extracção do dna das células do kiwi

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INSTITUTO PEDRO HISPANO Disciplina de Biologia e Geologia Ano-lectivo 2006/2007 Extracção do Extracção do DNA das DNA das células do células do Kiwi Kiwi Este relatório foi elaborado por: Adriana Roque N.º 1 Ana Catarina Pimentel N.º 3 Ana Luísa Raimundo N.º 6 12º A

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Extraco do DNA das clulas do Kiwi

Instituto Pedro Hispano

Disciplina de Biologia e GeologiaAno-lectivo 2006/2007Extraco do DNA das clulas do Kiwi

Extraco do DNA das clulas do Kiwi

A experincia uma observao provocada

com o fim de fazer nascer uma ideia.

Claude Bernard

Objectivo

O objectivo desta experincia foi a extraco das molculas de DNA de um kiwi para posterior observao, podendo assim visualizarse, ainda que muito indistintamente, os filamentos desta molcula comum a todos os seres vivos.

Introduo

Um dos princpios mais importantes da vida sem dvida a variabilidade, mas seria impossvel definir vida do ponto de vista biolgico caso no houvesse alguma universalidade de caractersticas.

O DNA, o cido desoxirribonuclico, considerado a molcula da vida, e rene em si a universalidade, pois comum a todos os seres vivos excepto alguns vrus e a variabilidade pois difere de espcie para espcie e de indivduo para indivduo. O DNA tornase por assim dizer a impresso digital de cada organismo e esta molcula que fornece instrues para que sejam efectuados os milhes de processos celulares que ocorrem constantemente.

O incio da descoberta desta molcula (Friedrich Miecher, finais do sculo XIX) marcou o incio de uma viragem na Medicina e na Biologia e deu origem ao aparecimento de uma cincia que embora quase sempre ignorada pelos cidados comuns marca todos os pontos da nossa vida e salva mais vidas do que qualquer especialidade mdica a gentica.

O DNA a molcula orgnica que quando transcrita em RNA, tem a capacidade de codificar protenas. constituda por aglomerados de nucletidos que por sua vez so formados por uma base azotada, uma pentose (no caso do DNA a desoxirribose) e um grupo fosfato.

Tem uma forma parecida com uma escada em espiral ligada por degraus as bases azotadas (Timina, Adenina, Citosina e Guanina) unidas por complementaridade. Esta molcula responsvel pela transmisso das caractersticas hereditrias de cada espcie.

Para estudar o modo como o DNA comunica as informaes encerradas no seu cdigo (o cdigo gentico) clula, os cientistas isolaram o DNA e estudaram o modo de interaco do DNA com as protenas e os vrios tipos de RNA. Para se isolar o DNA necessrio separlo dos outros componentes celulares e para isso h que fragmentar as clulas para o que o DNA possa sair do ncleo, onde est encerrado.

Nesta experincia iremos extrair DNA do kiwi com mtodos muito clssicos e rudimentares e com produtos existentes em qualquer cozinha. Como os mtodos utilizados so pouco avanados apenas se conseguir distinguir o contedo nuclear das restantes partes das clulas mas de qualquer modo possvel ter uma ideia dos filamentos de molculas de DNA.

Material

Kiwi Bisturi

Almofariz

Pilo

Proveta

Balo de Erlenmeyer

Proveta

Papel de filtro

Funil

Algodo hidrfilo

Vareta

gua

lcool s 95%

Sal de cozinha

Detergente da loia

Mtodos

A extraco de DNA baseiase em duas etapas: a rotura das clulas para libertao dos ncleos e a separao dos componentes bsicos dos cromossomas DNA e protenas.

Primeiro comeou por retirarse a casca ao kiwi e cortaramse as partes exteriores do fruto (menos rgidas que o interior de cor branca) em pequenos pedaos que se colocaram no almofariz (Fig. 1).

Depois esmagouse o kiwi com o pilo at se obter uma pasta quase liquida (Fig. 2).De seguida encheuse o balo de Erlenmeyer com gua at metade da sua capacidade e colocouse cerca de uma colher de sopa de sal de cozinha e outra de detergente. Mexeuse com a vareta e deitouse um pouco da mistura no almofariz onde j estava o kiwi e triturou mais um pouco.

A seguir filtrouse a mistura com um papel de filtro para o balo (Fig. 3). e deste voltouse a passar com o algodo hidrfilo para a proveta (Fig. 4 e 5).Quando o lquido j estava na proveta deixouse escorrer cuidadosamente um pouco de lcool pelas paredes desta e observouse a formao de duas fases: em cima uma fase alcolica e em baixo ema aquosa (Fig. 6).Por fim agitouse a mistura com uma vareta em pequenos movimentos circulares para misturar as duas fases e fazer o DNA precipitar, uma vez que ele insolvel no lcool (Fig. 7).Formouse ento uma massa filamentosa de cor esverdeada que continha o material nuclear das clulas do kiwi.

Resultados

Esta experincia foi bem sucedida e conseguiram ver-se seno nitidamente, pelo menos claramente, os filamentos de material nuclear.

Passarse de seguida explicitao das funes de cada um dos regentes intervenientes nesta experincia.

A funo da adio do sal (NaCl) no incio da experincia proporciona ao DNA um ambiente saturado, ou seja um meio hipertnico. O sal fornece ies positivos (Na+) que neutralizam a carga negativa de DNA permitindo que um elevado nmero de molculas de DNA possam coexistir nessa mesma soluo.

Ao adicionarse o detergente (que funciona como um reagente antilipdico) afectaramse as membranas que so constitudas por uma bicamada fosfolipdica. Com a ruptura das membranas, o contedo celular, no qual estavam includas algumas protenas e o DNA, soltaramse e dispersaramse na soluo. Algumas dessas protenas tm como funo manter a forma em espiral do DNA muito apertada.

Por fim a adio do lcool permitiu que o DNA aparecese superfcie ou ento precipitase uma vez que este insolvel no lcool. Como o DNA menos denso que a gua e a mistura dos restos celulares, ele surge superfcie da soluo aquosa. Ao precipitar permite uma visualizao mais clara e distinta.

Concluso

A molcula de DNA a molcula que confere aos seres vivos uma identidade prpria .

Caso haja uma alterao no cdigo sequencial, gerarse uma mutao, que uma vez copiada para a gerao seguinte, causar uma mudana nas caractersticas dos seres que descendem daquele que sofreu a mutao.

Estas mutaes podem ser positivas ou negativas. Muitas delas o homem que as produz deliberadamente, como o caso dos alimentos transgnicos, outras so efeito dos factores externos e causadas involuntariamente, como o caso da radiao solar ou da exposio a agentes qumicos. Muitas tm consequncias graves como o caso do cancro ou das doenas hereditrias e sndromes genticas. Outras destinam-se apenas a fazer tnues mudanas para aperfeioamento e seleco das espcies.

Ao interferir com o decorrer normal da gentica, ainda que deliberada ou indeliberadamente, o Homem est a contribuir para a mudana e a alterao do mundo vivo, e a longo prazo no se sabe quais sero as consequncias.

De qualquer modo os progressos ao nvel microscpico da gentica so indiscutivelmente benficos e inevitveis.

Mergulhar no mgico mundo das clulas e do DNA algo que fascina cientistas e curiosos leigos e isso pdese constar durante a realizao desta experincia to simples e elementar mas sem dvida o comeo do desejo de saber mais sobre o decorrer da vida numa molcula em espiral, que tambm em espiral conduz os fios da vida do Homem e de todos os seres vivos.

Bibliografia

Altel 10, Cincias da Vida, volume III, pp.5169; Silva, Amparo Dias, Santos, Maria Ermelinda et allii, Terra, Universo de Vida, Biologia 1 Parte, 11/12 ano, Porto Editora, pp.1036; www.wikipedia.orgFig. 2

Fig. 1

Fig. 3

Fig. 5

Fig. 7

Fig. 4

Fig. 6

Este relatrio foi elaborado por:

Adriana Roque N. 1

Ana Catarina Pimentel N. 3

Ana Lusa Raimundo N. 6

12 A

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