faça parte desta causa! - convenção batista brasileira - cbb · 2014-09-17 · tânea...

16
1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 38 Domingo, 21.09.2014 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Faça parte desta causa! Como filhos de Deus, precisamos agir em favor do nosso povo. Visando mobilizar os batistas a orar pela nossa nação, reunindo pastores e líderes para esta causa, a Convenção Batista Brasileira (CBB) lançará a Semana de Clamor pelo Brasil, que acontecerá de 28 de setembro a 5 de outubro de 2014. Envolva-se nesta campanha, faça parte desta mobilização. É por meio da oração que levantaremos um clamor para proporcionarmos uma mudança espiritual ao povo brasileiro.

Upload: hoangcong

Post on 30-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1o jornal batista – domingo, 21/09/14?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 38 Domingo, 21.09.2014R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Faça parte desta causa!Como filhos de Deus, precisamos agir em favor do nosso povo. Visando mobilizar os batistas a orar pela nossa nação, reunindo pastores e líderes para esta causa, a Convenção Batista Brasileira (CBB) lançará a Semana de Clamor pelo Brasil, que acontecerá

de 28 de setembro a 5 de outubro de 2014. Envolva-se nesta campanha, faça parte desta mobilização. É por meio da oração que levantaremos um clamor para proporcionarmos uma mudança espiritual ao povo brasileiro.

2 o jornal batista – domingo, 21/09/14 reflexão

E D I T O R I A L

“...Portanto o teu servo se animou para fazer-te esta oração” (II Sm 7.27b)

A oração é uma sú-plica que dirigimos a Deus, o Pai, em nome de Jesus Cris-

to, seu filho, para buscarmos o perdão. É a forma de depo-sitarmos no Senhor todas as nossas ansiedades e temo-res. É como podemos nos dirigir a ele em um diálogo franco, sem barreiras e sem limites. A oração é vital para o crente.

Li certa vez de alguém que, perguntado sobre a oração, assim se expres-sou: “A oração é para nós o

que a asa é para o pássaro e como os pés são para o atleta”. Assim como não é possível conceber que os pássaros voem sem asas e os atletas possam correr sem os pés, do mesmo modo não é possível entender um crente sem a prática da oração. A oração não é um amontoado de palavras ditas e repetidas de forma mecanizada ou decorada para cada momento. A ora-ção envolve fé, obediência, reverência, humildade, con-fiança, confissão e entrega, tendo a confiança de que o Pai nos atende em tudo que lhe pedimos segundo a sua vontade.

O apóstolo João em sua primeira carta diz: “E qual-quer coisa que lhe pedimos, dele receberemos, porque guardamos os seus manda-mentos, e fazemos o que é agradável à sua vista” (I Jo 3.22). Deus, o nosso Pai, fa-la-nos através da sua Palavra para que sejamos obedientes e responde a nossa oração quando cumprimos, de for-ma obediente, o que ele diz. Ou seja, quando guar-damos seus mandamentos e fazemos o que é agradável. Deus, o Pai, está pronto e deseja sempre nos abençoar. Ele espera que nós, como filhos, estejamos prontos a obedecer em tudo a sua

Palavra. Para tanto, devemos observar e sermos fieis aos seus ensinos, como declarou o apóstolo Paulo: “A Palavra de Cristo habite em vós rica-mente, em toda sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, como salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos co-rações” (Cl 3.16).

Que Deus seja em tudo por nós glorificado. Que a nossa oração seja respondi-da pelo Pai, e que a nossa terra seja sarada, porque nós temos sido obedientes à sua Palavra em todos os dias, pois nossa oração é muito mais que palavras. (SOS)

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIO DE REDAÇÃOOthon Oswaldo Avila Amaral(Reg. Profissional - MTB 32003 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

3o jornal batista – domingo, 21/09/14reflexão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Somos intercessores junto com o

Espírito“E da mesma maneira tam-

bém o Espírito ajuda as nos-sas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimí-veis” (Rm 8.26).

Escrevendo aos Ro-manos, Paulo nos re-vela duas verdades bíblicas. A primeira,

nossa experiência pessoal já nos informara. Quanto à segunda, trata-se de um as-pecto essencial da ação de Deus em nossa vida cristã. “Assim também o Espírito de Deus vem nos ajudar na nossa fraqueza. Pois não sabemos como devemos orar – mas o Espírito de Deus, com gemidos que não podem ser explicados por palavras –, pede a Deus em nosso favor” (Rm 8.26).

Todo cristão que se esfor-ça em manter comunhão com o Senhor, em oração, concorda plenamente que a qualidade das nossas con-versas com Deus precisa amadurecer. Por mais sin-ceros que sejamos, vez por

outra, confundimos o Senhor com Papai Noel e não nos constrangemos em pedir coisas que, depois de algum tempo, nós mesmos reco-nhecemos como infantis. Por isso, o apóstolo Paulo reiterou: “pois não sabemos como devemos orar”.

A grande novidade do texto, porém, reside em nos comunicar que nem tudo está perdido. O próprio Espírito de Deus corrige nossas posturas imaturas e “pede a Deus em nosso favor”. Interceder por nós é uma atividade tão espi-r i tualmente intensa que a intercessão do Espírito ocorre “com gemidos que não podem ser explicados por palavras”. Neste exa-to contexto, é obrigatório que perguntemos: com que intensidade espiritual ora-mos intercessoriamente? Se é que vamos seguir o exemplo do Espírito, nossas intercessões devem nos custar, às vezes, gemidos inexprimíveis. Que o Se-nhor nos capacite com a empatia intensa que orar pelos outros exige.

Márcio Chagas, pastor da Igreja Batista Lírios de Sião - BA

Não faz muito tem-po, eu parei para pensar e entendi que o tempo é in-

domável. Ele não se importa se estamos sentados ou de pé, parados ou andando, so-nhando ou tendo pesadelo, feridos ou curados, presos ou livres, amando ou odian-do, chorando ou sorrindo, vivendo ou morrendo, ele simplesmente vai passando. Como diz a canção brasi-leira, “o tempo não para”. Ainda bem que ele não para, senão comprometeria o ciclo natural da vida, que correria o risco de ser congelada em uma fase que poderia ser do-lorosa ou prazerosa. Mas, em qualquer situação, a tornaria monótona.

A nossa temporalidade é composta por mudanças e passagens que produzem experiências que nos con-duzem ao amadurecimento e ressignificação contínua

da existência. O que seria de nós sem a permanente fuga do tempo? Hoje parei para pensar e me lembrei, já é um novo tempo - hoje é primavera. É um tempo de reflorescimento. A estação mais florida do ano devolve para os campos as flores, e para os jardins a beleza sinérgica que o inverno le-vou. É tempo de se encantar com as orquídeas, violetas, hortênsias, crisântemos, e perfumar a alma com jas-mim. É tempo de presentear a vida, andar pelos parques, ver o vento convidar as flo-res para bailar, admirar os jardins; é tempo de ver a vida produzindo vida. É tempo de reconhecer os acenos grandiosos de Deus na natureza, de ouvir o Cria-dor gritar no silêncio dos campos. É tempo de con-templar a revelação natural na solenidade da primavera.

Mas só dá para desfrutar da primavera quem, de fato, entendeu (sem necessaria-mente esquecer) que o tempo passou, o inferno foi embora

e uma nova estação já está presente - com uma espon-tânea festividade. Em qual estação está sua vida? Qual é o tempo que ela reconhece? Já desfruta a primavera, ou ainda se mantém no intenso frio e devastação do inverno? Quais são as lentes que você tem usado para enxergar a vida? Você consegue ver as tonalidades do campo ou só a “turvidão” de um céu que anuncia tempestade que vi-gora, deixando cinza a alma?

Hoje é primavera, e en-quanto o trem (kronos) não partir e o maquinista (Cria-dor) não me avisar que já chegou o ponto final do meu destino, vou aproveitar esta estação por saber que é tem-po de amar para não morrer, é tempo de viver para não odiar, é tempo de crer para não desacreditar, é tempo de deixar o inverno no ontem, descongelar delicadamente a alma hoje, esperançoso para aquecê-la amanhã. O tempo passou, eu sei; ele deixou marcas em mim, mas hoje é primavera.

4 o jornal batista – domingo, 21/09/14 reflexão

Marison Martins Feijão, pastor da Primeira Igreja Batista em Vitória do Xingu - PA

Em geral, a partir dos 60 anos de idade a pessoa é considerada perten-cente à terceira idade,

também chamada de “Melhor Idade”. “A terceira idade no Brasil cresceu cerca de 11 ve-zes nos últimos 60 anos, pas-sando de 1,7 milhão para 18,5 milhões de pessoas nesta faixa etária”, de acordo com dados do Portal Terceira Idade.

Infelizmente, nos dias atuais, valores como hon-

Joel Santos, pastor da Primeira Igreja Batista de Paulínia - SP

Se você fizesse o seu autorretrato, o que você escreveria em-baixo? Como seria

a sua autodescrição? Que avaliação você faria da sua autoimagem? Por que estou formulando essas perguntas, de conotações psicológicas? Eu me respaldo em alguns textos da Palavra de Deus. Na Bíblia, o salmista pede: “Senhor, Tu me sondas e me conheces. Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu co-ração, prova-me e conhece os meus pensamentos”(Sl 139.1,23). “Examina-me, Se-nhor, e prova-me; sonda-me o coração e os pensamentos” (Sl 26.2). Eu estou tratando

ra e respeito aos idosos é quase utopia. Aqueles que dedicaram sua juvenilidade não recebem da socieda-de a merecida valorização. Nos transportes coletivos, os assentos não são respeita-dos; nas filas das instituições bancárias, não recebem o devido tratamento; o salário da aposentadoria, é uma vergonha; e por aí vai.

O estado e a sociedade em geral não respeitam os idosos. Todavia, a falta de honra aos mesmos também é uma triste realidade no seio da família, inclusive ditas cristãs. Salientamos

desse assunto, pensando na-queles crentes que, com o passar dos anos, vão perden-do o interesse e a motivação pelas coisas pertinentes ao Reino de Deus.

Quando Deus deixa de ser a nossa motivação, nós nos depreciamos a nós mesmos. Há tantos crentes reprimi-dos, deprimidos e oprimidos porque estão distantes do Senhor. Para você estar ou viver em comunhão com al-guém você precisa ter prazer de estar perto dessa pessoa. O crente só estará perto de Deus através da oração e da Palavra. É triste e vergonhosa a atitude de Israel durante os quarenta anos no deserto. Vale ressaltar que não de-morou muito para o povo revelar o que estava em seu coração. No primeiro dia de

aqueles que abandonam seus pais e avós nos asilos. Outros que não dividem a responsabilidade com seus familiares para cuidar dos seus idosos, deixando toda responsabilidade para um só familiar. Quantos filhos que consideram um fardo o cuidar de seus pais e fazem com que os mesmos “vivam” perambulando de casa em casa, sem o devido cuidado e respeito.

O seguidor de Cristo Jesus segue o ensino da Bíblia Sagrada como a instrução encontrada em Levítico, que diz: “Levanta-te diante dos

caminhada, eles já reclama-ram dizendo que Moisés os tirara do Egito para morrerem no deserto. Quando Deus dirigiu-se ao mesmo povo, agora, cativos na Babilônia, através do profeta Jeremias - e vale dizer que eles foram levados cativos por causa da sua rebeldia e apostasia - Deus lhes dirige esta palavra exortativa: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. Serei achado de vós, diz o Senhor, e farei mudar a vossa sorte” (Jr 29.13-14). Deus é a razão da felicidade e do contentamento do crente.

Ele é a nossa fonte de ale-gria. O salmista declara: “Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, de-lícias perpetuamente” (Sl 16.11). Olhe no espelho,

idosos, honra a pessoa do ancião e teme o teu Deus. Eu sou o Senhor vosso Deus” (Lv 19.32). Honrar o idoso, mas do que dever ético, mo-ral, familiar, social e direito de estado, é expressão de temor a Deus. Já a falta de honra aos idosos, especial-mente os da própria família, significa negar a fé cristã, pois a Bíblia diz: “Mas, se alguém não cuida dos seus, e especialmente dos da sua família, tem negado a fé, e é pior que um incrédulo” (I Tm 5.8).

Filo, f i lósofo grego de Alexandria, escrevendo a

veja a sua imagem; pergun-te para si mesmo: “O que está me faltando para eu ser feliz verdadeiramente?”. E depois pergunte para Deus. A resposta já temos em sua Palavra: “Filho meu, não te esqueças dos meus ensinos, e

respeito do mandamento de honrar aos pais, disse: “Quando as cegonhas ve-lhas deixam de voar, per-manecem em seus ninhos e são alimentadas por seus filhos, que realizam esfor-ços sem fim para lhes pro-ver de comida, devido a sua piedade”. Para Filo, estava bem claro que até a criação animal reconhecia suas obrigações para com seus pais anciãos, tal qual deveriam fazer os homens. Que a terceira idade seja mais honrada e respeitada pelo Estado, Igreja, família e sociedade em geral.

o teu coração guarde os meus mandamentos. Confia no Se-nhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Não sejas sá-bio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal” (Pv 3.1,5,7). Amém!

5o jornal batista – domingo, 21/09/14reflexão

PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

Atos 1.6-8

Os discípulos de Je-sus estavam preo-cupados com o restabelecimen-

to do reino de Israel. Jesus queria que eles abrissem os olhos e vissem o reino uni-versal. Os discípulos estavam interessados em saber sobre eras e estações. Jesus queria que eles tomassem posse de um Reino eterno. Para que os discípulos tivessem a visão do Reino eterno e universal, Jesus lhes prometeu o poder do Espírito (v. 9-11).

Jesus voltará! • Jesus virá do céu. Não

nascerá em Belém ou-tra vez. Para que os dis-cípulos tivessem essa visão, ele subiu ao céu à vista deles. “Sobre as nuvens”, significa “em glória”. Não é um ensi-no novo, como se pode ver em Daniel 7.13-14.

• Jesus virá fisicamente e sua vinda será vista em toda a terra (Ap 1.7; I Ts 4.15-17). Não have-rá uma vinda secreta, assim como não haverá um arrebatamento se-creto da Igreja. “Como o ladrão de noite” não significa que sua vinda será secreta, mas que será imprevisível.

• Jesus virá uma úni-ca vez, “assim como” (v.11) subiu uma única vez. Não haverá duas vindas de Jesus.

• Jesus virá com glória e majestade. “Assim como” foi solene e ma-jestosa a sua ascensão, será a sua volta. Vide Lucas 24.50-52.

A Igreja dos apóstolos transformou a esperança da volta de Jesus não apenas no foco central da sua teologia e da sua pregação, mas tam-bém no seu estilo de vida. Por quê? Por amor a Jesus. Nossa esperança da volta de Jesus é proporcional ao nosso amor por ele. Quem infunde essa esperança em nós é o Espírito Santo, como fala Romanos 5.5.

• Pela esperança busca-mos a santificação (I João 3.3; II Pedro 3.11-13). Primeiro, porque queremos estar prepa-rados para a sua vin-da porque o amamos. Segundo, porque dare-mos contas a ele. Por-que amamos a Jesus, achamos tempo para estarmos com ele em oração e na leitura da sua Palavra. Se Jesus voltasse agora, qual se-ria a nossa atitude? a) Muitos ficariam felizes como feliz fica quem encontra uma pessoa amada. b) Muitos en-trariam em desespe-ro porque suas cons-ciências lhes dizem que estão em débito. c) Muitos outros fica-riam frustrados porque o seu interesse está nas coisas deste mundo.

• Pela esperança teste-munhamos de Cristo (Atos 1.8). Se formos cheios do Espírito, se-remos testemunhas. Se não formos testemu-nhas no poder do Es-pírito, é porque nosso amor a Jesus esfriou e cabe o apelo de Jesus: “Volta ao teu primeiro amor”.

• Pela esperança enfren-tamos provações, per-seguições e até a mor-te. “Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10). Ne-nhum sofrimento por Cristo será de mais para quem tem a espe-rança de encontrá-lo na glória, como diz a Bí-blia: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18).

• Nossa esperança será proporcional ao nosso amor a Jesus. Há um for-te apelo à santificação, ao amor fraternal, à pro-clamação do Evangelho como demonstração da nossa esperança de que Jesus voltará.

Paulo Francis Jr., vice-presidente da Primeira Igreja Batista de Presidente Venceslau - SP

Um chefe beduíno morreu. Tinha três filhos e um reba-nho de 17 came-

los. No seu testamento deixou metade do rebanho ao filho mais velho, um terço ao filho do meio e um nono ao mais jovem. Os filhos ficaram em desespero. Era impossível realizar a vontade do pai sem ter de cortar um camelo ao meio. Aflitos, recorreram aos homens sábios da aldeia. De-pois de muito pensarem, os sábios reconheceram que não tinham resposta para o pro-blema que parecia insolúvel pelas leis da matemática, e aconselharam os filhos a falar com o negociante de came-los. O homem sorriu perante a aflição dos herdeiros. Le-vantou-se vagarosamente e foi buscar um dos seus camelos, que acrescentou ao rebanho a distribuir. Eram agora 18. E o velho mercador começou a fazer a divisão; metade (9) para o filho mais velho. A terça parte (6) para o do meio. A nona parte (2) para o mais novo. Sobrou um camelo. O comerciante recebeu o seu animal de volta e disse: “Está resolvido e boa sorte!”.

É impressionante, enquanto sociedade, a maneira como dividimos as coisas. É de igual modo espantoso, como isso tem mexido com a nossa dignidade. Será que os nos-sos governantes merecem respeito? Será que nós, como cidadãos, estamos fazendo que sejamos respeitados, também? E nós, cristãos, como estamos reagindo dian-te disso tudo? Quando vemos um volume gigantesco de pessoas nas portas de agên-cias bancárias para receber dinheiro que não é fruto do próprio trabalho, eu penso

que não existe esperança em quase nada. Só Deus para resolver isso. Tem o bolsa aquilo, o bolsa isso. A Bíblia é clara em sua mensagem: “Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem” (Sl 128.2).

Por outro lado, alguns homens, ministros de Deus hoje, obreiros de muitas igre-jas modernas, abusam dessas coisas, vivendo na chamada “ostentação”. Passam a ser um obstáculo na aceitação do verdadeiro Evangelho; sugerem que poucos com-preendem as palavras do apóstolo Paulo, que “traba-lhou dia e noite para não ser pesado para nenhum irmão”, conforme diz o capítulo 3 da sua segunda carta aos Tessa-lonicenses. E não há dúvidas: a miséria espiritual gera a miséria social. Ou vice-versa. Violência, suborno, descaso, corrupção são apenas alguns dos ditos “aperitivos” de hoje que introduzirão o triste e desgraçado prato principal de amanhã que, sem dúvida, os levará a perdição da alma.

Há poucos dias afirmei que “quando o Estado começa a ganhar dinheiro com o peca-do, o fim está muito, muito próximo mesmo”. Deprava-ção sexual, prostituição, im-punidade. A nobreza espiritu-al dos homens desapareceu. No final do ano passado, a mesma indignação compar-tilhei com um idoso à porta da Igreja aqui em Presidente Venceslau, que na sua expe-riência respondeu: “O cerco está-se fechando”. Contestar essa posição é contradizer a Bíblia, que é clara nesse ponto: cada um deve viver do suor do próprio rosto.

A verdade, porém, é uma só: compartilhar, doar, dividir o que temos de maneira cega com os que não esboçam ne-nhuma vontade de trabalhar, sem disposição, sem lutar, é pura idiotice. Será que isso

não é cumplicidade com coi-sas erradas? Com o pecado? Infelizmente, vivemos o caos moral. Tornamo-nos maus. Governantes e governados. A escritora Ana Beatriz Barbosa Silva, em seu livro “Mentes perigosas” esclarece isso na página 192: “Até bem pouco tempo atrás, nas novelas, nos romances e nos filmes, torcí-amos e nos identificávamos com os personagens do bem que, no geral, eram vitimados pelas diversas circunstân-cias dos enredos, mas que se mantinham éticos e triun-favam no final. Assim, de forma quase natural, estamos abandonando os mocinhos e seus ideais morais de justiça e solidariedade. Os heróis dos novos tempos são maldo-sos, inescrupulosos e isentos de qualquer sentimento de pena e até certa intolerância com seus discursos utópicos e ingênuos. Os heróis do passado estão se tornando os otários dos tempos moder-nos”. Isso ninguém discute.

A Filosofia Cinza arremata: “Isso complementa a lógica socioeconômica que devora a todos, deixando alguns com uns contos a mais, outros com os trocados de todos, mas todos sem dignidade ne-nhuma. Dou-lhe o que tenho. Também eu partilho com ele a minha miséria. Algum dinheiro é o nome da minha pobreza. O banco autorizado juridicamente a roubar de todos, impera intacto como o templo onde oramos a cada dia para a única deidade re-almente respeitada em nossa época: a deusa com corpo de abutre e duas cabeças, a da usura e da avareza”.

O que contestar nestas de-clarações? Só Jesus Cristo para mudar isso tudo. Já as forças humanas do bem es-tão se diluindo. Realmente, o cerco está-se fechando. Porém, que o crente nunca viva à custa de ninguém.

6 o jornal batista – domingo, 21/09/14 reflexão

Carlos A M Fernandes, pastor - GO

“Portanto, santos irmãos, participantes do chamado celestial, fixem os seus pen-samentos em Jesus, apóstolo e sumo sacerdote que confes-samos” (Hb 3.1).

O d e s a f i o d o cristianismo é o desenvolvi -mento de uma

espiritualidade centrada

Anderson Resende Barbosa, membro da Primeira Igreja Batista de Brasil Novo - PA.

O ano de 2014 está quase chegan-do ao fim. Em alguns lugares,

muita chuva, muitas mor-tes. Em outros, muita seca e pouca esperança. É ano de eleições presidenciais e toda mobilização dos partidos é para fazer uma boa campa-nha, e do outro lado, os elei-tores é a expectativa de fazer uma boa escolha apostando que o próximo governante possa fazer mudanças e, consequentemente, trazer melhoria e esperança aos pobres e miseráveis injusti-çados da nossa nação. En-quanto isso não acontece, o jeito é submetermo-nos a programas assistencialistas do governo para não morrer de fome.

No momento, os esforços e investimentos estão sendo di-recionados para campanhas políticas. A prioridade nesse ano não será o povo brasilei-ro, mas sim, os investimentos em publicidade, propaganda e apelos sem fim nos discur-sos e propostas de mudança para a nação. A televisão

em Jesus Cristo, o media-dor, salvador, redentor e Senhor de todos que com-preendem que a sua vida não termina aqui, ela é eterna. Mas que para se chegar a eternidade só há uma possibilidade, que é seguir a Jesus Cristo.

Não se pode confundir religião como seguir a Jesus Cristo. Os pressupostos são diferentes, na religião nós tentamos chegar a Deus, e nos relacionamos na prer-

será responsável em fazer a “mágica” diante de milhões e milhões de pessoas.

Muitos gostam daquilo que é forte e causa emoções nos telespectadores, acostuma-dos com novelas e “BBBs” farão a escolha do nosso presidente. A ferramenta televisiva é poderosa, de-pendendo da apresentação do candidato no dia a dia da disputa presidencial, se-rão avaliados pela cor, ca-risma, beleza, e promessas sem fundamento e, a partir dessas apresentações, será escolhido àquele(a) que for considerado o melhor.

A nação vive uma gran-de injustiça social; milhares de pessoas desamparadas sem emprego, sem casa, sem dignidade, sem valor, sem comida. Os valores morais e éticos estão perdendo ter-reno para promiscuidade e desvios comportamentais. Que tipo de esperança se pode ter quando não ouvi-mos notícias que milhares de pessoas foram empregadas em 2014, que centenas de pessoas que não tinham onde morar, receberam suas casas, que milhares de crianças in-gressaram em escolas, e que os jovens estão participando

rogativa dos méritos. No Evangelho compreendemos que Cristo veio para nos salvar mediante a fé nele, recebemos a graça da Salva-ção, o perdão dos pecados e a garantia da eternidade. Tudo de graça e na graça.

Tudo o que devemos fazer é seguir a Cristo, com fé, dedicação e devoção. Por essa razão que o autor de Hebreus pede para que to-dos se fixem em Jesus. Não se desvie de seguir a Cristo,

de projetos e trabalho que lhes darão estabilidade finan-ceira e social? Infelizmente, o que temos visto são milhares de pessoas desabrigadas por causa das enchentes, mortes por deslizamento de terras, fome, drogas, prostituição e guerras cada vez violenta por causa das drogas.

E o que resta ao nosso povo? O que pode aconte-cer de bom em nosso país? Como foi ano de Copa do Mundo, o povo esqueceu um pouco das cobranças, hipnotizados pela utopia futebolística de ser o melhor do mundo, na expectativa de sermos campeões, porém não conseguiram, quando na verdade deveria lutar para ser campeões nas coisas mais essenciais para a dignidade humana. E, nesse quesito, nosso país encontra-se nas piores colocações mundiais. E assim continuarão os pro-blemas, enquanto a Nação não entender que se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigiam as sentinelas. A Bíblia diz que toda autoridade é constituída por Deus, então cabe a nós cristãos orar para que aquele que for eleito pela maioria possa agir em beneficio da nação.

de buscar a Deus por inter-médio do filho.

Nosso esforço é descansar, confiar e crescer em nossa fé em Jesus. Somos livres, libertos das culpas religiosas e premiados pela eternidade com Deus. Nada então deve nos separar dessa busca em Jesus Cristo. Deve-se crer e seguir. Satisfazer-se no Sal-vador e compreender o seu amor incondicional.

Todas essas realidades transformam as pessoas em

Quando queremos, nos mobilizamos para muitas coisas no nosso cotidiano. Às vezes lutamos de “unhas e dentes” para conseguir algo. Agora é a hora de refletir so-bre os problemas e fazermos escolhas que acreditamos ser o melhor para nosso povo. Devemos orar para que a pessoa escolhida deixe ser usada por Deus para gover-nar nosso país.

Precisa haver mudanças em nossos pensamentos quanto às coisas desse mundo. Mui-tos pensam que o fato de sermos cristãos não devemos importar muito com as coisas terrenas. Precisamos defen-der a Pátria em que vivemos; Deus nos chamou para ser-mos sal e luz aqui na terra. Isso implica em compromisso como o nosso povo e com as coisas daqui. Não somos extraterrestres, somos aqui da terra, estamos aqui na terra, e Deus quer nos usar aqui na terra. Nossa matéria é terra, vivemos em sociedade, cons-tituímos família, dependemos uns dos outros, portanto, recai sobre nós a responsabi-lidade de lutar pela melhoria da nossa Nação.

O Senhor estando no céu, criou todas as coisas, e ainda

novas pessoas; amorosas, confiantes, amáveis, apai-xonadas e apaixonantes, pelo amor que invade, pre-enche e transforma. Então confie em Deus, confie em Cristo e seja uma pessoa melhor a cada dia. Deus nos capacitará se permane-cermos fixados na vida do seu filho amado. A precio-sa Salvação se satisfaz em Cristo. Siga a sua caminha-da, seu exemplo e as suas palavras.

sustenta todas elas. Quando encarnou e se tornou homem como nós, lutou por justiça social, alimentou multidões, curou enfermos, salvou ri-cos e pobres. No pouco que viveu, foi capaz de dar espe-rança ao mundo, ou melhor, se deu por amor a humani-dade. Jesus defendeu a causa de Deus e também do estado: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mt 22.21). O fato de sermos cristãos não nos isenta de lutarmos pela melhoria de nosso país, isso se chama patriotismo. Querer o melhor para a nossa pátria é lutar até a morte par que ela seja salva da invasão do inimigo.

Quando falamos de es-perança devemos levar em consideração um outro fator mais importante ainda, que é a transformação de uma vida pecaminosa para uma nova vida em Cristo. Lutar pela melhoria do Brasil implica em evangelizar nossa Pátria para Cristo. Ganhar o Brasil para Cristo é mais do que pa-triotismo terreno, é lutar para por um patriotismo celestial. “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo que ele escolheu para sua herança” (Sl 33.12).

7o jornal batista – domingo, 21/09/14missões nacionais

Mauricio Martins, pastor, coordenador geral do Projeto Barco Missionário

Depois de alguns anos parado, o barco “O Missio-nário” volta a na-

vegar cumprindo o propósito para o qual fora construído: servir de plataforma para o trabalho missionário entre comunidades ribeirinhas da Bacia Amazônica.

A Junta de Missões Nacio-nais da CBB recebeu o barco “O Missionário” por doa-ção da International Mission Board (IMB), agência missio-nária da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos. A doação foi celebrada em janeiro de 2013 através de termo assinado entre o pas-tor Fernando Brandão e o missionário coordenador de logística da IMB no Brasil, pastor David J. Spiegel.

Desde então, “O Missio-nário” passou por uma série de reformas e adequações até ficar pronto para nave-gar novamente dentro das normas atuais. Hoje, o barco tem capacidade para 40 pas-sageiros.

O casal de missionários pas-tor Hélio e Lucineide Inácio, que atuava em Santarém - PA, foi transferido para Manaus - AM, juntamente com «O Missionário», para coordenar o projeto missionário deste

barco e, desta forma, integrar o grande Projeto Amazônia d a J u n t a d e M i s s õ e s Nacionais.

A primeira viagem mis-sionária não poderia dei-xar de acontecer com uma parceria entre brasileiros e norte-americanos. O traba-lho missionário teve foco no atendimento médico dos ha-bitantes locais, o que abriu as portas para a evangeliza-ção. Foram atendidas 640 pessoas na clínica médica e

325 na área oftalmológica. Desse total, 247 pessoas de-cidiram por seguir a Cristo e serão acompanhadas pela PIB de Coari - AM, cidade onde foi realizada a via-gem. “Foi uma viagem muito abençoada. Essa equipe de americanos já reservou data para repetir a viagem no pró-ximo ano”, afirmou o pastor Hélio Inácio.

Nosso grande agradeci-mento aos irmãos e irmãs da Convenção Batista do

Sul dos Estados Unidos, que tiveram visão grandiosa em investir recursos na cons-trução de um barco e no sustento dos missionários Daniel e Brenda Caldwell, para coordenarem este Pro-jeto em Santarém por muitos e muitos anos.

Queremos desafiar o povo batista brasileiro a se engajar nesse projeto. Veja como participar:

a) Orando diariamente pelos missionários, pelas pessoas que vivem nas co-munidades e também pelo Projeto;

b) Mobilizando profissio-nais da área de saúde para trabalhar nas comunidades ribeirinhas;

c) Sustentando financeira-mente o Projeto através de oferta mensal do PAM Brasil ou oferta para ajudar na ma-nutenção e conservação do barco;

d) Fazendo uma viagem missionária com sua igreja para trabalhar em uma co-munidade ribeirinha com os nossos missionários.

Esperamos que o Senhor da seara continue a nos guiar e nos mostrar novos rumos para que “O Missionário” nos ajude a alcançar os ribeiri-nhos para Cristo.

Redação de Missões Nacionais

Orações e ofertas são importantes, mas não são as únicas maneiras

de ajudar o trabalho missio-nário. Visitar o campo de atuação de um obreiro tam-bém é uma forma de ajudar a obra missionária, além de uma boa experiência para a caminhada cristã.

A missionária Pascoalina Nascimento, que atua em Abaíra - BA, recebeu a vi-sita de alguns voluntários. Não foi preciso realizar uma operação Jesus Transforma (Trans) na cidade; os quatro voluntários da Segunda Igreja Batista de Catu - BA foram para lá com o simples obje-tivo de ajudar a obra que a missionária realiza.

Durante oito dias, junta-mente com a missionária Pascoalina, os voluntários realizaram trabalhos evan-

gelísticos em escolas, casas, ruas e também na Igreja. Como resultado, 28 casas fo-ram visitadas e vários estudos bíblicos foram agendados. Muita literatura cristã foi dis-tribuída e, certamente, a Pala-vra dará frutos nos corações.

“Alegro-me de ver Deus le-vantando pessoas, jovens que têm amor às almas, e vejo que Ele tem um cuidado especial comigo, porque tem me envia-do muitos irmãos de vários lu-gares do Brasil para apoiar este trabalho”, declara Pascoalina.

Redação de Missões Nacionais

O ministério do mis-sionário Márcio Fernandes, em Campina Gran-

de - PB, tem experimentado uma nova fase com foco na evangelização discipulado-ra. Como resultado, novos discípulos têm sido formados e estão dispostos a alcançar mais pessoas para Cristo.

Pessoas também têm com-preendido a necessidade de assumir um compromisso com Cristo e com a igreja, passando a ser parte da obra de maneira mais efetiva após o batismo. “Foi algo lindo o testemunho dos novos convertidos”, conta o mis-

Ela também agradece o apoio de todos os seus parceiros do PAM Brasil, os quais, segundo ela, contribuem “nesta ação tão nobre de evangelizar a nossa nação”.

Abaíra está situada na Cha-pada Diamantina. É uma ci-dade que, como outras tan-tas, apresenta casos de drogas e violência contra crianças. Por isso, Pascoalina roga aos batistas brasileiros que inter-cedam para que o Evangelho avance, transformando as vidas no interior da Bahia.

sionário, que também pede orações por mais conversões que resultem na multiplica-ção de novos discípulos, bem como pela abertura de novas frentes missionárias em Cam-pina Grande. Interceda tam-bém pela família missionária.

“O Missionário” volta a navegar

Equipe norte-americana a bordo Voluntárias com os medicamentos Atendimento médico

O barco já em uso

Voluntários visitam obra missionária em

Abaíra - BA

Foco na evangelização discipuladora em Campina Grande - PB

Peça teatral em uma escola de Abaíra, com os irmãos da SIB de Catu - BA

Pessoas têm sido batizadas, e o missionário pede orações por mais conversões que gerem discípulos dispostos a fazer parte do processo de multiplicação

8 o jornal batista – domingo, 21/09/14 notícias do brasil batista

9o jornal batista – domingo, 21/09/14notícias do brasil batista

Letra Grande Tradicional bOLSO

10 o jornal batista – domingo, 21/09/14 notícias do brasil batista

Bruna Costa e Wesley Vidal Zuzarthe - SP

Louvor, adoração e muita animação. Foi assim em todos os sá-bados de agosto na

Igreja Batista em Braz Cubas (IBBC), em Mogi das Cruzes - SP, em comemoração ao Mês da Juventude Batista. Durante a programação, que teve como tema “A Cidade, o Reino e a Glória”, mais de 150 pessoas participaram das atividades preparadas pelos líderes das duas classes de jovens, “Tamo Junto!” e “Ser Jovem é ser Benção”, que foram orientados pelo pastor Mauro Gomes, responsável pelos cultos de sábado.

O objetivo da programação foi mostrar aos jovens a im-portância de fazer a diferença na atualidade, assim como apresentar o amor de Jesus para aqueles que ainda não o conhecem. Para que o tema fosse trabalhado da melhor forma, a Igreja separou o assunto em temas específi-cos que foram divididos em cinco sábados com mensa-gens ministradas por pastores convidados, sendo: “Selfie”,

com o pastor José Macário, da Igreja Batista do Morumbi; “Família: uma ideia divina”, pastor Samuel Oliveira, da Primeira Igreja Batista de Guararema; “Estou, mas não sou”, pastor Janus Tarso da IBBC; “Saia da Rotina”, Ro-naldo Atanásio, missionário da JMM e membro da IBBC e “São 23h55 (que trata sobre a volta do Salvador ao mun-do)”, abordado pelo pastor Segundo Almeida, da Primei-ra Igreja Batista de Mogi das Cruzes.

De acordo com o pastor Mauro, a iniciativa da IBBC foi muito positiva, pois além

do envolvimento dos jovens que compõe a liderança, mui-tos outros puderam participar da organização do evento e dedicar um tempo maior ao Senhor. “Vimos em todos os cultos que os jovens se dedi-caram para que esse evento realmente acontecesse de uma maneira especial. Não se importaram em chegar mais cedo para preparar o local e nem em sair mais tarde para deixar o templo organi-zado para os cultos domini-cais. Sentimos a presença de Deus durante a programação e creio que Ele ficou muito feliz com o momento. Acre-

dito que o objetivo principal foi alcançado: louvar e adorar o nome do Senhor e trazer vários jovens para essa real adoração”, conta o pastor.

Participe da programação para os jovens em outubroNo mês de outubro, a Igreja

Batista em Braz Cubas (IBBC) vai realizar uma programação diferenciada para manter a juventude em comunhão. Desta vez, as atividades se-rão direcionadas por meio de debates que expressem a opinião individual e do gru-po sobre filmes gospel que serão exibidos. O objetivo

é mostrar que é preciso ficar atento com os conceitos que o mundo prega, mesmo em mídias evangélicas.

A programação será rea-lizada em todos os sábados de outubro, a partir das 19h na unidade 2, localizada na rua Padre Álvaro Quinonez Zuniga, 425, em Braz Cubas - SP. A atividade é de respon-sabilidade da classe de Jovem “Tamo Junto!”, mas direciona-da para todos os interessados.

Para conhecer mais sobre o ministério de jovens da IBBC, acesse o site: www..ibbc.org.br ou visite a fanpage: face-book.com.br/tamojuntoibbc.

Fotos: Mayara Vitória

Igreja Batista em Braz Cubas – SP comemora Mês da Juventude com

cultos aos sábados

Mais de 150 pessoas participaram da programação durante o mês de agosto Louvor Banda Ser Jovem e Tamo Junto

Ter a oportunidade de conhecer o grupo musical “Geração Fiel (GF)” foi bastante es-

pecial. O nosso encontro se deu quando participamos da Convenção Batista Pioneira, em Santa Maria do Jetibá – ES. Agora, quero compartilhar com vocês um pouco a res-peito desse ministério; con-fira a entrevista e motive-se também a viver sua vocação.

Quem são vocês?Somos o Ministério Gera-

ção Fiel. Pregamos a Palavra de Deus através da música, teatro, pregação, palestras, evangelismo nas escolas e em projetos sociais. O grupo é composto por cinco jovens (pastor Thiago Weege, Bruna Moreira Weege, Thaís Morei-ra Weege, Keila Weege e Ma-thias Bueno) que decidiram deixar seus afazeres seculares para dedicar-se integralmente à Obra do Senhor.

Como se iniciou o ministério?O GF nasceu primeiro no co-

ração do pastor Sebastião Mo-reira, idealizador e fundador do grupo. Deus colocou em seu coração o desejo de serví--lo com sua família através da música. Inicialmente, o projeto era conhecido como “Família Moreira”. O grupo fazia partici-pações aos fins de semana em poucas igrejas durante o ano; cada um tinha seu emprego se-

cular e servia a Deus na medida do possível. Porém, em 2012, os integrantes entenderam que Deus queria mais. Então, em março de 2013, começamos o Projeto: “Geração Fiel na Estrada”.

Como a igreja pode fazer melhor uso das artes?

A igreja deve investir em liderança, capacitando-as para ministérios nas diversas áreas

que a arte abrange: música, teatro, dança e etc; dar espa-ço necessário e utilizar a arte como ferramenta para o cres-cimento do Reino de Deus, bem como para exemplificar sua Palavra.

Dê um recados de incentivo aos artistas de nossas igrejas:

Não deixe de investir seus dons e talentos na Obra do Senhor. Cada um deles foi

dado pelo Senhor para que com ele você possa alcançar vidas a Deus e que seu nome seja glorificado.

A Palavra de Deus diz: “Can-tai-lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo” (Sl 33.3). Deus quer te usar com seus dons e talentos, para a sua glória. Deixe Deus usar a sua vida. Saiba mais sobre o minis-tério Geração Fiel através do site: www.geracaofiel.com.br

Apresento-lhes o grupo Geração Fiel

11o jornal batista – domingo, 21/09/14missões mundiais

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

“Abre a tua boca a f a v o r d o mudo, pelo direito de to-

dos os que se acham em desolação. Abre a tua boca, julga retamente e faze justiça aos pobres e aos necessita-dos” (Pv 31.8-9). Com esse versículo em mente, 14 vo-luntários estiveram em agos-to nas Filipinas em mais uma caravana do Tour of Hope, levando esperança a uma po-pulação frequentemente atin-gida por catástrofes naturais.

Logo na chegada, a equipe coordenada pelo pastor Mar-cos Grava se mobilizou para um impacto na vizinhança da pousada onde ficou hos-pedada.

Muitas casas ainda estão destruídas desde a passagem do tufão Haiyan, em 2013. Nem mesmo a dificuldade de locomoção foi capaz de impedir os voluntários de avançar. No caminho, várias escolas foram impactadas com a presença dessas pesso-as que investiram seu tempo, dons e finanças para levar o

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

A realização de 14 batismos no dia 7 de setembro na Itá-lia pelo pastor João

Caio Bottega foi uma grande experiência para ele e para as igrejas em Treviso, Padova e Marghera, lideradas pelo missionário da JMM e sua esposa, a missionária Astride. Todas as pessoas batizadas levaram amigos e familiares. Segundo o pastor Bottega, foi um momento de testemunho e demonstração do poder de Deus.

“Os batismos foram feitos na água do mar. Tínhamos um grande público presen-ciando e foi com muita li-berdade e autoridade que proclamamos o Evangelho de Cristo”, diz o missionário.

A maioria das pessoas ba-tizadas é fruto dos trabalhos desenvolvidos nas igrejas onde nossos missionários de-senvolvem seus ministérios.

“Foram batizadas duas se-nhoras italianas que começa-ram a vir à igreja através do curso de patchwork que or-

amor de Cristo a pessoas que nunca viram antes e pelas quais agora oram.

Todo o trabalho foi acom-panhado pelo nosso mis-sionário no país, pastor Fer-nando Félix. Ele desenvolve um projeto para construção de 100 casas populares que serão oferecidas aos mais ca-rentes. A primeira delas teve a participação da equipe do Tour of Hope.

O pastor Marcos Grava conta que a cidade de Taclo-ban foi a mais atingida pelo tufão. Segundo ele, estruturas de ferro foram moídas pela força dos ventos e navios foram lançados à terra pela

ganizamos com o objetivo de evangelização. Uma senhora se aproximou da igreja atra-vés da escola de música, pois sempre trazia seus filhos, e aos poucos foi se envolvendo com a igreja, e se converteu quatro anos depois,” conta o pastor Bottega.

“Um jovem esperou a au-torização do pai para o batis-mo, depois de muitos anos de oração. Uma senhora de 93 anos também foi batizada. Uma jovem chegou a Pado-va e se converteu logo que conheceu a igreja, e quando seus familiares provenientes do Brasil estavam aqui em

força das ondas. Mais de oito mil pessoas morreram, e mi-lhares ficaram desabrigadas.

“O Fundo das Nações Uni-das para Infância (Unicef) e outras organizações doaram tendas para que a população afetada pudesse se abrigar. Algumas funcionam ainda como escolas”, diz Grava.

Nossa equipe tinha um bom número de médicos e enfermeiras que não poupa-ram esforços para atender a grande demanda da popu-lação. O que mais chamou a atenção deles foi o grande número de problemas de pele da população. O mais comum era a escabiose (sar-

visita, ela foi batizada em um grande testemunho para eles”, acrescenta o pastor Bottega.

Para nossos missionários, a celebração dos batismos mar-ca um período de grandes experiências com o Senhor, pois as vitórias de Deus têm sido vividas dia a dia. O de-safio de estar à frente de três igrejas tem fortalecido o casal missionário.

“Sempre agradecemos ao nosso Deus pelos milagres que faz no campo, pois senti-mos a cada momento que Ele nos escolheu para estarmos no lugar certo e no momento

na) e também problemas odontológicos. Todos causa-dos pela falta de higiene.

Para que o atendimento fosse possível, a população improvisou uma lona em um dos navios arrastados pelo mar. A equipe de saúde recebeu muitos agradecimen-tos da população local. Nos olhos de cada criança, eles puderam perceber a possibi-lidade de um novo começo com Cristo.

“Milhares de medicamen-tos foram distribuídos em nossa farmácia, conforme prescrição de nossos médi-cos. Nossos psicólogos tra-balharam com dinâmicas de

certo. Continue a apoiar, mas especialmente a orar, porque as lutas são imensas. Mas em

grupo e atendimentos indivi-duais”, revela o coordenador.

Em todo o trabalho, rea-lizado durante cerca de 10 dias, foram feitos mais de 1.500 atendimentos médicos, cerca de 1.000 dinâmicas psicológicas e quase 2.000 pessoas foram evangelizadas. Os voluntários ainda realiza-ram capelania comunitária, Kids Games e diversas ativi-dades de recreação com as crianças.

As próximas caravanas do Tour of Hope embarcarão para Haiti e Bolívia. Faça logo a sua inscrição. Escreva para [email protected] e participe.

Deus podemos resistir e con-templar a completa vitória”, conclui.

Caravana de voluntários da JMM leva esperança às Filipinas

Celebração de batismos como testemunho do Evangelho na Itália

Batismos na praia foram oportunidade para testemunhar o Evangelho Pastor Bottega à direita celebrou batismos na Itália

Crianças também foram alcançadas com atividades recreativas Vários médicos participaram da caravana

Pastor João Caio Bottega à esquerda batizou 14 pessoas na Itália

12 o jornal batista – domingo, 21/09/14 notícias do brasil batista

Carmelita Graciana, jornalista - com colaboração de Maria Sebastiana Francisca da Silva - GO

“Se não agirmos na depen-dência do Senhor, faremos discursos, mas não prega-remos. E, sem cooperação, podemos ser instituição, mas não seremos igreja” (pastor Sócrates Oliveira de Souza)

São aproximadamente 18.000 membros es-palhados entre as 153 igrejas e 94 congre-

gações batistas plantadas ao longo do território goiano. E entre esses, certamente, muitos já ouviram sobre mis-sionários avançando pelo sertão brasileiro rumo ao interior do país por volta de 1914, quando a região norte do estado de Goiás (hoje Estado do Tocantins) foi vi-sitada pelo doutor Ernest A. Jackson e o sul (Hoje Estado de Goiás) pelo missionário Salomão Luiz Ginsburg que fundou, no ano de 1920, na cidade de Catalão, a primeira igreja batista goiana.

Este primeiro trabalho ba-tista em Goiás foi organizado sob a supervisão do campo de São Paulo, mas depois da morte do missionário pio-neiro Salomão Ginsburg, o campo goiano, que estivera afeto ao de São Paulo, passou à jurisdição da Convenção Batista do estado de Minas Gerais, formando o campo Mineiro-Goiano. E, entre os muitos avanços neste se-gundo período, registra-se a Organização da Convenção Batista Goiana, em 21 de Julho de 1939, na cidade de Morrinhos.

Nesta fase, o trabalho ba-tista no estado de Goiás foi marcado pela presença de missionários norte-america-nos recém-chegados, envia-dos pela Junta de Richmond (hoje International Mission Board), que muito contri-buíram no lançamento das bases de um trabalho batista eminentemente goiano.

No período, além da organi-zação da sua Convenção, os batistas goianos construíram o Acampamento Batista Goiano

(Acambago), fundaram o Hos-pital Memorial Batista do Cen-tenário e abriram um Centro Feminino para Tratamento de dependentes químicos cha-mado de Águas de Meribá, entre outros. Mas, na medida em que estes missionários faleciam, se aposentavam ou retornavam ao seu país de origem, consolidava-se uma liderança autóctone junto à denominação em Goiás.

Pela Convenção Batis-ta Goiana nestes 75 anos, passaram 29 presidentes e 15 secretários executivos. Porém, recentemente, no ano de 2013, mediante o crescimento das demandas de comunicação entre Con-venção e igrejas, reforçado pela urgente necessidade de adequação à nova realidade desenhada no estado por conjunturas multissetoriais, decidiu-se pela implantação de novo modelo de gestão administrativa na Convenção Batista Goiana.

O novo modelo adminis-trativo, adotado pela CBG a partir do Novo Estatuto, tem entre suas mudanças mais eloquentes uma subdivisão da antiga função de secretá-rio executivo em duas gerên-cias: gerência administrativa e financeira e gerência de missões, ocupadas respecti-vamente, por uma adminis-tradora de empresas, irmã Tatiana Silva Souza Freire e o pastor Sílvio Daniel Macha-do, sendo coordenados por um comitê gestor de cinco irmãos, eleitos pelo Conselho Geral, para ser o órgão tático, responsável pela elaboração e avaliação de planos de ação a partir do planejamen-to estratégico. A mudança objetiva é trazer maior agili-dade e eficiência ao processo administrativo da CBG, o que representará o fortalecimento da interlocução entre Con-venção e igrejas batistas no estado de Goiás.

Celebração e culto de gratidão

Neste ano de 2014, os ba-tistas goianos comemoraram o Jubileu de Brilhante da UFMBG e 75 anos de Or-ganização da Convenção

Batista Goiana, realizada na cidade de Morrinhos, em 21 de julho de 1939.

O evento para marcar esta última data pela CBG foi a realização de uma celebra-ção de gratidão a Deus no templo da Primeira Igreja Batista em Goiânia - GO no dia 21 de julho. Ao mesmo compareceram lideranças do campo goiano e o povo batista em geral. A progra-mação contou como mensa-geiro com o pastor Sócrates Oliveira de Souza, diretor executivo da Convenção Ba-tista Brasileira (CBB).

A abertura da cerimônia foi feita pelo pastor Silvio Luiz Rosendo, atual presidente da CBG, que citou as principais organizações da entidade e mencionou a recente mudan-ça no modelo administrativo adotado pela Convenção Batista Goiana, a partir do Novo Estatuto, formatado e implementado pelo Comitê Gestor.

A cerimônia cúltica, ideali-zada como uma celebração ressaltando a história da de-nominação em Goiás, contou também com a participação dos pastores Sergio Vaz e Ge-nivaldo Félix, 1º e 2º vices, respectivamente, sendo que o primeiro observou:

“A história é muito impor-tante e continua a ser escrita, mesmo se levarmos em conta que, mesmo as fotografias que ajudam a contá-la, carecem de restauração diante da per-da de fragmentos, vulneráveis que ficam à inexorabilidade do tempo”. Já o pastor Geni-valdo Félix procedeu a uma interessante leitura de texto histórico, assinado por Maria Sebastiana Francisca da Silva, diretora executiva da UFM-BG, intercalado e enriquecido com importantes informações atuais, não presentes no texto do programa impresso.

O pastor Sócrates Oliveira d e S o u z a , m e n s a g e i r o convidado para a noite, fez uma breve introdução e d isse : “Acessem suas B íb l i a s ” . Exp l i cou , em seguida, que apenas se adequava ao vocabulário atual, próprio de tempos cibernéticos, onde tudo

passou a ser “acessado”, termo que, segundo ele, passou a substituir muitos conce i tos . Leu o t ex to bíblico “A palavra de Cristo habite em vós abundante-mente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestan-do-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos es-pirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração” (Cl 3.16).

Prosseguiu fazendo uma belíssima defesa da atitude de render ações de graças, di-zendo: “Todas as nossas cele-brações devem ser iniciadas pela expressão: damos - te graças, oh Deus”. Citou al-guns motivos, desde os mais aparentemente triviais como o ar que respiramos e a luz do sol, estendendo-se a todas as demais dádivas que rece-bemos do Senhor. Defendeu a necessidade de sermos, en-quanto igreja, antes de tudo, adoradores. “Agradecer é um ato de adoração, sobretudo nas celebrações ao Senhor”, afirmou.

“Devemos ser verdadeiros adoradores também pelos atos e pela disposição de ser-vir ao Senhor, especialmente porque a Bíblia afirma: não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi”, disse. Lembrando que a semente dos pioneiros frutificou em 75 anos no estado de Goiás, pela graça e favor de quem os escolheu como obreiros. “Porque se não for sob a dependência de quem nos escolheu, faremos discursos, mas não pregaremos. É Deus quem decide, resta ao crente apenas a decisão de obedecê-lo, ou não”, afirmou.

O orador mencionou a res-ponsabilidade, o compro-misso e a qualidade como características indispensáveis à igreja. “A chamada é para 0% de erro, ao padrão do varão perfeito”, enfatizou. E, citando o texto de Efésios 4.13, abordou a diversidade de ministérios na realiza-ção do serviço eclesiástico, lembrando que o objetivo final é o aperfeiçoamento dos santos.

Falou ainda sobre a coope-ração e a solidariedade que,

segundo ele, são também imprescindíveis entre o povo de Deus, recordando que es-sas características aparecem desde a criação, informando que, de acordo com registro no Gênesis, o Senhor utiliza o verbo fazer conjugado na primeira pessoa do plural, assim: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhan-ça”. “Sem cooperação pode-mos ser instituição, mas não igreja”, disparou. Antes de trazer à memória dos pre-sentes, a História dos Batistas no estado de Goiás, dizendo: “Primeiramente cooperaram com Goiás os irmãos do Sul dos Estados Unidos, depois os paulistas e depois, os mi-neiros”. Concluiu este tópico, explicando a lógica batista da cooperação, onde as igrejas preservam sua autonomia, profundamente integradas ao conjunto.

O orador fez uma brilhante e didática intervenção escla-recendo algumas atribuições de uma Convenção Estadual. Observou que as igrejas mu-dam no que diz respeito aos costumes e que tal fato não passa despercebido pela Con-venção, alegando que esta, por sua vez, deve mapear as necessidades do estado onde está posta e trabalhar no sentido de descobrir mé-todos, assim como também no treinamento de pessoas. Uma Convenção deve ainda, de acordo com o orador, es-timular, praticar e promover a cooperação, a exemplo da grande comissão, instituída na Igreja Primitiva.

Terminou reforçando a ne-cessidade da cooperação no trabalho da igreja, justifican-do com a citação de vários episódios bíblicos nos quais aparecem relatos de pres-tação de contas, tais como envio de relatórios. E afirmou que a prestação de contas e a frequência dos relatórios demonstram a autenticidade e legitimidade da coope-ração na Igreja do Senhor, desde seu início. E, concluiu, propondo o emblemático questionamento: “o que po-demos e o que devemos fazer e qual o legado que estamos deixando?”.

Convenção Batista Goiana celebra os 75 anos

Coral de jovens batistas goianos apresentando durante o culto comemorativo dos 75 anos CBG

Pastor Silvio Luiz Rosendo - atual presidente da CBG durante culto de gratidão dos 75 anos

Pastor Sócrates Oliveira de Souza - diretor executivo da CBB

OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 21/09/14notícias do brasil batista

Lyncoln Araújo, diácono

Na construção da obra da pregação do Evangelho de Jesus Cristo que

Deus confiou aos batistas per-nambucanos, muitos homens e mulheres têm investido ma-ravilhosamente suas vidas. No dia 17 de junho de 2014 um desses homens, Hercílio Pereira da Silva, foi chamado à presença eterna do Deus Pai.

Hercílio foi, durante sua frutífera vida, um pai presente que sempre exerceu sua lide-rança na família com amor e firmeza. Criou os filhos à luz da Palavra de Deus; transmi-tiu aos netos e bisnetos os ensinamentos sagrados.

Jonatas Furtado Costa, pastor da Igreja Batista Central de Nova Iguaçu - RJ

“Por este menino que eu pedia, e o Senhor concedeu--me o pedido. Por isso, ago-ra, eu o dedico ao Senhor. Por toda a sua vida será dedi-cado ao Senhor. E ali adorou ao Senhor” (I Sm 1.27-28)

Nos idos de 1951, no interior do estado do Rio de Janeiro, na cidade de Santo

Antônio de Pádua, o jovem ca-sal Hirodes Andrade e Jandira Andrade tiveram seu primeiro filho. De origem humilde, o jovem casal criava seu filho com muita alegria e esperança. Dois anos após o nascimento a criança foi diagnosticada com raquitismo, um distúrbio causado pela falta de vitamina D, cálcio ou fosfato, o que ocasiona o amolecimento e o enfraquecimento dos ossos. Os recursos eram escassos e não havia muita orientação. A jovem Jandira via seu bebê muito doente e sem muitas expectativas. Ela entregou a criança à sua irmã, pois não queria ver seu filho morrer; e se colocou em oração, pedin-do que Deus curasse a criança. Deus ouviu sua oração e a criança foi curada, e não só curada. Deus, naquele mo-mento, separou aquela criança que foi, durante os 61 anos que se seguiram, instrumento em suas mãos.

Esse foi José Sélio Andra-de, que no dia 10 de agosto de 2014 foi chamado pelo

Nestes últimos quarenta anos viveu de forma amoro-sa e feliz com sua querida esposa Maria da Conceição Pereira da Silva. Na Igreja, uma de suas maiores paixões, serviu em vários momentos, tais como: na diretoria, Escola Bíblica Dominical e União de Homens. Contudo, foi como diácono que viveu plenamen-te sua vocação de servo.

Hercílio foi um homem simples na vida profissional, mas sempre respondendo à altura as suas responsabilida-des funcionais. Na denomina-ção batista em Pernambuco, o diácono Hercílio Pereira serviu em inúmeras funções. Como fundador e presidente dos Homens Batistas de Per-

Senhor para as mansões ce-lestiais. Ainda jovem, José Sélio e sua família mudaram-se para Volta Redonda - RJ, onde frequentaram a Primei-ra Igreja Batista do Retiro, onde seus pais estão até hoje. Foi sempre comprometido e envolvido, foi professor da EBD e líder dos jovens; sempre estudioso da Palavra de Deus. Conheceu a jovem Elizabet Mota de Andrade com quem se casou em 1973; foi o grande amor de sua vida. Foi um exemplo de esposo para a família e a Igreja. Desta união nasceu Clarissa Ribeiro (1977), casada com Ronal-do Wallace Ribeiro, pais de Isabela e Sara Mota (1987), casada com Miguel Arrabal. Esta nasceu no Equador, e é chamada carinhosamente por sua mãe como “nossa equatoriana”.

Recebeu logo o chamando do Senhor e foi capacitar-se no Seminário Teológico Batis-ta do Sul Brasil (1972), onde se formou em bacharel em Teologia. Nesta ocasião foi seminarista na Igreja Batista Central de Nova Iguaçu - RJ, pastoreada pelo pastor José de Souza Herdy. Foi nesta Igreja consagrado ao ministério da Pa-lavra, iniciando seu ministério na Segunda Igreja Batista em Guarapari - ES (1976). Nesse período foi pastor interino na Igreja Batista em Iconha - ES, em um momento de transição pastoral. Retornou para a Igreja Batista Central de Nova Iguaçu, onde exerceu o ministério em dois momentos (1978 a 1983; 1993 a 2012), onde foi jubilado

nambuco, sendo cooperador na implantação da União de Homens em alguns estados do Brasil. Como diácono ser-vindo não só em sua querida Igreja Batista de Afogados, em Recife - PE, como também na Associação dos Diáconos Ba-tistas de Pernambuco, sendo seu fundador e presidente.

No Lar do Ancião, ao qual tanto se dedicou, serviu como diretor desta casa e como dirigente de culto. Ministrou em vários cursos para for-mação de diáconos e dirigiu inúmeros concílios de exa-me de diáconos. Pregador leigo, serviu a várias igrejas e congregações. Entusiasta da obra missionária, visitou na década de 1990 todas as

e recebeu o título honorífico de pastor emérito. Deu posse ao seu sucessor e foi, durante três anos, cooperador e conselheiro do pastor da Igreja.

Em 1981, o jovem pastor e sua família apresentam-se à JMM, passando pelo processo de preparação de obreiros. Foram apresentados como missionários da Junta na Con-venção do Centenário dos Batistas Brasileiros. Em 1983 seguiram para o primeiro cam-po missionário – Bolívia. A função principal seria ajudar o seminário que os batistas brasileiros haviam organizado naquele país. Assumiu tam-bém o pastorado na Terceira Iglesia Bautista de Santa Cruz de La Sierra. Neste ministério a meta principal foi fortalecer a Igreja para que ela fosse capaz de sustentar um obreiro nacio-nal o que, com efeito, se deu quando o casal de missioná-rios finalizou o ministério. Por um tempo também exerceu o ministério na Iglesia Bautista em El Torno, uma pequena comunidade que ficava a uns 40 Km de Santa Cruz. O pastor

frentes missionárias do esta-do de Pernambuco, levando sua animadora presença e ajudando com ofertas. Partici-pou na elaboração da campa-nha evangelista “Pernambuco Para Cristo”, sendo um dos seus maiores promotores.

No Brasil, Hercílio Pereira exerceu grande liderança na União de Homens Batistas do Brasil, onde serviu em várias funções. Foi fundador e mem-bro da diretoria da Associação dos Diáconos Batistas do Bra-sil. Com uma visão missionária ampla, sempre participou de eventos e desafios missioná-rios dos batistas brasileiros.

Amigo leal e presente, es-tava sempre pronto a servir em quaisquer circunstâncias.

José Sélio fez parte do conse-lho administrativo do Colégio Bautista Boliviano Brasileneo, colégio esse também fundado pela JMM. O pastor José Sé-lio e a irmã Elizabet também serviram na liderança da Con-vención Bautista Del Oriente Boliviano.

A JMM decidiu enviar o casal para um novo campo - Equa-dor, onde a necessidade era na Educação Teológica. Neste tempo exerceu o pastorado na Iglesia Bautista Betânia e em uma congregação no bairro Guamaní. Era tempo em que muitas viagens foram feitas à Amazônia equatoriana para atender a missão Anchayacu, onde só era possível chegar de barco. Este foi um tempo mui-to intenso na vida da família missionária, que atuava tam-bém na emissora HCJB, a voz dos Andes. O pastor José Sélio atendia a muitos ouvintes e ficou surpreso quando tomou conhecimento que muitos dos ouvintes eram brasileiros.

O pastor José Sélio foi sem-pre envolvido com a educa-ção. Ainda jovem trabalhou no Colégio Volta Redonda e na AFE. Graduou-se em psicaná-lise clinica. Era especialista em Velho Testamento e Hebraico, tendo lecionado no Seminário Teológico Batista do Sul Brasil e no campus de Nova Iguaçu e na UNIG. Escreveu três livros e várias lições para JUERP, UFMBB, entre outros. Era um homem muito sensível, tinha uma alma de poeta. Deixou poemas para esposa e filhas; escrevia poemas em ocasiões especiais.

Comprometido com os valo-res e prioridades do Reino de Deus, pregou a Palavra, aju-dou os pobres e visitava com regularidade os necessitados. Diácono Hercílio Pereira da Silva, um homem que se im-portava com o próximo.

Pastor José Sélio foi um discipulador, um mestre no sentido lato da palavra. Suas pregações eram verdadeiras aulas. Ele nunca pregou sem passar horas estudando, pois tinha como objetivo ensinar a Palavra com fidelidade e seriedade. Influenciou vários pastores e encaminhou vários ao ministério. Em uma família com vários pastores, foi sem-pre exemplo de espiritualida-de e integridade.

Há muito mais que se es-crever a respeito do pastor José Sélio de Andrade, pois foi um grande homem, que merece receber o adjetivo de “Homem de Deus”, mas neste momento gostaria de render minhas homenagens e de forma simples narrar um pouco da sua história de vida. O Brasil batista perdeu um líder e pastor que era comprometido com a Pala-vra. Neste tempo de conteú-do superficial, ela fará falta.

As famílias Mota e Andrade, os membros e líderes da Igreja Batista Central de Nova Igua-çu e os pastores da família: Elson Brum (concunhado – Metodista), Jonatas Furtado Costa (concunhado – Batista), Ulicio Andrade (irmão – Batis-ta), Ronaldo Wallace Ribeiro (genro – Batista), Tiago Brum (sobrinho – Metodista) e o seminarista Diego Cesar Mota da Silva louvam a Deus pela vida deste homem que foi companheiro e amigo.

“O Senhor dá força ao seu povo (Igreja); o Senhor dá a seu povo (família) a bênção da paz” (Sl 29.11).

Diácono Hercílio Pereira da Silva - um homem que se importava com o próximo

Uma vida consagrada ao Senhor

14 o jornal batista – domingo, 21/09/14 notícias do brasil batista

Sérgio Nascimento, diretor de comunicação da Primeira Igreja Batista em Vila da Penha - RJ

O pastor Sebastião Ferreira nasceu no dia 18 de ou-tubro de 1935

em Mar de Espanha - MG. É o quinto filho de uma família bem simples e de religião católica. Sua mãe teve o cui-dado de colocar em todos os sete filhos o nome de um santo venerado pela Igreja Católica. Quando ainda jo-vem foi residir em Petrópolis - RJ e um amigo da Primeira Igreja Batista de Petrópolis o convidou para assistir um culto em sua Igreja. Logo rejeitou o convite alegando que não possuía sapatos. Seu amigo, interessado em levá-lo à Igreja, prontamente providenciou o que lhe era necessário. Essa experiência anos mais tarde era transmi-tida a outros, especialmente a professores da EBD para que procurassem conhecer e entender o porquê de alunos faltosos. Na Igreja, ouvindo cantar o hino 481 do CC “A pátria abençoada vou, ansio-so peregrino sou...”, sentiu o toque do Espírito Santo e se entregou sem reservas a Deus. Aquele jovem que se embriagava, fumava e perdia noites de sono, teve sua vida totalmente transformada.

Ainda tendo pouco tem-po de vida cristã, sentiu-se convocado por Deus para o ministério da Palavra quando ouvia a mensagem de um mis-sionário na África. Ao ouvir o cântico de uma estrofe do hino 349 do CC “Eras indig-no, mas escolhi-te, não temas, pois eu muito te amei...”, não resistindo à voz do Espírito Santo, mais uma vez se rende aos pés do Mestre. Como o que Deus faz é tudo muito bom e perfeito, durante este mesmo culto, uma jovem cha-mada Rute também sentiu o mesmo chamado do Senhor.

Tornaram-se colegas de tra-balho evangelístico. Enquanto o jovem Sebastião pregava, Rute contava história para as crianças. Os dois resolveram tomar a decisão de se prepara-rem para a grande missão para a qual foram convocados. Rute foi estudar no Colégio Batista, onde fez o Curso de Obreiras, onde era conhecida como “A Obreira de Oração”, título bem apropriado, pois sempre continuou tendo uma vida dedicada a oração. De-pois do Curso de Obreiras ela ingressou no ITC, hoje CIEM. Em 1962, o jovem Sebastião

veio estudar no Seminário Teológico Batista do Sul. Da grande amizade, surgiu o namoro e, em pouco tempo, o casamento, realizado na PIB de Petrópolis.

Dedicaram-se com grande coragem e muito amor à mis-são que lhes fora entregue. O pastor Sebastião também formou-se em Filosofia e Di-reito. Seu primeiro ministério foi realizado em Carapebus - RJ, onde sofreu perseguição religiosa. Contudo, quanto maior a perseguição, mais

a Igreja crescia. Já com dois filhos, viajaram para os EUA, pois o pastor Sebastião rece-bera uma bolsa de mestrado em Teologia no New Or-leans Theological Seminary. Lá, organizaram a La Igreja Bautista em New Orleans Gettesam e trabalhavam no Centro Internacional para marinheiros, onde houve muitas conversões.

Em 1969, de volta ao Bra-sil, foi convidado a partici-par do processo de sucessão pastoral na PIB em Vila da

Penha - RJ, onde a comissão de sucessão havia decidido apresentar três candidatos. Foi apresentado no segun-do domingo de maio, Dia das Mães. Durante o culto ele fez uma ousada oração: “Senhor, e só quero aceitar se for por unanimidade”. Sua oração foi atendida e no mês de julho ele tomou posse no ministério da Igreja, que tinha a membresia de 142 irmãos. Seu amor pela Igreja e ardor evangelístico levou a Igreja a crescer espi-

ritualmente e em número de membros.

Suas marcas sempre foram: visão evangelística e pon-tualidade, ortodoxo por um grande zelo para com a Pala-vra de Deus, reconhecedor de que tudo o que é e tem é fruto da misericórdia de Deus. Enquanto pastor na PIB de Vila da Penha cooperou com várias Igrejas lideran-do-as como pastor interino, como: Leblon, Vista Alegre, Irajá, Transfiguração, Cor-dovil, etc. Em 1978, mais uma vez a família volta aos EUA a fim de o pastor fazer o doutorado em Teologia. Lá iniciaram mais duas Igrejas: La Primeira Igreja Bautista Latino Americana, em Móbi-le, Alabama; a Primeira Igreja Batista em Língua Portuguesa e o Centro de Evangelismo para Internacionais. Cursou Psicologia pela Christian University e exerceu o ma-gistério ensinando Espanhol na Universidade Bautista de Móbile, Alabama. De volta ao Brasil, assume pela segun-da vez o ministério titular da PIB em Vila da Penha, onde liderou com grande visão de expansão do Reino de Deus, levando a Igreja a organizar congregações em vários lu-gares da cidade do Rio de Ja-neiro, assim como no estado, em Minas Gerais e também em Santa Catarina. Quase todas foram organizadas em igrejas com templo próprio e pastores dirigentes.

Durante seu ministério, a Igreja ordenou cerca de se-tenta pastores, três ministros de música e quatro ministras de Educação Cristã. O pastor Sebastião pastoreou a Igre-ja durante 42 anos até que em 12 de fevereiro de 2012 deixou o pastorado titular, tornando-se pastor emérito. Na ocasião, a Igreja home-nageou o casal e seus filhos com um grande culto de ação de graças. Na denominação, foi por diversas vezes presi-dente e vice-presidente da Convenção Batista Carioca (CBC), presidente da Junta de Educação da CBC, deão do Seminário Teológico Batista Fluminense e do Seminário Betel. Ocupou também ou-tras lideranças na denomina-ção. Com merecimento, foi homenageado pela Ordem dos Pastores Batistas Carioca, recebendo o título de “pastor evangelista”. Em julho de 2014, na 110ª Assembleia da Convenção Batista Carioca, foi homenageado com uma placa como reconhecimento por relevantes serviços pres-tados à denominação.

Pastor Sebastião Ferreira - uma vida dedicada ao Senhor

15o jornal batista – domingo, 21/09/14ponto de vista

Antonio Luiz Rocha Pirola, pastor da Segunda Igreja Batista em Linhares - ES

Eutico foi um jovem crente que adormeceu e caiu durante uma longa pregação do

apóstolo Paulo. O fato é nar-rado em Atos 20.7-12. Após cair, ele foi levantado como morto, mas, felizmente, foi ressuscitado. Não há razões para pensarmos que ele fosse um crente desleixado, mas a sua queda serve de reflexão sobre o motivo das quedas espirituais experimentadas por muitos.

As pessoas sofrem quedas espirituais porque se aco-modam espiritualmente no “lugar” errado - Eutico caiu porque se sentou em uma

janela no terceiro andar. Neste contexto, a janela re-presenta um lugar inadequa-do e perigoso, uma vez que a pessoa pode facilmente se desequilibrar e cair. A janela também serve de distração. A Bíblia ensina que não de-vemos nos acomodar ou nos distrair com as atrativas janelas deste mundo: “E não sede conformados com este mundo, mas sede transfor-mados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2); “Não ameis o mundo e nem o que há nele. Se alguém ama o mundo o amor do Pai não está nele” (I Jo 2.15).

As pessoas sofrem quedas espirituais porque caem no

sono espiritual - o sono es-piritual é, no mínimo, peri-goso. Eutico dormiu durante a pregação. A Bíblia diz que ele foi tomado de um sono profundo e isso foi causa da tragédia. A Bíblia diz que o diabo trabalha quando “dor-mimos” ou “cochilamos” na fé. Na parábola de Jesus, o inimigo semeou joio no meio do trigo enquanto os homens dormiam (Mateus 13.25). A Bíblia diz: “Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te escla-recerá” (Ef 5.14).

As pessoas sofrem quedas espirituais por causa do ex-cesso de autoconfiança - Eu-tico provavelmente não tinha medo de se arriscar, pois se sentou em uma janela nas alturas. Estava tão seguro que

não imaginou que pudesse cair. A história sugere que ele se arriscou desnecessaria-mente e confiou demais em si mesmo. Ele dormiu sentado no perigo, perdeu o controle da situação e sofreu uma queda fatal. Esta é a realidade de muitas pessoas que andam nas beiradas perigosas deste mundo, descuidando-se da vida espiritual, e dormindo na fé. A Bíblia diz: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verda-de, está pronto, mas a carne é fraca” (Mc 14.38); “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia” (I Co 10.12).

O jovem Eutico foi ressus-citado, teve uma segunda chance e a Igreja foi conso-lada (Atos 20.12). Esse fato indica que Deus e a Igreja

têm interesse em recuperar os que sofrem quedas espi-rituais. Mas é imprescindível uma mudança de atitude por parte daquele que está caído, assim como aconteceu com o apóstolo Pedro. Ele negou Jesus três vezes mas, arrependido, voltou atrás, chorou amargamente e mu-dou de vida (Mateus 26.75). Mais tarde escreveu: “Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza; antes crescei na graça e co-nhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eterni-dade. Amém” (II Pe 3.17-18).