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* : ¦- ¦-¦:. .'..---V\V '¦f *./ ' .289 ívf. .^18.27, MNO.IY N. ASSIGNATURAS Capital e Províncias fanno) 158000 Para a Capital somente (trimestre) 48000 Numero do dia 40 rs. Os originaes entregues á redacção nSo serão (restituidos embora* nao sejam publicados ¦ uiíji.jp ¦-- ***e __(____[ ^¦^^^^^^^-*_^Bk ES' »_______^^^^^^_______l. '-¦ >* ti BO .-: -,gBXTA-FBIM .3.0 DE; NQVj|p&} ! ;;SÀBBAD0 1 BB DEZEMBRO, - ,: ffioõ gioò^ ÓRGÃO -.pttblicações (linha) ........••••••••• * Annuncios ..........*••••• ••••••••¦' BNumero do dia 40 rsv-v r.TTNTTr,fnr»TA Asassi°matUrasterminaminvaria-^ . DOS INTERESSES DO COMMERCIO, DA LAVOURA ^^^^^^-yà^f^^^^^^i^ ^^^TjrTTfs^^ IE ss COMPLETA NEUTRALIDADE NA LUTA DOS PARTIDOS POLÍTICOS Rio cie Janeiro. ESCRIPTORIO E REDACÇÃO - RÜA NOVA DO OUVIDOR N. %i ;¦»."*¦ AVISO 10 PUBLICO O escriptorio do t Globo» mudou-se para a rua Nova do Ouvidor n. 28. Temos adoptado todas as providencias para que seja regular a entrega da nossa folha. Rogamos, porém, a todos os Srs. assignantes que nos communiquem promptamente qualquer falta para que pos- samos providencial-a. Condições da assignatura Por um anno". . 158000 Por trimestre (só para esta capital...... 48000 As assignaturas terminam invariavelmente em Março , Junho, Setembro e Dezembro. jornalistas militantes fazemos grande g-asto de rethorica, sem Rogamos aos nossos assig- nante°s do interior que mandem reformar as suas assignaturas, afim de lhes não ser interrom- pida a remessa do G/060. que nos possamos demorar no es- tudo destas questões importantes, que sao de influencia vital nos destinos da sociedade. O digno seci etário da legação britannica pôde ter errado em al- gumas de suas apreciações; pôde ter sido illudido em boa por muitos dos próprios dados offL- ciaes que nos fornece o nosso im- perfeito e viciosissimo systema de escripturação no que se refere ás finanças do paiz. Mas nao se lhe pôde estranhar que tenha recebido da situação financeira do império a mesma desagradável impressão que mui- tos brazileiros notáveis, os quaes na imprensa e na tribuna parla- mentar apresentaram aprehensOes tao alarmantes como aquellas que o digno funcionário britannico julgou dever transmittir ao seu governo. E' verdade que para inquinar o valor dessas apreciações se re- cordoua Mr. 0'Connor que elle J. nao era um bom bacharel. Mas os nossos bacharéis têm, por tao longos annos estragado e desorganizado o paiz, que nao é de estranhar que a bacharelice en- contrehoje pouco favor perante a opinião. pôde ter errado em algumas de*- ducçoes, manifestou, por outro lado, grande perspicácia e mos- trou conhecer a fundo toda a triste realidade da miseranda si- tuaçao que atravessamos.^ Extraetos O que certamente espanta a Mr. 0'Connor e torna o seu espi- rito aprehensivo quanto ao futu- ro das nossas finanças é observar, no meio de um descalabro mo- ral confirmado e proclamado por alguns próprios conservadores eminentes a omnipotencia dos DO BLÜE-BOOK, INTITULADO RELATÓRIOS D«S SI-CHETAIVK-S DE EMBAIXADA E LEOAÇAO DE S. M. BRITANNICA, APRESENTADO AO PARLAMENTO EM AGOSTO ULTIMO. (Continuado do Gltbo n. 286) FINANÇAS PROVINCIAES O quasi-federal systema do Brazil deixa a cada província do império considerável latitude na direcção dos seus negócios in- ternos, © grande liberdade no que con- cerne á administração financeira. As pro- vincias differem muito no gráo de prós- peridade de que gosam, e emquanto as do Rio de Janeiro S. Paulo acham-se em condição prospera, outras estão soffréndo a pressão da falta de braços, escacez de O mappa junto, que foi organisado com as informações officiaes .publicadas pela imprensa do Rio de Janeiro, ou com o estudo dos relatórios dos governos pro- vinciaes, mostra sucintamente as condi- ções financeiras das vinte províncias do império do Brazil; e ainda que não es- teja livre de inexactidões, devidas ás di- fficuldades de colligirem-se as informações precisas em um campo tão vasto, os dados do mappa podem ser considerados auífi- cientemente correctos pera nos habilitar a formar uma idéa geral da divida provin- ciai, que sobe no todo a £ 2.565.76S ou cerca de 25.000.000$. Nesta somma não está incluída a divida fluctuante de mui- tas províncias, oneradas além disto com a pressão ua iaua ae _-t_v,j_, ¦__"_avo* «« »a_ F.v»..*.«*»—, a capital, falta de energia, e uma adminis- garantias de juro á estradas de ferro e tração financeira desordenada e extrava- outras obras publicas, as quaes se forem eminentes a omnipotencia dos traç5o finaQCo.ra desordenada e extrava- outras obras publicas, as quae. .«i. Mi nda & Cf tó-Mterios exercida à sombra da gan... ,U. _, ta. r^uzido . um «tado tar**. a .Mt. au^Urao «o™.- ministérios exercia»AA|m0Qte seu8 comprom.S80_.Foi prorog:í HOTICIAS DIVERSAS Foram declaradas isentas de penhora e are3tos a3 pensões usu- fruidas pelas pensionistas do Mon- te-pio geral de economia~dos ser- vidores do Estado e do Monte-pio geral. Ó governo Imperial recebeu, para as victimas da secca, ob do- nativos seguintes : 614#000 de uma subscripção-pro- movida pelo dr. José Phüíppe dos Santos e Pedro Rodrigues Horto; 1:000$000 agenciado pelo -dr. Marcos Manso Monteiro da- Costa Reis e outros; 1:000#000 agenciado entre os sócios da firma Coimbra, Farani, Os assignantes têm direito á folha, desde a data da sua ins- cripção para diante. Não podemos absolutamente empatar colleeções completas da folha, aguardando futuras inscripções. o GÕLOíÍÕ O NOSSO CREDITO NO EXTERIOR Quando o relatório de Mr. 0'Connor |nao tivesse produzido outro resultado mais do que ms- tio-ar a imprensa ao debate eco- nomico que consideramos inicia- do, seria este um serviço muito para agradecer. Ordinariamente nós outros os Os defensores officiaes e officio- sos do governo mostraram-se muito impressionados com os al- «•arismos e os cálculos, um pouco arbitrários de Mr. 0'Connor por- que sabem que a linguagem se- vera dos .algarismos é muito mais eloqüente para o publico inglez do que os tropos e as imagens poéticas dos nossos Pindaros par- lamentares que gastam o tempo a cantar antiphonas em louvor do ministério que os faz eleger deputados. Mas si os detractores de Mr. 0'Connor se dessem ao trabalho de ler as entrelinhas do relato- rio desse funecionario e aprecias- sem severamente o alcance das observações moraes resultantes dessa accumulaçao de algarismos, ficariam de certo muito mais im- pressionados e veriam que si elle FOLHETIM irresponsabilidade da. coroa que apparece hoje ao paiz como cum- plice augusta de todos esses la- mentaveis desvios moraes qne tem chegado ao ponto de aterrar a todos os espiritos sérios. Quando se que um ministro da coroa tem a faculdade de pre- sentearaum amigo em apuros com dez mil contos do cabedal da na- cao; quando se vê, dos próprios relatórios officiaes, que os exac- tores da renda nacional se entre- gàm á delapidaçao systematica da receita do Estado; quando se que qualquer secretario de Sua Magestade tem o desemba- raço de encommendar encoura- çados de seis ou oito mil contos, ê o de emprehender obras custo- sas sem verbas para isso desig- nadas no orçamento; quando se que, no intuito de alargar a clientella pessoal dos ministros, alarga-se arbitrariamente a es- phera do funccionalismò, conce- dendo-se aposentadorias para ac- comodar a afilhadagem; quando se a renda das alfândegas cercea- da pelo contrabando e da meada d'um processo fiscal, surgir inopi*- nadamente a figura d'um ministro da fazenda associado a um con- ferente da alfândega, era coman- dita para a exploração de uma casa de còmmerato de fazendas, factos sao estes todos que, te- nham a origem que tiverem, ou arelaxaçaoou a leviandade, fe- rem desagradavelmente o animo dos nacionaes e muito principal- mente dos estrangeiros honestos que estudam e reflectem sobre os negócios do nosso paiz NOMES ANNO PI- IÍANCEIRO Pernambuco......... 1875-Tô Parahyba* 1875-76 DIVIDA DAS PROVÍNCIAS RECEITADESPEZA Sergipe Ama*-onas. 1874-75 1873-74 2.218.028$ 608.710^ 598.7068 557.244$ 2.721.007$ 718.5968 681.979$ 665.7258 DÉFICIT DIYIDA TOTAL 5.305.396$ 405.1078 500.0008 270.0008 503.1768 109.8868 83.2738 108.4808 Rio-Grande do Norte.. 1*75-76275.4808 Piauhy¦ __$Ailltt •••»•••••••«-*' Minas-Geraes........ Rio de Janeiro Alagoas>* Maranhão Rio-Giande do Sul.. Paraná. ....«••••••• Goyaz Sauta-Catharina Espirito-Santo 1874-75 Matto-Grosso 1875-76 Ceará 1874-76 187.-77 1874-75 1874-75 1875-76 1875-76 1873-74 1876-77 1876-77 1874-75 1874-75 1874-75 1874-75 244.0288 2.102.3278 1.541.1808 3.571.8458 1.543.3858 604.7768 2.433.0528 831.2908 1.702.1008 392.8718 147.7878 302.0028 300.0008 130.0008 616.9418 299.4008 r0br.nMn".onw: 327.6898 128.6618 Foi prorogada por um mez, com ordenado, a licença concedida ao juiz de direito "da comarca de S. Miguel, na provincia de Santa- Catharina, bacharel Honorio Tei- xeira Coimbra. 2.564.9778 2.096.4388 4.8Ò8.1458 2.103.1988 743.8088 1.891.0078 9S1.2905 2.593.5798 635.8788 180.2038 359.1508 312.0008 159.3098 954.2138 462.6508 555.2588 1.236.3008 559.8138 139.0328 ••••* •••* 130.0008 891.4798 273.0078 32.4168 57.14.-58 12.0008 29.3098 237.2728 160.0008 869.0008 1.800.0008 282.0008 6.000.0005 2.200.0008 400.0008 1.500.0008 739.0008 4.709.4808 400.0008 150.0008 72.0528 65.0008 30.0008 300.0008 20.721.7528 25.852.5918 5.549.1608 25.657.6358 O presidente das loterias, ir. dr. Henrique João Dodswortti, decla- rou ao governo que o regulamen- to para extracção de loterias é exe- cutado fielmente, de modo a nao deixar a menor duvida sobre a fôrma do processo da extracçSo. O Sr. conselheiro Antônio José de Bem, fiscal das loterias, offi- ciou ao governo, declarando qae q actual processo de extracção. toda garantia aos interessados feito com todo. o escrúpulo, poden- do-se nelle depositartodà a cón- fiança. 0 MONGE NEGRO REVISTA DA IMPRENSA O Apóstolo manifesta a sua sa- tisfacao, diante do álbum que con- t(Vrn *a mensagem que os cathoh- cos vao dirigir ao illustre bispo diocesano, e declara ser, um tra- balho bem acabado è que prima mais pela simplicidade do aue pela riqueza. O trabalho calli- graphico da mensagem ó do Sr. Leopoldo Heck;o álbum-foi feito na casa Lombaerts e a parte de oun- vesaria é devida ao hábil artista o Sr. Valentim. Vem na Reforma o 3.' artigo sobre as finanças do Brazil. Alli se fazendo referencia ao ultimo relatório do secretario inglez, se declara que o império brazileiro é victima innocente do seu máo o-overno, culpado unico do abalo Sra impugnado ao-credito nacio- nal, sobre o qual todos estreme- mos., Em outro artigo declara, que se uo paiz houvesse tribunal com- petente, í-eria obra de caridade requerer um mandado de habeas- corpus em favor do glorioso invah- du, que no ultimo quartel da vi- da sente-se amargurado por um constragimento illegal. Reclama, com toda a razão, a Gazeta de Noticias, contra o abuso UGU.-.--<_--_V-~-UU.3¦¦'_¦•••' _,-"-—.—J ~~* um vasto.cafezal virgem, no meio das mattas. ,.-...-u„™ Descobrio-se na margem direita Gazeta de Noticias, contra o abuso do Guaporé pouco abaixo do al- de remetter para o batalhão na- deamento dos indios guanayos, vai quanta praça incorrigivei um vaBt0 cafezai virgem, no meio tem o exercito. Em folhetim assignado pelo Sr. dr. Cardoso de Menezes, si principia a estudar os typos do foro. O «nosso meirinho» fôrma o assumpto do primeiro e inte- ressante folhetim. O Diário do Rio responde ain- da ao artigo do « London », e faz um elogio á dignidade, proficien- cia e patriotismo dos nossos es- tadistas. Será ironia ? Parece. Nos a pedidos do Jornal, conti- nua a polemica sobre os direitos que asistem ás companhias de carris urbanos. POR CL1MENCIA ROBERT TERCEIRA PARTE O PAVILHÃO DA NOITE (Continuação) O trovão rimbombava então e fazia tremer a cúpula do.pavi- ainda. Uiugi° u"{. -onellas perado para as ? f^»; pareceu-lhe que a ^^empei ie^ la noite completava sua infeüci^ dade, que o próprio eéo se mo. "SZ1^ <* entre STo-So6 ficara11'inteirameute comido a vista W«gg bmeos pensando somente em con- uiacos.pellioo com um Ss õtapm-fo/o e violento; entap dle sentou-se â algtms passos dUtante delia, abatido com a fronte inclinada para a terra, com uma resignação dolorosa, e disse com uma voz lenta e suave: Clotilde; ha momentos em que aquillo que mais se detesta ínspira piedade. Sim, quando se um homem criminoso aban- donado de Deus, odeiam-no, amai- dicoam-no; porém, mais tarde, quando elle está sobre^o ca la- falso, quando o cutello . brilha sobre sua cabeça,, a innludao derrama uma lagrima por ei e. Pois bem! eu sou o condemnado, devo morrer sem ser amado.... sem ser amado, comprehendeis bem esta palavra? isto é mais mTera-vel que o ultimo dos ho- mens sob o cutello do carrasco. Então serás mais implacável que a multidão vulgar? nao teras um minuto de misericórdia para^ ml^la nao teve forças para res- P°Fel-se um silencio profundo, durante o qual seus coraçOes des- cansavam dos movimentos vio- lentos, das irritações impetuosas e permaneciam em uma dor calma.„._„_„ O monge levantou-se, appro ximoti-~se,Pouco a pouco^^».Cio- tilde e prosternou-se á seus pes. Ella 'acabava de vêl-o tao terno tao submisso e tao grande amda em sua abnegação suprema que l temeu menos e nao o repellio Então o coração de Romualdo desfez-se em ternuras inefáveis. Beijou a terra onde tocavam os pés de Clotilde, e toda a sua alma afflictaexhalou-se nestes ardentes e tristes beijos. Depois levantou a cabeça e pousou-a docemente sobre ós joelhos da moça e le- vantou com angustia os olhos para ella. Ella ficou contemplando-o. Sem que soubesse porque, sua alma se tinha acalmado. Romual- do nao lhe inspirava mais terror. É que este homem assim prós- ternado em adoração era neste momento admiravelmente bello. Nao era somente o encanto destas feicOes regulares, nobres, sober- bas, era a belleza do amor que as emoções poderosas faziam m- teiramehte transparecer em seu rosto. Seus olhos scintillantes de mil fogos, estavam velados de lagrimas, sua fronte tinha toda a°exaltacao da juventude; os suspiros *que entre-abriam sua boca, tinham uma impressão de voluptuosidade e ternura. Clotilde olhava-o com umaat- tençào cândida que nao era sem admiração. Nao tinha nenhuma idéa da* paixão ; nunca sonhara o amor assim; nao conhecia as fibras do coração com seu delírio tocante e sublime ;, estava toda absorta por este novo espectaculo offerecido á seus olhos. OsclarOes da tempestade iliu- minavam a figura de Romualdo com ama luz particular, com uma luz ardente, sobrenatural, em harmonia com a expressão* estam- pada em suas feicOes. A moça, vendo este homem tao O Jornal da Tarde trancrevendo o officio do Sr. capitão de rnar e guerra Arthur Silveira da Motta sobre as obras do Independência, faz varias considerações no in- tuito de contestar as censuras fei- tas no parlamento ao Sr. ministro da marinha, pelo Sr. deputado Affonso Celso. O SR. MAJOR CAPOTE Sobre este nosso amigo, eis o que se no ultimo numero do Novo-Mundo: «Mesmo no limitado campo do accao em que se coliocou o governo Imperial,tem ficado inferior k ini- ciativa e á de votação de ura cea- rense, cujas elevaílas qualidades a infelicidade de sua terra natal veio pôr em relevo,o Sr. major Capote. Foi elle o primeiro a prever a ca- lamidade que ora afflige. o vCearà e as provincias circumvisinhas, quando no parlamento o governo e sua maioria taxavam de boatos, forjados pela opposiçáoi as noti- cias vindas dos pontos mais amea- cados. Lemos nos jornaes do Rio freqüentes annuncios deste bene- mérito cidadão, promovendo toda sorte de donativos para as victi- mas da secca, e oíferecendo trans- porte gratuito em navios fretados, á sua custa. Sao serviços esses que lhe dao direito á eterna grati- dao dos cearenses.» grande e tao forte, assim abatido por ella, descobrio em si mesma um poder até então ignorado. Sentia os enfraquecimentos deste orgulho secreto e suave, que sem- pre experimenta uma mulher amada com paixão. Seus olhos estavam fixos sobre Romualdo, sua mao apertada nas suas. E seu olhar e. sua mao fi- caram immoveis. O' Clotilde ! disse Romualdo èm seu divino extasis/ficai, ficai assim ainda um instaute I. *.. Fazei depois o que quizerdes, aborrecei-me, desprezai-me, or- denai-me que morra e morrerei à teus pés, mas deixa-me tua mao, um minuto, assim voluntária- mente. Nao sabps quantos séculos de soífrimentos eu acceitana por este momento.. Elle estava abatido, resignado, o amor o tinha curvado ate â terra. Clotilde lhe concedia esta felicidade de deixar-lhe sua mao, felicidade que fôra pedida de joelhos, e estava quasi lastiman- do-o. Formara-se nella como que uma nuvem de repente, de admiração, de attraccao voluptuosa, que en- cobria seus verdadeiros senti- mentos.-... Mas neste itista%te Clotilde es- tremeceu, porque ouvia um ba- rulho surdo ein um lugar dos subterrâneos, próximo. O veo da funesta seduecao se desfez; o pen- samento de Gabriel que a prisio- neira esperava, voltou em todo o seu poder.^ v Ella levantou-se vivamente ex- tendendo òs braços para a porta do pavilhão e soltando este ap- pello supremo: ²Gabriel! O monge, de repente chamado ás mais cruéis lembranças, le- vantou-se também, sombrio, ir- ritado e ameaçador; e exclamou: Oh! nao pronuncia este no- me ! Pela salvação de tua alma e da minha, nao pronuncia este nome!. ²Gabriel! repetio ella olhan- do Romualdo em face para o afrontar. Oh! sei agora que des- cobrio o lugar de minha pnsao e que verá libertar-me. A tempestade brumia com toda a violência ; o vento açoitava os bosques visinhos e as janelias do pavilhão: mas, no meio deste tu- muito, Clotilde, acreditava amda ouvir aquelle vago barulho que tinha vindo até o seu coração. Atirou-se para a porta e sacu- dio-a com todos os. esforços de suas fracas, mãos para tentar abalal-a. Mas Romualdo tomou-a vio- lentemente em seu braços e con- duzio-a para a cadeira de braços, onde a. reteu com siía map.de ¦ferro* Nao importa ! disse ella com um accento exaltado. Gabriel está aqui. *.;- está perto de mim... devo ser libertada por elle. ^-Sim, está aqui! repetio com. um som surdo, o monge que jui- gava sua victima encerrada na prisap. ²Posto que seja religioso, disse ella, posto que esteja en- cerrado neste velho claustro... " —Em um lugar mui seguro, interrompeu Romualdo. Oh ! eu o chamarei com tanta força da alma, que elle virá em meu soccorro! ²Nem mesmo elle pode ouvir tua vóz. Emquanto me sustentar a esperança de o tornar a vêr, te- rei força" de repellir-vos e amaldi- coar-vós.. _ ²Pois bem, perdei toda a es- peranca e sede mmha. f _ Gabriel!%im ²Está morto. Clotilde ficou ura minuto pai- lida, fria, com os olhos, amorteei- dos e o coração exangue. Romualdo*contemplou-a assim immovel, mas com os olhos bri- lhantes de um triúmpho feroz. De repente vio a moea estre- mecer, reanimar-se, retornar ás cores da vida, emquanto que seus abios exalavam um grito de ale-., gria. Elie seguio a direcção do seu olhar. E vio Gabriel entrada da câmara.;. v : Gabriel com o aux.ilio de-um punhal abrio a lingueta dafe- chadura; e entrou sem que Ro- mualdo nada ouvisse ho meio da tempestade de fora e da mais forte de sua alma. Neste mesmo tempo vio Clotil- de lancar-se nos braços de seu amante."V (Continua^ 'A -,: . . ¦J;-y"*I--;i'¦ -X~r'S~ •: L J,~ * """" \.':-y -' '.^ ¦¦'T: ." *-¦ '-'--'' .."'¦:.¦¦'¦¦ :-r ..'' -~ ..¦:¦¦" y. æ'*-'..- ';"'>, ¦..¦•¦¦.:. .*•..-,¦¦¦"¦t-l¦ -.:'-.:..V" 3---.^. ¦¦.¦".¦.''¦*¦¦.'•¦æ.'¦ : -; y-¦'¦:-¦¦.:¦' :¦¦-•¦..¦¦¦--..¦ *,- ¦-.:*.¦ . æ¦..*.. . .-."¦.-¦:".¦...:¦ .. ¦¦.¦¦;¦, -'¦'¦¦' '.";¦';".' '- '-',-?i-'L :"¦".-''; :'¦"*¦:.¦.,-" -¦'."-'..' 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.^18.27, — MNO.IY — N.ASSIGNATURAS

Capital e Províncias fanno) 158000Para a Capital somente (trimestre) 48000

Numero do dia 40 rs.Os originaes entregues á redacção

nSo serão (restituidos embora* naosejam publicados

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ÓRGÃO

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Numero do dia 40 rsv-vr.TTNTTr,fnr»TA Asassi°matUrasterminaminvaria-^ .

DOS INTERESSES DO COMMERCIO, DA LAVOURA ^^^^^^-yà^f^^^^^^i^

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COMPLETA NEUTRALIDADE NA LUTA DOS PARTIDOS POLÍTICOS Rio cie Janeiro. ESCRIPTORIO E REDACÇÃO - RÜA NOVA DO OUVIDOR N. %i;¦»."*¦

AVISO 10 PUBLICOO escriptorio do

t Globo» mudou-separa a rua Nova doOuvidor n. 28.

Temos adoptado todas as

providencias para que seja

regular a entrega da nossafolha.

Rogamos, porém, a todosos Srs. assignantes que nos

communiquem promptamentequalquer falta para que pos-samos providencial-a.

Condições da assignatura

Por um anno ". . 158000

Por trimestre (só paraesta capital...... 48000

As assignaturas terminaminvariavelmente em Março ,

Junho, Setembro e Dezembro.

jornalistas militantes fazemosgrande g-asto de rethorica, sem

Rogamos aos nossos assig-

nante°s do interior que mandem

reformar as suas assignaturas,

afim de lhes não ser interrom-

pida a remessa do G/060.

que nos possamos demorar no es-tudo destas questões importantes,que sao de influencia vital nosdestinos da sociedade.

O digno seci etário da legaçãobritannica pôde ter errado em al-

gumas de suas apreciações; pôdeter sido illudido em boa fé pormuitos dos próprios dados offL-ciaes que nos fornece o nosso im-

perfeito e viciosissimo systema deescripturação no que se refere ásfinanças do paiz.

Mas nao se lhe pôde estranhar

que tenha recebido da situaçãofinanceira do império a mesma

desagradável impressão que mui-tos brazileiros notáveis, os quaesna imprensa e na tribuna parla-mentar apresentaram aprehensOestao alarmantes como aquellas queo digno funcionário britannico

julgou dever transmittir ao seu

governo.E' verdade que para inquinar o

valor dessas apreciações já se re-

cordoua Mr. 0'Connor que elle J.

nao era um bom bacharel.Mas os nossos bacharéis têm,

por tao longos annos estragado e

desorganizado o paiz, que nao é

de estranhar que a bacharelice en-

contrehoje pouco favor perante a

opinião.

pôde ter errado em algumas de*-ducçoes, manifestou, por outrolado, grande perspicácia e mos-

trou conhecer a fundo toda a

triste realidade da miseranda si-

tuaçao que atravessamos.^

Extraetos

O que certamente espanta a

Mr. 0'Connor e torna o seu espi-

rito aprehensivo quanto ao futu-ro das nossas finanças é observar,no meio de um descalabro mo-ral confirmado e proclamado poralguns próprios conservadoreseminentes a omnipotencia dos

DO BLÜE-BOOK, INTITULADO RELATÓRIOS D«SSI-CHETAIVK-S DE EMBAIXADA E LEOAÇAODE S. M. BRITANNICA, APRESENTADO AO

PARLAMENTO EM AGOSTO ULTIMO.

(Continuado do Gltbo n. 286)FINANÇAS PROVINCIAES

O quasi-federal systema do Brazil deixaa cada província do império considerávellatitude na direcção dos seus negócios in-ternos, © grande liberdade no que con-cerne á administração financeira. As pro-vincias differem muito no gráo de prós-peridade de que gosam, e emquanto as doRio de Janeiro • S. Paulo acham-se em

condição prospera, outras estão soffréndoa pressão da falta de braços, escacez de

O mappa junto, que foi organisado com

as informações officiaes .publicadas pelaimprensa do Rio de Janeiro, ou com o

estudo dos relatórios dos governos pro-vinciaes, mostra sucintamente as condi-

ções financeiras das vinte províncias do

império do Brazil; e ainda que não es-

teja livre de inexactidões, devidas ás di-

fficuldades de colligirem-se as informações

precisas em um campo tão vasto, os dados

do mappa podem ser considerados auífi-

cientemente correctos pera nos habilitar a

formar uma idéa geral da divida provin-ciai, que sobe no todo a £ 2.565.76S ou

cerca de 25.000.000$. Nesta somma não

está incluída a divida fluctuante de mui-tas províncias, oneradas além disto com

a pressão ua iaua ae _-t_v,j_, ¦__"_avo* «« »a_ F.v»..*.«*»—, capital, falta de energia, e uma adminis- garantias de juro á estradas de ferro e

tração financeira desordenada e extrava- outras obras publicas, as quaes se forememinentes a omnipotencia dos traç5o finaQCo.ra desordenada e extrava- outras obras publicas, as quae. .«i.

Mi nda & Cf

tó-Mterios exercida à sombra da gan... ,U. _, ta. r^uzido . um «tado tar**. a .Mt. au^Urao «o™.-ministérios exercia» |m0Qte seu8 comprom.S80_. Foi prorog:í

HOTICIAS DIVERSAS

Foram declaradas isentas depenhora e are3tos a3 pensões usu-fruidas pelas pensionistas do Mon-te-pio geral de economia~dos ser-vidores do Estado e do Monte-piogeral.

Ó governo Imperial recebeu,para as victimas da secca, ob do-nativos seguintes :

614#000 de uma subscripção-pro-movida pelo dr. José Phüíppe dosSantos e Pedro Rodrigues Horto;

1:000$000 agenciado pelo -dr.Marcos Manso Monteiro da- CostaReis e outros;

1:000#000 agenciado entre ossócios da firma Coimbra, Farani,

Os assignantes só têm direito

á folha, desde a data da sua ins-

cripção para diante.Não podemos absolutamente

empatar colleeções completas

da folha, aguardando futuras

inscripções.

o GÕLOíÍÕO NOSSO CREDITO NO

EXTERIOR

Quando o relatório de Mr.

0'Connor |nao tivesse produzidooutro resultado mais do que ms-

tio-ar a imprensa ao debate eco-

nomico que consideramos inicia-

do, já seria este um serviço muito

para agradecer.Ordinariamente nós outros os

Os defensores officiaes e officio-

sos do governo mostraram-semuito impressionados com os al-«•arismos e os cálculos, um poucoarbitrários de Mr. 0'Connor por-

que sabem que a linguagem se-

vera dos .algarismos é muito mais

eloqüente para o publico inglez

do que os tropos e as imagens

poéticas dos nossos Pindaros par-lamentares que gastam o tempo

a cantar antiphonas em louvordo ministério que os faz eleger

deputados.Mas si os detractores de Mr.

0'Connor se dessem ao trabalhode ler as entrelinhas do relato-

rio desse funecionario e aprecias-

sem severamente o alcance das

observações moraes resultantesdessa accumulaçao de algarismos,ficariam de certo muito mais im-

pressionados e veriam que si elle

FOLHETIM

irresponsabilidade da. coroa queapparece hoje ao paiz como cum-

plice augusta de todos esses la-mentaveis desvios moraes qnetem chegado ao ponto de aterrara todos os espiritos sérios.

Quando se vê que um ministroda coroa tem a faculdade de pre-sentearaum amigo em apuros comdez mil contos do cabedal da na-

cao; quando se vê, dos própriosrelatórios officiaes, que os exac-

tores da renda nacional se entre-

gàm á delapidaçao systematicada receita do Estado; quando se

vê que qualquer secretario de

Sua Magestade tem o desemba-raço de encommendar encoura-

çados de seis ou oito mil contos,ê o de emprehender obras custo-

sas sem verbas para isso desig-

nadas no orçamento; quando se

vê que, no intuito de alargar a

clientella pessoal dos ministros,alarga-se arbitrariamente a es-

phera do funccionalismò, conce-

dendo-se aposentadorias para ac-

comodar a afilhadagem; quando se

vê a renda das alfândegas cercea-

da pelo contrabando e da meada

d'um processo fiscal, surgir inopi*-

nadamente a figura d'um ministro

da fazenda associado a um con-

ferente da alfândega, era coman-dita para a exploração de uma

casa de còmmerato de fazendas,

factos sao estes todos que, te-

nham a origem que tiverem, ou

arelaxaçaoou a leviandade, fe-

rem desagradavelmente o animo

dos nacionaes e muito principal-mente dos estrangeiros honestos

que estudam e reflectem sobre os

negócios do nosso paiz

NOMES ANNO PI-IÍANCEIRO

Pernambuco......... 1875-TôParahyba • • * • 1875-76

DIVIDA DAS PROVÍNCIASRECEITA DESPEZA

SergipeAma*-onas.

1874-751873-74

2.218.028$608.710^598.7068557.244$

2.721.007$718.5968681.979$665.7258

DÉFICIT DIYIDA TOTAL

5.305.396$405.1078500.0008270.0008

503.1768109.886883.2738

108.4808

Rio-Grande do Norte.. 1*75-76 275.4808Piauhy ¦__$Ailltt •••»•••••••«-*'Minas-Geraes........Rio de Janeiro

Alagoas >*

MaranhãoRio-Giande do Sul..Paraná. ....«•••••••Goyaz Sauta-CatharinaEspirito-Santo 1874-75Matto-Grosso 1875-76Ceará 1874-76

187.-771874-751874-751875-761875-761873-741876-771876-771874-751874-751874-751874-75

244.02882.102.32781.541.18083.571.84581.543.3858

604.77682.433.0528

831.29081.702.1008

392.8718147.7878302.0028300.0008130.0008616.9418

299.4008 r0br.nMn".onw:327.6898 128.6618

Foi prorogada por um mez, comordenado, a licença concedida aojuiz de direito

"da comarca de

S. Miguel, na provincia de Santa-Catharina, bacharel Honorio Tei-xeira Coimbra.

2.564.97782.096.43884.8Ò8.14582.103.1988

743.80881.891.0078

9S1.29052.593.5798635.8788180.2038359.1508312.0008159.3098954.2138

462.6508555.2588

1.236.3008559.8138139.0328

• ••••* •••*130.0008891.4798273.007832.416857.14.-5812.000829.3098237.2728

160.0008

869.00081.800.0008282.0008

6.000.00052.200.0008

400.00081.500.0008739.0008

4.709.4808400.0008150.000872.052865.000830.0008300.0008

20.721.7528 25.852.5918 5.549.1608 25.657.6358

O presidente das loterias, ir. dr.Henrique João Dodswortti, decla-rou ao governo que o regulamen-to para extracção de loterias é exe-cutado fielmente, de modo a naodeixar a menor duvida sobre afôrma do processo da extracçSo.

O Sr. conselheiro Antônio Joséde Bem, fiscal das loterias, offi-ciou ao governo, declarando qae qactual processo de extracção. dátoda garantia aos interessados eófeito com todo. o escrúpulo, poden-do-se nelle depositartodà a cón-fiança.

0 MONGE NEGRO

REVISTA DA IMPRENSAO Apóstolo manifesta a sua sa-

tisfacao, diante do álbum que con-t(Vrn

*a mensagem que os cathoh-cos vao dirigir ao illustre bispodiocesano, e declara ser, um tra-balho bem acabado è que primamais pela simplicidade do auepela riqueza. O trabalho calli-graphico da mensagem ó do Sr.Leopoldo Heck;o álbum-foi feito nacasa Lombaerts e a parte de oun-vesaria é devida ao hábil artistao Sr. Valentim.

Vem na Reforma o 3.' artigosobre as finanças do Brazil. Allise fazendo referencia ao ultimorelatório do secretario inglez, sedeclara que o império brazileiroé victima innocente do seu máoo-overno, culpado unico do abaloSra impugnado ao-credito nacio-nal, sobre o qual todos estreme-mos. ,

Em outro artigo declara, quese uo paiz houvesse tribunal com-petente, í-eria obra de caridaderequerer um mandado de habeas-corpus em favor do glorioso invah-du, que no ultimo quartel da vi-da sente-se amargurado por umconstragimento illegal.

Reclama, com toda a razão, aGazeta de Noticias, contra o abuso

UGU.-.--<_--_V-~- UU.3 ¦¦'_¦•••' _,-"-—.—J ~~*

um vasto.cafezal virgem, no meiodas mattas.

,.-... -u„™ Descobrio-se na margem direitaGazeta de Noticias, contra o abuso do Guaporé pouco abaixo do al-de remetter para o batalhão na- deamento dos indios guanayos,vai quanta praça incorrigivei um vaBt0 cafezai virgem, no meiotem o exercito.

Em folhetim assignado peloSr. dr. Cardoso de Menezes, siprincipia a estudar os typos doforo. O «nosso meirinho» fôrma oassumpto do primeiro e inte-ressante folhetim.

O Diário do Rio responde ain-da ao artigo do « London », e fazum elogio á dignidade, proficien-cia e patriotismo dos nossos es-tadistas.

Será ironia ? Parece.

Nos a pedidos do Jornal, conti-nua a polemica sobre os direitosque asistem ás companhias decarris urbanos.

POR

CL1MENCIA ROBERT

TERCEIRA PARTE

O PAVILHÃO DA NOITE

(Continuação)

O trovão rimbombava então e

fazia tremer a cúpula do.pavi-

ainda. Uiugi° u"{. -onellas •perado para as ? f^»;pareceu-lhe que a ^^empei ie^la noite completava sua infeüci^dade, que o próprio eéo se mo."SZ1^ <* entreSTo-So6 ficara11'inteirameutecomido a vista W«gg

bmeos pensando somente em con-uiacos.pe llioo com umSs õtapm-fo/o e violento; entapdle sentou-se â algtms passosdUtante delia, abatido com a

fronte inclinada para a terra,com uma resignação dolorosa, edisse com uma voz lenta e suave:

— Clotilde; ha momentos emque aquillo que mais se detestaínspira piedade. Sim, quando sevê um homem criminoso aban-donado de Deus, odeiam-no, amai-dicoam-no; porém, mais tarde,

quando elle está sobre^o ca la-falso, quando o cutello . brilhasobre sua cabeça,, a innludaoderrama uma lagrima por ei e.Pois bem! eu sou o condemnado,devo morrer sem ser amado....sem ser amado, comprehendeisbem esta palavra? isto é maismTera-vel que o ultimo dos ho-mens sob o cutello do carrasco.Então serás mais implacável quea multidão vulgar? nao terasum minuto de misericórdia para^ml^la

nao teve forças para res-

P°Fel-se um silencio profundo,durante o qual seus coraçOes des-cansavam dos movimentos vio-lentos, das irritações impetuosase permaneciam em uma dorcalma. „._„_„

O monge levantou-se, approximoti-~se,Pouco a pouco^^».Cio-tilde e prosternou-se á seus pes.Ella

'acabava de vêl-o tao ternotao submisso e tao grande amdaem sua abnegação suprema quel temeu menos e nao o repellio

Então o coração de Romualdodesfez-se em ternuras inefáveis.Beijou a terra onde tocavam os

pés de Clotilde, e toda a sua almaafflictaexhalou-se nestes ardentese tristes beijos. Depois levantoua cabeça e pousou-a docementesobre ós joelhos da moça e le-vantou com angustia os olhospara ella.

Ella ficou contemplando-o.Sem que soubesse porque, sua

alma se tinha acalmado. Romual-do nao lhe inspirava mais terror.

É que este homem assim prós-ternado em adoração era nestemomento admiravelmente bello.Nao era somente o encanto destasfeicOes regulares, nobres, sober-bas, era a belleza do amor queas emoções poderosas faziam m-teiramehte transparecer em seurosto. Seus olhos scintillantes demil fogos, estavam velados delagrimas, sua fronte tinha todaa°exaltacao da juventude; ossuspiros

*que entre-abriam suaboca, tinham uma impressão devoluptuosidade e ternura.

Clotilde olhava-o com umaat-tençào cândida que nao era semadmiração. Nao tinha nenhumaidéa da* paixão ; nunca sonharao amor assim; nao conhecia asfibras do coração com seu delíriotocante e sublime ;, estava todaabsorta por este novo espectaculoofferecido á seus olhos.

OsclarOes da tempestade iliu-minavam a figura de Romualdocom ama luz particular, com umaluz ardente, sobrenatural, emharmonia com a expressão* estam-pada em suas feicOes.

A moça, vendo este homem tao

O Jornal da Tarde trancrevendoo officio do Sr. capitão de rnar eguerra Arthur Silveira da Mottasobre as obras do Independência,faz varias considerações no in-tuito de contestar as censuras fei-tas no parlamento ao Sr. ministroda marinha, pelo Sr. deputadoAffonso Celso.

O SR. MAJOR CAPOTESobre este nosso amigo, eis o

que se lê no ultimo numero doNovo-Mundo:

«Mesmo no limitado campo doaccao em que se coliocou o governoImperial,tem ficado inferior k ini-ciativa e á de votação de ura cea-rense, cujas elevaílas qualidades ainfelicidade de sua terra natal veiopôr em relevo,o Sr. major Capote.Foi elle o primeiro a prever a ca-lamidade que ora afflige. o vCearàe as provincias circumvisinhas,quando no parlamento o governoe sua maioria taxavam de boatos,forjados pela opposiçáoi as noti-cias vindas dos pontos mais amea-cados. Lemos nos jornaes do Riofreqüentes annuncios deste bene-mérito cidadão, promovendo todasorte de donativos para as victi-mas da secca, e oíferecendo trans-porte gratuito em navios fretados,á sua custa. Sao serviços essesque lhe dao direito á eterna grati-dao dos cearenses.»

grande e tao forte, assim abatidopor ella, descobrio em si mesmaum poder até então ignorado.Sentia os enfraquecimentos desteorgulho secreto e suave, que sem-pre experimenta uma mulheramada com paixão.

Seus olhos estavam fixos sobreRomualdo, sua mao apertada nassuas. E seu olhar e. sua mao fi-caram immoveis.

— O' Clotilde ! disse Romualdoèm seu divino extasis/ficai, ficaiassim ainda um instaute I. *..Fazei depois o que quizerdes,aborrecei-me, desprezai-me, or-denai-me que morra e morrerei àteus pés, mas deixa-me tua mao,um minuto, assim voluntária-mente. Nao sabps quantos séculosde soífrimentos eu acceitana poreste momento. .

Elle estava abatido, resignado,o amor o tinha curvado ate âterra. Clotilde lhe concedia estafelicidade de deixar-lhe sua mao,felicidade que fôra pedida dejoelhos, e estava quasi lastiman-do-o.

Formara-se nella como que umanuvem de repente, de admiração,de attraccao voluptuosa, que en-cobria seus verdadeiros senti-mentos. „ -...

Mas neste itista%te Clotilde es-tremeceu, porque ouvia um ba-rulho surdo ein um lugar dossubterrâneos, próximo. O veo dafunesta seduecao se desfez; o pen-samento de Gabriel que a prisio-neira esperava, voltou em todo oseu poder. ^ v

Ella levantou-se vivamente ex-tendendo òs braços para a portado pavilhão e soltando este ap-pello supremo:

Gabriel!O monge, de repente chamado

ás mais cruéis lembranças, le-vantou-se também, sombrio, ir-ritado e ameaçador; e exclamou:

Oh! nao pronuncia este no-me ! Pela salvação de tua alma eda minha, nao pronuncia estenome! . „ „Gabriel! repetio ella olhan-do Romualdo em face para oafrontar. Oh! sei agora que des-cobrio o lugar de minha pnsao eque verá libertar-me.

A tempestade brumia com todaa violência ; o vento açoitava osbosques visinhos e as janelias dopavilhão: mas, no meio deste tu-muito, Clotilde, acreditava amdaouvir aquelle vago barulho quetinha vindo até o seu coração.

Atirou-se para a porta e sacu-dio-a com todos os. esforços desuas fracas, mãos para tentarabalal-a.

Mas Romualdo tomou-a vio-lentemente em seu braços e con-duzio-a para a cadeira de braços,onde a. reteu com siía map.de¦ferro *

— Nao importa ! disse ella comum accento exaltado. Gabrielestá aqui. *.;- está perto de mim...devo ser libertada por elle.^-Sim, está aqui! repetio com.um som surdo, o monge que jui-gava sua victima encerrada naprisap. •

Posto que seja religioso,disse ella, posto que esteja en-cerrado neste velho claustro..." —Em um lugar mui seguro,interrompeu Romualdo.

Oh ! eu o chamarei com tantaforça da alma, que elle virá emmeu soccorro!

Nem mesmo elle pode ouvirtua vóz.

Emquanto me sustentar aesperança de o tornar a vêr, te-rei força" de repellir-vos e amaldi-coar-vós. . _

Pois bem, perdei toda a es-peranca e sede mmha.f _ Gabriel! %im

Está morto.Clotilde ficou ura minuto pai-

lida, fria, com os olhos, amorteei-dos e o coração exangue.

Romualdo*contemplou-a assimimmovel, mas com os olhos bri-lhantes de um triúmpho feroz.

De repente vio a moea estre-mecer, reanimar-se, retornar áscores da vida, emquanto que seusabios exalavam um grito de ale-.,gria.

Elie seguio a direcção do seuolhar. E vio Gabriel

*á entrada

da câmara. ;. v: Gabriel com o aux.ilio de-um

punhal abrio a lingueta dafe-chadura; e entrou sem que Ro-mualdo nada ouvisse ho meio datempestade de fora e da maisforte de sua alma.

Neste mesmo tempo vio Clotil-de lancar-se nos braços de seuamante. "V

(Continua^

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No dia 13 do Janeiro se proee-deré, â eleição .para membros .daassembléa provincial de Minas.

Lê-se *U0 Angrense: ií'¦¦<x No dia 7 do corrente foi em-

barcada no vapor Paratyense, comdestino ao Rio de Janeiro, a me-nor Maria Benedicta, qu« desde aidadedè4^nhÒs Havia sido entre-gue^orsuam^â familia de'Manoel Joaquim.de Almeida, paraque esta cuidasse dessa menorcomo'sua própria filha.

O modo porque se executou esserapto fora, além de violento, con-tristàdor.

Eásamenor, desde a mais tenrainfância, vivera sob a; protecçãod© Sr: Almeida, em cuja casa foraconvenientemente tratada, x sénlque jamais alguém se lembrassede ajudar aquèllé pobre e laborio-sò, que repartia còm essa despro-têgida filhaadoptivao pão quoti-diano e o vestuário, até qúe,attingindo \á idade de 13 annos,quando já,;podia e devia pela grá-¦fcídâó remunerar còm seus servi-ços áqjiiellè que havia amparado ecreado, foi justamente quando oSr. Fáustino José de Barros, 3.°stípplentè do subdelegado de po-líciá1 dèstá cidade, entendeu arbi-trariamente mandar por üm guar-da arrancar tlõséió de uma fami-lia pobre,' porém honesta, e dointerior dé sua casa, essa infelizpara depórtal-a para o Rio deJaneiro; como e com que autori

TRANSPORTE DE GADO

Somos informados que hoje cormeça, em viagem de experien-cia* a cònduccão pela estrada deferro de D.: Pedro II, de 720 rezescom dlstihoí á alimentação dapopulação desta cidade.

O ponto de partida, é da esta-cão doBémfica, na linha do cen-

Il.tro, distante, desta corte 288 ki-lométrós;

Esta distancia que até hoje ogado mais gordo, nunca veneiaem menos de 12 dias de marcha,através de maus caminhos, sof-frendo falta dé pastos e ás vezesaté dé agüas salubres, vaè seragòrà percorrida em menos de12 horas.

A conseqüência necessária eevidente-é que a carne dessegado vindo pela via rápida ecommoda da estrada de ferrochegará aqui nas melhores con-

: Bécebèá o sroremo Imperial) Foiperimttido aos paisanos:kmum officio do bravo capitão de tomo ;Julio ^Bf^0"^1^ s|maré guerra Arthur Silveira da Ignaeio Gomes da Cos^' P^^Moita* explicando quanto temi matricularem nc.anno proxinw1 marinhageml vindouro nas aulas do eu r*o pre

paratono da escola militar, sihouver vagas e satisfizerem asexigências do respectivo regula-mento. ..:,'.-

•o'

dicões, isto é, no mesmo estadode* peso e quabdade em que seachava quando nas excélléntéspastagens de Bemfica, onde jáestava invernado, ha mais de5 mezes.

Em uma outra direcção da estrada dé ferro, a do ramal de SPaulo, vae se dar igual melho-ramento, poupando-se ao gadoperto de 40 léguas de viagem ápé por péssimas estradas e tam-bem faltas de pastos.

Ora, sendo todo o gado dé^qúesealiménta a^populaçãò dá corte,

I exclusivamente fornecido pela

custado ao paiz anova, que foi servir no Indepen-deíicia,e termina asáim este do-cumento importante:

«Si me Tosse, ordenado levar oIndependência apenas com o pessoaldá machina e o numero de mari-nheiros strictamente necessáriopara manobrar com o leme, certa-mente que eu o faria sem vacillar,porque a responsabilidade nãoseria minha pelas conseqüênciasfunestas que pudessem resultar,si uma tálequipagem procedessecomo a do eheouraçado Brazil.

«Mas, aqui cabe ainda ponderarque se o Independência não fizesseuso do seu pan no na travessia dooceano, faria uma despeza muitomaior em combustível do quecustam os marinheiros necessáriospara utilisar o vento napropulsãodo navio

— Transmittio- se ao juiz de di-reito da 3.' vara cível, para tercumprimento, sendo depois de-volvida, a carta rogatória, expe-dida pelo juiz de direito da 2.»vara cível do porto ás justiças doimpério, para ser citado . ManoéiAlves dos Santos, morador nestacorte, a fim de oíferecer os artigosde liquidação, com dilação de 90dias, na ex*ecução por multas, quemove a fazenda nacional de Por-tugal. - ¦

Mandou-se pagar ao major com-mandante do esquadrão de ca-vallaria da provincia do Paraná,

« Não concluirei esta communi- Francisco Xavier de Godoy, a gra-^. _™ _,i;„ ,rAn,, « xr Wv tificação addicional de que esiewprivado durante o tempo em que

dade um supplente de subdelega-J rovincia de ^inas, facto conhe-j ~ -<\»r, ..ínlex r> ootrlr» Hn pi nn ri n.f> fi" *.., . •.- •¦ j?*^. s~do faz violar o asylo do cidadão earrancar uma frágil mulher e des-terral-a, não o sabemos.

Mais revoltados ainda ficamos,Sr. redactor, quando vimos essainfeliz, acompanhada' por uniguarda, como se fora alguma cri-minosa, e, aos gritos, sercondu-zida, violentamente, pelas ruasdesta cidade, para ser embarcadanó vapor e seguir o seu desterro.

Este facto é, além de violento earbitrário, vexatório: econfiamosque o Sr. dr. juiz de orphãos, to-mando conhecimento delle, façacessar, quanto antes, os abusosdos agentes da policia.

Maria Benedicta teria sido ar-rançada de seu lar adoptivo paramelhorar de condição? í Iria per-cébèr no seu desterro algum sala-rio? Náo, a sua condição foi ames-qninhada; de filha âdoptiva, noseio de uma familia honesta, pas-soua ser criada de quem nada re-cebeu, e quem sabe como será tra-tada.

Esperamos que S. S. digne-sepubliear em seu periódico a pre-sente e pedir sobre esse facto asprovidencias -da autoridade com-pejtente. »

E* urgente" alguma providenciade quem dirige a estrada de ferronó sentido de' fornecer água aospassageiros, a mériós que nãohaja propósito de fazêl-os curtirsede por longas horas; antiga-mente os: agentes das estaçõesmandavam ostréns serventes commoringas' e copos, hoje porémestá abolido este uso. Quem tiversede ha de descer â plataforma, eservir-se com suas próprias mãosda agUa de alguma talha expostaao sol, e isso apresadaménte por-que em geral os carros não demo-ram mais de 2 minutos. Está en-tendido que não ha, tempo paralevar ums pouca dessa ãguáassimquente ás famílias qúe permane-eem na earrorporque o passageiroarrisca a ficar no meio da viagem,e além disso .o copo ser-lhe-hiareclamado pór outros qué com amesma precipitação atiram-se ábilha> é esperam por sua vez parabeber. Isto é realmente intolerá-vél. ,

Titemos oceasião de observaralgumas senhoras comprando fru-ctas e especialmente laranjas paradesalterarem-se da sede, que poroutro

' modo não podiam mitigar,

cido è': notório, quando fôr, coniod'aqui em diante,.todo elle trans-portado pela estrada de ferro,evitando assim 40 léguas de via-gem a pé em 15 dias de mar-cha, justamente em lugares ondenão ha pastos nem águas salubres.realisará a população da corteum melhoramento incontestávelem sua alimentação diária.

O paquete inglez Etbe, sahiohontem ás 10 horas da manhã,da Bahia para o nosso porto.

Na relação de hontem, foramdesprezado*s os embárgosoppostospela companhia Macahe e Cam-pos, na acção de execução de pe-nhor dos.irmãos Méninck, seudocondemnada unanimemente aCompanhia.

Foram julgadas validos na 2:*vara còmmercial, as letras da en-campacão do contracto dos ex-emprezarios da estrada de ferroMaCaké e Campos.

Começa hoje a pôr-se em exe-cucão a*lei n. 2.792 de 20 de Ou-tubro ultimo, art. 12 ii. 2, quesujeita ao sello de 200 rs. os re-cibos de .25&000 para cima, sendoas estampilhas inutilisadas pelaspessoas que os firmarem.

Encerrou-se hontem na assem-bléa provincial a 3a discussão dafixação da lei de força policial.

PASSAGEIROSSeguem hoje no paquete fran-

cez Senegal os seguintes :Para Lisboa.—Antonio Augusto

Ferreira, José M. Braga, AntonioR. de Castro, Joaquim E. dosReis, Manoel Joaquim Martins,sua senhora, 1 filho, Manoel P. R.iNimes, Antônio Lèité Fernandes,Euzebio C. de Campos, Bernar-dino F. de Andrade, Antonio M.Vieira, Christovão, de Souza, Joh-quim Soares, Manoel José Ramos.Antônio Maria Pinto, Jose P. dosSantos e Manoel Soares.

Para Borcos.—Marie Glaziou e1 filho, Faverete, Jean Lestrille.D. Marie. Murat, M. BarthelemyA. Boldrin, Lorenço Coaraglio,Felice Falconi, M. Bomagnano,A. Ricciadi, Albert Gouxe PierreGros.

Temes á vista o n. 6 do Contem*vnranw ©xcêlíont© publicação ar-tistic» e Usaria que nos estádando, além de notáveis e mteres-gantes artigos, vários retratosde alguns contemporâneos real-mente illustres,

A nítideas da imprensao e a es-crupulosa-regularidade - com queé distribuido o-jornal, fazem comque elle mereça o acolhimentopublico. ;

O numero,, agora distribuídotraz o retrato do Sr. conselheiroJosé de Alencar.' .

Recommendando ao publicoesta notável publicaçãó, não ó fa-zemos simplesmente por espiritode gratidão k honra ímmereCidaque conferia ao redactor principaT1

A junta dos correctores que temde servir durante o anno cie 1878,ficou assim constituída:

José Antônio Alvas Souto.Joaquim José, Fernandes.Alfredo d© Barros.0uígn©ríne L. Preclit. ;Francisco Domingos Macha-

do. 'No áía 2 de Janeiro deverão

reunir-se os membros eleitos,afim de escolher entre si, os quetem de oecupar os diversos car-gos.

' .. -''xXr t,.:

cação sem pedir véma a V. Expara declarar categoricamenteque o Sr. conselheiro Ãíf.mso Celsoestá muitíssimo mal informado as-severaudo queéu acho-meenlregxwde mãos e pés atados áo construetorReed..

« Se o illustre deputado me co-nhecesse hão poderia jamais sup-pô'- qu^ eu podesse ser entreguede mãos e pés atados a entidadealguma-neste mundo ; pois, já-mais aceitarei, nem mesmo ' atroco das maiores recompensas,um encarg-ó publico que eu nãome julgue habilitado a desem-p nhar, ou simplesmente que eunão possa exercer sem accesso resainda mesmo Íntimos.

Que diga a legação do Brazilaqui, que digam os officiaes danossa marinha, que se ach^ m emLondres e que diga o próprio cons-truetor Reed si eu tenho sido aquio autômato que o Sr. conselheiroaffonso Celso tanto deplora queesteja aqui usurpand* um lugarque em sua opinião pertencia dedireito aos construetores dos nos-sos arsenaes.

Não posso também deixar deprotestar contra a proposição deS. Ex. de que o official de mari-nha que não é construetor nayal,não pôde fiscalisar a construcçãodo navio.

Os factos provam, ao contrario,que os nossos navios, cuja cons-truecão foi .fiscalisada aqui na Eu-ropa* por officiaes dé marinha sãoos melhores que possúe a nossaarmada.

Além disso, no periodo de cons-truecão em que se achava olnde-omdrncia quando foi entregue aosr. Reed, não se precisava aqui deoutro construetor, não só porquenenhum temos no serviço do go-verno que tenha mais competênciado que o Sr. Reed, essa e-'pecia-lidade, como porque do que siprecisava realmente era de nmofficial de marinha que dirigisseo armamento e arranjos internosdó navio, e que tivesse ao mesmotempo bastante independência emrelação aos construetores e fabri-cantes, para fazer-lhes sentirquando fosse preciso, que ogover-no Imperial tinha aqui quem sou-besse vigiar os seus interesses.

Nesta "opportunidade, commu-

nicarei a V. Ex. que resolvi nãorriandar engajar marinheiros emLisboa como pretendia fazêl-o ;por que tendo V. Ex. mandado onumero de imperiaes marinheirosque requisitei, e no ultimo con-tingenle-havendo um bom nu-mero de imperiaes de 1." e 2." cias-se, julgo que não precisarei se nãoooucos engajados que tomareiaqui mesmo.

Deus guarde a V. Ex —Illm. eExm. Sr. conselheiro.—Luiz An-tonio Peneira Franco, ministro esecretario de Estado dos negóciosda marinha.—Arthur Silveira daMoita, capitão de mar e guerra.

respondeu ao conselho de invésligação que o julgou sem crimi-nalidade; não podendo, porém,ter lugar o abono da gratificaçãopara aluguel de criado do referidoperíodo; á vista do que dispõe aultima parte, do aviso de 11 deJaneiro do corrente anno, publi-cado na ordem do dia n. 12,71.

Não foram agraciados os se-aruintes réos: ;¦¦«•£*>£."Raphael Fortunato Bueiro,contiemnado em 31 de Julho de1876, á perda do emprego cominhabilidade para outro porumanno prisão com trabalho por ZmeTeS,Pemultade5'/.dodamnocausado, por sentença do juiz dedireito doP10.- districto cnmmalconfirmada pela relação da corteem 4 de Maio do corrente anno,bor crime de prevarição, comm et-tido a 11 de Julho de 1871.

Roberto Frederico GuilhermePutcamer, condemnado, em 11 cieAgosto de 1871 e 17 de Abril ul-timo pelo jury e relação da corte,a 4 1/2 annos d,e prisão com tra-balhó e multa de 12 1/2 •/. do valorroubado, por crime de roubo,^commettido a 10 de Fevereiro da-quelle anno. -

Manoel Joaquim Baptista, con-demnado em 22 de Fevereiro ul-timo, a seis annos de prisão comtrabalho, pelo jury da villa de b.Francisco, na Bahia, por crime dehomicídio, perpetrado a 6 de Ou-tubro de 1872.

Ovidio da Silva Porto, condem-nado, em 5 de Julho de 1876, aquatro annos e 8 mezes de prisão,pelo jury de Dores de Indaiá, emMinas, por crime de. tentativa dehomicídio, commettido a 12 deDezembro de 1875.

Por portaria de 29 do correnteforam concedidos seis mezes delicença, cornos vencimentos do^oldo* e etapa, ao escripturarioda repartição de quartel-mestreo-eneral, annexa á secretaria deSstado dos negócios da guerra,Manoel Jorge de Calasans Rodri-gues, para tratar dé sua saudefora do império.

Começamos hoje a publicaçãodo excellente romance de EugênioSue o « Judeu Errante», que nestemomento está sendo dado eni umadas mais acreditadas folhas deNova-York. Apezar de não sereste romance moderno, aindahoje é muito procurado, émtoda aparte, e sempre applaudido.

Eugênio Sue tem tido imitado-res, mas ainda não foi excedido,no gênero de romances que tantoo populnrisou em França e noestrangeiro.

O ministério da justiça expediouma circular, declarando aos pre-sidentes das juntas commerciaes,que devem ser os emolumento.*arrecadados integralmente reco-Ihidos todos os mezes aos cofrespúblicos com o renda geral.

O general Ozorio foi muito obse-quiado em Santos; offereceram-lheum grande banquete.

Distribuio-se o n. 14 do Vulga-risador, Traz na primeira paginaumá gravura representaddó obusto de Wagner e contém umaicarta do Sr. couselheiáo; José de!Alencar ¦ precedendo o seu estudoio-^-reino Social, que vem tráns-

^^^^ . Icripto. Torna-se essa publicaçãodesta'folha con^templando-o, porMeada vez mais digna do apreçoexcessiva benevolenGÍa,na'galeria' jgnbliéòi') dás notóbilidades que'está retra- !

Communicou-se ao cows^lho su*pr^mo mílítflr, que, por ímmediata© imperial rêsoluçfto d© íí ào %msado, tomada sobr© consulta domesmo conselho, foi indeferido orequerimento em que o capitflohonorário do exercito Palemon deMiranda Cruz pedio as honras doposto de major,

O ministério da guerra con-cedeu troca de corpos entre si aosalferes Manoel Lino Xavier doAmaral e Manoel Ermelindo Es-trella, este' do 4.* batalhão de in-fántaria e aquelle do 109 da mesmaarma, e assim também aos alferesPaulino Liborio de Faria Pfltho,deste ultimo batalhão e Francisco

Requerimentos despachados.Ministério da agricultura :José Lopes da Rosa.— Compa-

reça na directoria da agricultura.Antônio de Oliveira Leite Leal,

pedindo concessão de penna deágua.— Deferido com portaria aoinspecter geral das obras publi-cas.

Diogo Meira de Freitas Brito.Idem, idern.

Commendador Franeisco JoãoLobo.—:Idem, idem.

Francisco Gomes dos Santos.—Idem, idem.

Jules Alfred Grang.— Idem,idem.

. Manoel José Vieira Braga.—Idem, idem.

Bodivo & Ascenção, idem.—Sellem o requerimento.

Antônio Francisco Teixeira,idem.— Cumpra o despacho pu-blicado no Diário Official de 30 domez passado ; compareça na di-rectoria de obras publicas.

Henrique José Gonçalves. —Idem, idem, idem.

Domingos de Oliveira Mamede.Idem, idem.—Por despacho

publicado no Diário Official. de 25do corrente, já mandou-se atten-der.

Jacques Gillierd.— Idem, idem.Pelo despacho publicado no

Diário Official de 24 do corrente foiadiado igual pedido, por ser águado Andarahy-Grande.

Ministério da marinha :Eugênio Sue de Sá Corrêa.—

Estando preenchido o.lugar comoinforma a secretaria, não. temlugar.

Ricardo da Silva Bessa.-^- In-forme o Sr. inspector do-arsenalda corte.. l-x. X

Domingos Martins da Fonseca.Não tem lugar.

João Silverio.— Não ha empre-go que possa ser dado ao suppli-cance.

Antônio Marcellino de SantaAnna.— A' vista da informaçãonão tem lugar, o que requer.

Manoel Martins Leite Filho.—Inderido por falta de vaga.

Antônio Ferreira Malhado,-—Não tem lugar á vista do que dis-pOeo regulamento.

, H©nríqu©ta Maria da Conceição.ao Sr;' ujiulant©»g0h©i'al.

F©lípp© Fernandes d© Castro.—Informe a contadoria.

Francisco. Yíeíra ,d© Sá Leitão.Informe o Sr. dr. cirurgião-

mór.Lombaerts <& C— Aviso ao mi-

nisterío da fazenda.Alvares, Vieira & C.— Não ha

necessidade.1 Serventes da 3.* secção do alr-moxarifado.— Não tem lugar.

O MEIO CONTRABANDOLê-se no Correio Mercantil dé

Pelotas :De SanfAnna do Livramento,

entraram hontem mais algumascarretas carregadas de fazendaspara—diversos—negociantes destapraça.

Estes gêneros devem ter pago22 1/2 •/•'de direitos na alfândegade üruguayna, metade do quepagariam na alfândega do Rio-Grande.

Desta maneira não ha commer-cio possivel—Ha de tudo desap-parecer, definhar, as artes, as in-dustrias, o capital e o trabalho,em grave prejuizo de muitos, parafelicidade de poucos.

E' preciso, qua a associaçãocòmmercial desta cidade dirijasuas reclamações ao governo ge-ral, para que" cesse quanto antessemelhante vergonhoso escan-dalo.

Não podemos nem devemos per-manecer indifferentes. peranteesses acontecimentos que amea-cam de completa ruina ao pro-gresso publico e á propriedadeparticular.

Eis a nota das fazendas entra-das liontem, despachadas naüru-guayana :

Carretas' de Alegrete:3 fardos com 115 peças, panno

de algodão tinto (ehitá.)2 ditos com 80 ditas, riscado de

algodão.

PROVÍNCIA DO MARANHÃO

Sob o modesto titulo dé —car-tas a um amifiro velho—acaba oillustre Sr. Fábio Alexandrino^deCarvalho Reis, de publicar umestudo sobre o estado econômico eindustrial do Maranhão. O.dis-tineto cidadão, que por mais deaima vez representou a sua pronvincia natal na câmara" dos de-putados, estuda as causas,^ quécontribuíram para a miseriaí:doMaranhão,

"e diz qué se em mate-ria de politica, o bom povo bra-zúeiro já abdicou de. vez a, suasoberania, para levantar estéreise ridículo clamores contra umgoverno pessoal que elle mesmoentregou ao chefe do estado poregoísmo, por inércia e por faltade civilidade, não pôde fazer omesmo em matéria de industria ebem estar material.

Segundo o Sr. Fábio, são cincoas causas que tem concorridopara o triste estado do Maranhão;1 .• extineção do trafico de afri-canos ; 2.°' depreeiamento do al-godão pelaconcurrencia dos Esta-dos-Unidos; 3.° abolição de ma-ximum do juro pela lei de 24 deSetembro de 1832 ; 4.» commerciodirecto do Pará e Pianhy ; 5.« ex-portacão de escravos para o Sul.Depois de passar em revista di-versas questões econômicas, quese prendem ao futuro do Brazil,analysa os últimos projectos, quetem em vista melhorar a situaçãodo Maranhão, e demora-se emmostrar as vantagens de bancohypothecario.

Pela leitura deste trabalho in-teressante,fica-se ao par do estadoda provincia do Maranhão ; e!vê-se como o Sr. Fábio conhece etem estudado essas questões 3feportantes que interessam a feilei-dade e riqueza publicas. E' umtrabalho utilissimo, e com elleprestou um grande serviço aoMaranhão o Sr. dr. Fábio.

caixão com 18 chapéos, 25paletós, 6 dúzias de lenços.

ditos com 6 latas com 702 du-zias de carreteis de linha.

1 dito com 1 selin.—Veja o governo que triste es-

pectaculo !Cousas destes tempos.—Somos

informados que as fazendas che-gadas ultimamente de SanfAnnado Livramento para os Srs. Ta-veiras ds Trapaga, pagaram dedireitos na . alfândega de Uru-guayana pela tarifa de 22%,pouco mais ou menos, alli esta-belecida, e não.. os quarenta etantos por cento exigidos nas ou-trás repartições fiscaes da pro-vincia, como* se espalhou e noti-ciamos ha dias.

Acerescenta mais o nosso infor-mante que, dando-se curso a se-melhante ballela, teve-se em vis-ta encarecer ou fazer valer o ge-nero, allegando prejuízos ficrí-cios, e dasanímar também -qual-quer outro commercíant© de em-prehender o mesmo negocio.

Damos conhecimento d©st©s fac-tos para que o commerciante e ocomsumidor saibam como regularmelhor as suas troutíacções.

LEILÕESHoje :A's 11 horas, rua da Quitanda

n. 115—de vinho do Porto engar-rafado, farinha láctea e leite con-densado.

A's 4 1/2 horas,.rua de D. Ma-noel n. 5—de porcellanas, louça ecrystâes.

A's 10 1/2 horas,«rua da Assem-bléa n. 63—de miudezas.

A's 41/2 horas, rua de S. Fran-Xavier n. 14—moveis e crystâes.

A's 4 horas, rua de Paulino Fer-nandes n. 12.—de mobilias.

Ars 4 horas, rua dos Voluntáriosda Pátria n. 17—de mobília.

REUNIÕESHoje :Estrella do Rio, às 7 horas da

tarde no edificio: commum.C. F. Recnio de Paula Mattos, ás

8 horas da noite.

tando, mas por:espírito dei justiçae,animação aos dons jovens e dis-tihctós íitteratós * brazileiros queseíâchamá frente tfessa emprezae que são dignos, por todos';*>stitiüoèjFào apoio efficaz da popu-laçáo»

Bepresehta-sé hoje,, pela. pri-Imeira vez ixó theatro S.; Pedro <pgrande drama:a Filha, dó Mar^ Sa^ibemosv i que: a; empreza envidouItodos os esforços, para que esta.peca vá a scena com todo ò.appa-rato é luxo.

Foi hontem oíferecido ao Sr.dr. Joaquim Marcos de AlmeidaRego o seu retrato a óleo, que es-teve exposto na Glacts Elegante.

Depois de proferidos os dis-jESz Máéhado Lemos, do 14.! ba- cursos de oferecimento e deagra-talhão da referida arma. deciinerito, seguiu-se um animado

saráuatéâs:2 horas da madiú-gada. ~

O retrato foi trabalhado no ate-li er dos Srs. Honckel & Benque,e ofiereeido ao illustre facultativopelo Sr. Eniygdiq üibeiro e sua

JExma. esposa»

Suas Magestades sahiram de;Macahe; hontem á noite.

:.• .. ¦• - .>...X.-~ y

'

Foi prorogada a assembléa pro-vincial até o dia 8 do ©om>nte.*

Pela pagadoria do thesouro,pagam-se hoje a^ seguintes fo-Jhns : Mestres da familia imperialconselho de estado, aposentados,thesouro nacional, casas da moe-da, correcçao e detenção, juizodos reitos, typographia nacional,Diário Official, secretaria da poli-Cia da provincia da Rio de Janei-ro^ conservatório dramático, ar-chivo publico, asylo dos: meninosdesvalidos,diispecção de saude doporto, bibliotheca

'nacianal¦>. ins-

tituto vaccinico, junta de hygie-ne, inspectoria das terras e colo-nisação, secretarias dé estado dos•strângeiros, agricultura e ma-rinha, quartel-general, conselhosupremo, .conselho naval, .andi-toriae bibliotheca, contadoria entendencia da marinha e avuút-^

9os da agricultura.

MISSASHoje íNa igreja de Santa-Cruz dos

Militares, ás 8 1 /2, por alma deD. <*arolína Arabella do Val-PiresFerrão ; na matriz de S. Josó, ás8, por José Joaquim dos Santos ;em S. Francisco de Paula, ás 9,pelo barão de Bambuhy; emN. S. do Carmo, ás 81/2, por Cam-pos Carvalho ; na matriz de S.Christovão, ás 8 1/2, por D. Vir-gol ina Pereira de Mattos ; na ca-pella do cemitério de S. FranciscoXavier, ás 8 1/2, por D. AntoniaAdelaide da Cruz Duarte ; namatriz do S. Sacramento, ás 8 1/2,por João Frederico Gluk; em S.Francisco de Paula, ás 8 1/2, perJosé Vieira Arêas ; nacapelladoN. S. da Conceição, ás 8 1/2, porAntonio José de*Marins ; na ma-triz do S. Saeramento, às 9, porAntonio Martins Vianna; namesma igreja, ás.8, por D. MariaCândida da Silveira Paim; emS. Francisco de Paula, ás 8 1/2,por Thomé da Costa Passos ; emN. S. da Lapa, ás 9,-por JoséBarbosa de Oliveira,

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O ^O^.^Sext^jfeira §0 de Nof«fcfc** * S*bbado 1 de JDegemteo. de 18?? 3é*

RelaçSo dos jC^aveTôS^sepalta-J n^smo com que se mantém posições im-dos nò dia 29 dt' Nòvetnbro de I possíveis. t1877. .

Carlos de Assis Figueredo, 13annos, solteiro, mineiro.—Lym-phatite perniciosa.

Pedro filho de José Pereira, 13annos, solteiro, fluminense.—-En-tero-coíite. • • .-;<

Um feto filho de GertrudesFrancisca Ferreira. — Nasceumorto. >:

Delphina Neonesia DelgadoPyrro, 61 annos, casada^ flumi-ne.nse.—Carolina, filha de -Maria*Thomazia, 2 annos, fluminense.—Luiza Maria v da Conceição, 23annos, solteira, fluminense. —Maria Augusta da Conceição, 5.0annos, viuva.—Tuberculos pul-monares.

Benedicta, preta liberta, 70 an-nos, fluminense*—Carie das ver-tebras. "' _;

João, filho de Partholomeu Go-mes de Oliveira, 5 dias, flumi-nense.—Ictericia dos recem-nas-cidos.

Maria Joáquiua, 72 annos, sol-teira, africana. — Elephantiasisdos Árabes. >_¦¦

Alberto Pinto da Rocha, 15 an-nos, presumíveis.—Meningo-en-eiphalite. ¦ '¦¦ C „ C ^

Ernesto, exposto da Santa-üasa,11 dias.—Cystite. i

Leonardo, exposto da SantaCasa, 45 dias.-~Entero-cohte.

E nesto, ingênuo, filho de Eu-frasia, :3 mezes, brazileiro.—Con-vulcões. ,

Sépnltaram-semais 6 escravosque falleceram : 1 de accesso:per-niciosó. 1 de febre typhoide, 1 delesão do coração, 1 de pencardite,1 de epithelioma do utero e 1 detisica pulmonar.

No numero dos 20 sepultadosnos cemitérios públicos, estãocomprehendido, 7 cadáveres epessoas indigentes, cujos enterrosse íizerom grátis.

METEOROLOGIA

Observações meteorológicasdia 30 de Novembro de 1877.

feitas no

Horas7

1014

Th. Cent. Th.Fhar.23.0 73.áO21.5 70.7021.4 70.5222.8 73.04

Bar. a 0» Phye. de Aoy7Ü0.318 11.87760.231 13.25759.198 13.25758.548 16.17

Céo em cirro-cumulus e nimbus. Serras,montes e horisonte nublados e nevoados.Viração fresca de SSE. durante o dia.

Movimento das enfermarias do Hospitalj. <=--ta-Casa dá Misericórdia e enJer-

annexas, do dia 29 de Novembro.manasExistiam.... *Vz.Entraram.". •• 35Sahiram 3^Falleceram 9Existem. L350

Gêneros entrados pela Entrada de FerneD-Pedro II em 26 de Novembro 1877.

Café libras?43 586>.£¦? Fumo lblU---.' Toucinho.... 7,059»-., Queijos 4>u8,>

Diversos 2,563 »Agoardente. 2 pipas

.™mmwtn..mvzr™T™:«r-*»™JtL.

AVISOS

BASES COMMERCIAESE

QUASI BANCARIASO NEC PLUS ULTRA DAS «ARANTIAS

Todo o relógio comprado na relojoariaE. J. Gondolo. acima de 608; torna-se areceber no praso da garantia, com o unicoabatimento de 10,°/o. , . ^^n

Oada corrente de ouro de lei vendidanesta casa a ifl à oitava, torna-se a receber a 3fl50Q a oitava. ,..

Nas garantias.do relógio vendidos edos concertos de.sta casa salva-se sò oraso de desastre.HBLOJOAR1A B. 3. «ONDOLO, FUNDADA EM

1359, NA RUA DA CANDELÁRIA N. lb.

SEGÇÃ0 LIVREA IGREJA E O ESTADO

XL

Caveat populus.

0 povo brazileiro assiste ao mais triste

e repugnante espeetaculo..E sò elle soffre 1

E nem sequer pôde nutrir esperanças

de melhor sorte!Convence-se de que não o governam

regularmente; mas que o escravisam, e

degradam-o l .Vai accumulando ra?ões para exigir

energicamente justiça, e, na falta, cons-

tüuir-se rio seu legitimo direito de a fazer

por. suas próprias mãos.Assim ò querem : assim será.

0 desdém; o pouco caso, «desprezo

que lhè votam e se pratica escandalosa^

mente, já até com escarneo, são mais que

sofficientes i*ra fazél-o érguer-se da prós-

tração a que se condemnou inconsciente

e tomar elle próprio a direcçao de seus

negócios,, a iereneia dos seus legítimos

interesses. <-¦< -

A satisfaçãQ de suas mais palpitantes

necessidades, é indefinidamente adiada, é

Aináa o que mais urge, ainda aquillo

mesmo á VjuV cumpro indeclihavelmenié;

ar r,ra*dio, s«-m denhbra, é; abandonado

p Tudo se sübotdinà áo capricho o mais

justificarei, de'mãos dadas com o cy-

j Um ministério amortalhado já em po-pelinas impuras, com que o cobrio, amais desastrada commandita, sustenta-se,mesmo cadáver não no poder de quenão dispõe, mas na apparente posiçãode govarrio.

; Aquelle a quem incumbe velar na ma-n|utenção da moralidade dos altos funecio-narios do Estado, aproveita a situação,

para exercer, elle só, o poder.• E para experimentar a força e efficacia

dè sua vontade, conserva esse ministério

contra a espectativa geral, com desgosto

profundo de todos os partidos, em prejuízoevidente de todo o paiz.

Por isso mesmo que todo o Brasil re-

clama instantemente a destituição de um

gabinete que se tornou impossivel porsçus actos indecentes e por sua deemo-

ràlisação, é este gabinete conservado.O Estado é o Rei INinguém ousa pedir justiça: quem in-

voca commette um crime de leza mages-

tade \Só ha uma cabeça pensante, só ha uma

potência nesta terra 1 E se a sua acção be-

nigna e justa é requerida, se ao merio*

é lembrada, basta isso pari que não seja

praticada 1O egoismo dos reis é o peior flagello dos

povos.Estude-se o procedimento do que entre

nós se chama governo, e se comprehen-dera que attingimos a maior degradação-

É curioso vêl-o brincar como üma crean^

ça, ameaçar e rir-se, como um possesso

prometter e faltar, garantir e illudir, tirar,

a seu prazer, o que é de um para dar a

outro, supplantar as melhores aspirações, e

proseguir impávido na senda em que, sem

critério^ sem consciência, sem honestidade.

se atirou 1E o que vemos das relações da coroa

com os seus referendados?O rei quer forçar o ministério a pedir

em massa a sua retirada : o ministério

conhece a vontade evidente do rei; masa illude, para conservar-se 1

E nem se quer guardam reciprocamente

o respeito e a bôa fé indispensáveis!Um quer aparentar condescendência para

com aquelles que souberam pontualmentecumprir as suas ordens telegraphicas, o

outro se submette sem discrição, e sacri.tica a dignidade para manter uma posiçãi.degradante.

E emquanto, assim se illudem, deixam

correr a revelia os mais palpitantes inte-

resses do paiz, o desacreditam, e o expor

a irrisao do mundo civilisado!Em Londres, e nas demais praças d;<

Europa está sendo processado o inventario

deste infortunado Brazil, e se trata de

liquidar á revelia as suas contas 1

Em quanto lá se aprecia a enormidâdi

do déficit que nos acabrunha ; emquanu

alli se demonstra evidentemente que aqn..

se dispende em pura perda, e sem justi

ficação possivel, o que se chama governoneste paiz descura de tudo, e sa diverte.

E o credito publico se esvae.E os credores do Estado que confiaram

na palavra do governo, affluem para re-

ceberem a importância dos seus-titulos, <

não acham dinheiro para satisfazel-os, e

são affrontados com a offerta de, se qui-zerem, receberem novos titulos, ou volta-

rem sem pagamento ! ^E nem sequer estamos em iaterregno,

senão de moralidade, é. de hphraadminis-

trativa, por que a coroa -refulge entre

nós, visita os estabelecimentos públicos,assiste a exames, recebe ovações, e reina

governa e administra!A responsabilidade da desastrada situa-

ção em que nos achamos, é, portanto, só

da coroa.O quo faz ella ?Ordena novas e dispendiosas edificações,

satisfaz os compromissos que tomou no es.

trangeiro, para conceder subvenç"«s, de-

creta, contra a opinião manifesta das ca-

maras legislativas, pensões a príncipes in-

corrigiveis, e tudo quanto lhe par. ce l¦ Só rião se sente a sua acção na econo-

mia dos dinheiros públicos, na condemna-

ção dos abusos, da immoralidade admirns-

trativa, na organisação de gabinetes que

se; respeitem, e façam respeitar os direitos

da soberania nacional.

;Não se sente a acção da coroa para pôi

eobros ás insolencias ecclesiasticas que af-

fligem os habitantes do Império, manifes

taiido cora isso ou covardia, ou conni-

vencia com a vontade do chefe da Igrej;.

romana, que poueo a pouco vae tomando

importância àté na vida civil dos cidadão*

brazileiros.

ll'or isso mesmo que todos os habitante.

dò Império reclamam incessantemente pro-;

videncias para que lhes seja mantida a

paz e a segurança da família, a liberdade

de consciência* a legitimidade da prole,- à

certeza de suecessão, o que tudo esta en-

,lré nós perturbado pela tenaz, imperti-

nente e indébita interferência dos instru-

Áentos ão pontificado romano; por i^só

ítièsm? que o povo reclama remedio con-

tra a insidia ultramontàna, a coroa,' que

nos governa, é surda a todos.os clamores.

desdenha de todos os pedidos, olha de'todas

as exigências publicas, • se

mantém em cruel'. e assustadora inacção,consentindo, tranquillo.' que o povo soffra

e suecumba ao peso sacerdotal de \ um fa-

moso suecossor de Alexandre VI.

No Pará acha-se já constituído um Es-

tado romano rio Estado brazileiro!Só á energia do povo se dove não tereih

ido mais longe as tropelias do seu trefego

prelado.Ainda ultimamente ostentou elle o seu

poder com a creação ex-auetoritate pon-tificia de um curso superior de instrucçãoeeclesiastica, autorisado a conferir titulos.científicos.

E a coroa que tudo pôde* o consente e

autorisa como silencio do seu governo!Preparava-se uma festa, sempre alli ce-

lebrada e muito popular, e o bom pastorordenou que se fechasse o templo, e delle

fossem expellidos os fieis, e por uminio-tivo que elle próprio creou, para dar

pasto aos seus inveterados ódios.Mas o povo, que já o conhece, fez jus-

tiça por suas próprias mãos, forçou as

portas do templo, e foi, como pôde, ceie-

brar a sua festa.E comprehendendo esse prelado a des-

moralisação em que cahira, apresentou-se

em pessoa, e com a coragem que lhe é

própria, e do púlpito, expedio os seusraios, expondo, cora hypocrisia, os seus

benignos desejos, mas aproveitando o en-

aejo para demonstrar a sua independência,

o seu despreso aos poderes do Eatado, e

a força de que dispunha, não exvi da

nossa lei, mas por delegação de seu pa-trão de Roma !

E a coroa eonservou-se tranquilla einactiva t

Parece que, ou está no plano de obe-diencia passiva ao pontificado, ou querexperimentar se o povo tem a coragem e adignidade de tomar a iniciativa nos nego-

cios de seu interesse.A continuação da arriscada experiência

trará sem duvida um grande beneticio ao

paiz, talvez de envolta com alguma cala-midade, mas que será indeclinável, e pe-sara não sobre a cabeça da victima. queé o povo, mas sobre a de quem assimdirectamente provoca a desordem.

Não queremos a anarchia da qual procu-ramos fugir. E embora haja plano conhe-cido e innegaveljá, de fazer o contrariodo que pedimos, persistimos no cumpri-mento do nosso dever, embora quem tudo

;ióde deixe de cumprir os seus.Se o capricho é que nos governa, será

o capricho o maior e mais forte elementoda decadência do poder, que faz delle a.ua norma de condueta.

Lembradas estarão os. leitores de queum grande numero de allemães, acatiio-

hcos, expostos, pelo mais revoltante cy-nismo dos padres de Roma, a não terem

segurança de familia e nem mesmo cer-tesa de ligitimidade de prole no Império,

representaram aos poderes geraes pedindorespeitosamente providencias contra os es-candalosos abusos praticados em detri-

mento de seus mais caros interesses, e re-

querendo que se instituísse n.> Império o

casamento civil, o registro civil, etc.

A representação foi lançada á poeira dassecretarias, e essa matéria, de supremo

interesse social foi esquecida, ou antes foi•ondemnada!

O numero de protestantes e de outras

seitas acatholicas é no Brazil muito con-sidera vel. Não somente estrangeiros, mas

crescido numero de nacionaes são aca-tholicos.

Professando as doutrinas de suas seitas,seguiram os dictames de sua consciência,e contavam com as garantias da liberdade

promettida.Entretando negam-lhes hoje até o re-

gistro civil, collocando-os na impossibili-dade de poderem provar legalmente os

seus casamentos e nascimentos !E' verdade que uma lei lhes assegurou

esse beneficio, mas a prática, especial-mente no presente, é desastrada ; induz aacreditar na má fé com que se prometteu,e no desaso de proteger escandalosamenteuma religião, que tem foros de cidade,contra todas as outras que devem ser li-vres com ella, para que seja uma realidade

i preceito que se diz constitucional, conlido nas palavras : todas as outras reli-

gídes são permittidast

Essa permissão, porém é fallaz desde

que se priva de altos direitos políticos atodos quantos não professam a religião doEstado, ou não são iddignamente bypoi-.ntas, e apparentemente catholicos, e.

pode se dizer, que "não pisam falso.

Perturbar ps catholicos até do goso deseus direitos civis é dê uma crueldade, emesmo de uma immoralidade sem quali-iicação.

Vejamos o que tem oceorrido.A historiado novo registro civilé curió-

sissima.

e em 1851 animou-se a expedir o decreton. 798.

Os campanários de todas as Igrejas sefizeram ouvir, os padres tomaram as suasarmas, intimaram ao governo herético a

que não proseguisse, lançaram a sua águabenta sobre a coroa do rei, que se tomoude susto temendo perder a divindade desua soberania, cujo fundamento é o papa,ese apressou em publicar o decreto n. 907 de185*2, suspendendo covardemente aquelledo anno anterior !

Venceu a coroa dos padres e ficamossjem registro civil !

Passados mais de 20 annos, aberta aluta entre o rei e os bispos, convindo,conforme a prática, illudir o povo queexigia providencias para conter a petu-lancia romana, um novo cartel de desafiofoi a medo atirado ao clero.

O rei reflectio todo o annò de 1870, fezconsultas durante o de 1S71, nomeoucommissões em 1872," mandou ouvir oconselho de Estado em 1873, e no anno da

graça de 1874 surgio o novo regulamento

passando aos escrivães dosjuizes de paz, otrabalho do registro civil.

Estamos em 1877 e esse regulamento no.

^eral do Império, e o que mais é para ex-

ranliar, nesta corte da coroa Imperial,não foi aioda executado l

Quanto pôde a cerôa do padre !Para os catholicos continua o parocho a

ser o official desse registro, que, mal ou

bem, se faz. Entretanto os protestantesacham-se hoje privados desse beneficio,

que aliás a lei de 11 de Setembro de 1861e reg. de 17 de Abril de 1863 lhes ga-rantia, ao menos para salvaguardaremseus direitos de familia.

Pelo tal regulamento de 1874 foi o re-

gistro civil obrigatório para todos, cãtho-licos, e accatholicos ;e as câmaras munici-

pães obrigadas a fornecerem aos escrivãesdos juizes de paz os livros para os doscasamentos, nascimentos e óbitos.

As câmaras municipaes, porém, têm dei-xado de cumprir o seu dever, e ,isto aqui

mesmo na corte 1Acontece que os acatholicos, que casam

em suas igrejas, se tem apresentado com

as certidões dos pastores, para registra-rem seus casamentos no livro que existiana câmara municipal da corte, e tem alli

tido como resposta da respectiva secre-taria que esta— nada tem que vêr com

isto lFoi o que aconteceu com José Francisco

Ferreira e Mai ia Thomazia da Silva, que,depois de casados em 9 de Maio do cor-

rente anno na Igreja Evangélica Flumi-

nense. da qu^il é pastor o Rev. João M.

G. dos Santos, se apresentaram na secre-

taria da câmara municipal, com a com-

petente certidão, para que se lhe regis-

trasse seu casamento, e podessa este pro-duzir os necessários effeitos civis; e lhefoi declarado que disto se achava encar-

regado o escrivão do juizo de paz, porquen'aquella secretaria não se registravam

mais casam. nCs.Dirigiram-se coni a mesma certidão ao

respectivo escrivão do juiz de paz para

que registrasse esse acto solemne, do qualdepende a existência legal da familia; e

lhe foi declarado á margem da certi-

dão :« Não foi registrado por . falta de li-

vros. —Rio, 4? de Junho de 1877. —Pi-

mentel. • *

E é assim que estão entre nós os pro-te.stantes garantidos para e ssu estado

civil lE tudo isto quando os catholicos, sem

respeito á ultima lei. continuara com os

seus registros na igreja romana 1Tal é a influencia dos padres da igreja

do Estado, e que por tal modo governamesta infeliz terra l

E o que faz a coroa que tudo pôde ?

Cobre a coroa!Estará a quo adorna a cabeça do rei

mancommunada com a que é feita pelosbarbeiros na cabeça dos padres ?

Quem sabe !

j Rio, 30 de Novembro de 1877.

Ganganelli.

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FORA DA BOLSA j ;.. ,O mercado de cambio esteve hoje frouxo.

As transações realisadas foram a 2í 3/4papel bancário, 2i 7/d, 24 15/16 e 25 d.papel particular sobre Londres. "

Sobre França saccou-se a 385 réis porfranco, bancário 3.s0 e 3S1 particular.¦ Negociaram-se 5. acções da C. Flumi-nensê a 120$ e 5 ditas da C. Integridadea 3Ô$000.

As vendas de assucar foram pequenas.As vendas de café foram pequenas.

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<.'niiesjiosALMEIDA MARTINS ( inter nato e

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L. HARBEN: director do Externato Jas-per, rua do Rosário n. 134.

MADAME SIDONIA MOUSSIER, en-sina a lingua franceza, por intermédiodas línguas ingleza ou franceza. Recadospor escripto ao escriptorio do Globo.

MADAME E. CREMER (professora depiano e canto), ensina por meio do fran-cez ou inglez. Recados, por escripto auescriptorio do Globo.

DEGLARAG0ESCOMPANHIA FERRY DE NAVEGAÇÃO NA

BAHIA DO RIO DE JANEIRODe ordem do Sr. presidente

convido os Srs. acci mistas a reu-nirem-t-e em assembléa geral' nodia 4 do corrente ao meio dia afimde tratar-se da reforma dos eota^-tutos da companhia.

Rio de Janeiro, Io de Dezembrode 1877. O director secretario.—D. A. Horta 0'Leary,

«Sornacs

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A necessidade, de ha muito tempo, seféz sentir. Era impossivel deixar de atten-der a essa matéria.

Desde, porém, que a idéa teve de sertraduzida em lei,a divergência appareòeufranca, entre a coroa do rei e a coroa do

padre.Em 1850 foi o governo autorisado por

lei a regular a matéria do registro civil.

i .ul voga <lt»s

CO SEI.ITEIRO OCTAVT-WO, advoado, escriptorio, rua do Ouvidor n. 33.

- DR. SIIVA MAFRA,. advogado, es--riptorio, rua do Rosário n. õ5.

DR. AMÉRICO MARCONDES, advo-gado, escriptorio, rua Primeiro de Mar-ço n. 1:>.

CONSELHEIRO SALDANHA MA-4-NHO e DR. UBALDINO AMARAL.Rua do Carmo n. 40.

tfEL. FURQUIM de ALMEIDA.—Ruav, General Câmara n.t

^V^IèLHEIRO AFFONSO, CELSO,advogado, escriptorio,. rua de 'General,

Gamara n. &*, sobrado. .

iH. RODRIGO OCTAVIO, advogado.Uscriptorio, rua L'rimeire de Março n. 55'.íobrado.

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CONSELHEIRO TITO ÍIRANCO, ad-rogado, escriptorio, rua de ite sario n. 4£,.obrado. .

LEÃO VELLOSO.—Rua da Alfândegaa. b8, !•• andar.

Rio, 30 de Novembro de 1877.

JUNTA DOS CORKETOBES¦ COTAÇÕES OFFICIAES

CambioSobre Londres 90 d/v, 24 3/4 bancário,

hojo, 24 15/16 p rticular, hoje, 24 d/v,hoje, 2i 7/6, 25 d., hontem. .

Sobre Paris 90 d/v.. 380 a 383, hoje,385 baneario, hoje.

Sobro Portugal 3 d/v. 215 •/«¦, bancáriohoje.Apólices geraes de 6 ?/<>......Ditas, idem. ........¦.••¦Metaes; Soberanos..... — ...Acções. Banco do BrasilDitas, B. Commercio.........Ditas, C. lntagridade.

José Antônio Alves Souto, presidenteAlfredo de Barros, secretario.

""Sabbado .1 de Dezembro,

na rua do Hospício .n. 174ás 6 horas da tarde. '

CONSELHO DE COMPRAS DAREPARTIÇÃO DA GUERRA

COUROS, ARTIGOS PARA LUZES E FER-ROS « ARTIGOS SEMELHANTES

Este conselho recebe propostasno dia 4 de Dezembro do correu-r.e anno, até a.s 11 horas da ma-nha, para o fornecimento de cou-ros, artig-os para -luzes e ferro eartigos semelhantes, durante1.° semestre do anno próximo vin-douro,

As pessoas, que pretenderemcontratar | esses fornecimentos,queiram procurar os respectivosimpressos na sala do conselho,onde devem previamente apre-sentar as competentes habilita-cões na forma do reg-ulamen-to e mais ordens em vigor.

Previne-se, que as propostasdevem ser em duplicata, e assig-nadas pelo próprio proponente,que deverá comparecer ou fazer-se representar eompetentementena oceasião da sessão, e ter mui-to em vista as disposições domesmo reg-ulamento.

Sala das sessões do conselho decompras, em 30 de Novembro de1877. .,; r „O segundo offícitü. — D. Brasde Souza da Silvrira.— Servindode secretario do conselho.

1:025^000l:025g000

98-jOO2375000

5Ô#00037#0ü0

ywr". -.

HOSPITAL DE MARINHADe ordem do Sr. dr. cirurgião-

morda armada, convido ás pessoasque quizerem contractar o forne-cimento de gêneros para dietas erações de empregados, a viremreceber neste hospital as resp.ee-jtivas relações, devendo apresen-itar suas propostas no dia 4 deDezembro ás 10 horas da ma-nhã.-

Hospital de Marinha, 28 de No-vembro de 1807, o escrivão.—LuisJosé de Sousa Shcveriti. —'

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HOSPITAL DE MARINHADe ordem do Sr. dr. cirurgião-

raór da armada,' convido as pes-soas qne quizerem contratar ofornecimento d« colxõe* e tra-vesseiros, lavagem da roupa dosenfermos e objectos para expe-dientes a apresentarem suas pro-postas neste hospital no dia 5 deDezembro vindouro ás 10 horasda manhã.

Hospital de Marinha, 28 de No-yembro de 1877. O escrivão —Luiz José de Souza Sfieverin

'CCMCi

BlSP-íPgiéfeí-r vji j„ s jí

, Yv

- -

O GLOBO.—S^xta-feira 30 dè liovembro e Sabbado 1 de Dezembro de 1877

CONTADÒRIA DA MARINHADe ordem do Illm. Sr. contador

da marinha faço publico que nosdias uteis, dei a 10 do mez déDezembro próximo futuro, pa-g*am-se na pagado ria competenteos soldos do§ Srs. ofíiciaes do cor-po da armada e classes annexas,nao embarcados e as consignaçõesâ procuradores, bem como as êta-pes, sendo nos dias de 1 a 4 aospróprios e de 5 a 10 aos procura-dores.

Segunda secção da contadòriada marinha, em 30 de Novembrode 1877. — 0 1' eseripturario ser-vindo de chefe, Philippe José' Pe-reiba Leal Sobrinho.

HOSPITAL DE MARINHA

De ordem do Sr. dr. cirurgião-mor da armada, convido áspessoas que quizerem contratajo fornecimento de drog*as e uten-cilios para supprimento da phar-mocia do hospital e dos naviose corpos da armada, no semestrede Janeiro a Junho de 1878, avirem á esta repartição buscaras respectivas relações, devendoapresentar suas propostas no diaII de Dezembro de 1877, ás 10horas da manha.

Hospital de Marinha. 29 de No-vembro de 1877. O escrivão.—Luiz José de Souza Shevirin.

•¦¦¦-¦¦¦«¦•¦'•¦¦¦¦¦¦¦•¦¦¦••¦••¦¦•¦'¦¦¦¦^^ "'" , -

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te-Negro¦ffliitelli^BraneoOtínlro-DíilreCelorlco de BastoOolorico du BeiraCharosChamusca

Coimbra Mertola.Coura MirandelaCovilhã Miranda de CorvoElvas Monte-Mór o VelhoEstremoz MonçãoÉvora Oliveira de AzeméisFafe OvarFão PenafielPelgueiras PinhelFigueira Ponte do LimaFundão PyrtalegroGouvôa WèvtoGuarda Póvoa de LenhosoÔuímarães Povoa de VarzimLagoa lesos, . _ .Lago. $¦ l^dre úq SulLumuge SabresaLeiria ãfliile-Thyrael_iãboa SetúbalLixa SilvesMarliiha«Grflnde Ta viraMealhada ThoraarMelgaço Tondella

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O nosso escriptorio eücontra-se aberto em dias uteis atéás 8 horas da noite, aos domingos e dias sanetificados atéás 3 horas da tarde.-_—--,-_--. ,m-mHBB-M*fl*^raar-aj^^M*BgB^,^'^t™f™|^gg'g^*^^g™^g^™^^^^B_———r!— . **"*"*^" —

FOLHETIM0 JUDEU ERRANTE

VEUGÈNE SUE

PRÓLOGOENTRE OS DOUS MUNDOS

G oceano polar abraça com umcinto de eternos gelos as desertaspraias da Sibéria e da America doNorte... extremos limites dos doismundos, separados pelo estreitocanal de Behring*.

O mez de Setembro vai quasitransposto.

Com o equinoxio voltarão astrevas, e as tormentas boreaes-;em um instante se seguirá noiteprofunda a um desses dias polarestão curtos, tão lug*ubres.

O firmamento azul-escuro e ar-roxado, apenas a allumia um solfrio, cujo pallido disco, que malse eleva acima do horisonte, per-manece descorado ante o reflexodeslumbrador da neve que cobre,até onde os olhos podem enxergara immensidade dos steppes...

Ao norte, este deserto é limitadopor uma costa d'onde se levantamrochedos negrejantes e descora-passados ; aos seus pés titanicosse encadêa aquelle oceano petri-ficado, cujas vagas immoveis sãoenormes cordilheiras de monta-nhas de gelo de que o cume azu-lado se confunde ao longe em es-pessasnevoas...

A leste,entre os dois pontaes docabo Oulikine, confins orientaesda Sibéria, divisa-se uma linhaverde-escura, onde sè balançamlentamente enormes massas bran-cas,<V

Ahi é o estreito de Behring.Emfim, para além do estreito, e

como senhoreando-o, se elevamos montes grani ticos do cabo deGales, ponta extrema da Americado Norte.

Estas consternadas regiões nâopertencem já ao munao habitavel:o frio terrível que alli reina dendêas pedras,rompe às arvores, rachao.solo, de cujo seio derramam emtorno palhetas geladas.

Dirieis que a nenhum ente hu-mano ó dado affrontar a solidão detaes paragens, dos frios e dastempestades, da fome é da morte.

E todavia... descobrem-se ves-tigios de passos na neve que cobreesses desertos, ultimos limites dosdois continentes separados pelocanal"de Behring...

No lado da terra americana, osignal das passadas, curto e leve,denuncia uma mulher...

Encaminhou-se para as monta-nhas d'onde se avistam,para alémdo estreito, as nevadas planíciesda Sibéria.

No lado da Sibéria, o trilhomaior, mais profundo, revela apassagem de um homem.

Também elle se dirigio para oestreito.

Parecia que aquelle homem eaquella mulher, chegando assimem sentido contrario, ás extremi-dades do globo, esperaram vêr-sea tra vez do estreito braço de marque separa os dois mundos.

Cousa mais extraordinária áin-da ! aquelle homem e aquella mu-lher caminharam por aquellas so-lidões durante uma espantosatormenta.

Alguns negros cedros secula-res, erguendo-se áquem e alémno deserto como cruzes em campode repouso, ¦ foram arrancados,despedaçados, arrojados ao longepelo furacão.

A esse furacão impetuoso, queprostra arvores annosas, queabala montes de gelo, que osimpelle uns contra es o atroscom o estrondo do raio .a essefuracão impetuoso fazem frenteaquelles dous viajantes!

Fizeram-lhs frente, sem se des-viar um só momento da linha in-variável que seguiam bem omostra aquelle andar igual, di-reitoe firme.

Quem são pois esses dous entesque caminham, sempre tranquil-los, no meio das convulsões, doscataclysmas da natureza ?

Fosse acaso, vontade ou fatali-dade, nas solas dos sapatas dohomem projectavam-se sete pre-gos formando uma cruz.

Em todo o caminho deixa estesignal da sua passagem.

Ao vêr na neve dura e lisaestas pegadas fundas, lembrariaum chão de mármore pisado porpés de bronze.

Dentro em pouco uma noite semcrepúsculo suecedeu ao dia.. í?.Sinistra noite!

Abrilhante refracçSo da nevamostra a infinita tirancura de

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Para fretes, passageiros e mais informações, trata-se na agencia, e para earga,com o Sr. H. David, corretor da Gompanhiá, na rua do Visconde de ltaborahy n. 3,1«. andar.

O agente, BERTOLINI

steppe, sôb uma cúpula pesadade um azul tao escuro que parecenegro; estrellas pallidas per-dem-se na profundeza desta abo-bada carrancuda e-gelada.

O silencio é solermie....Mas eis que para a parte do

estreito de Behring* apparece umafraca luz no horizonte. A priu-cipio mais não é que uma clari-dade suave, azulada como a queprecede o ascenso da lua.... de-pois augmenta o clarão, irradia,e tinge-se de uma tciiue côr derosa.

Km todos os pontos do céo re-dobram ac trevas ; mal se des-crimina o branco lençol do de-serto, pouco ha tão Visível, donegro tecto do firmamento.

Em meio desta obscuridade, ou-vem-se sons confusos, singulares:dirieis o vôo, alternativamentecrepitante ou pesado, de grandesaves nocluruas que, extraviadas,roçam com as azas a planície.Mas nem um grito se ouve.

Este espanto mudo é prognos-tico de um daquelles maravilho-sos phenomenos qne assombram éaterram todos os entes animados,desde os mais ferozes at*? aosrnois inoífensivos.... Unia au-rora boreal, espectaculo tão mag-nificoe tãocommumnas latitutespolares, appareceu repentina-mente.

Dtbuxa-se no horison © ummeio globo de resplandecente cia-ridade. Do centro dosse foco des-lumbrador projectam-se iminen-sas columnas de luz, que, er-guendo-se até iucommensuraveisalturas, illuminam céo, terra emar.... Então reflexos ardentescomo os de um incêndio se escor-regam sobre a neve do deserto,purpuream o azulado cume dasmontanhas de gelo, e tingem deum vermelho escuro as rochas ne-grasdos dous continentes.

Depois a aurora boreal empai-lideceu pouco a pouco, e o seuvivo clarão apagou-se em um né-voeiro luminoso. Nessa oceasiâo,por um singular effeito visualfreqüente em taes paragens, acosta americava, posto que sepa-rada da Sibéria pela largura deum braço de mar, pareceu derepente t*ã,o chegada, que se jül-garia poder lançar uma ponte deum para o otitrp ¦mundo.

Então, do meio do vapor trans-parente e azulado qne sobre as

duas terras se estendia,- dousvul-tos humanos appareceram. Nocabo siberico um homemajoelhado estendia os braços paraa America, com uma entíauhadaexpressão de desespero. No pro-montorio americano uma ra-pariga, moça e bella, respondiaao gesto inconsolavel daquellehomem, apontando-lhe para océo

Por espaço de alg-uns segundos,estas duas grandes figuras setraçaram assim, pallidas e vapo-rosas, á luz já mortiça da auroraboreal.

Mas o nevoeiro csrrou-se, etudo ficou mergulhado em tre-vas.

D'onde vinham aquelles dousentes que assim se encontravamnos gelos polares, na extremidadedos mundos ? Quem eram aquellas«luas creaturas, um instante ap-proximadas uma da outra poruma illusão óptica, mas que pare-ciam separadas por toda a «ter-nidade. ?

PRIMEIRA PARTEA estalagem do Falcão Branco

CAPITULO PRIMEIRO

MOROK

Estamos em fins de Outubro doarmo de 1831.

Posto não seja ainda noite, umcandieiro de cobre de quatro bicosallumia as paredes rachadas deum casarão, cuja única janellaque tem está feclreda. Para aquise entra por um alçapão que estáaberto, e encostada a elle umaescada cujos banzos lhe sobre-sahem.

Aqui e alli espalhados sem or-dem jazem correntes de ferro, ar-golas com pontas agudas, cabeçãode cavallo com dentes de serra,açaimos eriçados de cravos, com-pfidos bordões de ferro engastadosem cabo de madeira. Para umcanto fica um pequeno rescaldeiro^emejhante aos que empregam oslatoeiros para fundir estanho ; ocarvão em pilha está alli já próm-pto ém cima de lascas de madeirabem secca : basta uma faísca paraem um segundo accender esta ar-dente fragoa.,-Não longe daquelle cháos deinstrumentos sinistros, que fazem

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GUERRA Faria &. Irmãos, com-

praram, por ordem dosx Srs.Barros & Irmão, de Corumbá, 10bilhetes inteiros ns. 270, 554, 722,2016,2487,3474,4251, 4802, 5206e 5487 da 36.» loteria para auxiliodo fundo de emancipação e 1 bi-lhete inteiro n. 3425 da 5.a loteriada Bahia, por ordem do Sr. Fran-cisco da Silva Rondon, também deCorumbá.

Rio de Janeiro, 30 de Novembrode 1877.

ALUGA-SE um mui itinho de es-

timacão, próprio para serviçodoméstico, á rua da Misericórdian. 64, das 7 á 10 da manhã, sediz.

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Papel' para embrulhoVende-se grande quanti-

dade na typographia da ruaNova do Ouvidor n. 28

DO AIHHUMTrabalho importante sobre esta moléstia,

pelo dr. José Pereira Guimarães, lenteoppositor da Faculdade de Medicina doRio de Janeiro.

Vende-se neste escriptorio.

lembrar os aprestos de um car-rasco, acham-se algumas armaspertencentes a antigas idades.

Uma cota de ferro, com malhastão flexíveis, tão finas, tão densas,que mais parece elástico tecido deaço, está estendida sobre um bahúaô lado de bragas e algemas embom estado, presas ás competen-tes correas ; um montão de armas,duas g*randes lanças.triangularesembebidas em hastes de freixo,aomesmo 4empo sólidas e leves, comsuas nodoas de sangue fresco...todo este conjuneto de velhariasapenas é remoçado por duas es-pingardas tyroíianas carregadas& escorvadas.

Ve-se extranhamente mistu-rada neste arsenal de armas mor-tiferas, de instrumentos bárbaros,uma collecçã j de objectos mui di-versos : são caixinhas de vidroencerrando rosários, contas, me-dallms, aqnus dei, caldeirinhas,registros de santos em eaixilhos ;emfim grande numero desses li-vritos impressos em Friburgó,em papel grosso azulado, onde secontam diversos milagres moder-nos, em que vem uma carta ai to-grapha de Jesus-Christn a umfiel, em que'se fazem emfim paraos annos de 1831 e 1832 as maistremebundas prediecões contra aFrança impiae revolucionaria. -

Um daquelles painéis com queos saltadores adornam a fachadados seus theatriuhos de praça,está pendurado em uma das vigastransversaes do tecto, sem duvidapara que a pintura se não estra-gue ficando muito tempo enro-lada. O tal painel tem este le-treiro :Verídica e memorarei conversão de Ignacio

Morok, por antonomaèia o prophetasuecedida no anno de 1828, em Friburgó.

Este , painel, de proporçõesmaiores que as naturaes. de corescarreg*adas e execução barbara,está dividido em três com parti-mentos, que offerecem em.acçõestrês phas.es importantes da vidadeste convertido, sobrenomeado oprophrta.

No primeird; se vê um homemde barbas compridas, cabello cas-tãnho quasi branco, carrancaferoz, e vestido com pelles de ran-gifer, á maneira das hordas sei-vagens do Norte da Sibéria ^,trazum barrete preto de pelle de ra-posa, terminando em uma cabeçade corvo ; as suas feições expri-

A LIBERDADEDOS

CULTOSImportantíssimo trabalho do conselheiro

CHRISTIANO Ottoni, sobre a ^questão re-ligiosa.

Vende-se neste escriptorio.

Sahio á luz e acha-se á vendana Imprensa Industrial, rua Novado Ouvidor n.20

EURICODE

Alexandre HerculauoPrecedido de uma apreciação íit-

teraria de J. M. Velho da Silva. -Cada exemplar

lflOÓO.

ESPECTACULOS

THEATRO CIRCO

94 RUA DO LAVRADIO 94

GRANDE COMPANHIA EQÜESTREINGLEZA^

Direceãe de G. Hadwin e H. Williams

Híje, Sabbado Io de Dezembro

A's 8 1/4 horas da noiteGRANDE ESPECTACULO EQÜESTRE

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terminando com a grande novi-dade

A PÜSTA DAS LANTERNASÓUmH FANTASIA CIIINEZA

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Na funcção do dia SKATINGRING, e na funcção da noiteA FESTA DAS LANTERNAS.

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mem terror. Curvado no seutrenó, o qual, tirado por seis enor-mes cães pardos, voa sobre a neve,foge a toda brida de uma multi-dão de raposas, de lobos, de ursosmonstruoso**, que todos, com asgoelas abertas, e armados de for-midaveis dentes, parecem capazesde devorar cera vezes o homem,os cães e a seléa.

Por baixo desta primeira pin-tura lê-se :

Em lálu, Morok é idolatra : foge diantedas feras.

No segundo compartimento,Morok, candidamente revestidocomo branco trajo de cathecu-meno, está de joelhos, com asmãos postas, diante de um'homem,de batina e cabeção. A um cantodo painel um grande anjo deameaçadora catadura traí: emunia das mãos uma trombeta, ena outra empunha uma espadaflammejante; sahem-lhe da bocaas palavras seguintes em letrasvermelhas sobre fundo preto :

Morok, o idolatra, fugia das fera-* : asferas fugiram de Morok, convertido ebap-tisado em Friburgó.

Effecti vãmente, no terceirocompartimento o novo convertidoempertiga-se soberbo, orgulhoso,triumphante, coberto com o seugrande vestuário azul' de fluc-tuantes pregas. Com a cabeçaempinada, coma mão esquerda nailharga e a direita estendida, pa-rece aterrar um sem numero detigres e hyenas, de ursos, de leOes,que, recolhendo as unhas, es-condendo os dentes, rojam a seuspés submissos e tímidos. Porbaixo deste ultimo compartimentolê-se, em fôrma de conclusão,moral:

Ignacio Morok está convertido : as ferasandam de rojo a seus pés.

*

Não longe destas pinturasacham-se vários fardos de bro-churas também impressas em Fri-burgo, nas quaes se refere o es-tupendo milagre por meio do qualo idolatra Morok, uma vez con ver-tido, adquirira instantaneamenteurn poder sobrenatural e quasidivino, a que os animaesmaisferozes uão podiam escapar, comoo demonstravam quotidianamenteos exercícios a que se dava o do-mador de feras, menos para alar-dear a sua coragem e audácia doque para glorificar o Senhor. .****••*¦**• • ••• • 4 • • • • ••-• • • • .•»

(Continua)*

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