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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CURSO DE GEOLOGIA FABIANA MARIA LOPES GUIMARAES Petrografia e química mineral da suíte shoshonítica gabro-norito-diorito ediacarana da região de São José do Campestre / RN, NE do Brasil Natal-RN 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

CURSO DE GEOLOGIA

FABIANA MARIA LOPES GUIMARAES

Petrografia e química mineral da suíte shoshonítica gabro-norito-diorito

ediacarana da região de São José do Campestre / RN, NE do Brasil

Natal-RN

2021

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FABIANA MARIA LOPES GUIMARÃES

Petrografia e química mineral da suíte shoshonítica gabro-norito-diorito

ediacarana da região de São José do Campestre / RN, NE do Brasil

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

em 29 de abril de 2021, como parte dos

requisitos necessários à obtenção do título de

bacharel em geologia pela Universidade

Federal do Rio Grande do Norte.

Banca Examinadora

Prof. Dr. Zorano Sérgio de Souza (Orientador, DGeo / UFRN)

Prof. Dr. Frederico Castro Jobim Vilalva (Membro, DGeo / UFRN)

Prof. Dr. Rafael Gonçalves da Motta (Membro, DGeo / UFRN)

Natal-RN, 29 de abril de 2021

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Ao meu pai Januncio (in memoriam) e a minha mãe Joelma, que me fizeram acreditar

que sonhos são possíveis.

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Agradecimentos

Inicio essa página afirmando que ninguém é capaz de vencer obstáculos e

concretizar sonhos sozinho. A caminhada árdua se torna mais leve e possível de vencê-la

quando temos uma mão amiga que ajuda a levantar, que nos guie e que comemore cada

pequeno, mas significativo avanço. Dessa forma, não posso deixar de agradecer as

pessoas que contribuíram para a realização desse trabalho de conclusão de curso e que

acompanharam minha jornada na graduação de Geologia.

Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus pelo o dom da vida e por me dar

auxilio na fé, mesmo quando eu perdia as esperanças. Nenhuma conquista seria alcançada

sem Sua permissão.

Agradeço a minha família, em especial a minha mãe Joelma, meu padrasto Luiz,

a Lúcia, minha tia Jandira, meus padrinhos Fábio e Fabiana, pelo carinho, acolhimento,

conselhos, ensinamentos e apoio.

As minhas amigas Fernanda e Iasmin que sempre acreditaram em mim e

participaram de todos os momentos importantes. Vocês tornam minha vida mais leve e

feliz!

Agradeço aos professores do Departamento de Geologia da UFRN pelos

ensinamentos, em especial ao Professor Zorano Sérgio de Souza por ter me orientado,

apoiado e acreditado no meu trabalho.

Aos meus colegas do Curso de Geologia, em especial Ricardo, Jasmin, Joyce e

Larisse, por terem me apoiado, pelas contribuições e companhia nas noites em claro e

finais de semanas. Sou imensamente grata pelo auxilio de vocês!

Sou grata também pelo apoio concedido pela Universidade Federal do Rio Grande

do Norte, pelo Departamento de Geologia e o CNPq (PIBIC). Esse trabalho contou com

o financiamento dos projetos de pesquisa do CNPq 4490616/2014-2, 305661/2016-7 e

408607/2018-1, coordenados pelo professor orientador desse trabalho de conclusão de

curso.

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“Você tem que agir como se fosse possível

transformar radicalmente o mundo.

E você tem que fazer isso o tempo todo.”

(Angela Davis)

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RESUMO

O termo série shoshonítica engloba uma série de rochas vulcânicas e suas correspondentes

plutônicas, relativamente saturadas em SiO2 com teores de álcalis (>5%), alta e variável

concentração de Al2O3, altas razões Fe2O3/FeO, baixos teores de TiO2, e enriquecimento

em P2O5, Rb, Sr, Ba, Pb e ETRL (elementos terras raras leves). Na Provincia Borborema,

os principais exemplares dessa suíte compreendem rochas gabroícas, dioríticas,

monzodioríticas, monzoníticas, quartzo-monzoníticas e tonalíticas. No domínio mais a

Leste dessa província, Domínio São José do Campestre, ocorrem litotipos dessa suíte,

ainda pouco entendidos quanto a sua petrografia, mineralogia e química mineral. Essa

pesquisa visa o preenchimento dessa lacuna e um melhor entendimento quanto a natureza

química do magma shoshonítico em uma área localizada a leste da cidade de São José do

Campestre. Rochas gabro-noríticas, gabróicas, dioríticas e monzoníticas compõem a suíte

shoshonítica na região estudada. Esses litotipos intrudem o embasamento gnáissico

paleoproterozoico como corpos isolados, associados ou como enclaves intermediários a

máficos nos granitoides porfiríticos. Os corpos gabróicos incluem olivina gabro-norito e

biotita gabro, cuja mineralogia principal mostra-se enriquecida em MgO, CaO e FeO,

expresso pela formação de forsterita, diopsídio, augita, hiperstênio, biotita, hornblenda

(pargasita ou Mg-hornblenda) e plagioclásio (labradorita a andesina). Os dioritos e

monzonitos, bem como os enclaves máficos a intermediários são quimicamente mais

evoluídos que as rochas gabróicas, contendo, plagioclásios do tipo andesina a oligoclásio.

A análise química de dioritos e enclaves intermediários a máficos mostram similaridade

quanto à composição dos anfibólios, com a presença em ambos do tipo Mg-hornblenda.

O mesmo é observado para a composição da biotita, enriquecida em flogopita. A relação

integrada da composição mineralógica e análise química sugere que a suíte shoshonítica

começou a se cristalizar a altas temperaturas promovendo a formação de rochas gabro-

noríticas portadoras de olivina. O magma residual desse processo enriquecido em Na2O

e FeO, possibilitou a cristalização do biotita-gabro, rochas dioríticas e enclaves

intermediários a máficos.

Palavras-chaves: Série shoshonítica; Ediacarano; petrografia; química mineral; NE do

Brasil.

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ABSTRACT

The term shoshonitic series encompasses a series of volcanic rocks and their plutonic

counterparts, relatively saturated in SiO2 with levels of alkalis (> 5%), high and variable

concentration of Al2O3, low TiO2 levels, and enrichment in P2O5, Rb, Sr, Ba, Pb and

LREE (light rare earth elements). In the Borborema Province, the shoshonite suite is

represented by gabbroic, dioritic, monzodioritic, monzonitic, quartz-monzonitic and

tonalitic rocks. In its easternmost portion, the so-called São José do Campestre Domain,

there are lithotypes of this suite, still little understood concerning their petrography,

mineralogy and mineral chemistry. This research aims to fill these gaps and better

understand the chemical nature of shoshonitic magma, in an area located east of São José

do Campestre. Gabbro-noritic, gabbroic, dioritic and monzonitic rocks compound a

shoshonitic suite in the studied area. These lithotypes intrude the paleoproterozoic

gneissic basement, associated or as intermediate enclaves to mafic in the porphyritic

granitoids. The gabbroic rocks include gabbro-norite olivine and gabbro biotite, whose

main mineralogy is enriched in MgO, CaO and FeO, expressed by the formation of

forsterite, diopside, augite, hyperstene, biotite, hornblende (pargasite or Mg-hornblende)

and plagioclase (labradorite to andesine). The diorites to monzonites rocks, and the mafic

enclaves to intermediates are more chemically evolved than gabbroic rocks, carrying

plagioclases of the andesian to oligoclase type. The chemical analysis of gabbro and

intermediate to mafic enclaves shows similarity in terms of amphibole composition, with

the presence in both of the Mg-hornblende type. The same feature is observed for the

composition of biotites, which are rich in phlogopite, also present in dioritic to

monzonites bodies. The integrated relationship of the mineralogical composition and the

necessary chemical analysis that a shoshonite suite began to crystallize at high pressures

and temperature promoting the formation of olivine bearing gabbro-noritic rocks. The

residual magma of the process enriched in Na2O and FeO, made it possible to crystallize

biotite-gabbro, dioritic rocks and intermediate to mafic enclaves.

Keywords: Shoshonitic suite; Ediacaran; petrography; mineral chemistry; NE

Brazil.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Mapa de localização da área de estudo situada a leste de São José do

Campestre/RN. Fonte: Base de dados IBGE e CPRM. .................................................. 14

Figura 2: Mapa de localização detalhado da área de estudo, destacando as vias de

acesso da região. Fonte: Base de dados cartográficos IBGE e CPRM. ........................ 15

Figura 3: Mapa geológico da Província Borborema e seus nove domínios (Medeiros et

al., 2017). ZCPT: Zona de cisalhamento Patos, ZCPJ: Zona de cisalhamento Picuí-João

Câmara, ZCPE: Zona de cisalhamento Pernambuco, ZCPA: Zona de cisalhamento

Portalegre, ZCSP: Zona de cisalhamento Senador Pompéu, ZCSPII: Zona de

cisalhamento Sobral-Pedro II, ZCTA: Zona de cisalhamento Tauá, ZCOJ: Zona de

cisalhamento Orós-Jaguaribe. O retângulo branco posicionado na porção NE destaca a

área objeto do presente trabalho.................................................................................... 19

Figura 4: Mapa geológico simplificado da porção setentrional da Província Borborema,

entre os domínios São José do Campestre e Piranhas-Seridó, destacando o plutonismo

ediacarano presente (Nascimento et al., 2015). a: Coberturas meso-cenozoicas, b: Suíte

shoshonítica, c: Suíte alcalina, d: Suíte equigranular de alto K, e: Suíte calcioalcalina,

f: Suíte alcalina, g: Suíte charnoquítica alcalina, h: Embasamento arqueano gnaíssico-

migmatítico, i: Embasamento gnaíssico-migmatítico paleoproterozoico, j: Grupo Seridó,

k: Zonas de cisalhamento transcorrentes neoproterozoicas, l: Zonas de cisalhamento

transpressionais-contracionais neoproterozoicas, m: Zonas de cisalhamento

distensionais, n: cidades, e o: Capital estadual. O retângulo branco posicionado na

porção SW destaca a área objeto do presente trabalho. ................................................ 21

Figura 5: Diagrama Q (quartzo) – A(álcalis) – P (plagioclásio) e diagrama Q (quartzo)

– A+P (álcalis + plagioclásio) – M (minerais máficos) segundo Streckeisen (1976). .. 32

Figura 6: Fotomicrografia das feições de olivina gabro-norito (amostras LG130 e FZ1),

mostrando fenocristais arredondados de olivina manteados por hornblenda marrom (A

e B); biotita e hornblenda, ambas marrons, intersticiais/poiquilítica (C) e coroa de

diopsídio em olivina (D). Observação em luz transmitida, nicóis paralelos (A, B e C) e

cruzados (B). hb – hornblenda; ol – olivina; pl – plagioclásio; biot – biotita; dio –

diopsídio. ........................................................................................................................ 34

Figura 7: Fotomicrografia das feições de biotita gabro (amostras LG206A), mostrando

textura inequigranular com agregados máficos (biotita, hornblenda, clinopiroxênio)

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entre fenocristais de plagioclásio. Observações em microscopia de luz transmitida com

nicóis paralelos (A e C) e cruzados (B e D). Pl – plagioclásio; hb – hornblenda; biot –

biotita; cpx – clinopiroxênio; op – opacos. .................................................................... 35

Figura 8: Sequência de cristalização de olivina gabro-norito (LG 130), e biotita gabro

(LG206 A) deste trabalho comparada com dioritos do pluton Poço Verde e de enclaves

intermediários de Dias (2006). ....................................................................................... 37

Figura 9: Diagrama para classificação de anfibólios segundo Leake et al. (1997). .... 43

Figura 10: Diagrama para classificação de biotitas de acordo com Rieder et al. (1998).

........................................................................................................................................ 48

Figura 11: Diagrama para classificação de plagioclásios de Deer et al. (2013). Ab –

Albita, An – Anortita e Or – Ortoclásio. ........................................................................ 54

Figura 12: Diagrama para classificação grupo dos piroxênios em grupos de acordo com

Morimoto (1988), onde Q = Ca + Mg + Fe2+ e J = 2Na. A) ortopiroxênios e B)

clinopiroxênios. .............................................................................................................. 61

Figura 13: Diagrama para classificação dos A) ortopiroxênios e B) clinopiroxênios,

segundo Morimoto (1988). ............................................................................................. 62

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Análises por microssonda de anfibólio de olivina gabro-norito (amostra

LG130). _____________________________________________________________ 39

Tabela 2: Análises por microssonda de anfibólio de leucogabro (amostra 206A).___ 41

Tabela 3: Análises por microssonda de anfibólio de enclaves intermediários a máficos

(amostra ES31.2.D; Dias 2006). _________________________________________ 41

Tabela 4: Análises por microssonda de anfibólio de enclaves intermediários a máficos

(amostra ZZJ6; Dias 2006). _____________________________________________ 42

Tabela 5: Análises por microssonda de biotita de leucogabro (amostra 206A)._____ 45

Tabela 6: Análises por microssonda de biotita do pluton Poço Verde (amostra ES35b;

Dias 2006). __________________________________________________________ 46

Tabela 7: Análises por microssonda de biotita dos enclaves intermediários a máficos

(amostras ES31.2D e ZZJ6; Dias 2006). ___________________________________ 47

Tabela 8: Análises por microssonda de plagioclásio de olivina gabro-norito (amostra

LG130). _____________________________________________________________ 49

Tabela 9: Análises por microssonda de plagioclásio de leucogabro (amostra 206A). 50

Tabela 10: Análises por microssonda de plagioclásio do pluton Poço Verde (amostra

ES35b; Dias 2006).____________________________________________________ 51

Tabela 10: Continuação da tabela anterior sobre análises por microssonda de

plagioclásio do pluton Poço Verde (amostra ES35b; Dias 2006). _______________ 53

Tabela 11: Análises por microssonda de plagioclásio dos enclaves intermediários a

máficos (amostras ES31.2D e ZZJ6; Dias 2006). ____________________________ 53

Tabela 12: Análises por microssonda de ortopiroxênio de olivina gabro-norito (amostra

LG130). _____________________________________________________________ 55

Tabela 13: Análises por microssonda de ortopiroxênio de biotita gabro (amostra

LG206A). ___________________________________________________________ 56

Tabela 14: Análises por microssonda de ortopiroxênio do Plúton Poço Verde (amostra

ES35b; Dias 2006).____________________________________________________ 57

Tabela 15: Análises por microssonda de clinopiroxênio de olivina gabro-norito (amostra

LG130). _____________________________________________________________ 58

Tabela 16: Análises por microssonda de clinopiroxênio de biotita leucogabro (amostra

LG206A). ___________________________________________________________ 60

Tabela 17: Análises por microssonda de clinopiroxênio do Plúton Poço Verde (amostra

ES35b; Dias 2006).____________________________________________________ 60

Tabela 18: Análises por microssonda de olivina de olivina gabro-norito (amostra

LG130). _____________________________________________________________ 64

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SUMÁRIO

RESUMO ...................................................................................................................................... 6

ABSTRACT .................................................................................................................................. 7

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 13

1.1 Apresentação .................................................................................................................... 13

1.2 Justificativa e objetivos .................................................................................................... 13

1.3. Localização da área e vias de acesso.............................................................................. 14

1.4. Métodos e técnicas analíticas ......................................................................................... 15

2. CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL ......................................................................... 18

2.1. Domínio São José do Campestre (DSJC) ...................................................................... 20

2.1.1. Unidades arqueanas ................................................................................................. 22

2.1.2. Unidades paleoproterozoicas .................................................................................. 23

2.1.3. Magmatismo ediacarano ......................................................................................... 24

2.1.4. Magmatismo Meso-Cenozoico ................................................................................ 25

3. GEOLOGIA DA ÁREA DE ESTUDO ................................................................................ 28

3.1. Unidade arqueana – Sienito São José do Campestre .................................................. 28

3.2. Unidades paleoproterozóicas ......................................................................................... 28

3.3. Plutonismo ediacarano ................................................................................................... 29

3.3.1. Granito porfirítico.................................................................................................... 29

3.3.2. Dioritos e gabro-noritos .......................................................................................... 30

3.3.3. Enclaves máficos a intermediários ........................................................................ 30

4. SUÍTE SHOSHONÍTICA ..................................................................................................... 32

4.1 Petrografia ........................................................................................................................ 32

4.1.1 Mineralogia ................................................................................................................ 33

4.2. Sequência de cristalização .............................................................................................. 36

4.3. Química mineral .............................................................................................................. 37

4.3.1 Anfibólio ..................................................................................................................... 38

4.3.2 Biotita ......................................................................................................................... 43

4.3.3. Plagioclásio ............................................................................................................... 48

4.3.4. Piroxênios .................................................................................................................. 54

4.3.5. Olivina ....................................................................................................................... 62

5. DISCUSSÕES ......................................................................................................................... 65

6. CONCLUSÕES .............................................................................................................. 68

7. REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 71

Anexos I (Mapa geológico da área de estudo) e II (Mapa de pontos da área de estudo) .... 78

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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

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1. INTRODUÇÃO

1.1 Apresentação

O presente trabalho de conclusão de curso é um dos requisitos necessários para a

obtenção do título de bacharel em Geologia através da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte (UFRN). O estudo contou com a orientação do professor Zorano Sérgio

de Souza do Departamento de Geologia da UFRN, apoio logístico e infraestrutura deste

mesmo departamento, e dos projetos de pesquisa do CNPq (449616/2014-2,

305661/2016-7 e 408607/2018-1), coordenados pelo professor orientador.

1.2 Justificativa e objetivos

A Província Borborema durante o Ediacarano ao Cambriano (Nascimento et al.,

2015) foi afetada por volumoso magmatismo plutônico (Jardim de Sá, 1994), na forma

de batólitos, stocks e diques, com características petrográficas, geoquímicas e

geocronológicas distintas (Nascimento et al., 2015).

Diversos trabalhos (Jardim de Sá, 1994; Galindo et al., 1995; Ferreira et al., 1998;

Hollanda, 1998; Nascimento, 1998, 2000; Nascimento et al., 2015, entre outros) abordam

a classificação desses corpos plutônicos a partir de suas afinidades geoquímicas.

A classificação mais recente dessa atividade plutônica realizada por Nascimento

et al. (2015), agrupam esses corpos em seis suítes magmáticas, sendo elas: Cálcio-alcalina

de alto K porfirítica, Cálcio-alcalina de alto K equigranular, Cálcio-alcalina, alcalina,

Alcalina-Charnoquítica e Shoshonítica.

A suíte shoshonítica (Morrison, 1980) na Província Borborema compreende

pequenos corpos ou associados a suíte Calcio-alcalina de alto K (Nascimento et al., 2008;

Nascimento et al., 2015), de composição variada entre gabro/noritos (Viegas, 2007;

Guimarães et al., 2017), e gabro-dioritos a quartzo monzonito (Nascimento et al., 2008;

Nascimento et al., 2015, Lisboa et al., 2019).

No Domínio São José do Campestre, a suíte supracitada é representada por corpos

isolados de gabros, dioritos a quartzo monzonitos, e tonalitos predominantemente

metaluminosos e geoquimicamente cálcio-alcalinos a subalcalinos (Nascimento, 2000;

Dias, 2006; Nascimento et al., 2008; Nascimento et al., 2015), colocados em ambiente

intracontinental (Souza et al., 2016).

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Embora descritas por vários autores, essa suíte carece de um estudo mais

detalhado quanto a caracterização petrográfica, textural e química mineral. Desse modo,

o presente trabalho tem por objetivo preencher essa vacância a partir do estudo de corpos

de dioritos e quartzo monzonitos (Dias, 2006), localizados a leste da cidade de São José

de Campestre-RN, descritos como pertencentes à suíte shoshonítica (Dias, 2006;

Nascimento et al., 2015; Souza et al., 2016), possibilitando melhor entender a sua

evolução magmática e química.

1.3. Localização da área e vias de acesso

A área de estudo está localizada a leste do município de São José do Campestre/RN,

posicionada no extremo nordeste brasileiro (figura 1). Seu acesso principal é realizado a

partir de Natal – capital do RN, por meio das rodovias federais BR-101 ou BR-226 até

chegar no município de Tangará/RN.

Figura 1: Mapa de localização da área de estudo situada a leste de São José do Campestre/RN. Fonte: Base

de dados IBGE e CPRM.

Em seguida, o acesso continua através das rodovias estaduais RN-093, RN-011 e RN-

003, que ligam o município de Tangará/RN aos municípios de São José do

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15

Campestre/RN, Serra de São Bento/RN, Lagoa d’Anta/RN e Santo Antônio/RN (figura

2). Os pequenos povoados, sítios e fazendas localizados no interior da área foram

acessados a partir de estradas carroçáveis e caminhos secundários.

Figura 2: Mapa de localização detalhado da área de estudo, destacando as vias de acesso da região. Fonte:

Base de dados cartográficos IBGE e CPRM.

1.4. Métodos e técnicas analíticas

O trabalho foi desenvolvido em três etapas principais: pré-campo, campo e pós-

campo, descritas a seguir.

A etapa de pré-campo consistiu na compilação de dados bibliográficos e na

construção de uma base geocartográfica, a partir de dados provenientes em formato

shapefile da Companhia de Pesquisa e de Recursos Minerais (CPRM). Imagens de radar

SRTM (Shuttle Radar Topography Mission), com iluminação 315° Az, foram

empregadas na delimitação das principais estruturas da área. Ainda nessa etapa, foram

usados mapas geofísicos (Kperc, contagem total e ternário) obtidos através do Geobank

– CPRM para melhor delimitar a geometria e os contatos entre as unidades presentes na

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área estudada. Como resultado final dessa etapa foi confeccionado um mapa de pré-

campo.

A etapa de campo, foi realizada em duas campanhas, com a finalidade de

reconhecer e mapear as principais unidades aflorantes, em especial delimitar e

caracterizar petrograficamente os corpos dioríticos, gabroícos e gabro-noríticos presentes

na área. Além disso, foram coletadas amostras para confecção de lâminas e análises de

microssonda eletrônica. A integração de todos os dados citados anteriormente possibilitou

a produção do mapa geológico da área na escala de 1:90.000.

Por último, a etapa de pós-campo compreendeu a descrição petrográfica (com uso

de microscópio de luz transmitida Leica do DGeo/UFRN) e a classificação das principais

litologias, além da classificação dos minerais a partir de química mineral (com

microssonda do IG/UnB) utilizando diagramas diversos.

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CAPÍTULO II: CONTEXTO GEOLÓGICO

REGIONAL

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2. CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL

A área de estudo está inserida na Província Borborema (PB), uma das dez

províncias estruturais brasileiras definidas por Almeida et al. (1981). Essa entidade

geotectônica (figura 3), localizada na porção setentrional do Nordeste brasileiro, é

limitada a norte e a leste pela Margem Continental Atlântica, a sul pelo Cráton São

Francisco e a oeste é recoberta por unidades sedimentares fanerozoicas da Bacia do

Parnaíba.

A PB é composta litologicamente por unidades gnáissicas e migmatíticas

arqueanas a paleoproterozoicas (Almeida et al. 1981; Jardim de Sá et al., 1992; Jardim

de Sá, 1994), sobrepostas em discordância angular e erosiva por supracrustais

(metavulcanossedimentares e metassedimentares) paleoproterozoicas a neoproterozoicas

(Jardim de Sá et al., 1992; Brito Neves et al., 1995; Van Schmus et al., 2003). Uma

volumosa granitogênese brasiliana intrude as unidades supracitadas (Jardim de Sá, 1994;

Santos e Medeiros, 1999).

Expressivo conjunto de zonas de cisalhamento brasilianas (600 a 500 Ma) de

escala continental seccionam a PB (Jardim de Sá, 1994; Vauchez et al., 1995), reativadas

em caráter rúptil durante o Fanerozoico (Jardim de Sá, 1994). Os trends principais dessas

estruturas são E-W (a exemplo dos lineamentos Patos e Pernambuco, figura 3), NE-SW

(a exemplo do Lineamento Transbrasiliano e da Zona de Cisalhamento Portalegre, figura

3), e subordinadamente NW-SE (a exemplo da Zona de Cisalhamento de Tauá, figura 3).

Algumas dessas zonas de cisalhamento marcam grandes descontinuidades

crustais/zonas de sutura (Jardim de Sá, 1994; Medeiros, 2004; Padilha et al., 2014;

Medeiros et al., 2017; Oliveira e Medeiros, 2018), que subdividem a PB em cinco

domínios (Santos, 1995; Santos et al., 1997; Santos et al., 1999; Medeiros, 2004), sendo

esses, de sul para norte, Externo, Transversal, Rio Grande do Norte, Ceará e Médio

Coreaú. Recentemente, Medeiros et al. (2017) subdividiram o Domínio Rio Grande do

Norte em três: Domínio São José do Campestre a leste; Domínio Rio Piranhas-Seridó na

porção central; e Domínio Jaguaribeano a oeste. Já o domínio dito como Externo foi

subdividido em Pernambuco-Alagoas, Sergipano e Riacho do Pontal.

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19

Figura 3: Mapa geológico da Província Borborema e seus nove domínios (Medeiros et al., 2017). ZCPT:

Zona de cisalhamento Patos, ZCPJ: Zona de cisalhamento Picuí-João Câmara, ZCPE: Zona de cisalhamento

Pernambuco, ZCPA: Zona de cisalhamento Portalegre, ZCSP: Zona de cisalhamento Senador Pompéu,

ZCSPII: Zona de cisalhamento Sobral-Pedro II, ZCTA: Zona de cisalhamento Tauá, ZCOJ: Zona de

cisalhamento Orós-Jaguaribe. O retângulo branco posicionado na porção NE destaca a área objeto do

presente trabalho.

A PB foi afetada pelo menos por três grandes eventos tectônicos: (i)

Tranzamazônico, (ii) Cariris-Velhos e (iii) Brasiliano. O evento Tranzamazônico (2,1 a

1,8 Ga, Brito Neves et al., 2014) compreendeu a um evento orogênico que resultou em

sucessivas acreções de arcos magmáticos, acompanhados de importante magmatismo

plutônico de afinidade cálcio-alcalina, shoshonítica e alcalina, com idades U-Pb em

zircão variando de 2,25 a 2,11Ga (Souza et al., 2016; Hollanda et al., 2011). Um evento

magmático intraplaca tardio ocorreu entre 1,8 a 1,75 Ga (idades U-Pb em zircão, Hollanda

et al., 2011). O Evento Cariris-Velhos, definido com base em dados geocronológicos por

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Brito Neves et al., (1995), consistiu de um ciclo de Wilson completo que se desenvolveu

a sul do Lineamento Patos, entre 1,0 a 0,9 Ga (Sales et al., 2011) até a Faixa Sergipana

(Brito Neves et al., 1995; Guimarães et al., 2016). Associado a esse evento, ocorreu um

importante magmatismo bimodal, metavulcânicas e granitos augen-gnaisses (Neves et

al., 2020).

O último evento orogênico de idade brasiliana (700-450 Ma, Almeida et al., 1981;

Brito Neves et al., 2014) foi caracterizado por uma importante tectônica

transcorrente/transformante e volumoso magmatismo de origem mantélica e crustal

(Jardim de Sá, 1994). Segundo esse autor, terrenos alóctones que compõem a PB foram

aglutinados durante a Orogenia Brasiliana, sendo suas acreções comandadas por

processos colisionais oblíquos e transcorrentes/transformantes. Numa etapa final, todo o

bloco que compõem a PB, situado entre as suturas principais que margeiam os crátons

Oeste Africano/São Luis e São Francisco / Congo foi submetido ao retrabalhamento

transcorrente com extrusão lateral (Jardim de Sá, 1994; Brito Neves et al, 1995; Brito

Neves et al., 2014; Ganade de Araújo, 2014).

De modo geral, duas hipóteses principais foram propostas para explicar a evolução

geodinâmica dessa província. A primeira considera que a estruturação da PB se deu

durante o Neoproterozoico com progressiva acresção de terrenos exóticos, ciclos de

Wilson completos e retrabalhamento da crosta pré-Neoproterozoica (Santos, 1999; Santos

et al., 2000; Oliveira et al., 2010; Caxito et al., 2014; Ganade de Araujo et al., 2014;

Santos et al., 2018; Basto et al., 2019, Caxito et al., 2020). A segunda hipótese defende

que a PB resultou do retrabalhamento de blocos continentais, que permaneceram

relativamente estáveis até 2.0 Ga, sendo posteriormente afetada pela instalação e

adicional inversão de bacias intracontinentais, localmente com estágio proto-oceânico

(Neves, 2003, Neves et al., 2006), durante o restante do Proterozoico.

2.1. Domínio São José do Campestre (DSJC)

O Domínio São José do Campestre (DSJC), porção nordeste da Província

Borborema (figura 4), limita-se a oeste com a Zona de Cisalhamento Picuí-João Câmara,

a sul-sudeste, com a Zona de Cisalhamento Remígio-Pocinhos, e a leste e a norte é

recoberto pelos litotipos sedimentares pertencentes as bacias Potiguar e Pernambuco-

Paraíba.

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Essa entidade geotectônica apresenta uma evolução magmática e tectônica

complexa (Dantas et al, 2013), sendo composta em sua porção central por núcleo

arqueano formado principalmente por ortognaisses, e subordinadamente por

metassupracrustais (Dantas et al., 2004, 2013). Esses autores, destacam que esse núcleo

é bordejado por ortognaisses paleoproterozóicos, capeados em sua porção extremo

nordeste e sudoeste pelas metassupracustais neoproterozoicas do Grupo Seridó (Van

Schmus et al., 2003). Além disso, as unidades supracitadas são afetadas por um volumoso

plutonismo de idade brasiliana (Dantas et al., 2013).

Figura 4: Mapa geológico simplificado da porção setentrional da Província Borborema, entre os domínios

São José do Campestre e Piranhas-Seridó, destacando o plutonismo ediacarano presente (Nascimento et al.,

2015). a: Coberturas meso-cenozoicas, b: Suíte shoshonítica, c: Suíte alcalina, d: Suíte equigranular de alto

K, e: Suíte calcioalcalina, f: Suíte alcalina, g: Suíte charnoquítica alcalina, h: Embasamento arqueano

gnaíssico-migmatítico, i: Embasamento gnaíssico-migmatítico paleoproterozoico, j: Grupo Seridó, k:

Zonas de cisalhamento transcorrentes neoproterozoicas, l: Zonas de cisalhamento transpressionais-

contracionais neoproterozoicas, m: Zonas de cisalhamento distensionais, n: cidades, e o: Capital estadual.

O retângulo branco posicionado na porção SW destaca a área objeto do presente trabalho.

As unidades que compõem o núcleo arqueano compreendem a segmentos crustais

independentes aglutinados e retrabalhados por eventos tectono-metamórficos

paleoproterozoicos (Dantas et al., 2004) e neoproterozoicos (Jardim de Sá 1994; Brito

Neves et al. 1995; Brito Neves et al. 2000; Brito Neves et al. 2001). A formação desses

segmentos se deu a partir de seis episódios magmáticos (3,41, 3,36, 3,33, 3,25, 3,12, e

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3,03 Ga, Souza et al., 2016; Dantas et al., 2013). Dados de U-Pb em zircões e Sm-Nd em

rocha total, revelam um período de quiescência de 330 Ma, com retorno de atividade

magmática a 2,70 Ga (Dantas et al., 2013).

A modelagem petrogenética de elementos traços e maiores revelam que o DSJC

evoluiu a partir interação de magmas trondjemíticos ou adakitos ricos em sílica,

originados de uma fonte mantélica metassomatizada ou de uma crosta subductada

enriquecida (Dantas et al., 2004; Dantas et al., 2013). Segundo Souza et al. (2016), pelo

menos um dos episódios de geração de magma teria derivado diretamente do manto,

sendo representado pelos gabro-noritos do Complexo Senador Elói de Souza, 3,03 Ga.

Granitoides são creditados por Souza et al. (2007) como possíveis protólitos das

unidades paleoproterozoicas, cuja origem estaria vinculada à um ambiente de subducção

e a fusão do manto enriquecido, gerado pela infiltração de um magma adakítico rico em

sílica dentro do manto depletado.

Dados geocronológicos de U-Pb em zircões, composições químicas e isotópicas,

além do contexto geológico e estrutural, evidenciam que as rochas plutônicas

neoproterozoicas dessa região originaram principalmente a partir de magmatismo

intracontinental (Souza et al., 2016). Parte dos gabros-dioritos neoproterozoico tardios,

ricos em K, podem ter sido provenientes de um manto previamente enriquecido (Jardim

de Sá, 1994; Neves et al., 2000; McReath et al., 2002; Nascimento et al., 2002; Hollanda

et al., 2003; Souza et al., 2016). O volumoso plutonismo ácido a intermediário que ocorre

no DSJC pode ser oriundo de unidades crustais mais antigas (Souza et al., 2016).

2.1.1. Unidades arqueanas

O Domínio São José do Campestre é constituído por no mínimo seis unidades

arqueanas, sendo elas: Unidade Bom Jesus (UBJ), Complexo Serra Caiada (CSC),

Complexo Brejinho (CBr), Ortognaisse São Pedro do Potengi (SPP), Complexo máfico-

ultramáfico Riacho das Telhas (CRT), Complexo Senador Elói de Souza (CSES) e o

Complexo São José do Campestre (CSJC).

A UBJ com 3,4 Ga ± 8 Ma (U-Pb em zircões, Dantas et al., 2004), representa os

litotipos mais antigo do DSJC, sendo constituída de ortognaisses de composição

granodiorítica a tonalítica, com enclaves de gabro a quartzo diorito e leucossomas

trondjemíticos (Dantas et al., 2004, 2013).

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Granodioritos a monzogranitos exibindo xenólitos de um tonalito mais antigo

(Dantas et al., 2004, 2013) são as unidades arqueanas dominantes no DSJC. Esses

litótipos compõem o CSC, cuja formação está vinculada a dois eventos magmáticos, um

a 3.356 ± 21 Ma e outro a 3.255 ± 44 Ma (U-Pb em zirções, Dantas et al., 2004, 2013;

Souza et al., 2016).

O CBr compreende a quartzo dioritos, granodioritos e tonalitos (Dantas et al.,

2013). Dados geocronológicos de U-Pb em zircões apontam a idade de 3.333 ± 77 Ma

para cristalização dessas rochas (Dantas et al., 2004, 2013).

Pequenos corpos de biotita hornblenda ortognaisses com composição granítica a

granodiorítica (Dantas et al., 2013) representam o SPP. Essa unidade apresenta idade de

cristalização em torno de 3.118 ± 19 Ma, U-Pb em zirções (Souza et al., 2016).

Dados geocronológicos de U-Pb em zircões realizados por Jesus (2011) e Abrahão

Filho (2016) em rochas peridotíticas, piroxenitos, gabros e dioritos obtiveram idades

3.083 ± 17 Ma e 3.041 ± 23 Ma. Dantas et al. (2004), Jesus (2011) e Abrahão Filho (2016)

descrevem essas litologias como corpos alongados com orientação principal NW-SE,

sendo os principais representantes do CRT. Essa mesma orientação é observada nos

corpos de diopsídio grossulária anortositos, granada metagabros e noritos que integram o

CSES (Dantas et al., 2004, 2013). Dados geocronológicos de U-Pb em zircões apresentam

idade de 3.033 ± 3 Ma (Dantas, 1996) para a cristalização desses corpos.

A última fase do magmatismo arqueano no DSJC é marcado por quartzo diorito e

sienogranito do CSJ (Dantas et al., 2013). Datações obtidas através de métodos

geocronológicos U-Pb em zircões indicam cristalização em 2685 ± 9 Ma (Dantas et al.,

2004).

2.1.2. Unidades paleoproterozoicas

As unidades paleoproterozoicas compreendem aos complexos João Câmara

(CJC), Serrinha-Pedro Velho (CSPV), Santa Cruz (CSC) e a Suíte Inharé (Angelim,

2006).

Hornblenda migmatitos bandados e hornblenda-biotitas ortognaisses (Angelim,

2006), com idade entre e 2.312 ± 16 Ma e 2.250 ± 50 Ma, U-Pb em zircões (Dantas 1996)

são os principais representantes do CJC.

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Biotita-hornblenda migmatitos, compostos por paleossoma tonalítico à

granodiorítico e leucossoma granítico, caracterizam o CSPV (Angelim, 2006), com

idades entre 2.182.183 ± 5 Ma a 2.203 ± 4 Ma, U-Pb em zirções (Dantas, 1996).

Ortognaisses de composição diversa, predominando os de composição

granodiorítica e tonalítica compõem o CSC (Angelim, 2006). Idades entre 2.184 ± 16 Ma

e 2.069 ± 22, U-Pb em zirções são atribuídas a esse complexo por Dantas (1996).

Denso enxame de diques e soleiras de anfibolitos e metahornblenditos, suíte

Inharé, com idade 1.977 + 35 Ma, U-Pb em zircão, ocorre afetando as unidades dos

complexos supracitados (Dantas, 1996).

2.1.3. Magmatismo ediacarano

O magmatismo ediacarano ocorre em toda a área do DSJC, sendo caracterizado

por diversos corpos intrusivos no embasamento paleoproterozóico. Recentemente

Nascimento et al. (2015), classificaram as rochas ediacaranas presentes no Domínio Rio

Grande do Norte em seis suítes distintas. Embora, presentes majoritariamente fora do

DSJC, cinco dessas suítes ocorrem no território desse domínio, sendo essas: Shoshonítica

(Shos), Cálcio-alcalina de alto K Porfirítica (CalcAlcAKP), Cálcio-alcalina de alto K

Equigranular (CalcAlcAKE), Cálcio-alcalina (CalcAlc) e Alcalina (Alc).

A suíte Shos corresponde a pequenos corpos isolados ou como enclaves nos

plútons das suítes CalcAlcAKP e CalcAlc, que são constituídos por gabros e dioritos a

quartzo monzonitos, apresentando em sua mineralogia máfica clinopiroxênio,

ortopiroxênio, anfibólio e biotita (Nascimento, 2000; Nascimento et al., 2008;

Nascimento et al., 2015). Segundo esses autores, as rochas dessa suíte são

predominantemente metaluminosas e são classificadas geoquimicamente como cálcio-

alcalinas a alcalinas ou subalcalinas.

O conjunto de corpos que predominam no DSJC corresponde a suíte CalcAlcAKP,

essa sendo composta por monzogranitos, granodioritos e quartzo monzonitos, que exibem

como principal característica grandes fenocristais de feldspato potássico (Nascimento,

2000; Nascimento et al., 2008; Nascimento et al., 2015). O Monte das Gameleiras (573

± 7 Ma; Galindo et al., 2005) e o pluton Serrinha (576 ± 3 Ma; Galindo et al., 2005) são

representantes desse grupo.

A CalcAlcAKE é composicionalmente representada por monzogranitos

equigranulares ou microporfiríticos, ocorrendo na forma de diques, soleiras e corpos

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isolados (Nascimento, 2000; Nascimento et al., 2008; Nascimento et al., 2015). Os

plútons Picuí (549 ± 4 Ma; Hollanda et al., 2012; Nascimento et al., 2015) e Dona Inês

(582 ± 5 Ma; Guimarães et al., 2009) apresentam granada em algumas de suas fácies

(McMurry et al., 1987; Borges, 1996; Nascimento, 2000; Nascimento et al., 2008;

Nascimento et al., 2015).

No DSJC a suíte CalcAlc é representada pelo plúton Gameleira, localizado na

porção norte desse domínio, sendo constituído por granodiorito de granulação média a

grossa a tonalito inequigranular (Nascimento et al., 2015).

Os plutons Caxexa (578 ± 14 Ma; Nascimento, 2000), Serra do Boqueirão, Serra

do Algodão (529 ± 54 Ma; Nascimento, 1998), Olho D’agua e fácies do Japi (597 ± 4

Ma; Souza et al., 2016) constituem a suíte Alc, situados na porção sul do DSJC. Esses

plutons são constituídos por álcali-feldspato granito, quartzo álcali-feldspato sienito e

sienogranito (Nascimento et al, 2015, Nascimento et al., 2008). Granadas com moléculas

do tipo andradita são descritas nos plutons Caxexa, Serra do Boqueirão e Serra do

Algodão (Nascimento et al., 2015, Nascimento et al., 2008).

2.1.4. Magmatismo Meso-Cenozoico

Durante o Meso-cenozoico um expressivo magmatismo intrusivo e extrusivo

afetou a PB, associado a fragmentação do Supercontinente Pangeia (Misuzaki et al.,

2002). Esses autores agrupam tal magmatismo em três pulsos distintos, denominados

Magmatismo Rio Ceará-Mirim, Magmatismo Serra do Cuó e Magmatismo Macau.

Desses, apenas o Magmatismo Serra do Cuó não foi descrito no Domínio São José do

Campestre.

O Magmatismo Rio Ceará-Mirim ocorre na porção norte do DSJC, sendo

representado por exames de diques orientados preferencialmente na direção E-W

(Hollanda et al., 2019), constituídos de diabásios e basaltos de afinidade geoquímica

predominantemente toleítica (Bellieni et al., 1992; Hollanda et al., 2006; Ngonge et al.,

2017). Segundo Araújo et al. 2001, esse magmatismo ocorreu entre 145 Ma a 110 Ma.

Souza et al. (2003) obtiveram idade plateau de 132,2 ± 1 Ma, Ar40/Ar39 em grãos de

anfibólios, interpretada como o pulso principal (Misuzaki et al., 2002) desse evento

magmático.

O Magmatismo Macau, situado pincipalmente na porção norte do DSJC,

corresponde a rochas alcalinas do tipo olivina basaltos, basanitos, ankaratritos e

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ocasionalmente nefelinitos, na forma de derrames, diques, plugs e necks (Sial, 1976;

Almeida et al., 1988). Souza et al. (2007) a partir de dados geocronológicos Ar40/Ar39

constataram que eventos distintos ocorreram entre 50 e 7 Ma, sugerindo que termo

Magmatismo Macau deveria ser aplicado apenas as rochas subalcalinas com idades entre

25 a 22 Ma.

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CAPÍTULO III: GEOLOGIA DA ÁREA DE ESTUDO

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3. GEOLOGIA DA ÁREA DE ESTUDO

Esse capitulo abordará a descrição das litologias presentes na área de estudo, a

partir da caracterização petrográfica, limites e contatos entre as unidades, e suas relações

estratigráficas. Esses dados foram integrados aos oriundos da interpretação de imagens

de SRTM, dados geofísicos e mapeamentos prévios (Dias 2006, Viegas 2007, Roig e

Dantas 2013 e Ribeiro 2019).

Dados geocronológicos e isotópicos pré-existentes (Dantas, 1996; Dantas et al.,

2004; Dantas et al., 2013; Nascimento et al., 2015 e Souza et al., 2016) foram utilizados

para definir o empilhamento estratigráfico da área estudada, expresso da unidade mais

antiga a mais nova. Todos os dados aqui mencionados foram integrados para a confecção

do mapa geológico da área (anexo I) e o mapa de pontos visitados (anexo II).

3.1. Unidades arqueanas

O Complexo Serra Caiada (ortognaisses de composição tonalítica a

monzogranítica) e o Sienito São José do Campestre compreendem as unidades mais

antiga da área de estudo, ocorrendo na porção NW.

Monzogranitos a sienogranito são as rochas dominantes nas unidades

supracitadas, as quais, apresentam coloração cinza claro a rosa, textura equigranular

média, com mineralogia composta essencialmente por K-feldspato, quartzo, plagioclásio,

biotita e anfibólio.

Esses litotipos exibem comumente superfícies planares de baixo ângulo, expressa

por dobramentos recumbentes, estando associadas a deformação D1//D2 e que

possivelmente pode ter obliterado estruturas previas.

3.2. Unidades paleoproterozoicas

Os litotipos paleoproterozoicos representados por ortognaisses bandados,

ortognaisses tonalíticos a granodioríticos, augen gnaisses granodioríticos a tonalíticos e

ortognaisses quartzofeldspáticos, são as rochas predominantes. Essas são afetadas

comumente por zonas de cisalhamento de caráter dextral, sendo as encaixantes dos

plutons ediacaranos.

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Os ortognaisses bandados são caracterizados por bandas de espessuras diversas de

composição granítica (quartzo, plagioclásio e feldspato potássico) e tonalítica constituída

de minerais máficos como biotita e anfibólio. Essas rochas sofreram migmatização nas

regiões próximas das intrusões graníticas.

Os ortognaisses de composição tonalítica a granodiorítica apresentam coloração

cinza claro a cinza escuro e textura equigranular média, sendo constituídos por

plagioclásio, quartzo, anfibólio e biotita. Esses litótipos demonstram foliação S1+S2

bastante marcada, frequentemente afetada por dobras suaves a apertadas, além de zonas

miloníticas relacionadas a deformação ediacarana D3.

Os augen gnaisses granodioríticos a tonalíticos ocorrem restritos a faixas estreitas

de direção NE-SW, bastante deformados, textura media a grossa com porfiroclastos

estirados de feldspato potássico e plagioclásio.

Os gnaisses quartzo-feldspáticos mostram-se com coloração esbranquiçada,

textura grossa, compostos essencialmente de quartzo e plagioclásio, e bastante

deformados.

3.3. Plutonismo ediacarano

3.3.1. Granito porfirítico

Os granitoides porfiríticos localizados na porção central da área ocorrem

intrusivos nos ortognaisses paleoproterozoicos, sendo representados por partes do

Batólito Monte das Gameleiras e do pluton Serrinha, além de dois corpos menores não

nomeados (Anexo I).

Essas rochas apresentam textura inequigranular, variando de média a grossa, com

mineralogia dominada por quartzo, feldspatos, biotita e anfibólio. Fenocristais de

feldspato potássico ocorrem com tamanhos variados, podendo atingir até 15 cm.

Na porção central desses corpos, os fenocristais de feldspato potássico

encontram-se orientados, representando o fluxo magmático. Já nas suas bordas esse

mineral apresenta caudas de recristalização e sombras de pressão, além disso o quartzo

se exibe bastante estirado, sendo essas características oriundas da ação das zonas de

cisalhamentos que se desenvolveram bordejando esses granitoides.

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3.3.2. Dioritos, gabros e gabro-noritos

As rochas dessa unidade são representadas por três corpos, o pluton Poço Verde

localizado na porção SE, e dois corpos menores situados na porção SW. Esses corpos

ocorrem intrusivos nos ortognaisses paleoproterozóicos ou associados aos granitoides.

Essas rochas mostram uma coloração cinza médio a cinza escuro, com textura

variando de média a grossa, equigranulares a inequigranulares porfiríticos de composição

diorítica, quartzo monzonítica e gabróica. Mineralogicamente são constituídos de

plagioclásio, biotita, piroxênio, anfibólio e olivina.

3.3.3. Enclaves máficos a intermediários

Essa litologia ocorre comumente como enclaves de composição diorítica, quartzo

diorítica e tonalitíca nos granitos porfiríticos, e ocasionalmente como pequenos corpos

isolados, alongados e de tamanhos variados. Sua coloração é escura devido a presença

dos minerais máficos, como anfibólio e biotita, textura variando de fina a média.

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CAPÍTULO IV: SUÍTE SHOSHONÍTICA

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4. SUÍTE SHOSHONÍTICA

4.1 Petrografia

A petrografia dos corpos denominados LG130 e LG206A foram classificados

segundo suas composições modais em olivina gabro-norito e biotita-gabro,

respectivamente, com base no diagrama ternário de Streckeisen (1976). Por meio do

diagrama Q-A+P-M (Streckeisen 1976), o LG130 é definido como melanocrático e o

LG206A é classificado como mesocrático (figura 5). Ambos apresentam uma textura

global inequigranular com pórfiros de plagioclásio, piroxênio e olivina.

Figura 5: Diagrama Q (quartzo) – A(álcalis) – P (plagioclásio) e diagrama Q (quartzo) – A+P (álcalis +

plagioclásio) – M (minerais máficos) segundo Streckeisen (1976).

Para efeito comparativo, a figura 5 também aborda as composições modais de

outras rochas, descritas por Dias (2006), em mesmo contexto geológico de suíte

shoshonítica, que os corpos citados anteriormente, como o pluton Poço Verde (quartzo

monzonito, quartzo monzodiorito e quartzo diorito) e os enclaves intermediários a

máficos (granodiorito, tonalito, quartzo monzodiorito e quartzo diorito). Em relação a

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quantidade de máficos, predomina rochas mesocráticos e subordinadamente leucocráticas

(figura 5).

4.1.1 Mineralogia

Os minerais essenciais presentes no olivina gabro-norito (LG 130) são olivina,

piroxênio, anfibólio e plagioclásio. A biotita e traços de opacos ocorrem como minerais

acessórios. Todos os minerais identificados são descritos a seguir.

A olivina (38%; figura 6) ocorre como cristais subédricos a anédricos, com

contornos arredondados e sinuosos. Seu tamanho varia entre 1,40 mm a 2,50 mm.

Apresenta-se incolor, com ausência de clivagem e com ângulo ótico próximo de 90º.

Frequentemente, apresenta inclusões e bordas de piroxênio, indicando reação com o

líquido magmático.

O piroxênio (30%; figura 6) apresenta coloração incolor, verde claro e marrom

pálido, geralmente subédrico, com tamanho de 1,2-1,4 mm. Esse mineral exibe bordas

envoltas de anfibólio, resultante do processo de uralitização, ocorrendo no tipo

ortopiroxênio, com ângulo de extinção reta; e clinopiroxênio, com ângulo de extinção de

35 º a 40º.

O anfibólio (15%; figura 6) do tipo hornblenda, ocorre como cristais subédricos

a anédricos e com tamanhos variando de 1,50 mm a 2,80 mm. Seu ângulo de extinção é

de aproximadamente 25º, com clivagens formam ângulo em torno de 56º. Foi possível

identificar dois tipos, sendo o mais frequente o de cor marrom escura e de textura

poiquilítica (inclusões de olivina, piroxênio, plagioclásio). O outro, mais raro, verde

moderado, formando bordas em piroxênio.

O plagioclásio (15%) ocorre como cristais subédricos de formato tabular, com

tamanho variando de 0,2mm a 2,0 mm, e germinação polissintética. O teor de anortita

estimado de acordo com o método Michel-Lévy, apontam para An entorno de 60%.

Os cristais de biotita (2%) são subédricos, lamelares e intersticiais. Apresentam

tamanho entre 0,7 mm e 1,50 mm e coloração marrom escura, com extinção reta e sinal

ótico em torno de 30º. Geralmente exibem textura poiquilítica (figura 2), com inclusões

de piroxênio, anfibólio, olivina e minerais opacos.

Os minerais opacos ocorrem dispersos na rocha, são anédricos a subédricos e seu

tamanho variam de 0,2 até 0,5mm. Apresentam-se inclusos nas olivinas, hornblendas e

piroxênios.

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Figura 6: Fotomicrografia das feições de olivina gabro-norito (amostras LG130 e FZ1), mostrando

fenocristais arredondados de olivina manteados por hornblenda marrom (A e B); biotita e hornblenda,

ambas marrons, intersticiais/poiquilítica (C) e coroa de diopsídio em olivina (D). Observação em luz

transmitida, nicóis paralelos (A, B e C) e cruzados (B). hb – hornblenda; ol – olivina; pl – plagioclásio; biot

– biotita; dio – diopsídio.

Os minerais essenciais de biotita gabro (LG206A) são plagioclásio, piroxênio,

anfibólio e biotita. Os minerais opacos ocorrem como acessórios, com traços de apatita.

Esses minerais são descritos abaixo.

O plagioclásio (58%), ocorre como cristais subédricos de formato tabular e com

tamanho variando de 0,6mm a 3,0 mm. Apresenta germinação polissintética, com teor de

anortita estimado em 52% de acordo com o método Michel-Lévy. Ocasionalmente

mostram maclas encurvadas (figura 7). Possuem inclusões de opacos, anfibólios,

piroxênios e apatita.

O piroxênio (23%), ocorre como cristais subédricos a anédricos, de coloração

verde claro e levemente marrom, com tamanhos entre 0,4 mm a 2,0 mm, com ângulo

ótico em torno de 65º. Há ocorrência de dois tipos: ortopiroxênio, com ângulo de extinção

reta e; clinopiroxênio, com ângulo de extinção de 35 º a 40º.

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Figura 7: Fotomicrografia das feições de biotita gabro (amostras LG206A), mostrando textura

inequigranular com agregados máficos (biotita, hornblenda, clinopiroxênio) entre fenocristais de

plagioclásio. Observações em microscopia de luz transmitida com nicóis paralelos (A e C) e cruzados (B e

D). Pl – plagioclásio; hb – hornblenda; biot – biotita; cpx – clinopiroxênio; op – opacos.

O anfibólio (13%; figura 7) do tipo hornblenda, ocorre como cristais subédricos

a anédricos de coloração marrom com tamanhos variando de 0,50 mm a 2,0 mm. Seu

ângulo de extinção é de 23º, aproximadamente. Frequentemente formam bordas no

piroxênio decorrente do processo de uralitização.

A biotita (5%; figura 7) ocorre como cristais subédricos, lamelares e com

tamanho entre 0,6 mm e 3,50 mm. Sua coloração varia de marrom claro a marrom escura.

A extinção se apresenta reta e seu sinal ótico em torno de 25º. Exibe inclusões de

piroxênio, anfibólio, plagioclásio, apatita e minerais opacos, caracterização uma textura

poiquilítica.

Os minerais opacos (2%; figura 7) ocorrem dispersos na rocha, com tamanho 0,3

até 1,0mm.

A apatita ocorre como pequenos cristais aciculares inclusa em plagioclásio e

biotita.

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4.2. Sequência de cristalização

Por meio das texturas observadas nas seções delgadas foi possível sugerir uma

sequência de cristalização para os corpos LG130 e LG206A (figura 8).

Uma geração precoce de minerais opacos (opacos I), inclusos na maior parte dos

minerais, compreendem a fase inicial de cristalização magmática, seguido da formação

de cristais de olivina, que ocorrem restrito ao LG 130. Esses minerais mostram-se

englobados por hornblendas e biotitas, exibindo textura em corona marcada por bordas

em piroxênio (clino- e orto-). No caso da LG206A, os piroxênios são envoltos por biotita

e plagioclásio.

A formação dos clino- e ortopiroxênios em textura corona pode ser explicado pela

reação entre cristais de olivina recém-formadas com um líquido magmático residual

enriquecido em CaO e SiO2.

Uma geração tardia de opacos ocorreu após a cristalização dos clinopiroxênios,

como produto de oxidação das bordas desses e/ou preenchendo suas fraturas.

Os cristais de plagioclásios ocorrem inclusos ou bordejando os minerais

anteriormente descritos. A fase final de cristalização magmática é marcada pela formação

de anfibólios e biotitas, ambos exibindo textura poiquilítica. A geração das biotitas está

vinculada a cristalização final de líquido residual rico em magnésio, potássio, alumínio,

ferro e titânio.

A sequência de cristalização do LG130 e LG206A foram comparadas com as

sequências de cristalização (figura 8) das rochas dioríticas do pluton Poço Verde e dos

enclaves intermediários a máficos descritos por Dias (2006). Essa relação evidencia que

os corpos gabro-norito e gabro se cristalizaram a partir de um magma mais enriquecido

em magnésio e cálcio, e menos diferenciado, que os descritos por Dias (2006).

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Figura 8: Sequência de cristalização de olivina gabro-norito (LG 130), e biotita gabro (LG206 A) deste

trabalho comparada com dioritos do pluton Poço Verde e de enclaves intermediários de Dias (2006).

4.3. Química mineral

Nesse item são apresentadas análises químicas de anfibólio, biotita, plagioclásio,

piroxênio e olivina, provenientes de gabro-norito, gabro, dioritos e enclaves

intermediários a máficos. A partir dessas analises foi possível classificar esses minerais

com base em suas fórmulas estruturais e diagramas.

Os dados foram obtidos nas seções delgadas LG130 e LG 206A, por meio de

microssonda eletrônica do tipo JEOL-JXA-8230 EMP do IG/UnB (Instituto de

Geociências/Universidade de Brasília) com cinco espectrômetros sob as seguintes

condições operacionais: voltagem de 15 kV, corrente de 10 mA, tempo de contagem de

10s e feixe de elétrons com diâmetro de 1 micrômetro. Foram usados padrões sintéticos

e naturais. Os erros analíticos são menores que 2,0% para SiO2, Al2O3, Fe2O3, MgO,

MnO, CaO e TiO2, e < 4.0-6.0% para Na2O e K2O. Para efeitos de comparação, foram

utilizados os dados do pluton Poço Verde (amostra ES35B) e enclaves intermediários a

máficos (amostras ES31.2 e ZZJ6) de Dias (2006).

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4.3.1 Anfibólio

As amostras coletadas para análise dos anfibólios são dos corpos LG 130 (tabela

1) e LG206A (tabela 2). Além dessas, das análises dos pontos ES31.2 (tabela 3) e ZZJ6

(tabela 4) representativos dos enclaves intermediários a máficos também foram

utilizados.

Os anfibólios do LG130 apresentam teores dos elementos químicos Ti e Al

ligeiramente maiores que os anfibólios do LG 206A, ES31.2 e ZZJ6. Os anfibólios do

LG206A, ES31.2 e ZZJ6 são ligeiramente mais ricos em Fe. Nota-se a discreta presença

de F nos anfibólios do LG 130.

Em relação a classificação desses minerais, foram seguidos os procedimentos

propostos por Leake et al. (1997). Inicialmente, é necessário que os íons sejam

rearranjados de acordo com a fórmula estrutural geral dos anfibólios.

A0–1B2CVI5TIV

8O22(OH, F, Cl)2, onde:

A (∑ = 1,00) = Na+, K+;

B (∑ = 2,00) = Na+, Zn2+, Li+, Ca2+, Mn2+, Fe2+, Mg2+;

C (∑ = 5,00) = Mg2+, Fe2+, Mn2+, Al3+, Fe3+, Ti4+, Zn2+, Cr2+;

T (∑ = 8,00) = Si4+, Al3+, Ti4+.

Em seguidas, os anfibólios são classificados em grupos. Nos casos analisados, eles

pertencem ao grupo dos anfibólios cálcicos, pois obedecem aos parâmetros (Ca+Na)B

1 e NaB 0,50. Por fim, a partir dos parâmetros Si4+ e Mg/(Mg+Fe2+), esses minerais são

classificados em relação à nomenclatura.

O anfibólio da maioria das amostras do LG130 se classifica como pargasita (figura

9). Apenas um dos anfibólios classifica-se como kaersutita, devido seu teor de Ti ser

superior a 0,50. As amostras do LG206A foram classificadas como magnésio-hornblenda

(figura 10). Por último, anfibólios dos enclaves intermediários e máficos foram

classificados como tschermakita, magnésio-hornblenda, actinolita (figura 10) e edenita

(figura 9).

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Tabela 1: Análises por microssonda de anfibólio de olivina gabro-norito (amostra LG130).

Anfibólio

Amostra LG130

%Peso / Ponto 9 10 5 6 22 Média σ

SiO2 41,68 42,47 41,86 42,02 42,30 42,07 0,32

TiO2 2,92 3,24 3,82 4,79 3,75 3,70 0,71

Al2O3 12,11 12,07 12,35 12,78 12,35 12,33 0,28

Cr2O3 0,30 0,41 0,15 0,10 0,00 0,19 0,16

FeO 11,41 11,46 10,73 11,48 11,96 11,41 0,44

MnO 0,09 0,08 0,07 0,14 0,10 0,10 0,03

MgO 11,96 12,19 11,61 11,77 11,71 11,85 0,23

CaO 11,27 11,43 11,58 11,32 11,11 11,34 0,18

Na2O 2,39 2,42 2,37 2,47 2,37 2,40 0,04

K2O 1,26 1,39 1,42 1,50 1,25 1,36 0,11

NiO 0,02 0,01 0,01 0,04 0,00 0,02 0,02

BaO 0,00 0,05 0,28 0,11 0,09 0,10 0,11

Total 95,40 97,22 96,25 98,53 96,97 96,88 1,16

Fórmula estrutural calculada para 23 oxigênios

Cpfu / Ponto 9 10 5 6 22 Média σ

Si 6,300 6,303 6,270 6,164 6,291 6,265 0,058

Aliv 1,700 1,697 1,730 1,836 1,709 1,735 0,058

Soma T 8,000 8,000 8,000 8,000 8,000 8,000 0,000

Alvi 0,457 0,415 0,450 0,373 0,457 0,430 0,036

Ti 0,332 0,361 0,430 0,529 0,420 0,415 0,076

Cr 0,036 0,049 0,018 0,012 0,000 0,023 0,019

Fe3+ 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Fe2+ 1,442 1,423 1,344 1,409 1,487 1,421 0,052

Mn 0,011 0,010 0,009 0,018 0,012 0,012 0,003

Mg 2,694 2,696 2,593 2,575 2,597 2,631 0,059

Ni 0,002 0,001 0,001 0,005 0,000 0,002 0,002

Soma C 4,975 4,955 4,846 4,920 4,972 4,934 0,054

Ca 1,825 1,818 1,858 1,779 1,770 1,810 0,036

Na 0,175 0,182 0,142 0,221 0,230 0,190 0,036

Soma B 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 0,000

Na 0,524 0,516 0,548 0,482 0,453 0,504 0,037

K 0,244 0,263 0,271 0,281 0,236 0,259 0,019

Ba 0,000 0,003 0,017 0,006 0,005 0,006 0,006

Soma A 0,768 0,782 0,836 0,770 0,694 0,769 0,050

Total 15,743 15,736 15,682 15,689 15,666 15,702 0,034

(Ca+Na) (B) 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 0,000

Na (B) 0,175 0,182 0,142 0,221 0,230 0,190 0,036

(Na+K) (A) 0,768 0,778 0,819 0,763 0,689 0,763 0,047

Mg/(Mg+Fe2+) 0,651 0,655 0,659 0,646 0,636 0,649 0,009

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Tabela 2: Análises por microssonda de anfibólio de leucogabro (amostra 206A).

Anfibólios

Amostra LG206A

%Peso / Ponto 65 71 Média σ

SiO2 45,70 48,25 46,97 1,80

TiO2 1,51 1,69 1,60 0,13

Al2O3 8,90 7,44 8,17 1,03

Cr2O3 0,11 0,13 0,12 0,01

FeO 14,61 13,55 14,08 0,75

MnO 0,13 0,12 0,13 0,00

MgO 11,60 12,77 12,18 0,83

CaO 11,00 12,07 11,53 0,75

Na2O 1,38 0,98 1,18 0,29

K2O 1,00 0,73 0,86 0,19

NiO 0,02 0,01 0,02 0,01

BaO 0,07 0,04 0,06 0,02

Total 96,03 97,77 96,90 1,23

Fórmula estrutural calculada para 23 oxigênios

Cpfu / Ponto 65 71 Média σ

Si 6,825 7,058 6,942 0,165

Aliv 1,175 0,942 1,058 0,165

Soma T 8,000 8,000 8,000 0,000

Alvi 0,391 0,341 0,365 0,035

Ti 0,170 0,186 0,178 0,011

Cr 0,013 0,014 0,014 0,001

Fe3+ 0,312 0,014 0,162 0,211

Fe2+ 1,513 1,643 1,579 0,092

Mn 0,016 0,015 0,016 0,001

Mg 2,582 2,785 2,685 0,143

Ni 0,003 0,001 0,002 0,001

Soma C 5,000 5,000 5,000 0,000

Ca 1,760 1,891 1,826 0,093

Na 0,240 0,109 0,174 0,093

Soma B 2,000 2,000 2,000 0,000

Na 0,160 0,168 0,164 0,006

K 0,190 0,136 0,163 0,039

Ba 0,004 0,002 0,003 0,001

Soma A 0,306 0,330 0,330 0,017

Total 15,306 15,330 15,330 0,017

(Ca+Na) (B) 2,000 2,000 2,000 0,000

Na (B) 0,240 0,109 0,174 0,093

(Na+K) (A) 0,351 0,304 0,327 0,033

Mg/(Mg+Fe2+) 0,6306 0,6289 0,6297 0,001

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Tabela 3: Análises por microssonda de anfibólio de enclaves intermediários a máficos (amostra ES31.2.D; Dias 2006).

Anfibólio

Enclaves intermediários a máficos (Amostra ES31.2.D)

%Peso / Ponto 1 2 3b 4 6b 6c 7 8 9 10b 10c 10cc 11 Média σ

SiO2 45,342 46,439 46,775 44,819 54,811 54,529 43,532 44,918 44,949 45,604 55,229 55,47 44,518 48,226 4,780

TiO2 0,533 0,656 0,747 0,828 0,102 0,059 1,143 1,188 1,122 1,175 0,03 0,052 0,393 0,618 0,459

Al2O3 8,945 7,937 7,758 7,743 1,479 1,843 9,563 8,856 8,589 8,206 1,338 1,453 9,275 6,383 3,415

Cr2O3 0,045 0,022 0,073 0,098 0,023 0,023 0,063 0,03 0,01 0,048 0,048 0,051 0,041 0,044 0,024

FeO 17,061 16,702 16,534 15,748 11,622 11,709 17,978 17,413 17,148 17,298 11,365 11,147 17,046 15,290 2,709

MnO 0,361 0,353 0,404 0,287 0,39 0,305 0,411 0,387 0,365 0,388 0,372 0,342 0,327 0,361 0,038

MgO 10,908 11,495 11,602 11,095 16,384 16,314 10,112 10,685 11,007 11,279 16,728 16,672 10,491 12,675 2,702

CaO 11,905 12,152 11,955 11,368 12,555 12,73 11,747 11,922 11,702 11,842 12,81 12,557 11,892 12,087 0,441

Na2O 1,311 1,168 1,176 1,196 0,308 0,308 1,374 1,393 1,4 1,107 0,21 0,227 1,307 0,960 0,493

K2O 0,999 0,935 0,883 0,972 0,102 0,147 1,341 1,187 1,129 1,014 0,116 0,086 1,064 0,767 0,469

Total 97,41 97,859 97,907 94,154 97,776 97,967 97,264 97,979 97,421 97,961 98,246 98,057 96,354 97,412 1,095

Fórmula estrutural calculada para 23 oxigênios

Cpfu / Ponto 1 2 3b 4 6b 6c 7 8 9 10b 10c 10cc 11 Média σ

Si 6,763 6,883 6,910 6,887 7,820 7,778 6,567 6,705 6,718 6,752 7,836 7,861 6,733 7,093 0,515

Aliv 1,237 1,117 1,090 1,113 0,180 0,222 1,433 1,295 1,282 1,248 0,164 0,139 1,267 0,907 0,515

Soma T 8,000 8,000 8,000 8,000 8,000 8,000 8,000 8,000 8,000 8,000 8,000 8,000 8,000 8,000 1,030

Alvi 0,336 0,270 0,260 0,290 0,068 0,088 0,268 0,263 0,231 0,184 0,060 0,104 0,387 0,216 0,106

Ti 0,060 0,073 0,083 0,096 0,011 0,006 0,130 0,133 0,126 0,131 0,003 0,006 0,045 0,069 0,052

Cr 0,005 0,003 0,009 0,012 0,003 0,003 0,008 0,004 0,001 0,006 0,005 0,006 0,005 0,005 0,003

Fe3+ 0,402 0,326 0,368 0,330 0,146 0,115 0,440 0,320 0,429 0,531 0,119 0,126 0,343 0,307 0,138

Fe2+ 1,726 1,744 1,675 1,694 1,241 1,282 1,828 1,854 1,714 1,611 1,230 1,195 1,814 1,585 0,251

Mn 0,046 0,044 0,051 0,037 0,047 0,037 0,053 0,049 0,046 0,049 0,045 0,041 0,042 0,045 0,005

Mg 2,425 2,540 2,555 2,542 3,485 3,469 2,274 2,378 2,452 2,489 3,538 3,522 2,366 2,772 0,514

Soma C 5,000 5,000 5,000 5,000 5,000 5,000 5,000 5,000 5,000 5,000 5,000 5,000 5,000 5,000 1,068

Ca 1,903 1,930 1,892 1,872 1,919 1,946 1,899 1,907 1,874 1,878 1,947 1,907 1,927 1,908 0,025

Na 0,097 0,070 0,108 0,128 0,081 0,054 0,101 0,093 0,126 0,122 0,053 0,062 0,073 0,090 0,027

Soma B 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 1,969 2,000 1,998 0,009

Na 0,282 0,265 0,229 0,228 0,004 0,031 0,301 0,31 0,28 0,196 0,005 0 0,31 0,188 0,128

K 0,190 0,177 0,166 0,191 0,019 0,027 0,258 0,226 0,215 0,192 0,021 0,016 0,205 0,146 0,090

Soma A 0,472 0,442 0,395 0,419 0,023 0,058 0,559 0,536 0,495 0,388 0,026 0,016 0,515 0,334 0,217

Total 15,472 15,442 15,396 15,418 15,023 15,057 15,559 15,536 15,495 15,388 15,026 14,985 15,515 15,332 0,221

(Ca+Na) (B) 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 1,969 2,000 1,998 0,009

Na (B) 0,097 0,070 0,108 0,128 0,081 0,054 0,101 0,093 0,126 0,122 0,053 0,062 0,073 0,090 0,027

(Na+K) (A) 0,472 0,442 0,395 0,419 0,023 0,058 0,559 0,536 0,495 0,388 0,026 0,016 0,516 0,334 0,217

Mg/(Mg+Fe2+) 0,584 0,593 0,604 0,600 0,737 0,730 0,554 0,562 0,589 0,607 0,742 0,747 0,566 0,632 0,076

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42

Tabela 4: Análises por microssonda de anfibólio de enclaves intermediários a máficos (amostra ZZJ6; Dias 2006).

Anfibólio

Enclaves intermediários a máficos

Amostra ZZJ6

%Peso / Ponto 18 19 26 27 28 34 36 38 39 Média σ

SiO2 44,86 45,04 42,5 42,42 42,77 42,61 43,44 42,99 43,03 43,296 0,989

TiO2 0,9 1,26 1,2 1,28 1,27 1,39 0,83 1,14 1,29 1,173 0,188

Al2O3 10,71 10,41 11,5 11,69 10,83 11,71 10,44 11,45 11,74 11,164 0,560

Cr2O3 0,09 0 0,05 0,03 0,06 0,11 0 0,12 0 0,051 0,048

FeO 17,64 18,26 18,49 18,95 18,51 18,02 18,03 17,72 18,70 18,258 0,443

MnO 0,39 0,35 0,54 0,62 0,58 0,36 0,43 0,41 0,51 0,466 0,099

MgO 9,81 10,17 9,15 9,15 9,15 9,3 9,44 9,27 9,19 9,403 0,357

CaO 11,83 11,4 10,94 10,98 10,85 11,16 11,38 11,09 10,87 11,167 0,320

Na2O 1,26 1,17 1,43 1,52 1,34 1,36 1,28 1,34 1,45 1,350 0,107

K2O 0,51 0,47 0,64 0,61 0,61 0,65 0,54 0,54 0,66 0,581 0,068

Total 98 98,53 96,44 97,25 95,97 96,67 95,81 96,07 97,44 96,909 0,954

Fórmula estrutural calculada para 23 oxigênios

Cpfu / Ponto 1 2 3b 4 6b 6c 7 8 9 Média σ

Si 6,632 6,580 6,383 6,324 6,454 6,383 6,575 6,467 6,385 6,465 0,108

Aliv 1,368 1,420 1,617 1,676 1,546 1,617 1,425 1,533 1,615 1,535 0,108

Soma T 8,000 8,000 8,000 8,000 8,000 8,000 8,000 8,000 8,000 8,000 0,000

Alvi 0,498 0,372 0,419 0,378 0,380 0,450 0,438 0,497 0,438 0,430 0,048

Ti 0,100 0,138 0,136 0,144 0,144 0,157 0,095 0,129 0,144 0,132 0,021

Cr 0,011 0,000 0,006 0,004 0,007 0,013 0,000 0,014 0,000 0,006 0,006

Fe3+ 0,455 0,783 0,861 0,944 0,852 0,739 0,627 0,695 0,890 0,761 0,152

Fe2+ 1,726 1,448 1,461 1,419 1,484 1,519 1,656 1,534 1,431 1,520 0,106

Mn 0,049 0,043 0,069 0,078 0,074 0,046 0,055 0,052 0,064 0,059 0,013

Mg 2,162 2,215 2,049 2,034 2,058 2,077 2,130 2,079 2,033 2,093 0,063

Soma C 5,000 5,000 5,000 5,000 5,000 5,000 5,000 5,000 5,000 5,000 0,000

Ca 1,874 1,784 1,760 1,754 1,754 1,791 1,846 1,787 1,728 1,787 0,047

Na 0,126 0,216 0,240 0,246 0,246 0,209 0,154 0,213 0,272 0,214 0,047

Soma B 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 0,000

Na 0,235 0,116 0,177 0,193 0,146 0,186 0,221 0,178 0,145 0,177 0,038

K 0,096 0,088 0,123 0,116 0,117 0,124 0,104 0,104 0,125 0,111 0,013

Soma A 0,331 0,204 0,300 0,309 0,263 0,310 0,325 0,282 0,270 0,288 0,039

Total 15,331 15,204 15,300 15,309 15,264 15,310 15,325 15,282 15,270 15,288 0,039

(Ca+Na) (B) 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 0,000

Na (B) 0,126 0,216 0,240 0,246 0,246 0,209 0,154 0,213 0,272 0,213 0,047

(Na+K) (A) 0,331 0,203 0,299 0,309 0,264 0,310 0,326 0,282 0,270 0,288 0,039

Mg/(Mg+Fe2+) 0,556 0,605 0,584 0,589 0,581 0,578 0,563 0,575 0,587 0,580 0,014

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43

Figura 9: Diagrama para classificação de anfibólios segundo Leake et al. (1997).

4.3.2 Biotita

Foram analisados cristais de biotitas do pluton Poço Verde (tabela 5), do LG 206A

(tabela 6) e dos enclaves intermediários a máficos (tabela 7). As biotitas do pluton Poço

Verde e do LG 206A são mais ricas em Ti. Em relação ao Fe, as biotitas do pluton Poço

Verde e dos enclaves intermediários a máficos são ligeiramente mais ricas nesse

elemento.

As biotitas da amostra ES31.2D são ligeiramente mais ricas em Mg que as demais.

Teores de Ni e Ba foram observados nas biotitas do LG 206A. Para classificação desse

mineral foi utilizado como base a fórmula geral proposta por Rieder et al. (1998),

I2M4-6□2-0T8O20A4, onde:

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I = K, Na, Cs, NH4, Rb, Ca, Ba;

M = Mg, Fe2 +, Fe3 +, Al, Li, Ti, Mn, Zn, Cr, V;

□ = Sítio vacante;

T = Si, Al, Fe3 +;

A = (OH), F, Cl, O e S.

Em seguida os parâmetros de Al total e Fe/(Fe+Mg) das biotitas foram utilizados

para plotar o diagrama. As amostras do pluton Poço Verde e LG206A possuem o

conteúdo de Al total semelhante. As amostras dos enclaves intermediários a máficos têm

quantidade de Al total maior que os outros corpos. Há variação do parâmetro Fe/(Fe+Mg)

entre os três grupos de biotita. Apesar dessa variação, todas as biotitas são ricas na

molécula flogopita (figura 11).

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Tabela 5: Análises por microssonda de biotita de leucogabro (amostra 206A).

Biotita

Amostra LG206A

%Peso / Ponto 61 62 69 70 77 78 79 Média σ

SiO2 37,30 37,64 37,75 37,82 37,43 37,77 37,32 37,57 0,22

TiO2 4,24 4,70 4,74 5,12 5,15 5,59 4,71 4,89 0,43

Al2O3 13,18 13,42 13,56 13,50 13,29 13,31 13,33 13,37 0,13

Cr2O3 0,07 0,02 0,18 0,08 0,02 0,00 0,05 0,06 0,06

FeO 16,49 16,14 16,49 16,45 16,16 16,09 16,40 16,32 0,18

MnO 0,00 0,13 0,16 0,04 0,18 0,09 0,08 0,10 0,06

MgO 12,34 12,21 12,62 12,34 11,79 12,16 12,59 12,29 0,28

CaO 0,02 0,00 0,04 0,00 0,04 0,00 0,04 0,02 0,02

Na2O 0,13 0,18 0,15 0,08 0,11 0,16 0,12 0,13 0,03

K2O 9,22 9,13 9,13 9,14 9,31 9,18 9,21 9,19 0,07

NiO 0,00 0,00 0,05 0,00 0,03 0,00 0,06 0,02 0,03

BaO 0,83 0,71 0,68 0,85 0,73 0,94 0,71 0,78 0,10

Total 93,81 94,27 95,54 95,42 94,25 95,30 94,61 94,74 1,60

Fórmula estrutural calculada para 22 oxigênios

Cpfu / Ponto 61 62 69 70 77 78 79 média σ

Si 5,743 5,743 5,693 5,709 5,728 5,710 5,692 5,717 0,021

Aliv 2,257 2,257 2,307 2,291 2,272 2,290 2,308 2,283 0,021

Alvi 0,135 0,156 0,104 0,112 0,124 0,082 0,088 0,114 0,026

Ti 0,491 0,540 0,538 0,581 0,593 0,636 0,540 0,560 0,047

Cr 0,008 0,002 0,021 0,009 0,003 0,000 0,006 0,007 0,007

Fe 2,123 2,060 2,080 2,077 2,069 2,035 2,092 2,076 0,027

Mn 0,000 0,016 0,020 0,005 0,023 0,012 0,011 0,012 0,008

Mg 2,832 2,778 2,837 2,777 2,690 2,739 2,862 2,788 0,061

Ni 0,000 0,000 0,006 0,000 0,004 0,000 0,007 0,002 0,003

Ca 0,003 0,000 0,006 0,000 0,006 0,000 0,006 0,003 0,003

Na 0,040 0,052 0,043 0,024 0,033 0,047 0,034 0,039 0,009

K 1,811 1,777 1,757 1,761 1,818 1,770 1,793 1,784 0,024

Ba 0,050 0,043 0,040 0,050 0,044 0,056 0,043 0,047 0,006

Total 19,491 19,424 19,452 19,397 19,406 19,377 19,481 19,432 0,044

Al total 2,392 2,413 2,411 2,402 2,396 2,372 2,396 2,398 0,014

Fe/(Fe+Mg) 0,428 0,426 0,423 0,428 0,435 0,426 0,422 0,427 0,004

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Tabela 6: Análises por microssonda de biotita do pluton Poço Verde (amostra ES35b; Dias 2006).

Biotita

Pluton Poço Verde

Amostra ES35B

%Peso / Ponto 1 2 1 2 3 2 5 19 30 31 34 Média σ

SiO2 34,98 36,39 36,40 36,16 36,50 36,38 36,36 36,50 37,00 35,98 36,49 36,29 0,50

TiO2 5,42 5,28 5,57 5,46 5,19 5,72 5,64 5,07 4,83 5,51 5,55 5,39 0,27

Al2O3 13,60 13,22 14,00 13,79 13,81 13,77 13,34 14,02 13,82 13,71 13,84 13,72 0,25

Cr2O3 0,16 0,16 0,09 0,10 0,06 0,00 0,00 0,10 0,10 0,09 0,10 0,09 0,05

FeO 19,20 18,86 19,24 18,76 17,92 19,03 19,24 19,16 18,62 18,97 19,66 18,97 0,45

MnO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,18 0,18 0,10 0,21 0,05 0,14 0,08 0,09

MgO 11,70 10,79 10,93 11,05 10,86 10,89 10,99 11,22 11,99 11,05 11,43 11,17 0,38

CaO 0,05 0,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,09 0,06 0,14 0,02 0,04 0,05

Na2O 0,11 0,06 0,08 0,00 0,00 0,01 0,07 0,07 0,08 0,09 0,02 0,05 0,04

K2O 9,80 9,57 9,77 10,08 9,58 9,92 9,81 9,74 9,43 9,74 9,85 9,75 0,18

Total 95,02 94,36 96,08 95,40 93,92 95,90 95,64 96,07 96,14 95,33 97,10 95,54 0,89

Fórmula estrutural calculada para 22 oxigênios

Cpfu / Ponto 1 2 1 2 3 2 5 19 30 31 34 Média σ

Si 5,410 5,625 5,533 5,539 5,632 5,545 5,565 5,548 5,591 5,519 5,505 5,546 0,061

Aliv 2,479 2,375 2,467 2,461 2,368 2,455 2,406 2,452 2,409 2,479 2,461 2,454 0,040

Alvi 0,000 0,033 0,041 0,029 0,144 0,018 0,000 0,060 0,052 0,000 0,000 0,018 0,042

Ti 0,630 0,613 0,637 0,629 0,602 0,656 0,649 0,580 0,549 0,636 0,630 0,619 0,032

Cr 0,019 0,019 0,011 0,012 0,007 0,000 0,000 0,012 0,012 0,011 0,012 0,011 0,006

Fe 2,483 2,438 2,446 2,403 2,312 2,426 2,463 2,436 2,353 2,434 2,480 2,425 0,052

Mn 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023 0,023 0,013 0,027 0,006 0,018 0,010 0,011

Mg 2,697 2,486 2,477 2,523 2,498 2,474 2,507 2,542 2,701 2,527 2,570 2,546 0,081

Ca 0,007 0,006 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002 0,015 0,010 0,023 0,003 0,006 0,007

Na 0,033 0,016 0,024 0,000 0,000 0,003 0,021 0,021 0,023 0,027 0,006 0,016 0,012

K 1,934 1,887 1,894 1,969 1,885 1,928 1,915 1,888 1,817 1,906 1,895 1,902 0,038

Total 19,694 19,500 19,530 19,566 19,449 19,529 19,551 19,565 19,544 19,567 19,580 19,552 0,060

Al total 2,479 2,409 2,508 2,490 2,512 2,474 2,406 2,512 2,461 2,479 2,461 2,472 0,037

Fe/(Fe+Mg) 0,479 0,495 0,497 0,488 0,481 0,495 0,496 0,489 0,466 0,491 0,491 0,488 0,009

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Tabela 7: Análises por microssonda de biotita dos enclaves intermediários a máficos (amostras ES31.2D e ZZJ6; Dias 2006).

Biotita

Enclaves intermediários a máficos

Amostra ES31.2D Amostra ZZJ6

%Peso / Ponto 1 2 3 4 5 6 Média σ 13 14 20 29 30 32 35 16 40 41 Média σ

SiO2 37,823 37,351 37,329 37,759 37,671 37,843 37,629 0,232 36,100 36,680 36,690 35,290 34,950 35,750 35,820 36,730 36,120 36,41 36,05 0,609

TiO2 1,407 1,481 1,669 1,587 1,508 1,501 1,526 0,091 2,160 2,460 2,840 2,450 2,270 3,030 2,370 2,240 2,640 2,23 2,47 0,286

Al2O3 14,264 14,254 14,350 14,656 14,744 14,535 14,467 0,208 16,440 16,670 17,140 16,180 16,320 16,470 16,150 16,850 16,740 16,71 16,57 0,313

Cr2O3 0,043 0,002 0,018 0,086 0,076 0,039 0,044 0,032 0,010 0,000 0,090 0,040 0,000 0,090 0,110 0,080 0,050 0,1 0,06 0,043

FeO 17,283 17,459 17,113 17,572 17,622 17,378 17,405 0,189 19,370 19,260 18,660 19,220 19,710 20,000 19,600 19,060 20,030 19,61 19,45 0,425

MnO 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,140 0,130 0,280 0,150 0,130 0,130 0,150 0,160 0,160 0,25 0,17 0,053

MgO 13,606 13,533 13,385 13,513 13,118 13,444 13,433 0,172 11,180 10,980 10,780 11,040 11,020 10,540 11,030 11,440 10,970 10,88 10,99 0,236

CaO 0,000 0,000 0,011 0,016 0,002 0,006 0,006 0,007 0,050 0,010 0,090 0,100 0,040 0,100 0,000 0,000 0,060 0,09 0,05 0,041

Na2O 0,063 0,046 0,078 0,014 0,010 0,034 0,041 0,027 0,130 0,100 0,190 0,120 0,040 0,110 0,060 0,110 0,080 0,05 0,10 0,044

K2O 9,850 9,637 9,910 9,832 9,955 9,709 9,816 0,121 9,220 9,180 9,400 9,340 9,210 9,260 9,710 9,710 9,070 9,36 9,35 0,214

Total 94,339 93,763 93,863 95,035 94,706 94,489 94,366 0,489 94,800 95,470 96,160 93,930 93,690 95,480 95,000 96,380 95,920 95,69 95,25 0,900

Fórmula estrutural calculada para 22 oxigênios

Cpfu / Ponto 1 2 3 4 5 6 Média σ 13 14 20 29 30 32 35 16 40 41 Média σ

Si 5,774 5,742 5,734 5,727 5,738 5,762 5,746 0,018 5,532 5,562 5,519 5,477 5,448 5,464 5,507 5,529 5,479 5,533 5,505 0,037

Aliv 2,226 2,258 2,266 2,273 2,262 2,238 2,254 0,018 2,468 2,438 2,481 2,523 2,552 2,536 2,493 2,471 2,521 2,467 2,495 0,037

Alvi 0,341 0,325 0,331 0,347 0,386 0,370 0,350 0,023 0,501 0,542 0,558 0,437 0,446 0,431 0,433 0,519 0,472 0,525 0,486 0,049

Ti 0,162 0,171 0,193 0,181 0,173 0,172 0,175 0,011 0,249 0,281 0,321 0,286 0,266 0,348 0,274 0,254 0,301 0,255 0,283 0,032

Cr 0,005 0,000 0,002 0,010 0,009 0,005 0,005 0,004 0,001 0,000 0,011 0,005 0,000 0,011 0,013 0,010 0,006 0,012 0,007 0,005

Fe 2,207 2,245 2,198 2,229 2,245 2,213 2,223 0,020 2,482 2,443 2,348 2,495 2,569 2,556 2,520 2,400 2,541 2,492 2,485 0,070

Mn 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018 0,017 0,036 0,020 0,017 0,017 0,020 0,020 0,021 0,032 0,022 0,007

Mg 3,096 3,101 3,065 3,055 2,979 3,051 3,058 0,044 2,554 2,482 2,417 2,554 2,561 2,401 2,528 2,567 2,481 2,464 2,501 0,061

Ca 0,000 0,000 0,002 0,003 0,000 0,001 0,001 0,001 0,008 0,002 0,015 0,017 0,007 0,016 0,000 0,000 0,010 0,015 0,009 0,007

Na 0,019 0,014 0,023 0,004 0,003 0,010 0,012 0,008 0,039 0,029 0,055 0,036 0,012 0,033 0,018 0,032 0,024 0,015 0,029 0,013

K 1,918 1,890 1,942 1,902 1,934 1,886 1,912 0,023 1,802 1,776 1,804 1,849 1,831 1,805 1,904 1,864 1,755 1,814 1,820 0,044

Total 15,747 15,747 15,756 15,730 15,729 15,708 15,736 0,017 15,654 15,570 15,564 15,697 15,709 15,618 15,710 15,666 15,610 15,625 15,642 0,054

Al total 2,567 2,583 2,598 2,620 2,647 2,608 2,604 0,028 2,969 2,980 3,039 2,960 2,998 2,967 2,927 2,990 2,993 2,993 2,982 0,029

Fe/(Fe+Mg) 0,416 0,420 0,418 0,422 0,430 0,420 0,421 0,005 0,493 0,496 0,493 0,494 0,501 0,516 0,499 0,483 0,506 0,503 0,498 0,009

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48

Figura 10: Diagrama para classificação de biotitas de acordo com Rieder et al. (1998).

4.3.3. Plagioclásio

As amostras de plagioclásio analisadas foram coletadas dos pontos LG130 (tabela

8), LG206A (tabela 9), do pluton Poço verde (tabela 10) e dos enclaves intermediários a

máficos (tabela 11). A classificação desse mineral foi realizada com base na relação dos

membros finais Albita (Ab) - Anortita (An) - Ortoclásio (Or). Para a distribuição dos íons

em cada sitio, foi utilizado como base a formula geral dos feldspatos:

MT4O8, onde:

T:Si+4 e Al+;

M: K+1, Na+1, Ca+2, Rb+1, Sr+2, Ba+2.

Em seguida foram calculados os membros finais de cada amostra e plotados no

diagrama Ab – An – Or de Deer et al. (2013). Os plagioclásios do plúton Poço verde em

geral são classificados como andesina (Or03, Ab64, An34), com algumas amostras sendo

oligoclásio e uma das amostras sendo labradorita. As amostras do LG206A apresentam-

se transicionais entre andesina e labradorita, apresentando em média Or02Ab59An38.

Os plagioclásios do LG130 são classificados como labradorita (Or01Ab 45An54),

com alguns cristais do tipo andesina (figura 12). Os enclaves intermediários a máficos

possuem plagioclásios classificados como oligoclásio e andesina, exibindo uma média

entre Or02 Ab77An21 -Or01Ab66An33.

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Tabela 8: Análises por microssonda de plagioclásio de olivina gabro-norito (amostra LG130).

Plagioclásio

Amostra LG130

%Peso / Ponto 7 8 12 19 30 26 Média σ

SiO2 52,91 56,44 55,03 55,60 52,60 52,86 54,24 1,65

TiO2 0,41 0,03 0,00 0,05 0,00 0,14 0,11 0,16

Al2O3 29,46 28,24 27,23 25,05 27,61 28,05 27,61 1,46

Cr2O3 0,09 0,00 0,00 0,07 0,00 0,04 0,03 0,04

FeO 0,09 0,07 0,15 0,07 0,10 0,10 0,10 0,03

MnO 0,00 0,00 0,05 0,00 0,03 0,01 0,01 0,02

MgO 0,00 0,00 0,00 0,02 0,01 0,01 0,01 0,01

CaO 12,25 10,38 9,93 8,24 14,09 13,02 11,32 2,18

BaO 0,05 0,05 0,13 0,00 0,00 0,08 0,05 0,05

Na2O 4,46 5,32 5,44 6,26 3,05 3,88 4,73 1,17

K2O 0,10 0,06 0,12 0,16 0,08 0,10 0,10 0,03

Total 99,82 100,60 98,07 95,51 97,57 98,28 98,31 6,80

Fórmula estrutural calculada para 8 oxigênios

Cpfu / Ponto 7 8 12 19 30 26 Média σ

Si 2,120 2,244 2,244 2,328 2,156 2,151 2,207 0,078

Al 1,574 1,497 1,481 1,398 1,509 1,522 1,498 0,058

Ti 0,016 0,001 0,000 0,002 0,000 0,006 0,004 0,006

Fe 0,007 0,006 0,012 0,006 0,008 0,008 0,008 0,002

Mn 0,000 0,000 0,004 0,000 0,002 0,001 0,001 0,002

Mg 0,000 0,000 0,000 0,002 0,001 0,000 0,001 0,001

Ca 0,982 0,825 0,810 0,690 1,155 1,060 0,921 0,175

Na 0,714 0,846 0,887 1,048 0,500 0,632 0,770 0,196

K 0,016 0,010 0,020 0,027 0,012 0,017 0,017 0,006

Ba 0,004 0,004 0,011 0,000 0,000 0,006 0,004 0,004

Total 5,439 5,434 5,469 5,506 5,345 5,405 5,433 0,055

Membros finais

Or 0,936 0,596 1,150 1,528 0,747 0,991 0,992 0,364

Ab 41,717 50,307 51,691 59,371 30,004 36,979 45,098 11,900

An 57,347 49,097 47,159 39,101 69,249 62,030 53,910 12,120

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Tabela 9: Análises por microssonda de plagioclásio de leucogabro (amostra 206A).

Plagioclásio

Amostra LG206A

%Peso / Ponto 66 67 80 81 82 83 Média σ

SiO2 54,86 61,48 52,12 60,74 55,20 60,82 57,53 3,96

TiO2 0,12 0,00 4,31 0,23 0,05 0,01 0,79 1,73

Al2O3 26,81 24,08 23,47 23,57 26,98 24,15 24,84 1,61

Cr2O3 0,00 0,00 0,08 0,06 0,01 0,12 0,05 0,05

FeO 1,10 0,16 5,69 0,15 0,15 0,16 1,24 2,22

MnO 0,02 0,00 0,10 0,00 0,00 0,00 0,02 0,04

MgO 0,43 0,00 0,10 0,04 0,03 0,03 0,10 0,16

CaO 10,29 6,24 7,98 6,32 10,44 6,49 7,96 1,97

BaO 0,04 0,08 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,03

Na2O 4,82 7,51 5,53 6,98 4,90 7,04 6,13 1,19

K2O 0,14 0,31 0,19 0,30 0,23 0,24 0,24 0,07

Total 98,63 99,86 99,56 98,40 97,99 99,05 98,91 13,03

Fórmula estrutural calculada para 8 oxigênios

Cpfu / Ponto 66 67 80 81 82 83 Média σ

Si 2,225 2,463 2,093 2,468 2,253 2,456 2,326 0,158

Al 1,450 1,286 1,257 1,277 1,469 1,300 1,339 0,094

Ti 0,005 0,000 0,173 0,009 0,002 0,001 0,032 0,069

Fe 0,089 0,013 0,457 0,012 0,012 0,013 0,100 0,178

Mn 0,001 0,000 0,008 0,000 0,000 0,000 0,002 0,003

Mg 0,035 0,000 0,008 0,003 0,002 0,002 0,008 0,013

Ca 0,835 0,500 0,641 0,513 0,852 0,524 0,644 0,162

Na 0,782 1,204 0,888 1,134 0,800 1,137 0,991 0,189

K 0,023 0,049 0,030 0,049 0,038 0,039 0,038 0,011

Ba 0,003 0,006 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002 0,003

Total 5,448 5,521 5,562 5,475 5,429 5,478 5,486 0,049

Membros finais

Or 1,375 2,806 1,937 2,911 2,251 2,280 2,273 0,567

Ab 47,714 68,662 56,971 66,833 47,336 66,885 59,258 9,843

An 50,910 28,532 41,092 30,256 50,413 30,835 38,469 10,282

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Tabela 10: Análises por microssonda de plagioclásio do pluton Poço Verde (amostra ES35b; Dias 2006).

Plagioclásio

Pluton Poço Verde

Amostra ES35B

%Peso / Ponto 13 15 14 16 5 6 7 14 20 21 22 23 24 25 26 27 29 30

SiO2 60,68 61,70 57,05 56,70 60,61 60,43 61,00 60,51 60,60 59,06 58,86 58,85 59,98 60,13 60,57 59,54 58,45 57,87

TiO2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,03 0,04 0,05 0,08 0,00 0,00 0,02 0,04 0,05 0,00 0,05

Al2O3 24,47 24,56 26,27 27,92 24,63 25,13 25,09 24,64 24,63 24,93 25,28 25,39 24,47 24,66 24,54 25,19 25,66 25,97

Cr2O3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,01 0,05 0,00 0,00 0,00 0,07 0,03 0,07 0,05 0,04 0,05 0,00 0,04

FeO 0,21 0,00 0,00 0,56 0,11 0,12 0,11 0,18 0,13 0,21 0,01 0,13 0,13 0,09 0,00 0,18 0,13 0,00

MnO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,15 0,00 0,03 0,04 0,00 0,10 0,09 0,06 0,04 0,03 0,00 0,00 0,02

MgO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,06 0,04 0,01 0,01 0,01 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,01

CaO 6,51 6,26 8,54 9,28 6,67 6,62 6,55 6,41 6,09 6,90 7,04 7,26 6,32 6,71 6,34 7,12 7,81 8,46

Bao 0,19 0,56 0,00 0,74 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Na2O 8,23 8,29 6,50 6,06 6,86 7,36 7,37 7,42 6,81 7,37 6,63 6,90 7,58 7,09 7,67 7,05 6,56 6,38

K2O 0,42 0,32 0,19 0,18 0,32 0,25 0,23 0,24 0,32 0,20 0,24 0,22 0,31 0,23 0,23 0,27 0,39 0,34

Total 100,71 101,69 98,55 101,44 99,33 100,11 100,41 99,47 98,67 98,72 98,31 98,88 98,92 99,02 99,47 99,45 99,00 99,14

Fórmula estrutural calculada para 8 oxigênios

Cpfu / Ponto 13 15 14 16 5 6 7 14 20 21 22 23 24 25 26 27 29 30

Si 2,410 2,427 2,316 2,236 2,441 2,415 2,430 2,433 2,457 2,393 2,395 2,381 2,425 2,429 2,436 2,395 2,362 2,335

Al 1,296 1,288 1,422 1,468 1,322 1,339 1,333 1,321 1,331 1,347 1,371 1,369 1,319 1,328 1,316 1,351 1,382 1,397

Ti 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,002 0,002 0,003 0,000 0,000 0,001 0,002 0,002 0,000 0,002

Fe 0,017 0,000 0,000 0,044 0,009 0,010 0,009 0,014 0,011 0,017 0,001 0,011 0,011 0,007 0,000 0,014 0,011 0,000

Mn 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003 0,012 0,000 0,002 0,003 0,000 0,008 0,007 0,005 0,003 0,002 0,000 0,000 0,002

Mg 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005 0,003 0,001 0,001 0,001 0,000 0,000 0,001 0,000 0,000 0,001 0,000 0,000 0,001

Ca 0,517 0,492 0,693 0,732 0,537 0,529 0,522 0,516 0,494 0,559 0,573 0,587 0,511 0,542 0,510 0,573 0,631 0,683

Na 1,308 1,304 1,055 0,956 1,105 1,176 1,174 1,194 1,104 1,194 1,079 1,117 1,226 1,146 1,234 1,134 1,060 1,030

K 0,067 0,050 0,031 0,028 0,052 0,040 0,037 0,039 0,052 0,032 0,039 0,036 0,050 0,037 0,037 0,043 0,063 0,055

Ba 0,015 0,044 0,000 0,058 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Total 5,629 5,606 5,517 5,522 5,475 5,524 5,508 5,521 5,454 5,545 5,473 5,510 5,551 5,496 5,539 5,515 5,509 5,506

Or 3,528 2,726 1,734 1,654 3,043 2,289 2,115 2,209 3,145 1,815 2,310 2,047 2,805 2,155 2,078 2,482 3,593 3,105

Ab 69,131 70,613 59,307 55,699 65,240 67,399 67,770 68,293 66,929 66,878 63,811 64,186 68,597 66,417 69,286 64,798 60,433 58,265

An 27,341 26,661 38,960 42,647 31,717 30,311 30,115 29,498 29,926 31,307 33,879 33,767 28,597 31,429 28,636 32,721 35,974 38,630

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Tabela 10: Continuação da tabela anterior

Plagioclásio

Pluton Poço Verde

Amostra ES35B

%Peso /

Ponto 31 32 33 1 13 14 32 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 Média σ

SiO2 56,87 56,99 57,39 59,31 59,31 53,48 60,09 57,86 56,70 58,51 60,28 61,08 60,62 59,92 59,91 59,71 59,71 58,69 1,93

TiO2 0,00 0,02 0,05 0,00 0,01 0,79 0,00 0,10 0,01 0,08 0,03 0,00 0,05 0,00 0,06 0,06 0,06 0,08 0,19

Al2O3 26,58 26,53 26,72 25,84 24,17 27,04 24,32 26,36 26,82 25,85 24,46 25,08 24,57 25,20 25,01 24,98 24,98 23,02 6,34

Cr2O3 0,00 0,01 0,03 0,04 0,00 0,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,03 0,00 0,03 0,00 0,05 0,00 0,00 26,99 30,23

FeO 0,15 0,11 0,11 0,04 0,10 0,44 0,10 0,17 0,16 0,03 0,05 0,13 0,10 0,09 0,09 0,22 0,22 0,09 0,09

MnO 0,00 0,01 0,00 0,01 0,42 0,00 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 0,28 0,00 0,03 0,00 0,00 11,33 12,63

MgO 0,01 0,12 0,00 0,03 0,05 0,00 0,02 0,01 0,01 0,06 0,00 0,02 0,01 0,00 0,00 0,02 0,02 0,03 0,03

CaO 9,25 9,08 8,96 7,41 6,43 10,36 6,58 8,82 8,70 8,21 6,52 6,42 6,31 6,63 6,83 6,94 6,94 4,26 3,94

Bao 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,04

Na2O 6,23 5,85 6,23 6,75 7,29 5,09 7,42 6,20 6,23 6,66 7,51 6,97 7,82 7,21 7,18 7,32 7,32 3,72 3,46

K2O 0,38 0,38 0,38 0,43 0,33 0,27 0,26 0,29 0,33 0,24 0,35 0,36 0,36 0,34 0,33 0,29 0,29 3,29 3,34

Total 99,47 99,10 99,87 99,86 98,11 97,50 98,86 99,81 98,96 99,64 99,23 100,13 100,15 99,39 99,49 99,54 99,54 54,47 50,25

Fórmula estrutural calculada para 8 oxigênios

Cpfu /

Ponto 31 32 33 1 13 14 32 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 Média σ

Si 2,287 2,300 2,299 2,376 2,418 2,194 2,431 2,319 2,292 2,349 2,430 2,440 2,421 2,412 2,409 2,399 2,399 2,380 0,0637 Al 1,425 1,428 1,427 1,380 1,314 1,479 1,312 1,409 1,445 1,384 1,315 1,336 1,308 1,352 1,341 1,338 1,338 1,361 0,050

Ti 0,000 0,001 0,002 0,000 0,000 0,032 0,000 0,004 0,000 0,003 0,001 0,000 0,002 0,000 0,002 0,002 0,002 0,002 0,005

Fe 0,012 0,009 0,009 0,003 0,008 0,036 0,008 0,014 0,013 0,002 0,004 0,010 0,008 0,007 0,007 0,018 0,018 0,011 0,009

Mn 0,000 0,001 0,000 0,001 0,034 0,000 0,006 0,000 0,000 0,000 0,000 0,006 0,022 0,000 0,002 0,000 0,000 0,003 0,007

Mg 0,001 0,010 0,000 0,002 0,004 0,000 0,002 0,001 0,001 0,005 0,000 0,002 0,001 0,000 0,000 0,002 0,002 0,001 0,002

Ca 0,744 0,733 0,718 0,594 0,524 0,850 0,532 0,707 0,703 0,659 0,526 0,513 0,504 0,534 0,549 0,558 0,558 0,591 0,092

Na 1,002 0,945 0,998 1,082 1,189 0,835 1,201 0,994 1,007 1,069 1,211 1,114 1,249 1,161 1,155 1,177 1,177 1,119 0,105

K 0,061 0,061 0,061 0,069 0,054 0,044 0,042 0,046 0,053 0,039 0,056 0,058 0,058 0,055 0,053 0,047 0,047 0,048 0,011

Ba 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003 0,012

Total 5,532 5,488 5,515 5,508 5,546 5,473 5,534 5,493 5,515 5,510 5,544 5,478 5,575 5,520 5,521 5,541 5,541 5,521 0,035

Or 3,382 3,528 3,427 3,950 3,046 2,562 2,370 2,661 3,025 2,181 3,147 3,416 3,176 3,129 3,021 2,617 2,617 2,747 0,591

Ab 55,452 54,318 56,177 62,012 67,282 48,292 67,639 56,881 57,104 60,518 67,536 66,129 68,990 66,360 65,721 66,065 66,065 63,627 5,399

An 41,166 42,154 40,397 34,038 29,672 49,146 29,991 40,459 39,872 37,301 29,317 30,455 27,834 30,511 31,259 31,318 31,318 33,626 5,369

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Tabela 11: Análises por microssonda de plagioclásio dos enclaves intermediários a máficos (amostras ES31.2D e ZZJ6; Dias 2006).

Plagioclásio

Enclaves intermediários a máficos

Amostra ES31.2D Amostra ZZJ6

%Peso /

Ponto 1 2 3 4 5 6 Média σ 17 22 23 24 25 33 37 42 43 44 45 Média σ

SiO2 63,35 63,08 63,59 63,75 63,31 63,29 63,40 0,24 59,08 58,69 58,46 58,36 57,89 57,33 58,94 57,96 58,59 59,28 59,03 58,51 0,59

TiO2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,01 0,00 0,05 0,00 0,02 0,03 0,00 0,01 0,01 0,02

Al2O3 23,91 23,61 24,03 23,95 23,81 23,86 23,86 0,14 25,41 25,24 25,41 25,69 25,34 25,61 25,37 25,09 25,81 25,65 25,44 25,46 0,21

Cr2O3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,09 0,00 0,06 0,00 0,02 0,04 0,08 0,04 0,00 0,00 0,03 0,03

FeO 0,01 0,01 0,00 0,04 0,28 0,03 0,06 0,11 0,18 0,07 0,06 0,00 0,34 0,06 0,07 0,04 0,08 0,19 0,01 0,10 0,10

MnO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00 0,03 0,00 0,04 0,00 0,13 0,01 0,00 0,02 0,04

MgO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,01 0,00 0,02 0,01 0,04 0,04 0,01 0,02

CaO 4,75 4,86 4,93 4,90 4,91 4,93 4,88 0,07 7,29 6,86 7,27 7,54 7,40 7,46 6,75 7,12 7,17 7,24 6,84 7,18 0,26

Na2O 9,27 9,00 9,19 9,25 8,94 8,96 9,10 0,15 7,39 7,45 7,42 7,11 7,02 7,08 7,26 7,68 7,35 7,35 7,50 7,33 0,20

K2O 0,17 0,17 0,14 0,16 0,27 0,24 0,19 0,05 0,06 0,16 0,07 0,09 0,06 0,07 0,11 0,07 0,03 0,10 0,13 0,09 0,04

Total 101,46 100,73 101,88 102,05 101,52 101,31 101,49 0,46 99,43 98,57 98,69 98,90 98,08 97,69 98,58 98,08 99,24 99,86 99,00 98,74 0,64

Fórmula estrutural calculada para 8 oxigênios

Cpfu / Ponto 1 2 3 4 5 6 Média σ 17 22 23 24 25 33 37 42 43 44 45 Média σ

Si 2,498 2,505 2,497 2,499 2,494 2,499 2,499 0,004 2,377 2,382 2,369 2,360 2,361 2,347 2,392 2,364 2,362 2,375 2,385 2,370 0,013

Al 1,257 1,250 1,258 1,252 1,251 1,256 1,254 0,003 1,363 1,366 1,373 1,385 1,378 1,398 1,373 1,364 1,387 1,370 1,371 1,375 0,011

Ti 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002 0,000 0,001 0,001 0,000 0,000 0,000 0,001

Fe 0,001 0,001 0,000 0,003 0,022 0,002 0,005 0,009 0,014 0,006 0,005 0,000 0,028 0,005 0,006 0,003 0,006 0,015 0,001 0,008 0,008

Mn 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002 0,000 0,000 0,000 0,002 0,000 0,003 0,000 0,010 0,001 0,000 0,002 0,003

Mg 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003 0,000 0,001 0,000 0,002 0,001 0,003 0,003 0,001 0,001

Ca 0,375 0,386 0,387 0,384 0,387 0,389 0,385 0,005 0,587 0,557 0,589 0,610 0,604 0,611 0,548 0,581 0,578 0,580 0,553 0,581 0,022

Na 1,462 1,430 1,443 1,450 1,409 1,415 1,435 0,021 1,189 1,209 1,203 1,150 1,145 1,160 1,178 1,253 1,185 1,178 1,212 1,187 0,031

K 0,027 0,027 0,022 0,025 0,043 0,038 0,030 0,008 0,010 0,026 0,011 0,015 0,010 0,011 0,018 0,011 0,005 0,016 0,021 0,014 0,006

Total 5,618 5,598 5,607 5,613 5,606 5,600 5,607 0,008 5,541 5,545 5,551 5,524 5,528 5,535 5,517 5,579 5,535 5,537 5,546 5,540 0,016

Or 1,439 1,466 1,187 1,349 2,315 2,057 1,635 0,445 0,541 1,449 0,629 0,820 0,557 0,643 1,024 0,619 0,274 0,903 1,176 0,785 0,333

Ab 78,460 77,586 77,914 77,993 76,640 76,811 77,567 0,712 66,607 67,482 66,697 64,813 65,121 65,074 67,566 67,905 67,031 66,396 67,873 66,597 1,139

An 20,102 20,948 20,899 20,658 21,046 21,132 20,797 0,377 32,853 31,069 32,674 34,366 34,323 34,283 31,410 31,477 32,695 32,701 30,950 32,618 1,294

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Figura 11: Diagrama para classificação de plagioclásios de Deer et al. (2013). Ab – Albita, An – Anortita

e Or – Ortoclásio.

4.3.4. Piroxênios

Os piroxênios foram classificados a partir das análises das amostras do LG130

(tabela 12 e 15), LG206 (tabela 13 e 16) e do Poço Verde (tabela 14 e 17). Observando

os elementos químicos de cada análise, os ortopiroxênios do LG206A e Poço Verde

possuem maiores teores de Fe e Mn em relação aos ortopiroxênios do LG130. Já Os

ortopiroxênios do LG130 possuem maiores teores de Mg que os demais. Em referência

aos clinopiroxênios, os analisados no LG130 exibem maiores teores de Al e Cr em

comparação aos outros. Os teores de Fe são maiores nos clinopiroxênios do Poço verde e

do LG206A.

Para classificá-los foram seguidas as orientações sugeridas na classificação de

Morimoto (1988). O procedimento iniciou com a distribuição dos íons nos sítios de

acordo a formula estrutural geral dos piroxênios:

MVI2MVI

1TIV2O6, onde:

M2 (∑ = 2,00): Mg2+, Fe2+, Mn2+, Li+, Ca2+, Na+

M1 (∑ = 2,00): Al3+, Fe3+, Ti4+, Cr3+, V5+, Ti3+, Zr4+, Sc3+, Zn2+, Mg2+, Fe2+,

Mn2+;

T (∑ = 2,00): Si4+, Al3+, Fe3+;

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Tabela 12: Análises por microssonda de ortopiroxênio de olivina gabro-norito (amostra LG130).

Ortopiroxênio

Amostra LG130

%Peso / Ponto 28 16 11 Média σ

SiO2 53,28 53,52 54,13 53,64 0,44

TiO2 0,00 0,00 0,13 0,04 0,08

Al2O3 1,03 1,39 1,93 1,45 0,46

Cr2O3 0,00 0,14 0,04 0,06 0,07

FeO 20,25 19,83 18,53 19,54 0,90

MnO 0,39 0,36 0,29 0,34 0,05

MgO 22,53 22,48 22,97 22,66 0,27

CaO 0,34 0,58 1,14 0,68 0,41

Na2O 0,01 0,03 0,06 0,03 0,03

K2O 0,01 0,04 0,02 0,02 0,01

Total 97,83 98,36 99,25 98,48 0,72

Fórmula estrutural calculada para 6 oxigênios

Cpfu / Ponto 28 16 11 média σ

Si 2,015 2,012 2,007 2,011 0,004

Ti 0,000 0,000 0,004 0,001 0,002

Al 0,046 0,061 0,084 0,064 0,019

Cr 0,000 0,004 0,001 0,002 0,002

Fe3+ 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Fe2+ 0,716 0,710 0,676 0,701 0,022

Mn 0,012 0,011 0,009 0,011 0,002

Mg 1,271 1,260 1,270 1,267 0,006

Ca 0,014 0,023 0,045 0,027 0,016

Na 0,001 0,002 0,004 0,002 0,002

K 0,001 0,002 0,001 0,001 0,001

Total 4,00 4,00 4,00 4,00 0,000

Q (Ca+Mg+Fe2+) 2,000 1,994 1,991 1,995 0,005

J (2Na) 0,002 0,004 0,009 0,005 0,004

En 0,6353 0,6321 0,6378 0,6351 0,003

Fs 0,3579 0,3563 0,3396 0,3512 0,010

Wo 0,0068 0,0116 0,0226 0,0137 0,008

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Tabela 13: Análises por microssonda de ortopiroxênio de biotita gabro (amostra LG206A).

Ortopiroxênio

Amostra LG206A

%Peso / Ponto 64 73 74 72 média σ

SiO2 53,31 53,58 53,28 53,39 53,39 0,13

TiO2 0,00 0,21 0,24 0,09 0,13 0,11

Al2O3 0,68 0,71 0,89 0,71 0,75 0,09

Cr2O3 0,06 0,05 0,00 0,00 0,03 0,03

FeO 25,87 25,05 25,25 25,47 25,41 0,35

MnO 0,81 0,77 0,56 0,57 0,68 0,13

MgO 19,17 19,51 19,32 18,68 19,17 0,36

CaO 0,55 0,44 0,56 0,78 0,58 0,14

Na2O 0,04 0,02 0,03 0,08 0,04 0,03

K2O 0,00 0,00 0,02 0,00 0,01 0,01

Total 100,48 100,33 100,14 99,77 100,18 1,39

Fórmula estrutural calculada para 6 oxigênios

Cpfu / Ponto 64 73 74 72 média σ

Si 2,017 2,026 2,019 2,036 2,024 0,008

Ti 0,000 0,006 0,007 0,003 0,004 0,003

Al 0,030 0,032 0,040 0,032 0,033 0,004

Cr 0,002 0,002 0,000 0,000 0,001 0,001

Fe3+ 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Fe2+ 0,882 0,887 0,887 0,915 0,893 0,015

Mn 0,026 0,025 0,018 0,018 0,022 0,004

Mg 1,082 1,100 1,091 1,062 1,084 0,016

Ca 0,022 0,018 0,023 0,032 0,024 0,006

Na 0,003 0,001 0,002 0,006 0,003 0,002

K 0,000 0,000 0,001 0,000 0,000 0,001

Total 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 0,000

Q (Ca+Mg+Fe2+) 1,986 2,004 2,001 2,008 2,000 0,010

J (2Na) 0,005 0,002 0,004 0,012 0,006 0,004

En 0,5446 0,5486 0,5453 0,5287 0,5418 0,009

Fs 0,4441 0,4426 0,4433 0,4554 0,4464 0,006

Wo 0,0112 0,0088 0,0114 0,0159 0,0118 0,003

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Tabela 14: Análises por microssonda de ortopiroxênio do Pluton Poço Verde (amostra ES35b; Dias 2006).

Ortopiroxênio

Pluton Poço Verde

Amostra ES35B

%Peso / Ponto 11 12 15 16 17 18 22 27 28 29 Média σ

SiO2 51,43 50,95 51,48 50,97 51,50 51,58 51,29 50,80 51,30 51,50 51,28 0,28

TiO2 0,10 0,08 0,00 0,07 0,02 0,13 0,00 0,14 0,02 0,09 0,07 0,05

Al2O3 0,61 0,53 0,46 0,74 0,68 0,59 0,63 0,79 0,72 0,71 0,65 0,10

Cr2O3 0,00 0,04 0,03 0,03 0,13 0,02 0,00 0,02 0,06 0,14 0,05 0,05

FeO 28,92 29,01 28,80 29,26 29,00 28,68 28,97 29,66 29,65 29,64 29,16 0,37

MnO 1,13 1,07 0,97 1,07 0,87 0,96 0,93 1,04 0,93 0,92 0,99 0,08

MgO 16,63 16,34 16,90 16,81 16,81 16,64 16,88 16,98 17,21 17,12 16,83 0,25

CaO 0,83 0,68 0,64 0,78 0,87 1,50 0,67 0,73 0,70 0,68 0,81 0,25

Na2O 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,01 0,00 0,02 0,00 0,00 0,01 0,01

K2O 0,01 0,00 0,00 0,02 0,00 0,03 0,00 0,03 0,00 0,02 0,01 0,01

Total 99,66 98,70 99,30 99,75 99,88 100,14 99,37 100,21 100,59 100,82 99,84 0,63

Fórmula estrutural calculada para 6 oxigênios

Cpfu / Ponto 11 12 15 16 17 18 22 27 28 29 Média σ

Si 1,996 2,000 2,002 1,975 1,992 1,990 1,993 1,959 1,969 1,974 1,985 0,014

Ti 0,003 0,002 0,000 0,002 0,001 0,004 0,000 0,004 0,001 0,003 0,002 0,002

Al 0,028 0,025 0,021 0,034 0,031 0,027 0,029 0,036 0,033 0,032 0,029 0,005

Cr 0,000 0,001 0,001 0,001 0,004 0,001 0,000 0,001 0,002 0,004 0,001 0,002

Fe3+ 0,000 0,000 0,000 0,012 0,000 0,000 0,000 0,040 0,026 0,012 0,000 0,014

Fe2+ 0,964 0,982 0,960 0,937 0,959 0,939 0,957 0,917 0,926 0,939 0,948 0,020

Mn 0,037 0,036 0,032 0,035 0,029 0,031 0,031 0,034 0,030 0,030 0,032 0,003

Mg 0,962 0,956 0,980 0,971 0,969 0,957 0,978 0,976 0,985 0,978 0,971 0,010

Ca 0,035 0,029 0,027 0,032 0,036 0,062 0,028 0,030 0,029 0,028 0,034 0,010

Na 0,000 0,000 0,002 0,000 0,000 0,001 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,001

K 0,000 0,000 0,000 0,001 0,000 0,001 0,000 0,001 0,000 0,001 0,001 0,001

Total 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 0,000

Q (Ca+Mg+Fe2+) 1,961 1,966 1,967 1,940 1,964 1,958 1,963 1,923 1,940 1,945 1,953 0,015

J (2Na) 0,000 0,000 0,003 0,000 0,000 0,001 0,000 0,003 0,000 0,000 0,001 0,001

Wo 0,018 0,015 0,014 0,017 0,018 0,032 0,014 0,016 0,015 0,014 0,017 0,005

En 0,491 0,486 0,498 0,501 0,494 0,489 0,498 0,508 0,508 0,503 0,497 0,008

Fs 0,492 0,499 0,488 0,483 0,488 0,480 0,488 0,477 0,477 0,483 0,485 0,007

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58

11

Clinopiroxênio

Amostra LG130

%Peso / Ponto 15 17 18 20 21 23 24 Média σ

SiO2 51,93 51,18 50,95 52,30 49,77 51,13 53,25 51,50 1,11

TiO2 0,43 0,53 1,03 0,38 0,60 0,54 0,13 0,52 0,27

Al2O3 2,78 4,82 5,21 3,34 4,59 2,64 2,41 3,68 1,16

Cr2O3 0,16 0,61 0,13 0,27 0,14 0,29 0,13 0,25 0,17

FeO 6,68 6,74 6,36 7,74 6,33 7,78 8,79 7,20 0,92

MnO 0,13 0,17 0,18 0,15 0,19 0,23 0,16 0,17 0,03

MgO 12,94 12,19 12,32 13,08 11,89 12,40 13,50 12,62 0,57

CaO 21,94 22,51 21,65 19,97 21,40 20,81 20,43 21,24 0,89

Na2O 0,54 0,81 0,78 0,66 0,92 0,71 0,51 0,70 0,15

K2O 0,03 0,03 0,03 0,04 0,04 0,02 0,04 0,03 0,01

Total 97,56 99,60 98,63 97,92 95,87 96,56 99,33 97,92 5,29

Fórmula estrutural calculada para 6 oxigênios

Cpfu / Ponto 15 17 18 20 21 23 24 Média σ

Si 1,974 1,906 1,913 1,982 1,920 1,971 1,994 1,951 0,037

Ti 0,012 0,015 0,029 0,011 0,017 0,016 0,004 0,015 0,008

Al 0,125 0,212 0,231 0,149 0,209 0,120 0,106 0,164 0,051

Cr 0,005 0,018 0,004 0,008 0,004 0,009 0,004 0,007 0,005

Fe3+ 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Fe2+ 0,273 0,220 0,260 0,339 0,221 0,298 0,343 0,279 0,050

Mn 0,004 0,005 0,006 0,005 0,006 0,008 0,005 0,006 0,001

Mg 0,733 0,677 0,690 0,739 0,684 0,713 0,754 0,713 0,030

Ca 0,893 0,898 0,871 0,811 0,885 0,859 0,820 0,862 0,035

Na 0,040 0,059 0,057 0,048 0,069 0,053 0,037 0,052 0,011

K 0,001 0,002 0,001 0,002 0,002 0,001 0,002 0,002 0,000

Total 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 0,000

Q (Ca+Mg+Fe2+) 1,900 1,795 1,820 1,888 1,789 1,870 1,916 1,854 0,052

J (2Na) 0,080 0,117 0,113 0,096 0,138 0,107 0,073 0,103 0,022

En 0,3858 0,3770 0,3788 0,3913 0,3821 0,3811 0,3933 0,3843 0,006

Fs 0,1438 0,1226 0,1426 0,1793 0,1235 0,1594 0,1789 0,1505 0,024

Wo 0,4703 0,5003 0,4786 0,4294 0,4944 0,4595 0,4278 0,4651 0,029

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Tabela 16: Análises por microssonda de clinopiroxênio de biotita leucogabro (amostra LG206A).

Clinopiroxênio

Amostra LG206A

%Peso / Ponto 63 75 76 68 média σ

SiO2 53,60 46,81 45,95 49,59 48,99 3,44

TiO2 0,08 1,81 1,89 1,15 1,23 0,84

Al2O3 1,28 8,24 8,54 5,81 5,97 3,35

Cr2O3 0,07 0,15 0,04 0,22 0,12 0,08

FeO 8,87 14,17 14,05 11,30 12,10 2,53

MnO 0,15 0,12 0,04 0,20 0,12 0,07

MgO 12,84 11,81 11,68 13,02 12,34 0,69

CaO 21,70 11,43 11,52 13,98 14,66 4,84

Na2O 0,58 1,29 1,28 1,00 1,04 0,33

K2O 0,00 0,79 0,86 0,64 0,57 0,39

Total 99,16 96,61 95,86 96,91 97,14 16,56

Fórmula estrutural calculada para 6 átomos oxigênios

Cpfu / Ponto 63 75 76 68 média σ

Si 2,017 1,813 1,792 1,903 1,882 0,103

Ti 0,002 0,053 0,056 0,033 0,036 0,025

Al 0,057 0,376 0,392 0,263 0,270 0,155

Cr 0,002 0,005 0,001 0,007 0,004 0,002

Fe3+ 0,000 0,024 0,052 0,000 0,000 0,025

Fe2+ 0,335 0,434 0,406 0,398 0,393 0,042

Mn 0,005 0,004 0,001 0,006 0,004 0,002

Mg 0,720 0,682 0,679 0,745 0,707 0,032

Ca 0,875 0,474 0,481 0,575 0,604 0,188

Na 0,042 0,097 0,097 0,075 0,077 0,026

K 0,000 0,039 0,043 0,031 0,028 0,019

Total 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 0,000

Q (Ca+Mg+Fe2+) 1,930 1,591 1,567 1,718 1,703 0,166

J (2Na) 0,085 0,193 0,194 0,149 0,155 0,051

En 0,3731 0,4286 0,4333 0,4337 0,4149 0,029

Fs 0,1735 0,2731 0,2594 0,2317 0,2307 0,044

Wo 0,4534 0,2982 0,3072 0,3346 0,3543 0,072

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Tabela 17: Análises por microssonda de clinopiroxênio do Pluton Poço Verde (amostra ES35b; Dias 2006).

Clinopiroxênio

Pluton Poço Verde

Amostra ES35B

%Peso / Ponto 15 16 17 18 6 7 8 9 10 21 23 24 25 26 33 Média σ

SiO2 52,29 51,91 51,13 51,58 51,52 51,91 51,55 51,68 51,56 51,98 50,97 51,35 51,99 52,04 51,79 51,68 0,36

TiO2 0,21 0,13 0,13 0,17 0,27 0,15 0,07 0,10 0,09 0,15 0,12 0,19 0,10 0,18 0,15 0,15 0,05

Al2O3 1,40 1,56 1,56 1,48 1,39 1,43 1,29 1,30 1,44 1,39 1,27 1,19 1,46 1,17 1,38 1,38 0,12

Cr2O3 0,01 0,08 0,00 0,02 0,10 0,05 0,03 0,01 0,00 0,00 0,07 0,08 0,07 0,08 0,09 0,05 0,04

FeO 12,52 12,54 11,73 15,84 11,62 12,88 12,63 12,22 11,85 11,65 11,77 10,66 12,98 12,02 12,33 12,35 1,13

MnO 0,42 0,47 0,55 0,47 0,44 0,45 0,45 0,52 0,55 0,43 0,37 0,46 0,33 0,43 0,55 0,46 0,06

MgO 12,07 12,08 12,00 13,13 11,91 12,15 11,96 11,92 11,63 11,86 11,87 11,82 12,22 12,14 12,28 12,07 0,34

CaO 21,03 20,75 21,12 16,85 21,66 20,82 20,98 20,68 22,23 21,66 21,29 22,59 20,37 21,85 20,90 20,99 1,30

Na2O 0,43 0,38 0,36 0,29 0,51 0,42 0,34 0,45 0,32 0,52 0,44 0,45 0,40 0,39 0,32 0,40 0,07

K2O 0,00 0,00 0,01 0,01 0,00 0,03 0,05 0,00 0,01 0,01 0,02 0,06 0,03 0,04 0,01 0,02 0,02

Total 100,38 99,90 98,59 99,84 99,42 100,29 99,35 98,88 99,68 99,65 98,19 98,85 99,95 100,34 99,80 99,54 0,66

Fórmula estrutural calculada para 6 oxigênios

Cpfu / Ponto 15 16 17 18 6 7 8 9 10 21 23 24 25 26 33 Média σ

Si 1,968 1,963 1,956 1,959 1,954 1,956 1,962 1,973 1,955 1,966 1,957 1,955 1,965 1,957 1,960 1,960 0,006

Ti 0,006 0,004 0,004 0,005 0,008 0,004 0,002 0,003 0,003 0,004 0,003 0,005 0,003 0,005 0,004 0,004 0,001

Al 0,062 0,070 0,070 0,066 0,062 0,063 0,058 0,059 0,064 0,062 0,057 0,053 0,065 0,052 0,062 0,062 0,005

Cr 0,000 0,002 0,000 0,001 0,003 0,001 0,001 0,000 0,000 0,000 0,002 0,002 0,002 0,002 0,003 0,001 0,001

Fe3+ 0,022 0,022 0,038 0,027 0,050 0,047 0,042 0,022 0,044 0,036 0,052 0,058 0,028 0,051 0,032 0,038 0,012

Fe2+ 0,373 0,374 0,337 0,476 0,319 0,359 0,360 0,368 0,331 0,333 0,326 0,281 0,382 0,327 0,358 0,354 0,043

Mn 0,013 0,015 0,018 0,015 0,014 0,014 0,015 0,017 0,018 0,014 0,012 0,015 0,011 0,014 0,018 0,015 0,002

Mg 0,677 0,681 0,684 0,743 0,673 0,682 0,678 0,679 0,657 0,669 0,680 0,671 0,689 0,681 0,693 0,682 0,019

Ca 0,848 0,841 0,866 0,686 0,880 0,840 0,855 0,846 0,903 0,878 0,876 0,922 0,825 0,881 0,847 0,853 0,053

Na 0,031 0,028 0,027 0,021 0,037 0,031 0,025 0,033 0,024 0,038 0,033 0,033 0,029 0,028 0,023 0,030 0,005

K 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,002 0,000 0,000 0,000 0,001 0,003 0,001 0,002 0,000 0,001 0,001

Total 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 0,000

Q (Ca+Mg+Fe2+) 1,898 1,896 1,887 1,905 1,872 1,881 1,894 1,893 1,892 1,879 1,881 1,874 1,896 1,888 1,898 1,889 0,010

J (2Na) 0,063 0,056 0,053 0,043 0,075 0,061 0,050 0,067 0,047 0,076 0,066 0,066 0,059 0,057 0,047 0,059 0,010

En 0,357 0,359 0,363 0,390 0,360 0,363 0,358 0,358 0,347 0,356 0,361 0,358 0,363 0,361 0,365 0,361 0,009

Fs 0,196 0,197 0,179 0,250 0,170 0,191 0,190 0,195 0,175 0,177 0,173 0,150 0,202 0,173 0,189 0,187 0,022

Wo 0,447 0,443 0,459 0,360 0,470 0,447 0,452 0,447 0,477 0,467 0,466 0,492 0,435 0,466 0,446 0,451 0,029

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Em seguida os piroxênios foram distribuídos em grupos, com base nos parâmetros

Q (Ca+Mg+Fe+2) e J (2Na). Todos os piroxênios analisados foram inseridos no tipo Quad

(figura 13), possibilitando usar o diagrama Ca-Mg-Fe para nomeá-los. Os ortopiroxênios

são classificados como sendo da série enstatita-ferrosilita (figura 14). Os clinopiroxênios

foram classificados como augita e diopsídio (figura 14).

Figura 12: Diagrama para classificação grupo dos piroxênios em grupos de acordo com Morimoto (1988),

onde Q = Ca + Mg + Fe2+ e J = 2Na. A) ortopiroxênios e B) clinopiroxênios.

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Figura 13: Diagrama para classificação dos A) ortopiroxênios e B) clinopiroxênios, segundo Morimoto

(1988).

4.3.5. Olivina

As amostras de olivinas analisadas foram encontradas apenas no ponto LG130

(tabela 14). Esse mineral é constituído pela solução sólida forsterita (Mg2SiO4) – faialita

(Fe2SiO4), e com base nessa solução é realizada a distribuição dos íons e em seguida é

feito a classificação. Dessa forma, todas as amostras são ricas na molécula forsterita (Fo59

Fa41).

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Tabela 18: Análise por microssonda de olivina gabro-norito (amostra LG130).

Olivina

Amostra LG130

%Peso / Ponto 1 2 3 4 13 14 27 Média σ

SiO2 37,10 36,95 37,17 36,98 37,31 37,21 36,01 36,96 0,44

TiO2 0,00 0,06 0,00 0,00 0,00 0,08 0,00 0,02 0,03

Al2O3 0,03 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,01 0,01 0,02

Cr2O3 0,00 0,10 0,00 0,01 0,02 0,00 0,04 0,02 0,04

FeO 32,61 32,17 32,86 31,33 33,25 33,14 33,84 32,74 0,81

MnO 0,51 0,49 0,38 0,30 0,45 0,36 0,48 0,43 0,08

MgO 30,55 30,41 29,91 29,55 29,00 29,25 27,51 29,45 1,03

CaO 0,06 0,03 0,04 0,01 0,00 0,03 0,00 0,02 0,02

Na2O 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 0,03 0,01 0,01

K2O 0,02 0,00 0,01 0,04 0,00 0,01 0,02 0,01 0,01

F 0,00 0,00 0,03 0,00 0,02 0,00 0,02 0,01 0,01

Total 100,87 100,21 100,40 98,22 100,12 100,08 97,96 99,70 1,13

Fórmula estrutural calculada para 4 oxigênios

Cpfu / Ponto 1 2 3 4 13 14 27 Média σ

Si 1,008 1,010 1,017 1,032 1,029 1,025 1,021 1,020 0,009

Ti 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,002 0,000 0,000 0,001

Al 0,001 0,000 0,000 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,001

Cr 0,000 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,001 0,001

Fe3+ 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Fe2+ 0,741 0,735 0,752 0,731 0,767 0,763 0,803 0,756 0,025

Mn 0,012 0,011 0,009 0,007 0,011 0,008 0,011 0,010 0,002

Mg 1,237 1,239 1,220 1,229 1,192 1,201 1,163 1,212 0,028

Ca 0,002 0,001 0,001 0,000 0,000 0,001 0,000 0,001 0,001

Total 3,000 3,000 3,000 3,000 3,000 3,000 3,000 3,000 0,000

Membros finais

Fo 62,126 62,374 61,557 62,468 60,529 60,848 58,826 61,259 1,302

Fa 37,207 37,006 37,945 37,150 38,934 38,678 40,591 38,203 1,295

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CAPÍTULO V: DISCUSSÕES

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5. DISCUSSÕES

O termo shoshonito inicialmente empregado por J.P. Iddings em 1895 para

ortoclásio-basaltos com altos valores de K, e mais recentemente utilizado para descrever

uma variedade potássica de traquiandesito basáltico, campo S2 do diagrama TAS (Total

álcali-sílica) por Le Matre (2002), compreende a uma série de rochas relativamente

saturadas em SiO2 com teores de álcalis (K2O+Na2O) acima de 5%, alto teor (variável)

de Al2O3, baixos teores de TiO2 e enriquecimento em P2O5, Rb, Sr, Ba, Pb e ETRL em

relação aos elementos litófilos (Zr, Ti, P, Nb, Y, terras raras pesadas; Morrison, 1980).

Segundo Dias (2006) as rochas mais básicas presentes a leste de São José do Campestre

apresentam baixos teores de K2O e altos teores de Al2O3, Fe2O3, MgO, CaO, TiO2 e P2O5

quando relacionadas às rochas mais ácidas dessa região.

Rochas dioriticas, enclaves máficos a intermediários presentes na suíte cálcio-

alcalina porfirítica de alto K (Dias, 2006), e olivina leuconorito (LG130; Souza et al.,

2016), metaluminosas, cálcio-alcalinas a subalcalinas (Nascimento, 2000; Dias, 2006;

Nascimento et al., 2008; Nascimento et al., 2015), compreende os principais

representantes da suíte shoshonítica no Domínio São José do Campestre.

Os corpos estudados, olivina gabro-norito ((LG130) e biotita-gabro (LG206A),

porfiriticos a inequigranulares, apresentam química mineral consistente com as rochas

descritas por Nascimento et al. (2015) para suíte shoshonítica, enquadrando-se entre os

termos menos diferenciados. Souza et al (2016) considera um magma básico com

contaminação crustal, em virtude dos valores de εNd negativos, como fonte para a

geração do corpo LG130.

A análise química mineral e a descrição mineralógica evidenciam um magma

parental composto principalmente de MgO, FeO e CaO, para as rochas que compõem os

corpos LG130 e LG206A. Os minerais presentes no corpo LG130 mostraram-se

levemente mais enriquecidos em MgO, Al2O3 e CaO, do que o corpo LG206A, sugerindo

um possível processo de diferenciação e empobrecimento relativo do magma parental.

A análise em rocha total realizado por Souza et al. (2016) no corpo LG130 exibe

características químicas, tais como, 44,5% de SiO2, 9,66% de Na2O+K2O, 9,57% de

Al2O3, enriquecimento de terras raras leves em relação aos pesados, que apontam para

uma afinidade shoshonítica. Alta concentração de Cr, entorno de 1023ppm, 102 ppm de

Cu, 827 ppm de Ni, 25 ppm de Sc, é descrita por Souza et al. (2016), no corpo LG130.

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Morrison (1980) considera que as rochas shoshoníticas exibem alta concentração de Cr,

Cu, Ni e Sc.

Os corpos LG130 e LG206A integram ao magmatismo neoproterozoico, com

idade mínima de 576,4± 39 Ma (U/ Pb em zircão), relacionado a um evento magmático

intracontinental (Souza et al., 2016). Rochas gabróicas e dioríticas, a exemplo dos corpos

descritos, podem ter derivado de uma fonte mantélica previamente enriquecida (Jardim

de Sa, 1994; Neves et al., 2000; McReath et al., 2002; Nascimento et al., 2002; Hollanda

et al., 2003).

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CAPÍTULO VI: CONCLUSÕES

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6. CONCLUSÕES

Por meio dos dados de campo, análises de microssonda, descrição petrográfica,

interpretações geofísicas, dados bibliográficos e as discussões mencionadas no capítulo

anterior, foi possível caracterizar os corpos da suíte shoshonítica presentes na área de

estudo. As principais conclusões são apresentadas a seguir.

1. A suíte shoshonítica na área objeto desse trabalho é representada principalmente

por três corpos que ocorrem intrusivos nos ortognaisses paleoproterozóicos e

associados aos granitoides porfiríticos. Além desses corpos a suíte engloba

enclaves intermediários a máficos.

2. Petrograficamente, os corpos gabróicos são classificados como olivina gabro-

norito e biotita gabro, com mineralogia principal composta por forsterita,

diopsídio, augita, hiperstênio, biotita, hornblenda e plagioclásio. Essas rochas

mostram-se menos diferenciadas do que quartzo monzonito a quartzo diorito

(pluton Poço Verde) e enclaves intermediários a máficos (granodiorito, tonalito,

quartzo monzodiorito e quartzo diorito) descrito por Dias (2006), como rochas de

afinidade shoshonítica.

3. A partir da química mineral, foram classificados os minerais: anfibólio,

plagioclásio, biotita, clinopiroxênio, ortopiroxênio e olivina presentes no LG130,

LG206A e no pluton Poço Verde. Os anfibólios são classificados geralmente

como pargasita, endenita, tschermakita e Mg-hornblenda. As biotitas são do tipo

flogopita. O plagioclásio é classificado entre oligoclásio a labradorita. Os

ortopiroxênios pertencem a série enstantita-ferrosilita e o clinopiroxênios são do

tipo augita e diopsídio. A olivina (somente no LG130) é rica na molécula

forsterita.

4. A presença de olivina no LG130, indica que sua cristalização ocorreu em

condições de temperatura relativa mais elevada, a partir de um magma básico

datado em 576±4 Ma (Souza et al., 2016), menos diferenciado.

5. O LG206A apresenta uma mineralogia/composição química mineral similar

àquela descrita para o pluton Poço Verde, datado em 599±16 Ma (Dantas, 1996)

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69

e afetado por um evento metamórfico em 550±10 Ma (U-Th-Pb em monazita,

Souza et al., 2006). O magma parental para a formação desses corpos exibe

composição limitar, possivelmente originado a partir de mesmo magma do corpo

LG130, porém mais diferenciado que esse.

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70

CAPÍTULO VII: REFERÊNCIAS

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71

7. REFERÊNCIAS

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Anexos I (Mapa geológico da área de estudo) e II (Mapa de

pontos da área de estudo)

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Anexo I: Mapa geológico da área de estudo, localizada a leste de São José do Campestre / RN, destacando a geometria e localização dos corpos olivina gabro-norito, biotita leucogabro e rochas dioríticas porfiríticas mapeadas, bem as principais litologias e

estruturas das encaixantes, baseado na compilação de Ribeiro (2019), Dias (2006), Roig e Dantas (2013), e da base de dados shapefiles geológico e geofísicos provenientes da CPRM (Folha São José do Campestre e Projeto Borda Leste do Planalto da Borborema).

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Anexo II: Mapa de pontos da área de estudo, localizada a leste de São José do Campestre / RN, destacando os pontos visitados, as principais vias de acessos, municípios e povoados, compilados de Dias (2006).