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1 FACULDADE DE ECONOMIA E FINANÇAS IBMEC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM ADMINISTRAÇÃO APLICAÇÃO DO MODELO UTAUT NA AVALIAÇÃO DA ACEITAÇAO DE UM SISTEMA INFORMATIZADO DE APOIO A GESTAO DO CONHECIMENTOISABELA CINTIA COSTA ORIENTADOR: PROF. DR. VALTER DE ASSIS MORENO JUNIOR Rio de Janeiro, 29 de Junho de 2010.

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FACULDADE DE ECONOMIA E FINANÇAS IBMEC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA

DDIISSSSEERRTTAAÇÇÃÃOO DDEE MMEESSTTRRAADDOO PPRROOFFIISSSSIIOONNAALLIIZZAANNTTEE EEMM AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO

“APLICAÇÃO DO MODELO UTAUT NA AVALIAÇÃO DA ACEITAÇAO DE UM SISTEMA INFORMATIZADO

DE APOIO A GESTAO DO CONHECIMENTO”

IISSAABBEELLAA CCIINNTTIIAA CCOOSSTTAA

ORIENTADOR: PROF. DR. VALTER DE ASSIS MORENO JUNIOR

Rio de Janeiro, 29 de Junho de 2010.

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APLICAÇÃO DO MODELO UTAUT NA AVALIAÇÃO DA ACEITAÇAO DE UM SISTEMA INFORMATIZADO DE APOIO A GESTAO DO CONHECIMENTO

ISABELA CINTIA COSTA

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado Profissionalizante em Administração como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Administração. Área de Concentração: Administração Geral.

ORIENTADOR: DR. VALTER DE ASSIS MORENO JUNIOR

Rio de Janeiro, 29 de Junho de 2010.

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APLICAÇÃO DO MODELO UTAUT NA AVALIAÇÃO DA ACEITAÇAO DE UM SISTEMA INFORMATIZADO DE APOIO A GESTAO DO CONHECIMENTO

ISABELA CINTIA COSTA

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado Profissionalizante em Administração como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Administração. Área de Concentração: Administração Geral.

Avaliação:

BANCA EXAMINADORA:

_____________________________________________________

Professor DR. VALTER DE ASSIS MORENO JUNIOR (Orientador) Instituição: Ibmec/RJ _____________________________________________________

Professora DRª. FLÁVIA DE SOUZA COSTA NEVES CAVAZOTTE Instituição: Ibmec/RJ

_____________________________________________________

Professor DR. CLAUDIO PITASSI Instituição: Estácio de Sá/RJ

Rio de Janeiro, 29 de Junho de 2010.

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FICHA CATALOGRÁFICA

658.403811 C837

Costa, Isabela Cintia. Aplicação do modelo UTAUT na avaliação da aceitação de um sistema informatizado de apoio a gestão do conhecimento / Isabela Cintia Costa - Rio de Janeiro: Faculdades Ibmec, 2010. Dissertação de Mestrado Profissionalizante apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração das Faculdades Ibmec, como requisito parcial necessário para a obtenção do título de Mestre em Administração. Área de concentração: Administração geral. 1. Sistemas de informação gerencial. 2. Gestão do conhecimento - Teoria Unificada de Aceitação e Utilização de Tecnologia.

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DEDICATÓRIA

Ao Senhor e mestre da minha vida, Jesus Cristo. À meus pais e irmã, Armando, Nazaré e Érica Costa.

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AGRADECIMENTOS

À Deus, e Pai Todo Poderoso, que me concedeu graça, força e capacitação para que em meio

aos estudos, trabalho e a distância da família, chegasse ao final deste trabalho.

Ao meu orientador, professor Valter de Assis Moreno Jr., por suas críticas e sugestões, que

foram de fundamental importância no desenvolvimento deste trabalho.

À professora de Comportamento Organizacional, Flávia de Souza Costa Neves Cavazotte e ao

professor Cláudio Pitassi por se disponibilizarem e aceitarem o convite de fazer parte da

banca examinadora deste trabalho num curto período.

Ao IBMEC e a coordenação do Programa de Pós-graduação.

Ao meu gerente Augusto Riccio, Coordenador Gilberto Alves e Adelman Moreira Ribeiro

pelo apoio contínuo, desde o início do curso do mestrado até a coleta de dados e construção

deste trabalho de pesquisa sobre o SI no qual trabalhamos.

Aos funcionários da empresa que fizeram parte da minha pesquisa nas respostas dos

questionários, pois sem eles seria impossível alcançar o objetivo planejado.

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“CIENCIA”

“E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor,

nada seria.”

(Bíblia, 1º Coríntios 13)

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RESUMO

É crescente o número de estudos a adoção de Tecnologia da Informação (TI) devido aos altos

investimentos em sua aquisição. Tal fato direciona esforços para potencialização da conduta

de uma maior aceitação e utilização efetiva dos usuários. O propósito deste trabalho é

identificar quais as variáveis mais relevantes na aceitação de um sistema de informação de

apoio a gestão do conhecimento implantado em uma grande empresa brasileira, que atua na

exploração de petróleo e seus derivados. A partir da técnica de regressão linear múltipla, as

hipóteses iniciais foram testadas utilizando como base o modelo Unificado da Teoria de

Aceitação e de Uso de Tecnologia (UTAUT) de Venkatesh et.al. (2003), com a adoção do

construto Intenção de Uso Efetivo como alternativa para a Intenção de Uso. Os resultados

mostraram na amostra pesquisada que a variável Expectativa de Esforço influencia direta e

positivamente na Intenção de Uso Efetivo do sistema, sendo a variável Ansiedade um

antecedente da Expectativa de Esforço. Verificou-se também que a variável Voluntariedade

influencia direta e positivamente o Uso Real do SI dentro de um contexto em que o uso é

considerado obrigatório.

Palavras Chave: Aceitação de Sistemas de Informação, Teoria Unificada de Aceitação e

Utilização de Tecnologia, UTAUT, Gestão do Conhecimento.

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ABSTRACT

The number of studies is increasing on the adoption of Information Technology (IT) due to

the high investments in its acquisition. This fact directs efforts to heighten a greater

acceptance and effective utilization of the users of the Information Systems (IS). The purpose

of this study is to identify the most important variables in the acceptance of a Knowledge

Management System implanted in a large Brazilian company. From the Multiple Linear

Regression technique, the initial hypotheses were tested using the model based on the Unified

Theory of Acceptance and Use of Technology (UTAUT) from Venkatesh et.al. (2003), but it

was used the construct Intention to Use Effective as an alternative to the Intention to Use. The

results in this sample showed that the variable Effort Expectancy influences directly and

positively on Intention to Use Effective the system, with variable Anxiety as an antecedent to

the Effort Expectancy. It was also identified that Voluntariness has a direct and positive

influence regarding Use Behavior of the SI in a context considered mandatory.

Key Words: Acceptance of Information Systems, Unified Theory of Acceptance and Use of

Technology, UTAUT, Knowledge Management.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Modelo de Aceitação Tecnológica (TAM) .............................................................18

Figura 2 – Modelo UTAUT e seus determinantes....................................................................20

Figura 3 – Estrutura teórica resultante do conhecimento acumulado de pesquisas sobre

modelos de aceitação de tecnologia..................................................................................21

Figura 4 – Modelo proposto .....................................................................................................39

Figura 5 – Cadeia de valor da indústria de petróleo e gás........................................................42

Figura 6 – SI estudado na pesquisa ..........................................................................................43

Figura 7 – Número de acesso mensal no SINPEP do ano de 2001 a 2009 ..............................44

Figura 8 – Hipóteses comprovadas na pesquisa .......................................................................52

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LISTA DE QUADROS E TABELAS

Quadro 1 – Resumo de resultados encontrados sobre os construtos UTAUT .........................23

Quadro 2 – Resultados encontrados sobre os moderadores UTAUT ......................................24

Quadro 3 – Contextualização de alguns estudos realizados testando o modelo UTAUT ........25

Tabela 1 – Características dos respondentes ............................................................................42

Tabela 2 – Estatísticas descritivas e confiabilidade dos construtos validados ........................46

Tabela 3 – Teste de Normalidade e estatística de assimetria e curtose das variáveis ..............47

Tabela 4 – Análise de regressão das variáveis dependentes Intenção de uso, Condições

facilitadoras e voluntariedade e variável dependente Uso do SI ......................................48

Tabela 5 – Análise de regressão das variáveis dependentes Expectativa de Desempenho,

Expectativa de Esforço e Influencia social e variável dependente Intenção de uso.........49

Tabela 6 – Análise de regressão das variáveis independentes Auto-eficácia e Ansiedade e

variável dependente Expectativa de Desempenho............................................................50

Quadro 4 – Resultado final do teste de Hipóteses. ...................................................................51

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..............................................................................................................13 1.1 OBJETIVOS DA PESQUISA................................................................................................................. 16 1.2 RELEVÂNCIA DA PESQUISA ............................................................................................................ 16

2 REVISÃO DA LITERATURA .....................................................................................17 2.1 EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE ACEITAÇÃO DE TECNOLOGIA............................................... 17 2.2 MODELO UTAUT E PESQUISAS SOBRE O SEU USO .................................................................... 21 2.3 SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE APOIO A GESTÃO DO CONHECIMENTO .............................. 26 2.4 MODELO PROPOSTO ......................................................................................................................... 28 2.4.1 Antecedentes de Uso do SI ..................................................................................................................... 28 2.4.1.1 Condições Facilitadoras – CF ................................................................................................................. 28 2.4.1.2 Voluntariedade – VOL............................................................................................................................ 30 2.4.1.3 Intenção de Uso Efetivo - IUE ................................................................................................................ 30 2.4.2 Antecedentes da Intenção de Uso Efetivo............................................................................................... 32 2.4.2.1 Expectativa de Desempenho - ED........................................................................................................... 32 2.4.2.2 Expectativa de Esforço - EE.................................................................................................................... 34 2.4.2.3 Influência Social - IS............................................................................................................................... 36 2.4.4 Antecedentes da Expectativa de Esforço................................................................................................. 37

3 METODOLOGIA DA PESQUISA...............................................................................40 3.1 COLETA DE DADOS E CARACTERÍSTICA DA AMOSTRA .......................................................... 40 3.2 SISTEMA DE INFORMAÇÃO DA PESQUISA................................................................................... 42

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ...................................................................................45 4.1 PREPARAÇÃO DOS DADOS............................................................................................................... 45 4.2 ANÁLISE DAS HIPÓTESES H1, H2, H3 E MODERAÇÕES ............................................................. 47 4.3 ANÁLISE DAS HIPÓTESES H4, H5, H6 E MODERAÇÕES ............................................................. 48 4.4 ANÁLISE DAS HIPÓTESES H7 e H8 .................................................................................................. 50 4.5 CONCLUSÕES ...................................................................................................................................... 51

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................53

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................................56

APÊNDICE A - ITENS PROPOSTOS PARA AVALIAÇÃO DO SI.......................................................62

APÊNDICE B – ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS..............................................................................64

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1 INTRODUÇÃO

É notório o crescimento de estudos sobre Sistemas de Informação (SI) indicando o tema como

um grande direcionador para o futuro. Dentro do contexto de adoção de Tecnologia da

Informação (TI), o foco encontra-se em intervenções que possam potencializar a condução de

uma maior aceitação e efetiva utilização de nível individual da TI (VENKATESH e BALA,

2008; BENBASAT e BARKI, 2007; GOODHUE, 2007; VENKATESH, DAVIS, e MORRIS,

2007).

Sistema de Informação seria o conjunto de aspectos técnicos de tecnologia, como software e

hardware, e aspectos humanos, administrativos e organizacionais, como fluxo de trabalho,

pessoas e informações envolvidas (LAURINDO et. al., 2006). A maioria dos autores utiliza

também o termo Tecnologia da Informação (TI) com mesma abrangência de conceito

(HENDERSON e VENKATRMAN, 1993).

A TI vem deixando de ter uma visão tradicional de suporte administrativo para assumir um

papel estratégico dentro da organização. Em grande parte dos estudos encontra-se o

alinhamento do discurso de que a TI pode melhorar o posicionamento estratégico das

organizações quando adequadamente combinada com outros recursos, como, habilidades dos

colaboradores, processos alinhados e uma estrutura organizacional adequada

(SCHNIEDERJANS, HAMAKER e SCHNIEDERJANS, 2004). Pressupõe-se que a TI pode

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contribuir para a melhoria de processos, e conseqüentemente para o aperfeiçoamento do

desempenho da organização, quando aplicada nos processos que agregam valor ao produto,

possibilitando o aumento da percepção por parte dos clientes quanto aos produtos adquiridos.

Venkatesh et.al. (2007) analisando pesquisas anteriores sobre a adoção de TI em organizações

sugere três caminhos direcionadores: 1) mudança em processos de negócio e padrões de

processos; 2) tecnologias para cadeias de suprimentos; e 3) serviços. Em cada um desses

direcionadores observa-se uma necessidade gerencial de desenvolver e programar

intervenções para maximizar a adoção e uso de TI por seus funcionários.

No final da década de 80, começaram a surgir estudos focados em prever e explicar

comportamentos de uso de SI nas organizações. O interesse deve-se à crença de que o uso

efetivo de SI resulta no aumento de desempenho dos funcionários usuários. Passou- se a

observar então a existência de uma resistência por parte dos usuários em aceitar um novo

sistema, o que tornou o tema intensamente pesquisado (DAVIS, 1989).

A maioria dos estudos iniciais sobre a aceitação de Sistemas de Informações concentrou-se na

validação de alguns construtos base. Recentemente, tem-se buscado analisar os fatores que

influenciam estes construtos base, denominados de fatores externos, os quais antecedem os

construtos base, para melhor entender sua influência na utilização de Sistemas.

Estudos que utilizaram modelos de aceitação tecnológica têm encontrado diferentes resultados

quanto à relação entre os construtos avaliados. Os resultados encontrados evidenciam a

importância de se avaliar a implantação dos SIs considerando o contexto organizacional em

que se encontram, para implementação dos ajustes identificados para melhorar sua eficácia.

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Analisar a resistência de usuários tem se tornado significante na implementação de SI devido

às diversas mudanças sociais, além das mudanças técnicas, resultantes do sistema (GIBSON,

2003). Como resposta às mudanças, os usuários tendem a resistir aos novos SIs e provocar

atrasos na duração do projeto, resultando em orçamentos acima do esperado e na

subutilização do novo sistema (BEAUDRY e PINSONNEAULT 2005; KIM e PAN, 2006;

KIM, 2009). Por isso, analisar a presença de certos grupos de fatores definidos como críticos

tem relevância dentro de um projeto de implantação de um SI, visto que uma boa gestão

destes fatores aumenta a chance de sucesso.

No Brasil, Mendonça et. al. (2009) avaliaram a relação entre a adoção de TI e produtividade

da indústria brasileira e concluíram que a adoção de TI relacionada a SI de apoio a gestão tem

um efeito positivo na produtividade da mão-de-obra. Investimentos feitos pelas empresas em

TI são significativos, mas para promover produtividade, a TI precisa ser aceita e utilizada.

Embora a área de pesquisa explicando a aceitação de novas tecnologias seja madura no

contexto de pesquisa em SI, há uma multiplicidade de modelos entre os quais os

pesquisadores devem escolher, sendo que os modelos existentes até então, geralmente

explicavam, em média, 40% do comportamento de adoção (FETZNER, 2007).

Neste contexto, identifica-se uma oportunidade de avaliar os modelos de aceitação de

tecnologia, seus resultados e restrições, na identificação dos fatores que influenciam a

aceitação de sistemas de informação voltados para apoio à gestão do conhecimento

organizacional.

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1.1 OBJETIVOS DA PESQUISA

O objetivo deste trabalho é identificar as variáveis relevantes para a aceitação de um sistema

de informação de apoio à gestão do conhecimento. Para isso, foi conduzida uma pesquisa

quantitativa tendo por objeto de estudo um SI implantado em uma grande empresa brasileira

que atua na exploração de petróleo e seus derivados. O modelo utilizado no trabalho é uma

extensão do modelo Unificado da Teoria de Aceitação e de Uso de Tecnologia (UTAUT) de

Venkatesh et.al. (2003).

Vale ressaltar que a maioria dos estudos sobre o modelo UTAUT tem como objetivo entender

quais são as variáveis que influenciam o uso real ou a intenção de uso de um determinado SI.

Nesta pesquisa, procura-se também entender os efeitos dos antecedentes propostos na

intenção de uso efetivo do sistema de apoio à gestão do conhecimento, ou seja, a utilização

plena do sistema e sua integração à rotina de trabalho do usuário.

1.2 RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Poucos estudos científicos foram realizados utilizando o modelo UTAUT para a avaliação da

aceitação de sistemas voltados à gestão do conhecimento. Dessa forma, o presente trabalho

pretende contribuir para o avanço do entendimento sobre este tema, principalmente no

contexto de negócios brasileiro.

Por outro, os resultados aqui descritos podem ser úteis para as empresas que pretenderem

realizar investimentos em sistemas de apoio à gestão do conhecimento. A identificação das

variáveis relevantes para a intenção de uso efetivo e uso real permitiria aos gestores dessas

organizações que empreendessem ações de forma preventiva, como treinamento e marketing,

para tentar aumentar a aceitação dos novos SIs.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

Neste capítulo é descrita a evolução dos modelos de aceitação de tecnologia, bem como as

pesquisas encontradas na literatura relacionadas ao modelo UTAUT.

2.1 EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE ACEITAÇÃO DE TECNOLOGIA

O modelo inicial de aceitação de tecnologia, o TAM - Technology Acceptance Model de

Davis (1986), tem origem na Teoria da Ação Racional (TRA – Theory of Reasoned Action)

apresentada na área de psicologia social por Fishbein e Ajzen (1975; 1980). A TRA consiste

em um modelo geral concebido para explicar um comportamento humano, o qual é precedido

pela intenção de se ter tal comportamento (BI – Behavioral Intention). A intenção de

comportamento sofre influência de normas subjetivas, como crenças e motivações, e atitudes

do ser humano quanto ao comportamento.

Davis (1989) elaborou a TAM para explicar a aceitação de um sistema de informação por seus

usuários. Para tal, apresenta duas percepções particulares sobre o sistema, a utilidade

percebida e facilidade de uso percebida, como fundamentais para aceitação e comportamentos

que conduzem à utilização. A Utilidade Percebida (U – Usefulness) consiste na crença do

indivíduo de que ao utilizar o sistema tecnológico, ocorrerá uma melhoria no desempenho do

seu trabalho. Já a Facilidade de Uso Percebida (EOU – Perceived ease of use) consiste no

nível de esforço envolvido no uso de um sistema de informação, conforme percebido pelo

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potencial usuário. Segundo Davis (1989), a Intenção Comportamental (BI- Behavioral

Intention) pode ser vista como co-determinada pela Atitude (A) da pessoa em relação à

utilização do sistema e pela Utilidade Percebida (U). A Figura 1 apresenta a representação do

modelo.

O modelo TAM possibilita a avaliação do impacto de variáveis externas nas crenças e atitudes

pessoais dos usuários que resultam na intenção de uso do sistema, considerando U e EOU

como mediadores deste resultado (VENKATESH e DAVIS, 2000).

Algumas das limitações do modelo TAM são retomadas pelo modelo Unificado da Teoria de

Aceitação e de Uso de Tecnologia (UTAUT). O UTAUT - Unified Theory of Acceptance and

Use of Technology de Venkatesh et. al.(2003) consiste em um modelo que pode ser utilizado

para avaliação da probabilidade de sucesso de uma nova tecnologia a ser implantada por meio

da análise da aceitação do potencial usuário do SI. O modelo foi proposto com o intuito de

prover uma ferramenta para gestores com necessidade de avaliar a probabilidade de sucesso

da introdução de novas tecnologias e ajudá-los a entender quais são os direcionadores de sua

aceitação.

Figura 1 - Modelo de Aceitação Tecnológica (TAM).

Fonte: Davis, Bagozzi e Warshaw, 1989.

Atitude (A)

Utilidade Percebida (U)

Variáveis externas

Intenção Comportamental de utilização (BI)

Utilização real do sistema

Facilidade de Uso percebida

(EOU)

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O propósito essencial de modelos de aceitação de TI é prover uma base para mapear o

impacto de fatores externos sobre aqueles internos ao indivíduo, como as crenças, atitudes e

intenções de comportamento. O modelo UTAUT foi formulado com o objetivo de medir estes

impactos, por meio da avaliação de algumas variáveis fundamentais, sugeridas por pesquisas

anteriores que abordam a aceitação de computadores nas dimensões cognitiva e afetiva

(PIRES e FILHO, 2008).

O UTAUT foi validado como um modelo unificado integrando constructos e moderadores

identificados em oito modelos diferentes que possibilitam a avaliação da aceitação de

tecnologias por seus usuários: a Teoria da Ação Racional (TRA); o Modelo de Aceitação da

Tecnologia (TAM); o Modelo Motivacional (MM); a Teoria do Comportamento Planejado

(TPB); o Modelo Combinado TAM-TPB; o Modelo de Utilização do PC (MPCU); a Teoria

da Difusão da Inovação; e a Teoria Social Cognitiva. O modelo é composto de quatros

constructos, dos quais três são descritos como determinantes diretos da Intenção de

Utilização, a saber: Expectativa de Desempenho, Expectativa de Esforço e Influencia Social.

Juntamente com o quarto construto, denominado de Condições Facilitadoras, eles

influenciam direta ou indiretamente o comportamento de uso do SI. O modelo testado

também considera quatro variáveis como moderadoras, atuando nos efeitos das demais

variáveis na Intenção de Utilização. São eles: Gênero, Idade, Experiência e Voluntariedade.

A Figura 2 apresenta a representação do modelo UTAUT.

O modelo UTAUT foi testado por Venkatesh et. al. (2003) com dados coletados em quatro

organizações por um período de seis meses, com três pontos de medidas. Ele foi testado

novamente em duas novas organizações, com resultados similares ao primeiro estudo, sempre

validando as hipóteses iniciais dos autores.

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Recentemente, Venkatesh e Bala (2008) propuseram uma nova estrutura teórica resultante do

conhecimento acumulado em pesquisas anteriores sobre modelos de aceitação de tecnologia.

A Figura 3 apresenta o resultado obtido, destacando quatro tipos diferentes de determinantes

da Utilidade Percebida e da Facilidade de Uso Percebida, que seriam as Diferenças

Individuais, as Características do Sistema, a Influência Social e Condições Facilitadoras.

Diferenças Individuais abrange a personalidade e/ou características demográficas, como

traços pessoais, gênero e idade, que podem influenciar a Utilidade Percebida e Facilidade de

Uso Percebida. Características do Sistema são as características do sistema que auxiliam o

individuo a desenvolver uma percepção, favorável ou não, relativa à Utilidade Percebida e à

Facilidade de Uso Percebida do sistema. Influência Social abrange vários processos sociais e

mecanismos que orientam o indivíduo a formular percepções de diversos aspectos de um SI.

Condições Facilitadoras representam o suporte organizacional que facilita o uso de um SI

(VENKATESH e BALA, 2008).

Figura 2 - Modelo UTAUT e seus determinantes.

Fonte: Venkatesh et. al., 2003.

Expectativa de Desempenho

Expectativa de Esforço

Influência Social

Condições Facilitadoras

Intenção de Uso

Uso do SI

Voluntariedade Gênero Idade Experiência

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Figura 3 - Estrutura teórica resultante do conhecimento acumulado de pesquisas sobre modelos de aceitação de tecnologia.

Fonte: Venkatesh e Bala, 2008.

2.2 MODELO UTAUT E PESQUISAS SOBRE O SEU USO

Bernardi (2008) destaca que muitos trabalhos que avaliam a aceitação de SI destacam a

dificuldade de se medir o uso real de um sistema, optando por avaliar a intenção de uso.

Contudo, o construto Intenção de Uso somente expressa uma intenção, não avaliando a forma

como o SI será efetivamente utilizado.

Alguns pesquisadores argumentam também que os modelos que avaliam a intenção de

comportamento apresentam limitações por não considerarem claramente um conjunto de

características importantes dos indivíduos (AGARWAL; PRASAD, 1998; DABHOLKAR;

BAGOZZI, 2002). Segundo YI et. al., (2003) as pessoas podem aceitar e utilizar uma nova

tecnologia ou porque ela é de fácil utilização, ou porque seu uso traz algum tipo de benefício.

Entretanto tal argumento não poderia ser igualmente afirmado para todos os indivíduos, os

quais possuem diferentes características pessoais. Por isso, Bernadi (2008) destaca que a

Utilidade Percebida

Facilidade de Uso percebida

Influência social (IS)

Utilização do SI

Diferenças individuais

Intenção para utilização

Características do Sistema

Condições Facilitadoras

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análise de intenção de comportamento proposta pelo UTAUT representa uma contribuição

significativa por permitir o estudo de características individuais e de atitudes pessoais de

forma clara e explícita.

Outro destaque do modelo UTAUT é o fato de que apresenta uma capacidade preditiva

superior aos oito modelos individuais anteriores que serviram de base para seu estudo e

desenvolvimento. Assim, pode ser visto como um avanço da pesquisa sobre a aceitação

individual da TI, na medida em que unifica perspectivas teóricas conhecidas na literatura e

incorpora moderadores para controlar as influências do contexto organizacional, a experiência

do usuário, além de características demográficas (KAUFMANN, 2005; BRAUER, 2008;

BOBSIN et. al., 2009). O UTAUT explica, em média, 70% da variância na intenção de uso da

TI (BANDYOPADHYAY e FRACCASTORO, 2007), sendo considerado o modelo com

maior capacidade de explicação e/ou previsão de aceitação de uso individual da tecnologia

(DAVIS, BAGGOZZI, e WARSHAW, 1989; HU et. al., 1999; VENKATESH et. al., 2003;

ESTIVALETE, 2009) e um dos mais completos modelos sobre aceitação da TI (LI e

KISHORE, 2006; ESTIVALETE, 2009).

Dentre as pesquisas realizadas utilizando o UTAUT, destaca-se a pesquisa de Bobsin et. al.

(2009) que em analisa os estudos sobre o modelo no período de 2003 a março de 2008. Foi

observado que a maioria dos 10 estudos analisados refere-se apenas a ambientes virtuais

(KIM et. al., 2005; Carter e BÉLANGER, 2005; LEE et. al., 2006; MASREK et. al., 2007;

SCHAPER e PERVA, 2007; GUO e BARNES, 2007; RAAIJ e SCHEPERS, 2008). Tal fato

pode indicar um potencial campo de estudo considerando outros contextos, como SI em

contextos organizacionais.

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23

Observa-se ainda que a maioria dos estudos sobre o UTAU referencia o modelo, mas não o

testam na íntegra. Além disso, algumas divergências são identificadas quanto ao grau de

influência dos construtos do modelo na aceitação do usuário de TI. O Quadro 1 apresenta a

comparação de alguns resultados encontrados em estudos sobre os construtos do modelo

UTAUT. No Quadro 2 apresenta-se um resumo dos resultados encontrados sobre os

moderadores definidos no UTAUT. O Quadro 3 lista os diferentes contextos em que estes

estudos foram realizados.

Relação Resultado Referência

ED→IU

Significante

Venkatesh et al. (2003); Anderson, Schwager e Kerns (2006); Pires, Yamamoto e Filho (2006); Al-Gahtani, Hubona e Wang (2007); I-Chiu et al. (2007); Fernandes (2007); Im, Kim e Wang (2008) Park, Yang e Lehto (2007); Brauer (2008); Estivalete et. al. (2009); Moreno e Silva (2009); Wang, Wu e Wang (2009);

Significante

Pires, Yamamoto e Filho (2006); Al-Gahtani, Hubona e Wang (2007); I-Chiu et al. (2007); Park, Yang e Lehto (2007); Im, Kim e Wang (2008) Gupta, Dasgupta e Gupta (2008); Bernardi Jr, (2008); Estivalete et. al. (2009); Wang, Wu e Wang (2009);

EE→IU

Não significante Anderson, Schwager e Kerns (2006); Fernandes (2007);

Significante

Pires, Yamamoto e Filho (2006); I-Chiu et al. (2007); Park, Yang e Lehto (2007); Moreno e Silva (2009);

IS→IU

Não significante Fernandes (2007);

Significante

Venkatesh et. al., 2003; Pires, Yamamoto e Filho (2006); Park, Yang e Lehto (2007); Bernardi Jr, (2008);

CF→IU Não significante Anderson, Schwager e Kerns (2006);

AE→IU Significante Brauer (2008); ANS→IU Significante Pires, Yamamoto e Filho (2006);

IU: Intenção de Uso; ED: Expectativa de Desempenho; EE: Expectativa de Esforço; IS: Influencia Social; CF: Condições Facilitadoras; AE: Auto-Eficácia; ANS: Ansiedade.

Quadro 1 - Resumo de resultados encontrados sobre os construtos UTAUT.

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24

Moderador Relação moderada Resultado Referencia

ED→IU Não significante Moreno e Silva (2009);

EE→IU Não significante Al-Gahtani, Hubona e Wang (2007);

Wang, Wu e Wang (2009); Moreno e Silva (2009);

Não significante Fernandes (2007); Moreno e Silva (2009); Estivalete et al. (2009);

IS→IU

Mais intenso nos homens

Wang, Wu e Wang (2009); Moreno e Silva (2009);

Gênero

Significante Park, Yang e Lehto (2007); Im, Kim e Wang (2008);

ED→IU Mais intenso nos jovens

Fernandes (2007);

EE→IU Mais intenso nos mais velhos

Fernandes (2007); Wang, Wu e Wang (2009);

EE→IU Não significante Al-Gahtani, Hubona e Wang (2007); IS→IU Mais intenso

nos mais velhos Fernandes (2007); Moreno e Silva (2009); Wang, Wu e Wang (2009);

Significante

Anderson, Schwager e Kerns (2006); Al-Gahtani, Hubona e Wang (2007)

.

Idade

Não significante Estivalete et al. (2009); Significante

Anderson, Schwager e Kerns (2006); Al-Gahtani, Hubona e Wang (2007);

Experiência

EE→IU Não significante

Fernandes (2007); Park, Yang e Lehto (2007); Al-Gahtani, Hubona e Wang (2007); Im, Kim e Wang (2008); Estivalete et. al. (2009); Moreno e Silva (2009);

Voluntariedade IS→IU Significante Anderson, Schwager e Kerns (2006); Quadro 2 - Resultados encontrados sobre os moderadores UTAUT.

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25

Referência Tipo de SI estudado Amostra Anderson, Schwager e Kerns (2006)

Uso de TabletPC (computador portátil) na educação

37 professores universitários, maioria homens, com ensino superior.

Pires, Yamamoto e Filho (2006)

Usuários do serviço de voz sobre IP denominado Skype

144 usuários do sistema Skype.

Fernandes (2007) Uso de sistema ERP. 139 funcionários de uma empresa de navegação, comércio exterior e logística do Rio de Janeiro.

Al-Gahtani, Hubona e Wang (2007)

Uso de computadores, modelos desktop

1190 respondentes: 468 com uso mandatório e 7212 com uso voluntário. Cultura não ocidental, Arábia Súdita; diferenças culturais.

I-Chiu et. al. (2007) Uso de um SI de suporte a decisão clínica médica.

115 médicos de três hospitais de Taiwan.

Park, Yang e Lehto (2007)

Adoção de tecnologias móveis

221 Chineses que utilizavam tecnologias de comunicação móvel.

Im, Kim e Wang (2008)

Usuários das tecnologias MSN Messenger, webboard ou uma ferramenta de comunicação móvel.

161 alunos de graduação e pós graduação de uma universidade americana.

Bernardi Jr. (2008) Indivíduo, com ou sem experiência com tecnologias (com equipamentos e serviços tecnológicos)

382 entrevistas válidas. Amostra intencional não probabilística na cidade de Sorocaba-SP; grupos heterogêneos quanto a condições socioeconômicas e escolaridade.

Brauer (2008) Resistência à educação à distância na educação corporativa

258 empregados de empresas brasileiras que já realizaram um ou mais de um curso corporativo à distância. Amostragem não-probabilística.

Moreno e Silva (2009)

Sistema ERP SAP/R3 385 usuários de quatro empresas de segmentos distintos dos estados do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

Estivalete et al. (2009)

Sistemas de informação 170 colaboradores de uma empresa dovarejo calçadista do estado do Rio Grande do Sul.

Wang, Wu e Wang (2009)

Aceitação do aprendizado móvel

330 indivíduos que possuíram diferentes níveis de interação com o computador ou com a internet.

Quadro 3 - Contextualização de alguns estudos realizados testando o modelo UTAUT.

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26

2.3 SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE APOIO A GESTÃO DO CONHECIMENTO

O conhecimento é considerado como um ativo em uma organização quando a soma de

patentes, processos, habilidades dos funcionários, tecnologias, informações sobre clientes e

fornecedores e a experiência da organização podem ser utilizados para criar uma vantagem

competitiva, ou seja, um diferencial em relação a outras empresas (STEWART, 1998).

Para compartilhar e transmitir conhecimento faz-se necessário o uso de estruturas, como

sistemas de informação, inteligência competitiva e de mercado, conhecimento dos canais de

mercado e foco gerencial. Tais componentes permitem transformar o conhecimento individual

acumulado em uma propriedade de grupo, ao se padronizar este conhecimento e permitir seu

uso repetido para a criação de valor para a organização (STEWART, 1998; ALAVI et. al.,

2001)

Dentro do conceito de conhecimento, destacam-se os conceitos de conhecimento tácito e o de

conhecimento explicito. Segundo Nonaka e Takeushi (1995), conhecimento tácito é o

conhecimento que o indivíduo possui, mas do qual não se apercebe, de natureza subjetiva e

intuitiva, altamente pessoal e difícil de formalizar, dificultando a sua transmissão, registro e

compartilhamento com outros. Já o conhecimento explícito seria o conhecimento que o

indivíduo possui e de que tem consciência, e que por isso é capaz de explicitar em palavras e

números, sendo facilmente comunicado e compartilhado.

Considerando que o conhecimento tem sido destacado como um importante recurso

organizacional, o número de estudos sobre Sistemas de Gestão do Conhecimento (KMS –

Knowledge Management Systems) tem crescido rapidamente, com o intuito de desenvolver

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27

sistemas de informações como instrumentos que permitem à organização explorar soluções

voltadas para a gestão do conhecimento (HALAWI et. al. 2007). Os SI podem contribuir

significativamente para a formação da memória organizacional, já que facilitam o registro e

manutenção do conhecimento explícito e potencializam a transferência de conhecimento

tácito, por meio do uso de regras e modelos, colaborando para a agregação e processamento

combinado do conhecimento explicitado pela organização e para sua socialização.

Procurando identificar os fatores mais adequados para avaliar o sucesso de Sistemas de

Gestão do Conhecimento, HALAWI et. al. (2007) analisaram dados coletados de 18

empresas. Os resultados encontrados indicaram que a qualidade do conhecimento, a

qualidade do sistema informatizado e a satisfação do usuário são fatores que possuem um

efeito positivo na intenção de uso de Sistemas de Gestão do Conhecimento.

Destaca-se também o estudo realizado por Khalifa et. al. (2008), que teve como intuito

identificar a relação entre SI de Gestão do Conhecimento e desempenho organizacional. A

análise das respostas de 100 empresas que trabalham com Sistemas de Gestão do

Conhecimento sugere que os Sistemas de Gestão do Conhecimento influenciam direta e

indiretamente o desempenho organizacional, tendo como mediadores a agilidade e a inovação

organizacional.

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28

2.4 MODELO PROPOSTO

A presente pesquisa adota o modelo de Venkatesh et. al. (2003) como referência para a

elaboração do modelo a ser testado, há uma diferença na abordagem do modelo UTAUT.

Venkatesh et. al. (2003) apresentam como objetivo de sua pesquisa entender o uso do SI

como variável dependente, considerando a Intenção de Uso uma variável que antecede o

comportamento de uso real. Neste trabalho, porém, a variável dependente dotada é a Intenção

de Uso Efetivo do SI, que não considera o mero uso do sistema, mas sim a sua utilização de

forma plena, contemplando todas as funcionalidades oferecidas.

Segue abaixo uma breve descrição de cada construto do modelo UTAUT a ser testado neste

trabalho e as hipóteses que objetiva-se avaliar.

2.4.1 Antecedentes do Uso do SI

2.4.1.1 Condições Facilitadoras – CF

O construto Condições Facilitadoras (CF) é definido como o grau em que um indivíduo

acredita que há uma infraestrutura organizacional e técnica adequada para apoiar o uso do

sistema. O conceito deste construto abrange aspectos da tecnologia e/ou ambiente

organizacional que se destinam a remover obstáculos à utilização do SI (VENKATESH et.al.,

2003).

Tem-se observado em algumas pesquisas que, quando os construtos Expectativa de

Desempenho e Expectativa de Esforço estão ambos presentes num modelo, o efeito do

construto Condições Facilitadoras na Intenção de Uso torna-se não significante. Venkatesh

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et.al. (2003) explicam tal observação, considerando o fato de que itens relacionados à

infraestrutura de apoio, um conceito pertinente a Condições Facilitadoras, são identificados

em grande parte nas escalas de medição do construto Expectativa de Esforço.

Outros resultados empíricos indicam que o construto Condições Facilitadoras influencia

diretamente o Uso real do SI (VENKATESH et.al., 2003). Consistente com outras pesquisas

de aceitação de tecnologia que modelam Condições Facilitadoras como um antecedente de

Uso real, ou seja, não mediado pela Intenção de Uso, propõe-se:

H1: Condições facilitadoras (CF) influencia direta e positivamente Uso real (USO) do SI.

Psicólogos organizacionais notaram que os trabalhadores mais velhos valorizam mais receber

ajuda e assistência no local de trabalho (HALL e MANSFIELD, 1995). Tal fato é pertinente

no contexto de TI, dada a utilização crescente da tecnologia, e as limitações cognitivas e

físicas associadas à idade. Estes argumentos estão alinhados com a evidência empírica de

Morris e Venkatesh (2000) e Venkatesh et. al. (2003). Assim, o efeito de Condições

Facilitadoras no comportamento de uso deve ser moderado por Idade, conforme proposto na

seguinte hipótese:

H1a: O efeito de Condições Facilitadoras (CF) no Uso real (USO) é moderado pela Idade

(ID), sendo mais intenso nos funcionários mais velhos.

Considerando também que os usuários mais experientes do sistema tem mais condições de

encontrar meios de ajuda e suporte disponibilizados pela organização para o uso do SI,

espera-se, que o efeito positivo de Condições Facilitadoras no Uso real se intensifique com a

Experiência. Logo:

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30

H1b: A influência de Condições Facilitadoras (CF) no Uso real (USO) é moderada pela

Experiência (EXP) de uso do sistema; quanto maior a experiência do usuário, mais intenso

será o efeito.

2.4.1.2 Voluntariedade – VOL

A maioria dos estudos sobre a aceitação da tecnologia é conduzida em ambientes onde o uso

voluntário do SI. Deve-se, então, ter cautela ao generalizar os resultados em ambientes em

que o uso é mandatório. Com a proliferação de sistemas corporativos (ex: CRM, ERP, SCM,

BI), tais contextos tendem a se tornar de maior interesse para os gerentes de uma empresa

(VENKATESH et. al., 2003).

Karahamanna et. al. (1999) testaram em seu estudo a Voluntariedade (VOL), não como um

moderador, e sim como um antecedente direto da Intenção de Uso de tecnologia. Na medida

em que Intenção de Uso influencia o Uso do SI, pode-se esperar que Voluntariedade tenha

um efeito total positivo no Uso. Ou seja, o Uso será mais freqüente quando o indivíduo

percebe que o uso do sistema é obrigatório, e não voluntário (MOORE e BENBASAT, 1996;

AGARWAL e PRASAD, 1997, 1998; KARAHANNA et. al. 1999).

Segue, portanto, a hipótese:

H2: Voluntariedade (VOL) influencia negativamente o Uso real (USO) do SI.

2.4.1.3 Intenção de Uso Efetivo - IUE

Diversas modelos a sobre aceitação de SI (ex., TAM, TAM2 e TAM3) envolvem o construto

Intenção de Uso, o qual é influenciado diretamente pelos construtos Expectativa de

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31

Desempenho e Expectativa de Esforço (VENKATESH et. al., 2003). Intenção de Uso retrata

o grau de predisposição de uma pessoa para desempenhar um determinado comportamento,

como a utilização de um SI.

Nesta pesquisa, propõe-se a substituição do construto Intenção de Uso por outro, de escopo

mais amplo, denominado Intenção de Uso Efetivo (IUE). De acordo com Moreno e Oliveira

(2007), Intenção de Uso Efetivo (IUE) refere-se à intenção do indivíduo de utilizar

plenamente uma nova tecnologia. O conceito de uso pleno, além da simples adoção, envolve a

exploração das funcionalidades e formas de aplicação da tecnologia à rotina do usuário. No

contexto dos sistemas de gestão do conhecimento, apenas o uso efetivo parece poder gerar os

benefícios esperados da tecnologia para a organização. Isso porque a concretização dessas

vantagens exige a integração dos novos conhecimentos à forma de trabalho dos usuários.

Dada a definição do construto, vale ressaltar que não se espera que Intenção de Uso Efetivo

(IUE) tenha influência sobre o simples Uso (USO) do SI, devido a seu conceito mais amplo

de utilização. Entende-se que o Uso Efetivo retrata crenças individuais que conduzem o

indivíduo a descobrir novas formas de uso do SI, procurando ter o máximo proveito do

sistema, a fim de aumentar a qualidade do trabalho executado. Já o simples uso do SI retrata

somente se o sistema está sendo utilizado ou não, independente do grau de adequação do seu

uso à apropriação da tecnologia pelo usuário. Logo, propõe-se:

H3: Intenção de Uso Efetivo (IUE) não influenciará sobre o Uso real (USO) do SI.

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32

2.4.2 Antecedentes da Intenção de Uso Efetivo

2.4.2.1 Expectativa de Desempenho – ED

O construto Expectativa de Desempenho (ED), também denominado em diversas pesquisas

como Utilidade Percebida, é definido como o grau em que uma pessoa acredita que, ao

utilizar o SI, haverá um aumento no seu desempenho de trabalho (Davis, 1989).

Segundo Venkatesh et. al. (2003) o construto Expectativa de Desempenho é o que tem maior

influência direta sobre a Intenção de Uso (IU), seja em contextos mandatórios ou naqueles em

que a utilização do sistema informatizado é voluntária. Tal observação é consistente com

outros resultados empíricos relatados na literatura (AGARWAL e PRASAD, 1998;

COMPEAU e HIGGINS, 1995b; DAVIS et. al.1992; TAYLOR e TODD, 1995a;

THOMPSON et. al.1991; VENKATESH e DAVIS, 2000).

No contexto organizacional, as pessoas tendem a desenvolver a intenção de exercer um

determinado comportamento ao perceberem que obterão como resultado uma melhoria em seu

desempenho. Isto porque acreditam que, quando ocorre o aumento do desempenho,

provavelmente receberão recompensas. Logo, as pessoas utilizariam um SI, se entendessem

que aumentariam seu desempenho (DAVIS et. al., 1989; VENKATESH et. al., 2003).

Ciganek et. al. (2008) consideram que organizações que possuem uma cultura de inovação,

que encorajam técnicas inovadoras, terão mais sucesso na adoção de SI para gestão do

conhecimento, pois os funcionários provavelmente entenderiam que o SI contribuiria para a

promoção da inovação na sua atividade e, conseqüentemente, para a melhoria do seu

desempenho, Assim, propõe-se a seguinte hipótese:

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H4: A Expectativa de Desempenho (ED) influencia positivamente a Intenção de Uso Efetivo

(IUE) do SI.

Alguns autores sugerem que a relação entre a Expectativa de Desempenho (ED) e a Intenção

de Uso (IU) é moderada por Gênero (GNR). Pesquisas sobre as diferenças de Gênero indicam

que os homens tendem a ser altamente orientados para a tarefa. Como o desempenho se

concentra na realização de tarefas (MINTON E SCHNEIDER, 1980), deduz-se que o efeito

de ED em IU deve ser mais intenso para homens.

Contudo, quando se pensa no uso efetivo do SI, o foco na realização de tarefas pode ter um

efeito oposto. Isto porque o uso efetivo exige a exploração de novas alternativas, o que pode

ser contraproducente quando se tem por objetivo a eficiência mais imediata.

Semelhantemente ao Gênero (GNR), a Idade (ID) também é teorizada como um moderador.

Pesquisas realizadas sobre atitudes no trabalho (HALL E MANSFIELD, 1975; PORTER,

1963) indicam que jovens trabalhadores valorizam mais o ganho de recompensas, sugerindo

que o efeito de ED em IUE será mais intenso para eles. No caso do uso efetivo do SI, é

possível que as ineficiências mais imediatas associadas a esse tipo de comportamento sejam,

na percepção dos usuários, compensadas por maiores recompensas no futuro, decorrentes de

um desempenho qualitativamente melhor.

Em contextos de adoção de novas tecnologias, estudos anteriores verificaram a existência de

diferenças relacionadas a gênero e a idade (VENKATESH et. al., 2003; MORRIS E

VENKATESH, 2000). Alguns autores que testaram o modelo UTAUT identificaram que

Gênero (GNR) (IM, KIM e WANG, 2008; MORENO e SILVA, 2009) e Idade (ID)

(FERNANDES, 2007) moderam a influência de Expectativa de Desempenho (ED) na

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Intenção de Uso do SI. Outros estudos apresentaram como limitação a não avaliação destes

moderadores devido ao número reduzido de mulheres respondentes e pouca variação na Idade

(ID) (ANDERSON, SCHWAGER e KERNS, 2006), sugerindo a continuação de testes destes

moderadores.

Em estudos relacionados a SI de gestão do conhecimento, não se observa uma análise do

moderador Gênero. Verifica-se que tal fato pode ocorrer devido à predominância de outro

fator que sobrepõe tal moderação, que seria a questão do contexto do SI, e, dentro das

organizações, a questão da força da cultura organizacional (NEVO e CHAN, 2007;

CIGANEK et. al., 2008).

Com base nos argumentos anteriores, propõem-se as seguintes hipóteses:

H4a: A influência da Expectativa de Desempenho (ED) sobre a Intenção de Uso Efetivo

(IUE) não é moderada pelo Gênero (GNR).

H4b: A influência da Expectativa de Desempenho (ED) sobre a Intenção de Uso Efetivo

(IUE) é moderada pela Idade (ID), sendo mais intensa em funcionários mais jovens.

2.4.2.2 Expectativa de Esforço - EE

O construto Expectativa de Esforço (EE) é definido como o grau de facilidade de uso do SI

percebido pelo usuário (Davis, 1989). A dificuldade de uso de um SI seria o empecilho inicial

para sua aceitação, adoção e uso efetivo (Venkatesh, 2000).

O modelo original TAM estabelece dois efeitos para o construto Expectativa de Esforço: um

de influência direta na Intenção de Uso e o outro de influência direta sobre a Expectativa de

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Desempenho. Contudo, resultados de pesquisas empíricas já realizadas não suportam a

influência sobre a Expectativa de Desempenho (SIMAS, 2006; DAVIS, 1989).

Dessa forma, seguindo o mesmo argumento, espera-se que o construto Expectativa de Esforço

tenha influência direta sobre a Intenção de Uso Efetivo de SI para a gestão do conhecimento.

Tal fato deve-se também à crença de que o uso de sistemas de Gestão do conhecimento é

estimulado pela percepção de a tecnologia ser de fácil utilização (CIGANEK et. al., 2008).

Por conseguinte, propõem-se as seguintes hipóteses:

H5: A Expectativa de Esforço (EE) influencia positivamente a Intenção de Uso Efetivo (IUE)

do SI.

Venkatesh et. al. (2003), baseados em pesquisas anteriores, sugerem que a influência da

Expectativa de Esforço é mais intensa para mulheres do que para homens e para trabalhadores

mais velhos (VENKATESH e MORRIS, 2000). Os efeitos previstos nos estudos são

atribuídos a diferenças de cognições relacionadas a gênero, e têm sido suportados em alguns

casos. Por outro lado o aumento da idade parece estar associado a um aumento da dificuldade

de processar informações complexas e de reter atenção nas atividades executadas. Assim,

sugere-se que o efeito de Expectativa de Esforço em Intenção de Uso é moderado pelo

Gênero (GNR) e Idade (ID). Os mesmos argumentos podem ser utilizados para justificar a

proposição das seguintes hipóteses:

H5a: A influência da Expectativa de Esforço (EE) sobre a Intenção de Uso Efetivo (IUE) é

moderada pelo Gênero (GNR), sendo mais intensa em mulheres do que em homens.

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H5b: A influência Expectativa de Esforço (EE) sobre a Intenção de Uso Efetivo (IUE) é

moderada pela Idade (ID), sendo mais intensa nos funcionários mais velhos.

Outra observação sobre o construto Expectativa de Esforço destacada por Venkatesh et. al.

(2003), em concordância com pesquisas anteriores (AGARWAL e PRASAD 1997, 1998;

DAVIS et. al. 1989; THOMPSON et. al. 1991, 1994), seria que os efeitos do construto são

significantes tanto em contextos de uso voluntário, quanto de uso obrigatório. No entanto,

com o passar do tempo, a experiência acumulada de uso do SI tornaria o efeito de Expectativa

de Esforço em Intenção de Uso não significante. O mesmo valeria para a Intenção de Uso

Efetivo (IUE), conforme abaixo:

H5c: A influência Expectativa de Esforço (EE) sobre a Intenção de Uso Efetivo (IUE) é

moderada pela Experiência (EXP) com o SI, sendo mais intensa para os usuários com menos

tempo de uso do sistema.

2.4.2.3 Influência Social - IS

O modelo original de Davis (1989) tem sofrido alterações e sido testado ao longo dos anos,

principalmente com a adição de novas variáveis externas. Uma dessas variáveis refere-se a

Influência Social (IS), que consiste no grau de percepção de um individuo de que outras

pessoas importantes para ele acreditam que ele deveria utilizar o sistema. Em estudos

anteriores, observa-se que a Influência Social (IS) atua como um determinante direto da

Intenção de Uso (BI). Em alguns destes trabalhos Influência Social (IS) é representado pelo

construto como Normas Subjetivas (NS), como nos que envolvem os modelos TRA e TAM2

(VENKATESH et. al., 2003; MOORE e BENBASAT, 1991).

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O papel de Influência Social (IS) no processo decisório de aceitação de tecnologia é complexo

e sujeito a muitas possibilidades de influências. Para Venkatesh e Davis (2000), Influência

Social afeta o comportamento do usuário por meio de três mecanismos: conformidade,

internalização e identificação. Internalização e identificação relacionam-se a crenças

individuais voltadas a um comportamento de obediência, que geram uma resposta do usuário

diante de uma percepção de um potencial ganho de status social. Conformidade relaciona-se a

um comportamento de obediência como resposta a uma pressão social. Devido a esta

diferenciação de mecanismos de Influência Social, os estudos sugerem que os efeitos na

Intenção de Uso só podem ser atribuídos a conformidade quando o uso do SI encontra-se em

um contexto obrigatório. A maioria dos estudos que contemplam a Influencia Social

argumentam que o comportamento do usuário é influenciado pela maneira em que ele crê que

outros indivíduos o verão pelo fato de ter utilizado o SI.

O foco do presente estudo é a Intenção de Uso Efetivo do sistema, que parece estar mais

relacionado a mecanismos de internalização e identificação do que de conformidade. Além

disso, o sistema estudado possui uma forte recomendação de uso por parte da organização,

mas não é de uso obrigatório. Assim, propõe-se a seguinte hipótese:

H6: A Influência Social (IS) não influencia positivamente a Intenção de Uso Efetivo (IUE) do

SI.

2.4.3 Antecedentes da Expectativa de Esforço

Os construtos Auto-eficácia (AE) e Ansiedade (ANS) são mencionados por Venkatesh (2000)

como âncoras que determinam a percepção da facilidade de uso de um sistema. Ansiedade

para usar o computador é definida como a apreensão de um indivíduo, ou até mesmo medo,

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quando se depara com a possibilidade de utilização de computadores (SIMONSON et. al.

1987; VENKATESH, 2000). A Auto-eficácia é definida como uma competência individual,

representada pela percepção do usuário de SI de sua habilidade de desempenhar determinada

tarefa utilizando computador. Enquanto a Auto-eficácia se refere às decisões sobre a

capacidade de utilização, a Ansiedade é uma reação negativa afetiva em relação ao uso do

computador.

Auto-eficácia (AE) e Ansiedade (ANS) têm sido modeladas como determinantes indiretos da

Intenção de Uso (IU), mediados pela Expectativa de Esforço (EE). Em uma pesquisa anterior,

Venkatesh (2000) demonstrou que Auto-eficácia e Ansiedade podem ser conceitualmente e

empiricamente distintas da Expectativa de Esforço. Coerente com isso, Venkatesh et. al.

(2003) identificaram que Auto-eficácia e Ansiedade parecem não ser determinantes diretos da

Intenção de Uso, quando se controla o efeito da Expectativa de Esforço. Espera-se, portanto,

que a Auto-eficácia e Ansiedade se comportem da mesma maneira na situação estudada,

sendo propostas as seguintes hipóteses:

H7: Auto-eficácia (AE) influencia positivamente a Expectativa de Esforço (EE).

H8: Ansiedade (ANS) influencia negativamente a Expectativa de Esforço (EE).

A Figura 4 representa graficamente o modelo proposto para avaliação da aceitação do sistema

de informação de apoio a gestão do conhecimento investigado na presente pesquisa.

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39

Figura 4 – Modelo proposto.

H7

H6

H2

H3

H8

H4

H1

H5

Auto-eficácia

Ansiedade

Condições Facilitadoras

Expectativa de desempenho

Expectativa de Esforço

Influência Social

Uso do SI

Intenção de Uso Efetivo

Gênero Idade Experiência Voluntariedade

Expectativa de Desempenho

H4a

H5a

H4b

H5b H5c

H1a H1b

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40

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Este capítulo apresenta a metodologia da pesquisa desenvolvida neste trabalho, incluindo a

caracterização do local do estudo e a descrição da coleta de dados e da amostra. Trata-se de

uma pesquisa quantitativa, seguindo procedimentos similares aos de estudos anteriormente

realizados sobre avaliação de aceitação de tecnologia. No presente estudo, analisa-se também

o contexto base da empresa e do SI em questão, a fim de, posteriormente, propor sugestões de

melhorias.

Os construtos do modelo a ser testado foram essencialmente os construtos de Venkatesh et. al.

(2003), Moreno e Oliveira (2007) e de autoria própria, conforme apresentado no Apêndice A.

Os dados coletados conforme descrito na seção seguinte foram analisados usando-se técnicas

de Regressão Linear Múltipla (RLM).

3.1 COLETA DE DADOS E CARACTERÍSTICA DA AMOSTRA

A coleta de dados foi realizada por meio de questionários (surveys) eletrônicos. A estrutura do

questionário encontra-se descrita no Apêndice A. Foram mantidas as escalas propostas por

autores que pesquisaram os construtos descritos no item 2.3 deste trabalho.

A taxa de resposta da pesquisa foi de aproximadamente 12,88%. Foram enviados

questionários para 1040 usuários do sistema de gestão do conhecimento e obtidos 218

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41

questionários respondidos. Posteriormente, foi enviado um segundo questionário para

completar as informações necessárias ao estudo, e foram obtidos 134 questionários completos

dos usuários do sistema que responderam o primeiro questionário.

As respostas foram coletadas no mês outubro de 2009, usando escalas do tipo Likert de 7

pontos, variando de discordo totalmente (1) até concordo totalmente (7). O questionário

abordou variáveis somadas às 4 variáveis moderadoras, compondo as 48 perguntas que

fizeram parte da análise deste trabalho.

A variável Gênero (GNR) foi codificada como uma variável dummy; Idade (ID) foi

representada por uma variável contínua. Os construtos Uso (USO) e Experiência (EXP) foram

numerados por variáveis ordinais, com valores de 1 a 5, pois percebeu-se que a maior parte

dos respondentes não saberia definir valores exatos para a freqüência com que utilizam o SI

ou o período de tempo em que já são usuários.

A Tabela 1 apresenta as características dos respondentes. Observa-se que há uma pequena

predominância do gênero masculino e também de usuários que exercem uma função não

gerencial na empresa. A amostra apresentada é considerada representativa em relação à

população de funcionários da empresa.

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42

Características N % Gênero

Feminino 44 32,8 Masculino 90 67,2

Função na empresa Assistente de Diretor 1 0,7 Consultor 12 9 Gerente 14 10,5 Coordenador 9 6,7 Não gerencial 98 73,1 Total 134 100

Tabela 1 – Características dos respondentes.

Fonte: Dados da pesquisa.

3.2 SISTEMA DE INFORMAÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa foi realizada em uma empresa brasileira, líder do setor petrolífero, atuando no

setor de exploração, produção, refino e distribuição de petróleo e seus derivados. Até 2007, a

empresa possuía 11 refinarias localizadas em diferentes estados brasileiros, com uma

produção diária de cerca de 1,8 milhões de barris de derivados. A Figura 5 exibe a cadeia de

valor da indústria de petróleo e gás, indicando onde as etapas mais importantes do processo de

produção dos derivados do petróleo são desenvolvidas.

Figura 5– Cadeia de valor da indústria de petróleo e gás.

Fonte: Bain & Company e Tozzini Freire Advogados, 2009.

Comércio de energia

Transporte e armazenamento

Serviços

Exploração & Produção

Refino

Vendas & Marketing

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43

O sistema informatizado a ser estudado é o SINPEP - Sistema Integrado de Padronização. O

SINPEP consiste em um SI projetado com o intuito de padronizar o conhecimento técnico da

organização e contribuir para a melhoria dos processos e atividades realizadas. Com este

objetivo, o SINPEP é um instrumento para o atendimento dos requisitos da Norma ISO 9000,

uma norma internacional utilizada como referência para a construção de sistemas de gestão da

qualidade baseados em processos (ABNT NBR ISO 9001, 2008). O SINPEP suporta o

sistema de padronização de processos da empresa, fazendo parte do plano de melhoria da

qualidade da sua gestão e de seus processos.

Figura 6 – SI estudado na pesquisa.

Fonte: Empresa estudada.

Desenvolvido na plataforma Lotus Notes, o SINPEP permite a disponibilização da informação

das melhores práticas de gestão executadas nos ambientes Notes e Web; a elaboração,

consulta e controle de atualização de documentos online; e o controle de informações (acesso

aos documentos, além de permitir suas impressões e cópias). Toda a estrutura do SI foi

construída para contribuir para a previsibilidade dos resultados dos processos da companhia.

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44

O SI foi desenvolvido com intuito de contribuir também com a qualidade intrínseca do

conhecimento descrito nos documentos, denominados de padrões, ao direcionar a elaboração

dos padrões de forma que estejam adequados aos critérios estabelecidos pela organização.

Dentre tais critérios destaca-se a indicação de potenciais usuários de um determinado padrão

para serem treinados no documento e sinalização periódica de padrões que precisam ser

alisados para identificação da necessidade ou não de sua atualização.

Até o mês de Janeiro de 2010, já existiam mais de 61.000 documentos circulando no SINPEP,

relativos a padrões de processos operacionais da empresa. Atualmente, o SI é utilizado por

mais de 50.000 usuários, distribuídos em diferentes estados brasileiros, onde a empresa possui

unidades de produção. Até 2009, houve mais de 345.000 acessos por mês ao sistema.

3452252235

94737

150297

229184

273561300495

332567 345416

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Ano

Ace

ssos

/mês

Figura 7 - Número de acesso mensal no SINPEP do ano de 2001 a 2009.

Fonte: Empresa estudada.

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45

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Para a análise dos dados coletados, fez-se necessário a primeiramente a sua preparação.

Posteriormente, foram testadas as relações causais entre os construtos do modelo por meio de

técnicas de Regressão Linear Múltipla (RLM). Para a análise estatística dos dados foi

utilizado o aplicativo SPSS versão 16.0.

Os testes das moderações foram feitos por meio da avaliação dos efeitos de novas variáveis

que representavam interações das variáveis originais. Para realização dos testes de moderação,

todas as variáveis foram padronizadas para evitar problemas de multicolinearidade.

4.1 PREPARAÇÃO DOS DADOS

Antes de realizar as análises de regressão, foram identificados e removidos outliers da

amostra por meio de métodos univariados e da distância de Mahalanobis (α = 0,001). Além

disso, foi realizada uma análise fatorial confirmatória e calculada a confiabilidade das escalas

utilizadas na pesquisa, por meio do coeficiente Alfa de Cronbach. Em função dos resultados

obtidos, optou-se por retirar os itens que não pareciam estar alinhados aos fatores previstos no

modelo e que reduziam a confiabilidade das escalas.

A Tabela 2 apresenta os valores finais obtidos após a remoção dos itens. Pode-se observar que

todos são razoavelmente consistentes com os padrões normalmente mencionados na literatura,

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tendo sido considerados adequados para os propósitos do estudo. Vale ressaltar que embora o

limite inferior geralmente aceito para o alfa seja de 0,70, pode-se aceitar 0,60 em pesquisas

exploratórias, como é o caso deste estudo.

Escalas Média Desvio padrão

α de Cronbach Itens utilizados

Ansiedade (ANS) 2,91 1,40 0,69 ANS2, ANS3, ANS4 Auto-eficácia (AE) 4,74 1,04 0,66 AE1, AE2, AE3. AE4Condições Facilitadoras (CF) 5,55 1,33 0,75 CF1, CF4 Expectativa de Desempenho (ED) 5,38 1,13 0,63 ED1, ED2 Expectativa de Esforço (EE) 5,16 1,43 0,84 EE3, EE4 Influencia Social (IS) 4,87 1,44 0,79 IS1, IS2 Intenção de Uso Efetivo (IUE) 5,27 1,23 0,83 IUE2, IUE3, IUE4 Voluntariedade (VOL) 4,93 1,68 0,86 VOL1, VOL2, VOL3

Tabela 2 - Estatísticas descritivas e confiabilidade dos construtos validados.

Fonte: Dados da pesquisa

Para a utilização do método de regressão linear múltipla, faz-se necessário que as variáveis

sigam uma distribuição normal. Para avaliação desta premissa, foram verificados os

histogramas, as estatísticas de assimetria e curtose, e o teste de Shapiro-Wilk obtidos para

cada variável. Os resultados sugerem que os dados não são normalmente distribuídos (ver

Tabela 3 e Apêndice B), indicando a violação da premissa de normalidade.

Com o objetivo de reduzir os desvios observados, foram realizadas transformações das

variáveis. Entretanto, não ocorreram mudanças significativas quanto à distribuição dos dados.

Apesar disso, optou-se pela continuidade da análise de regressão, sem a transformação das

variáveis, para preservar a capacidade de análise dos resultados. É possível, no entanto, que a

violação da premissa de normalidade possa ter afetado a potência dos testes estatísticos

realizados.

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Var Média Mediana Mín Max Desv

Pad. Skewness ErroPadrãoSkewness Curtose

Erro Padrão

Curtose

ShapiroWilk Sig.

ID 39,44 38,00 23,00 60 9,99 0,21 ,21 -1,17* 0,42 ,950 ,000 EXP 4,26 3,54 0,00 14 3,30 1,28* ,21 1,17* 0,42 ,870 ,000 USO 1,99 2,00 1,00 4 0,87 0,52* ,21 -0,47 0,42 ,844 ,000 VO 4,93 5,00 1,00 7 1,68 -0,55* ,21 -0,53 0,42 ,929 ,000 EE 5,16 5,25 1,50 7 1,43 -0,54* ,21 -0,44 0,42 ,935 ,000 ED 5,38 5,50 2,00 7 1,13 -0,67* ,21 0,57 0,42 ,937 ,000 IS 4,87 5,00 1,00 7 1,44 -0,38 ,21 -0,25 0,42 ,946 ,000 CF 5,55 6,00 2,00 7 1,33 -1,03* ,21 0,21 0,42 ,873 ,000 AE 4,74 7,75 1,00 7 1,04 -0,32 ,21 1,16 0,42 ,972 ,007 ANS 2,91 3,00 1,00 7 1,40 0,33 ,21 -0,64 0,42 ,950 ,000 IU 5,27 5,33 1,3 7 1,23 -0,81 ,21 0,65 0,42 ,944 ,000

Tabela 3 - Teste de Normalidade e estatística de assimetria e curtose das variáveis.

4.2 ANÁLISE DAS HIPÓTESES H1, H2 E H3 E MODERAÇÕES.

Primeiramente foi realizada uma análise da regressão tendo USO como variável dependente e

Intenção de Uso Efetivo (IUE) e Condições Facilitadoras (CF) como variáveis

independentes. Os resultados mostram que esta regressão não apresenta valores

estatisticamente significantes para R2. Diante dos resultados, a hipótese H1 foi rejeitada e H3

aceita.

Foram testadas também as moderações de Idade (ID) e Experiência (EXP) sobre o efeito de

Condições Facilitadoras (CF), com regressões consecutivas tendo USO como variável

dependente. A primeira regressão incluiu IUE e CF como variáveis independentes. Na

segunda regressão, foram adicionadas as interações de ID e EXP com a variável independente

CF (ID_CF e EXP_CF). Os resultados mostraram que a inclusão dos moderadores ID e EXP

não acrescentaram ao coeficiente R2 um valor estatisticamente significante. Diante dos

resultados, as hipóteses H1a e H1b foram rejeitadas.

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Por fim, foi realizada uma análise da regressão tendo Uso do SI (USO) como variável

dependente e IU, CF e Voluntariedade (VOL) como variáveis independentes. Os resultados

encontrados indicaram que uma proporção significante da variável Uso do SI (USO) foi

explicada pelo conjunto de variáveis independentes (R2 = 0,075; p < 0,001). Apenas o

coeficiente estimado para a VOL apresentou um resultado significante (B = 0,275; p < 0,001).

Os valores da tolerância (≥ 0,1) e VIF (≤ 10) mostraram uma ausência de problemas de

multicolinearidade. Diante dos resultados, a hipótese H2 deste estudo obteve suporte. A

Tabela 4 apresenta os resultados considerados nesta análise.

Estatísticas

Modelo R R2 R2

ajustado Erro padrão

da estimativaMudança

do R2 Mudança

de F df1 df2 Sig. Mudança F

1 ,149 ,022 ,007 ,99631 ,022 1,493 2 131 ,2282 ,311 ,097 ,076 ,96116 ,075 10,756 1 130 ,001

Coeficientes

Coeficientes não padronizados

Coeficientes padronizados

Colinearidade estatística Modelo

B Erro Padrão Beta

t Sig Tolerância VIF

Constante 4,643E-5 ,086 0,001 1,000 IU ,126 ,087 ,126 1,454 0,148 ,994 1,0061 CF -,071 ,087 -,071 -0,819 0,415 ,994 1,006

Constante 3,482E-5 ,083 0,000 1,000 IU ,134 ,084 ,134 1,597 0,113 ,993 1,007CF -,097 ,084 -,097 -1,150 0,252 ,985 1,0152

VO ,275 ,084 ,275 3,280 ,001 ,990 1,010Variável dependente: USO;

Tabela 4 – Análise de regressão das variáveis dependentes Intenção de uso, Condições facilitadoras e voluntariedade e variável dependente Uso do SI.

4.3 AVALIAÇÃO DAS HIPÓTESES H4, H5 E H6 E MODERAÇÕES.

Posteriormente, foi realizada a análise da regressão tendo a Intenção de Uso Efetivo (IUE)

como variável dependente e Expectativa de Desempenho (ED), Expectativa e Esforço (EE) e

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Influencia Social (IS) como variáveis independentes. Os resultados encontrados indicaram

que uma proporção estatisticamente significante da variância de IUE foi explicada pelo

conjunto de variáveis independentes (R2 = 0, 256; p< 0,000). No entanto, apenas o coeficiente

estimado para a EE foi significante (B = 0, 505; p < 0,000). Para avaliação de

multicolinearidade foram gerados os valores de tolerância e VIF que mostraram ausência de

problemas. Diante dos resultados, as hipóteses H5 e H6 obtiveram suporte, enquanto a

hipótese H4 deve ser rejeitada. Os resultados desta análise de regressão são apresentados na

Tabela 5.

Estatísticas

Modelo R R2 R2

ajustado Erro padrão

da estimativaMudança

do R2 Mudança

de F df1 df2 Sig. Mudança F

1 ,506 ,256 ,239 ,872 ,256 14,921 3 130 ,000

Coeficientes Coeficientes não

padronizados Coeficientes padronizados

Colinearidade estatística Modelo

B Erro Padrão Beta

t Sig Tolerância VIF

Constante ,000 ,075 -0,006 ,995 ED ,035 ,096 ,035 0,364 ,716 ,626 1,597EE ,505 ,080 ,504 6,336 ,000 ,903 1,1081

IS ,108 ,092 ,108 1,178 ,241 ,679 1,472Variável dependente: IU

Tabela 5 – Análise de regressão das variáveis dependentes Expectativa de Desempenho, Expectativa de Esforço e Influencia Social e variável dependente Intenção de Uso.

A análise dos efeitos de moderação de Gênero (GNR) foi composta da realização de duas

regressões consecutivas, tendo Intenção de Uso Efetivo (IUE) como variável dependente. A

primeira regressão incluiu ED e EE como variáveis independentes. Na segunda regressão

foram adicionadas as interações de GNR com as variáveis independentes (GNR_ED,

GNR_EEp). Os resultados mostram que a inclusão do moderador GNR não acrescenta ao

coeficiente R2 um valor estatisticamente significante. Diante dos resultados, as hipóteses H4a

e H5a foram rejeitadas.

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Semelhantemente a análise da moderação Gênero (GNR), foram analisadas as moderações

Idade (ID), Experiência (EXP) e Voluntariedade (VOL) na Intenção de Uso Efetivo (IUEp).

Nenhumas das moderações acrescentaram ao coeficiente R2 um valor estatisticamente

significante. Logo, as hipóteses de moderação referentes à ID (H4b, H5b), referentes à EXP

(H5c, H1b) foram rejeitadas.

4.4 AVALIAÇÃO DAS HIPÓTESES H7 E H8.

Foi realizada uma análise da regressão tendo a Expectativa de esforço (EE) como variável

dependente e Ansiedade (ANS) e Auto-eficácia (AE) como variáveis independentes. Os

resultados obtidos indicaram que uma proporção significante da variância de Expectativa de

Esforço (EE) foi explicada pelo conjunto de variáveis independentes (R2 = 0, 253; p < 0,000).

Porém, apenas o coeficiente estimado para a ANS foi significante (B = -0,498; p < 0,000). Os

valores de tolerância e VIF sugerem ausência de problemas de multicolinearidade. Assim, a

análise corrobora a hipótese H8 e sugere que a hipótese H7 deve ser rejeitada. A Tabela 6

apresenta os resultados da análise de regressão.

Estatísticas

Modelo R R2 R2

ajustado Erro padrão

da estimativaMudança

do R2 Mudança

de F df1 df2 Sig. Mudança F

1 ,503 ,253 ,242 ,869 ,253 22,222 2 131 ,000

Coeficientes Coeficientes não

padronizados Coeficientes padronizados

Colinearidade estatística Modelo

B Erro Padrão Beta

t Sig Tolerância VIF

Constante ,000 ,075 -0,003 ,998 AE -,077 ,075 -,077 -1,021 ,309 1,000 1,0001

ANS -,498 ,075 -,498 -6,591 ,000 1,000 1,000Variável dependente: EE

Tabela 6 – Análise de regressão das variáveis independentes Auto-eficácia e Ansiedade e dependente Expectativa de Desempenho.

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4.5 CONCLUSÕES.

Diante desses resultados, observa-se que apenas as hipóteses H2, H3, H4a, H5, H6 e H8

foram confirmadas. O Quadro 4 apresenta o resultado final do teste de hipóteses deste estudo.

Hipótese Resultado H1 Rejeitada H1a Rejeitada H1b Rejeitada H2 Aceita H3 Aceita H4 Rejeitada H4a Aceita H4b Rejeitada H5 Aceita H5a Rejeitada H5b Rejeitada H5c Rejeitada H6 Aceita H7 Rejeitada H8 Aceita

Quadro 4 - Resultado final do teste de hipóteses.

A Figura 8 apresenta o resumo dos resultados estatisticamente significantes encontrados na

pesquisa, indicando que a Ansiedade (ANS) de uso do SI é antecedente da Expectativa de

Esforço (EE) e esta, da Intenção e Uso Efetivo (IUE) do SI no contexto estudado. É verificado

também que a percepção de obrigatoriedade de uso do SI tem um efeito direto no Uso real do

SI.

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Conforme mencionado anteriormente, é possível que alguns resultados não estatisticamente

significantes tenham sido afetados pela falta de normalidade da distribuição das variáveis na

amostra em questão.

Figura 8 – *Hipóteses comprovadas na pesquisa.

H7

H6*

H2*

H3*

H8*

H4

H1

H5*

Auto-eficácia

Ansiedade

Condições Facilitadoras

Expectativa de desempenho

Expectativa de Esforço

Influência Social

Uso do SI

Intenção de Uso Efetivo

Gênero Idade Experiência Voluntariedade

Expectativa de Desempenho

H4a*

H5a

H4b

H5b H5c

H1a H1b

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo deste trabalho foi identificar as variáveis mais relevantes para a avaliação da

aceitação de um sistema de informação de apoio à gestão do conhecimento em uma grande

empresa brasileira. O modelo utilizado no trabalho é uma extensão do modelo Unificado da

Teoria de Aceitação e de Uso de Tecnologia (UTAUT) de Venkatesh et.al. (2003).

Na análise dos resultados, verificou-se que quanto maior a Expectativa de Esforço (EE) maior

será a Intenção de Uso Efetivo (IUE) do sistema de apoio a gestão do conhecimento (H5). A

Ansiedade (ANS) tem seu efeito sobre IUE mediado por EE (H8). Influencia Social (IS) não

influencia IUE (H6). IUE não influencia Uso real (USO) do SI (H3). Por fim, Voluntariedade

(VOL) apresentou efeito direto sobre o USO (H2), num contexto onde o uso do sistema era

fortemente recomendado pela empresa.

As demais hipóteses levantadas nesta pesquisa foram rejeitadas por não terem tido um suporte

estatístico. Os resultados encontrados podem ser conseqüência da falta de normalidade dos

dados, o que possivelmente pode ter prejudicado as estimativas de parâmetros e os testes de

significância.

Vale destacar que o modelo UTAUT, que serviu de base para o desenvolvimento do modelo

proposto, obteve suporte empírico no estudo de Venkatesh et. al. (2003), que retrata a

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realidade de empresas norte-americanas. Logo, na análise para a implantação de um SI deve-

se considerar as diferenças culturais se for utilizado esse modelo como referência.

Na empresa brasileira estudada, como fatores culturais relevantes que podem influenciar os

resultados encontrados, destaca-se a força da cultura organizacional sobre os empregados.

Logo ao ingressarem na organização a maioria dos empregados são treinados durante meses e

depois alocados em suas funções. Muitos se aposentam realizando sua atividade por até mais

de 30 anos. Tal fato poderia desestimular uma necessidade de expectativa de melhoria

desempenho, talvez estimulando resistência a mudanças e isto inclui a implantação e

utilização de um SI por exemplo.

Ao se comparar os resultados encontrados em outros estudos sobre avaliação de SI utilizando

o modelo UTAUT, observa-se uma falta de concordância com o presente estudo. Pode-se

atribuir tal fato a diferença do contexto da aplicação do modelo de referencia, pois neste

estudo o SI é voltado para a gestão do conhecimento organizacional.

Destaca-se também que o fato do modelo ter sido testado em um único SI, em uma mesma

empresa. Para pesquisas futuras sugere-se então, a avaliação da adequação do modelo

proposto em outros contextos organizacionais, de forma a verificar a possibilidade de

generalização dos resultados aqui descritos.

Como limitação deste trabalho destaca-se também a dificuldade de medição do construto Uso

Real do SI. Nos próximos estudos recomenda-se a realização da medição de forma

independente, talvez pela medição automática do número de acessos ao SI, por exemplo.

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Outra proposta para estudos futuros seria o uso de metodologias qualitativas para um

entendimento mais detalhado da questão do uso efetivo de um SI para gestão do

conhecimento. Aliado a tais estudos, poder-se-ia verificar também a possibilidade de medição

da qualidade do conhecimento registrado no SI (HALAWI et. al. (2007)

O presente trabalho pode contribuir para pesquisadores e empresas que pretendem realizar

análises para a implantação de SIs voltados para o apoio a atividades de gestão do

conhecimento.

Como contribuição para a comunidade acadêmica, destaca-se o teste de novas hipóteses (H2 e

H3) como decorrência do uso do conceito de Intenção de Uso Efetivo do SI em substituição

ao conceito de Uso simples do modelo original. O uso do construto Intenção de Uso Efetivo

reflete melhor as condições de utilização esperada pelas empresas que investem em sistemas

corporativos, como o caso deste estudo.

Os resultados aqui descritos geraram implicações relevantes para as empresas que

pretenderem realizar investimentos em sistemas de apoio a gestão do conhecimento. Os

resultados das análises sugerem que uma atenção especial deve ser dada aos aspectos

subjetivos envolvidos numa implantação, como o efeito de Ansiedade na Expectativa de

Esforço, e desta, na Intenção de Uso Efetivo, que podem ser potencializados, por exemplo,

através de atividades de comunicação e treinamento do SI para tentar aumentar a aceitação

dos novos SIs.

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APÊNDICE A - ITENS PROPOSTOS PARA AVALIAÇÃO DO SI

Construto Itens Fonte

Ansiedade (ANS)

ANS1. Me sinto apreensivo em utilizar o sistema. ANS2. Me assusta pensar que posso perder informações se cometer um erro no sistema. ANS3. Eu tenho dúvidas se utilizo o sistema ou não por medo de cometer erros que não possa corrigir. ANS4. O sistema me intimida.

Venkatesh et. al. (2003)

Auto-eficácia (AE)

Eu poderia completar minha tarefa de padronização utilizando o sistema... AE1. Mesmo se eu não tivesse ninguém para me orientar sobre o que fazer, enquanto realizo minhas atividades de padronização. AE2. Se eu pudesse chamar alguém para auxílio se eu não conseguisse avançar no trabalho. AE3. Se eu tivesse muito tempo para completar o trabalho pelo qual o software foi providenciado. AE4. Se eu tivesse apenas uma opção de Help (Ajuda) embutida no sistema para auxílio.

Venkatesh et. al. (2003)

Condições Facilitadoras (CF)

CF1. Eu tenho os recursos necessários para utilizar o sistema. CF2. Eu tenho o conhecimento necessário para utilizar o sistema. CF3. O sistema NÃO é compatível com outros sistemas que eu utilizo. CF4. Existe uma pessoa ou grupo específico que está disponível para auxílio caso tenha dificuldades com o sistema.

Venkatesh et. al. (2003)

Expectativa de Desempenho (ED)

ED1. Percebo o sistema como um sistema útil para execução das minhas atividades de padronização. ED2. Utilizar o sistema permite cumprir minhas tarefas de padronização mais rapidamente. ED3. Utilizar o sistema aumenta minha produtividade nas atividades. ED4. Se eu utilizar o sistema, irei aumentar minhas chances de conseguir uma promoção.

Venkatesh et. al. (2003)

Expectativa de Esforço (EE)

EE1. Minha interação com o sistema é clara e compreensível EE2. É fácil para mim eu me tornar habilidoso em utilizar o sistema. EE3. O sistema é fácil de utilizar EE4. Aprender a utilizar o sistema é fácil para mim.

Venkatesh et. al. (2003)

Experiência (EXP)

EXP1. Há quanto tempo você é usuário do sistema? Escrever quantos _____ANOS. EXP2. Quantas vezes em média você utilizou o sistema nos últimos meses: EXP3. Como você classificaria o seu uso do sistema?

Própria

Influencia Social (IS)

IS1. Pessoas que influenciam meu comportamento pensam que eu deveria utilizar o sistema. IS2. Pessoas que são importantes para mim pensam que eu deveria utilizar o sistema. IS3. Meu gerente estimula a utilização do sistema. IS4. No geral, a Organização tem apoiado a utilização do sistema.

Venkatesh et. al. (2003)

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Intenção de Uso Efetivo (IUE)

IUE1. Eu pretendo explorar ao máximo as funcionalidades do sistema. IUE2. Eu pretendo descobrir novas formas de usar o sistema em minhas atividades de padronização. IU3. Eu tenho a intenção de tirar o máximo proveito do sistema em meu trabalho. IU4. Eu pretendo integrar o sistema á minha rotina de trabalho.

Moreno e Oliveira (2007)

Uso do SI (USO)

USO. Quantas vezes em média você utilizou o sistema nos últimos meses:______

Própria

Voluntariedade (VOL)

VOL1. Minha empresa requer que eu utilize somente o sistema para atualizar, registrar ou consultar procedimentos. VOL2. Na minha área, as pessoas são orientadas a usar o sistema sempre que quiserem atualizar, registrar ou consultar procedimentos da empresa. VOL3. Sou obrigado a utilizar o sistema quando faço consultas, atualizo ou registro os procedimentos da minha área.

Própria

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APÊNDICE B – ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS HISTOGRAMA – ANSIEDADE (ANS)

HISTOGRAMA – AUTO-EFICÁCIA (AE)

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HISTOGRAMA – CONDIÇÕES FACILITADORAS (CF)

HISTOGRAMA – EXPECTATIVA DE DESEMPENHO (ED)

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HISTOGRAMA – EXPECTATIVA DE ESFORÇO (EE)

HISTOGRAMA – EXPERIENCIA (EXP)

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HISTOGRAMA – IDADE (IDA)

HISTOGRAMA - INFLUÊNCIA SOCIAL (IS)

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HISTOGRAMA - INTENÇÃO DE USO (IU)

HISTOGRAMA – USO (USO)

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HISTOGRAMA – VOLUNTARIEDADE (VOL)