de 1,2 a 2,6 Moderado: de 2,7 a 4,4 Alto: de 4,5 a 6,5 Muito alto: acima de 6,6

Page 49: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Países com maior prevalência de cárie: Peru: 7,0 Jamaica : 6,7 Honduras: 6,4 Martinica: 6,3 República Dominicana: 6,0 Nicarágua / Paraguai: 5,9

Page 50: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Países com menor prevalência de cárie: Togo / Rwanda: 0,3 Ghana / Lesotho / Libéria / Uganda: 0,4 Guiné-Bissau / Botswana: 0,5 Tanzânia: 0,6 China / Kiribati: 0,7 Malawii: 0,8 Djibouti / Paquistão: 0,9

Page 51: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Países industrializados com menor prevalência Finlândia: 1,2 Dinamarca: 1,3 Austrália / Nova Zelândia: 1,5 Holanda: 1,7 Estados Unidos / África do Sul: 1,8 Irlanda: 1,9 Suécia / Suiça: 2,0

Page 52: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Pesquisa Nacional de Saúde Bucal Objetivos:1. Fazer diagnóstico de saúde bucal da

população brasileira2. Traçar comparativo com a pesquisa SB

Brasil 20033. Avaliar o impacto do Programa Brasil

Sorridente4. Planejar ações de saúde bucal para o

próximo ano.

Page 53: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

SB Brasil 2010

Pesquisa realizada em 177 Municípios: 26 capitais e o Distrito Federal 30 municípios de cada região do país

Entrevistas e exames bucais em 38 mil pessoas divididas em 5 grupos etários: Crianças aos 5 anos Crianças aos 12 anos Adolescentes de 15 a 19 anos Adultos de 35 a 44 anos Idosos de 65 a 74 anos

Page 54: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

SB Brasil 2010

Estudo epidemiológico de base nacional Representativo para as 26 capitais, Distrito Federal e

para as cinco regiões Semelhante ao SB Brasil 2003 – possibilitando o início

da série histórica de indicadores da saúde bucal do brasileiro

CPO é o principal indicador, composto pela soma dos dentes:

Cariados – afetados pela cárie e ainda não-tratados Perdidos – extraídos em decorrência da cárie Obturados – acometidos pela cárie, porém tratados

Page 55: FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UERJ DISCIPLINA DE SBC II Prof. Urubatan Medeiros Profa. Carolina Borges

Dúvidas?