faculdade capivari - fucap curso de graduaÇÃo … · meninas e nove meninos, todos com a faixa...

33
FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO-TCC O RECONHECIMENTO FACIAL E SUAS EXPRESSÕES: INTERAÇÃO COM O OUTRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Andreza Correia de Souza Capivari de Baixo (SC), Junho de 2018.

Upload: hoangnhi

Post on 21-Dec-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

FACULDADE CAPIVARI - FUCAP

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO-TCC

O RECONHECIMENTO FACIAL E SUAS EXPRESSÕES: INTERAÇÃO COM O

OUTRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Andreza Correia de Souza

Capivari de Baixo (SC), Junho de 2018.

Page 2: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

ANDREZA CORREIA DE SOUZA

O RECONHECIMENTO FACIAL E SUAS EXPRESSÕES: INTERAÇÃO COM O

OUTRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso de Pedagogia da Faculdade Capivari- FUCAP,

sob orientação da Professora Msc. Joana D’Arc de

Souza.

Capivari de Baixo (SC), Junho de 2018.

Page 3: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

O RECONHECIMENTO FACIAL E SUAS EXPRESSÕES: INTERAÇÃO COM O

OUTRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Este Trabalho de Conclusão de Curso-TCC foi submetido ao processo de avaliação, em

estado de Defesa Pública. Aprovado na versão final em ___/___ /___, atendendo as normas de

legislação vigente da Faculdade Capivari-FUCAP.

Capivari de Baixo (SC), Junho de 2018.

Comissão Avaliadora:

Orientadora: Profa Msc. Joana D’Arc de Souza- FUCAP

1º Avaliador: Profª Jacqueline de Souza

2º Avaliador: Profª Msc. Maria Ana Pires de Oliveira

Page 4: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

DEDICATÓRIA

Dedico este Trabalho de Conclusão de Curso primeiramente à Deus, que me deu

forças para cumprir mais essa etapa em minha vida. Dedico à minha família, que sempre me

incentivou e deu todo apoio para eu continuar em busca dessa conquista. Dedico ao meu

namorado, que esteve ao meu lado em todos os momentos e me ajudou em tudo que precisei.

E dedico a todas as pessoas que fizeram parte dessa minha caminhada.

Page 5: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

AGRADECIMENTOS

Agradeço imensamente à Deus, por permitir que mais uma etapa seja concluída em

minha vida, por ter me concedido toda força, saúde e disposição. A minha família, que deu

todo apoio necessário durante o curso, me ajudando de todas as maneiras possíveis para eu

não desistir. Agradeço ao meu namorado Cleiton Pires Severino, que nunca mediu esforços

para me ajudar em todos os momentos e sempre incentivou a buscar o meu melhor. As minhas

colegas de classe, por todo companheirismo durante esses quatro anos de curso. Agradeço a

todas as professoras que tive a oportunidade de trabalhar e realizar os estágios, pois aprendi

muito com cada uma delas. E a todas as escolas que me receberam muito bem para meus

estágios observatórios e de regência. A Faculdade Capivari – FUCAP, pelo ótimo

atendimento, pelo ensino que me permitiu chegar ao final de mais uma etapa. A todos os

professores da instituição, que estiveram dispostos a auxiliar e contribuir com seus

conhecimentos. E a todos que contribuíram para mais essa minha grande realização.

Muito obrigada!

Page 6: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

“Educação não transforma o

mundo. Educação muda pessoas.

Pessoas transformam o mundo.”

Paulo Freire.

Page 7: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

SUMÁRIO

RESUMO ................................................................................................................................... 8

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 9

DESENVOLVIMENTO ......................................................................................................... 10

1. O RECONHECIMENTO FACIAL E SUAS EXPRESSÕES: INTERAÇÃO

COM O OUTRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ................................................................. 10

1.1 EDUCAÇÃO INFANTIL .............................................................................................. 10

1.2 ENSINO DE CIÊNCIAS ............................................................................................... 11

1.2.1 O ensino de ciências na educação infantil ................................................................. 12

1.3 EXPRESSÕES FACIAIS ............................................................................................... 13

1.4 A INTERAÇÃO COM O OUTRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ............................ 14

2. A EXECUÇÃO DAS DINÂMICAS COMO BASE DO CONTEÚDO APLICADO 16

2.1 PRIMEIRA DINÂMICA: AS PARTES QUE COMPÕEM A FACE ....................... 16

2.2 SEGUNDA DINÂMICA: O QUE FALTA NA COMPOSIÇÃO DA FACE ............ 17

2.3 TERCEIRA DINÂMICA: AS EXPRESSÕES FACIAIS ........................................... 17

2.4 QUARTA DINÂMICA: OS ACESSÓRIOS ................................................................ 18

3. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO .................................................................................. 19

3.1 AVALIAÇÃO ................................................................................................................. 19

3.1.2 Avaliação na educação infantil .................................................................................. 20

3.1.3 Avaliação diagnóstica ................................................................................................ 21

3.2 IMPORTÂNCIA DO TEMA ......................................................................................... 22

CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 23

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 24

APÊNDICES ........................................................................................................................... 28

ANEXOS ................................................................................................................................. 33

Page 8: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

8

SOUZA, Andreza Correia. O reconhecimento facial e suas expressões: Interação com o

outro na educação infantil, 41 p. Trabalho de Conclusão de Curso-TCC (Graduação em

Pedagogia) – Faculdade Capivari – FUCAP, Capivari de Baixo, SC, 2018.

RESUMO

O presente Trabalho de Conclusão de Curso traz como prática aplicada, um plano de aula,

efetuado na Escola Arvoredo, na turma do Jardim II, localizada na cidade de Garopaba – SC.

Essa prática teve como suporte um plano em regência, cujo processo trouxe como tema o

reconhecimento facial com a presença do outro. O plano de aula é um instrumento que o

professor tem para acompanhar os conteúdos, as atividades desenvolvidas, os objetivos que

serão alcançados e os modos de avaliação. Para a confecção deste trabalho, utilizou-se

pesquisa de campo, com abordagem qualitativa, e metodologia bibliográfica baseado nos

autores Carneiro (2015), Luckesi (2005), Oliveira (2008), entre outros. Deste modo, a

importância do planejamento se torna evidente para obter um bom desempenho do professor

no ambiente escolar.

Palavras-chave: Educação Infantil, Ciências, Reconhecimento Facial.

Page 9: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

9

INTRODUÇÃO

O presente Trabalho de Conclusão de Curso traz a prática em regência, efetuado na

turma Jardim II da escola Arvoredo, localizada no bairro Ambrósio do município de

Garopaba (SC), no período do mês de março do ano de dois mil e dezoito com o estágio de

observação da turma e no mês de maio do mesmo ano foi aplicado a regência do plano de

aula, tendo como tema principal o reconhecimento facial com a presença do outro. A turma do

Jardim II em que foi executado o plano de aula, é composta de doze alunos, sendo três

meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade.

Durante o estágio de observação da turma, o qual foi realizado nas tardes entre os dias

cinco ao vinte e três do mês de março de dois mil e dezoito, os alunos mostraram interesse nas

aulas e participaram de todos os momentos da rotina da escola. A professora da turma,

durante essas três semanas, trabalhou sobre o corpo humano, apresentando sobre as funções

da cabeça, braços, tronco e pernas. A regência foi no dia quatorze de maio de dois mil e

dezoito com aplicação do plano de aula, onde estavam presentes sete crianças (duas meninas e

cinco meninos), os quais participaram de todas as dinâmicas com bastante interesse e

entusiasmo.

No decorrer do Curso de Pedagogia, foi apresentado diversas áreas da educação e

durante todos os estágios supervisionados teve-se a chance de observar e conhecer mais sobre

a rotina dos vários ambientes onde ocorrem a educação. Cada estágio foi direcionado a uma

diferente área, sendo Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos,

Educação Especial, Gestão Escolar e Educação em Ambientes Não Formais. Sendo assim, na

construção do plano de aula e regência, adotou-se uma entre as áreas dos estágios

supervisionados.

No presente Trabalho de Conclusão de Curso serão mencionados, na primeira unidade,

a Educação Infantil, seguido de Ensino de Ciências e Ensino de Ciências na Educação

Infantil, Expressões Faciais e a Interação com o outro na Educação Infantil. Em seguida, na

segunda unidade, traz-se a execução das dinâmicas como base no conteúdo aplicado. E a

terceira unidade, pontua sobre os processos de avaliação, apresentando a importância do tema

para os alunos. E por fim, a conclusão, que irá abordar sobre os resultados obtidos ao longo da

regência.

Page 10: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

10

DESENVOLVIMENTO

UNIDADE I

1. O RECONHECIMENTO FACIAL E SUAS EXPRESSÕES: INTERAÇÃO COM O

OUTRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

1.1 EDUCAÇÃO INFANTIL

Conforme indica Morgado (2013), o Brasil passou a dar maior evidência a educação

infantil com a Constituição de 1988, onde previu como dever do Estado o atendimento para

crianças de zero a seis anos em creche e pré-escolas. No ano de 1990 ficou estabelecido por

meio do Estatuto da Criança e do Adolescente a diferença entre eles, onde são consideradas

crianças os que tem idade de zero a onze anos e onze meses, e adolescentes de doze a dezoito

anos. Através dessa classificação foi criada a educação de acordo com a faixa etária.

Morgado (2013) ainda cita que mais tarde, em 1996 através da Lei de Diretrizes e

Bases, o Estado tornou-se responsável por cuidar e educar as crianças como primeira etapa da

educação básica, de forma a possibilitar o desenvolvimento das mesmas, tudo isso de forma

gratuita sendo um direito da criança e da família.

A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, é oferecida em

creches e pré-escolas, as quais se caracterizam como espaços institucionais

não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou

privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período

diurna integral ou parcial, regulados e supervisionados pó órgão competente

do sistema de ensino e submetidos a controle social. (BRASIL, 2009, p. 18)

A Lei 9.394/96 nos artigos 29 e 30, considera que a educação infantil é uma

importante etapa da formação integral. O artigo 29 estabelece que:

Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como

finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em

seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a

ação da família e da comunidade. (BRASIL 2016 p. 13).

O artigo 30 determina que “A educação infantil será oferecida em: I – creches, ou

entidades equivalentes, para crianças de até 3 (três) anos de idade; II – pré-escolas, para as

crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade.” (BRASIL, 2016, p. 13). Conforme indica

Page 11: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

11

Carneiro (2015), creche e pré escola não são apenas um ambiente onde os pais deixam seus

filhos algumas horas ao longo do dia enquanto realizam seu trabalho, mas sim, um local

apropriado com profissionais devidamente qualificados e equipamentos adequados para

trabalhar com crianças das mais variadas faixas etárias, promovendo seu bem estar e

desenvolvimento integral. Segundo Carneiro (2015, p. 364), “as creches e pré-escolas são um

lugar privilegiado, escolhido pela sociedade, para as crianças exercitarem e desenvolverem

suas capacidades e, desta forma, configurando novas e maiores habilidades, reconstruírem o

mundo circulante.”

1.2 ENSINO DE CIÊNCIAS

A palavra ciência tem como significado o conhecer ou aprender. Para Queiroz (2011,

p. 55), ciência é um “conjunto de conhecimentos, atitudes e atividades racionais, socialmente

adquiridos ou produzidos, estruturados com métodos, teorias e linguagens próprias. Para

explicar o conceito de ciência, Souza (1995, apud ARMSTRONG; BARBOZA, 2012 p. 23)

afirmam: “A ciência é uma das formas de conhecimento que o homem produziu no transcurso

de sua história, com o intuito de entender e explicar racional e objetivamente o mundo para

nele poder intervir.”

No passado, ensinava-se ciências para todos esperando que uns poucos

futuros cientistas pudessem ser identificados precocemente. Os

ensinamentos teriam utilidade futura apenas para eles. Para os demais, a

grande maioria, o ensino de ciências era uma espécie de placebo pedagógico

(série de conhecimentos que não têm rigorosamente nenhuma utilidade para

o aluno) que tinha que ser ingerido durante alguns anos seguidos sem

qualquer utilidade. (PORTO, 2011 apud BIZZO, 2009 p.16).

Segundo Lippe (2016, p. 3), sobre a conceituação de ciência, “podemos afirmar que a

ela cabe aperfeiçoar o conhecimento a todas as áreas, de modo que a existência humana ganhe

maior significado.”

Podemos dizer que a ciência é uma forma de conhecimento sistemática que

buscar explicar os fundamentos da natureza por meio de um trabalho

racional, possui créditos metodológicos para demonstrar a veracidade dos

fatos observados e tem como finalidade atingir fatos concretos, mediante

instrumentos, técnicas e procedimentos de observação, fundamentos em

diferentes métodos experimentais. (ARMSTRONG; BARBOZA, 2012, p.

24).

De acordo com Lippe (2016), várias formas de ciências foram surgindo, entre elas, as

ciências políticas, humanas, sociais, etc.

Page 12: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

12

Queiroz (2011) cita sobre essas ciências políticas, humanas e sociais, sendo que as

ciências políticas estudam as relações de poder dentro da sociedade. As ciências humanas

estudam o comportamento do ser humano, sua relação com a sociedade e fenômenos

culturais: antropologia, história, psicologia, sociologia, etc. E as ciências sociais estudam o

comportamento social do homem e dos grupos humanos.

1.2.1 O ensino de ciências na educação infantil

A educação infantil é a primeira fase da educação básica, onde a criança constrói sua

identidade pessoal e coletiva. Isso acontece através das brincadeiras, imaginações, fantasias,

questionamentos e é assim que a criança aprende, observa, experimenta e constrói sentidos

sobre a natureza e sociedade. É nesta etapa que a criança se atrai e anima com tudo ao seu

redor, pois tudo é novidade. Sendo assim, introduzir o ensino de ciências na Educação Infantil

possibilita condições para que a criança construa seu próprio conhecimento, visto que através

de sua curiosidade, é estimulado a querer aprender e descobrir o novo. (ARCE, SILVA E

VAROTTO, 2011, apud FREITAS et al.,2016).

O ensino de ciências na Educação Infantil ainda é muito incipiente e

simplista: muitos educadores acreditam que crianças pequenas não têm

condições cognitivas para compreender acontecimentos e fenômenos

distantes de si e enveredam por uma ciência restrita ao meio que cerca a

criança. (SILVA, 2003, apud ZUQUIERI, 2007, p. 66).

Fin e Malacarne, (2012, p. 3) citam que “o ensino de Ciências Naturais ajuda a criança

desenvolver, de maneira lógica e racional, alguns aspectos cognitivos que facilitam o

desenvolvimento de sua razão para os fatos do cotidiano e a resolução dos problemas

práticos.” Para Botega (2015, p. 38), “na Educação Infantil, o ensino de ciências está

relacionado à exploração do mundo real que faz com que a criança o compreenda melhor e

também desenvolva habilidades de raciocínio, incentivando assim a imaginação e a criação.”

Nesse mesmo sentido, Zuquiei (2007, p. 66) afirma que “crianças são observadoras,

pesquisadoras natas, e isso facilita muito o aprendizado em ciências.

Se o Ensino de Ciências na Educação Infantil fosse de alguma forma

sistematizado e os alunos já levados ao pensar científico, a chegada das

Ciências Naturais no 1º ano do Ensino Fundamental seria nada mais que a

continuidade de um processo de ensino-aprendizagem e este se daria de

maneira mais efetiva e motivadora. (FIN e MALACARNE 2012, p 3).

Page 13: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

13

Segundo Barreto et al (2017), hoje em dia, ainda é possível ouvir relatos de

professores da Educação Infantil dizendo que não são habilitados para dar aula de Ciências,

pois acreditam que o curso de Pedagogia não abrange essa área do conhecimento, ou

acreditam que as crianças desta faixa etária não estão aptas para aprender. Entretanto, alguns

estudos nacionais e internacionais, revelam que é possível ensinar Ciências para a criança

desde os primeiros anos de escolarização, e que as aulas de ciências com atividades

investigativas ajudam no resultado de um bom processo de ensino e aprendizagem, posto que

as crianças são instigadas pela curiosidade que o instiga a explorar tudo o que é novidade.

1.3 EXPRESSÕES FACIAIS

No pensamento de Svitras (2017), a face se comunica por meio de suas expressões, do

mesmo modo que o corpo, onde as emoções do tipo, estar feliz, triste, envergonhada, com

raiva, nos são apresentadas por meio da posição dos olhos, sobrancelhas, boca, e da cabeça,

que funcionam como palavras, nos indicando o que querem expressar. Svitras (2017) ainda

afirma que essa comunicação por expressão ocorre pela observação da reação de seus

familiares e do que eles fazem, onde com o tempo vão aprendendo a ler esses sinais. Porém,

isso também pode ser trabalhado na Educação Infantil, com atividades que os façam

interpretar e imitar essas expressões. “É visível o esforço das crianças, desde muito pequenas,

em reproduzir gestos, expressões faciais e sons produzidos pelas pessoas com as quais

convivem. Imitam também animais domésticos, objetos em movimento etc.” (BRASIL,

1998b, p. 21).

Para Fox & Barton (2007, apud Motta 2015, p. 10) “as faces são estímulos complexos

que transmitem, não somente informações sobre a identidade individual, como também sobre

o estado emocional do indivíduo.” Conforme afirma Pestana (2005), a forma mais básica e

mais comum de expressão das emoções é por meio da expressão facial, onde fisiologistas

estimaram que o rosto humano fosse capaz de gerar cerca de 20.000 expressões diferentes,

expondo os mais diversos estados de ânimo e emoções.

Algumas expressões faciais não são aprendidas, elas surgem de forma natural como

sorrir, chorar, gritar. Existem também outros que são aprendidos por imitação, onde cada um

aprende a se comunicar com o seu rosto, socializando suas expressões. Através deste

aprendizado que as crianças podem se parecer com os pais adotivos ou demonstrar sua

Page 14: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

14

condição de estrangeira mesmo sem falar (MADEIRA e RIZZOLO, 2004). Segundo Madeira

e Rizzolo (2004), algumas expressões faciais são muito claras e outras difíceis de serem

interpretadas, na criança essas expressões ocorrem de forma muito autênticas e espontâneas,

conforme vai crescendo ela aprende a moderar suas expressões devido à pressão social que a

ensina a guardar seus sentimentos para si mesmos.

As regras da expressão facial humana são uma ciência por si só. Nem o

gestual e nem a postura corporal são capazes de transmitir tão

intensivamente diferentes informações sobre humor, sentimentos ou

experiências. Isso se deve principalmente ao fato de que nenhuma outra parte

do corpo humano estão localizados tantos músculos em uma superfície tão

pequena quanto no rosto – são 43 ao total. Esse conjunto possibilita uma rica

variedade mínima, com as expressões faciais muitas vezes distinguindo-se

apenas em mudanças mínimas. (MATSCHNIG, 2015, p. 55).

“No mundo todo, 250 mil expressões faciais servem para que pessoas das mais

diferentes nações reconheçam o estado de espírito momentâneo de seus semelhantes.”

(MATSCHNIG, 2015, p. 55). Nossas expressões são controladas por meio de vias nervosas

motoras, essas apresentam caminhos que podem ser voluntários ou involuntários, um exemplo

é quando sorrimos de forma forçada onde utilizamos uma via que não é a mesma de quando

sorrimos espontaneamente. (MADEIRA e RIZZOLO, 2004).

1.4 A INTERAÇÃO COM O OUTRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Segundo Oliveira (2008), a função do professor é ter relações de afeto com as

crianças, visto que a mesma precisa de alguém que acolha suas emoções. O professor

incentiva as crianças a relacionar o que estão aprendendo na creche ou pré-escola com outras

experiências, isso significa interagir com elas. De acordo com Hohmann e Weikart (2003,

apud, AREZES; COLAÇO, 2014 p. 112) “as crianças em idade de creche procuram

ativamente os seus companheiros, brincam lado a lado, observam, imitam, falam e interagem

ludicamente.”

Quando crianças pequenas trabalham em pequenos grupos com atividades

adequadas a seu nível de desenvolvimento e a seus interesses (jogos de

ficção, experimentações físicas, problemas lógico-matemáticos, etc.),

passam a construir sequência de trabalho em que se mostram capazes de

inventar e desenvolver iniciativas. (OLIVEIRA, 2008 p. 142).

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998), diz que o

professor deve promover atividades individuais e em grupo, visto que a capacidade de se

Page 15: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

15

relacionar depende da interação com crianças da mesma idade e de idades diferentes em

diversas situações.

Entende-se por interação o comportamento dos indivíduos que participam

numa atividade conjunta, podendo esta ser uma conversa, um jogo, um

conflito ou qualquer atividade que implique o comportamento de ambos os

participantes. (SCHAFFER, 1996, apud AREZES; COLAÇO, 2014 p. 113).

Para Oliveira (2008), as interações das crianças com seus colegas seja de cooperação

ou confrontamento, possibilitam a demonstração de suas competências já adquiridas e a

construção de um conhecimento compartilhado. O “fator importante no desenvolvimento das

interações é a maneira como a criança é representada por seu meio social.” (OLIVEIRA 2008,

p. 38).

Para se desenvolver, portanto, as crianças precisam aprender com os outros,

por meio dos vínculos que estabelece. Se as aprendizagens acontecem na

interação com as outras pessoas, sejam elas adultos ou crianças, elas também

dependem dos recursos de cada criança. Dentre os recursos que as crianças

utilizam, destacam-se a imitação, o faz-de-conta, a oposição, a linguagem e a

apropriação da imagem corporal. (BRASIL, 1998b, p. 21).

Desta forma, Silva e Muller (2014), afirmam que o professor da Educação Infantil

deve oportunizar um meio de interação com as crianças para que as mesmas tenham mais

interesses e se desenvolvam como sujeitos ativos e criativos, através do aprendizado.

Page 16: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

16

UNIDADE II

2. A EXECUÇÃO DAS DINÂMICAS COMO BASE DO CONTEÚDO APLICADO

De acordo com a temática do plano de aula aplicado para embasar as dinâmicas,

buscou-se, através de atividades lúdicas, a interação dos alunos com eles mesmos e com a

professora, visto que a relação de afeto é significativa para o desenvolvimento infantil. “Antes

de ingressar na escola, a criança participa do grupo familiar, e de grupos ligados à família.

Mas é no ambiente escolar que este processo de interação em grupo se intensifica.” (MELLO,

TEIXEIRA, 2012, p. 4).

Feitosa (2012), fala que nas relações interpessoais a criança se desenvolve observando

o outro e imitando algumas de suas atitudes. Segundo a teoria de múltiplas inteligências de

Gardner (1994), a inteligência interpessoal é aquela que o indivíduo possui grande facilidade

em se relacionar com outras pessoas, e ainda consegue perceber e compreender as motivações

dos outros. Dessa forma, os alunos manifestam habilidades para interpretar as intenções e

desejos do próximo e a competência de reagir corretamente diante da percepção.

O espelho é um importante instrumento para a construção da identidade. Por

meio das brincadeiras que faz em frente a ele, a criança começa a reconhecer

sua imagem e as características físicas que integram a sua pessoa. É

aconselhável que se coloque na sala, um espelho grande o suficiente para que

várias crianças possam se ver de corpo inteiro e brincar em frente a ele.

(BRASIL, 1998, p. 33).

2.1 PRIMEIRA DINÂMICA: AS PARTES QUE COMPÕEM A FACE

Na Educação Infantil, as atividades e dinâmicas realizadas através do lúdico,

apresentam diversas vantagens para as crianças. A primeira dinâmica proposta foi a

montagem da face, através de cada parte que as compõem. Para a realização da mesma,

elaborou-se duas faces produzidas com feltro, uma de menina e outra de menino, coladas em

um papel cartão.

Sentados em roda, um aluno por vez escolheu alguma das partes que compõem a face,

feitas com e.v.a., nomeou qual parte seria explicando suas funções e colocando no lugar onde

acharia correto, e assim, até formar as duas faces. Esta dinâmica teve como objetivo, através

da interação com o outro, identificar onde fica localizado a boca, nariz, sobrancelhas, olhos,

Page 17: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

17

orelhas e o cabelo, e quais suas funções. Alguns dos alunos necessitaram de auxílio para

realizar a dinâmica, mas a maioria conseguiu alcançar o objetivo.

O lúdico ajuda a criança a entrar em contato com o mundo imaginário e ao

mesmo tempo com o mundo real, e ali é possível desenvolver habilidades de

criar e relacionar esses conhecimentos, pois assim serão capazes de

compreender todo tipo de informação, por isso as atividades lúdicas são

exercícios necessários e úteis à vida. (SOUZA, 2015 p. 186-187).

2.2 SEGUNDA DINÂMICA: O QUE FALTA NA COMPOSIÇÃO DA FACE

De forma a identificar o que falta na composição da face, a segunda dinâmica foi

elaborada da seguinte forma: distribui-se uma folha para cada aluno e para aplicação da

atividade individual, foi proposto na dinâmica, desenhar o que está faltando na face da menina

e do menino. A ideia desta dinâmica foi de percepção para ver se os alunos iriam identificar o

que estava faltando.

Sentados na mesa, foi distribuído uma folha impressa para a realização da dinâmica

individual para cada aluno desenhar em sua folha o que estava faltando no desenho da

atividade e depois poderiam colorir o desenho. Todos sabiam o que estava faltando, porém,

alguns ainda precisaram de ajuda na hora de desenhar, principalmente os mais novos da

turma.

Pena e Neves (2013), falam da importância do lúdico na educação infantil, pois é

nesse sentido que a criança desenvolve habilidades para a aprendizagem. “O ensino através do

lúdico possibilita a criança criar, usar a sua imaginação, ter uma visão crítica das coisas e do

mundo, e a ter autonomia.” (SOUSA, 2015, p. 168).

2.3 TERCEIRA DINÂMICA: AS EXPRESSÕES FACIAIS

Na terceira dinâmica, através de figuras com diversas expressões faciais espalhadas

no centro da roda, os alunos tiveram que escolher uma delas, explicar o que demonstrava,

dizer o motivo de ter escolhido e em quais situações eles geralmente utilizam essa expressão.

Cada criança escolheu a figura que mais se identifica, imitou a expressão e citou vários

exemplos dos momentos que faz essa expressão.

Page 18: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

18

O objetivo foi perceber o sentimento que despertava no outro, quando os alunos

realizavam tais expressões. Todos os alunos conseguiram alcançar o objetivo da dinâmica,

prestando bastante atenção em cada expressão que o colega fazia. “A inteligência interpessoal

é a capacidade de perceber e fazer distinções no humor, intenções, motivações e sentimentos

de outras pessoas.” (ARMSTRONG, 2001, p.14).

2.4 QUARTA DINÂMICA: OS ACESSÓRIOS

De forma lúdica, na quarta dinâmica, aproveita-se os mesmos materiais utilizados na

primeira dinâmica, porém agora com acessórios feitos em e.v.a. Os alunos deveriam

completar a face da menina e do menino com os acessórios, colocando no lugar correto.

Também foram disponibilizados vários outros acessórios, como chapeu, tiara, óculos, batom,

laço, e eles poderiam estar colocando neles mesmos e trocando com os colegas, realizando

assim, um meio de interação social. Para identificar se eles saberiam quais eram os acessórios

corretos a usar, também foi mostrado alguns outros itens, assim como livro, sapato e

brinquedo, questionando se estes também eram permitidos a serem usados como acessórios.

A finalidade desta dinâmica foi para os alunos identificar os diversos acessórios que

podemos compor, e assim, socializar com a turma, através da troca dos acessórios realizadas

entre eles. Todas as crianças conseguiram cumprir com o objetivo, interagindo com todos e

sabendo identificar quais eram os acessórios que poderiam ser usados, diferenciando dos

outros itens. “Do ponto de vista da criança, a socialização constitui um processo de

apropriação e de construção, por meio da participação ativa do indivíduo jovem que intervem,

age e interage com todos os elementos de seu universo.” (BELLONI 2007, p. 61).

´

Page 19: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

19

UNIDADE III

3. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO

3.1 AVALIAÇÃO

Luckesi (2011) trata a avaliação como um importante instrumento do educador, onde

por meio deste o mesmo pode utilizar este recurso para medir a eficiência e eficácia dos seus

atos e recursos utilizados perante a um grupo, ferramenta essa que também pode ser utilizada

para intervir na correção dos rumos das atividades e seus resultados.

De acordo com Esteban et al. (2001) o professor se fundamenta na fragmentação do

processo de ensino para elaborar a avaliação, onde utiliza um padrão predeterminado

relacionando a diferença ao erro e semelhança ao acerto, como classificação das respostas,

onde a quantidade de erros e acertos orienta a avaliação do professor. Na mesma linha de

pensamento, Fernandes (2014) afirma que a escola brasileira está sistematizada por uma

pedagogia que se fundamenta no acerto e no erro, aprovação e reprovação, onde foca em um

conceito que se norteia em valorizar aquilo que se aprendeu, e não o que já foi aprendido.

Segundo Fernandes (2014), a metodologia utilizada na avaliação tem sido

classificatória, seletiva e excludente, torna-se necessário criar um sistema de avaliação mais

conciso, com um maior comprometimento por parte dos professores e profissionais da

educação de modo a inserir a lógica da inclusão, do dialogo, da construção da autonomia e

responsabilidade com o coletivo. Fernandes (2014) ainda explica que por meio da avaliação,

os estudantes devem ser orientados a realizar seus trabalhos e suas aprendizagens com o

intuito de identificar suas dificuldades e potencialidades redefinindo seus rumos. Afirma

ainda que a responsabilidade pela aprendizagem não é apenas do professor, mas também do

aluno.

Para Hoffmann (2005) as crianças apresentam um desenvolvimento de forma muito

acelerada, onde a cada minuto executam novas tarefas como alteração na vivência de

determinadas situações ou novas interações com os objetos do mundo físico, ultrapassando as

expectativas e causando até mesmo um espanto. Portanto, “a avaliação é um momento

Page 20: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

20

real, concreto e, com seus resultados permite que o aluno se confronte com um momento

final idealizado, antes, pelos objetivos.” (FREITAS, 1995, p. 95).

3.1.2 Avaliação na Educação Infantil

De acordo com Lopes et al. (2017) a discussão sobre intencionalidade e significado da

avaliação na Educação Infantil está sendo maior destaque, deste modo, buscar compreender e

refletir a respeito desta temática e sua importância na aprendizagem e no desenvolvimento da

criança tem se tornado uma tarefa necessária. “A avaliação do desenvolvimento infantil deve

atuar como recurso para auxiliar o progresso das crianças.” (OLIVEIRA, 2008, p. 253).

O artigo 31 da Lei de Diretrizes e Bases destaca sobre a avaliação na educação infantil

da seguinte forma:

Art. 31.A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes

regras comuns:

I – avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das

crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino

fundamental;

II – carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um

mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional;

III – atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o

turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral;

IV – controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida

a frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas;

V – expedição de documentação que permita atestar os processos de

desenvolvimento e aprendizagem da criança. (BRASIL, 2016, p. 13).

Carneiro (2015) explica que diferente do que acontece no ensino fundamental onde os

conceitos da avaliação são os da promoção, na educação infantil esses conceitos são o de

acompanhamento do desenvolvimento e do processo de observação com o devido registro.

“Sua finalidade não é excluir, mas exatamente o contrário: incluir as crianças no processo

educacional e assegurá-lhes êxito em sua trajetória por ele.” (OLIVEIRA, 2008 p. 253).

Na educação infantil, o processo de avaliação ocorre por meio da constante

observação da criança, onde o professor deve respeitar a singularidade e a individualidade de

cada um, de modo que a mesma se desenvolva por completo. (LOPES, SILVA E

RODRIGUES, 2017). Conforme descreve Oliveira (2008), a avaliação na educação infantil se

Page 21: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

21

refere a um campo de investigação, onde não há julgamento, porém contribui para a busca de

uma proposta pedagógica bem definida.

3.1.3 Avaliação diagnóstica

A avaliação diagnóstica é aquela que verifica se o aluno aprendeu o que lhe foi

proposto, com o intuito de identificar dificuldades de aprendizagem. Freitas et al. (2014)

menciona que a avaliação diagnóstica tem como objetivo verificar a existência, ou ausência,

de habilidades e conhecimentos pré‐estabelecidos, após isso se inicia o processo avaliativo

onde se constata se os alunos dominam os pré‐requisitos necessários para novas

aprendizagens.

“Na avaliação nós não precisamos julgar, necessitamos isto sim, de diagnosticar, tendo

em vista encontrar soluções mais adequadas e mais satisfatórias para os impasses e

dificuldades.” (LUCKESI, 2005, p. 33). “O objetivo desse tipo de avaliação é diagnosticar os

conhecimentos prévios dos alunos e os problemas de aprendizagem.” (QUEIROZ, 2011, p.

34).

Queiroz (2011) ainda cita que a avaliação diagnóstica deve ser realizada a todo

instante, com a finalidade de o professor acompanhar os alunos e ajudar em suas dificuldades.

As dificuldades específicas dos estudantes na assimilação do conhecimento são identificadas

por meio da avaliação diagnóstica, os três principais objetivos dessa avaliação são: identificar

a realidade de cada turma; observar se as crianças apresentam ou não habilidades e pré-

requisitos para os processos de ensino e aprendizagem; e refletir sobre as causas das

dificuldades recorrentes, com as respostas dessas ações estabelecidas é possível formular

ações para solucionar os problemas encontrados (MASSUCATO, MAYRINK, 2015).

Para que a avaliação diagnóstica seja possível, é preciso compreendê-la e

realizá-la comprometida com uma concepção pedagógica. No caso,

consideramos que ela deve estar comprometida com uma proposta

pedagógica histórico-crítica, uma vez que esta concepção está preocupada

com a perspectiva de que o educando deverá apropriar-se criticamente de

conhecimentos e habilidades necessárias à sua realização como sujeito

crítico dentro desta sociedade que se caracteriza pelo modo capitalista de

produção. A avaliação diagnóstica não se propõe e nem existe de uma forma

solta e isolada. É condição de sua existência a articulação com uma

concepção pedagógica progressista (LUCKESI, 2005, p.82).

Page 22: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

22

3.2 IMPORTÂNCIA DO TEMA

O tema trás a necessidade do reconhecimento do corpo e suas funções através da

interação do outro com atividades lúdicas. Para Almada (1999, p.10) “as atividades lúdicas

são indispensáveis para a apreensão dos conhecimentos artísticos e estéticos, pois possibilitam

o desenvolvimento da percepção, da imaginação, da fantasia e dos sentimentos.”

O descobrimento do corpo na educação infantil se justifica pela necessidade das

crianças conhecerem suas funções, revelando emoções, sentimentos e possibilitando a

construção de sua identidade. Melo (2013), diz que a construção da identidade se dá por meio

das interações da criança com o seu meio social, onde acontece primeiramente na família e

depois na escola.

O corpo é uma forma de expressão da individualidade. A criança percebe-se

e percebe as coisas que a cercam em função de seu próprio corpo. Isto

significa que, conhecendo-o, terá maior habilidade para se diferenciar, para

sentir diferenças. Ela passa a distingui-lo em relação aos objetos

circundantes, observando-os, manejando-os. (OLIVEIRA, 2007, p. 47).

Essa etapa de reconhecer o corpo trás a importância da construção de sua própria

identidade. A criança percebe e aprende através da percepção do outro, e assim se constrói.

Portanto, o tema desenvolve nas crianças o reconhecimento de si, por meio de linguagens que

geram expressões próprias e significativas.

Page 23: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

23

CONCLUSÃO

Na execução do plano de aula no dia da regência, foi evidente o envolvimento das

crianças participando com grande entusiasmo sobre o recohecimento da face, descobrindo

suas funções e as diversas expressões faciais, além de saber identificar quais são os acessórios

indicados para se utilizar. De acordo com a metodologia aplicada em dinâmicas, a turma

estava animada e curiosa para saber sobre o tema e realizar as atividades propostas. Logo, no

período da aplicação do planejamento, foram cumpridos todos os objetivos estabelecidos no

plano, sendo eles, proporcionar, em atividades, o reconhecimento facial e suas expressões;

analisar as partes que compõem a face; verificar, de forma lúdica e dinâmica, o que compõe a

face e suas funções; identificar as composições que podemos montar e fazer nas expressões

faciais, através dos acessórios.

Durante o processo de regência, os alunos sentiram-se confortáveis para interagir com

os colegas, visto que a interação é significativa, pois contribui com para a aprendizagem do

outro. Deste modo, compreende-se a importância do tema “o reconhecimento facial com a

presença do outro”, visando a construção de identidade, reconhecendo a face e suas diveras

expressões.

Tendo como base teórica, Morgado (2013) e Carneiro (2015) falando um pouco sobre

a Educação Infantil. Como também Queiroz (2011) e Lippe (2016), apresentando sobre o

ensino de ciências, além de Svitras (2017), Madeira e Rizzolo (2004) e Matschnig (2015), que

citam sobre as expressões faciais, Oliveira (2008) e RCNEI (1998), esclarecendo sobre a

interação com o outro na educação infantil. Souza (2015) e Armstrong (2001) falando sobre

as dinâmicas e Luckesi (2011), Fernandes (2014) e Hoffmann (2005), que fundamentaram

sobre avaliação e vários outros autores.

Além disso, toda experiência vivenciada na prática e teoria, destaca-se a real

importância do planejamento e de uma prática eficiente por parte do professor, procurando

alcançar os objetivos apresentados. Sendo assim, para que a criança construa sua identidade,

através do reconhecimento da face, sabendo a função de cada parte que compõe, e

conhecendo as expressões, é fundamental que haja a interação com o outro.

Page 24: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

24

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIAR, Juliana Silva Rocha. Como crianças reconhecem emoções em faces: o uso da

variação da intensidade emocional. Disponível em:

<http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/20036/1/2016_JulianaSilvaRochaAguiar.pdf>.

Acesso em: 22 mai. 2018)

ALMADA, D. Arte: esta brincadeira é coisa séria. Revista Criança do Professor de

Educação Infantil. Brasília: Ministério da Educação, n.32, 1999.

ARCE, A., SILVA, D. A .S. M., VAROTTO, M. Ensinando ciências na educação infantil.

Campinas, SP: Editora Alínea, 2011.

AREZES, Marta; COLAÇO, Susana. A interação e cooperação entre pares: uma prática em

contexto de creche. v. 10, n. 30 (2014). Disponível em:

<http://revistas.rcaap.pt/interaccoes/article/view/4027/3017>. Acesso em: 18 jun. 2018.

ARMSTRONG, Diane Lucia de Paula; BARBOZA, Liane Maria Vargas. Metodologia do

ensino de ciências biológicas e da natureza. [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes, 2012.

ARMSTRONG, Thomas. Inteligências múltiplas na sala de aula. Prefácio Howard Gardner.

2.ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.

BARRETO, Andréia Cristina Freitas. et al. Ciências para crianças pequenas: uma análise

sob a ótica de professoras da educação infantil, Vitória da Conquista, 2017. Disponível em:

<http://periodicos.uesb.br/index.php/semgepraxis/article/viewFile/7218/7002>. Acesso em:

29 mai. 2018.

BELLONI, Maria Luiza. Infância, Mídias e Educação: Revisitando o conceito de

socialização. Florianópolis, v. 25, n. 1, 41-56, jan./jun. 2007.

BIZZO, Nélio. Ciências: Fácil ou Difícil. SP: Biruta, 2009.

BOTEGA, Marcia Palma. Ensino de ciências na educação infantil: formação de professores

da rede municipal de ensino, Santa Maria, 2015. Disponível em:

<https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/3547/BOTEGA%2C%20MARCIA%20PALM

A.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 17 jun. 2018

BRASIL. CNE/CEB 20/2009, Resolução CNE/CEB nº 5, de 17 de dezembro de 2009 D. O.

U. de 18/12/2009, Seção 1.

BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente: Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990, Lei n.

8.242, de 12 de outubro de 1991. – 3. ed. – Brasília : Câmara dos Deputados, Coordenação de

Publicações, 2001. 92 p. – (Série fontes de referência. Legislação; n. 36)

BRASIL. LDB - Lei de diretrizes e bases da educação nacional: Lei nº 9.394, de 20 de

dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. – 13. ed. –

Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2016.

Page 25: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

25

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretária de Educação Fundamental.

Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. 3v .:

il. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume2.pdf>. Acesso em: 27

mai. 2018.

CARNEIRO, Moaci Alves. LDB fácil: leitura crítico - compreensiva, artigo a artigo. 23. ed.

Petrópolis: VOZES, 2015.

ESTEBAN, Maria Teresa. et al. Avaliação: Uma prática em busca de novos sentidos. 4.ed.

Rio de Janeiro: DP & A Editora, 2001.

FERNANDES, Claudia de O. Avaliação das aprendizagens: Sua relação com o papel da

escola. São Paulo: Cortez Editora, 2014.

FIN, Alexsandra Soares de; MALACARNE, Vilmar. A concepção do ensino de ciências na

educação infantil e as suas implicações na formação do pensamento científico no

decorrer do processo educacional, Maringa, 2012. Disponível em:

<http://www.ppe.uem.br/publicacoes/seminario_ppe_2012/trabalhos/co_02/030.pdf>. Acesso

em: 22 mai. 2018.

FEITOSA, Michelle Mirttes Albuquerque; As interações sócias em Vygotsky e sua

importância no desenvolvimento global. 2012. Revista Disponível em:

<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/as-interacoes-sociais-

emvygotsky-e-sua-importancia-no-desenvolvimento-global/17173>. Acesso em: 29 mai.

2018.

FREITAS, Andréia Cristina Santos. et al. O Ensino de Ciências na Educação Infantil:

desafios e possibilidades. Revista da SBEnBio - Número 9 – 2016.

FREITAS, Luiz Carlos de. Crítica da organização do Trabalho Pedagógico e da

didática. Campinas, São Paulo: Papirus, 1995.

FREITAS, Sirley Leite. et al. Avaliação educacional: formas de uso na prática pedagógica,

Rio de Janeiro, 2014. Disponível em:

<http://revistas.cesgranrio.org.br/index.php/metaavaliacao/article/viewFile/217/pdf. Acesso

em: 26 mai. 2018.

GARDNER, Howard. Estruturas da mente: a Teoria das Múltiplas Inteligências. Porto

Alegre: Artes Médicas, 1994.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação: Mito e Desafio. 35. ed. Porto Alegre: Editora Mediação,

2005.

LIPPE, Eliza Márcia Oliveira. Metodologia do ensino da ciência. São Paulo: Pearson

Education do Brasil, 2016.

LOPES, Ana Claudia F. et al. O planejamento e a avaliação na educação infantil: foco em

um CMEI, Londrina. 2017 Disponível em:

<http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/25539_12538.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2018.

Page 26: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

26

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e proposições -

17 ed.-São Paulo: Cortez, 2005.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem: Componente do ato pedagógico.

1. ed.São Paulo: Cortez Editora, 2011.

MADEIRA, Miguel Carlos; RIZZOLO Roelf Cruz. Expressões faciais. 2004. Disponível em:

<http://www.anatomiafacial.com/expressoes-faciais.12.html>. Acesso em: 2 jun. 2018.

MASSUCATO, Muriele; MAYRINK, Eduarda Diniz. A importância da avaliação

diagnóstica inicial. 2015. Disponível em: <https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1486/a-

importancia-da-avaliacao-diagnostica-inicial>. Acesso em: 14 jun. 2018.

MATSCHNIG, Monika. Linguagem corporal em 30 minutos. Tradução de Fernanda

Romero.Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.

MELLO, Elisângela Fátima Fernandes de; TEIXEIRA, Adriano Anabarro . A interação

social descrita por Vigotski e a sua possível ligação com a aprendizagem colaborativa

através das tecnologias de rede. In: IX Anped Sul, 2012, Caxias do Sul – RS. A pós-

graduação e suas interlocuções com a educação básica. Caxias do Sul – RS, 2012.

MELO, Keity Elen da Silva. A construção da identidade na Educação Infantil. 2013.

Disponível em: <http://www.entretantoeducacao.com.br/construcao-da-identidade-na-

educacao-infantil/.> Acesso em: 06 jun. 2018.

MENEZES, Ebenezer Takuno de. Avaliação diagnóstica. Disponível em:

<http://www.educabrasil.com.br/avaliacao-diagnostica/>. Acesso em: 06 jun. 2018.

MORGADO, Maria de Lourdes dos Santos. Educação infantil: o desenvolvimento da

linguagem oral em crianças de 1 a 3 anos e o trabalho do professor, São Paulo, 2013.

Disponível em: <http://www.unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/56005.pdf>. Acesso

em: 28 mai. 2018.

MOTTA, Tammy Andrade. Expressões faciais de brasileiros e portugueses: sotaques não-

verbais?, Vitória, 2015. Disponível em:

<http://portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_7285_Dissertac%3Fa%3Fo%20Tammy_final%20c

apa%20dura.pdf>. Acesso em: 20 mai. 2018.

OLIVEIRA, Gislene de Campos. Psicomotricidade: Educação e reeducação num enfoque

psicopedagógico. 12. ed. Petrópolis: Vozes, 2007.

OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. 4.ed. São Paulo:

Cortez, 2008.

PENA, Angela da Conceição; NEVES, Maria Augusta Lima das. A importância das

atividades lúdicas no universo da educação infantil. 2013. Disponível em:

<http://mariaaugustaclimadasnes.jusbrasil.com.br/artigos/111955220/a-importancia-das-

atividades-ludicas-no-unierso-da-educacao-intantil> Acesso em: 31 mai. 2018.

Page 27: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

27

PESTANA, Gui Duarte Meira. Expressão facial. 2005. Disponível em:

<https://www.apagina.pt/?aba=7&cat=149&doc=11118>. Acesso em: 12 jun. 2018.

PORTAL AVALIAÇÃO. Avaliação diagnóstica. Disponível em:

<http://www.portalavaliacao.caedufjf.net/pagina-exemplo/tipos-de-avaliacao/avaliacao-

diagnostica/>. Acesso em: 13 jun. 2018.

PORTAL EDUCAÇÃO. Anatomia da face. Disponível em:

<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/estetica/anatomia-da-face/14198>.

Acesso em: 25 mai. 2018.

PORTO, Franciélli Maciel Rodrigues. Ensino de ciências na educação infantil, Medianeira,

2011. Disponível em:

<http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/2500/1/MD_ENSCIE_II_2011_51.pdf>.

Acesso em: 27 mai. 2018.

SILVA, Marivânia Leite da. Entender as emoções para melhor viver: treino em

reconhecimento de expressões faciais, João Pessoa, 2015. Disponível em:

<http://rei.biblioteca.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/1240/1/MLS21092016>. Acesso em:

29 mai. 2018.

SILVA, Marleide de Lima; MULLER, José Luiz. As interações e brincadeiras na educação

infantil, Unijuí, 2014. Disponível em:

<http://sinop.unemat.br/projetos/revista/index.php/eventos/article/viewFile/1504/1107>.

Acesso em: 5 jun. 2018.

SOUSA, Kelly Nunes Caetano de. A importância do lúdico na infância. Sistema Integrado

de Publicações Eletrônicas da Faculdade Araguaia – SIPE. v.3 ∙ 2015∙ p. 166- 187.

SVITRAS, Caroline. Educação infantil: significado das expressões faciais. 2017 Disponível

em: <http://revistaeducacaoinfantil.com.br/significado-das-expressoes-faciais/>. Acesso em:

28 mai. 2018.

QUEIROZ, Tânia Dias. Dicionário prático de pedagogia. 3. ed. São Paulo: Rideel, 2011.

TOMAZELLA, Nicoli. O corpo humano. Disponível em:

<https://www.estudokids.com.br/o-corpo-humano/>. Acesso em: 14 jun. 2018.

ZUQUIERI, Rita de Cássia Bastos; DAIBEM, Ana Maria Lombardi. A pedagogia histórico-

crítica no ensino de ciências na educação infantil: análise de práticas docentes como uma

contribuição ao processo histórico construído. Disponível em:

<http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/seminario/seminario8/_files/jSBVZc4v.pdf

>. Acesso em: 01 jun. 2018.

ZUQUIERI, Rita de Cássia Bastos. O ensino de ciências na educação infantil: análise de

práticas docentes na abordagem metodológica da pedagogia histórico-crítica. Dissertação de

Mestrado. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Bauru. 2007.

Page 28: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

28

APÊNDICES

Page 29: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

29

DADOS: Escola Arvoredo MUNICÍPIO: Garopaba - SC

DATA: 14/05/2018 SÉRIE: Jardim II

DISCIPLINA: Ciências

PLANO DE AULA

TEMA

O reconhecimento facial com a presença do outro.

EMENTA

O corpo humano na presença facial. As partes que compõem a face: olhos, nariz, boca,

sobrancelhas, orelhas e cabelo. Os acessórios que podemos usar, tanto na expressão facial,

quanto nos que nela podemos compor.

OBJETIVO GERAL

Proporcionar, em atividades, o reconhecimento facial e suas expressões.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Analisar as partes que compõem a face.

- Verificar, de forma lúdica e dinâmica, o que compõe a face e suas funções.

- Identificar as composições que podemos montar e fazer nas expressões faciais, através dos

acessórios.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

I unidade: O corpo humano na presença facial.

- A importância do corpo humano e suas partes.

- A face como parte ênfase, neste momento, do corpo humano e as expressões da face.

- A face e suas expressões.

II unidade: As partes que compõe a face: olhos, nariz, boca, sobrancelhas, orelhas e cabelo.

- As partes que compõem a face: olhos, nariz, boca, sobrancelhas, orelhas e cabelo.

- A função de cada parte que compõe a face

- As expressões que compõem cada função.

Page 30: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

30

III unidade: Os acessórios que podemos usar, tanto na expressão facial, quanto nos que nela

podemos compor.

- A face e a questão cultural.

- Os acessórios e sua diversidade nas expressões faciais.

- O reconhecimento dos acessórios e suas composições.

METODOLOGIA

1º momento: Ao chegarem à escola, as crianças são recolhidas na varanda e, logo após

encaminhas à classe. Em seguida, aplica-se a primeira unidade do plano em regência que é o

corpo humano na presença facial. E como proposta trará a dinâmica da composição facial,

onde deve demonstrar a capacidade que os alunos têm de perceber, onde fica localizado a

boca, nariz, sobrancelhas, olhos, orelhas e o cabelo, e quais suas funções.

2º momento: Aplica-se a atividade de percepção sobre o que falta na composição da face.

Será distribuída a folha com a atividade impressa, tendo duas faces, uma de menino e outra de

menina, onde os alunos deverão desenhar a parte que está faltando na face e pintar o desenho

depois.

3º momento: Sentados em círculo novamente, através de figuras com diversas expressões

faciais espalhas no centro da roda, os alunos terão que escolher uma delas, nomeá-las, dizer o

motivo de ter escolhido e em quais situações eles utilizam a mesma.

4º momento: De forma lúdica, trabalha-se a montagem através de acessórios. Nesta etapa,

aproveita-se a atividade coletiva da descoberta e acerto do que compõe a face e completar

com acessórios, especificando o lugar correto para usá-los. Também foram colocados alguns

objetos no meio da roda, onde deverão apontar quais eram acessórios corretos a usar e quais

não, podendo colocar em si. Em seguida, continua a rotina da classe.

RECURSOS

E.v.a, lápis, tesoura, folha A4, velcro, feltro, cola, papel cartão, computador, impressora,

óculos, chapeu, batom, brinquedo, sapato, tiara.

PROCESSO AVALIATIVO

Para avaliar o tema reconhecimento facial e a presença do outro, aplica-se quatro dinâmicas:

composição facial e suas funções, atividade de percepção sobre o que falta na composição da

face, as expressões faciais e atividade coletiva dos acessórios utilizados nos seus devidos

lugares. Para essas atividades, utilizou-se o processo de avaliação diagnóstica, como recurso

de reconhecimento das atividades pontuais.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

ARCE, A., SILVA, D. A .S. M., VAROTTO, M. Ensinando ciências na educação infantil.

Campinas, SP: Editora Alínea, 2011.

BIZZO, Nélio. Ciências: Fácil ou Difícil. SP: Biruta, 2009.

CARNEIRO, Moacir Alves. LDB fácil: leitura crítico-compreensiva, artigo a artigo.

Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.

Page 31: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

31

Imagem 01: Iniciando as dinâmicas

Imagens 02 e 03: Dinâmica: As partes que compõem a face.

Page 32: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

32

Imagens 04 e 05: Dinâmica: O que falta na composição da face.

Imagens 06 e 07: Dinâmica: Os acessórios.

Page 33: FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO … · meninas e nove meninos, todos com a faixa etária entre dois a três anos de idade. Durante o estágio de observação da turma,

33

ANEXOS