factores e processos de aprendizagem apf

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Powerpoint Factores e Processos de Aprendizagem

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Page 1: Factores E Processos De Aprendizagem Apf

Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores em Educação SexualCurso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores em Educação SexualCurso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores em Educação SexualCurso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores em Educação Sexual

Módulo 6.3 Módulo 6.3 Módulo 6.3 Módulo 6.3 –––– Factores e Processos de AprendizagemFactores e Processos de AprendizagemFactores e Processos de AprendizagemFactores e Processos de Aprendizagem

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Formadora: Marta Rocha Pereira Página 2

Finalidade

Desenvolver competências do formador enquanto facilitador da aprendizagem.

Objectivo Geral

Ser capaz de assegurar o sucesso da Aprendizagem (individual e do grupo), criando situações motivadoras e aplicando técnicas pedagógicas diversificadas, capazes de desencadear diferentes processos de Aprendizagem.

Objectivos Específicos (Indicadores da Aprendizagem)

o Definir aprendizagem o Identificar os diferentes processos de aprendizagem o Relacionar processos de aprendizagem com domínios do saber o Identificar condições e factores facilitadores ou inibidores da

aprendizagem o Caracterizar as principais teorias da aprendizagem o Definir o papel do formador face aos processos de aprendizagem o Identificar que factores de motivação poderão ser desencadeados pelo

formador

Estrutura do Módulo

1- Conceitos e características da aprendizagem

2- Teorias, modelos e mecanismos de aprendizagem 3- Processos, etapas e factores/mecanismos psicológicos da

aprendizagem 4- Bibliografia

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Formadora: Marta Rocha Pereira Página 3

1- Conceito e características da aprendizagem

APRENDIZAGEM – UM DESAFIO DO NOSSO TEMPO

O desafio enfrentado pelos responsáveis pela formação (nos

estabelecimentos de formação e ensino e nos departamentos de formação

das empresas) consiste em transformar as suas funções de formadores, no

sentido restrito do termo, em funções de animadores da aprendizagem.

Com o devido apoio dos responsáveis políticos e dos gestores das

empresas, podem tornar-se os agentes da mudança que tornarão possível a

concretização da nova Comunidade Europeia Autoqualificante.

Sendo a aprendizagem assim tão importante, determinando

mesmo o desempenho económico de um país, talvez devêssemos

começar o seu estudo colocando-nos uma simples questão: o que é

aprender?

A leitura do texto a seguir poderá ajudar na resposta.

O QUE É APRENDER ?

O estudo contínuo dos macacos da ilha de Kyushu permitiu detectar alguns exemplos. Um grupo que vivia na orla da floresta tinha o costume de se alimentar de tubérculos que limpavam com a mão, depois de os terem desenterrado; houve um jovem que se aproximou da costa e deixou cair um tubérculo ao mar, donde o retirou, descobrindo assim que a água do mar não só economizava a limpeza manual como trazia ainda a vantagem de temperar o fruto. Adquiriu o hábito de mergulhar no mar os seus tubérculos, foi imitado por outros jovens, mas não pelos velhos; no entanto, o hábito espalhou-se no decurso da geração seguinte. A partir dessa altura,

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Formadora: Marta Rocha Pereira Página 4

os macacos alargaram o seu espaço social, nele incluindo a beira-mar, de que resultou a integração de pequenos crustáceos e mariscos na alimentação do grupo. O embrião de <<cultura>> desta sociedade, isto é, as práticas e conhecimentos de carácter não inato, encontrou-se enriquecido. O processo de inovação partiu de um jovem e difundiu-se rapidamente no grupo marginal dos jovens. Com a ascensão dos jovens à classe dos adultos, a inovação integrada passou a ser costume, acarretando em seguida uma cascata de pequenas inovações que também se tornaram costumes.

In O PARADIGMA PERDIDO, EDGAR MORIN

A leitura do texto anterior poderá levar-nos às seguintes

questões?

• Será que houve aprendizagem por parte da população de macacos?

• Como se verificou a alteração do comportamento dos macacos?

• Que implicações teve a alteração de comportamento para os hábitos

de vida da comunidade?

Estas considerações poderão conduzir-nos à tentativa de definição

de aprendizagem. Faça seguinte actividade seguindo as instruções

dadas:

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Formadora: Marta Rocha Pereira Página 5

Escolha quais serão, para si, as 10 actividades mais importantes

APRENDER É …

I G

1. EXPERIMENTAR

2. PERCEPCIONAR

3. REFLECTIR SOBRE A EXPERIÊNCIA

4. MEMORIZAR SABERES

5. MUDAR O COMPORTAMENTO

6. ADQUIRIR CONHECIMENTOS

7. DESENVOLVER CAPACIDADES

8. AMADURECER IDEIAS E SENTIMENTOS

9. MELHORAR DESEMPENHOS

10. DESCOBRIR RELAÇÕES

11. TREINAR HABILIDADES/CAPACIDADES

12. CORRIGIR ATITUDES INADEQUADAS

13. ANALISAR SITUAÇÕES

14. PROBLEMATIZAR SITUAÇÕES

15. ASSOCIAR-DISSOCIAR (Causa-Efeito/semelhanças-dissemelhanças)

16. IDENTIFICAR/RECONHECER/DISTINGUIR

17. SINTETIZAR

18. APLICAR CONHECIMENTOS

19. REPRODUZIR MODELOS

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Formadora: Marta Rocha Pereira Página 6

Agora, compare as suas respostas com a interpretação que faz

do texto que se segue.

A APRENDIZAGEM E O INDIVÍDUO

O acto de aprender é uma constante na História do Homem. Este

ensinou, aprendeu e descobriu. O conceito que traduz este processo

de aprendizagem tem sofrido alterações sucessivas ao longo dos

tempos.

Numa primeira definição, podemos dizer que a aprendizagem é a aquisição de novos comportamentos ou a mudança de comportamento pré-existentes, permitindo assim responder às solicitações e modificações técnicas, científicas e tecnológicas.

Ou seja,

APRENDER É UMA COMPETÊNCIA ADQUIRIDA

UMA CAPACIDADE CONSTRUÍDA

APRENDEMOS A APRENDER

Trata-se de uma definição elaborada no contexto de uma abordagem

sistémica da formação profissional, centrada no elemento formando como

base e condicionante nas relações técnicas e pedagógicas resultantes do

contexto formativo. É a confirmação da fórmula de KURT LEWIN, segundo a

qual o comportamento resulta sempre da personalidade e do meio em que o

indivíduo está inserido. Ou seja, há sempre a possibilidade de se exercer

alguma influência no comportamento individual através do meio,

manipulando o contexto, ou seja, aquilo que chamamos de estratégia de

intervenção.

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Formadora: Marta Rocha Pereira

Tal estratégia poder-se-

Da constatação de que o meio e a personalidade do indivíduo

interagem no seu comportamento, podemos chegar à conclusão de que

nem todas as pessoas aprendem da mesma maneira. Cada um de nós tem

uma forma específica de o fazer, que de

Ritmo

Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores em Educação Sexual

: Marta Rocha Pereira

-á tornar mais visível no seguinte esquema:

APRENDIZAGEM

Da constatação de que o meio e a personalidade do indivíduo

interagem no seu comportamento, podemos chegar à conclusão de que

nem todas as pessoas aprendem da mesma maneira. Cada um de nós tem

uma forma específica de o fazer, que depende de factores tais como:

Comportamentos

Indivíduo

Personalidade

Meio

Meio

Memória

PersonalidadeGrupo

Ritmo

Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores em Educação Sexual

Página 7

ema:

Da constatação de que o meio e a personalidade do indivíduo

interagem no seu comportamento, podemos chegar à conclusão de que

nem todas as pessoas aprendem da mesma maneira. Cada um de nós tem

pende de factores tais como:

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Formadora: Marta Rocha Pereira Página 8

Na verdade, os indivíduos têm diferentes maneiras de perceber e de

processar a informação, o que implica diferenças nos seus processos de

aprendizagem. Das interacções entre os dados genéticos do indivíduo e as

exigências do meio resultam diferentes formas de seleccionar e processar a

informação recolhida.

Neste contexto, o papel do formador enquanto agente da mudança

depende do real conhecimento destes factos, de forma a poder conseguir

uma intervenção mais eficaz. Perante um grupo diversificado, o formador

tem de atender às diferenças individuais e, em função delas, estabelecer

uma estratégia que permita a sua atenuação.

Em forma de sumário, relembramos que:

1. O comportamento do indivíduo é sempre influenciado pelo meio onde se

insere;

2. O saber de cada indivíduo é sempre condicionado pela percepção global

que este tem da situação com que se depara;

3. A aprendizagem implica a alteração observável do comportamento.

Podemos concluir que a melhor forma de atingir a aprendizagem é

conhecer a realidade dos formandos, o seu meio de origem, as suas

aspirações e das organizações de que fazem parte. Só esse conhecimento

poderá levar-nos a ultrapassar as primeiras barreiras da formação

profissional.

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Formadora: Marta Rocha Pereira Página 9

2 – Teorias, modelos e mecanismos de aprendizagem

Muitas são as teorias sobre a forma como se processa a aprendizagem no

indivíduo. Estas teorias têm vindo a evoluir ao longo da história e tendem a

considerar a aprendizagem como fruto de uma multiplicidade de factores.

De entre as várias teorias da aprendizagem existentes, vamos destacar

quatro processos principais:

o A aprendizagem por condicionamento ou aquisição de

automatismos;

o A aprendizagem por intuição ou descoberta;

o A aprendizagem por estruturação ou elaboração da

informação;

o A aprendizagem por modelagem ou reprodução de modelos.

Os processos de aprendizagem anteriormente apresentados dependem

dos objectivos de aprendizagem visados, bem como dos domínios de

comportamento envolvidos, como se poderá observar no quadro

sintetizador que apresentamos de seguida.

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Formadora: Marta Rocha Pereira Página 10

APRENDIZAGEM

APRENDEMOS PROCESSO OBJECTIVOS DOMÍNIOS

Fazendo/experimentando

Com o erro

Repetindo/treinando

Memorizando

Condicionamento ou aquisição de automatismos

Desenvolvimento da memória reprodutiva

Aquisição de automatismo

Gesto profissional

Performance

Habilidade psico-motora

Psico-Motor

(saber fazer)

Com o grupo

Com a situação

Com o problema

Descobrindo

Transferindo

Intuição ou

Descoberta

Desenvolvimento da...

intuição;

criatividade;

capacidade de resolução de problemas

tomada de decisão;

autonomia;

capacidade de trabalhar em grupo.

Cognitivo

Afectivo

(saber estar, saber ser)

Associando/dissociando

Estruturando

Analisando

Reestruturando

Contextualizando

Transferindo

Aprendendo a aprender

Estruturação ou elaboração da informação

Desenvolvimento de:

memória organizativa;

pensamento lógico;

capacidade de organização, estruturação, análise e síntese.

Autoformação

Cognitivo

(saber saber)

Memorizando

Imitando

Reproduzindo modelos

Modelagem ou reprodução de

modelos

Desenvolvimento da capacidade de:

observação;

reprodução rápida;

memória afectiva ou reprodutora.

Afectivo

Psico-Motor

(saber estar, saber fazer)

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Formadora: Marta Rocha Pereira Página 11

Caberá, então, ao formador reconhecer qual dos processos de

aprendizagem mais adequados a cada uma das aprendizagens desejadas,

por forma a planificar a formação de forma eficaz.

ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM

Perante um grupo de formação, o formador poderá adoptar uma das

duas estratégias mais comuns:

o Postura formal, em que os conhecimentos que transmite sejam

altamente especializados e confirmados;

o Fazer parte do grupo e, no contexto de uma liderança democrática,

conseguir que o grupo interaja, obtendo desta forma um elevado

grau de auto-estima por parte dos participantes e uma maior coesão

do grupo.

Entramos, desta forma, na diferenciação entre tipos de aprendizagem:

o Por recepção

Neste caso, o formando é sujeito passivo da formação limitando-se a

receber as informações que o formador transmite. É o modelo tradicional de

ensino em que a comunicação unidireccional obedece ao modelo do método

expositivo que desenvolveremos em futuros módulos.

O formador é o elemento estruturador, que selecciona, desenvolve e

aplica os conhecimentos que julga mais importantes para o grupo que

assiste. A actividade dos formandos é puramente intelectual e,

consequentemente, o seu grau de satisfação é tendencialmente diminuto.

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Formadora: Marta Rocha Pereira Página 12

o Por acção

Nesta forma de aprendizagem o papel do formando é fundamental. É ele

que, através da sua experiência e na troca de opiniões com os restantes

elementos do grupo, descobre os conceitos, constrói e reconstrói os

raciocínios e retira as conclusões que considera mais pertinentes. Neste

caso, o formador deverá dominar os procedimentos inerentes ao método

activo e funcionar como um animador e moderador do grupo. Se levarmos

em consideração o facto de todos os indivíduos terem ritmos de

aprendizagem diferentes e que mesmo o próprio indivíduo poderá ter

oscilações de ritmo ao longo do processo formativo, concluímos que o grau

de dificuldade para o formador é bastante mais elevado apesar de uma

maior possibilidade de satisfação para os formandos.

Somos levados a concluir que, relativamente aos modos de

aprendizagem, o ideal será fazer uma ligação entre a recepção e a acção.

Assim, o formador obterá melhores resultados se:

o Fizer um estudo prévio do grupo.

o Enunciar um conjunto de definições e conceitos que permitem nivelar

o grupo.

o Dar a possibilidade ao grupo de se debruçar sobre os conceitos

transmitidos e descobrir as suas articulações internas.

o Sintetizar as “descobertas” do grupo para que estes ganhem a

consistência de um “corpo teórico” estruturado.

o Permitir que as suas descobertas sejam aplicadas, transferidas para

outras situações.

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Formadora: Marta Rocha Pereira Página 13

A articulação entre os modos de aprendizagem tem como vantagens

principais:

o Criar uma forte coesão no grupo, satisfazendo as necessidades de

reconhecimento, pertença e auto-estima dos formandos;

o Ultrapassar as barreiras da descodificação e da compreensão uma

vez que a linguagem e o raciocínio são organizados e geridos pelo

grupo;

o Atingir maior eficácia na medida em que os conhecimentos são

legitimados pelos próprios formandos;

o Constituir o caminho mais curto e rápido para a memória permanente

e para ligar o ensino à aprendizagem.

3 – Processos, etapas e factores/mecanismos psicológicos da aprendizagem

APRENDIZAGEM COMO PROCESSO

A aprendizagem é um processo com um conjunto de variáveis cuja

presença determina a sua existência:

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Formadora: Marta Rocha Pereira Página 14

A aprendizagem é um processo

o GLOBAL

É um processo global pois a sua eficácia implica uma interacção real

entre os diferentes tipos de saber. Para que haja aprendizagem, é

necessário que o formando seja capaz de usar os seus conhecimentos,

capacidades e valores e, no contexto de formação, vivenciar um conjunto

de experiências passíveis de serem transformadas em novos valores e

maiores capacidades. De outra forma, quando algum destes elementos

estiver ausente, estamos perante um fenómeno de mimetismo que, por si

só, nega a própria essência de aprendizagem.

o DINÂMICO

É um processo dinâmico, porque a mudança de comportamentos é

operacional e observável. Só existe aprendizagem quando os participantes

actuam e interagem. Esta actividade deverá sempre abarcar um conjunto

de domínios diversos que vão da actividade física até à actividade social. Do

somatório destas actividades é possível obter a adesão dos participantes

aos objectivos e às metas da formação em que estão envolvidos.

Global

Dinâmico

Contínuo

Pessoal

Gradativo

Cumulativo

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Formadora: Marta Rocha Pereira Página 15

o CONTÍNUO

É contínuo, porque esta é uma das características do ser humano e da

construção da sua personalidade. Desta forma, a transmissão dos

conhecimentos e a sua consequente apreensão implica a satisfação de

necessidades do indivíduo.

Estas necessidades são, como já vimos, necessidades físicas, biológicas,

psicológicas ou sociais. A sua satisfação implica sempre um processo

evolutivo, isto é, a satisfação de uma necessidade implica sempre a criação

de outras que lhe são subjacentes.

A formação profissional, sendo um processo de satisfação de

necessidades, é contínua.

o PESSOAL

Implica sempre a adesão voluntária dos participantes. Só quando o

formador tem consciência da individualidade de cada um dos formandos,

das suas diferenças e das suas necessidades poderá mobilizar o conjunto

das diversas capacidades do grupo para uma real actividade e partilha.

Como já tivemos oportunidade de verificar, o conceito individual de

aprendizagem não põe em causa a relação formador/formando nem a

relação formando/grupo. Pelo contrário, o estudo prévio dos elementos do

grupo implica a rentabilização dos conhecimentos e mesmo do tempo

disponível.

o GRADATIVO

Deverá ser um processo conducente à complexidade de saberes,

habilidades e comportamentos. De qualquer forma, este percurso deverá

ser gradual para não se correr o risco de desmotivar os participantes e

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Formadora: Marta Rocha Pereira Página 16

provocar a sua desistência.

Os temas a abordar deverão ser inicialmente simples e ir aumentando

gradualmente de dificuldade. No mesmo sentido, o apoio prestado aos

grupos deverá ser maior no início da formação, decrescendo de intensidade

ao longo do tempo, com vista à sua autonomização gradual.

o CUMULATIVO

É cumulativa porque os saberes e as actividades se associam no sentido

de aquisição de novos comportamentos. Segundo um exemplo já conhecido,

o aparelho conceptual dos indivíduos assemelha-se a um puzzle em que

cada elemento novo deveria encaixar nos precedentes, criando novas

possibilidades de combinação.

Como facilitar a aprendizagem?

Abordaremos algumas variáveis cuja utilização prática por parte do

formador poderá facilitar a aprendizagem. Convém não confundir facilitação

da aprendizagem com facilitismo. A facilitação da aprendizagem implica a

definição rigorosa de objectivos e a sua avaliação. Já o frequentemente

confundido facilitismo implica um certo fechar de olhos do formador aos

objectivos inicialmente traçados.

Assim, desvanecidos os habituais equívocos, vejamos como deverá o

formador agir para promover (facilitar) as aprendizagens dos formandos:

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Formadora: Marta Rocha Pereira Página 17

Facilitadores da aprendizagem

A aplicação destes factores (entre outros) implica a maior facilidade na

descodificação das mensagens, na percepção da sua utilidade e, mesmo, na

relação interpessoal que o formador deverá manter com os grupos.

Vejamos em pormenor cada um dos factores identificados:

o MOTIVAÇÃO

Não nos iremos centrar neste momento nos factores individuais de

motivação inerentes aos gostos, necessidades e aspirações de cada um dos

elementos do grupo. Interessam-nos, antes, os factores de motivação

comuns a todos os indivíduos, pois são estes que permitem a estreita

ligação entre formador e grupo.

Motivação

Actividade

Conhecimento dos Objectivos

Conhecimento dos Resultados

Reforço

Domínio dos pré-requisitos

Estruturação

Progressividade

Redundância

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Formadora: Marta Rocha Pereira Página 18

Considerando que a motivação implica uma relação entre estímulos

desencadeadores e comportamentos, visando a satisfação de necessidades,

podemos concluir que o formador poderá sempre motivar um grupo no

sentido de o fazer agir para alcançar resultados.

O formador deverá, em primeiro lugar, tentar canalizar a relação entre o

grupo e o tema para concluir se a motivação intrínseca (inerente ao próprio

tema) é suficiente para fazer “mover” o grupo de formandos. Quando esta

motivação está presente, o trabalho do formador é bastante facilitado.

Se o tema não for, por si só, suficientemente motivador o formador

poderá recorrer à motivação extrínseca (fora do próprio tema). Para tal, e

deixando de fora os factores individuais, poderá recorrer às seguintes

variáveis: curiosidade, sucesso pessoal, desenvolvimento, realização,

competição, presença no grupo, utilidade, percepção das finalidades e

acessibilidade.

Sabendo que estes factores são comuns a todos os indivíduos em termos

de motivação, o formador poderá mais facilmente relacionar-se com o

grupo e fazer passar a sua mensagem. Repare-se que a maioria destes

factores vai ao encontro das características da aprendizagem enquanto

processo.

Para além destas possibilidades o formador poderá contar com um grupo

motivado sempre que a formação conte com: voluntariado, objectivos

definidos, métodos pedagógicos participativos, animadores competentes,

temáticas pertinentes, auto-avaliação, articulação, formação/carreira e boa

organização.

Page 19: Factores E Processos De Aprendizagem Apf

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Formadora: Marta Rocha Pereira Página 19

Os elementos atrás referidos podem não estar todos presentes, no entanto,

o seu levantamento e análise permitem ao formador atenuar eventuais

elementos desmotivadores.

o ACTIVIDADE

Na abordagem feita às formas de aprendizagem, concluímos que a

interligação entre a recepção e a acção seria a forma mais eficaz de

compreensão, adesão e utilização de novos conhecimentos. Somos, agora,

obrigados a concluir que a actividade por parte dos formandos seja explorar

uma situação, recolher informações, efectuar exercícios ou estruturar

conhecimentos, aplicando-os em novas situações, é sempre uma das

variáveis fundamentais no sucesso da formação. O formador tem que estar

preparado, para além de ser um detentor de conhecimentos e competências

já exploradas no primeiro módulo.

o CONHECIMENTO DOS OBJECTIVOS

Este factor é bastante mais importante nos grupos de adultos do que nos

grupos de jovens. Na realidade, enquanto os jovens, pelo facto de serem

mais impulsivos e de não terem tantos planos traçados a longo prazo, estão

mais disponíveis para irem descobrindo os conhecimentos de forma mais ou

menos aleatória, os adultos sentem necessidade de saber, com precisão e

Clareza, quais os objectivos que o formador se propõe atingir. Neste

sentido, é aconselhável a tradução dos objectivos gerais em objectivos

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operacionais em comportamentos esperados. Ao comunicarmos os

objectivos, estamos simultaneamente a revelar eventuais formas de

avaliação e controlo e consequentemente a...

� Tornar o formando mais consciente do que lhe vai ser exigido;

� Marcar pontos de referência para que ele possa calcular, avaliar e

ajustar os seus progressos;

� Distinguir os elementos essenciais dos acessórios;

� Dar a possibilidade de homogeneização dos grupos através do

doseamento dos esforços.

Em conclusão, ao definirmos e comunicarmos os objectivos da formação

estamos a aumentar as possibilidades de sucesso dos formandos.

o CONHECIMENTO DOS RESULTADOS

Por vezes, os formandos têm dificuldades em medir a sua progressão. Na

maioria destes casos não estamos perante uma menor capacidade de auto-

análise, mas sim numa situação de angústia em que o formando questiona

a validade da sua análise face à opinião do formador. Sempre que tal

acontece, o formador deverá informar de forma rigorosa os

resultados/objectivos que os seus formandos deverão atingir. Desta forma,

permitimos a compreensão por parte dos formandos, não só do que eles

aprenderam, em termos quantitativos, mas também do modo como o

fizeram (área comportamental).

Esta atitude do formador funciona, inclusivamente, como reforço das

respostas adequadas, aumentando o seu número.

Page 21: Factores E Processos De Aprendizagem Apf

Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores em Educação Sexual

Formadora: Marta Rocha Pereira Página 21

o REFORÇO

Consideramos reforço as atitudes de aprovação, reprovação ou indiferença

que o formador adopta face aos comportamentos dos seus formandos e que

tem como objectivo a continuidade ou abandono de comportamentos destes

últimos. Vamos abordar esta variável no contexto de formação e da relação

Formador/Formando. Neste sentido, consideraremos três tipos de reforço

bem como as suas influências no comportamento dos formandos: positivo,

negativo e ausente.

✍ Em termos práticos, e com grupos de adultos, o reforço positivo é o

único que aumenta a coesão interna do grupo por identificação. De

qualquer forma, este tem que ser gerido de maneira a não provocar

rivalidades ou descontentamentos internos.

✍ O reforço negativo, pelo seu carácter de punição, implica sempre uma

reacção afectiva negativa por parte dos formandos. Esta reacção, por ser

duradoura, pode provocar instabilidade no seio do grupo. Assim, o

reforço negativo deverá, sempre que possível, ser dado de forma

positiva. Isto é, realçando, por muito ténues que sejam, os pontos

positivos do formando.

A ausência de reforço, por seu lado, é a forma menos aconselhável, do

ponto de vista do formador, de reagir aos comportamentos dos formandos,

na medida em que o sentimento provocado pelo “abandono” é sempre

negativo e pode levar a comportamentos desviantes por parte dos

formandos. Este tipo (quando o formador dá todos os sinais de ter

Page 22: Factores E Processos De Aprendizagem Apf

Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores em Educação Sexual

Formadora: Marta Rocha Pereira Página 22

percebido a mensagem mas não reage) é bastante mais forte do que a

ausência de reforço provocada pela não recepção da mensagem.

o DOMÍNIO DOS PRÉ-REQUISITOS

Os pré-requisitos são as capacidades ou os conhecimentos prévios

indispensáveis aos exercícios e actividades supostas para uma dada

aprendizagem. É lógico, portanto, que para que haja eficácia na formação

profissional o formador deverá verificar se os seus formandos dominam os

pré-requisitos necessários para a continuidade da aprendizagem.

o ESTRUTURAÇÃO

Estruturar um tema de formação implica ordenar sequencialmente o

tema a abordar, quer relativamente ao programa, quer relativamente à sua

coerência interna e, ainda, à ligação posterior que a aprendizagem terá com

a vivência profissional dos formandos.

A estruturação engloba três fases: antes, durante e depois.

Antes: cabe ao formador relacionar o tema com os pré-requisitos; explicitar

as metas e finalidades das aprendizagens e partir do conhecimento global.

Durante: o formador deverá organizar o tema em categorias lógicas;

interligar os vários subtemas e apoiar atitudes exploratórias dos formandos.

Depois: o formador deverá apelar à reestruturação dos conhecimentos por

parte dos formandos.

Page 23: Factores E Processos De Aprendizagem Apf

Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores em Educação Sexual

Formadora: Marta Rocha Pereira Página 23

o PROGRESSIVIDADE

A estrutura da aprendizagem deve ser progressiva, isto é, apresentada

numa sequência crescente relativamente a:

� Grau de dificuldade;

� Quantidade;

� Estruturação lógica;

� Actividade;

� Expectativa.

Por outras palavras, o formador deverá apresentar o tema em

quantidades inicialmente pequenas e de reduzida dificuldade. Deverá,

também, apresentar estruturas lógicas simples, no início, bem como dosear

a quantidade de exercícios a realizar. Neste último ponto (exercícios), o

formador deverá apoiar inicialmente os formandos e não criar grandes

expectativas relativamente aos produtos finais desses trabalhos.

o REDUNDÁNCIA

A redundância ou repetição de um conceito ou de um comportamento

facilita a sua memorização e reprodução, diminuindo, desta forma, o tempo

de execução.

Para ser eficaz, a redundância deve ser realizada sob formas diferentes

ou em contextos novos, como forma de tornar mais familiar o aprendido, de

enriquecer os significados e facilitar a transferência para situações novas.

Page 24: Factores E Processos De Aprendizagem Apf

Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores em Educação Sexual

Formadora: Marta Rocha Pereira Página 24

A redundância pode ser utilizada através do recurso a exercícios e a

trabalhos de grupo, levando desta forma a que seja o próprio formando a

reestruturar os conceitos aprendidos.

Existem, porém, muitas variáveis que fogem ao controlo do

formador/animador, com as quais ele deve contar e cujos efeitos mais ou

menos incidentes na eficácia da formação ele deverá poder prever e

minorar, como por exemplo:

� Condições físicas onde decorre a formação;

� Equipamentos ao seu dispor;

� Carácter de voluntariado ou de obrigatoriedade com que os

formandos frequentam a formação;

� Características pessoais de cada participante.

Em suma, cabe ao formador ter clara noção não só dos diversos

processos como também conhecer suficientemente os formandos com os

quais trabalha, para melhor utilizar estratégias que contribuam para a

facilitação das aprendizagens visadas.

Page 25: Factores E Processos De Aprendizagem Apf

Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores em Educação Sexual

Formadora: Marta Rocha Pereira Página 25

Que necessidades e motivações impelem o homem ao trabalho? Leia

o texto que se segue e tente encontrar algumas respostas.

A necessidade de criar, de fazer alguma coisa de útil, de ser ouvido, de realizar algo de positivo, de integrar-se numa equipa, está patente no homem que trabalha.

O homem sente necessidade de deixar a sua própria marca na actividade que desenvolve. De sentir nela a sua capacidade de criação. De ver, com uma certa perspectiva, o seu trabalho integrado no conjunto das actividades da empresa e não ser, unicamente, uma peça pequena e insignificante cujo lugar dentro do conjunto ele não consegue determinar.

Este sentimento está admiravelmente retratado numa passagem do livro “O Princípio de Peter”, quando o caminhante pergunta, sucessivamente, aos três homens ocupados a partir pedra, o que estavam a fazer.

O primeiro responde: “Não está a ver? – partindo pedras”. O segundo: “Trabalhando para alimentar a minha mulher e os meus filhos.”; e o terceiro: “Ajudando a construir a catedral mais bonita do mundo.”

Ãlfonso Piñedo, “O Homem e a Organização”

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