faculdade assis gurgacz claudineia aparecida … · - a nossa orientadora luciana maria santos...
TRANSCRIPT
FACULDADE ASSIS GURGACZ
CLAUDINEIA APARECIDA PERIN DEISI EVELIN PRESTES BACH SEIBERT NATHALY MAYARA EBERHARDT COSTA ROSELY SOLANGE MOTA CHRISPIM
VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DE AMPLIAÇÃO DA EMPRESA ESPAÇOFRIO ARMAZENAGEM FRIGORÍFICA LTDA. EM CASCAVEL – PR
CASCAVEL 2010
CLAUDINEIA APARECIDA PERIN DEISI EVELIN PRESTES BACH SEIBERT NATHALY MAYARA EBERHARDT COSTA ROSELY SOLANGE MOTA CHRISPIM
VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DE AMPLIAÇÃO DA EMPRESA ESPAÇOFRIO ARMAZENAGEM FRIGORÍFICA LTDA. EM CASCAVEL – PR
Trabalho de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração da Faculdade Assis Gurgacz. Professora Orientadora: Luciana Maria Santos Ferraz
CASCAVEL 2010
FACULDADE ASSIS GURGACZ
CLAUDINEIA APARECIDA PERIN DEISI EVELIN PRESTES BACH SEIBERT NATHALY MAYARA EBERHARDT COSTA ROSELY SOLANGE MOTA CHRISPIM
VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DE AMPLIAÇÃO DA EMPRESA ESPAÇOFRIO ARMAZENAGEM FRIGORÍFICA LTDA. EM CASCAVEL – PR
Trabalho de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração da Faculdade Assis Gurgacz, sob a orientação da professora especialista Luciana Maria Santos Ferraz.
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________ Professora Orientadora: Luciana Maria Santos Ferraz
Faculdade Assis Gurgacz Especialista
______________________________________________ Professor Avaliador: Edson Deliberali
Faculdade Assis Gurgacz Mestre
______________________________________________ Professor Avaliador: Mário Hermoso
Faculdade Assis Gurgacz Mestre
CASCAVEL, DEZEMBRO DE 2010
DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho a todas as pessoas que estiveram conosco nesta
longa caminhada, aos nossos pais pelo freqüente incentivo, aos nossos amores pela
paciência, compreensão e apoio.
AGRADECIMENTOS
Há instantes em que achamos que não vamos conseguir superar
determinados obstáculos, e é muito bom poder olhar para o lado e contar com
pessoas que estão prontas a nos ajudar a seguir em frente. Não há palavras nem
gestos que possam fazer jus ao nosso profundo agradecimento por aqueles que nos
apoiaram nesse momento.
- Em primeiro lugar a Deus;
- Aos nossos amores pela paciência;
- Aos nossos amigos por nos darem força e apoio para seguirmos em frente;
- A Empresa Espaçofrio pela oportunidade a nós concedida para realização
do estágio, principalmente ao Sr. Antonio Corrêa de Oliveira, gerente administrativo;
- A nossa orientadora Luciana Maria Santos Ferraz por ter nos incentivado
sempre, e por ter nos ajudado nessa pesquisa; obrigado pelas sugestões, pela tua
amizade, disponibilidade, atenção e pela competência profissional com que nos
conduziu.
EPÍGRAFE
Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo Ou que você nunca vai ser alguém[...]
Se você quiser alguém em quem confiar Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança!
Flávio Venturini e Renato Russo (música “Mais uma vez”)
RESUMO
Este estudo teve como objetivo analisar a viabilidade de ampliação da Empresa Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda. que atua na prestação de serviço de armazenagem frigorífica de resfriados e congelados, localizada na região Oeste do Paraná. A área de estudo foi a administração, mais precisamente, a administração financeira. A metodologia do estudo foi realizada através de pesquisa exploratória, com métodos de pesquisa de campo, documental e bibliográfica. As abordagens ocorreram de forma quantitativa e principalmente qualitativa; por coleta de dados primários e secundários, livros de autores como Gitman, Lemes Jr, Rigo e Cherobim, Groppelli e Nikbakht, entre outros; documentos da empresa foram verificados, de forma a conhecer a situação atual da empresa, também foi necessário adquirir a base de análise do mercado (concorrência, fornecedores e clientes) e levantados os custos, projeções; através da utilização das técnicas de análise de investimento, payback, VPL e TIR. Questionários foram aplicados aos clientes, por censo, para conhecer suas necessidades e desejos; entrevista ao gerente administrativo, onde se obteve importantes informações e também relatório de observação efetuado pelas pesquisadoras, registrada por relatório. Após análise, concluiu-se que a ampliação é viável, com retorno do investimento, em um período de aproximadamente sete anos. Cabe ainda ressaltar, a importância da observação das sugestões efetuadas.
PALAVRAS-CHAVE: armazenagem; ampliação; viabilidade financeira.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Gráfico 01 – Questionários........................................................................................57
Gráfico 02 – Ramo de Atividade................................................................................58
Gráfico 03 – A qual localização geográfica pertencem seus clientes?......................59
Gráfico 04 – Sua empresa tem armazenagem..........................................................60
Gráfico 05 – Em quantidades,é possível dizer que ...................................................61
Gráfico 06 – Perspectiva anual de crescimento ........................................................62
Gráfico 07 – Projeção de armazenagem para os próximos seis meses....................63
Gráfico 09 – Armazenagem tercerizada....................................................................65
Gráfico 10 – Período de tempo que utiliza os serviços da Espaçofrio.......................66
Gráfico 11 – Frequência de Armazenagem...............................................................67
Gráfico 12 – Média de armazenagem (mês) .............................................................68
Gráfico 13 – Motivo de optar pelos serviços da Espaçofrio.......................................69
Gráfico 14 – Processo de armazenagem ..................................................................70
Gráfico 15 – Melhorias necessárias ..........................................................................71
Gráfico 16 – Ampliação do espaço oferecido............................................................72
Quadro 01 - O Armazém ...........................................................................................79
Quadro 02 - Os serviços ...........................................................................................79
Quadro 03 - Os serviços por funcionários: ................................................................80
TABELA – INVESTIMENTO INICIAL ........................................................................83
SUMÁRIO
1.1 PROBLEMA ........................................................................................................12
1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................12
1.2.1 Objetivo Geral ..................................................................................................13
1.2.2 Objetivos Específicos .......................................................................................13
1.3 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................14
2 ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO..............................................................................15
3 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................17
3.1 ADMINISTRAÇÃO ..............................................................................................17
3.2 LOGÍSTICA .........................................................................................................18
3.3 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA........................................................................21
3.3.1 Funções e Objetivos do Gestor Financeiro ......................................................21
3.3.2 Análise de Mercado..........................................................................................22
3.3.3 Concorrência ....................................................................................................23
3.3.4 Clientes ............................................................................................................24
3.3.5 Análise do Mercado Consumidor .....................................................................25
3.3.6 Fornecedores ...................................................................................................26
3.3.7 Orçamento de Capital.......................................................................................27
3.3.8 Custo de Capital ou Custo de Oportunidade ....................................................28
3.4 FLUXOS RELEVANTES .....................................................................................30
3.4.1 Investimento Inicial ...........................................................................................31
3.4.2 Entradas de Caixa Operacional e/ou Incremental ............................................32
3.4.3 Fluxo de Caixa Residual...................................................................................33
3.5 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO ..................................................34
3.5.1 Período de Payback .........................................................................................35
3.5.2 Valor Presente Líquido (VPL)...........................................................................36
3.5.3 Taxa Interna de Retorno (TIR) .........................................................................38
3.5.4 Setor de Serviços .............................................................................................39
4 METODOLOGIA ....................................................................................................41
4.1 TIPOS DE PESQUISA ........................................................................................42
4.1.1 Pesquisa Exploratória.......................................................................................42
4.1.2 Pesquisa de Campo .........................................................................................43
4.1.3 Pesquisa Documental.......................................................................................44
4.1.4 Pesquisa Bibliográfica ......................................................................................44
4.2 TIPOS DE ABORDAGEM ...................................................................................45
4.2.1. Abordagem Quantitativa..................................................................................45
4.2.2 Abordagem Qualitativa .....................................................................................46
4.3 DADOS DA PESQUISA ......................................................................................47
4.3.1 Dados Primários...............................................................................................47
4.3.2 Dados Secundários ..........................................................................................48
4.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS.......................................................48
4.4.1 Observação ......................................................................................................49
4.4.2 Relatório de Observação..................................................................................50
4.4.3 Questionário .....................................................................................................51
4.4.4 Entrevista .........................................................................................................52
4.5 DELIMITAÇÃO DE ESTUDO ..............................................................................53
4.5.1 Quanto ao Tempo da Pesquisa........................................................................54
4.6 CENSO, POPULAÇÃO E AMOSTRA .................................................................54
4.7 LIMITAÇÃO DO ESTUDO...................................................................................55
5 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS.........................................................56
5.1 APRESENTAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS .......................................................56
5.1.1 Interpretação Geral dos Dados ........................................................................73
5.2 APRESENTAÇÃO DA ENTREVISTA .................................................................74
5.3 APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO...................................................................78
5.4 ANÁLISE DE CONCORRÊNCIA E FORNECEDORES ......................................80
5.4.1 Concorrência ....................................................................................................81
5.4.2 Fornecedores ...................................................................................................81
5.5 CÁLCULOS FINANCEIROS DE VIABILIDADE...................................................82
5.5.1. Investimento Inicial ..........................................................................................83
5.5.2 Fluxos de Caixa Operacional e Incremental.....................................................83
5.5.3 Período de Payback .........................................................................................84
5.5.4 Cálculo do VPL.................................................................................................85
5.5.5 Cálculo da TIR..................................................................................................86
6 SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES ...................................................................87
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................88
REFERÊNCIAS.........................................................................................................89
APÊNDICE A – MODELO DE QUESTIONÀRIO APRESENTADO AOS CLIENTES
ATUAIS DA ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO, VISITADOS. ......................................93
APÊNDICE B - MODELO DE ENTREVISTA APRESENTADO AO GERENTE
ADMINISTRATIVO DA EMPRESA ESPAÇOFRIO ARMAZENAGEM FRIGORÍFICA.
..................................................................................................................................95
APÊNDICE C – FOTOS DAS VISITAS EFETUADAS NA ORGANIZAÇÃO EM
ESTUDO. ..................................................................................................................97
11
1 INTRODUÇÃO
O Cenário atual do mundo dos negócios é de alta competitividade e
constantes mudanças, fazendo com que as organizações, para manterem-se no
mercado, busquem cada vez mais se adaptar a essas variáveis.
A agilidade na tomada de decisão e a correta gestão dos custos, são
essenciais para a empresa obter melhores resultados e fidelização dos clientes.
Dentre os fatores conjunturais, é importante analisar, o espaço físico disponível para
o armazenamento dos produtos. Para algumas empresas, nem sempre é viável esse
tipo de investimento. Ao falar em estocagem é possível citar: espaço físico, custo em
construção do mesmo e manutenção, maquinário, forma correta de administrar com
qualidade, a armazenagem, entre outros.
Dentro deste panorama, o ambiente pesquisado é a empresa Espaçofrio
Armazenagem Frigorífica Ltda, na cidade de Cascavel, estado do Paraná. O objetivo
é analisar a viabilidade econômico-financeira de ampliação da empresa, focando na
concorrência, fornecedores e clientes, as suas percepções e necessidades. No
estudo, é verificado qual o investimento necessário para a sua aplicação, bem como,
a projeção dos custos e a projeção das receitas para manutenção do projeto em
análise.
A disciplina de estudo envolvida é Administração, mais especificamente
Administração Financeira, por ser necessário utilizar-se de ferramentas desta área.
12
1.1 PROBLEMA
O mercado está cada vez mais aquecido, a concorrência cada dia mais
acirrada; e uma das alternativas para melhoria dos resultados nas empresas, está na
redução de custos. Dentro deste enfoque, uma questão importante é verificar os
custos de armazenagem de seus produtos. Para algumas empresas, não é viável
investir em armazenagem junto à própria organização; e para manter o foco na
atividade fim, investindo especificamente na produção, as organizações terceirizam
esse tipo de serviço. Assim, as prestadoras de serviço de armazenagem vêm
ganhando um espaço cada vez maior no mercado.
A empresa Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda. atua há oito anos no
mercado de armazenagem por resfriamento e congelamento de produtos, e
percebeu a necessidade de expansão do seu espaço físico. Ao considerar tais
informações, pergunta-se:
É viável, em aspecto econômico-financeiro, a ampliação da empresa
Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda. na cidade de Cascavel – Paraná?
1.2 OBJETIVOS
Segundo Santos (2002), os objetivos são aqueles que delimitam e dirigem
os raciocínios a serem trabalhados, devendo, assim, expressar o que o pesquisador
tem por interesse conseguir como resultado intelectual ao final de sua pesquisa. São
13
eles que fornecem o “calibre” (grifo do autor) dos dados que são necessários para a
argumentação da pesquisa.
1.2.1 Objetivo Geral
Analisar a viabilidade econômico-financeira de ampliação da empresa
Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda, na cidade de Cascavel, estado do
Paraná.
1.2.2 Objetivos Específicos
a) Estudar a situação atual da empresa Espaçofrio Armazenagem Frigorífica
Ltda. e o investimento necessário para a sua ampliação;
b) Analisar o mercado com foco na concorrência, fornecedores e clientes;
c) Levantar os custos e projetar as receitas para a manutenção do projeto;
d) Utilizar as técnicas de análise de investimento (payback, VPL e TIR) para
o cálculo da viabilidade econômico-financeira do projeto de ampliação da empresa
Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda.
14
1.3 JUSTIFICATIVA
O Brasil, atualmente, apresenta um crescimento econômico e a globalização
trouxe novos caminhos para as empresas, a partir dos quais, vislumbram-se a
necessidade de produzir mais, com menos custos, mantendo a qualidade.
Em decorrência disso, observa-se a necessidade de análise para ampliação
da organização em estudo. Para tal investimento, faz-se necessária a análise de
viabilidade econômico-financeira de ampliação na empresa Espaçofrio
Armazenagem Frigorífica Ltda, pois a demanda corresponde a um mercado de
muitas oscilações, há insegurança com relação a novos clientes, e o fluxo de
demanda é influenciado pela política econômica que interfere nas exportações,
pelas paralisações do serviço público federal, e principalmente por barreiras
sanitárias (gripe aviária, gripe suína, febre aftosa); assim, é essencial que sejam
realizados estudos que possibilitem minimizar riscos e propiciar uma tomada de
decisão mais assertiva.
Para as pesquisadoras, a realização deste estudo é essencial não somente
para a formação acadêmica, mas, também, por possibilitar suporte para viabilidades
econômico-financeiras no mercado comercial futuro. Desta forma, justifica-se o
estudo.
15
2 ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO
A empresa Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda. localiza-se na cidade
de Cascavel, região oeste do Paraná. Fundada em 2002, a empresa tem como
missão a excelência em serviços logísticos na armazenagem frigorífica de produtos
congelados de origem animal e vegetal.
A organização oferece, além do serviço de armazenagem frigorífica,
carregamento e descarregamento dos produtos, colocação destes produtos em
pallets, marcações, vistorias, preparação dos lotes e carregamento de container’s. E,
mantém em suas instalações, uma unidade do S.I.F. – Serviço de Inspeção Federal,
assim, é habilitada a exportar para diversos países.
Hoje, a empresa possui uma capacidade de armazenagem de oito milhões
de quilos, sendo 8.381 posições de pallets em uma área de aproximadamente 5.876
metros quadrados de espaço físico; constituído por uma antecâmara fria e três
câmaras frias, distribuídos da seguinte forma: a primeira câmara tem a capacidade
de 2.724 posições de pallets, foi construída em 2003; a segunda câmara, com
capacidade de 2.793 posições de pallets, construída em 2004 e a terceira câmara
com 2.824 posições de pallets, a última a ser construída, em 2007.
A antecâmara apresenta uma temperatura que varia de 0º a 9º graus
positivos, e nas três câmaras a temperatura varia de menos 21º C a menos 26º C.
A empresa dispõe de quarenta e seis funcionários, sendo: dois na limpeza,
dois no setor de manutenção, dois no controle de qualidade, cinco no Serviço de
Inspeção Federal (SIF), seis no setor administrativo e o restante dos funcionários no
setor operacional. Toda equipe de colaboradores reside em bairros próximos à
16
empresa, o que evita o custo com transporte e proporciona oportunidade de
desenvolvimento e renda para população local.
A organização atende, em sua maioria, cooperativas agroindustriais de
grande e pequeno porte, que atuam no ramo da produção de suínos e frango de
corte no Paraná, e também, a pequenas empresas que produzem derivados de leite.
Atualmente, a Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda. praticamente não
possui concorrentes, visto que não há, na região oeste do estado do Paraná,
empresa similar. Os concorrentes mais próximos estão em Curitiba, Paranaguá e
Apucarana.
17
3 REFERENCIAL TEÓRICO
Neste capítulo serão abordados os temas Administração, Análise de
Mercado, Logística e Administração Financeira, de forma que, com a análise global
destas informações, seja possível fundamentar a pesquisa de viabilidade
econômico-financeira de ampliação da empresa Espaçofrio Armazenagem Frigorífica
Ltda.
3.1 ADMINISTRAÇÃO
Para Lacombe e Heilborn (2003, p. 48), Administração é “[...] um conjunto de
princípios e normas que tem por objetivo planejar, organizar, dirigir, coordenar e
controlar esforços de um grupo de indivíduos que se associam para atingir um
resultado comum”.
Maximiano (2000) completa afirmando que administrar consiste em tomar
decisões sobre os objetivos e recursos. Consiste em aplicar, na empresa ou
organização, processos ou decisões sobre os recursos utilizados.
Com relação aos recursos, Megginson, Mosley e Pietri (1998) citam que,
para se atingir objetivos, é necessário que se trabalhe com recursos humanos,
financeiros e materiais.
Lacombe e Heilborn (2003) complementam, ao afirmar que o volume de
trabalho de um administrador, às vezes, é tão grande, que terá que priorizar alguns
18
mais urgentes, em determinados momentos. Explica, ainda, que alguns assuntos
podem ser complexos, sendo necessário, que o administrador, por não estar
familiarizado com os mesmos, atribua-os a outros, de forma a não sobrecarregar a
estrutura organizacional.
Seguindo essa linha de idéias, Kwasnicka (1995) relata que a administração
sempre enfrentará problemas, como flutuações periódicas na economia das nações,
rapidez da taxa de obsolência de produtos e processos e acréscimo da preocupação
com as mudanças tecnológicas. A autora (1995) cita, também, a necessidade das
empresas se atualizarem, antes que novas tecnologias sejam implantadas. Os novos
desafios exigirão melhorias nas habilidades de percepção, análises das melhores
formas para adaptação e avaliações das oportunidades que tais dificuldades
poderão proporcionar.
Dessa forma, administrar adequadamente uma organização é, portanto uma
arte, onde conhecimento e habilidades devem estar sincronizados para todas as
áreas envolvidas. Uma destas áreas é a logística, que deve receber especial
atenção e envolvimento da organização como um todo.
3.2 LOGÍSTICA
De acordo com Rocha (2003), é necessário equilibrar oferta e demanda de
mercado com as atividades da empresa. O processo pelo qual a empresa organizará
e administrará os fluxos de materiais e informações, internas e externas, adequando
da melhor forma, denomina-se logística.
19
De acordo com Ballou (1993, p.27), “a logística empresarial é um campo
fascinante e em expansão, com potencial para a alta administração”.
Já para Christopher (2002), logística é a maneira de gerenciamento
estratégico das aquisições, armazenagem de materiais, peças e produtos acabados
e suas devidas movimentações, por meio do melhor preparo e coordenação dos
canais de marketing.
A logística busca atingir os níveis de serviços desejados e tem como meta
serviços corretos no lugar certo, tempo e condições desejadas, ao menor custo
possível, estas conseguidas através da correta administração das atividades
logísticas. (BALLOU, 1993)
Rocha (2003), ainda, complementa que as atividades chave da logística são,
na sua maioria, transporte, manutenção de estoque, localização do armazém e
fábrica, serviços ao consumidor entre outros.
Segundo Ballou (1993), as atividades de armazenagem e manuseio de
mercadorias representam cerca de 12 a 40% das despesas logísticas, assim estas
se tornam essenciais para as empresas.
Moura (2004) explica que a armazenagem é agregada ao sistema de
logística; ocorre durante todo o processo produtivo, da matéria-prima até a
estocagem do produto acabado.
De acordo com Alvarenga e Novaes (2000), o tempo que um produto
permanecerá num armazém dependerá dos objetivos da empresa; e que, muitas
vezes está relacionada com a sazonalidade do consumo.
Os autores (2000) complementam que, também, há que se considerar a
variação de preços e seus efeitos, pois algumas empresas estocam à espera de
melhores níveis para comercialização; o que ocorre frequentemente com os
20
exportadores, que desejam conseguir melhor nível de remuneração nas fases de
alta do mercado externo.
Moura (2004) cita que a armazenagem precisa ser manuseada de forma
racional, para se obter ganhos fundamentais ao sistema logístico; principalmente em
relação aos produtos já acabados, com velocidade de operação e flexibilidade para
atender as flutuações e exigências do mercado.
Novaes (2001) complementa ainda que tais serviços logísticos são
repassados de forma integrada, contratando-se “pacotes” que incluem, valor
agregados, com forte conteúdo informacional.
Para Moura (2004), “o sistema de armazenagem é a perfeita disposição das
partes de um todo, coordenadas entre si, e que deve funcionar como estrutura
organizada”.
Para Novaes (2001), a logística (e prestação de serviços) está em fase de
transformações e crescimento, resultante da inclinação cada dia mais intensa das
empresas terceirizarem serviços de um modo em geral, quando antes os realizavam
por si próprios.
“Terceirizar faz parte da estratégia das empresas, pois permite-lhes focar
seus esforços nas suas atividades principais”. (BERTAGLIA, 2003; p.129).
A empresa em estudo atua diretamente com logística, e para desenvolver e
manter bom desempenho, precisa gerir diversas contingências e situações
cotidianas. Para tal, é importante a integração e envolvimento das diversas áreas ou
setores da organização, uma das quais é essencial destacar, é a administração
financeira.
21
3.3 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
“Administração financeira é a arte e a ciência de administrar recursos
financeiros para maximizar a riqueza dos acionistas”. (LEMES JR., RIGO,
CHEROBIM, 2002, p.5).
A área financeira é ampla e afeta todas as pessoas e empresas, mesmo se
estas forem privadas, com ou sem fins lucrativos, pois todos obtêm receitas ou
levantam fundos, gastam, investem. (GITMAN, 2002).
O mesmo autor (2002) complementa que a administração financeira é crucial
para as empresas, pois todos os setores e profissionais necessitam realizar
trabalhos, justificar necessidades, negociar recursos e tomar decisões.
3.3.1 Funções e Objetivos do Gestor Financeiro
Para Lemes Jr, Rigo e Cherobim (2002), o administrador financeiro é
responsável por planejar, controlar e orçar, bem como, determinar quais
investimentos devem ou não ser feitos; quais fontes de financiamento utilizar,
políticas de remuneração de acionistas, operações bancárias, entre outros.
O administrador financeiro deve estar preocupado com a obtenção de
recursos monetários a fim de expandir a escala de operações, analisar a maneira
com que os recursos são obtidos e distribuídos nos diversos setores e áreas da
organização. (SANVICENTE, 1987).
22
De acordo com Gitman (2002), o gestor financeiro pode monitorar as
situações financeiras, avaliar necessidades de alterações da capacidade produtiva e
determinar aumento ou redução de financiamentos e investimentos.
“A análise financeira fornece os meios de tomar decisões de investimentos
flexíveis e corretas no momento apropriado e mais vantajoso”. (GROPPELLI,
NIKBAKHT 2002, p.4).
Para minimizar erros e possibilitar avaliações que subsidiem tomadas de
decisões mais assertivas, é necessário conhecer a realidade do mercado, seja em
relação aos fornecedores e concorrência, quanto em relação aos clientes e mercado
consumidor.
3.3.2 Análise de Mercado
Kotler e Armstrong (1998, p.07) definem que mercado “é o grupo de
compradores reais e potenciais de um produto. Esses compradores têm uma
necessidade ou desejo especifico que podem ser satisfeitos através de troca”.
Aaker (2001, p.87), complementa, “constrói-se a análise de mercado a partir
de análises de clientes e de concorrentes para que se possa fazer algum julgamento
sobre um mercado (e segmento), bem como suas dinâmicas”.
Ainda, Aaker (2001) argumenta que a análise de mercado ostenta dois
objetivos principais: determinar que benefícios um mercado oferece aos
consumidores atuais e potenciais, o que fornece dados importantes para a decisão
de um investimento; e, entender as dinâmicas do mercado, buscando os fatores-
23
chave de sucesso que estão surgindo, tendências, ameaças e oportunidades que
podem auxiliar a coleta de informações e sua análise.
Kotler e Armstrong (1998) complementam que, a partir da análise de
mercado, a organização obtém informações dos objetivos, estratégias, forças,
fraquezas e como costumam reagir em determinadas situações. Essas informações
irão ajudar a identificar quais concorrentes devem ser abordados ou evitados.
3.3.3 Concorrência
Segundo Sandhusen (2003, p.6), “concorrência é o modo direto e indireto
pelo qual os clientes podem satisfazer as suas necessidades, além de fazer uma
troca por uma oferta especial”.
De acordo com Aaker (2001), a análise da concorrência deve buscar a
identificação das possíveis ameaças e/ou oportunidades, que surgem a partir de
fraquezas e forças da concorrência.
Kotler (1998) contribui sobre a idéia, ao informar que, primeiramente, para se
identificar as forças e fraquezas dos concorrentes, é preciso reunir informações
recentes sobre os negócios de cada um, margem de lucros, participação de
mercado, fluxo de caixa, dados sobre vendas, entre outros.
Kotler e Armstrong (1998) comentam que a coleta das informações
pertinentes às forças e fraquezas dos concorrentes, às vezes são difíceis de se
identificar, e que umas das formas possíveis é através de dados secundários ou de
experiências pessoais e do que se comenta sobre tal concorrente.
24
“Em geral o conceito de concorrência do mercado alerta a empresa para um
grupo mais amplo de concorrentes reais e potencias, o que leva a um melhor
planejamento de mercado no longo prazo.” (KOTLER, ARMSTRONG, 1998, p.
409/410).
3.3.4 Clientes
Para Sheth, Mittal e Newman (2001), cliente poderá ser uma pessoa, como
também, unidades organizacionais que desempenham papéis na realização de
transações ligadas ao marketing ou a uma entidade. Os autores comentam que é de
muita importância a identificação das necessidades dos clientes, pois elas motivam o
cliente a agir.
Já para Dias et al. (2003, p.38), “cliente refere-se também as pessoas que
assumem diferentes papeis no processo de compra, como o especificador, o
influenciador, o comprador, o pagante, o usuário ou aquele que consome o produto,
que recebem e assumem atitudes diferenciadas”.
Saunders (1996) comenta que os clientes são diferentes e identificáveis,
assim, necessitam de benefícios específicos a cada um; a identificação dessas
diferenças contribuirá para que esse cliente perceba o valor do produto ou serviço
da empresa.
Segundo Kotler e Armstrong (1998), para a satisfação dos clientes, níveis
altos de qualidade tanto de serviços como de produtos são muito importantes, pois a
satisfação deles acaba resultando em maior lucratividade para a empresa e essa é,
25
hoje, a única alternativa para as empresas continuarem no mercado e crescerem
nele.
3.3.5 Análise do Mercado Consumidor
Segundo Carvalho (1999), através de pesquisa, é possível acompanhar as
mudanças que ocorrem no mercado; obter um conhecimento positivo do
consumidor, bem como conhecer a conduta do consumista e qual a imagem da
empresa e dos concorrentes.
Cobra (1997) descreve pesquisa de mercado como sendo um trabalho
planejado e organizado, através do qual se adquirem informações e conhecimentos
novos que auxiliam no processo de decisão de mercado.
O autor (1997) cita, ainda, que é um dado valioso para visualizar novas
oportunidades de negocio, ou seja, os nichos de mercado.
Carvalho (1999) explica, também, que a pesquisa de mercado proporciona
ao empreendedor julgar a estimativa do cliente quanto ao preço e qualidade, entre
outras características do produto, e permite conferir o nível de serviço prestado,
oferecendo informações importantes que podem servir para a empresa analisar os
novos produtos.
Turra (2010), presidente da União Brasileira de Avicultura, declarou em
notícia de agosto que o Estado do Paraná possui o maior número de cooperativas
agrícolas do País e que a indústria processadora de carne obteve receita recorde
com as exportações de carne de frango no Paraná.
26
Santos (2010) complementa a idéia, ao citar que os acordos bilaterais
crescentes, propiciaram as relações com os países árabes (importadores de frango),
por volta de 33,25% no primeiro trimestre, se comparados ao ano anterior.
Czinkota et. al. (2001) afirmam que empresas capazes de acertar suas
estratégias, refletindo nas alterações do mercado antes da concorrência, tem
habilidade em coletar, organizar e agir sobre as informações adquiridas através da
pesquisa de mercado; isso contribui para que a empresa permaneça no mercado e
esteja sempre a frente da concorrência.
3.3.6 Fornecedores
De acordo com Kotler e Armstrong (2003), os fornecedores são os
responsáveis por oferecerem os recursos necessários para que a empresa possa
desenvolver suas atividades. Problemas com a escolha adequada de fornecedores
podem afetar seriamente os resultados da empresa.
Grazziotin (2004) explica sobre a necessidade de encontrar fornecedores de
mercadorias, no amplo mercado de hoje, onde as ofertas se multiplicam e que uma
série de fatores deve ser analisada, para não comprometer a escolha.
De acordo com autor (2004), a relação entre o comprador e o fornecedor
agora, é de maior comprometimento; faz-se necessário que se transforme em uma
parceria; pois assim, o comprador não precisará trocar de fornecedores a todo
instante.
Levy e Weitz (2000) corroboram, ao comentar que uma relação com
fornecedores é desenvolvida ao longo do tempo e não é simples de ser copiada por
27
um concorrente. Continuam, citando que, através de uma forte relação com
fornecedores, é possível obter melhores condições de compra, melhores preços e
até mesmo conseguir receber produtos que estejam em falta no restante do
mercado.
Para Grazziotin (2004), quando for trabalhar com vários fornecedores, é
importante considerar alguns itens, como: localização, porte (grande ou pequeno),
fornecedores locais ou regionais, nacionais ou internacionais. Ainda de acordo com
o autor, por vezes é melhor ter fornecedores de pequeno porte, pois oferecem mais
atenção e importância, em outras situações, grandes fornecedores, pois trazem mais
vantagens, como por exemplo, maior volume e imagem de marca.
Levy e Weitz (2000) afirmam que, se houver um relacionamento em que,
tanto comprador, quando fornecedor se beneficie, poderá ser criada uma parceria
estratégica e, a partir desta, vantagem competitiva frente à concorrência.
A análise de mercado é fundamental para a tomada de decisão em estudos
da viabilidade econômico-financeira, pois fornecem informações preciosas para o
orçamento de capital.
3.3.7 Orçamento de Capital
“Orçamento de capital é o processo que consiste em avaliar e selecionar
investimentos em longo prazo, que sejam coerentes com o objetivo da empresa de
maximizar a riqueza de seus proprietários”. (GITMAN, 2002, p. 288).
28
De acordo com Ross, Westerfield, Jordan (1997), o orçamento de capital é o
planejamento e gestão dos investimentos em longo prazo que uma empresa venha a
realizar.
Para Groppelli e Nikbakht (2002), o orçamento de capital subsidia, de
maneira inteligente, a determinação se o investimento é um empreendimento valioso
ou não.
De acordo com Gitman (2002), após determinar qual investimento traz
maiores retornos, realiza-se o dispêndio de capital, que é o desembolso de fundos.
Seu motivo mais comum é para expandir o nível de operações. Empresas em
crescimento, muitas vezes, procuram investir em compra de infra-estrutura adicional,
como imóveis e instalações fabris, com expectativas de gerar benefícios a um longo
prazo.
Todo o processo de orçamento de capital deve levar em consideração o
mercado financeiro e a fonte dos recursos necessários, o que será representado
através do custo de capital ou custo de oportunidade.
3.3.8 Custo de Capital ou Custo de Oportunidade
De acordo com Lemes Jr, Rigo e Cherobim (2002), o custo de capital pode
ser dividido em: custo de capital próprio, de terceiros, da empresa, antes ou depois
do imposto de renda. Para eles, o custo de capital é a taxa de retorno exigida ou
taxa de desconto, que determina o que os acionistas ou financiadores do projeto
exigem do investimento.
29
Para Groppelli e Nikbakht (2002), o custo de capital é a taxa de retorno
desejada pela empresa. O gerente usará como ponto de referência, quando tem a
responsabilidade de tomar decisões de investimento.
Já para Gitman (2002), o custo de capital ou custo de oportunidade é taxa
de retorno usada para verificar se o projeto de investimento proposto propiciará o
aumento do valor de mercado das ações da empresa.
O custo de capital da empresa deve, pois, levar em conta a composição do capital, isto é, deve-se calcular o custo médio ponderado do capital. O custo do capital próprio está associado à expectativa de lucros da empresa e, por corresponder a uma expectativa, é o de determinação mais difícil. (CASAROTTO FILHO; KOPITTKE, 2006 p. 243).
Ross, Westerfield e Jaffe (2002) explicam que o custo de oportunidade
ocorre quando uma empresa possui um ativo que poderia ser alugado ou vendido,
porém, utiliza esse ativo em algum projeto, que também irá gerar receitas; a receita
que não foi recebida passa a se denominar custos de oportunidade.
Para que o administrador financeiro possa realizar todas as análises
necessárias para administrar os recursos disponíveis e realizar as tomadas de
decisões nos momentos mais adequados para a empresa; precisará ter informações
precisas das movimentações financeiras da mesma. Tais informações são obtidas
através dos fluxos relevantes.
30
3.4 FLUXOS RELEVANTES
Ross, Westerfield e Jordan (1997) explicam que os fluxos relevantes são
alterações ou incrementos do fluxo de caixa da empresa que irão resultar na decisão
de investir.
Gitman (2002) complementa que os fluxos relevantes são de extrema
importância no dispêndio de capital, pois afetam diretamente a capacidade da
empresa para pagar suas contas e adquirir ativos.
Para Ross, Westerfield e Jordan (1997) a empresa gera um caixa através de
suas atividades. Este é usado para pagamento de credores ou então é distribuído
aos proprietários.
Gitman (2002) explica que o fluxo de caixa deve ser analisado e planejado,
para manter a solvência da empresa e assim satisfazer as obrigações e adquirir
ativos necessários para atingir os objetivos da organização.
Complementa o autor (2002) que todos os projetos para expansão,
substituição, modernização e outros motivos, requerem componentes básicos de
demonstração dos fluxos de caixa, sendo os fluxos relevantes: investimento inicial,
entradas de caixa operacional e fluxo de caixa residual, embora alguns não
apresentem o fluxo residual.
31
3.4.1 Investimento Inicial
De acordo com Gitman (2002), o investimento inicial é relacionado ao valor
de saída de caixa que deve ser considerado desde o instante zero.
Groppelli e Nikbakht (2002) afirmam que o investimento inicial corresponde
ao valor necessário para iniciar o investimento. Os autores complementam, que o
administrador deve fazer uso deste para comparar o valor inicial com benefícios
futuros, a fim de verificar se o projeto deve ou não ser levado adiante.
Rosa (2007) explica que o investimento inicial é composto pelos
investimentos fixos e investimentos pré-operacionais. Os investimentos fixos
correspondem a tudo que deverá adquirir-se para que o processo funcione de
acordo com o esperado, incluindo, máquinas, ferramentas, enfim o valor de cada
item e o total a ser desembolsado.
Para o autor (2007), investimento pré-operacional, é necessário que a
organização esteja ciente dos gastos que terão antes da abertura, como as
instalações elétricas, pisos, pintura, entre outros; até mesmos despesas com a
legalização da empresa.
Capital de giro “representa o conjunto de despesas necessárias para colocar
e manter o negócio em funcionamento, sendo principalmente caracterizado por sua
integral recuperação ao fim da vida econômica do negócio”. (MIRANDA, 1999,
p.113).
Rosa (2007), complementa que o capital de giro refere-se aos recursos que
a empresa necessita para começar suas atividades, matéria-prima e recursos das
contas a pagar e a receber (estoque inicial e o caixa mínimo necessário).
32
De acordo com Ross, Westerfield e Jordan (1997), o capital de giro diz
respeito, em geral, aos ativos de curto prazo, como os estoques, quantias devidas a
fornecedores e outros. Os autores complementam que este deve ser constante, pois
permite a empresa garantir recursos suficientes para seguir com as operações.
3.4.2 Entradas de Caixa Operacional e/ou Incremental
Ross, Westerfield e Jaffe (1995) definem que o fluxo de caixa operacional é
a receita obtida entre o resultado antes de juros e depreciação menos impostos. E
que o mesmo mede o volume dos valores gerados pelas operações, sem considerar
os investimentos ou gastos com a utilização de capital de giro.
Gitman (2002) complementa que através do caixa operacional são medidos
os benefícios de um desembolso de capital; e que as entradas de caixa relevantes,
são resultantes de um investimento em longo prazo.
Já o fluxo de caixa incremental para Groppelli e Nikbakht (2002) é aquele
que a empresa receberá acima do fluxo de caixa operacional, de forma adicional,
após a aceitação projeto.
Para Ross, Westerfield e Jaffe (2002, p.147) os fluxos de caixa incrementais
“consistem nas variações dos fluxos de caixa da empresa que ocorrem como
conseqüência direta da aceitação do projeto”.
De acordo com Miranda (1999), receita é o benefício gerado com a
realização do negócio, através da venda dos produtos, por economia ou redução
dos custos, conforme o tipo de projeto.
33
Os custos fixos são, considerados por Machado (2002), aqueles que não se
alteram com o aumento ou com a diminuição no nível de produtividade ou de
vendas. Já os custos variáveis são aqueles que sofrem alteração da mesma forma
que as atividades de produção.
Ross, Westerfield e Jaffe (2002) complementam que os custos fixos são
medidos por unidades de tempo, como, mês e ano, o que quer dizer que não
permanecem fixos para sempre, alterando-se em um tempo predeterminado.
Custos variáveis, para Welsch (1983), são aqueles que se referem às
atividades, e variam conforme o esforço de produção, podendo ser um custo nulo se
a produtividade for igual a zero.
É importante para os projetos em expansão, determinar todos os
componentes de fluxo de caixa, um deles é o fluxo residual.
3.4.3 Fluxo de Caixa Residual
Segundo Gitman (2002), o fluxo de caixa residual é resultante do término e
liquidação de um projeto no final de sua vida econômica. Pode ser analisado para
determinar a aceitabilidade ou classificação de projetos.
Para Sanvicente (1987), o valor residual é o valor eventual de liquidação do
investimento, dentro do prazo estipulado.
Selecionados os fluxos relevantes de determinado período no tempo é
possível utilizar-se de determinadas técnicas de análise de investimentos; para tanto
é importante distingui-las e aprender a aplicá-las.
34
3.5 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO
De acordo com Lemes Jr, Rigo e Cherobim (2002, p.90), “investimento é
toda aplicação de capital em algum ativo, tangível ou não, para obter retorno no
futuro”. Os autores mencionam que, no setor de serviços, os projetos de
investimentos podem variar de reforma das instalações, automação comercial até
publicidade.
Para Sanvicente (1987), é importante avaliar e escolher alternativas para
alocar recursos nas atividades da empresa, de forma que as decisões apresentem
uma estrutura ideal no que diz respeito aos ativos fixos e correntes, e assim, os
objetivos almejados possam ser atingidos.
Investimento é todo recurso aplicado em ativo circulante e em ativo
permanente, estes interferem diretamente no sucesso da empresa e na consecução
dos objetivos. Os investimentos de longo prazo mais comuns nas empresas são em
ativos imobilizados (terrenos, instalações e equipamentos). Estes denominados
ativos rentáveis, geralmente, geram lucros e valor à empresa. (GITMAN, 2002).
Segundo Groppelli e Nikbakht (2002), a empresa deve realizar o
investimento em áreas que associem: atração, crescimento e rentabilidade e que
possuem grande potencial.
Quando se tratar de financiamento, deve ser avaliado o que é mais
apropriado entre financiamento a curto e longo prazo. (GITMAN, 2002)
De acordo com Lemes Jr., Rigo e Cherobim (2002), os recursos de
financiamento podem vir tanto por capital próprio, este formado por recurso dos
proprietários e ou acionistas, ou de terceiros obtidos junto às instituições financeiras.
35
Na concepção de Gitman (2002), fontes individuais de financiamento são as
melhores, independente de serem a curto ou longo prazo.
Para Groppelli e Nikbakht (2002), a tomada de decisão de investimento
envolve comparação dos futuros retornos projetados com os riscos enfrentados por
esse empreendimento.
De acordo com Lemes Jr., Rigo, Cherobim (2002), na tomada de decisão de
investimento, o administrador utilizará informações internas referentes a volume de
vendas e preços praticados; contas a receber e a pagar, entre outros, estes
disponíveis nas demonstrações financeiras.
As técnicas de análise de investimento são utilizadas pelas empresas para
selecionar os projetos de investimento que propiciarão o aumento da riqueza dos
proprietários. As técnicas mais comuns de análise são: período de payback, (VPL)
valor presente líquido e (TIR) taxa interna de retorno. (GITMAN, 2002).
3.5.1 Período de Payback
Segundo Groppelli e Nikbakht (1999), o payback é uma medida rápida para
observar se o capital investido será recuperado em um razoável período de tempo.
Sua aplicabilidade é de fácil entendimento e utilização. Os mesmos autores
informam que quanto menor for o payback, menor será o risco do projeto.
Lemes Jr., Rigo e Cherobim (2002) complementam, ao citar o payback como
um método muito utilizado em decisões de investimento de longo prazo,
estabelecendo-se tempo máximo para retorno, de forma a reduzir o risco e valorizar
a liquidez. É mais utilizado por rejeitar alternativas com longo período de retorno.
36
Para Gitman (2002), payback é o período de tempo necessário para que a
empresa recupere seu investimento inicial em um projeto, a partir das entradas de
caixa.
O mesmo autor (2002, 327) cita que “no caso de uma anuidade, o período
de payback pode ser encontrado dividindo-se o investimento inicial pela entrada de
caixa anual. Para uma série mista, as entradas de caixa anuais devem ser
acumuladas até que o investimento inicial seja recuperado”. Assim, o período de
payback é igual ao investimento inicial, dividido pelo fluxo de caixa.
Gitman (2002) complementa que, em um processo de decisão de
investimento, aceita-se o projeto, se o período de payback for menor que o período
máximo aceitável; por outro lado, se for maior, o projeto é rejeitado.
Groppelli e Nikbakht (1999) explicam que o payback ignora o valor do
dinheiro no tempo, por isso, deve ser utilizado em conjunto com outro método.
De acordo com Lemes Jr., Rigo, Cherobim (2002), “um investimento é
aceitável quando o retorno do capital investido se dá num tempo igual ou menor que
aquele determinado (padrão da empresa)”.
3.5.2 Valor Presente Líquido (VPL)
Para Lemes Jr., Rigo, Cherobim (2002, p. 182), valor presente liquido “é o
valor presente das entradas líquidas de caixa menos o valor presente das saídas de
caixa para investimento, descontadas ao custo de capital da empresa”.
37
Groppelli e Nikbakht (1999) explicam que um projeto em análise poderá ser
implantado se o valor presente líquido for maior que o custo inicial; assim, o VPL
pode ser aceito, se o resultado do seu cálculo for positivo; porém deverá ser
rejeitado, se resultar em valor negativo. Os autores continuam (1999) citando que o
VPL apresenta a vantagem de utilizar o fluxo de caixa (que inclui a depreciação
como fonte de fundos) ao invés de lucros líquidos. Para Gitman (2002, p 330), “se o
VPL for maior que zero, a empresa obterá um retorno maior do que seu custo de
capital. Com isto estaria aumentando o valor de mercado da empresa e,
consequentemente, a riqueza de seus proprietários.
Em síntese, Machado (2002), relata que o objetivo do valor presente líquido
é proporcionar a comparação de valores e facilitar as análises para projetos de
investimento.
De acordo com Gitman (2002), o VPL pode ser calculado da seguinte forma:
Investimento inicial CHS g Cfo
Redução de custo/entrada
no caixa
g CFj
número de períodos (de
tempo)
g Nj
taxa de juros por período I
Resultado F NPV
Groppelli e Nikbakht (1999) descrevem que o método VPL é consistente com
a moderna teoria financeira, pois reconhece o valor do dinheiro no tempo, assim,
refletido na taxa de desconto, que tende a se elevar, se a oferta monetária estiver
escassa e houver expectativa de elevação da taxa de juros.
38
Ainda, complementam os autores, que com VPL positivo, a empresa
aumentará o preço de suas ações, logo, este método deve ser percebido como uma
forma moderna de orçamento de capital.
3.5.3 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Casarotto Filho e Kopittke (2006) afirmam que a taxa interna de retorno é
aquela em que o VPL do fluxo analisado é nulo. A mesma idéia é compreendida por
Lemes Jr., Rigo e Cherobim (2002) que denominam a taxa interna de retorno (TIR)
como a taxa de retorno que ao ser calculada, igualará o fluxo de caixa da saída aos
fluxos das entradas.
“Do ponto de vista financeiro, a Taxa Interna de Retorno (TIR) de um
investimento é o percentual de retorno obtido sobre o saldo do capital investido e
ainda não recuperado”. (SANTOS, 2001, p.154).
De acordo com Gitman (2002), a TIR pode ser calculado da seguinte forma:
Investimento inicial CHS g CFo
Redução de custo/entrada
no caixa
g CFj
número de períodos (de
tempo)
g Nj
taxa de juros por período I
Resultado F IRR
39
Machado (2002) conclui que, se o resultado do cálculo, for de uma taxa
superior àquela determinada pelo mercado, ocorrerá um retorno maior que o custo
de oportunidade ou custo de capital, portanto economicamente o projeto é viável.
Além de analisar a área financeira, é imprescindível conhecer o
funcionamento e oscilações do setor em que a empresa em estudo atua, no caso, o
setor de serviços.
3.5.4 Setor de Serviços
Segundo Kotler (2000) muitas empresas vêm diminuindo seus lucros com os
produtos que comercializam, e tentam criar oportunidades de ganhar mais dinheiro
com os serviços que oferecem.
“O preço dos serviços varia mais amplamente que o das mercadorias e sofre
maior influencia de fatores estipulados subjetivamente pelo produtor e o
consumidor”. (SPILLER et al, 2004, p.19)
De acordo com Dias (2003, p. 106), “serviço é um bem intangível podendo
ser entendido como uma ação ou como um desempenho que cria valor por meio de
uma mudança desejada no cliente ou em seu beneficio”.
Os serviços competem em um ambiente econômico constituído por grande
número de pequenas e medias empresas, sendo, em sua maioria, propriedades
privadas. (FITZSIMMONS; FITZSIMMONS, 2000, p. 59)
Quanto a ajustes na alteração de capacidade produtiva da empresa, estes
devem ser muito bem estruturados e baseados nas alterações de demanda, uma
40
vez que capacidade ociosa de pessoas e equipamentos significa desperdícios de
recurso, perda. (SPILLER et al, 2004)
Os autores (2004) afirmam, também, que as alterações na capacidade
podem acontecer antes ou após o aumento da demanda, pois se antecipada ao
aumento da demanda implicam em ociosidade e podem assumir magnitudes no que
se refere à necessidade de capital. Quando as alterações são postergadas, há risco
de perda com falta de capacidade para atender a demanda e manter a qualidade. E
complementam que as empresas de serviços são de tal forma diferentes, que
necessitam de abordagens gerenciais especiais, que vão muito além de simples
anotações das técnicas encontradas no setor de manufatura. As características
diferenciadoras sugerem uma ampliação da visão de sistema para incluir o cliente
como um participante no processo de serviços.
Para Spiller et al. (2004), a forma com que o serviço é prestado é muito
importante, é preciso verificar os desejos e necessidades dos que consomem;
conhecer muito bem as preferências, rejeições e indiferenças.
41
4 METODOLOGIA
De acordo com Thiollent (2000), em um projeto de pesquisa, metodologia é
uma sequência de passos a seguir pelo pesquisador, para se orientar na condução
da investigação científica.
O autor (2000, p.25) explica, ainda, que:
A metodologia lida com a avaliação de técnicas de pesquisa e com a geração ou a experimentação de novos métodos que remetem aos modos efetivos de captar e processar informações e resolver diversas categorias de problemas teóricos e práticas da investigação.
Segundo Oliveira (2002, XIX), “a metodologia estuda os meios ou métodos
de investigação do pensamento correto e do pensamento verdadeiro, e procura
estabelecer a diferença entre o que é verdadeiro e o que não é, entre o que é real e
o que é ficção”.
Segundo Demo (1987), metodologia é uma preocupação instrumental que
trata de procedimentos, ferramentas, caminhos, e tem como finalidade mostrar a
realidade de forma teórica e prática; e para isso, é necessário seguir por vários
caminhos.
Para o desenvolvimento do estudo, faz-se importante estabelecer os
caminhos a serem seguidos, os instrumentos a serem utilizados na busca de
informações. E, para isso, deve-se, antes, determinar o tipo de pesquisa a ser
desenvolvido.
42
4.1 TIPOS DE PESQUISA
Vergara (2000) afirma que as pesquisas podem ser dispostas de acordo com
os seguintes critérios:
a) Quanto aos fins: poderá ser descritiva, experimental ou uma pesquisa
exploratória. Esta última é efetuada onde há pouco conhecimento acumulado e
sistematizado;
b) Quanto aos meios: trata-se de pesquisa, ao mesmo tempo, bibliográfica
e documental ou de campo.
Este estudo trata-se de uma pesquisa exploratória, com os métodos de
pesquisa de campo, documental e bibliográfica.
4.1.1 Pesquisa Exploratória
Para Vergara (2000), a pesquisa exploratória tem natureza de sondagem e é
efetuada quando há pouco conhecimento acumulado sobre o tema.
Oliveira (2001) relata que a pesquisa exploratória trata de estudar e mostrar
relações que, de outra maneira não seriam descobertas. Assim, pode possibilitar ao
pesquisador, fazer uma classificação temporária do objeto de estudo, de forma mais
detalhada e estruturada, para obter informações acerca de determinado assunto.
“Considera-se pesquisa exploratória inicial a busca de dados em fontes
secundárias, como: literatura, documentos internos a uma empresa, conversas com
43
especialistas e pesquisa em Internet, entre outras fontes” (BARQUETTE,
CHAOUBAH, 2007, p. 24).
Os autores (2007) complementam a idéia, ao explicar que também envolverá
a busca através de dados primários, ou seja, diretamente com os pesquisados.
Este projeto tem caráter exploratório pela necessidade de adquirir
conhecimento mais aprofundado do objeto estudado.
4.1.2 Pesquisa de Campo
De acordo com Ruiz (2002), pesquisa de campo é a observação de fatos e
coleta de dados tal como ocorram, no local onde aconteçam e que sejam relevantes
para consulta posterior.
Lakatos e Marconi (2001) informam que a pesquisa de campo objetiva
conseguir conhecimentos a cerca de um problema específico, ou hipótese, ou ainda
descobrir fenômenos ou as relações entre eles.
De acordo com Trujillo apud Lakatos e Marconi (2001, p.186) a pesquisa de
campo propriamente dita:
não deve ser confundida com a simples coleta de dados (este último corresponde à segunda fase de qualquer pesquisa); é algo mais que isso, pois exige contar com controles adequados e com objetivos preestabelecidos que descriminam suficientemente o que deve ser coletado.
Neste estudo foi utilizada a pesquisa de campo, pois foram efetuadas visitas
à empresa para coleta de informações e acompanhamento do ciclo operacional da
empresa.
44
4.1.3 Pesquisa Documental
Lakatos e Marconi (2001) descrevem pesquisa documental como aquela
restrita a documentos, escritos ou não; e que pode ocorrer no momento que o fato
ocorre ou posteriormente.
Cervo e Bervian (2002) complementam, ao citar que a pesquisa documental
estuda a realidade presente, ao investigar documentos a fim de comparar diferenças
e outras características do que é pesquisado.
Neste estudo foi realizada pesquisa documental, porque houve a
necessidade de se trabalhar com os relatórios da empresa para levantamento da
situação atual e comparação com a situação futura que foi projetada.
4.1.4 Pesquisa Bibliográfica
Cervo e Bervian (2002) relatam que a pesquisa bibliográfica busca conhecer
e analisar determinado assunto, para explicar um problema a partir de referências
teóricas publicadas.
Lakatos e Marconi (2001) citam que a pesquisa bibliográfica coloca o
investigador em contato direto com o que foi escrito, dito ou filmado sobre
determinado assunto.
A pesquisa bibliográfica foi primordial neste estudo, pois houve a
necessidade de se obter um embasamento científico; os autores explicam a respeito
do que foi pesquisado, para comprovar o que ocorreu ou não na prática.
45
4.2 TIPOS DE ABORDAGEM
De acordo com Oliveira (2002), as abordagens são métodos diferentes de
efetuar coleta de informações; tanto pela sistemática, quanto pela forma de abordar
o objeto do estudo; portanto deverá ser adequada ao tipo de pesquisa em questão.
4.2.1. Abordagem Quantitativa
Oliveira (2001) relata que a abordagem quantitativa diz respeito a quantificar
opiniões e dados, em forma de coleta de informações, e utilizar recursos e técnicas
estatísticas.
“A coleta de dados quantitativos é a etapa da pesquisa que exige uma
grande quantidade de tempo e trabalho para se reunir as informações
indispensáveis à comprovação da hipótese”. (CHIZZOTTI, 2003, p.51)
Ainda de acordo com Chizzotti (2003), os dados quantitativos estão
totalmente relacionados aos primeiros passos da pesquisa, que é o tema e a
formulação do problema. É a área que trabalha para comprovar, firmar os
pressupostos e hipóteses que serão assumidos na análise da coleta de dados.
Este estudo utilizou a abordagem quantitativa, no sentido de mensurar
dados e informações que possam auxiliar a verificação da viabilidade econômico-
financeira de ampliação da empresa Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda.
46
4.2.2 Abordagem Qualitativa
Oliveira (2002) explica que um tratamento qualitativo será adequado, quando
estudar a relação de causa e efeito do fenômeno e, consequentemente, chegar à
sua verdade e razão.
Complementa, ainda, o autor (2002) que esta abordagem difere da
quantitativa, pelo fato de não empregar dados estatísticos, não numerar e/ou medir
unidades ou categorias homogêneas.
Demo (2000) cita que a abordagem qualitativa busca depoimentos que se
transformam em dados relevantes. Caracteriza-se pela abertura das perguntas, mais
do que o aprofundamento por análise; busca familiaridade, convivência,
comunicação.
De acordo com Chizzotti (2003), uma abordagem qualitativa parte do
fundamento de que existe relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito. Descreve
ainda, que uma pesquisa qualitativa pressupõe que a utilização de técnicas não
deve formar modelo exclusivo e que a perspicácia do pesquisador deverá
demonstrar a cientificidade dos dados colhidos e dos conhecimentos produzidos.
Os dados levantados no estudo, mesmo os numéricos; bem como a
entrevista, geraram dados qualitativos; que foram descritos e analisados, de forma a
subsidiar a avaliação da viabilidade de ampliação da empresa Espaçofrio
Armazenagem Frigorífica Ltda.
47
4.3 DADOS DA PESQUISA
De acordo com Lakatos e Marconi (2001), a obtenção de dados
aproveitáveis e adequados à pesquisa irá variar de acordo com a habilidade do
investigador e capacidade de levantar subsídios para o seu trabalho.
Este trabalho foi tratado com dados primários e secundários.
4.3.1 Dados Primários
Segundo Barquette e Chaoubah (2007), dados primários são os coletados
em campo pelos pesquisadores, para auxiliar na resolução do problema de
pesquisa, assim são considerados dados mais confiáveis.
De acordo com Churchill e Peter (2003), os dados primários são
especificamente coletados para o propósito da investigação pretendida.
A coleta dos dados primários, neste trabalho, foi efetuada através da
aplicação de questionários aos clientes e na organização em estudo: Espaçofrio
Armazenagem Frigorífica Ltda. através de entrevista ao gerente administrativo e
observação das pesquisadoras com preenchimento de relatórios.
48
4.3.2 Dados Secundários
Barquette e Chaoubah (2007) afirmam que se denominam como
secundários, os dados que foram coletados para outro fim, já tratados; e que podem
apresentar-se em livros, jornais, relatórios, Internet, e outros.
Segundo Churchill e Peter (2003), dados que foram reunidos para outro
propósito e não para o estudo em questão são denominados dados secundários.
Os dados secundários deste trabalho foram coletados através de livros,
artigos, sites e revistas especializadas; aqueles que melhor se adequaram às
questões de viabilidade econômico-financeira de ampliação de empresas, e, através
de documentos da empresa Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda. e dos
fornecedores; bem como dos relatórios de órgãos oficiais do governo.
4.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS
Segundo Lakatos e Marconi (2006), uma das etapas da pesquisa ocorre
quando se iniciam as aplicações dos instrumentos elaborados e técnicas
previamente estabelecidas, para efetuar a coleta dos dados almejados.
As mesmas autoras (2006) relatam que se trata de uma tarefa cansativa e ,
geralmente, toma mais tempo do que previsto. Exigem do pesquisador: esforço
pessoal, paciência e perseverança, além do cuidadoso registro dos dados e de um
bom preparo anterior.
49
Segundo Cervo e Bervian (2002), as técnicas são aplicações de plano
metodológico com formas específicas de serem executadas. Elas devem ser
adaptadas ao tipo de investigação a que se propõem.
Neste estudo foram utilizados como instrumentos de coletas de dados,
observações e relatório de observações, questionários, e entrevistas, que são
ferramentas facilitadoras da análise de viabilidade de ampliação da empresa
Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda.
4.4.1 Observação
Cervo e Bervian (2002) definem a observação como forma de adquirir
conhecimento claro e preciso de um objeto, por meio da aplicação dos sentidos
físicos ao mesmo.
Quanto às modalidades de observação, Lakatos e Marconi (2001) citam as
seguintes: quanto aos meios, quanto à participação do observador, quanto ao
número de observações e quanto à realização.
Ao considerar a bibliografia, o presente estudo fez uso da técnica de
pesquisa por observação estruturada, quanto aos meios; não participante, quanto à
forma de observação; em equipe, quanto ao número de observadores e real quanto
à sua realização.
Lakatos e Marconi (2001) explicam que a observação é estruturada, quando
houve planejamento. Nesse caso, são aplicados instrumentos para coletar as
informações e fatos, de forma sistematizada.
50
As autoras (2001) complementam, quando informam que o observador sabe
exatamente o que procura, assim, deve ser objetivo e reconhecer erros, de forma a
eliminar sua influência sobre o que vê.
Cervo e Bervian (2002) definem a observação não participante como aquela
na qual o observador deixa de se envolver com o objeto da observação, mantém-se
como um expectador.
De acordo com Lakatos e Marconi (2001), a observação realizada em equipe
é mais aconselhável que a individual, pois é realizada em vários ângulos, de forma a
confrontar seus dados posteriormente e verificar predisposições.
Lakatos e Marconi (2001) citam que as observações efetuadas no ambiente
real, onde os dados são registrados à medida que acontecem, são denominadas
como observações na vida real ou trabalho de campo.
4.4.2 Relatório de Observação
Andrade (2005) explica que uma das técnicas de pesquisa de campo ocorre
pela observação não participante, onde o pesquisador limita-se a observar fatos.
O desenvolvimento de um relatório, segundo o mesmo autor (2005), poderá
ser através dos seguintes itens:
a) Apresentação dos dados obtidos;
b) Análise e interpretação;
c) Representação dos dados;
d) Discussão dos resultados.
51
O relatório, além de se referir a um projeto ou a um período em particular, visa pura e simplesmente historiar seu desenvolvimento, muito mais no sentido de apresentar os caminhos percorridos, de descrever as atividades realizadas e de apreciar os resultados – parciais ou finais - obtidos. (SEVERINO, 2002, p.174)
Ao considerar que a empresa Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda,
realiza a prestação de serviço de descarregamento de caminhões que contém
produtos a serem armazenados; armazenagem propriamente dita e posterior
carregamento dos caminhões de clientes para transportes dos produtos antes
armazenados, é possível realizar observação estruturada, não participante, em
equipe e real, e também, um relatório desta observação.
4.4.3 Questionário
Segundo Cervo e Bervian (2002), o questionário permite medir com exatidão
o que se deseja, pois é um meio de obter respostas às questões logicamente
relacionadas ao problema central.
De acordo com os mesmos autores, o questionário deve ser impessoal, ser
respondido na presença ou ausência do investigador, através de perguntas fechadas
ou abertas.
Lakatos e Marconi (2001) descrevem perguntas abertas como aquelas que
permitem ao informante responder livremente e emitir opiniões; e as perguntas
fechadas são as que o informante escolhe as respostas entre opções pré
estabelecidas.
52
As pesquisadoras aplicaram um questionário com perguntas fechadas aos
clientes atuais da empresa Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda, conforme
apêndice A.
4.4.4 Entrevista
Cervo e Bervian (2002) afirmam que a entrevista é orientada para obter um
objetivo específico de recolher, por meio de interrogatório, dados para determinada
pesquisa.
Os objetivos da pesquisa fazem variar o grau de liberdade entre os
interlocutores e o tipo de resposta do entrevistado “[...] quando o nível de
profundidade psicológica da entrevista for mais profundo, as respostas serão
registradas a partir de questões previamente elaboradas sobre as quais o
entrevistado discorre (questões semi-abertas) [...]” (CHIZZOTTI, 2003, p.58)
De acordo com Andrade (2005), a recolha de dados fidedignos para uma
pesquisa pode ser efetuada através de uma entrevista. Esta tem como objetivos
averiguar fatos, identificar opiniões, prever condutas, e/ou descobrir fatores que
influenciam ou determinam fatos ou ações que podem definir ou influenciar em
comportamentos futuros.
A mesma autora (2005) explica que, dentre os tipos de entrevista, há a
entrevista focalizada, ou seja, aquela que mesmo sem obedecer a uma estrutura
formal, auxilia o pesquisador através de um roteiro com os principais tópicos
relativos ao referido assunto.
53
Neste estudo, as pesquisadoras realizaram entrevista focalizada ao gerente
administrativo da empresa Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda, o senhor
Antônio de Oliveira Corrêa, onde, segundo Lakatos e Marconi (2003), o entrevistador
pode seguir um roteiro de tópicos relativos à pesquisa, com a liberdade de perguntar
o que desejar, utilizando-se de habilidade e perspicácia.
No apêndice B pode ser verificado o modelo de entrevista focalizada,
aplicada neste projeto.
4.5 DELIMITAÇÃO DE ESTUDO
De acordo com Severino (1996, p.128), a delimitação “trata-se de definir
bem os vários aspectos da dificuldade de mostrar o seu caráter de aparente
contradição, esclarecendo devidamente aos limites dentro dos quais se
desenvolveram a pesquisa e o raciocínio demonstrativo”.
Martins e Lintz (2000) complementam que, por saber que não será possível
explorar todos os ângulos do fenômeno a ser estudado, é importante determinar os
contornos da pesquisa, para selecionar os aspectos mais relevantes. A delimitação é
crucial para se atingir os propósitos do estudo e chegar a uma compreensão da
situação estudada.
As autoras desse estudo optaram por realizar a pesquisa na empresa
Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda, situada na cidade de Cascavel, no
Paraná, no setor de prestação de serviços em armazenagem.
54
A disciplina de estudo envolvida é Administração, mais especificamente
Administração Financeira, focada em viabilidade econômico-financeira da ampliação
da empresa Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda.
4.5.1 Quanto ao Tempo da Pesquisa
Cooper e Schindler (2003) explicam que, em termos de dimensão do tempo
da pesquisa, denomina-se como coorte transversal, um período instantâneo de um
determinado momento.
O tempo de realização desta pesquisa, como coorte transversal, ocorreu da
seguinte forma:
- Os questionários aos clientes foram aplicados em julho e agosto de 2010;
- A observação estruturada, não participante e em equipe; e real, na
empresa estudada, ocorreu em julho de 2010;
- A entrevista focalizada foi efetuada com o gerente administrativo em agosto
de 2010.
4.6 CENSO, POPULAÇÃO E AMOSTRA
Segundo Vergara (2000), define-se população como um conjunto de
elementos que possuem as mesmas características, objetos de estudo e, população
amostral, a parte desse conjunto, escolhido sob algum critério representativo.
55
De acordo com Lakatos e Marconi (2003), a amostra refere-se a uma
parcela favoravelmente escolhida do universo – população.
Em complemento a estas informações, Gil (1991) explica que, quando a
população é concentrada e pouco numerosa, o ideal é que seja pesquisada em sua
totalidade. O que permitirá conscientização e mobilização da população em relação
à proposta da pesquisa.
Cooper e Schindler (2003) citam que censo é a verificação em pesquisa, de
todos os elementos de um universo (população), para obter informações sobre cada
um deles.
Esta pesquisa utilizou para a investigação, a população de dezenove
clientes que utilizam os serviços de armazenagem da empresa Espaçofrio
Armazenagem Frigorífica Ltda, ao fazer levantamento por censo.
4.7 LIMITAÇÃO DO ESTUDO
As limitações do estudo encontradas pelas pesquisadoras aconteceram em:
conseguir contato com os clientes da empresa Espaçofrio Armazenagem Frigorífica
Ltda, que demonstraram resistência em responder ao questionário apresentado e,
posteriormente, na demora para que fosse devolvido preenchido. E também o fato
de que as pesquisadoras tinham pouco conhecimento sobre o assunto em questão.
Observa-se que mesmo sendo um estudo financeiro, a Espaçofrio, na figura de seu
gestor, colaborou com as informações, atendendo as pequisadoras e repassando
todos os dados necessários.
56
5 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
A análise e interpretação de dados foram realizadas a partir das respostas
obtidas nos questionários apresentados aos clientes, entrevista com o administrador
da empresa Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda, relatórios da empresa e,
também, do embasamento nos autores sobre os temas abordados; somados ao
relatório de observação realizado pelas pesquisadoras e devidos cálculos
financeiros (payback, VPL e TIR), que possibilitaram a análise da viabilidade
econômico-financeira de ampliação da empresa em estudo.
5.1 APRESENTAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS
Para análise do cliente, buscou-se contactar todos os atuais clientes da
empresa Espaçofrio. Como eles estão localizados em várias cidades do Estado,
optou-se pelo encaminhamento via e-mail e contato telefônico. São dezenove
clientes cadastrados, dos quais, doze responderam aos questionários.
57
Gráfico 01 – Questionários
63%37%
respondidos
não respondidos
Fonte: Dados da pesquisa
No gráfico 01 é sinalizado que nem todos os clientes ativos da Espaçofrio
responderam o questionário aplicado. Para este estudo, foram utilizados os
questionários respondidos como percentual máximo, para propiciar uma análise
mais fiel ao que se quis verificar.
58
Gráfico 02 – Ramo de Atividade
8%
8%
17%
59%
8%
Avicultura
Piscicultura
Vegetais
Pecuária
Derivados do Leite
Fonte: Dados da pesquisa
O gráfico 02 demostra que são vários os tipos de produtos armazenados na
empresa Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda. no setor de agronegócio, mas há
predominância de produtos ligados a avicultura, o que foi confirmado pelo gerente
administrativo em entrevista.
O setor de avicultura encontra-se em expansão, o que pode ser verificado
por matérias divulgadas. É possível citar a notícia do dia 23 de agosto de 2010 pela
Agência Estado: “a indústria processadora de carne do Paraná obteve uma receita
recorde com as exportacões de carne de frango no período de janeiro a julho deste
ano, de acordo com números apresentados pelo Sindicato das Indústrias de
Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiaviapar)”. Na mesma notícia,
Francisco Turra, presidente da Ubabef ( União Brasileira de Avicultura), declara que
o Estado do Paraná possui o maior número de cooperativas agrícolas do País, que
são clientes potenciais para a empresa.
59
Gráfico 03 – A qual localização geográfica pertencem seus clientes?
17%
66%
17%
Parte do Paraná
Todo o Paraná
Várias regiõesdo PaísBrasil e Exterior
Fonte: Dados da pesquisa
Através do gráfico 03, observa-se que 34% dos clientes atendem ao Paraná
e outras regiões do país; e que a maior quantidade presta atendimento para o
mercado interno e externo ao mesmo tempo. De acordo com gerente administrativo
da Espaçofrio, dos produtos armazenados, cerca de 60% são para exportação e
40% destinados ao mercado interno.
Santos (2010) citou, em agosto deste ano, que o Brasil cresce em ritmo
acelerado, provocado por muitos acordos bilaterais do comércio internacional, mais
de 100 atualmente. Complementou, também, que um dos acordos propiciou um
aumento considerável de relações comerciais com os países árabes, por volta de
33,25% no primeiro trimestre de 2010 se comparados ao ano anterior.
60
Gráfico 04 – Sua empresa tem armazenagem
83%
9%8%
Própria e Terceirizada
Apenas Terceirizada
Não respondeu
Fonte: Dados da pesquisa
Observa-se que 83% dos entrevistados possuem armazenagem própria e
terceirizada e 9% dos clientes possuem apenas armazenagem terceirizada.
De acordo com Ballou (2001), há tendências para a terceirização de
serviços; a logística bem como a prestação de serviços, nessa área, é um setor em
crescimento e uma das razões mais importantes para a terceirização, é a busca pela
redução de custos e aportes de capital.
61
Gráfico 05 – Em quantidades,é possível dizer que
17%
17%
66%
A armazenagemprópria é maior
A armazenagemterceirizada é maior
As armazenagenspróprias e tercerizadassão divididas em igualpercentual
Fonte: Dados da pesquisa
Acompanhando o resultado anterior, o gráfico 5 sinaliza que, dos clientes
que possuem armazenagem própria e terceirizada, têm ainda um percentual maior
de armazenagem própria. Através da entrevista realizada na Espaçofrio, foi
explicado que a armazenagem própria tem determinado limite, já que o intuito dos
gestores das indústrias é produzir para venda e não com pretensões de manter
produtos estocados; principalmente por se tratar de ramo alimentício; é o momento
que entra em ação os serviços de uma armazenagem terceirizada.
62
Gráfico 06 – Perspectiva anual de crescimento
17%
0%
8%
25%
50%
10% a 20%
21% a 40%
41% a 60%
Acima de 60%
Não respondeu
Fonte: Dados da pesquisa
O gráfico 06 relaciona os 83% de entrevistados que percebem um aumento
na capacidade produtiva para o próximo ano; de onde um grande percentual avalia
um aumento de até 20%. Os 25% restantes são mais otimistas, sinalizando
possibilidade de até 40% de aumento de produção.
De acordo com Domingos Martins, presidente do Sindicato dos Avicultores
do Paraná, em 23 de outubro de 2010, o crescimento no ramo da avicultura superou
as expectativas, que eram de 10% para 2010, e, como observou-se no gráfico 2,
59% dos clientes da empresa Espaçofrio atuam no ramo avícola.
63
Gráfico 07 – Projeção de armazenagem para os próximos seis meses
Fonte: Dados da pesquisa
58% dos clientes da empresa Espaçofrio projetam um crescimento em torno
de 10 a 20% na utilização da armazenagem.
Esta informação está diretamente ligada ao estudo em questão; visto que, os
clientes têm a percepção do crescimento da produção e da necessidade de
armazenagem; tal necessidade cresce proporcionalmente, a medida que, nem tudo
o que é produzido, é comercializado de imediato.
0%
17%
8%
0%
17%
58%
10% a 20%
21% a 40%
41% a 60%
Acima de 60%
Não há
Não respondeu
64
Gráfico 08 – Quanto à opção de armazenagem própria, pretende:
42%
0%
50%
0%
8% Manter a armazenagem
Diminuir a armazenagem
Aumentar a armazenagem
Eliminar a armazenagem
Não respondeu
Fonte: Dados da pesquisa
Metade dos clientes tem estimativas de aumentar a armazenagem de seus
produtos e 42% de manter a armazenagem atual, o que contrasta com as últimas
notícias; por exemplo, no site “Portal do agronegócio”, onde há uma matéria sob o
seguinte título: Paraná mantém ritmo forte de exportação de frango de corte no
primeiro trimestre. Nesta matéria é destacado o forte ritmo de crescimento da
produção de frangos no Paraná e o fortalecimento deste setor no Estado, que se
mantém como maior exportador de carne de frango de país. Na mesma matéria
datada de 20 de abril deste ano, o presidente do Sindicato das Indústrias de
Produtos Avícolas do Estado do Paraná, Domingos Martins, afirma que os
produtores e abatedouros estão fazendo um trabalho árduo para aprimorar a
produção”.
Se for mantido o ritmo crescente de exportações de frango, conforme
propagado pelos meios de comunicação, (um exemplo acima descrito), e associado
com as perspectivas dos clientes da empresa em estudo, pode-se constatar que a
ampliação do espaço disponibilizado para armazenagem é de extrema necessidade.
65
Gráfico 09 – Armazenagem tercerizada
0%0%
8%
17%
75%
Manter aarmazenagem
Diminuir aarmazenagem
Aumentar aarmazenagem
Eliminar aarmazenagem
Não responderam
Fonte: Dados da pesquisa
Confirma-se, nesta questão, que a estocagem terceirizada será mantida
como a preferência para 75% dos clientes.
Segundo Bertaglia (2003, p.129), “terceirizar faz parte da estratégia das
empresas, pois permite-lhes focar seus esforços nas suas atividades principais [...]”
Em entrevista, o gerente administrativo da Espaçofrio, comentou a questão
da concorrência da empresa no mercado atual. Os concorrentes mais próximos
estão em Apucarana, Curitiba e Paranaguá, e, devido ao fato da Espaçofrio estar no
mercado a oito anos, mantém internamente uma política de qualidade intensa,
formando, desta forma, também, uma barreira para novos entrantes no ramo.
Uma atitute que a empresa em estudo pode tomar para impedir novos
entrantes, é planejar o desenvolvimento e aplicação gradual de uma política de
custos baixos.
66
Gráfico 10 – Período de tempo que utiliza os serviços da Espaçofrio
42%
33%
17%
8%
1 a 2 anos
3 a 4 anos
5 a 6 anos
7 a 8 anos
Fonte: Dados da pesquisa
No gráfico, observa-se que a maioria dos clientes da Espaçofrio começou a
utilizar os serviços da mesma desde o início das atividades em 2002; e outra grande
fatia (42%) tornou-se cliente após dois anos de sua criação, logo, 75% dos clientes
da Espaçofrio são fidelizados.
De acordo com o gerente administrativo da Espaçofrio, as ampliações que
ocorreram (construções das câmaras frias em 2004 e 2007) atenderam a demanda
de cada época; os percentuais demostrados neste gráfico confirmam esta afirmativa.
67
Gráfico 11 – Frequência de Armazenagem
25%
50%
8%
0%
17%
Semanalmente
Quinzenalmente
Mensalmente
Período maior
Não respondido
Fonte: Dados da pesquisa
Através do gráfico 11, verifica-se que a logística da Espaçofrio atende a
clientes com necessidades diferentes, tanto os clientes que armazenam
freqüentemente, como os que armazenam em um período de tempo maior.
42% da armazenagem é realizada frequentemente (semanal, quinzenal e
mensal), percebe-se, então, uma rotatividade de entradas e saídas.
Em entrevista, o gerente administrativo confirmou a informação: “O espaço é
bem utilizado quando há rotatividade dos produtos dentro do armazém; os clientes
pagam pelo valor de armazenagem, e pelo processo de carga e descarga; quando
mantêm suas mercadorias por mais tempo, pagam somente pela acomodação da
mercadoria, dessa forma, indiferente do período de armazenagem o processo irá
gerar uma receita, porém a rotatividade dos produtos é mais lucrativa.”
68
Gráfico 12 – Média de armazenagem (mês)
75%
0%
0%
25%
Até 27toneladas
De 27 a 54toneladas
De 54 a 81toneladas
Acima de 81toneladas
Fonte: Dados da pesquisa
O gráfico 12 apresenta que, em sua maioria, as empresas armazenam
quantias acima de oitenta e uma toneladas mês, ou seja, 75% dos clientes.
De acordo com a perspectiva anual de crescimento e projeção de
armazenagem para os próximos seis meses, a tendência é que aumente a demanda
por espaço para armazenagem. Segundo o gerente administrativo da Espaçofrio, a
empresa tem capacidade para armazenar oito mil toneladas e hoje opera em sua
capacidade máxima, sendo necessária, portanto, a ampliação.
69
Gráfico 13 – Motivo de optar pelos serviços da Espaçofrio
50%
25%
8%
17%Localização Estratégica
Atendimento
Processo deArmazenagem
Todas as alternativas
Outro
Fonte: Dados da pesquisa
No gráfico 13, a maioria dos entrevistados percebe a Espaçofrio como uma
alternativa completa de armazenagem em relação aos seus processos, com uma
localização estratégica ideal e um bom atendimento.
Os clientes que sinalizaram outro motivo para utilizar serviço terceirizado de
armazenagem, foram contactados para esclarecimento da resposta. Informaram que
armazenam em frequência pequena, pois o fazem apenas quando não conseguem
fazê-lo na própria empresa.
De acordo com o gerente da empresa, uma vantagem da Espaçofrio é que,
está localizada mais próxima da demanda (cooperativas, produtores) facilitando o
acesso dos clientes com a empresa. E, que a concorrência mais próxima é em
Apucarana, seguida por Curitiba e enfim, Paranaguá.
70
Gráfico 14 – Processo de armazenagem
17%
66%
17%
0%
Regular
Bom
Ótimo
Excelente
Fonte: Dados da pesquisa
De acordo com os clientes, o nível de satisfação é bastante alto, sendo que
66% classificam-no como excelente, 17% como ótimo e 17% como bom.
A grande questão a ser trabalhada pela empresa é a manutenção desses
percentuais a partir da ampliação da empresa e busca de novos clientes.
71
Gráfico 15 – Melhorias necessárias
27%
27%
9%
9%
28%
Descarregamento /Carregamento
Atendimento dosFuncionários
Processo deArmazenagem
Fiscalização Sanitária
Espaço paraArmazenagem
Não respondeu
Fonte: Dados da pesquisa
O gráfico 15 demonstra que a maioria dos clientes (28%) respondeu que as
melhorias deveriam ser feitas no setor de descarregamento e carregamento da
empresa; e 27% dos entrevistados, percebem a questão de espaço físico para a
armazenagem como item mais importante para ser verificado.
Segundo o gerente da Espaçofrio, a ampliação poderia ter começado há 2
anos, pois já havia demanda para atender, e as melhorias são contínuas tanto no
atendimento ao cliente como em outros setores.
72
Gráfico 16 – Ampliação do espaço oferecido
0%
59%
25%
8%8%
Não irá utilizar
Ás vezes ira utilizar
Frequentemente utilizaráSempre utilizará
Fonte: Dados da pesquisa
No gráfico 16, demonstra-se que, de acordo com as necessidades
apresentadas pelos clientes, a ampliação da Empresa Espaçofrio permitirá que 92%
dos clientes se beneficiem de mais espaço para estocagem, destes 33%
demonstram maior interesse. O gerente da Espaçofrio diz ainda que já existe uma
procura pela ampliação há mais de dois anos; que está perceptível para os gestores
da empresa que se a mesma tivesse ocorrido, já estariam atendendo a toda
demanda, novamente.
73
5.1.1 Interpretação Geral dos Dados
As pesquisadoras, nesse levantamento de dados, tomaram conhecimento
das necessidades e desejos dos clientes da empresa em estudo. Assim, é possível
afimar que, do total de clientes que responderam ao questionário:
- 59% têm produtos ligados à avicultura;
- 66% atendem ao mercado interno e externo;
- 83% tem armazenagem própria e terceirizada ao mesmo tempo;
- 83% dos entrevistados tem perspectivas de crescimento da produção
anual, dos quais, 50% preveem um crescimento na faixa de 10 a 20% e, 25%
acreditam em crescimento de 21 a 40%;
- 58% tem perspecitva de necessidade de aumento da armazenagem em
uma faixa de 10 a 20%;
- 42% dos clientes pretendem manter a armazenagem própria;
- 75% pretendem manter a armazenagem terceirizada;
- 75% dos clientes são fidelizados na Espaçofrio;
- 50% dos clientes utilizam períodos de armazenagem mais longos que o
mensal, e 42% dos clientes da Espaçofrio utilizam-se dos serviços da empresa em
períodos menores (semanal, quinzenal e mensalmente);
- em quantidades, 75% dos clientes, armazenam quantidades acima de
oitenta e uma toneladas, e 25% dos clientes armazenam de 27 a 54 toneladas/mês;
- 50% dos entrevistados, sinalizaram os serviços da Espaçofrio como uma
alternativa completa de tercerização de armazenagem, desde o processo de
serviços, atendimento, até a localização estratégica da mesma;
74
- em se tratando do processo de armazenagem propriamente dito, 66%
classificaram-no como excelente, 17% como ótimo e 17% como bom;
- os itens de descarregamento/carregamento e espaço físico para
armazenagem, tiveram praticamente um empate, pois tem, respectivamente 28 e
27% da preferência dos clientes, quando questionados, sobre item de melhoria;
- enfim, ao serem perguntados diretamente sobre a ampliação do espaço
oferecido para armazenagem, ficou demonstrado que 92% dos clientes serão
beneficiados, em maior ou menor escala de utilização, com um percentual maior de
interesse, em 33%.
Ao aliar, o embasamento dos autores com as respostas dos clientes, a
análise do mercado atual e notícias, e a entrevista com o gerente administrativo da
empresa, foi possível conhecer a realizade e desenvolvimento do setor em que a
empresa em estudo atua.
5.2 APRESENTAÇÃO DA ENTREVISTA
Para complementação do estudo, visando confrontar as respostas obtidas
através dos questionários aplicados aos clientes com o ponto de vista da empresa,
bem como obter informações adicionais para o cálculo da viabilidade, fez-se
necessário a realização de uma entrevista com o gestor principal da empresa
Espaçofrio .
Com relação às perguntas efetuadas (apresentadas no Apêndice B), obteve-
se as seguintes informações:
75
A idéia de criar uma empresa para armazenagem surgiu em 2002, a partir de
uma pesquisa de mercado feita pelos empreendedores. Isso ressalta a importância
de um estudo antes da tomada de decisão, pois se consegue, através do
planejamento e da análise prévia, minimizar os riscos e antever os resultados, dando
condições para que se tome a melhor decisão.
Com o crescimento da demanda, foi necessário uma segunda câmara fria, já
no ano de 2004, e uma terceira em 2007; estrutura que mantém-se até hoje,
totalizando uma capacidade de armazenagem de 8.381 posições de paletes, dentro
de uma área de aproximadamente 5.876 metros quadrados de espaço físico.
Com capacidade para aproximadamente oito mil de toneladas; o produto que
apresenta maior quantidade e frequência de armazenagem é a carne de frango; os
produtos armazenados têm como destino final, em média 60% para o mercado
externo e, consequentemente, para o mercado interno em 40% das vezes.
Outras empresas que prestam o mesmo tipo de serviço, situam-se em
Curitiba, Paranaguá e Apucarana, não havendo portanto concorrência na região.
Por este motivo e, também, pela localização geográfica (voltada para agricultura e
agronegócios) em franco crescimento e onde foram criadas várias cooperativas, as
possibilidades de desenvolvimento e crescimento da Espaçofrio são bastante
otimistas.
A organização planejou e desenvolveu a prática de alguns diferenciais em
atendimento, personalizando-o, de forma a ser um parceiro de seus clientes,
oferecendo soluções logísticas, já que a disponibiliza flexibilidade de horários,
conquistando uma relação de companheirismo, respeito e confiança de seus
clientes.
76
Um dos objetivos da empresa é a melhoria contínua de seus processos
operacionais e de atendimento, utilizando a inovação como aliada.
A qualidade é vista como uma obrigatoriedade pelos colaboradores e
portanto, comum e necessária ao dia-a-dia, O que é focado, então, é o diferencial de
apresentar soluções no ramo de armazenagem em resfriamento e congelamento,
atendendo atualmente a dezenove clientes fixos.
A Espaçofrio dispõe de quarenta e seis funcionários: dois no setor de
limpeza, dois na manutenção, dois para o controle de qualidade, cinco no serviço de
Inspeção Federal (SIF), seis na área administrativa e o restante dos funcionários no
setor operacional, ligados diretamente a armazenagem. A crise financeira ocorrida
em 2008 e outras ameaças que inevitavelmente acontecem são percebidas pela
organização como oportunidade, pois é justamente quando seus clientes precisam
da parceria e serviços, ou em relação a armazenar mais, ou em rapidez, eficiência e
eficácia em carga e descarga. Alguns itens que podem afetar de alguma forma o
andamento dos serviços, como greves nos setores afins; atrasos de navios;
paralizações de transportadoras e a ação de órgãos fiscalizadores, principalmente
no setor avícola.
A empresa é sólida, cumpre com todas as obrigações e não há
inadimplência.
No que diz respeito à ampliação da empresa, já existe a ciência de demanda
há mais de dois anos, o que sinaliza que se a mesma tivesse ocorrido neste período,
o espaço já estaria todo utilizado. Assim, o momento atual, aparece como o ideal
para uma ampliação. Pode ocorrer, como em outros períodos, épocas com cem por
cento da capacidade de armazenazem utilizada, e outros com apenas vinte por
cento de utilização; casos em que a administração deve entrar em ação com
77
rapidez, fazendo remanejamento de funcionários, ou compensação de horas,
oferecendo férias. Não se pratica, nestas situações, a dispensa de funcionários, não
é viável, uma vez que o custo para contratar e treinar novos colaboradores seria
maior.
O projeto tem previsão para acrescentar 1.972 posições pallets, o que
resultará em aumento de aproximadamente 23,5% da capacidade, que somadas às
câmaras existentes, ficarão com 10.353 posições paletes, e sustentarão
aproximadamente dez milhões de quilos.
O horário de atendimento da Espaçofrio, hoje, está fixado das 07h30min as
21h00min, com uma divisão das equipes de colaboradores:
- a primeira inicia às 07h30min e a outra as 09horas da manhã; assim, no
intervalo de almoço de cada equipe é trabalhado com a outra, possibilitando maior
facilidade de atendimento aos clientes;
- a equipe que entra mais cedo, tem seu intervalo das 11h às 13h e a
segunda equipe das 13h as 15h;
Outro item importante é o final de expediente estendido:
- Propicia maior e melhor atendimento aos clientes, pois a primeira equipe
que finaliza os trabalhos às 17horas, pode fazer 2 horas extras se necessário for, até
às 19 horas; e a segunda equipe que finaliza normalmente o expediente às 19
horas, pode se estender até às 21h se preciso for.
A ampliação possibilitará que se trabalhe com dois turnos, sendo à parte do
dia reservado aos carregamentos (pois precisam ser verificadas documentações
específicas); e a parte da noite destinada à descarregamentos. Com o aumento de
um turno será necessário contratar entre 14 e 15 funcionários. Além disso, com a
78
ampliação, a Espaçofrio planeja atender a mais regiões, lógico, de acordo com a
demanda, buscar novos clientes e procurar meios para abertura de novas carteiras.
Os produtos, são armazenados de acordo com as características da região
do país, estado e divisão regional, voltada ao agronegócio; porém, se o mercado
demandar uma diversificação, dentro de armazenagem por resfriamento ou
congelamento, a Espaçofrio é ciente da necessidade de adaptação e conhecimento;
por isso, procura manter-se atualizada; o gerente administrativo sinaliza que talvez
se o mercado externo demande algo diferente, ou então, cresça o consumo de
bovinos e suínos, possa surgir um panorama diferente.
A previsão do custo para a ampliação, acrescentando uma câmara fria, é de
em média, três milhões e novecentos mil reais, e período de retorno aproximado de
oito anos, quando estará totalmente concluída e quitada, inclusive com as máquinas
totalmente depreciadas. “Não se deve ter medo de investir, o mercado exige que se
enfrentem desafios”, diz o gerente administrativo da empresa Espaçofrio
Armazenagem Frigorifica.
5.3 APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO
As pesquisadoras fizeram quatro visitas com o objetivo de observar os
processos de serviços da empresa em estudo.
Houve a visita geral, para conhecimento da empresa em sua estrutura total –
de forma interna e externa; e as visitas técnicas, onde devidamente paramentadas
com os EPI”s, as pesquisadoras, executaram as observações do armazém, dos
serviços e da divisão de serviços por funcionários. Seguem em quadros as
79
informações coletadas, e as fotos da empresa e das observações, estão no
Apêndice C.
Quadro 01 - O Armazém ANTECÂMARA (fotos 10, 11, 12)
Uma unidade. Para descarregamento e carregamento das mercadorias. Temperatura varia entre 0º a 9º graus C.
CÂMARA (fotos 13, 14, 15)
Três unidades. Onde ficam armazenadas as mercadorias até que sejam solicitadas pelos clientes. Temperatura varia entre menos 21º a menos 26º C. As câmaras são divididas por ruas e Box’s.
DOCAS (fotos 2, 3, 4)
Portas de acesso dos caminhões à antecâmara, para serem carregados ou descarregados. O caminhão estaciona de ré junto à doca, de portas abertas, de forma a encaixar a abertura da porta do veículo ao tamanho da abertura da doca, esse encaixe é selado, isolando a entrada da temperatura externa para a antecâmara; de forma a preservar a temperatura do ambiente e das mercadorias a serem carregadas e/ou descarregadas.
SALA DE AQUECIMENTO
Devido à grande exposição dos funcionários ao frio, estes se dirigem à sala de aquecimento, para restabelecer a temperatura do corpo. Após esse processo, retornam a realização de suas funções.
OBSERVAÇÕES
A antecâmara posiciona-se em frente das três câmaras, em extensão perpendicular, de forma que cada acesso às câmaras é obtido apenas através dessa única antecâmara.
Quadro 02 - Os serviços CARREGAMENTO (fotos 7, 8)
Ao ser solicitada determinada mercadoria por um cliente, a mesma deve ser localizada no estoque da câmara fria; transferida para a antecâmara e então, carregada para os caminhões específicos.
DESCARREGAMENTO (foto 9)
A mercadoria é retirada dos caminhões / container’s e acondicionados na antecâmara.
PALETIZAÇÃO (fotos 11, 12)
As mercadorias são acondicionadas em raques e paletes, quando chegam avulsas. A paletização trata-se de colocação em estrados de tamanho padrão, empilhadas de forma equilibrada e envolvidas totalmente por filme stretch (plástico filme transparente próprio para esta função). Foi perceptível a proteção aos produtos, que é oferecida pela paletização e a facilidade de movimentação dos paletes pelas empilhadeiras.
ESTOCAGEM (foto 13, 14, 15,17)
A armazenagem nas câmaras é realizada tanto na horizontal quanto na vertical. As separações entre câmaras são direcionadas através do mercado do produto, sendo: mercado externo, mercado interno; União Européia, Arábia Saudita, Mercosul, Rússia, lácteos e vegetais.
80
Quadro 03 - Os serviços por funcionários:
LOGÍSTICA / TRANSPORTES DAS MERCADORIAS INTERNAS (fotos 10, 11, 12)
O carregador de armazém movimenta a paleteira até o caminhão e paletiza as mercadorias (colocar as mesmas sobre os paletes e raques); Faz a movimentação das mercadorias, acomodando-as na antecâmara; organiza-as por ordem de descarga, pois o primeiro produto a entrar, será o primeiro a sair.
CONFERÊNCIA (foto 16)
A mercadoria é conferida, para certificar se está de acordo com a nota fiscal e certificado sanitário. Verifica-se a quantidade de produtos e relata-se em um documento chamado ordem de descarregamento (OD); tais dados são lançados no sistema que gera o mapeamento das ruas/ box’s em que as mercadorias permanecerão armazenadas.
CONTROLE DE QUALIDADE (foto 16)
São verificadas as condições dos produtos como: temperatura, higiene e estado do produto.
SERVIÇO DE INSPEÇÃO FEDERAL (SIF) (foto 18)
O SIF é responsável pela qualidade da mercadoria (temperatura, limpeza), desde o descarregamento, até o momento da saída dos produtos da empresa. Verifica a qualidade da água, a limpeza do ambiente interno e externo; Verifica se os produtos estão separados corretamente; o tempo que a mercadoria pode permanecer na antecâmara antes de ser colocada na câmara; E emite o certificado sanitário da mercadoria.
SEGURANÇA FUNCIONAL E HIGIENE (foto 5, 6)
- Para entrar na antecâmara e nas câmaras frias, é necessária a utilização de EPI’s: roupa especial (devido ao frio e para garantia a higiene do local) e botas; - É obrigatório também que as botas, braços e mãos sejam higienizados, exatamente no momento de entrada da antecâmara e câmara.
5.4 ANÁLISE DE CONCORRÊNCIA E FORNECEDORES
Após recolher referencial teórico sobre a concorrência e fornecedores, foi
importante para o desenvolvimento deste trabalho, unir tais informações à realidade
da organização.
81
5.4.1 Concorrência
A empresa Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda. está estratégicamente
localizada na região oeste do estado do Paraná, região esta de economia voltada
principalmente para agronegócios e avicultura; onde estão presentes seus maiores
clientes (cooperativas agroindustriais que atuam no ramo de produção de suínos e
frangos de corte e também empresas que produzem derivados do leite). Nesta
região não existem concorrentes; os maiores concorrentes estão localizados a mais
de trezentos quilômetros (nas cidades de Apucarana, Curitiba e Paranaguá); fato
que contribui para o crescimento da empresa em estudo. A empresa está presente
neste mercado desde 2002; nestes oito anos, pode aperfeiçoar os serviços
prestados, dessa forma, mantém uma política interna de qualidade, o que contribui
para formar uma barreira para novos entrantes no ramo.
5.4.2 Fornecedores
A empresa Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda. por estar presente no
mercado já a oito anos, desenvolveu estreito relacionamento com alguns
fornecedores, onde a confiança na qualidade de seus produtos é fator importante a
ser considerado. Para a realização da ampliação da empresa, será necessária além
de toda estrutura do novo armazém, a aquisição de novos equipamentos; portanto
foi realizada cotação dentre os fornecederes pré selecionados, situados nos Estados
do Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
82
O investimento inicial necessário para a ampliação da empresa, foi definido
após análise de orçamentos, elaborados pelos fornecedores.
5.5 CÁLCULOS FINANCEIROS DE VIABILIDADE
Para possibilitar os cálculos de viabilidade de ampliação da empresa, de
acordo com referencial teórico anteriormente coletado, as pesquisadoras efetuaram
algumas visitas à empresa em estudo; onde, o gerente administrativo, pontuou item
a item, informação por informação, da vida financeira dos últimos doze meses (de
outubro de 2009 a setembro de 2010).
Desde despesas administrativas, até os custos ligados diretamente aos
serviços prestados, passando por depreciação dos equipamentos, entre outros itens;
todos os dados necessários foram reunidos para elaboração dos DRE’s
(demonstrativos de resultados dos exercícios); elaboração dos fluxos de caixa
operacionais e fluxos de caixa incrementais.
Para atender aos interesses da empresa em estudo, as informações
relacionadas a área financeira da empresa não foram transcritos no trabalho. As
informações, tabelas de valores e fluxos incrementais estão em poder das
pesquisadoras.
83
Quantidade Descrição Valor Unitário Valor Total1 Poço 20.000,00R$ 20.000,00R$ 1 Terraplanagem 500.000,00R$ 500.000,00R$ 1 Combustivel para máquinas 5.548,00R$ 5.548,00R$ 2 Empilhadeiras 119.000,00R$ 238.000,00R$ 2 Bateriais 30.000,00R$ 60.000,00R$ 1 Carregador 4.000,00R$ 4.000,00R$ 3 Transpaleteira 24.700,00R$ 74.100,00R$ 1 Armazém 3.000.000,00R$ 3.000.000,00R$
TOTAL 3.901.648,00R$
Nota: Os dados foram orçados com fornecedores.
Fonte: Dados secundários, fornecidos pela empresa Espaçofrio.
5.5.1. Investimento Inicial
São valores relacionados ao valor de saída de caixa para a realização da
ampliação. Os valores foram coletados através de entrevista com gestor
administrativo, do levantamento de dados já efetuados pela empresa.
TABELA – INVESTIMENTO INICIAL
5.5.2 Fluxos de Caixa Operacional e Incremental
O fluxo de caixa incremental é a quantidade de valor gerado pela operação,
ou seja, o resultado do investimento.
Foram coletados os dados financeiros da empresa Espaçofrio Armazenagem
Frigorífica Ltda. referente aos últimos doze meses, e através destes foram realizadas
projeções a fim de verificar os valores gerados pela ampliação.
Estima-se que o valor de faturamento aumente em 30%, uma vez que se
confirmou a utilização por parte de 92% dos clientes. O aumento das receitas
implicará também no acréscimo dos custos e despesas, entre eles, destaca-se como
relevante o valor referente ao fornecimento de energia elétrica utilizada diretamente
84
no processo de resfriamento com variação significativa de 24%; ainda, o aumento no
quadro de funcionários trará acréscimo em 33% das despesas.
Através das projeções chegou-se ao valor de incremento para o ano um, R$
571.193,87.
5.5.3 Período de Payback
Depois de reunidas as informações financeiras da empresa em estudo,
através das análises de documentos e relatórios, obteram-se os seguintes valores:
Investimento Inicial (I.I)
R$ 3.901.648,00
Fluxos Caixa Acumulados:
Fluxo de Caixa (ano 1) R$ 571.193,87 R$ 571.193,87
Fluxo de Caixa (ano 2) R$ 594.041,62 R$ 1.165.235,49
Fluxo de Caixa (ano 3) R$ 617.803,29 R$ 1.783.038,78
Fluxo de Caixa (ano 4) R$ 642.515,42 R$ 2.425.554,20
Fluxo de Caixa (ano 5) R$ 668.216,04 R$ 3.093.770,24
Fluxo de Caixa (ano 6) R$ 694.944,68 R$ 3.788.714,92
Fluxo de Caixa (ano 7) R$ 722.742,47 R$ 4.511.457,39
Fluxo de Caixa (ano 8) R$ 751.652,16 R$ 5.263.109,55
Fluxo de Caixa (ano 9) R$ 781.718,25 R$ 6.044.827,80
Fluxo de Caixa (ano 10) R$ 812.986,98 R$ 6.857.814,78
Calculados com um incremento de 4% a.a.
85
Observa-se que no ano 7, o valor acumulado ultrapassa o investimento
inicial, logo, o período de payback será menor que 7 anos, pois precisaria apenas de
R$ 112.933,08 no ano 7. A partir deste ponto, utilizou-se apenas a regra de três:
1 ano → R$ 722.742,47
x anos → R$ 112.933,08
Assim, x = 0,15626 anos (x 12 = 1,8751 meses)
0,8751 x 30 = 26,25 dias
Portanto o período de payback será de aproximadamente 6 anos, 1 mês e
27 dias.
De acordo com os autores, e confrontando com as informações do gerente
administrativo da empresa Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda, como o
período de payback máximo aceitável é de 8 anos, a ampliação é viável.
5.5.4 Cálculo do VPL
As informações de investimento inicial e fluxos de caixa previstos para os
próximos dez anos são utilizados:
R$ 3.901.648,00 CHS g Cfo
R$ 571.193,87 g CFj
R$ 594.041,62 g CFj
R$ 617.803,29 g CFj
86
R$ 642.515,42 g CFj
R$ 668.216,04 g CFj
R$ 694.944,68 g CFj
R$ 722.742,47 g CFj
R$ 751.652,16 g CFj
R$ 781.718,25 g CFj
R$ 812.986,98 g CFj
10 I
F NPV
VPL R$ 185.260,79
VPL > ZERO; demonstra projeto de ampliação viável, dando um retorno
acima do custo de oportunidade.
Cabe sinalizar que os cálculos dos fluxos foram efetuados de forma
pessimista, considerando os períodos de maior e menor movimento, bem como os
riscos envolvidos.
5.5.5 Cálculo da TIR
As informações de investimento inicial e fluxos de caixa previstos para os
próximos dez anos são novamente utilizados, acrescentando-se apenas, ao final do
cálculo do VPL, F IRR, o que resulta em uma TIR de 11,02% A.A.
87
Assim, foi obtida uma taxa superior àquela determinada; e ocorrerá um
retorno maior que o custo de oportunidade ou custo de capital, portanto a ampliação
da empresa é economicamente viável.
6 SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES
A empresa é a única na região oeste do Paraná, atuando na prestação de
serviços logísticos de armazenagem frigorífica, situada próxima às empresas de
maior utilização destes serviços, sua demanda hoje é maior do que a capacidade de
armazenagem existente, e com a confirmação positiva através dos cálculos deste
estudo, recomenda-se a ampliação.
Com relação ao processo de realização dos serviços, de acordo com
pesquisa aos clientes, sugere-se melhorias no processo de descarregamento e
carregamento, além da armazenagem (manuseio) dos produtos. Verificou-se através
das observações realizadas a importância da sala de aquecimento (parte do
processo de trabalho diário), para a qual, sugere-se ampliação e melhorias, visto que
o número de funcionários terá aumento significativo. E para que a organização
mantenha-se à frente do mercado, sugere-se o desenvolvimento de um
planejamento, com aplicação gradual e contínua de uma política de custos baixos,
para impedir novos entrantes.
88
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo teve como objetivo principal, analisar a viabilidade econômico-
financeira de ampliação da empresa Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda, a
partir de análise de mercado e da aplicação das técnicas de análise de investimento,
TIR, VPL, e Payback.
Através da análise de mercado verificou-se que o agronegócio e,
principalmente, o setor avícola são mercados fortes, com estimativas de grande
crescimento para os próximos anos. Diante disso empresas que atuam nesse
mercado têm grandes oportunidades de crescer.
A Espaçofrio frente a esse cenário observou o aumento da procura por seus
serviços, e a necessidade de ampliar seu espaço. Para isso foi necessário analisar
se esse projeto era viável ou não.
Foi estudada a situação atual da empresa e calculado o investimento
necessário para a sua ampliação. Com relação aos concorrentes, foi verificado que o
mais próximo situa-se em Apucarana, e depois, em Curitiba e Paranaguá.
Com análise do setor, observação dos processos da empresa e
levantamento dos dados financeiros (fluxo de caixa, despesas, e outros custos,
projeção dos fluxos de caixa para os próximos anos), informações dos fornecedores
para possibilitar os cálculos de viabilidade por técnicas de análise de investimento,
efetuadas; bem como a verificação da necessidade e desejos dos clientes, concluiu-
se que a ampliação da empresa Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda. é viável,
estimando um período para retorno do investimento de aproximadamente seis anos.
89
REFERÊNCIAS
AAKER, D. A. Administração estratégica de mercado. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. ALVARENGA, A. C; NOVAES, A. C. N. Logística aplicada. 3.ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2005. ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia do trabalho científico: Elaboração de trabalhos na graduação. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2005. BALLOU, R. L. Logística Empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993. BARQUETTE, S; CHAOUBAH, A. Pesquisa de marketing. São Paulo: Saraiva, 2007. BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2003. CARVALHO, P. C. Administração mercadológica. 2. ed. São Paulo: Alínea, 1999. CASAROTTO FILHO, N; KOPITTKE, B. H. Análise de investimento: matemática financeira, engenharia econômica, tomada de decisão, estratégia empresarial. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2006. CERVO, A. L; BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Pearson Pretice Hall, 2002. CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas sociais. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2003. CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégias para a redução de custos e melhorias dos serviços. São Paulo: Pioneira, 2002. CHURCHILL JR, G. A; PETER, J. P. Marketing: criando valor para o cliente. São Paulo: Saraiva, 2003. COBRA, M. Marketing básico: uma abordagem brasileira. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997. COOPER, D. R; SCHINDLER, P. S. Métodos de pesquisa em administração. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2003. DEMO, P. Introdução à metodologia da ciência. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1987.
90
_____ Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000. DIAS, et. al. Gestão de marketing: professores do departamento de mercadológica da FGV – EAESP e Convidados. São Paulo: Saraiva, 2003. FITZSIMMONS, J. A; FITZSIMMONS, M. J. Administração de serviços: operações, estratégia e tecnologia de informação. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2000. GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991. GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. São Paulo: Harbra, 2002. GRAZZIOTIN, G. A arte do varejo: o pulo do gato está na compra. 4. ed. São Paulo: Senac, 2004. GROPPELLI, A. A; NIKBAKHT, E. Administração financeira. 2. ed. São Paulo: Saraiva. 1999. GROPPELLI, A. A; NIKBAKHT, E. Administração financeira. 3. ed. São Paulo: Saraiva. 2002. HOOLEY, G. J; SAUNDERS J. Posicionamento competitivo. São Paulo: Makron Books. 1996. KOTLER, P. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998. KOTLER, P. Administração de marketing: a edição do novo milênio. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000. KOTLER, P. Marketing de A a Z: 80 conceitos que todo o profissional precisa saber. Rio de Janeiro: Campus, 2003. KOTLER, P; Armstrong G. Princípios de marketing. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1995. KOTLER, P; Armstrong G. Princípios de marketing. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003. KWASNICKA, E. L. Introdução à administração. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1995. LACOMBE, F; HEILBORN, G. Administração, princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2003. LAKATOS, E. M; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2001. _____. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
91
_____. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006. ______. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisa, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006. LEMES JR, A. B; RIGO, C. M; CHEROBIM, A. P. M. S. Administração financeira: princípios, fundamentos e práticas brasileiras. Rio de Janeiro: Campus, 2002. LEVY, M; WEITZ, B. A. Administração de varejo. São Paulo: Atlas, 2000. MACHADO, J. R. Administração de finanças empresariais. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002. MARTINS, D. Paraná mantém ritmo forte de exportação de frango de corte no primeiro trimestre. Disponível em <http://www.portaldoagronegocio.com.br/ conteudo.php?id=38394> Acessado em 20 ABR 2010. MARTINZ, G. A; LINTZ, A. Guia para elaboração de monografias e trabalhos de conclusão de curso. São Paulo: Atlas, 2000. MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração, da escola científica à competitividade na economia globalizada. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. MEGGINSON, L. C; MOSLEY, D. C; PIETRI JR, P. H. Administração, conceitos e aplicações. 4. ed. São Paulo: Harbra, 1998. MIRANDA, R. V. Manual de decisão financeira e análise de negócio. Record: Rio de Janeiro, 1999. MOURA, C. Gestão de estoques: ação e monitoramento na cadeia de logística integrada. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2004. NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: Estratégia operação e avaliação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001. OLIVEIRA, S, L. Tratado de metodologia científica: Projetos de pesquisas, TGI, TCC, monografias, dissertações e teses. 2. ed. São Paulo: Thomson, 2001. _____. Tratado de metodologia científica: Projetos de pesquisas, TGI, TCC, monografias, dissertações e teses. 2. ed. reimp. São Paulo: Thomson, 2002. SILVA, O. N. De Umuarama e do Paraná para o mundo. Disponível em <http://jornal.aquisolucoes.com.br/10102010/#start> Acessado em 19 AGO 2010 ROCHA, P. C. A. Logística & aduana. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2003. ROSA, C. A. Como elaborar um plano de negócio. SEBRAE. Brasília, p.44, 45, 54. Brasília: 2007.
92
ROSS, S. A; WESTERFIELD, R. W; JAFFE, J. F. Administração financeira. São Paulo: Atlas, 1995. ROSS S. A; WESTERFIELD R. W; JAFFE, J. F. Administração financeira. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. ROSS, S. A; WESTERFIELD, R. W; JORDAN, B. D. Princípios da administração financeira. São Paulo: Atlas, 1997. RUIZ, J. A. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002. SANVICENTE, A. Z. Administração financeira. 3. ed. São Paulo, Atlas, 1987. SANDHUSEN, R. L. Marketing básico. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. SANTOS, A. R. Metodologia científica: a construção do conhecimento. 5. ed. rev. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. SANTOS, E. O. Administração financeira da pesquisa e média empresa. São Paulo: Atlas, 2001. SANTOS, W. Investimentos no Brasil: Cenário Econômico Brasileiro. Disponível em < http://www.agoravale.com.br/agoravale/noticias. asp?id=25705 &cod=1> Acessado em 11 AGO 2010 SEVERINO, A. J., Metodologia do trabalho científico. 20 ed. São Paulo: Cortez, 1996. _____. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2002. SHETH, J. N; MITTAL, B; NEWMAN, B. I. Comportamento do cliente: indo além do comportamento do consumidor. São Paulo: Atlas, 2003. SPILLER, et. al. Gestão de serviços e marketing interno. Rio de Janeiro, FGV, 2004. VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2000. TURRA, F. Paraná exporta mais frango aos Árabes. Disponível em <http://www. agrafnp.com.br/noticia/506> Acessado em 11 AGO 2010. WELSCH, G. A. Orçamento empresarial. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1983.
93
APÊNDICE A – MODELO DE QUESTIONÀRIO APRESENTADO AOS CLIENTES
ATUAIS DA ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO, VISITADOS.
Este questionário faz parte do trabalho de conclusão de curso das
acadêmicas Claudineia Aparecida Perin, Deisi Evelin Prestes Bach Seibert, Nathaly
Mayara Eberhardt Costa, Rosely Solange Mota Chrispim, do curso de Administração
da Faculdade Assis Gurgacz.
Contamos com a sua participação, não há necessidade de sua identificação.
Professora orientadora: Luciana Maria Santos Ferraz.
1. Qual o ramo de atividade de sua organização? ( ) Avicultura; ( ) Piscicultura; ( ) Produtos Vegetais; ( ) Pecuária; ( ) Derivados de leite. ( ) Outros 2. Há quanto tempo utiliza os serviços da “ESPAÇOFRIO ARMAZENAGEM FRIGORÍFICA LTDA.”: ( ) 1 a 2 anos; ( ) 5 a 6 anos; ( ) 3 a 4 anos; ( ) 7 a 8 anos. 3. Com que freqüência utiliza os serviços de armazenagem? ( ) Semanalmente; ( ) Mensalmente; ( ) Quinzenalmente; ( ) Período maior 4. Quantas toneladas, em média, você armazena por mês? ( ) Até 27 toneladas; ( ) De 54 a 81 toneladas; ( ) De 27 até 54 toneladas; ( ) Acima de 81 toneladas. 5. O que faz com que sua organização armazene seus produtos na empresa “ESPAÇOFRIO ARMAZENAGEM FRIGORÍFICA LTDA.”: ( ) Localização estratégica; ( ) O processo de armazenagem; ( ) O atendimento; ( ) Todas as alternativas; ( ) Outro. 6. Sua organização atende a clientes pertencentes a: ( ) Parte do Paraná; ( ) Várias regiões do país; ( ) Todo o Paraná; ( ) Brasil e Exterior. 7. Quanto à armazenagem, esta empresa: ( ) Tem armazenagem própria e terceirizada; ( ) Armazenagem apenas terceirizada;
94
8. Qual a projeção de armazenagem para os próximos 6 (seis) meses? ( ) De 10% a 20% ( ) 41% a 60% ( ) 21% a 40% ( ) acima de 60% 9. Em caso de armazenagem própria e terceirizada: ( ) A maior parte da estocagem é própria; ( ) As armazenagens são equilibradas; ( ) A maior parte da estocagem é terceirizada; 10. Qual a perspectiva anual do crescimento de produção da empresa? ( ) De 10% a 20% ( ) 41% a 60% ( ) 21% a 40% ( ) acima de 60% 11. Em relação à armazenagem própria, pretende: ( ) Manter a armazenagem; ( ) Aumentar a armazenagem; ( ) Diminuir a armazenagem; ( ) Eliminar a armazenagem. 12. Em relação à armazenagem terceirizada, pretende: ( ) Manter a armazenagem; ( ) Aumentar a armazenagem; ( ) Diminuir a armazenagem; ( ) Eliminar a armazenagem. 13. Com relação ao atendimento recebido na empresa “ESPAÇOFRIO ARMAZENAGEM FRIGORÍFICA LTDA.”. ( ) Está totalmente satisfeito; ( ) Não está satisfeito; ( ) Está parcialmente satisfeito. 14. O processo de armazenagem atualmente oferecido pela empresa “ESPAÇOFRIO ARMAZENAGEM FRIGORÍFICA LTDA.”, pode ser classificado como: ( ) Regular; ( ) Bom; ( ) Ótima; ( ) Excelente. 15. Quanto às melhorias, necessário analisar sobre: ( ) Descarregamento - Carregamento; ( ) Atendimento dos funcionário; ( ) Processo de armazenagem; ( ) Modo de fiscalização sanitária; ( ) Espaço para armazenagem. 16. Em caso de ampliação do espaço para armazenagem, oferecido, sua organização: ( ) Nunca precisará utilizar; ( ) Às vezes precisará utilizar; ( ) Frequentemente precisará utilizar; ( ) Sempre precisará utilizar.
Obrigado por responder este questionário.
95
APÊNDICE B - MODELO DE ENTREVISTA APRESENTADO AO GERENTE
ADMINISTRATIVO DA EMPRESA ESPAÇOFRIO ARMAZENAGEM FRIGORÍFICA.
Para elaboração do projeto supervisionado – “Viabilidade econômico-
financeira de ampliação da empresa Espaçofrio Armazenagem Frigorífica Ltda, na
cidade de Cascavel – PR”, apresentado como requisito parcial, para obtenção do
título de Bacharel em Administração da Faculdade Assis Gurgacz.
O grupo de acadêmicas responsáveis pelo projeto agradece sua atenção em
responder esse questionário. Claudineia Aparecida Perin; Deisi Evelin Prestes Bach
Seibert; Nathaly Mayara Eberhardt Costa, e Rosely Solange Mota Chrispim.
Professora orientadora: Luciana Maria Santos Ferraz.
1. Como surgiu a idéia de criação da Espaçofrio ? Em que ano foi fundada?
2. Qual o espaço físico da empresa Espaçofrio armazenagem frigorífica? E a
capacidade de armazenagem?
3. Qual o número de colaboradores da empresa, atualmente?
4. Qual o diferencial da empresa Espaçofrio ?
5. Quais os produtos de maior estocagem, na empresa?
6. Qual é o destino dos produtos armazenados na Espaçofrio ?
7. A Espaçofrio conhece sua concorrência? Como a avalia?
8. Acredita serem necessárias melhorias em algum setor da empresa?
9. Que motivo os levou às ampliações anteriores, na empresa?
9. A crise financeira influenciou na demanda da Empresa?
10. Quantos clientes utilizam com freqüência o serviço da Espaçofrio ?
96
11. Como é possível analisar a rotatividade de armazenagem existente na
empresa?
12. Com o crescimento da produção, há possibilidade dos clientes optarem
por armazenagem própria. Como pretende administrar isso?
13. Existe demanda atual que justifique a necessidade de ampliação da
empresa? Ou há outros motivos?
14. Qual a perspectiva, em valores percentuais, de aumento da capacidade
de estocagem da empresa?
15. Com a ampliação a empresa não corre o risco de ficar com um espaço
ocioso?
16. Qual será a capacidade de armazenagem após a ampliação?
17. Qual é o horário de atendimento da empresa? Sofrera alterações?
18. Pretende aumentar o numero de funcionários?
19. Com a ampliação da Espaçofrio, pretende atender a mais regiões?
20. Pretende diversificar os ramos de armazenagem?
21. Quais as perspectivas em relação à ampliação?
22. Em media, qual será o custo para a ampliação?
23. O investimento realizado será através de capital próprio ou
financiamento?
24. Em quanto tempo você acredita que a empresa terá o retorno do capital
investido?
Obrigado por participar desta entrevista.