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FACULDADE CAPIVARI - FUCAP
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO-TCC
O RECONHECIMENTO FACIAL E SUAS EXPRESSÕES: INTERAÇÃO COM O
OUTRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Andreza Correia de Souza
Capivari de Baixo (SC), Junho de 2018.
ANDREZA CORREIA DE SOUZA
O RECONHECIMENTO FACIAL E SUAS EXPRESSÕES: INTERAÇÃO COM O
OUTRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Curso de Pedagogia da Faculdade Capivari- FUCAP,
sob orientação da Professora Msc. Joana D’Arc de
Souza.
Capivari de Baixo (SC), Junho de 2018.
O RECONHECIMENTO FACIAL E SUAS EXPRESSÕES: INTERAÇÃO COM O
OUTRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Este Trabalho de Conclusão de Curso-TCC foi submetido ao processo de avaliação, em
estado de Defesa Pública. Aprovado na versão final em ___/___ /___, atendendo as normas de
legislação vigente da Faculdade Capivari-FUCAP.
Capivari de Baixo (SC), Junho de 2018.
Comissão Avaliadora:
Orientadora: Profa Msc. Joana D’Arc de Souza- FUCAP
1º Avaliador: Profª Jacqueline de Souza
2º Avaliador: Profª Msc. Maria Ana Pires de Oliveira
DEDICATÓRIA
Dedico este Trabalho de Conclusão de Curso primeiramente à Deus, que me deu
forças para cumprir mais essa etapa em minha vida. Dedico à minha família, que sempre me
incentivou e deu todo apoio para eu continuar em busca dessa conquista. Dedico ao meu
namorado, que esteve ao meu lado em todos os momentos e me ajudou em tudo que precisei.
E dedico a todas as pessoas que fizeram parte dessa minha caminhada.
AGRADECIMENTOS
Agradeço imensamente à Deus, por permitir que mais uma etapa seja concluída em
minha vida, por ter me concedido toda força, saúde e disposição. A minha família, que deu
todo apoio necessário durante o curso, me ajudando de todas as maneiras possíveis para eu
não desistir. Agradeço ao meu namorado Cleiton Pires Severino, que nunca mediu esforços
para me ajudar em todos os momentos e sempre incentivou a buscar o meu melhor. As minhas
colegas de classe, por todo companheirismo durante esses quatro anos de curso. Agradeço a
todas as professoras que tive a oportunidade de trabalhar e realizar os estágios, pois aprendi
muito com cada uma delas. E a todas as escolas que me receberam muito bem para meus
estágios observatórios e de regência. A Faculdade Capivari – FUCAP, pelo ótimo
atendimento, pelo ensino que me permitiu chegar ao final de mais uma etapa. A todos os
professores da instituição, que estiveram dispostos a auxiliar e contribuir com seus
conhecimentos. E a todos que contribuíram para mais essa minha grande realização.
Muito obrigada!
“Educação não transforma o
mundo. Educação muda pessoas.
Pessoas transformam o mundo.”
Paulo Freire.
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................................... 8
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 9
DESENVOLVIMENTO ......................................................................................................... 10
1. O RECONHECIMENTO FACIAL E SUAS EXPRESSÕES: INTERAÇÃO
COM O OUTRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ................................................................. 10
1.1 EDUCAÇÃO INFANTIL .............................................................................................. 10
1.2 ENSINO DE CIÊNCIAS ............................................................................................... 11
1.2.1 O ensino de ciências na educação infantil ................................................................. 12
1.3 EXPRESSÕES FACIAIS ............................................................................................... 13
1.4 A INTERAÇÃO COM O OUTRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ............................ 14
2. A EXECUÇÃO DAS DINÂMICAS COMO BASE DO CONTEÚDO APLICADO 16
2.1 PRIMEIRA DINÂMICA: AS PARTES QUE COMPÕEM A FACE ....................... 16
2.2 SEGUNDA DINÂMICA: O QUE FALTA NA COMPOSIÇÃO DA FACE ............ 17
2.3 TERCEIRA DINÂMICA: AS EXPRESSÕES FACIAIS ........................................... 17
2.4 QUARTA DINÂMICA: OS ACESSÓRIOS ................................................................ 18
3. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO .................................................................................. 19
3.1 AVALIAÇÃO ................................................................................................................. 19
3.1.2 Avaliação na educação infantil .................................................................................. 20
3.1.3 Avaliação diagnóstica ................................................................................................ 21
3.2 IMPORTÂNCIA DO TEMA ......................................................................................... 22
CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 24
APÊNDICES ........................................................................................................................... 28
ANEXOS ................................................................................................................................. 33
8
SOUZA, Andreza Correia. O reconhecimento facial e suas expressões: Interação com o
outro na educação infantil, 41 p. Trabalho de Conclusão de Curso-TCC (Graduação em
Pedagogia) – Faculdade Capivari – FUCAP, Capivari de Baixo, SC, 2018.
RESUMO
O presente Trabalho de Conclusão de Curso traz como prática aplicada, um plano de aula,
efetuado na Escola Arvoredo, na turma do Jardim II, localizada na cidade de Garopaba – SC.
Essa prática teve como suporte um plano em regência, cujo processo trouxe como tema o
reconhecimento facial com a presença do outro. O plano de aula é um instrumento que o
professor tem para acompanhar os conteúdos, as atividades desenvolvidas, os objetivos que
serão alcançados e os modos de avaliação. Para a confecção deste trabalho, utilizou-se
pesquisa de campo, com abordagem qualitativa, e metodologia bibliográfica baseado nos
autores Carneiro (2015), Luckesi (2005), Oliveira (2008), entre outros. Deste modo, a
importância do planejamento se torna evidente para obter um bom desempenho do professor
no ambiente escolar.
Palavras-chave: Educação Infantil, Ciências, Reconhecimento Facial.
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INTRODUÇÃO
O presente Trabalho de Conclusão de Curso traz a prática em regência, efetuado na
turma Jardim II da escola Arvoredo, localizada no bairro Ambrósio do município de
Garopaba (SC), no período do mês de março do ano de dois mil e dezoito com o estágio de
observação da turma e no mês de maio do mesmo ano foi aplicado a regência do plano de
aula, tendo como tema principal o reconhecimento facial com a presença do outro. A turma do
Jardim II em que foi executado o plano de aula, é composta de doze alunos, sendo três
meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade.
Durante o estágio de observação da turma, o qual foi realizado nas tardes entre os dias
cinco ao vinte e três do mês de março de dois mil e dezoito, os alunos mostraram interesse nas
aulas e participaram de todos os momentos da rotina da escola. A professora da turma,
durante essas três semanas, trabalhou sobre o corpo humano, apresentando sobre as funções
da cabeça, braços, tronco e pernas. A regência foi no dia quatorze de maio de dois mil e
dezoito com aplicação do plano de aula, onde estavam presentes sete crianças (duas meninas e
cinco meninos), os quais participaram de todas as dinâmicas com bastante interesse e
entusiasmo.
No decorrer do Curso de Pedagogia, foi apresentado diversas áreas da educação e
durante todos os estágios supervisionados teve-se a chance de observar e conhecer mais sobre
a rotina dos vários ambientes onde ocorrem a educação. Cada estágio foi direcionado a uma
diferente área, sendo Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos,
Educação Especial, Gestão Escolar e Educação em Ambientes Não Formais. Sendo assim, na
construção do plano de aula e regência, adotou-se uma entre as áreas dos estágios
supervisionados.
No presente Trabalho de Conclusão de Curso serão mencionados, na primeira unidade,
a Educação Infantil, seguido de Ensino de Ciências e Ensino de Ciências na Educação
Infantil, Expressões Faciais e a Interação com o outro na Educação Infantil. Em seguida, na
segunda unidade, traz-se a execução das dinâmicas como base no conteúdo aplicado. E a
terceira unidade, pontua sobre os processos de avaliação, apresentando a importância do tema
para os alunos. E por fim, a conclusão, que irá abordar sobre os resultados obtidos ao longo da
regência.
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DESENVOLVIMENTO
UNIDADE I
1. O RECONHECIMENTO FACIAL E SUAS EXPRESSÕES: INTERAÇÃO COM O
OUTRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
1.1 EDUCAÇÃO INFANTIL
Conforme indica Morgado (2013), o Brasil passou a dar maior evidência a educação
infantil com a Constituição de 1988, onde previu como dever do Estado o atendimento para
crianças de zero a seis anos em creche e pré-escolas. No ano de 1990 ficou estabelecido por
meio do Estatuto da Criança e do Adolescente a diferença entre eles, onde são consideradas
crianças os que tem idade de zero a onze anos e onze meses, e adolescentes de doze a dezoito
anos. Através dessa classificação foi criada a educação de acordo com a faixa etária.
Morgado (2013) ainda cita que mais tarde, em 1996 através da Lei de Diretrizes e
Bases, o Estado tornou-se responsável por cuidar e educar as crianças como primeira etapa da
educação básica, de forma a possibilitar o desenvolvimento das mesmas, tudo isso de forma
gratuita sendo um direito da criança e da família.
A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, é oferecida em
creches e pré-escolas, as quais se caracterizam como espaços institucionais
não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou
privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período
diurna integral ou parcial, regulados e supervisionados pó órgão competente
do sistema de ensino e submetidos a controle social. (BRASIL, 2009, p. 18)
A Lei 9.394/96 nos artigos 29 e 30, considera que a educação infantil é uma
importante etapa da formação integral. O artigo 29 estabelece que:
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como
finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em
seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a
ação da família e da comunidade. (BRASIL 2016 p. 13).
O artigo 30 determina que “A educação infantil será oferecida em: I – creches, ou
entidades equivalentes, para crianças de até 3 (três) anos de idade; II – pré-escolas, para as
crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade.” (BRASIL, 2016, p. 13). Conforme indica
11
Carneiro (2015), creche e pré escola não são apenas um ambiente onde os pais deixam seus
filhos algumas horas ao longo do dia enquanto realizam seu trabalho, mas sim, um local
apropriado com profissionais devidamente qualificados e equipamentos adequados para
trabalhar com crianças das mais variadas faixas etárias, promovendo seu bem estar e
desenvolvimento integral. Segundo Carneiro (2015, p. 364), “as creches e pré-escolas são um
lugar privilegiado, escolhido pela sociedade, para as crianças exercitarem e desenvolverem
suas capacidades e, desta forma, configurando novas e maiores habilidades, reconstruírem o
mundo circulante.”
1.2 ENSINO DE CIÊNCIAS
A palavra ciência tem como significado o conhecer ou aprender. Para Queiroz (2011,
p. 55), ciência é um “conjunto de conhecimentos, atitudes e atividades racionais, socialmente
adquiridos ou produzidos, estruturados com métodos, teorias e linguagens próprias. Para
explicar o conceito de ciência, Souza (1995, apud ARMSTRONG; BARBOZA, 2012 p. 23)
afirmam: “A ciência é uma das formas de conhecimento que o homem produziu no transcurso
de sua história, com o intuito de entender e explicar racional e objetivamente o mundo para
nele poder intervir.”
No passado, ensinava-se ciências para todos esperando que uns poucos
futuros cientistas pudessem ser identificados precocemente. Os
ensinamentos teriam utilidade futura apenas para eles. Para os demais, a
grande maioria, o ensino de ciências era uma espécie de placebo pedagógico
(série de conhecimentos que não têm rigorosamente nenhuma utilidade para
o aluno) que tinha que ser ingerido durante alguns anos seguidos sem
qualquer utilidade. (PORTO, 2011 apud BIZZO, 2009 p.16).
Segundo Lippe (2016, p. 3), sobre a conceituação de ciência, “podemos afirmar que a
ela cabe aperfeiçoar o conhecimento a todas as áreas, de modo que a existência humana ganhe
maior significado.”
Podemos dizer que a ciência é uma forma de conhecimento sistemática que
buscar explicar os fundamentos da natureza por meio de um trabalho
racional, possui créditos metodológicos para demonstrar a veracidade dos
fatos observados e tem como finalidade atingir fatos concretos, mediante
instrumentos, técnicas e procedimentos de observação, fundamentos em
diferentes métodos experimentais. (ARMSTRONG; BARBOZA, 2012, p.
24).
De acordo com Lippe (2016), várias formas de ciências foram surgindo, entre elas, as
ciências políticas, humanas, sociais, etc.
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Queiroz (2011) cita sobre essas ciências políticas, humanas e sociais, sendo que as
ciências políticas estudam as relações de poder dentro da sociedade. As ciências humanas
estudam o comportamento do ser humano, sua relação com a sociedade e fenômenos
culturais: antropologia, história, psicologia, sociologia, etc. E as ciências sociais estudam o
comportamento social do homem e dos grupos humanos.
1.2.1 O ensino de ciências na educação infantil
A educação infantil é a primeira fase da educação básica, onde a criança constrói sua
identidade pessoal e coletiva. Isso acontece através das brincadeiras, imaginações, fantasias,
questionamentos e é assim que a criança aprende, observa, experimenta e constrói sentidos
sobre a natureza e sociedade. É nesta etapa que a criança se atrai e anima com tudo ao seu
redor, pois tudo é novidade. Sendo assim, introduzir o ensino de ciências na Educação Infantil
possibilita condições para que a criança construa seu próprio conhecimento, visto que através
de sua curiosidade, é estimulado a querer aprender e descobrir o novo. (ARCE, SILVA E
VAROTTO, 2011, apud FREITAS et al.,2016).
O ensino de ciências na Educação Infantil ainda é muito incipiente e
simplista: muitos educadores acreditam que crianças pequenas não têm
condições cognitivas para compreender acontecimentos e fenômenos
distantes de si e enveredam por uma ciência restrita ao meio que cerca a
criança. (SILVA, 2003, apud ZUQUIERI, 2007, p. 66).
Fin e Malacarne, (2012, p. 3) citam que “o ensino de Ciências Naturais ajuda a criança
desenvolver, de maneira lógica e racional, alguns aspectos cognitivos que facilitam o
desenvolvimento de sua razão para os fatos do cotidiano e a resolução dos problemas
práticos.” Para Botega (2015, p. 38), “na Educação Infantil, o ensino de ciências está
relacionado à exploração do mundo real que faz com que a criança o compreenda melhor e
também desenvolva habilidades de raciocínio, incentivando assim a imaginação e a criação.”
Nesse mesmo sentido, Zuquiei (2007, p. 66) afirma que “crianças são observadoras,
pesquisadoras natas, e isso facilita muito o aprendizado em ciências.
Se o Ensino de Ciências na Educação Infantil fosse de alguma forma
sistematizado e os alunos já levados ao pensar científico, a chegada das
Ciências Naturais no 1º ano do Ensino Fundamental seria nada mais que a
continuidade de um processo de ensino-aprendizagem e este se daria de
maneira mais efetiva e motivadora. (FIN e MALACARNE 2012, p 3).
13
Segundo Barreto et al (2017), hoje em dia, ainda é possível ouvir relatos de
professores da Educação Infantil dizendo que não são habilitados para dar aula de Ciências,
pois acreditam que o curso de Pedagogia não abrange essa área do conhecimento, ou
acreditam que as crianças desta faixa etária não estão aptas para aprender. Entretanto, alguns
estudos nacionais e internacionais, revelam que é possível ensinar Ciências para a criança
desde os primeiros anos de escolarização, e que as aulas de ciências com atividades
investigativas ajudam no resultado de um bom processo de ensino e aprendizagem, posto que
as crianças são instigadas pela curiosidade que o instiga a explorar tudo o que é novidade.
1.3 EXPRESSÕES FACIAIS
No pensamento de Svitras (2017), a face se comunica por meio de suas expressões, do
mesmo modo que o corpo, onde as emoções do tipo, estar feliz, triste, envergonhada, com
raiva, nos são apresentadas por meio da posição dos olhos, sobrancelhas, boca, e da cabeça,
que funcionam como palavras, nos indicando o que querem expressar. Svitras (2017) ainda
afirma que essa comunicação por expressão ocorre pela observação da reação de seus
familiares e do que eles fazem, onde com o tempo vão aprendendo a ler esses sinais. Porém,
isso também pode ser trabalhado na Educação Infantil, com atividades que os façam
interpretar e imitar essas expressões. “É visível o esforço das crianças, desde muito pequenas,
em reproduzir gestos, expressões faciais e sons produzidos pelas pessoas com as quais
convivem. Imitam também animais domésticos, objetos em movimento etc.” (BRASIL,
1998b, p. 21).
Para Fox & Barton (2007, apud Motta 2015, p. 10) “as faces são estímulos complexos
que transmitem, não somente informações sobre a identidade individual, como também sobre
o estado emocional do indivíduo.” Conforme afirma Pestana (2005), a forma mais básica e
mais comum de expressão das emoções é por meio da expressão facial, onde fisiologistas
estimaram que o rosto humano fosse capaz de gerar cerca de 20.000 expressões diferentes,
expondo os mais diversos estados de ânimo e emoções.
Algumas expressões faciais não são aprendidas, elas surgem de forma natural como
sorrir, chorar, gritar. Existem também outros que são aprendidos por imitação, onde cada um
aprende a se comunicar com o seu rosto, socializando suas expressões. Através deste
aprendizado que as crianças podem se parecer com os pais adotivos ou demonstrar sua
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condição de estrangeira mesmo sem falar (MADEIRA e RIZZOLO, 2004). Segundo Madeira
e Rizzolo (2004), algumas expressões faciais são muito claras e outras difíceis de serem
interpretadas, na criança essas expressões ocorrem de forma muito autênticas e espontâneas,
conforme vai crescendo ela aprende a moderar suas expressões devido à pressão social que a
ensina a guardar seus sentimentos para si mesmos.
As regras da expressão facial humana são uma ciência por si só. Nem o
gestual e nem a postura corporal são capazes de transmitir tão
intensivamente diferentes informações sobre humor, sentimentos ou
experiências. Isso se deve principalmente ao fato de que nenhuma outra parte
do corpo humano estão localizados tantos músculos em uma superfície tão
pequena quanto no rosto – são 43 ao total. Esse conjunto possibilita uma rica
variedade mínima, com as expressões faciais muitas vezes distinguindo-se
apenas em mudanças mínimas. (MATSCHNIG, 2015, p. 55).
“No mundo todo, 250 mil expressões faciais servem para que pessoas das mais
diferentes nações reconheçam o estado de espírito momentâneo de seus semelhantes.”
(MATSCHNIG, 2015, p. 55). Nossas expressões são controladas por meio de vias nervosas
motoras, essas apresentam caminhos que podem ser voluntários ou involuntários, um exemplo
é quando sorrimos de forma forçada onde utilizamos uma via que não é a mesma de quando
sorrimos espontaneamente. (MADEIRA e RIZZOLO, 2004).
1.4 A INTERAÇÃO COM O OUTRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Segundo Oliveira (2008), a função do professor é ter relações de afeto com as
crianças, visto que a mesma precisa de alguém que acolha suas emoções. O professor
incentiva as crianças a relacionar o que estão aprendendo na creche ou pré-escola com outras
experiências, isso significa interagir com elas. De acordo com Hohmann e Weikart (2003,
apud, AREZES; COLAÇO, 2014 p. 112) “as crianças em idade de creche procuram
ativamente os seus companheiros, brincam lado a lado, observam, imitam, falam e interagem
ludicamente.”
Quando crianças pequenas trabalham em pequenos grupos com atividades
adequadas a seu nível de desenvolvimento e a seus interesses (jogos de
ficção, experimentações físicas, problemas lógico-matemáticos, etc.),
passam a construir sequência de trabalho em que se mostram capazes de
inventar e desenvolver iniciativas. (OLIVEIRA, 2008 p. 142).
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998), diz que o
professor deve promover atividades individuais e em grupo, visto que a capacidade de se
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relacionar depende da interação com crianças da mesma idade e de idades diferentes em
diversas situações.
Entende-se por interação o comportamento dos indivíduos que participam
numa atividade conjunta, podendo esta ser uma conversa, um jogo, um
conflito ou qualquer atividade que implique o comportamento de ambos os
participantes. (SCHAFFER, 1996, apud AREZES; COLAÇO, 2014 p. 113).
Para Oliveira (2008), as interações das crianças com seus colegas seja de cooperação
ou confrontamento, possibilitam a demonstração de suas competências já adquiridas e a
construção de um conhecimento compartilhado. O “fator importante no desenvolvimento das
interações é a maneira como a criança é representada por seu meio social.” (OLIVEIRA 2008,
p. 38).
Para se desenvolver, portanto, as crianças precisam aprender com os outros,
por meio dos vínculos que estabelece. Se as aprendizagens acontecem na
interação com as outras pessoas, sejam elas adultos ou crianças, elas também
dependem dos recursos de cada criança. Dentre os recursos que as crianças
utilizam, destacam-se a imitação, o faz-de-conta, a oposição, a linguagem e a
apropriação da imagem corporal. (BRASIL, 1998b, p. 21).
Desta forma, Silva e Muller (2014), afirmam que o professor da Educação Infantil
deve oportunizar um meio de interação com as crianças para que as mesmas tenham mais
interesses e se desenvolvam como sujeitos ativos e criativos, através do aprendizado.
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UNIDADE II
2. A EXECUÇÃO DAS DINÂMICAS COMO BASE DO CONTEÚDO APLICADO
De acordo com a temática do plano de aula aplicado para embasar as dinâmicas,
buscou-se, através de atividades lúdicas, a interação dos alunos com eles mesmos e com a
professora, visto que a relação de afeto é significativa para o desenvolvimento infantil. “Antes
de ingressar na escola, a criança participa do grupo familiar, e de grupos ligados à família.
Mas é no ambiente escolar que este processo de interação em grupo se intensifica.” (MELLO,
TEIXEIRA, 2012, p. 4).
Feitosa (2012), fala que nas relações interpessoais a criança se desenvolve observando
o outro e imitando algumas de suas atitudes. Segundo a teoria de múltiplas inteligências de
Gardner (1994), a inteligência interpessoal é aquela que o indivíduo possui grande facilidade
em se relacionar com outras pessoas, e ainda consegue perceber e compreender as motivações
dos outros. Dessa forma, os alunos manifestam habilidades para interpretar as intenções e
desejos do próximo e a competência de reagir corretamente diante da percepção.
O espelho é um importante instrumento para a construção da identidade. Por
meio das brincadeiras que faz em frente a ele, a criança começa a reconhecer
sua imagem e as características físicas que integram a sua pessoa. É
aconselhável que se coloque na sala, um espelho grande o suficiente para que
várias crianças possam se ver de corpo inteiro e brincar em frente a ele.
(BRASIL, 1998, p. 33).
2.1 PRIMEIRA DINÂMICA: AS PARTES QUE COMPÕEM A FACE
Na Educação Infantil, as atividades e dinâmicas realizadas através do lúdico,
apresentam diversas vantagens para as crianças. A primeira dinâmica proposta foi a
montagem da face, através de cada parte que as compõem. Para a realização da mesma,
elaborou-se duas faces produzidas com feltro, uma de menina e outra de menino, coladas em
um papel cartão.
Sentados em roda, um aluno por vez escolheu alguma das partes que compõem a face,
feitas com e.v.a., nomeou qual parte seria explicando suas funções e colocando no lugar onde
acharia correto, e assim, até formar as duas faces. Esta dinâmica teve como objetivo, através
da interação com o outro, identificar onde fica localizado a boca, nariz, sobrancelhas, olhos,
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orelhas e o cabelo, e quais suas funções. Alguns dos alunos necessitaram de auxílio para
realizar a dinâmica, mas a maioria conseguiu alcançar o objetivo.
O lúdico ajuda a criança a entrar em contato com o mundo imaginário e ao
mesmo tempo com o mundo real, e ali é possível desenvolver habilidades de
criar e relacionar esses conhecimentos, pois assim serão capazes de
compreender todo tipo de informação, por isso as atividades lúdicas são
exercícios necessários e úteis à vida. (SOUZA, 2015 p. 186-187).
2.2 SEGUNDA DINÂMICA: O QUE FALTA NA COMPOSIÇÃO DA FACE
De forma a identificar o que falta na composição da face, a segunda dinâmica foi
elaborada da seguinte forma: distribui-se uma folha para cada aluno e para aplicação da
atividade individual, foi proposto na dinâmica, desenhar o que está faltando na face da menina
e do menino. A ideia desta dinâmica foi de percepção para ver se os alunos iriam identificar o
que estava faltando.
Sentados na mesa, foi distribuído uma folha impressa para a realização da dinâmica
individual para cada aluno desenhar em sua folha o que estava faltando no desenho da
atividade e depois poderiam colorir o desenho. Todos sabiam o que estava faltando, porém,
alguns ainda precisaram de ajuda na hora de desenhar, principalmente os mais novos da
turma.
Pena e Neves (2013), falam da importância do lúdico na educação infantil, pois é
nesse sentido que a criança desenvolve habilidades para a aprendizagem. “O ensino através do
lúdico possibilita a criança criar, usar a sua imaginação, ter uma visão crítica das coisas e do
mundo, e a ter autonomia.” (SOUSA, 2015, p. 168).
2.3 TERCEIRA DINÂMICA: AS EXPRESSÕES FACIAIS
Na terceira dinâmica, através de figuras com diversas expressões faciais espalhadas
no centro da roda, os alunos tiveram que escolher uma delas, explicar o que demonstrava,
dizer o motivo de ter escolhido e em quais situações eles geralmente utilizam essa expressão.
Cada criança escolheu a figura que mais se identifica, imitou a expressão e citou vários
exemplos dos momentos que faz essa expressão.
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O objetivo foi perceber o sentimento que despertava no outro, quando os alunos
realizavam tais expressões. Todos os alunos conseguiram alcançar o objetivo da dinâmica,
prestando bastante atenção em cada expressão que o colega fazia. “A inteligência interpessoal
é a capacidade de perceber e fazer distinções no humor, intenções, motivações e sentimentos
de outras pessoas.” (ARMSTRONG, 2001, p.14).
2.4 QUARTA DINÂMICA: OS ACESSÓRIOS
De forma lúdica, na quarta dinâmica, aproveita-se os mesmos materiais utilizados na
primeira dinâmica, porém agora com acessórios feitos em e.v.a. Os alunos deveriam
completar a face da menina e do menino com os acessórios, colocando no lugar correto.
Também foram disponibilizados vários outros acessórios, como chapeu, tiara, óculos, batom,
laço, e eles poderiam estar colocando neles mesmos e trocando com os colegas, realizando
assim, um meio de interação social. Para identificar se eles saberiam quais eram os acessórios
corretos a usar, também foi mostrado alguns outros itens, assim como livro, sapato e
brinquedo, questionando se estes também eram permitidos a serem usados como acessórios.
A finalidade desta dinâmica foi para os alunos identificar os diversos acessórios que
podemos compor, e assim, socializar com a turma, através da troca dos acessórios realizadas
entre eles. Todas as crianças conseguiram cumprir com o objetivo, interagindo com todos e
sabendo identificar quais eram os acessórios que poderiam ser usados, diferenciando dos
outros itens. “Do ponto de vista da criança, a socialização constitui um processo de
apropriação e de construção, por meio da participação ativa do indivíduo jovem que intervem,
age e interage com todos os elementos de seu universo.” (BELLONI 2007, p. 61).
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UNIDADE III
3. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO
3.1 AVALIAÇÃO
Luckesi (2011) trata a avaliação como um importante instrumento do educador, onde
por meio deste o mesmo pode utilizar este recurso para medir a eficiência e eficácia dos seus
atos e recursos utilizados perante a um grupo, ferramenta essa que também pode ser utilizada
para intervir na correção dos rumos das atividades e seus resultados.
De acordo com Esteban et al. (2001) o professor se fundamenta na fragmentação do
processo de ensino para elaborar a avaliação, onde utiliza um padrão predeterminado
relacionando a diferença ao erro e semelhança ao acerto, como classificação das respostas,
onde a quantidade de erros e acertos orienta a avaliação do professor. Na mesma linha de
pensamento, Fernandes (2014) afirma que a escola brasileira está sistematizada por uma
pedagogia que se fundamenta no acerto e no erro, aprovação e reprovação, onde foca em um
conceito que se norteia em valorizar aquilo que se aprendeu, e não o que já foi aprendido.
Segundo Fernandes (2014), a metodologia utilizada na avaliação tem sido
classificatória, seletiva e excludente, torna-se necessário criar um sistema de avaliação mais
conciso, com um maior comprometimento por parte dos professores e profissionais da
educação de modo a inserir a lógica da inclusão, do dialogo, da construção da autonomia e
responsabilidade com o coletivo. Fernandes (2014) ainda explica que por meio da avaliação,
os estudantes devem ser orientados a realizar seus trabalhos e suas aprendizagens com o
intuito de identificar suas dificuldades e potencialidades redefinindo seus rumos. Afirma
ainda que a responsabilidade pela aprendizagem não é apenas do professor, mas também do
aluno.
Para Hoffmann (2005) as crianças apresentam um desenvolvimento de forma muito
acelerada, onde a cada minuto executam novas tarefas como alteração na vivência de
determinadas situações ou novas interações com os objetos do mundo físico, ultrapassando as
expectativas e causando até mesmo um espanto. Portanto, “a avaliação é um momento
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real, concreto e, com seus resultados permite que o aluno se confronte com um momento
final idealizado, antes, pelos objetivos.” (FREITAS, 1995, p. 95).
3.1.2 Avaliação na Educação Infantil
De acordo com Lopes et al. (2017) a discussão sobre intencionalidade e significado da
avaliação na Educação Infantil está sendo maior destaque, deste modo, buscar compreender e
refletir a respeito desta temática e sua importância na aprendizagem e no desenvolvimento da
criança tem se tornado uma tarefa necessária. “A avaliação do desenvolvimento infantil deve
atuar como recurso para auxiliar o progresso das crianças.” (OLIVEIRA, 2008, p. 253).
O artigo 31 da Lei de Diretrizes e Bases destaca sobre a avaliação na educação infantil
da seguinte forma:
Art. 31.A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes
regras comuns:
I – avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das
crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino
fundamental;
II – carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um
mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional;
III – atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o
turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral;
IV – controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida
a frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas;
V – expedição de documentação que permita atestar os processos de
desenvolvimento e aprendizagem da criança. (BRASIL, 2016, p. 13).
Carneiro (2015) explica que diferente do que acontece no ensino fundamental onde os
conceitos da avaliação são os da promoção, na educação infantil esses conceitos são o de
acompanhamento do desenvolvimento e do processo de observação com o devido registro.
“Sua finalidade não é excluir, mas exatamente o contrário: incluir as crianças no processo
educacional e assegurá-lhes êxito em sua trajetória por ele.” (OLIVEIRA, 2008 p. 253).
Na educação infantil, o processo de avaliação ocorre por meio da constante
observação da criança, onde o professor deve respeitar a singularidade e a individualidade de
cada um, de modo que a mesma se desenvolva por completo. (LOPES, SILVA E
RODRIGUES, 2017). Conforme descreve Oliveira (2008), a avaliação na educação infantil se
21
refere a um campo de investigação, onde não há julgamento, porém contribui para a busca de
uma proposta pedagógica bem definida.
3.1.3 Avaliação diagnóstica
A avaliação diagnóstica é aquela que verifica se o aluno aprendeu o que lhe foi
proposto, com o intuito de identificar dificuldades de aprendizagem. Freitas et al. (2014)
menciona que a avaliação diagnóstica tem como objetivo verificar a existência, ou ausência,
de habilidades e conhecimentos pré‐estabelecidos, após isso se inicia o processo avaliativo
onde se constata se os alunos dominam os pré‐requisitos necessários para novas
aprendizagens.
“Na avaliação nós não precisamos julgar, necessitamos isto sim, de diagnosticar, tendo
em vista encontrar soluções mais adequadas e mais satisfatórias para os impasses e
dificuldades.” (LUCKESI, 2005, p. 33). “O objetivo desse tipo de avaliação é diagnosticar os
conhecimentos prévios dos alunos e os problemas de aprendizagem.” (QUEIROZ, 2011, p.
34).
Queiroz (2011) ainda cita que a avaliação diagnóstica deve ser realizada a todo
instante, com a finalidade de o professor acompanhar os alunos e ajudar em suas dificuldades.
As dificuldades específicas dos estudantes na assimilação do conhecimento são identificadas
por meio da avaliação diagnóstica, os três principais objetivos dessa avaliação são: identificar
a realidade de cada turma; observar se as crianças apresentam ou não habilidades e pré-
requisitos para os processos de ensino e aprendizagem; e refletir sobre as causas das
dificuldades recorrentes, com as respostas dessas ações estabelecidas é possível formular
ações para solucionar os problemas encontrados (MASSUCATO, MAYRINK, 2015).
Para que a avaliação diagnóstica seja possível, é preciso compreendê-la e
realizá-la comprometida com uma concepção pedagógica. No caso,
consideramos que ela deve estar comprometida com uma proposta
pedagógica histórico-crítica, uma vez que esta concepção está preocupada
com a perspectiva de que o educando deverá apropriar-se criticamente de
conhecimentos e habilidades necessárias à sua realização como sujeito
crítico dentro desta sociedade que se caracteriza pelo modo capitalista de
produção. A avaliação diagnóstica não se propõe e nem existe de uma forma
solta e isolada. É condição de sua existência a articulação com uma
concepção pedagógica progressista (LUCKESI, 2005, p.82).
22
3.2 IMPORTÂNCIA DO TEMA
O tema trás a necessidade do reconhecimento do corpo e suas funções através da
interação do outro com atividades lúdicas. Para Almada (1999, p.10) “as atividades lúdicas
são indispensáveis para a apreensão dos conhecimentos artísticos e estéticos, pois possibilitam
o desenvolvimento da percepção, da imaginação, da fantasia e dos sentimentos.”
O descobrimento do corpo na educação infantil se justifica pela necessidade das
crianças conhecerem suas funções, revelando emoções, sentimentos e possibilitando a
construção de sua identidade. Melo (2013), diz que a construção da identidade se dá por meio
das interações da criança com o seu meio social, onde acontece primeiramente na família e
depois na escola.
O corpo é uma forma de expressão da individualidade. A criança percebe-se
e percebe as coisas que a cercam em função de seu próprio corpo. Isto
significa que, conhecendo-o, terá maior habilidade para se diferenciar, para
sentir diferenças. Ela passa a distingui-lo em relação aos objetos
circundantes, observando-os, manejando-os. (OLIVEIRA, 2007, p. 47).
Essa etapa de reconhecer o corpo trás a importância da construção de sua própria
identidade. A criança percebe e aprende através da percepção do outro, e assim se constrói.
Portanto, o tema desenvolve nas crianças o reconhecimento de si, por meio de linguagens que
geram expressões próprias e significativas.
23
CONCLUSÃO
Na execução do plano de aula no dia da regência, foi evidente o envolvimento das
crianças participando com grande entusiasmo sobre o recohecimento da face, descobrindo
suas funções e as diversas expressões faciais, além de saber identificar quais são os acessórios
indicados para se utilizar. De acordo com a metodologia aplicada em dinâmicas, a turma
estava animada e curiosa para saber sobre o tema e realizar as atividades propostas. Logo, no
período da aplicação do planejamento, foram cumpridos todos os objetivos estabelecidos no
plano, sendo eles, proporcionar, em atividades, o reconhecimento facial e suas expressões;
analisar as partes que compõem a face; verificar, de forma lúdica e dinâmica, o que compõe a
face e suas funções; identificar as composições que podemos montar e fazer nas expressões
faciais, através dos acessórios.
Durante o processo de regência, os alunos sentiram-se confortáveis para interagir com
os colegas, visto que a interação é significativa, pois contribui com para a aprendizagem do
outro. Deste modo, compreende-se a importância do tema “o reconhecimento facial com a
presença do outro”, visando a construção de identidade, reconhecendo a face e suas diveras
expressões.
Tendo como base teórica, Morgado (2013) e Carneiro (2015) falando um pouco sobre
a Educação Infantil. Como também Queiroz (2011) e Lippe (2016), apresentando sobre o
ensino de ciências, além de Svitras (2017), Madeira e Rizzolo (2004) e Matschnig (2015), que
citam sobre as expressões faciais, Oliveira (2008) e RCNEI (1998), esclarecendo sobre a
interação com o outro na educação infantil. Souza (2015) e Armstrong (2001) falando sobre
as dinâmicas e Luckesi (2011), Fernandes (2014) e Hoffmann (2005), que fundamentaram
sobre avaliação e vários outros autores.
Além disso, toda experiência vivenciada na prática e teoria, destaca-se a real
importância do planejamento e de uma prática eficiente por parte do professor, procurando
alcançar os objetivos apresentados. Sendo assim, para que a criança construa sua identidade,
através do reconhecimento da face, sabendo a função de cada parte que compõe, e
conhecendo as expressões, é fundamental que haja a interação com o outro.
24
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28
APÊNDICES
29
DADOS: Escola Arvoredo MUNICÍPIO: Garopaba - SC
DATA: 14/05/2018 SÉRIE: Jardim II
DISCIPLINA: Ciências
PLANO DE AULA
TEMA
O reconhecimento facial com a presença do outro.
EMENTA
O corpo humano na presença facial. As partes que compõem a face: olhos, nariz, boca,
sobrancelhas, orelhas e cabelo. Os acessórios que podemos usar, tanto na expressão facial,
quanto nos que nela podemos compor.
OBJETIVO GERAL
Proporcionar, em atividades, o reconhecimento facial e suas expressões.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Analisar as partes que compõem a face.
- Verificar, de forma lúdica e dinâmica, o que compõe a face e suas funções.
- Identificar as composições que podemos montar e fazer nas expressões faciais, através dos
acessórios.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
I unidade: O corpo humano na presença facial.
- A importância do corpo humano e suas partes.
- A face como parte ênfase, neste momento, do corpo humano e as expressões da face.
- A face e suas expressões.
II unidade: As partes que compõe a face: olhos, nariz, boca, sobrancelhas, orelhas e cabelo.
- As partes que compõem a face: olhos, nariz, boca, sobrancelhas, orelhas e cabelo.
- A função de cada parte que compõe a face
- As expressões que compõem cada função.
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III unidade: Os acessórios que podemos usar, tanto na expressão facial, quanto nos que nela
podemos compor.
- A face e a questão cultural.
- Os acessórios e sua diversidade nas expressões faciais.
- O reconhecimento dos acessórios e suas composições.
METODOLOGIA
1º momento: Ao chegarem à escola, as crianças são recolhidas na varanda e, logo após
encaminhas à classe. Em seguida, aplica-se a primeira unidade do plano em regência que é o
corpo humano na presença facial. E como proposta trará a dinâmica da composição facial,
onde deve demonstrar a capacidade que os alunos têm de perceber, onde fica localizado a
boca, nariz, sobrancelhas, olhos, orelhas e o cabelo, e quais suas funções.
2º momento: Aplica-se a atividade de percepção sobre o que falta na composição da face.
Será distribuída a folha com a atividade impressa, tendo duas faces, uma de menino e outra de
menina, onde os alunos deverão desenhar a parte que está faltando na face e pintar o desenho
depois.
3º momento: Sentados em círculo novamente, através de figuras com diversas expressões
faciais espalhas no centro da roda, os alunos terão que escolher uma delas, nomeá-las, dizer o
motivo de ter escolhido e em quais situações eles utilizam a mesma.
4º momento: De forma lúdica, trabalha-se a montagem através de acessórios. Nesta etapa,
aproveita-se a atividade coletiva da descoberta e acerto do que compõe a face e completar
com acessórios, especificando o lugar correto para usá-los. Também foram colocados alguns
objetos no meio da roda, onde deverão apontar quais eram acessórios corretos a usar e quais
não, podendo colocar em si. Em seguida, continua a rotina da classe.
RECURSOS
E.v.a, lápis, tesoura, folha A4, velcro, feltro, cola, papel cartão, computador, impressora,
óculos, chapeu, batom, brinquedo, sapato, tiara.
PROCESSO AVALIATIVO
Para avaliar o tema reconhecimento facial e a presença do outro, aplica-se quatro dinâmicas:
composição facial e suas funções, atividade de percepção sobre o que falta na composição da
face, as expressões faciais e atividade coletiva dos acessórios utilizados nos seus devidos
lugares. Para essas atividades, utilizou-se o processo de avaliação diagnóstica, como recurso
de reconhecimento das atividades pontuais.
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
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CARNEIRO, Moacir Alves. LDB fácil: leitura crítico-compreensiva, artigo a artigo.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
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Imagem 01: Iniciando as dinâmicas
Imagens 02 e 03: Dinâmica: As partes que compõem a face.
32
Imagens 04 e 05: Dinâmica: O que falta na composição da face.
Imagens 06 e 07: Dinâmica: Os acessórios.
33
ANEXOS