extra 15 anos
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Opinião
Uma história coletivas trinta alunos mal con-
tinham a emoção, era o
primeiro semestre do ano
de 2004. A maioria dos
estudantes havia recém-terminado o
terceiro ano e aguardava ansiosa o
primeiro contato com os veteranos.
Muitos se perguntavam qual seria o tal
famoso trote. A resposta viria dias de-
pois com algumas caras pintadas e a
contribuição com o trote solidário, do-
ando um quilo de alimento. Mas, antes
disso, logo no início das aulas, muito
confundiram as salas, os prédios e fo-
ram parar no curso de Engenharia Ci-
vil. Equívocos a parte, o cettalzinho,
como é conhecido o Bloco H, tornou-se
o ponto de encontro dos futuros publi-
citários e jornalistas. Hoje, penso em
quantas turmas, quantas pessoas não
devem ter passado pelas mesmas car-
teiras. Quantos calouros nervosos não
cruzaram os corredores? E quantos li-
vros passaram pelas mesmas mãos
nestes 15 anos do curso de Comunica-
ção Social. Tomamos parte, mesmo
que inconscientemente, da construção
do curso, durante os quatro anos que
participamos da graduação. Dias pas-
samos erguendo e desconstruindo va-
lores no meio acadêmico. Tabus foram
derrubados dentro das salas de aula,
como a imparcialidade dos meios de
comunicação no Jornalismo. Brigamos
pela valorização do diploma dos jorna-
listas, como também exigimos o reco-
nhecimento da profissão de publicitá-
rio. Passamos a dividir não somente a
estrutura física, mas também as aulas
com os alunos de Publicidade e Propa-
ganda. Mesmo exercendo atividades
distintas, aprendemos que ambos te-
mos importância dentro do mercado
da comunicação.
Muitos de nós se envolveram com o
Centro Acadêmico e lutaram por me-
lhores condições de estudo. Exigimos
um laboratório gráfico moderno, no-
vas máquinas fotográficas digitais e
fomos atendidos. Hoje, contamos com
laboratórios de televisão e rádio com
avançadas tecnologias. Além de um
canal de TV composto por profissio-
nais formados pela Unisul, onde pode-
mos expor nossos trabalhos. Nos últi-
mos três anos, contabilizamos viagens,
congressos, seminários.
Acompanhamos o amadurecimento
de cada um de nossos colegas, e com-
partilhamos entre os estudos, suas do-
res e alegrias. Migramos do patamar
de colegas para amigos e companhei-
ros. Alguns destes se atiraram com tudo
no mercado de trabalho, outros trilha-
ram o caminho dos estágios, muitos
oferecidos pela universidade.
Dos quarenta calouros que iniciaram,
alguns descobriram que não possuíam
vocação, outros dedicaram-se à famí-
lia não podendo continuar, mas a mai-
oria prosseguiu firme, disposta a se-
guir o caminho profissional da comu-
nicação. No fim deste ano entregare-
mos nossas monografias e receberemos
nossos canudos. Mas a nossa história,
mesmo por um curto, mas significati-
vo período de tempo, se entrelaçou com
a do curso. Junto aos professores, à
coordenação, contribuímos para o de-
senvolvimento dos cursos de Jornalis-
mo e Publicidade e Propaganda. E po-
demos afirmar que logo deixaremos as
mesas de estudo como profissionais
não só mais capacitados, como tam-
bém, mais humanos.
Karen Novachadlo
O
nossaredação
as universidades particulares espalhadas pelo Brasil afora, estão na
maioria estudantes que trabalham para pagar a faculdade, ou seja, a
palavra salário remete à mensalidade. Talvez dessa forma eles dêem mais
importância ao grau que irão receber após quatro ou cinco anos de estudo. Mas,
como em tudo sempre há uma exceção, por exemplo, temos os pais que
patrocinam a universidade, mas não necessariamente significa dizer que, com
mais tempo de estudo, há mais empenho por parte do aluno que possui esse
perfil. E não é diferente na Universidade do Sul de Santa Catarina.
O que vale dentro de qualquer profissão é a vontade de crescer, de aprender, de
se antenar nas alternativas. E é o que acontece com os profissionais que saem da
Unisul ou de qualquer outra universidade. Quem se destaca é aquele que se
preparou melhor, que correu atrás de coisas novas, de oportunidades, e dos seus
sonhos. O segredo está na pretensão de ser um bom profissional. A universidade
pode ajudar na formação, mas nada comparado à própria vontade do aluno.
Os profissionais que saíram da Unisul estão espalhados por todos os cantos,
trabalhando em redações, rádios, TVs, assessorias, empresas, agências. Uns se
destacando e outros procurando se destacar. Para conquistar o mercado é
necessário dedicação, empenho pessoal e profissional. Horas de sono perdidas,
fios de cabelo a menos, mas que valem a pena, pois nenhuma conquista que
nos orgulhe é fácil de ser alcançada. E com toda certeza, seja na edição ou na
confecção de reportagens desse jornal-laboratório, sairão ótimos profissionais,
dos quais a universidade se orgulhará de um dia ter abrigado.
Elsie Cademartori
Sucesso na profissão vemda vontade de cada um
n
mudaromundo
>Aos 15 anos, quem não pensa que pode mudar o mundo, ou que
será no futuro exatamente aquilo que for capaz de imaginar, tornou-se
realista demais antes do tempo. Quinze anos podem ser suficientes para
se enxergar a humanidade como ela é, mas não para aceitar isso como
inevitável.
É possível que as pessoas sejam melhores, que aprendam a ser melho-
res. Que leiam mais, vivam mais, cresçam, e nunca se acomodem. Pelo
contrário, que questionem, duvidem e principalmente alterem o que lhes
parecer necessário no modelo de sociedade que nos foi entregue.
O Curso de Comunicação Social da Unisul, aos 15 anos, comemorados
no dia 16 de março, ainda acredita nisso. Deixar de acreditar seria abrir
mão do poder de interferir. De lutar para, mais que formar jornalistas e
publicitários, ajudar na mudança de um cenário de mediocridade e igno-
rância.
Em 15 anos não é possível mudar o mundo, porém é possível mudar
pessoas, algumas delas. E se nas mãos dessas pessoas estiver o futuro
da Comunicação Social, mudá-las é necessário. Não se pode perpetuar
essa cultura de superficialidade descartável, justificada na incompetência e
na falta de tempo, que se traduz todos os dias em grande parte da mídia.
Poucas áreas possuem poder semelhante de transformar a realidade,
um potencial que até vem sendo usado, seja para eleger presidentes ou
derrubá-los (os motivos é que nem sempre são os mais nobres), mas que
poderia servir para muito mais.
Leonardo Mendes
TextosRedação Jornalística IIIAdriana Duarte Silvano, Alice Botega,
Bibiana Pignatel, Daiane Vieira
Fernandes, Emanuela da Silva, Giórgia
Daniel, Keith Minelli de Oliveira, Lucas
Borges, Luciana Peruchi, Peterson
Crippa, Saimon Coelho.
EdiçãoTurma de Edição II
Alice Botega, Altair Magagnin Junior, Ana Maria Lima,
Artur Zingano, André Leandro, Elsie Cademartori, Elvis
Campagnollo, Fabíola Goulart, Fernando Pereira,
Gustavo Colle, Jailson Vieira, Jaqueline Hahn, Juliana
Ribeiro, Julia Savi, Karen Novochadlo, Kellen Baesso,
Leonardo Mendes, Luís Henrique Fogaça, Maiara
Gonçalves, Magali Colonetti, Márcia Denardi, Mirelli
Elias, Ramires Fernandes, Tiago Brunelli
Extra Especial 15 anos é uma edição comemorativa do jornal-laboratõrio do
curso de Comunicação Social - Jornalismo da Unisul Campus Tubarão | Coorde-
nação do Curso de Comunicação Social: Darlete Cardoso | Coordenação do
Jornal-laboratório: Professora Andressa Fabris | Textos e fotos: alunos 6º
semestre (professora Andressa Fabris) | Edição: alunos do 7º semestre (profes-
sor Ildo Silva) | Opinião: alunos do 7º semestre (professora Darlete Cardoso) |
Projeto Gráfico: João Lucas Cardoso | Diagramação: Carine Bergmann/Agcom e
João Lucas Cardoso | Capa: João Lucas Cardoso | Anúncio contracapa: Vanessa
Joaquim da Silva/Agcom-PP | Impressão: Gráfica Soller
Reitor: Gerson Luis Joner da Silveira | Vice-reitor e Pró-reitor Acadêmico: Sebastião
Salésio Herdt | Chefe de Gabiente e Secretário-geral da Reitoria: Fabian Martins de
Castro | Pró-reitor de Administração: Marcus Vinícius Anátocles da Silva Ferreira |
Diretor do Campus Unisul: Valter Alves Schimitz Neto
extraespecial15anosjaneiro-junho/07 3
OUTROS NÚMEROSalém dos 15
> Alunos, formandos, professores,pessoas que são muito mais quenúmeros constróem a história doCurso de Comunicação Social daUnisul, campus de Tubarão.
300publicitáriosforam formados pela Unisul, no
campus de Tubarão, nos últimos
10 anos estão no mercado.
500jornalistasaproximadamente formaram-se
pela Unisul, de Tubarão,
nestes 15 anos.
100professoresaproximadamente já lecionaram
nas duas habilitações do curso de
Comunicação Social ao longo dos
15 anos.
27professoresatuam hoje no curso, com o
compromisso de contribuir para
a boa formação profissional de
jornalistas e publicitários.
história curso festeja aniversário
Quinze anos decomunicação
construindohistória
Nomes que fizeram a coordenação do curso
E
AGCOM
TextoDaiane Fernandes / Luciane Peruchi
EdiçãoJuliana Ribeiro / Tiago Brunelli
m meados dos anos 90, o passo
inicial para implantação do cur-
so de Comunicação Social na
Unisul, em Tubarão, ganhou des-
taque. O motivo: a necessidade de profissi-
onais capacitados para atender ao cresci-
mento de uma cidade em que o rádio pre-
dominava como principal veículo de co-
municação.
Mas somente em 16 de março de 1992,
o Conselho Universitário e a Câmara de
Gestão aprovam a criação do Curso de Co-
municação Social, habilitação em Jornalis-
mo, no campus Tubarão. Cinco anos de-
pois é aprovada a instalação da habilita-
ção em Publicidade e Propaganda.
A implantação do curso possibilitou a
criação, Web Rádio, Web TV, Unisul TV, jor-
nal-laboratório Extra, Agência Modelo de
Comunicação (Agcom) e também do de-
partamento de assessoria de imprensa da
Universidade. Não foi tão fácil dar os pri-
meiros passos para a aceitação do novo
curso. “As dificuldades foram imensas. Foi
um trabalho de uma geração de professo-
res, funcionários e alunos profundamente
dedicados e identificados com a história
pessoal e regional”, conta o idealizador do
projeto, Laudelino Santos Neto. “Mas a nos-
sa sorte, como humanos, é que nossa me-
mória é seletiva, e quando os anos passam
a gente acaba se lembrando da maioria
das coisas boas”.
A grande motivação dos acadêmicos de
Jornalismo e de Publicidade e Propaganda
é a identificação pessoal. “É uma profissão
interessante, vai ao encontro dos meus pla-
nos pessoais e é uma área admirável para
quem quer prestar serviço à sociedade”,
confirma a estudante Emanuela da Silva
do 6° semestre de Jornalismo. “Escolhi o
Jornalismo porque sempre foi meu sonho,
aquilo que quero. Não me imagino fazen-
do outra coisa”, afirma o calouro de Jorna-
lismo Thiago Oliveira.
Neste ano o curso completa 15 anos, dei-
xando a marca de sucesso e corresponden-
do às exigências do mercado de trabalho,
que está em profissionalização crescente.
“Aprofundamos o compromisso com trans-
formações sociais em benefício coletivo do
país e da região na qual a universidade
está inserida”, diz a coordenadora do cur-
so, Darlete Cardoso.
Foi o fundador do Curso de Comunica-
ção Social. Em 1991, formulou, juntamen-
te com Cláudio Alvim Zanini Pinter, a gra-
de curricular. Laudelino divide o sucesso
do projeto com sua equipe. “O excelente
resultado foi um conjunto de fatores e
pessoas que acreditavam no futuro, acre-
ditavam no ser humano, acreditavam
que a utopia podia ser possível”, conta. Ele perma-
neceu na coordenação por seis anos.
>Laudelino Santos Neto Outra realização pioneira de Laudelino
foi a criação do curso de especialização em
Jornalismo, três semestres antes da conclu-
são da primeira turma de graduação em Jor-
nalismo.
Aposentado desde 2004, criou o projeto
“Professor Voluntário”, através do qual orien-
ta trabalhos de conclusão de curso, partici-
pando também de bancas. Atua também
como pesquisador da psicanálise.
>Joana D’Arc SouzaAo se dedicar à coordenação do curso no
período de 1998 a 1999, teve como maior
objetivo consolidar a presença dos alunos
nas decisões da coordenação. Independente
do tamanho da decisão, desde o que pintar
nas paredes dos blocos até chegar a ter aces-
so a todas as reuniões do curso, tendo o
aluno uma voz presente. Eram feitos varais
de fotos e poesias, além dos saraus nos cor-
redores. Em uma dessas apresenta-
ções, O Grande Mentecapto foi ence-
nado em pleno escuro. Os alunos acen-
diam as luzes quando Joana excla-
mou: “Isso é jornalismo, quando a
comunicação sai do escuro!”.
Hoje em dia, Joana se dedica à
carreira docente e sua paixão é a
pesquisa.
>Laudelino José SardáConsidera o conhecimento um proces-
so inacabado. Por isso descreve o magis-
tério sua vocação sacerdotal. “Sempre
estou aprendendo com os alunos”, diz.
Dessa forma, permaneceu sete anos na
Coordenação do Curso de Comunicação
Social de Pedra Branca e Tubarão. Foi ele
quem fundou o curso na unidade de Pedra
Branca e descreve como uma de suas maio-
res conquistas. Em sua gestão, o curso foi o
primeiro da Unisul a receber o conceito A no
provão do MEC. Atualmente é coordenador
do SIC (Sistema Integrado de Comunicação)
da Universidade e foi responsável pela cria-
ção da primeira TV da região de Tubarão, a
Unisul TV.
>Nei ManiqueJornalista, é do tipo que se sente muito satisfeito em
contribuir para a formação de futuros e qualificados pro-
fissionais. Com esses ideais em mente, coordenou o Curso
de Comunicação Social de Tubarão de 1999 a 2001.
Foram dois anos e meio de trabalho que resultaram
em muitos benefícios para o curso. Em sua gestão foram
criados os laboratórios gráficos com 40 microcomputa-
dores. A grade do curso foi flexibilizada. “Essas mudan-
ças de início trouxeram desconforto, mas com o tempo
agradaram, pois assim a pesquisa científica foi apresen-
tada aos alunos no primeiro
semestre”, conta Nei, que ad-
mite sentir saudades das ativi-
dades docentes. Em sua gestão,
foi criada a Agcom, em 1999.
Atualmente, coordena um
projeto de Web jornalismo na
região de Criciúma. O endereço
é www.engeplus.com.br.
>Isaac RodriguesPublicitário, usou sua experiência como ges-
tor de empresas no período em que coordenou
o curso de 2001 a 2004.
Após aceitar o convite da direção do campus
para substituir Nei Manique, realizou uma pes-
quisa entre os alunos para desenvolvimento de
um planejamento que norteou sua gestão. Este
projeto tinha dois objetivos: reestruturação ad-
ministrativa e organizacional e a reestrutura-
ção dos laboratórios do curso. Os laboratórios
de TV, rádio e grá-
fico ganharam
novo espaço.
Hoje, Isaac é
coordenador e
professor do cur-
so de Tecnologia
e Marketing, da
Unisul.
números
4 extraespecial15anos janeiro-junho/07
Interação entre profissionais e acadêmicosação evento marca a passagem dos 15 anos do Curso de Comunicação Social, simula e apresenta programas no Farol Shopping
TextoEmanuela da Silva
EdiçãoMaiara Gonçalves / Mirelli Elias
Comunicação em Ação, um
dos eventos que integram a
programação em comemo-
ração aos 15 anos do Curso
de Comunicação Social, ocorreu no dia
24 de março no Farol Shopping. Jorna-
listas, publicitários, professores, alu-
nos, ex-alunos e convidados participa-
ram da mostra que apresentou a reali-
dade do curso.
Uma estrutura montada com equi-
pamentos de TV, rádio, fotografia e
agência experimental despertou o inte-
resse de quem passava pelo local. O
estudante Adriano Elias Rosa partici-
pou das atividades e ficou impressio-
nado. “Achei a idéia muito produtiva.
Assim podemos conhecer como funcio-
na a TV e o rádio”, afirma.
A jornalista Caroline Bortot diz que
adora participar dos eventos, rever os
amigos e professores. “É uma troca de
experiência muito boa”, explica. Para a
ex-aluna da Unisul, que atualmente tra-
balha na RBS TV de Criciúma, estes de-
bates são muito importantes. “Pode-
mos ter contato com colegas de outros
veículos e de outras áreas de atuação.
Isso enriquece a vida do profissional, é
um aprendizado”, observa.
A rotina dos veículos de comunica-
ção foi pauta de professores e alunos
que contaram com a interatividade do
público presente. Convidado a partici-
par das gravações, o estudante Laércio
Botega revelou seu interesse pelo meio.
“Sempre gostei de Jornalismo, mas não
imaginava que tinha tanta coisa den-
tro dessa área”, comenta.
Além das simulações de programas
de rádio, debates, entrevistas, comerci-
ais e uso de equipamentos fotográfi-
cos, havia um telão contando a histó-
ria do curso de Comunicação.
Uma das atividades do Comunicação
em Ação foi a gravação do programa
Câmera Aberta da Unisul TV. Os alunos
da Agência Modelo de Comunicação
Integrada (Agcom) fizeram a cobertura
fotográfica do evento.
Entre os convidados para uma entre-
vista com profissionais da área estava
o publicitário Freddy Amandio Barbo-
sa. Segundo ele, promover o encontro
de Comunicação Social é uma boa inici-
ativa. “Achei o cronograma muito bom.
Gostei de participar principalmente por
se tratar de uma estrutura organizada
pelo próprio curso e também pela inte-
ração com a comunidade”, pontua Bar-
bosa.
AGCOM
Com a participação de alunos, professores e profissionais, o evento produziu programas e contou com a interatividade do público
1991
Criação do cursoReitoria da Unisul autoriza a
implantação do Curso de
Comunicação Social –
habilitação em Jornalismo. O
mercado da região
demonstrava a necessidade de
profissionais da área.
15ANOSdurante
uma história é construída pela Unisul
no Sul de Santa Catarina. Conheça os
principais momentos do Curso de Co-
municação Social - Campus Tubarão.
Comemoração surpreende estudantesA noite do dia 16 de março foi de
alegria para os alunos e professores
da Comunicação Social da Unisul. A
comemoração dos 15 anos do curso,
realizada no Bloco H, conhecido cari-
nhosamente por Cettalzinho, teve di-
reito a bolo financiado pela iniciati-
va da coordenação e dos professores
do curso.
A decoração do corredor com ba-
lões e banner alusivos surpreendeu os
alunos que não sabiam de nada. Aos
poucos, o local foi sendo ocupado e
os alunos percebendo uma diferente
movimentação. Coralistas da univer-
sidade fizeram uma apresentação em
meio aos acadêmicos que ficaram
emocionados com o clima festivo.
Em seu discurso, a coordenadora
Darlete Cardoso agradeceu ao profes-
sor e fundador do curso Laudelino
Santos Neto. Emocionada, admitiu
seguir honrosa e humildemente o
exemplo deixado por ele.
Convidado a falar, Santos demons-
trou satisfação pelo desenvolvimen-
to do curso e deixou um conselho aos
alunos “Vocês devem ter orgulho de
participar. A Unisul possui grande es-
trutura. Continuem sendo o que são:
profissionais formados na comunica-
ção”.
100alunosaproximadamente foram envolvi-
dos no Comunicação em Ação. A
atividade proporcionou interativi-
dade com o público e integração
de estudantes e professores.
15professoresdo curso de Jornalismo e de
Publicidade e Propaganda partici-
param e coordenaram as ativida-
des desenvolvidas durante o
Comunicação em Ação.
3tortascada uma para 100 pessoas,
foram servidas no dia 16 de
março, na comemoração realizada
com alunos e professores para
celebrar os 15 anos do Curso de
Comunicação Social.
8atividadesdiferentes foram realizadas no
Comunicação em Ação, entre elas
a gravação de programas de TV,
apresentação ao vivo de programa
de rádio, uma pesquisa de merca-
do e simulação de comerciais.
AprovaçãoEm 16 de março, o
Conselho Universitário e a
Câmara de Gestão aprovam
a criação do Curso de
Comunicação Social -
habilitação em Jornalismo,
no campus de Tubarão.
1992
1992
Primeira turmapresta vestibular e começam asaulas em agosto com 60 alunos,vindos de diversas cidades doestado. É o terceiro implantadoem Santa Catarina.
extraespecial15anosjaneiro-junho/07 5
ara iniciar o Curso de Comunicação So-
cial em uma universidade é necessá-
ria uma boa infra-estrutura. Por isso,
os laboratórios de rádio, TV e labora-
tório gráfico são reformados de tempos em tem-
pos. A última reformulação ocorreu em agosto de
2006, quando foram trocados por equipamentos
digitais e de fácil manuseio. A função destas sa-
las é a de instruir os alunos para uma melhor
adaptação ao mercado de trabalho. Os cursos de
Jornalismo e Publicidade e Propaganda dispõem,
além dos novos laboratórios, também do labora-
tório de fotografia e da hemeroteca.
Os Laboratórios de Rádio e TV são terceirizados
pela empresa Ilimitada. “Sempre procuramos
manter equipamentos atualizados”, destaca a co-
ordenadora dos cursos Darlete Cardoso. No se-
gundo semestre de 2006, novos laboratórios e
computadores para edição de trabalhos e proje-
tos foram colocados à disposição dos alunos.
Quando entrou na coordenação, Darlete acha-
va que havia uma deficiência no curso. O que
faltava eram os alunos editando as imagens e
áudio e usando nas câmeras filmadoras. “Os aca-
dêmicos têm que ser os protagonistas de seu
aprendizado”, complementa a coordenadora.
Além de equipamentos novos, os alunos po-
dem contar também com uma bancada, que ser-
ve para a exibição de telejornais experimentais.
Os acadêmicos que tiverem interesse podem par-
ticipar da jornais de TV e Rádio e da Agência de
Comunicação (Agcom). Neles, os alunos apren-
dem a fazer matérias e comerciais publicitários
em jornal, rádio e TV, vivenciar o dia-a-dia da
profissão e conhecer melhor os equipamentos.
Em relação aos dois laboratórios gráficos, ape-
nas um recebeu reforma tecnológica este ano, con-
tando com 20 computadores novos. Outros in-
vestimentos devem ser feitos nos próximos me-
ses no segundo laboratório gráfico e no de foto-
grafia.
Novos equipamentos àdisposição dos alunos
tecnologia Laboratórios do Curso de Comunicação Social dis-põem de modernas ferramentas de trabalho aos estudantes
Os laboratórios de TV e Rádio já estão na era digital, com equipamentos de última geração do mercado
Na Hemeroteca, os alunos encontramperiódicos e trabalhos produzidos no curso
TextoGiórgia Daniel
EdiçãoJuliana Ribeiro / Tiago Brunelli
P
Local de leitura e pesquisa
Os alunos poderem manusear os equipamentoscomo as câmeras de vídeo, ilhas de edição e de
áudio e gravadores digitais são o diferencial do curso.”Elvis Campagnollo, 7º semestre, jornalismo, estagiário da Unisul TV“
hemeroteca é um local reservado para
armazenar os periódicos, projetos e
monografias. Todo Curso de Comunicação
Social deve ter este espaço, pois é uma exigên-
cia do Ministério da Educação e Cultura (MEC).
Hoje, quem é responsável pela aquisição de
jornais e revistas é a coordenação do curso,
com assinaturas pagas. Os exemplares ficam
a
FOTOS: GEORGIA DANIEL
disponíveis por até dois meses e depois são
doados a instituições, para que possam ser
vendidos ou reciclados. Também são arquiva-
das monografias e projetos experimentais. A
hemeroteca está localizada na frente da sala
da coordenação. O horário de funcionamento
é de segunda a sexta-feira, das 19 às 22h30min
e é aberta aos acadêmicos.
O laboratório gráfico recebe vinte computadores novos para a prática profissional dos alunos
1993
CajuCriado o Centro Acadêmico de
Jornalismo da Unisul, tendo
como presidente a aluna
Daniela Stüpp Correa
Primeiroevento1ª Semana de Jornalismo
da Unisul é realizada de
25 a 29 de setembro.
1993
6 extraespecial15anos janeiro-junho/07
Curso passa por atualização curricularmodernização Aos 15 anos da criação do Curso de Comunicação, novo projeto pedagógico é aprovado e entra em 2008
TextoKeith Minelli de Oliveira
EdiçãoElsie Cadermartori / Márcia Denardi
Levar o melhor do ensino ao
aluno é o que almeja toda
universidade preocupada
com o caminho do futuro
profissional. Em 1992, surge o Curso
de Comunicação Social - habilitação em
Jornalismo. Publicidade e Propaganda
foi integrada após cinco anos. O fluxo
curricular da habilitação em Jornalis-
mo, ao longo dos 15 anos, foi modifi-
cado apenas uma vez, quando o proje-
to pedagógico sofreu alterações, em
1997. Entre elas estão a inclusão da
disciplina de Comunicação Empresari-
al para ambos os cursos, e ajustes de
algumas cadeiras. Além disso, ocorreu
a inclusão de conteúdos, como jorna-
lismo online.
Ao longo dos anos, o curso foi apri-
morando sua estrutura. A implantação
de novas tecnologias e equipamentos
acarretaram na qualificação do ensi-
no. A coordenadora do Curso de Comu-
nicação Social, Darlete Cardoso, afirma
que o aluno não pode sair da universi-
dade com dúvidas. “Não deixar o aluno
sem resposta significa investir na cons-
trução do conhecimento e essa cons-
trução passa pela interação entre alu-
no e professor e entre a teoria e práti-
ca”, explica a coordenadora.
Há uma preocupação constante em
oferecer aos acadêmicos um bom flu-
xo curricular, professores qualificados,
com competência teórica e prática. O
curso possui um quadro de professores
com conhecimento do mercado de tra-
balho, mas também acadêmico. A uni-
versidade é o local onde o aluno pode
aprimorar técnicas que utilizará no seu
dia-a-dia profissional. “Aqui o aluno
pode errar; no mercado não”, afirma.
A atualização do projeto pedagógico
e, conseqüentemente, do currículo é
uma necessidade para que o curso avan-
ce e prepare o aluno para um mercado
em constante evolução. O novo proje-
to, maturado após muita pesquisa e
debate entre professores e alunos do
campus de Tubarão e Pedra Branca,
entra no primeiro semestre de 2008.
Centrado na formação do profissional
que exerça a autoria e a iniciativa, no-
vas disciplinas e conteúdos voltados às
transformações sociais e tecnológicas
fazem parte do fluxo curricular.
KEITH MINELLI
Novas tecnologias e disciplinas são acrescentadas aos cursos para que as aulas se adaptem ao mercado de trabalho
1994
PrêmioÉ lançado o PrêmioCaju de Jornalismo, quetêm três adiçõesanuais consecutivas.
15ANOSdurante
Publicitários propõem reformapublicitário Sandro Fabrício Ra-
mos, que trabalha na Agência Zi-
ons Comunicação e Eventos em Tuba-
rão, comenta que faria substituições em
Publicidade. Destaca a idéia de ter uma
cadeira de Atendimento. Para o publici-
tário Carlos Eduardo dos Santos há uma
grande deficiência na grade de PP: “há
disciplinas que não têm relevância para
o mercado”. E acrescenta, “produção
gráfica é oferecida somente em um se-
mestre. Redação tem quatro disciplinas,
direção de arte tem uma. Se formos olhar
numa agência atual, é mais fácil encon-
trar diretores de arte do que redatores”.
As disciplinas teóricas são compartilha-
das entre Jornalismo e Publicidade e Pro-
paganda. Então, durante um ano e meio,
os alunos de ambos os cursos fazem as
mesmas cadeiras. O publicitário Sandro
Ramos diz que “a grade de PP foi feita
com base na de Jornalismo”.
Existem algumas novidades para os
cursos de Comunicação Social. O Projeto
Pedagógico está passando por uma re-
novação, com novo fluxo curricular. Já
foi aprovado na Congregação do Curso,
e aguarda a aprovação da Unisul. O
novo projeto pedagógico entra no pri-
meiro semestre de 2008.
Estudantesdiscutemrelevânciadasdisciplinasoferecidas nocurso deComunicaçãoSocialpara omercado
oEx-alunos criticam antiga grade
A universidade, além de formar pro-
fissionais, prepara cidadãos. É durante
a vida acadêmica que os alunos desen-
volvem a crítica sobre os mais varia-
dos assuntos. Por isso, o curso possui
disciplinas como Sociologia, Epistemo-
logia, Estética e Psicologia, válidas em
qualquer área de atuação, para a for-
mação humanística.
Como a grade curricular não sofreu
alterações significativas até agora, per-
cebe-se que muitas disciplinas poderi-
am ser substituídas, ou novas serem
acrescentadas.
Na opiniao do ex-aluno Marcelo Be-
cker, que trabalha na sucursal do Diá-
rio Catarinense em Tubarão, poderia ter
“Língua Estrangeira-Inglês e o aumen-
to de matérias práticas, como redação
jornalística , TV e rádio.
A editora-chefe do jornal Notisul, Pris-
cila Loch, que também é formada pela
Unisul, acredita que há vários conteú-
dos importantes, mas não explorados.
“A redação, que é a essência do Jorna-
lismo, precisa fazer parte de todos os
semestres, assim como a Língua Portu-
guesa”, propõe.
1994
Jornallaboratório
1995
PrimeiracoberturaAlunos produzem ediçõesdiárias do Extra!diretamente da Produsul,em parceria com o Diáriodo Sul, primeiro jornaldiário de Tubarão.
1995
RegistradoMax Alexandre Rampinellitoma posse no Caju . É oprimeiro registro em ata docentro acadêmico.
É lançada a primeiraedição do Extra!, em A4,frente e verso, tendocomo jornalistaresponsável o professorLaudelino Santos Neto.
1996
FormaturaÉ realizada a colação de grau daprimeira turma, em cerimônia noClube 7 de Julho. O paraninfo éPedro Sirotsky e patrono senadorEsperidião Amin. O nome deturma é um dos pioneiros daimprensa em Tubarão,jornalista Manoel Menezes.
extraespecial15anosjaneiro-junho/07 7
As alunas de Jornalismo Júlia Savi e Magali Colonetti nas gravações do projeto de televisãoVLU
CAS BO
RG
ES
ários trabalhos de estu-
dantes do Curso de Co-
municação Social da Uni-
sul de Tubarão foram re-
conhecidos ao longo dos 15 anos. Al-
guns se destacaram a tal ponto que
ainda hoje são lembrados não só no
meio acadêmico, mas também entre
os profissionais. A grade curricular
do curso, além das disciplinas distri-
buídas em oito semestres, possui três
projetos experimentais e a monogra-
fia. Nesses trabalhos são produzidos
pelos acadêmicos materiais nas áre-
as de TV, Rádio, mídia impressa e
Web. A exigência aproxima o estu-
dante da realidade da profissão fa-
zendo com que o mesmo adquira
experiência. A dedicação de alguns
alunos na produção destes projetos é
reconhecida na participação de prê-
mios e concursos.
Todos os anos na cidade de Criciú-
ma é realizado o prêmio ACIC (Asso-
ciação Empresarial de Criciúma) de
Jornalismo. Este evento premia os
melhores profissionais da região nas
áreas de TV, rádio e mídia impressa.
O prêmio abre espaço para os traba-
lhos acadêmicos, onde em todas as
edições destacam-se os alunos da
Unisul.
Além de eventos regionais, os aca-
dêmicos participam de concursos
como a Expocom / Intercom. No ano
de 2004 a jovem jornalista Clarissa
Peixoto foi premiada na capital gaú-
cha. O projeto de um CD para a divul-
gação da cidade de Laguna, de ma-
neira interativa através de programas
educativos, ganhou o primeiro lugar
na categoria Rádio/TV. “Sempre acre-
ditei que um projeto bem montado,
desafiando os obstáculos do dia-a-
dia poderia me ajudar no ingresso
para o Mercado. Por isso acho impor-
tante os trabalhos de conclusão de
curso”, ressalta Clarissa.
O Intercom 2004 também reconhe-
ceu a professora Darlete Cardoso pelo
sua dissertação de mestrado, fican-
do em primeiro na categoria Jornalis-
mo e entre os 10 melhores do país.
Muitas destas participações ser-
vem de exemplo para os demais alu-
nos. Saymon Coelho acadêmico da
sexta fase, inspirando-se nos cole-
gas já premiados, montou um expe-
rimental de rádio e pretende inscre-
vê-lo na Intercom deste ano. “Quero
tentar vencer, mas o importante
mesmo é que outras pessoas vejam
meu material. Acho interessante
esta multiplicidade de idéias”, afir-
ma.
A mais recente premiação vem no
Festival de Publicidade de Gramado
deste ano. Os alunos de Publicidade
e Propaganda Gustavo Bilessimo, Ja-
queline Messaggi e Marieli Pirolla ti-
veram seu trabalho classificado em
3º lugar na América Latina com uma
campanha social sobre o tema in-
fância.
TextoPeterson Crippa / Emanuela da Silva
EdiçãoMagali Colonetti / Luiz Henrique Fogaça
n
Tema único para projetos finaiseste semestre os acadêmicos de Jor-
nalismo da Unisul depararam-se com
uma novidade. Seus projetos experimentais
seriam desenvolvidos em torno de um úni-
co tema. No curso de Publicidade isso acon-
tece desde 2006. O tema escolhido pelos
professores, para ambos os cursos, foi Meio
Ambiente: o Aquecimento Global.
A função desses projetos é dar oportuni-
dade para o aluno, em teoria, experimentar
todas as disciplinas que ele teve contato
durante o curso, agregando-as em um pro-
jeto único. “O tema meio ambiente está em
destaque hoje em dia no mundo inteiro.
Então achamos que seria interessante ter a
nossa participação, contribuir de alguma
forma para levar o assunto à discussão, à
reflexão”, concluiu o professor Mário Abel
Bressan, coordenador dos trabalhos de con-
clusão de curso. O único tema facilita tam-
bém a tarefa dos professores. Além de suas
atividades em sala de aula, eles precisam
ler todos os projetos, buscar soluções, críti-
cas construtivas e apontar o que poderia
ter sido diferente na construção dos mes-
mos. Há também o sacrifício pessoal por
parte dos acadêmicos, que dedicam tempo,
dinheiro e disposição para desenvolverem
os trabalhos especiais. Alguns acreditam
que é no período de produção dos projetos
que mais se aprende. A acadêmica do curso
de Publicidade e Propaganda, Vânia Paris,
do sexto semestre, está se preparando para
fazer o projeto. “Isso cria para nós futuros
publicitários uma unidade de campanha,
porque vamos preparar o material pensan-
do em apresentar nas três formas de mí-
dia”, afirma.
Vânia vai ter que realizar os projetos de
Rádio, TV e Cinema e Mídia Impressa jun-
tos, conhecido como “projetão”, onde o alu-
no desenvolve uma campanha publicitária
completa. Já no curso de Jornalismo, os pro-
jetos de Rádio, TV e Jornal são feitos sepa-
rados. O aluno pode trabalhar uma área
por semestre e não precisa fazer todos so-
bre o mesmo tema. Nas duas habilitações é
exigida a famosa Monografia. Todas têm
apresentação pública e são avaliadas por
uma banca de professores.
Os projetos possuem duas partes: a escri-
ta/teórica e o material editado. Na primeira
parte, o aluno explica o projeto e defende o
uso da mídia para tratar sobre o assunto
escolhido. Em Publicidade, a primeira parte
é destinada ao histórico do cliente, à pes-
quisa e ao planejamento das mídias que
vão ser utilizadas. Os alunos seguem um
cronograma, incluindo os dias de gravações
e edição. O processo é orientado por um
professor e com apoio técnico dos labora-
tórios do curso. A apresentação dos traba-
lhos sobre Aquecimento Global foi realiza-
da no período de 2 a 7 de julho.
fiqueligado
>No 7º Prêmio Acic de Jornalismo de
2007, sete trabalhos acadêmicos foram inscritos.
Todos de alunos da Unisul, campus de Tubarão.
Os vencedores foram Thaís Ramos e Saimon
Novack, com o vídeo Leite materno: a gota da
vida. No ano passado, os vencedores foram João
Manoel de Souza Jr. e Délia Dias, com o projeto
de rádio Histórias do Cine Beluno.
>Prêmio Unimed de Jornalismo está na 6ª
edição. Diversos alunos do curso inscreveram seus
trabalhos, com tema Saúde. O vencedor da catego-
ria Destaque Acadêmico recebe R$ 2.000,00. A ex-
aluna e ex-professora Adriana Oliveira já foi contem-
plada com o prêmio na categoria profissional.
>No Festival de Publicidade de
Gramado 2007 foram premiados os alunos de PP
Gustavo Bilesimo, Jaqueline Messaggi e Marieli
Pirolla com o Galo de Bronze no Prêmio Universi-
tário de Comunicação Social Latino-americano. A
premiação foi entregue em
junho, em Gramado.
Teoria e prática queresultam em prêmios
reconhecimento Projetos acadêmicos ganham destaqueem festivais e concursos nas diversas áreas de Comunicação Social
1996
Extra!Jornal-laboratório
passa a ser impresso
em tablóide, com oito
páginas, em papel-
jornal, sob a
coordenação da
professora Luciane
Zuê Z.. e Souza.
Diversos ex-acadêmicos do
curso fazem parte do corpo
docente da Unisul e do
Curso de Comunicação
Social, campos de Tubarão
8 extraespecial15anos janeiro-junho/07
1997
CrescimentoHabilitação em Publicidade e Propa-
ganda é criada. O curso é criado no
campus de Pedra Branca/Grande
Florianópolis, com habilitações em
Jornalismo, Publicidade e Propaganda
e Cinema e Vídeo.
15ANOSdurante
Aprendendo e ensinandona mesma universidade
ex-alunos A carreira acadêmica é uma das possibilidades da área
TextoGiórgia Daniel
EdiçãoArthur Zingano / Fernando Pereira
Avida estudantil apresenta
diversas fases. Ao terminar
o ensino médio e ingressar
na universidade, a maioria
dos acadêmicos tem dúvidas sobre o
futuro profissional. Uma das indecisões
é a área em que irá atuar. Os estudantes
costumam pensar: será que vou ingres-
sar rápido no mercado? Vou ter retorno
financeiro? Mas, o amor pela comunica-
ção e a satisfação de ser um profissio-
nal, pode despertar o interesse de diver-
sos ex-alunos a investirem na carreira
docente. A Unisul é um exemplo. Alguns
dos docentes dos cursos de Comunica-
ção são formados na própria universi-
dade.
Darlete Cardoso foi uma das acadê-
micas da primeira turma de Jornalismo,
e após se formar, começou a dar aulas
nos cursos de Administração e Econo-
mia, em 1996, ministrando a disciplina
de Comunicação Empresarial. Hoje, além
de professora do curso é também coor-
denadora .
O professor de Publicidade e Propa-
ganda, Mario Abel Bressan Júnior, for-
mado na segunda turma, conta que na
sua época o curso estava sendo aper-
feiçoado. “O corpo docente estava me-
lhorando suas técnicas didáticas para
transmitir conhecimento aos alunos.
Atualmente o nível do curso pode ser
equiparado a boas universidades do
país”, completa. O professor lembra que
a primeira matéria que ensinou foi Co-
municação Comparada. Atualmente,
Mário leciona Introdução à Publicidade
e Propaganda, Teoria da Comunicação
e Comunicação Comparada, além de
orientar Monografias e Projetos Experi-
mentais em PP.
O professor Rafael Matos, que com-
partilhou a primeira turma de Jornalis-
mo com Darlete, iniciou a carreira aca-
dêmica lecionando Edição 1 em 1999.
Atualmente leciona três disciplinas,
além de orientar Projetos Experimen-
tal de Rádio e de TV.
A professora Silvana Lucas, que lecio-
na fotografia, fez parte da terceira tur-
ma de Jornalismo. Silvana começou a
dar aulas na Pedra Branca no ano de
1998, nas disciplinas de Introdução à Fo-
tografia e Fotojornalismo. Atualmente
leciona Fotografia em Tubarão na duas
habilitações, além de participar da Agên-
cia Modelo de Comunicação Integrada
(Agcom) e de coordenar o Laboratório de
Fotografia do curso.
Outras alunas que viraram professo-
ras são Desiree Freccia Carvalho e Hele-
na Iracy dos Santos Neto, que leciona na
Pedra Branca. William Máximo, José Hen-
rique de Souza, Marília Koenig e Claúdia
Formentin são também exemplos de ex-
alunos que abraçaram a carreira docen-
te, lecionando em cursos da Unisul.
>Darlete CardosoCoordenadora do Curso deComunicação Social desde2004, Darlete sempre sonhouem tornar-se jornalista. Acabouprestando vestibular paraAdministração em 1975, pois naépoca o curso de Jornalismo sóera oferecido no Rio Grande doSul e Paraná. Neste período,Darlete trabalhou como colunis-ta em semanários de Tubarão,na Rádio Tabajara e comoassessora de comunicação.Porém em 1992, Darlete viu apossibilidade de realizar seusonho, ingressando na primeiraturma de Jornalismo da Unisul.Para a professora, a graduaçãoem Jornalismo foi mais que umaprendizado, mas a realizaçãode um projeto de vida.
>Rafael MatosTrilhou vários caminhos parachegar ao cargo de assessor deimprensa da Unisul e professordo curso de Jornalismo.. Forma-do na primeira turma dejornalismo, Rafael trabalhoucomo diagramador, radialista erepórter televisivo. O jornalistasempre considerou a profissãoum hobby, “trabalhei muitodomingo cobrindo esporte paraa TV, mas eu não via como umemprego e sim diversão”,relembra.
>Mario Abel Bressan Jr.Professor do curso de Publicida-de e Propaganda da Unisul,campus Tubarão, Mário contaque sempre procurava algo amais do que era ensinado nauniversidade. “A família obser-vou mudanças no meu com-portamento, pois eu sempreprocurava atividades sobre ocurso dentro de casa. Por issome apoiaram”, diz. Mário. Elerecorda que na época deestudante os laboratórios e asoportunidades eram inferioresàs encontradas atualmente.“Hoje os laboratórios são maissofisticados e as oportunidadessão melhores”. Começou atrabalhar na quinta fase docurso, participando de estágios,e não parou mais. Já atuou naAgcom e hoje coordena osprojetos de conclusão do curso.
>Silvana LucasA professora de Fotografia,iniciou o curso de ComunicaçãoSocial em 1993, na Unisul deTubarão. Já fez especialização econcluiu o mestrado em 2006.Em janeiro deste ano, foi aCuba fazer um curso de especi-alização em fotografia paraaprimorar suas técnicas.Silvana conta que sempregostou de fotojornalismo.“Muitas vezes eu estava naaula e chegavam pessoasperguntando se eu podia sairpara fazer fotos”.
1997
ReformulaçãoGrade curricular deJornalismo é reformuladapara acompanhar astransformações e ocrescimento do curso.
1997
Evento estadualÉ realizada a terceira edição doEncontro Catarinense deComunicação Empresarial,integrando os campi. Alunos deTubarão apresentamdramatização de umaassessoria de imprensa.
FOTO
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GIO
RG
IA DAN
IEL
1998
IntegraçãoSemana de
Jornalismo passa para
Semana de
Comunicação Social,
integrando as duas
habilitações, com palestra
de abertura de Alexandre
Filizola, da agência McCann.
extraespecial15anosjaneiro-junho/07 9
Eventos como o Comunicação em Açãoserão realizados com maior freqüência
OAGCOM
evento “Comunicação
em ação” realizado no
Farol Shoping no dia 24
de março deste ano,
ocorreu por um motivo muito es-
pecial, a comemoração aos 15 anos
do Curso de Comunicação Social da
Unisul, Universidade do Sul de San-
ta Catarina. “É importante a inte-
ração com o público externo, com
a comunidade, pois este contato
consolida o curso”, explica a coor-
denadora do curso de Comunicação
Social, Darlete Cardoso.
A exposição dos equipamentos
durante o evento, apesar de ter sido
trabalhosa, teve um retorno impor-
tante e deve continuar. Assim como
o “Comunicação em Ação”, outros
eventos estão previstos, entre eles
o “Festival da Comunicação”, com
quatro categorias de exposição de
projetos da área, sendo duas de Jor-
nalismo e duas de Publicidade e
Propaganda, a acadêmica e a de
jovens profissionais. “O objetivo é
mostrar trabalhos de acadêmicos
em uma categoria, e outra para
profissionais, com julgamento para
cada categoria em ambos os cur-
sos”, ressalta Darlete. O Festival vai
acontecer ainda este ano, em no-
vembro. O Curso de Comunicação
Social vai sediar também o 4º En-
contro de Jornais-laboratório e o 2º
Encontro de Agências Experimen-
tais de Comunicação. O curso par-
ticipa tabém do Unisul Contexto,
que acontece de 22 a 26 de outu-
bro, com palestras e work shops.
Uma grande festa para alunos e ex-
alunos está em fase de organiza-
ção, a realizar-se em setembro, a
1ª Macarronada da Comunicação.
Sobre o conteúdo pedagógico,
para o próximo ano será implanta-
do um novo projeto, somente para
quem iniciar o curso. Aos vetera-
nos continuará a mesma grade fle-
xibilizada. As disciplinas vão mu-
dar conceitualmente. Aa coordena-
dora conta que aposta no futuro
das mídias digitais. Os conteúdos
serão ampliados e adaptados à
nova realidade social, que traz
como tendência a diversificação
dos meios de comunicação. A idéia
do projeto é associar cada vez mais
a teoria com a prática, e continuar
trabalhando a qualificação dos pro-
fessores, com foco na sala de aula.
Serão acrescentadas três disciplinas
de aperfeiçoamento, chamado nú-
cleo orientado, em que o aluno já
formado pode voltar à universida-
de para estudar, buscando atuali-
zação e maior qualificação para li-
dar com as mudanças. O curso ofe-
rece o exercício prático em rádio,
web, jornal e televisão, agência de
publicidade, através da Agcom.
TextoAdriana Duarte Silvano
EdiçãoJailson Vieira / Ramires Fernandes
o
Quinze anos de evolução,e lá vem novidades...
inovação O curso de comunicação social está inovando seucurrícular, ligando a teoria da sala de aula com a realidade do mercado
Trabalhos extra-classe: teoria e prática jornal - laboratório é uma atividade extra-classe
com o intuito de oferecer ao aluno uma visão
prática de toda a teoria que aprende em sala de aula.
Este teve edição especial sobre o aniversário do curso,
e o próximo provavelmente sai com edição normal de
8 páginas. “A interdisciplinaridade vem dando certo,
pela experiência que é rica, pois o trabalho coletivo é
similar à prática real das empresas jornalísticas”,
confirma a coordenadora desta edição do jornal-labo-
ratório, professora Andressa Fabris.
Para contar as experiências na produção do jornal,
as universidades de Santa Catarina, que possuem cur-
so de Jornalismo, resolveram promover o Encontro de
Jornais-laboratório, evento que serve para unir acadê-
micos e professores que desenvolvem a mesma ativi-
dade nas suas universidades. O primeiro encontro foi
realizado na Unisul de Pedra Branca, o segundo na
Unidavi de Rio do Sul, e a sede do encontro passado,
em 2006, foi o Instituto Superior e Centro Educacional
Luterano Bom Jesus (Ielusc), em Joinville. Neste ano, a
quarta edição do encontro, será na Unisul campus de
Tubarão em comemoração aos 15 anos do curso.
Além do jornal-laboratório, outros projetos movi-
mentam os alunos. Como diferencial, o curso possui
bolsistas na Unisul TV, canal de televisão aberta que
transmite programação da TV Cultura. A assessoria
de imprensa da universidade é outro campo de apren-
dizagem aos acadêmicos que atuam como bolsistas,
além da própria Agcom, onde alunos de Jornalismo e
Publicidade são acompanhados por professores na
realização de atividades, capacitando para o merca-
do de trabalho.
fiqueligado
>nos dias de hoje é possível se relacio-nar com estudantes de Jornalismo e Publici-dade pela internet. Há sites (blogs) que reú-nem informação e conhecimento de todos osmeios de comunicação.
>o acadêmico recebe muitas ofertas deconcursos, como o “Prêmio Editora Abril” e“Concurso Universitário de Jornalismo CNN”.São oportunidades que não podem passardesapercebidas no meio acadêmico.>a Unisul criou o SAIAC (Serviço de Aten-dimento Integrado ao Acadêmico). É lá que oaluno encontra mais informação a respeitode estágios extra-curriculares.
1998
Primeiro prêmioOs alunos Simone Silva, Luciane
Picollo, Márcio Eyng, Adriana
Borges, Elizangêla de Oliveira,
Sílvia Marceneiro e Jânia
Gomes produzem vídeo
combate ao fumo e recebem
1º lugar no 11º Set
Universitário da PUCRS.
1998
Web rádioé a primeira rádio na
internet no Brasil, criada
sob a coordenação do
então professor Nei
Manique.
10 extraespecial15anos janeiro-junho/07
1999
NovidadeAgências Experimentais
de Notícias e de
Publicidade são criadas.
São o embrião da hoje
consolidada Agcom.
Boletim ComunicAção é
criado com notícias do
curso.
Curso oferece exercícios de atuação profissionalestágio Comunicação Social alia teoria e prática na agência experimental, que congrega alunos de todos os semestres
Desde o início da Agcom, o planejamento das atividades começa na reunião de pauta
crificium confessionum mearum mcrificium confessionum mearum mcrificium confessionum
m dos motivos de dis-
cussão entre os alunos
de Comunicação Social
é a questão do estágio
curricular não ser regulamentado.
Porém como modo de suprir tais
necessidades e constituir uma
oportunidade ao estudante, a
Universidade do Sul de Santa
Catarina (Unisul), criou espa-
ços de aprendizagem, identi-
ficados como experiência ex-
tracurricular através de está-
gio. No Curso de Comunica-
ção Social, atualmente estes
espaços são supridos pela
Agência Modelo de Comuni-
cação Integrada (Agcom) e o Jor-
nal-laboratório Extra.
A primeira iniciativa foi a Web
Rádio, criada em 2 de abril de 1998
pelo professor Nei Manique, que um
ano depois se tornou coordenador
do curso. Surgiu como suporte à
disciplina de Rádio Jornalismo II,
com o nome inicial de Rádio Digi-
tal Unisul. “A idéia era midiatizar
os trabalhos dos alunos”, explica
Nei.
Inspirada no projeto da Web Rá-
dio, a Web TV começou a funcio-
nar entre 1999 e 2000, durante a
gestão de Nei.
Também em 1999 foi implanta-
da a Agcom, a agência experimen-
tal do curso que integra Jornalis-
mo e Publicidade. Com disponibili-
dade de laboratório e equipamen-
tos, os alunos de jornalismo pro-
duzem um boletim diário para a
Rádio Tubá, de Tubarão, e para a
Rádio Araranguá. São responsáveis
também pelo site Mural.com, co-
ordenado pelo professor Cláudio
Toldo, com notícias da Unisul, ar-
tigos de alunos e links para blogs.
Com a criação da Unisul TV em
2006, o curso passou a produzir
dois blocos de cinco minutos diári-
os veiculados nas edições do tele-
jornal Câmera Aberta.
Na parte de Publicidade da agên-
cia são criadas campanhas publi-
citárias, como a de lançamento da
Unisul TV, além de folders e carta-
zes. A idéia é oferecer uma oportu-
nidade de conhecimento prático do
mercado de trabalho, aproximan-
do os acadêmicos da realidade. A
aluna de jornalismo Danieli Anto-
nello, do quinto semestre, faz es-
tágio desde o primeiro. Ela conta
que iniciou na Agcom, e em segui-
da passou a estagiar na Web TV.
“As atividades realizadas compre-
endem desde a escolha da pauta,
produção, edição e montagem.
Porém poucos aproveitam essas
chances, em parte por acomoda-
ção e em outra por questões finan-
ceiras”, comenta.
Junto com Daniela, também faz
estágio o acadêmico Elvis Cam-
pagnollo, que está no sétimo
semestre. “Comecei um pou-
co tarde e estou correndo
atrás do tempo perdido”, res-
salta Elvis, que trabalhava
em uma empresa fora do
ramo jornalístico, mas em se-
tembro de 2006 deixou o em-
prego para ter um maior con-
tato com a futura profissão
através do estágio. Hoje está
na Unisul TV, que é desvinculada
do curso, mas há uma parceria en-
tre ambos.
Já o jornal Extra foi criado logo
no início do curso, seguindo orien-
tação do Ministério da Educação,
que determina que os cursos de Jor-
nalismo devem possuir um jornal-
laboratório. O professor Mauro
Meurer foi um dos primeiros su-
pervisores do jornal, que busca pro-
duzir em média quatro edições por
semestre. “A idéia é que o ritmo se
aproxime do mercado, normal-
mente a pauta é feita em uma aula,
os alunos apuram durante a sema-
na, escrevem na outra e editam na
aula seguinte”, explica Mauro.
TextoAdriana Duarte Silvano
EdiçãoFabíola Goulart / Leonardo Mendes
U
CRÉDITO DE FOTO
Na Agcom, UnisulTV,web rádio e TV,jornal-laboratório e naassessoria decomunicação da Unisulalunos aproveitam paraadquirir prática
TecnologiaRádio e TV são
recursos utilizados
pelo Curso de
Comunicação Social
para inserir os estu-
dantes nas transfor-
mações do mercado
de trabalho
>>>>>>>
15ANOSdurante
1999
PromoçãoÉ realizada a primeiraedição do Lava Car, queteve trêsedições anuais,com arrecadaçãode alimentos para aPastoral da Criançade Tubarão.
1999
Web TVÉ criada a Web TVpelo professor NeiManique, que passaa coordenador docurso.
extraespecial15anosjaneiro-junho/07 11
P
Bolsa de estudo garanteo acesso à universidade
benefício concedido pela Unisul realiza o sonho de muitos alunos
ara a acadêmica do 6º semes-
tre de Jornalismo Keith Mine-
lli, o ensino superior era um
sonho. “A maior parte da mi-
nha educação foi em escola pública e
quando os meus colegas falavam so-
bre faculdade, eu ficava calada. Acredi-
tava que o ensino superior estava fora
da minha realidade”, revela a estudan-
te. Keith, junto a outros sete alunos do
Curso de Comunicação, é uma das con-
templadas com o programa Bolsa Uni-
sul 40 anos, implantado pela universi-
dade em comemoração ao aniversário
da instituição. Mas existem outros es-
tudantes contemplados com outros ti-
pos de bolsas de estudo e de pesquisa.
Segundo o Ministério da Educação e
Cultura (MEC), apenas 30% dos jovens
brasileiros entram na universidade. A
importância de um programa de bol-
sas de estudo é beneficiar o aluno que
não tem condições de pagar uma uni-
versidade, para que ele tenha oportuni-
dades melhores no mercado de traba-
lho. “A bolsa oferecida pela Unisul foi a
oportunidade de ingressar em uma uni-
versidade e garantir um futuro profis-
sional”, reconhece a universitária Vâ-
nia Paris, do 6° semestre de Publicida-
de e Propaganda.
Vânia foi beneficiada, assim como
Keith, com a Bolsa Unisul 40 anos, dis-
tribuída em 2004. No programa, foram
destinadas 10% das vagas oferecidas
no vestibular, o que totalizou 331bol-
sas em todos os cursos de graduação
da Unisul, além de ajuda alimentícia
aos estudantes mais carentes. O aluno
que recebeu a bolsa assumiu o compro-
misso com o crédito estudantil próprio
da universidade, para realizar o paga-
mento de 50% do benefício após o tér-
mino do curso.
Na graduação em Comunicação So-
cial, do campus de Tubarão, foram aber-
tas 10 vagas, das quais hoje têm sete
acadêmicos estudando regularmente. A
universitária do 6° semestre de Jorna-
lismo Adriana Duarte foi uma das be-
neficiadas com a bolsa. “Pensava em
concluir uma graduação e quando a
oportunidade surgiu me inscrevi, mas
sem confiança de conseguir. Para mim
foi uma surpresa ver que o meu nome
constava na lista de selecionados”.
Hoje, existem outros programas de
bolsa, como “Passaporte Unisul”, e de
financiamento, “Crédito Pravaler”. As
bolsas oferecidas pela universidade aba-
tem até 50% do valor da mensalidade.
Os programas de crédito possibilitam
que o aluno parcele o curso em mais
vezes, mesmo depois de formado.
Ainda existe uma bolsa de estudo dis-
poniblizada pelo governo do estado de
Santa Catarina, o Artigo 170, que benefi-
cia alunos de famílias com renda inferior
a 1,5 mínimo per capta e que não tenha
outra graduação. São dois tipos de bolsa:
trabalho voluntário e pesquisa.
A aluna Keith Minelli é uma das contempladas com a Bolsa Unisul 40 anos e realiza o desejo de cursar Comunicação Social
Dificuldade tira alunodas salas de aula
ngressar na Universidade não requer apenas força de vontade e afinidade
com a profissão. O investimento necessário é alto. Portanto exige atenção
dobrada na hora de escolher o curso. Os acadêmicos precisam estar atentos
ao mercado de trabalho, ou podem não se agradar com a escolha e acabar
optando por uma área diferente. Todos os semestres, é comum os acadêmi-
cos mudarem o foco de estudo, não apenas por não se agradar das discipli-
nas, mas também por problemas pessoais ou até mesmo econômicos.
A aluna do curso de Turismo e Hospitalidade Joelma Josiane Turossi fre-
qüentou durante três anos o Curso de Comunicação Social. Joelma trabalhou
cinco anos em uma rádio do sul do estado. Destes, três foram como repórter
policial. Algumas diferenças entre o que aprendeu em sala de aula e a expe-
riência no dia-a-dia fizeram com que optasse pela troca de curso. Atualmente
a futura turismóloga se sente satisfeita com a decisão tomada.
O aluno deve escolher a profissão por afinidade e não apenas para
agradar aos pais e à família. Freqüentar uma universidade exige disciplina
e responsabilidade, já que muitos alunos saem da casa dos pais ou come-
çam a trabalhar.
Nem sempre o descontentamento com o curso é motivo para que os
alunos abandonem as salas de aula. O fator econômico foi decisivo para
que o ex-acadêmico de Jornalismo Fabrício Espíndola trancasse o curso. A
saída para que alguns alunos continuem os estudos é a procura por bolsas,
como o Artigo 170 ou o setor de renegociação junto ao Saiac (Serviço de
Atendimento Integral ao Acadêmico).
Doenças na família ou depressão são fatores que também colaboram
para que o aluno pare de estudar. Esses casos afetam seriamente o desem-
penho acadêmico e o estudante deve ter em mente o que é melhor, trancar
ou continuar estudando. Aline Demboski trancou o curso por problemas
pessoais. Como acredita que um sonho não deve ser abandonado, pretende
voltar no próximo semestre. “Não desanime, não desista no primeiro obs-
táculo, para alcançar o objetivo basta você querer”, acredita.
I
Depois de três anos, Joelma desiste de Jornalismo e muda para Turismo
2000
LogomarcaAgcom promove campanha paraescolha da logomarca do curso, sob acoordenação do então professorMarcelo Lessa. UNICOM é a logovencedora.
2000
InovaçãoO boletim ComunicAção étransformado em Mural.com, nasversões impressa e online, sob acoordenação do ex-professor Ivandos Santos. O projeto é do alunoGabriel Guedes, com a participaçãode Litiane Klein.
2000
FlexibilizaçãoGrade curricular é flexibilizada nocurso em Tubarão, antecipandodisciplinas práticas.
EventoÉ lancaça a primeira edição doprojeto Vídeo na Rua.
TextoDaiane Fernandes / Saimon Coelho
EdiçãoKaren Novochadlo / Kellen Baesso
O
Sucesso: mistura detrabalho, além de desafios
paixão Design é uma área que raramente cativa os alunos durante o Curso de Comunicação
jornalista João Lucas Cardo-
so, formou-se em 2004 Uni-
versidade do Sul de Santa
Catarina (Unisul), em Tuba-
rão. Durante a universidade já começa-
va o prenúncio do que viria a ser. Passou
por alguns lugares como: revista Jurídi-
ca do curso de Direito, TV Clipagem, de
Florianópolis (fazia os trabalhos da re-
gião Sul), foi bolsista (diagramador) da
Agcom e prestava assessoria de impren-
sa para a clínica Pró-Vida.
Ainda na TV Clipagem, com mais dois
amigos (Eline Campos e Sandrigo Viei-
ra), tentou montar uma espécie de agên-
cia em que o foco era o Jornalismo. Fize-
ram assessoria para a Amurel, alguns
projetos gráficos e peças publicitárias.
O jovem jornalista diz que hoje perce-
be que sempre teve um encanto pela área
gráfica. No segundo semestre da facul-
dade, adiantou a grade curricular e fez
Planejamento Gráfico com a turma do
quinto . Pensava em aprender logo para
conseguir alguns trocados diagraman-
do projetos para colegas de curso. Daí
em diante, foi tudo acontecendo natu-
ralmente.
Veio a formatura, a saída da Clipa-
gem, o fim do negócio e a viagem para a
Itália. Ficou seis meses por lá e voltou
sedento por um trabalho na área.
Em 2005, começou a trabalhar no
jornal Notisul, na criação de anúncios.
Três meses depois foi para diagramação
do na época Tribuna do Dia, hoje A Tribu-
na. Foi convidado pelo professor Ildo Sil-
va da Silva a diagramar a revista “Pho-
enix”, de 64 páginas por mês, com circu-
lação nacional. Foi um excelente “upgra-
de” na carreira.
Com o fechamento da revista nove
meses depois, mas com a grande experi-
ência adquirida, João Lucas saiu do Jor-
nal Tribuna do Dia e partiu para mais
outra etapa da sua carreira profissional,
como “free lancer”.
Com a experiência e bagagem no cur-
rículo, veio o convite e a execução do
redesenho do projeto gráfico do jornal A
Tribuna. Uma proposta de emprego es-
tável como redator publicitário na Id-
com Comunicação fez o jornalista dei-
xar os freelas de lado.
Reconhecido como um bom diagra-
mador e por aceitar desafios, foi convi-
dado pelo radialista e colunista esporti-
vo João Nassif, de Criciúma, para dia-
gramar um novo produto jornalístico no
mercado criciumense, a pioneira revista
A Bola. “O trabalho começou e de cara
emperrou por falta de um editor que desse
TextoAlice Botega
EdiçãoGustavo Colle
12 extraespecial15anos janeiro-junho/07
João Lucas Cardoso se apaixonou por planejamento gráfico desde o início do curso
ALICE BOTEGA
>Cláudia Fomentin formou-
se em Jornalismo em 2001 e como
outros alunos também fez estágio no
Portal da Unisul.
Cláudia conta que teve a idéia de
fazer o Projeto Experimental de Jornal
para o Colégio Dehon: “meu projeto foi
um jornal foi voltado para as ativida-
des do colégio, um informativo para
>Gabriel Silva é formado em
Publicidade e Propaganda desde
2005. Trabalhou no extinto Bureau
de Comunicação da Unisul. Depois
foi convidado para trabalhar com
amigos na agência de web site
Virtual Fusion. “Dentro da Virtual surgiu
uma necessidade de mercado. Os
clientes que contratavam a empresa
para fazer um site sempre pergunta-
vam se conhecíamos uma agência
de Publicidade. Então tivemos a idéia
de montar uma empresa para suprir
essa necessidade e criamos a Voice
Comunicação”, comenta Gabriel.
A Voice Comunicação é integrante da
Incubadora CRIE. “Recebemos apoio,
utilizamos a estrutura como auxílio
administrativo e laboratórios”, explica.
O publicitário diz que o mercado de
trabalho oferece muitas chances e a
pessoa que se empenha sempre
terá espaço.
>Denise de Medeiros
Formada em Publicidade e Propa-
ganda desde 2002. Pós-graduada
em Fotografia pela Universidade
Estadual de Londrina, Denise
Medeiros trabalha na área de
criação e produção há seis anos.
Ainda estudante trabalhou no Foto
Vieira com restauração fotográfica e
estagiou no laboratório de fotografia
da Unisul. Entre as várias atividades
realizadas, trabalhou na CAF Produ-
ções com produção de vídeo e foi
proprietária de um estúdio de fotos.
Atualmente trabalha na Produtora
Ilimitada, onde é cinegrafista, e na
Unisul TV, apresentando e produzin-
do o programa musical Clip Aqui.
“Tem que fazer bastante estágio,
procurar todas as áreas da profis-
são, ler muito. O estágio nos propor-
ciona a prática, nos coloca dentro
do mercado”, diz Denise, que agora
cursa Jornalismo.
os pais e alunos. O mais importante
foi que a diretora Erly Popoaski
aprovou o meu projeto e publicou já o
primeiro”, diz.
Segundo Cláudia, o projeto foi muito
gratificante e rendeu um contrato
para trabalhar com a comunicação do
Dehon. Ela explica que os bons
professores ajudaram em sua forma-
ção profissional, e diz que é sempre
bom escutá-los. “Durante o curso
tivemos ótimos professores, mas um
dos que marcaram foi professor Valmir
dos Passos. Ele era exigente e fez
mudar alguma coisa dentro de min.
Mostrou que as coisas não aconte-
cem separadas. Tem que ler muito e
ter conhecimento holístico”, relata.
>Vera Lúcia Bonfante
Formada em Jornalismo em março de
2002, trabalhou como repórter em
diversos jornais, assessoria de impren-
sa, no arquivo de imagens da RBS TV
em Florianópolis e hoje faz a produção
do programa Falando Abertamente da
TVCOM (canal de TV a cabo da RBS).
“Trabalhar no arquivo foi uma experiên-
cia única. Lá tive conhecimentos dos
mais diversos, de política à cultura. É
um trabalho que acaba ficando
rotineiro, mas serviu como experiência”.
Vera lembra dos bons tempos de
faculdade e admite que poderia ter
aproveitado mais. “Se eu fosse para a
faculdade hoje, minha visão seria
diferente, saberia dar mais valor”.
A jornalista diz que o mercado de
trabalho é muito amplo e que conse-
guiu trabalho antes mesmo de receber
a colação de grau. “Quando se tem
paixão pelo que se faz, acho que tudo
vale a pena. Eu amo o que eu faço.
Mas, se fosse pensar no lado financei-
ro da profissão, acho que diria que
não! E hoje escolheria outro curso”, diz.
Computador, telefone, caneta, papel e agenda são ferramentas importantes para Baraúna no dia-a-dia de seu trabalho como editor no jornal Hora de Santa Catarina
extraespecial15anosjaneiro-junho/07 13
conta do recado. Chamei a responsabili-
dade para mim”, diz.
Apaixonado por revistas desde os pri-
meiros semestres na universidade, João
Lucas conta que adorou a combinação
revista + esporte + desafio + pionei-
rismo. Porém, a publicidade não ficou
de lado, João Lucas cursou algumas dis-
ciplinas e também desenvolve campa-
nhas e trabalha como birô de criação
para uma empresa de amigos em Tor-
res.
Alice Botega - O que marcou no seu
tempo de estu-
dante?
João Lucas -
Algo que certa-
mente marcou
meus quatro
anos pelo Cettal
foi o fato de em
várias situa-
ções deixar de
ser João Lucas
para carregar o peso de ser “o filho da
Darlete”. Obviamente é um prazer ser
filho de uma mulher respeitadíssima, ba-
talhadora e bem-quista por todos, po-
rém lembro de sofrer com algumas situ-
ações com professores e colegas. Já hou-
ve de receber notas inferiores pelo moti-
vo de ser filho dela e, portanto, meu pa-
drão deveria estar acima em relação ao
dos companheiros de classe. Também já
ocorreu de ser mal visto por colegas.
A.B. - Uma dica para quem está
começando?
J. L. - É ir além. Muita pesquisa. Bus-
que os expoentes da área do setor. E tudo
isso, creio, passa pela leitura. Mesmo
trabalhando mais com o visual, são dos
mais diversos livros, da área ou não, que
tiro muitas idéias.
A.B. - Como é o mundo gráfico?
J. L. - Diagramador é quem trabalha
as variáveis de um projeto gráfico e as
aplica numa de-
terminada pu-
blicação.
Projetista grá-
fico é quem faz
os projetos grá-
ficos, mas não é
o diagramador
deles.
Designer é
quem cria com
base em um projeto gráfico.
Hoje não sou diagramador, sou de-
signer, projetista gráfico. A diagrama-
ção é muito limitada. Quero ir além. Só
voltaria a ser diagramador se fosse para
uma grande revista, um grande jornal
nacional ou do exterior, onde um dia
voltarei a morar.
Sem medo de arriscartualmente editor-chefe do jor-
nal Hora de Santa Catarina, Gi-
ancarlo Baraúna relembra os tempos
dos bancos universitários e se orgu-
lha de sua escalada profissional.
Com 17 anos, cursou quatro semes-
tres na faculdade de Engenharia de
Agrimensura em Criciúma. Durante
esse período Giancarlo conta que foi
trabalhar na rádio 96 FM de Morro
da Fumaça como locutor. Lá teve
duas paixões: por Kênia, sua esposa,
e pela comunicação.
Após um ano, foi para a rádio El-
dorado AM de Criciúma, onde teve
contato com a reportagem, com o
Jornalismo. E então, trocou a enge-
nharia pela comunicação e nunca
mais parou.
Em 1995 ingressou no curso de Jor-
nalismo da Universidade do Sul de
Santa Catarina (Unisul), formou-se em
1999, concluiu pós-graduação em
2002. “Naquele tempo quando come-
cei era bem diferente. Não tinha in-
ternet. Era professor, aluno e biblio-
teca. Tinha que ir buscar. Só o conhe-
cimento da universidade não dava
para concorrer com o mercado. Quem
não tivesse espírito empreendedor
ficaria para trás”, diz.
Ainda na época de estudante em
1997, Baraúna criou três jornais que
circulavam nas cidades de: Nova Ve-
neza (Tribuna Di Veneza), Treze de Maio
(Tribuna 13) e em Forquilhinha (Tribu-
na Forquilhinha).
Quando ia montar o quarto jornal
foi convidado para trabalhar no jor-
nal da Manhã de Criciúma. Aceitou o
convite. Foi repórter policial, passou
por todas as editorias, foi chefe de
reportagem e editor-chefe. Fez até co-
bertura internacional.
Pediu demissão do Jornal da Ma-
nhã e arriscou uma vaga no Diário
Catarinense como frila, no caderno de
verão.
Em 2003, Giancarlo foi contratado
para trabalhar na editoria de política
como repórter. Passou a ser coorde-
nador de reportagem na editoria ge-
ral e, em 2006, foi convidado para
assumir o cargo de editor-chefe do
jornal Hora de Santa Catarina, hoje o
segundo jornal mais vendido do esta-
do. “Tem que buscar mais, não pode
ficar esperando. Criatividade, conhe-
cimento e informação são essenci-
ais”, aconselha Baraúna.
a
“Tudo passa pelaleitura. Mesmotrabalhando mais como visual, são dos maisdiversos livros, da áreaou não, que tiro muitasidéias.”
>Juliana Neves Formada em
Jornalismo em 1999. Pós-graduada em
Comunicação Social pela Unisul. Ela
conta que em sua trajetória profissio-
nal, ainda como estudante iniciou
estágio na Assessoria de Comunica-
ção da Unisul e após um ano foi
contratada pela universidade para
continuar na atividade.
Atualmente trabalha no Sistema
Integrado de Comunicação (SIC) da
Unisul onde escreve textos para os
veículos de comunicação da universi-
dade como: jornal e revista. Também
é a editora de notícias do portal da
universidade. Juliana conta que
quando estava na faculdade sempre
pensava em trabalhar com mídia
impressa. “Jornalismo online naquela
época, não era muito falado. O leitor
que se habitua ao computador
raramente pega um jornal. A web é
um mercado infinito com espaço para
mostrar o seu trabalho”, comenta.
O recado que Juliana deixa para os
futuros colegas é a busca pela
experiência profissional.
>Fábio Cadorin formou-se
em jornalismo em 2002 pela Unisul.
Trabalhou como estagiário durante
todo o período que estudou na
universidade.
Depois de formado foi para o jornal
Notisul, atuou na assessoria de
imprensa da Prefeitura de Tubarão e,
desde setembro de 2006, apresenta
o telejornal Câmera Aberta 1ª Edição
da Unisul TV. Também produz e
apresenta o programa Cultura Local
na emissora. Cadorin conta que a
universidade lhe proporcionou boas
oportunidades. “O ambiente universi-
tário me colocou no mundo cultural e
isso contribuiu muito para minha
formação”, afirma. O recado que o
jovem profissional deixa para quem
está começando é: “dedique-se
muito, é preciso investir em si próprio,
em conhecimento, por mais especifi-
ca que seja a sua área, tem que ter
muito conhecimento” comenta.
>Luciane Cardoso Formada
em 2004 pelo curso de Publicidade
e Propaganda. Já trabalhou em
agências de Publicidade de Tubarão
e Criciúma.
Atualmente é uma das sócias da
Voice Comunicação em Tubarão,
onde é a diretora de arte e trabalha
na parte de criação.
“O diferencial da Voice Comunicação
é a criação e a programação.
Desenvolvemos tudo, sem terceiri-
zação”, explica a publicitária.
Segundo ela, o que falta para o
mercado são profissionais que
dominem alguns programas de
computador específicos para o setor
publicitário, como Corel Draw e Photo
Shop. Ela explica que todo profissio-
nal da Publicidade precisa dominar
estas ferramentas. “Isso é o básico
da criação, o mercado está preci-
sando de bons profissionais que
criem”, diz.
>Gabriela dos SantosPereira formada em Publicidade
Propaganda vê um mercado de
trabalho cheio de perspectivas.
Formada em 2002, a publicitária diz
que começou a trabalhar na Damyller,
na área de vendas, quando estava no
2º semestre. “Consegui enxergar um
futuro na área de Marketing. Fizemos
um projeto e foi aceito. Comecei então
a trabalhar nesta área que ainda não
tinha um setor dentro da empresa. O
desafio foi criá-lo”, explica Gabriela.
Mesmo ganhando menos, arriscou a
troca, pois fazia o que gostava. A dica
da publicitária é: “correr atrás dos
sonhos. O aluno tem que se dar
oportunidade, tem que ter força de
vontade, não pode ficar esperando.
Tem que fazer acontecer”, diz. Segundo
Gabriela, o mercado da região ainda
tem muito a ser explorado na área de
Marketing Publicitário. “Vejo um merca-
do para profissionais de Marketing nas
indústrias. Então, acho que os estu-
dantes não devem pensar apenas nas
agências”, completa.
14 extraespecial15anos janeiro-junho/07
2000
PropagandaCurso realiza o 1º Salão Sul Catarinen-
se de Propaganda, em parceria com a
RBS e o Sindicato das Agências de
Publicidade do sul do Estado.
15ANOSdurante
ARQ
UIV
O: G
RAZIELA
BEZ B
ATTI
Adaptações na busca pelo sucessocomeço Primeira turma conviveu com problemas de falta de estrutura e na prática encontrou as soluções para o curso
eceio, vontade, inexperiên-
cia, preconceito, ânimo,
determinação. Fracasso e
sucesso. Começar nem
sempre é fácil. Este turbilhão de coisas
acontece ao mesmo tempo. Foi assim
na Unisul de Tubarão, com a implanta-
ção do curso de Jornalismo em 1992 e
de Publicidade e Propaganda em 1997.
A lembrança da primeira turma é de
problemas. “Passamos por muitas di-
ficuldades”, recorda o publicitário San-
dro Fabrício Ramos. Ele conta que a
falta de equipamentos e o despreparo
de alguns professores pesou. “A univer-
sidade se esforçava, mas na região não
tinha publicitários formados que tives-
sem experiência”, conta Carlos Eduar-
do dos Santos, também da turma de
Publicidade.
Havia uma troca constante de pro-
fessores. Quando o educador não se
adaptava à turma ele era substituído.
O coordenador à época era o jornalista
Nei Manique. Carlos Eduardo lembra
que existia uma preocupação com o
aprimoramento. “Ele se mobilizava
para fazer com que o curso agradasse e
oferece condições ao aluno”.
Alguns professores recém-formados
chamavam atenção. “Eles surpreende-
ram em relação aos que tinham uma
certa bagagem, conseguiam transfor-
mar aulas maçantes em gostosas”,
admite Sandro. Conforme os alunos,
estes poucos profissionais promoveram
um bom resultado final ao curso.
Alguns educadores ainda estão na
memória dos alunos. O início aconte-
ceu com a professora Verônica Motta.
Outros vieram, entre eles, Eduardo Bú-
rigo, de Sociologia, Ameline Mussi, de
Português, Marcelo Lessa, de Redação,
e Jane Knabben, de Psicologia.
Acadêmico que até pouco tempo mi-
nistrava uma disciplina nos cursos de
Jornalismo e Publicidade e Propaganda
e integrou a primeira turma é José Hen-
rique de Souza. Na Unisul se formou em
Jornalismo. Zé Henrique também recor-
da que na época não haviam muitos
profissionais na área e alguns acumu-
lavam funções. Ele lembra de “Sopey
Haiakawa, um japonês que dava aula
de telejornalismo”. Desta forma, ven-
cendo os desafios do começo, tropeçan-
do e aprendendo com os erros, muitos
dos alunos de Jornalismo e de Publici-
dade e Propaganda superaram os fra-
cassos e chegaram ao sucesso.
TextoBibiana Pignatel
EdiçãoAltair Magagnin Júnior
R
Pioneiros de Publicidade e
Propaganda enfrentaram
problemas, mas foram buscar
as soluções com união
>alguns professoresficaram na lembrançados primeiros alunospelo profissionalismo,transformando aulasmaçantes emgostosas.
>implantação docurso de Publicidadee Propagandaenfrentou a falta deprofissionais comformação acadêmicapara dar aulas
2001
FormaturaPrimeira turma de
Publicidade e
Propaganda colam
grau e trabalham pela
profissionalização do
mercado.
2001
ReformaLaboratórios de Rádio e
TV mudam do bloco F
para o G. Rádio ganha
dois laboratórios e
estúdios de TV são
ampliados.
2002
ApoioCriadas as supervisões de Jornalismo
e de Publicidade, com as professoras
Darlete Cardoso e Teresinha Silveira,
respectivamente, à frente, sob a
coordenação de Isaac Rodrigues
extraespecial15anosjaneiro-junho/07 15
Desbravadores na área de Comunicaçãopioneirismo Ousadia e persistência das primeiras turmas resistem às precariedades de laboratórios, materiais e livros
Desde os primórdios do cur-
so de Jornalismo na Uni-
sul as reivindicações dos
estudantes para a coorde-
nação eram resolvidas de forma fun-
cional. “Chamávamos na época o pro-
fessor Laudelino Santos Neto, que pos-
teriormente ia até o professor Gérson,
que era pró-reitor, para saber a situa-
ção do curso”, conta o ex-aluno Zé
Henrique.
O curso tinha uma estrutura ainda pe-
quena e os laboratórios necessários
demoraram a ser implantados. A pri-
meira turma, como geralmente acon-
tece na implantação de um curso, é a
mais prejudicada nas aulas práticas.
Já para Graziela Bez Batti, da pri-
meira turma de Publicidade, além da
dificuldade com os laboratórios, fal-
tavam livros, e projetos experimen-
tais ou monografias para nos basear.
“Tivemos que ir em busca de manu-
ais de rádio e televisão, pois não tí-
nhamos de onde partir”, lembra.
“A gente não tinha em quem se es-
pelhar, fomos na cara e na coragem”,
confirma outra ex-aluna de Jornalis-
mo, Isabela Faraco Siqueira. Segundo
ela, a banca foi um tanto diferente de
como é hoje. “Nós tínhamos uma es-
pécie de sabatina e quando estava
quase acabando, a orientadora nos
colocou numa mesa e começou a per-
guntar sobre como tínhamos feito,
como foi o processo de pesquisa, de
coleta de dados”. Isto com toda a tur-
ma reunida.
“Era tudo muito difícil. Hoje você
vê a universidade e o curso mais mo-
dernizados. Na época, nós pegamos
uma câmera top de linha Beta Cam e
Super V. Dividíamos computadores
com a turma de Ciência da Computa-
ção, com Jornalismo e com a outra
turma de Publicidade que veio de-
pois”, relata Sandro Ramos.
As turmas de Jornalismo e de Publi-
cidade e Propaganda, no início do cur-
so, eram bem grandes, de acordo com
o professor Rafael Matos. Até no se-
gundo semestre a turma tinha 60 alu-
nos. “Depois cada um foi tomando o
seu caminho, os persistentes foram
ficando, e na formatura éramos em
25”. Segundo Rafael, a primeira tur-
ma de Jornalismo era muito unida,
mas algumas brigas aconteciam de
vez em quando. “Brigas saudáveis,
pois o pessoal era muito opinioso”,
garante. “Nós éramos a primeira tur-
ma e precisávamos batalhar pelos la-
boratórios. Era a única maneira de
conseguir uma boa formação”, argu-
menta Rafael. Conta ele que a turma
nunca teve uma sala de redação, nem
mesmo máquinas de escrever foram
possíveis. “Foi algo que não me fez
falta, mas poderia ter facilitado nos-
so trabalho”.
O laboratório de foto foi uma das
primeiras conquistas. “Tivemos Foto-
jornalismo I onde toda a teoria foi
dada e quando chegou em Fotojorna-
lismo II entramos num acordo com a
coordenação e fizemos no outro se-
mestre para utilizar o laboratório”
relata Rafael.
O laboratório de rádio, por exem-
plo, só ficou pronto na época dos pro-
jetos. “Quem tinha disponibilidade
durante o dia, podia usar o laborató-
rio para compensar as aulas práticas
que a gente não teve”, conta. Com a
falta de laboratórios, os alunos da
primeira turma corriam atrás do pre-
juízo. Um exemplo foi um programa
de rádio que a turma decidiu fazer e
usou os estúdios da Rádio Difusora de
Imbituba depois que encerrou sua pro-
gramação às 22 horas.
TextoBibiana Pignatel
EdiçãoAna Maria Lima
Apuros enfrentados na rotina acadêmicaalvo as dificuldades, muitas his-
tórias engraçadas fazem parte das
boas lembranças dos ex-alunos.
O Porto de Imbituba, onde a profes-
sora Darlete trabalhou por muito tem-
po, era proprietário de uma emissora
de rádio. “A gente reunia a equipe: o
Rafael, a Lanimar, que é professora aqui,
a Andréia, que hoje mora em São Paulo
e a Sílvia Zarbato. Sempre fazíamos tra-
balhos juntos”, conta Darlete. “Lembro
que a rádio cedeu o estúdio, mas so-
mente quando estivesse fora do ar”, diz
o professor Rafael Matos. Os colegas
se hospedavam na casa de Darlete e
depois das 10 da noite, todos íam para
a rádio. Conclusão: passavam a noite
toda gravando e saím de lá às 4 da
madrugada. Darlete conta que muitas
vezes, levava os filhos consigo quando
ia realizar os trabalhos de classe. “E
nessa noite, dormiram no chão, sobre
a jaqueta do Rafael. Hoje a gente ri da
situação”, recorda.
Noutra oportunidade, a mesma equi-
pe realizou um projeto de televisão so-
bre o Rio Tubarão. Filmaram desde a
nascente, onde a água era límpida e
gelada. A “cobaia” da vez foi o João
Lucas, hoje também formado em Jor-
nalismo e que na época tinha 9 anos.
Deu um belo mergulho, “pegou uma
s gripe danada”, segundo Rafael, e por
fim, descobriram que a câmera estava
sem bateria. Resultado: tiveram que
fazer tudo de novo.
Logo os estudantes fundaram o Caju
(Centro Acadêmico de Jornalismo da
Unisul). O professor Rafael Matos con-
ta que havia o Prêmio Caju de Qualida-
de, que elegia por méritos acadêmicos
os melhores alunos de cada turma e os
melhores professores. Para José Henri-
que de Souza, que foi presidente e vice
da entidade, o prêmio CAJU marcou uma
época. “De lá pra cá, nunca mais ouvi
falar que os alunos se reuniram para
fazer este tipo de escolha”, diz.
ARQUIVO: MARISTELA BENEDET
Na memória da primeira turma de Jornalismo estão as lutas por melhorias no curso, além de boas histórias de aulas e trabalhos
2003
RetornoCurso promove a 8ª Semana Acadêmica deComunicação Social, depois de um períodosem realizá-la e traz na abertura o professorda Usp Clóvis de Barros Filho, e noencerramento, Geraldo Canalli. É publicadaedição especial do Extra!, sob a coordenaçãodo professor Mauro Meurer.
16 extraespecial15anos janeiro-junho/07
Conhecimento passa sercompartilhado entre osjornalistas e publicitários
integraçãoAulas compartilhadas
já geraram polêmica
entre alunos de
Comunicação Social.
Afinal, é importante a
troca de experiência
entre alunos de
Publicidade e
Propaganda e
Jornalismo?
Compartilhar: repartir, divi-
dir. Estes são alguns dos sig-
nificados que o dicionário
brasileiro nos explica e nos
traduz em poucas palavras. E compar-
tilhar uma aula como será? Será que
todos tem a mesma opinião com rela-
ção a este assunto? Os professores e
alunos, o que acham?
Para a acadêmica do 7º semestre de
Publicidade e Propaganda, Elaine Fra-
mento, existe os dois lados da ques-
tão. “Ter aulas compartilhadas têm
seus pontos positivos e negativos. O
interessante em uma experiência como
essa, é que o conteúdo das aulas traz
um pouco das duas visões, seja ela
publicitária ou jornalística. Já o nega-
tivo é que uma turma acaba dominan-
do o assunto mais que a outra tur-
ma”, diz Elaine. Algumas matérias do
curso são comparti-
lhadas, como é o
caso das disciplinas
de Língua Portugue-
sa, Estética e Cultu-
ra de Massa, Teoria
da Comunicação, Co-
municação Empresa-
rial, Realidade Socioeconômica e Polí-
tica Brasileira e Regional, Comunica-
ção Comparada, Planejamento em Co-
municação e Epistemologia.
Segundo o professor de Teoria da Co-
municação, Mario Abel Bressan, o me-
lhor das aulas compartilhadas é a inte-
ração e a troca de idéias, assim como a
diversidade torna a aula bastante pro-
dutiva. “Somente há um pouco de difi-
culdade quando as turmas são de se-
mestres diferentes. Um exemplo são os
alunos do 5º semestre de Jornalismo
fazendo aulas com acadêmicos do 7°
semestre de Publicidade. O ideal seria
se as turmas tivessem o mesmo nível
semestral”, acredita Mário.
Para o estudante da 7ª fase de Jor-
nalismo, Tiago Brunelli, a integração
entre os alunos torna o ambiente mais
alegre e descontraído. Mas a bagagem
teórica diferente dificulta um pouco.
“Só o que atrapalha, às vezes, é o fato
de nem todos conseguirem expressar
uma opinião sobre um mesmo assun-
to, já que alguns possuem maior do-
mínio sobre determinado tema”, co-
menta Brunelli.
As vantagens do compartilha-
mento é a interdiciplinaridade, é co-
nhecer as variadas formas da comu-
nicação. A aluna de
Publicidade, Tuany
Fraga, argumenta
que tanto Publicida-
de quanto Jornalismo
podem andar lado a
lado, pois um depen-
de do outro para sua
sobrevivência. “Aliando o conhecimen-
to das duas áreas, o futuro profissio-
nal entra no mercado de trabalho com
dinamismo e perseverança, e quem
tem a ganhar são os clientes”, afirma
Tuany.
TextoSaimon Coelho
EdiçãoCarine Bergmann
11disciplinasgeralmente sãocompartilhadas. Elasauxiliam o profissional.
Apesar da resistência inicial, alunos de Jornalismo e de Publicidade acabam descobrindo o que as duas áreas têm em comum
Assim como a união da
turma, é importante existi-
rem as aulas compartilhadas, pois
além do hiato natural entre Jornalismo
e Publicidade, trabalha-se a noção de
comunicação integrada. É o profissional
da comunicação conhecendo além de
sua área específica.Ronaldo Sant’ AnnaProf. Planejamento de Comunicação
“Acho que as aulas
compartilhadas prejudi-
cam os alunos, pois além de as
salas de aula ficarem bastante
cheias, sinto que um ou outro lado
fica prejudicado, já que não dá para
contextualizar a aula com as duas
habilitações a todo o momento.Thaís Ramos8ª semestre, Jornalismo.
“Acho interessante
porque dá para ter
a idéia de como colegas de
diferentes profissões e do
mesmo curso, no caso
comunicação, pensam e
trocam conhecimentos
diferentes.Filipe Zingano5 º semestre, Publicidade.
“
SILVANA LUCAS
15ANOSdurante
2005
Ex-alunosEncontro com o Mercado, uma dasatividades da 10ª SemanaAcadêmica, agrada aos estudantes,com a presença de ex-alunos quecontam suas experiências nomercado de trabalho e relembramos tempos da faculdade.
2004
ConselhosSão criados os Conselhosde Professores e deAlunos, como projeto dequalificação pedagógica.
meio jornalístico é repleto de bar-
reiras, para formados e estudan-
tes. Quem ainda está na faculdade tem
grande dificuldade na busca por estági-
os, legalmente eles são proibidos em
Jornalismo. Depois da graduação a ba-
talha se trava entre aqueles que saíram
dos bancos de universidades e “profissi-
onais” que simplesmente pela prática so-
brevivem de comunicação.
Em defesa dos direitos dos jornalis-
tas, lutando por salários mais justos e
por condições dignas de trabalho, estão
o Sindicato dos Jornalistas e a Federação
Nacional dos Jornalistas, a Fenaj. Na jus-
tiça e pela força das entidades, ações
buscam instituir o estágio e limitar a
ação de quem trabalha sem formação
acadêmica ou registro junto ao Ministé-
rio do Trabalho.
Aos alunos que buscam o primeiro
emprego, o discurso é sempre muito
parecido: é preciso experiência. Com
isso, a primeira oportunidade dificilmen-
te é dada. O estágio em Jornalismo é
proibido por lei.
Uma das preo-
cupações é com
a reserva de
mercado. Diz a
lei do Progra-
ma Nacional de
Projetos de Es-
tágio Acadêmi-
co que o estágio deve se desenvolver sob
a orientação de professores, unicamen-
te voltado ao aprendizado do aluno. “O
estudante estagiário não pode substituir
extraespecial15anosjaneiro-junho/07 17
Concorrência e lei dificultam a primeira chanceo jornalista no mercado”, prescreve a lei.
Mesmo assim, ainda na faculdade,
muitos conseguem trabalho. Para che-
gar à vaga e permanecer nela é preciso
vontade e personalidade. O professor e
suplente do conselho fiscal do Sindicato
dos Jornalistas, Rafael Matos, ensina que
os trabalhos acadêmicos são boas mos-
tras do potencial do futuro empregado.
Contudo, eles precisam ser bem feitos.
“Você vai ter o seu projeto de jornal para
mostrar. Aí se ‘faz meia boca, para tirar
um sete’, não vai servir. Um bom traba-
lho serve como portfólio”, garante.
Em relação ao esforço que o acadêmi-
co tem que ter, o jornalista e professor
Laudelino José Sardá pondera: “se a pes-
soa se forma em Jornalismo para ser
igual aos outros que já existem no mer-
cado, vai ter dificuldade. O grande desa-
fio é ser diferente”.
Para alguns estudantes as questões
em relação ao estágio são revoltantes. O
acadêmico do 6º semestre Lucas Azeve-
do Borges relaciona a lei que proíbe o
estágio com a
época da dita-
dura. “Acho que
os cursos onde
o estágio é obri-
gatório, como
arquitetura,
medicina, são
cursos que que-
rem formar bons acadêmicos e conse-
qüentemente bons profissionais”.
Conforme Matos, o Sindicato dos Jor-
nalistas e a Fenaj já tentam, na justiça,
o
Professores do curso motivam os estudantes a aproveitar as oportunidades práticas oferecidas pela própria universidade
flexibilizar as leis do estágio. “Alguns
acordos estão sendo feitos com empre-
sas que formalizam o pedido de está-
gio”, informa. Em emissoras de rádio, a
situação é um pouco diferente, muitos
alunos conseguem vaga. Essa situação
denota outro problema, o rádio é feito,
em sua maioria, por pessoas sem for-
mação acadêmica.
Há alguns anos, muitos profissionais
iniciavam suas atividades em comuni-
cação sem terem realizado qualquer
curso em faculdades. Através da práti-
ca aprenderam e fizeram a sua vida nes-
te setor e conseguiam registros profissi-
onais. Para a atual geração, o registro
não é expedido sem que exista a com-
provação de um curso de habilitação
para a área. Matos confirma que “mui-
tos juízes dão ganho de causa para
quem não tem direito”. As entidades
organizadas fiscalizam e tentam ame-
nizar este problema.
De qualquer forma, estudantes ou
formados, registrados ou não, podem
se tranqüilizar pois existem muitas va-
gas e o mercado está em expansão,
como argumenta Sardá. Contudo, é pre-
ciso ter consciência de que somente os
mais bem preparados alcançam o su-
cesso. “Hoje em dia o jornalista tem que
saber fazer o máximo que puder, escre-
ver, fotografar, diagramar e editar”, ar-
gumenta a editora chefe do jornal Noti-
sul Priscila Loch. Portanto, na arte do
jornalismo, muita preparação e força,
para vencer a concorrência, que nem
sempre é leal.
experiêncianoexterior
>conhecer as leis que fazem parte da categoria do jornalista é muito
importante quando se tem o conhecimento também da cultura de outro país,
comparando-se as diferenças existentes na mesma profissão. Em Portugal
algumas leis mudam. O estágio é obrigatório, por exemplo. O jornalista Ézio
Gomes, formado na Unisul de Tubarão, que hoje atua na área comercial, como
Diretor de Marketing em Portugal, explica algumas definições da área. “O
sindicato é mais forte, mais organizado, porém com um imposto bem significati-
vo. É cobrado um percentual na folha de pagamento. Possui uma “caixa” de
saúde própria, funcionando como um plano de saúde e aposentadoria privada”.
Por se tratar de outro país, os costumes e cultura são diferentes. “O português
de Portugal é muito diferente do brasileiro. O significado e os sinônimos das
palavras mudam muito. As regras gramaticais também. Foi necessário reapren-
der redação e estilo, conhecer a cultura e costumes”, comenta Gomes.
Na questão do estágio ser obrigatório, Gomes ressalta algumas disposições:
“o estágio nunca deveria ser utilizado como forma de diminuir a folha de
pagamento do quadro profissional da empresa. Acho que o estagiário deveria
ser subsidiado pela instituição de ensino, ou por algum órgão governamental,
para garantir sua subsistência durante a formação. Nunca gerido pela empresa
fornecedora da vaga do estágio”. Por outro lado, a exploração é evidente
quando se trata da questão do estágio dentro das empresas. “Sistematicamen-
te vemos estudantes sendo usados como profissionais temporários nas
empresas, como se fossem empregados contratados, muitas vezes em regime
de semi-escravidão”.
O profissional Gomes esclarece que no momento em que ele cursava a
faculdade, a mesma ainda se encontrava em um estágio embrionário, mas
grande parte do sucesso depende muito do aluno, vontade e dedicação. Para
ele, o maior empecilho são os salários baixos e as horas extras intermináveis
sem remuneração. Ainda existem pessoas que passam uma boa imagem
profissional, quando na verdade não são. “Eu conheço ótimos, maravilhosos
jornalistas práticos. E conheço medíocres jornalistas doutores em jornalismo”
acrescenta Gomes.
Aprender com outro país pode nos
aproximar da nossa própria realida-
de, dando mais valor à profissão,
reivindicando os direitos, exigindo
soluções e buscando aquilo que
pode ser aperfeiçoado. “Eu
costumo dizer que, se o jornalista
conhece bem os idiomas, é um
profissional universal sem
fronteiras. Porém para atuar num
outro país, também é necessário ter
um bom conhecimento da cultura e
costumes locais”,
afirma Gomes.
REGISTRO PROFISSIONAL1. Fotocópia do diploma do curso decomunicação, autenticado;2. Fotocópia da Carteira de Identidade e docartão de CPF, ambos autenticados;3. Declaração de bons antecedentes;4. Requerimento ao delegado da DRT/SC5. Carteira de trabalho.
Brasil e Portugal
Ézio Gomes vive etrabalha em solo lusitano
2006
RevoluçãoLaboratórios gráfico, deRádio e de TV sãoreformulados e adotamtecnologia digital. Alunosoperam ilhas de ediçãode vídeo e de áudio.
2006
CampanhaAlunos organizamcampanha dearrecadação de leite parainternos do Abrigo deVelhinhos de Tubarão.Mais de 400 litros sãoarrecadados.
2006
Causa socialProjetos Experimentais dePublicidade adotam temassociais. Abrigo de Velhinhos eApae ganham campanhasintegradas de comunicação. Em2007, o aquecimento global foitema dos projetos de alunos.
PROFISSIONAIS
O MERCADO
>Diferentes estados, diferentes
situações. A realidade do mercado
jornalístico é diferente em cada
estado brasileiro, com pisos e
condições de trabalho distintos.
18 extraespecial15anos janeiro-junho/07
Estudantes de Redação Jornalística 3 participaram de um debate sobre o mercado de trabalho com dois jornalistas e dois publicitários que atuam no sul do Estado
Universidade une teoria e práticacarreira Estudantes de Comunicação Social trocam idéias com profissionais do mercado regional
TextoEmanuela da Silva
EdiçãoAndré Leandro
O
1.010reaisé o piso do jornalista em Santa
Catarina no biênio 2005/2006. Um
novo valor está sendo negociado
525reaisé o salário base pago para profissio-
nais de rádio e TV de Recife, Olinda,
Caruaru e Petrolina, no estado de
Pernambuco.
>em alguns estados, como a Bahia e o Pernambuco, as negocia-
ções em cada veículo é realizada de forma separada. Em Pernam-
buco, por exemplo, enquanto o Diário de Pernambuco paga R$
1.315,00, o Jornal do Commercio paga R$ 903,00. O maior piso
salarial no Brasil é pago na cidade do Rio de Janeiro, R$ 3.233,00.
Para outros municípios fluminenses, há uma tabela diferenciada por
número de habitante.
Hoje em dia ospapéis do profissionalde jornalismo epublicidade têm queser casados.
s alunos da sexta fase de
Jornalismo e de Publicida-
de tiveram a oportunida-
de de ouvir e trocar expe-
riências com quatro profissionais atu-
antes na imprensa da região. Sandro
Fabrício Ramos, Graziela Bez Batti,
Anderson de Jesus e Marcelo Becker,
todos formados pela Unisul, partici-
param de debate sobre a realidade
na prática do mercado. As ativida-
des, desenvolvidas em março, em
sala de aula foram mediadas pela
professora de Redação III, Andressa
Fabris.
O correspondente do jornal Diário
Catarinense, jornalista Marcelo Becker,
formado em 2000, diz que há uma
grande rotatividade no mercado de
trabalho. “Tudo acompanha a tecno-
logia. A internet também ajudou a cri-
ar mais vagas para os jornalistas e
grandes empresas estão investindo na
carreira de assessoria de imprensa”.
Para Becker, a qualificação é um dife-
rencial. Ele alerta que o conhecimento
de outros idiomas e a leitura são ele-
mentos fundamentais. “Leiam tudo o
que vocês puderem, ajuda muito”, re-
força.
A publicitária Graziela Bez Batti,
trabalha na área da comunicação há
dez anos e retornou à universidade
para concluir o Curso de Jornalismo.
Segundo ela, a disputa entre jornalis-
tas e publicitários incentiva os pro-
fissionais a procurarem especializa-
ção. Mesmo ainda não sendo forma-
da em Jornalismo, afirma ter experi-
ência na profissão. No entanto, recla-
ma das dificuldades encontradas.
“Ano passado trabalhei na festa do
vinho e só porque fiz um release, re-
cebi críticas. Um dono de jornal disse
que eu não poderia ter feito o traba-
lho de um jornalista, pelo fato de eu
não possuir registro de jornalista.
Então resolvi voltar à universidade e
terminar o curso de Jornalismo para
conseguir este registro e trabalhar em
paz”, explica.
Na opinião do publicitário Sandro
Fabrício Ramos, o registro facilita em
algumas situações, como a constru-
ção de notícias, mas considera que
publicitários e jornalistas devem tra-
balhar juntos. “Hoje em dia os papéis
do profissional de jornalismo e de pu-
blicidade têm que ser casados. Algu-
mas agências trabalham nesta li-
nha”. Segundo Ra-
mos, a maior difi-
culdade de quem
está começando a
carreira é a inexpe-
riência. Ele concor-
da com Graziela na
questão do registro,
entretanto, julga o jornalista mais
apto em algumas áreas.
Anderson de Jesus, jornalista, que
trabalhou em vários veículos de co-
municação em Criciúma e tem uma
empresa de assessoria, aconselha aos
estudantes aproveitarem o tempo na
universidade. Ele diz que os profissio-
nais olham os fatos de maneira dife-
rente. “A questão não é de quem está
apto a fazer determinadas tarefas e
sim a forma como cada um encara. O
jornalista vê notícia e o publicitário,
as vendas”, afirma. Quanto às opor-
tunidades no mercado, o jornalista
destaca que existe a insegurança de
quem já atua na área e de quem está
começando. Seusonho é poder se dedi-
car ao radiojornalismo esportivo. “Se
eu pudesse, faria só rádio, adoro fute-
bol. É uma
das minhas
p a i x õ e s ” ,
r e v e l a . O s
convidados
foram unâ-
nimes nas
críticas à lei
que proíbe o estágio. Mesmo com a
proibição todos atuaram na área an-
tes de se formarem.
Os alunos receberam algumas di-
cas para quem está pensando em in-
gressar na carreira: manter-se infor-
mado sobre tudo o que acontece; ter
seu próprio estilo; ser ético; aprovei-
tar as oportunidades; sempre checar
as informações; ser persistente; e, aci-
ma de tudo, gostar do que faz. Lições
que os professores também ensinam.
O que diz alegislação dacategoria
Estudantes se preparam durante quatro
anos e devem reivindicar direitos legais
Sindicato dos Jornalistas/SC (SJSC)
tem um amplo campo de atuação
e organização, tanto na relação de traba-
lho quanto no exercício da profissão.
O presidente do SJSC, Rubens Lunge,
considera que há uma grande sendo tra-
vada para a profissionalização e regula-
mentação da profissão de jornalista,
assim a sua fiscalização.
A entidade tem denunciado as infra-
ções (exercício ilegal da profissão) tam-
bém nas delegacias de polícia, a exemplo
de outras categorias. Segundo o SJSC, so-
mente o jornalista registrado pode exer-
cer legalmente a profissão. O registro
pode ser feito mediante os seguintes do-
cumentos: fotocópias do diploma do cur-
so de Jornalismo, autenticado; da Cartei-
ra de Identidade e do cartão de CPF, am-
bos autenticados; Declaração de bons an-
tecedentes; Requerimento ao delegado
da DRT/SC; Carteira de trabalho.
Sobre a remuneração, o Decreto Lei nº
972/69, Art. 9º, diz que “o salário de
jornalista não poderá ser ajustado nos
contratos individuais de trabalho, para a
jornada de cinco horas, em base inferior
à do salário estipulado, para a respectiva
função, em acordo ou convenção coleti-
va de trabalho ou sentença normativa da
Justiça do Trabalho”. Ou seja, o profissi-
onal não deve trabalhar por um valor
abaixo do piso.
o
DEZA BERGMANN
CATEGORIAORGANIZADA
>mesmo sem a regulamentação, o
mercado publicitário está organizado no
Brasil. Profissionais e empresas da área
contam com sindicatos e outras
entidades para defender seus interesses
110agênciasde publicidade são associadas ao
Sapesc - Sindicato das Agências de
Propaganda do Estado de Santa
Catarina.
3900clientessão atendidos pelas agências
filiadas à Abap - Associação Brasilei-
ra de Agências de Publicidade, a
maior entidade do setor na AL.
extraespecial15anosjaneiro-junho/07 19
12agênciasda região Sul de Santa Catarina
aparecem na lista de associadas do
Sapesc. A grande maioria está em
Criciúma. Mas o mercado é maior.
1979foi o anode fundação do Sapesc. A entidade
foi organizada inicialmente por oito
agências de publicidade de Santa
Catarina.
Publicitários esperam uma regulamentaçãoreconhecimento Opiniões divergem mesmo entre os profissionais da propaganda formados no ensino superior
Um dos maiores dramas para
quem se forma numa facul-
dade de Publicidade e Pro-
paganda no Brasil, hoje, é a
não-regulamentação profissional. Por
isso diversos acadêmicos se sentem
desmotivados. “Os donos de grandes
agências não são profissionais forma-
dos. Então, não interessa muito para
eles que a profissão seja regulamenta-
da”, afirma Teresinha Silveira, publici-
tária e professora do curso de Comuni-
cação Social da Unisul.
A falta de regulamentação implica
em direitos que o profissional deixa de
ter, como um piso salarial. A publicitá-
ria Magali Colonetti explica que o Sindi-
cato das Agências de Propaganda do
Estado de Santa Catarina (Sapesc) “pas-
sa uma lista com os valores para cada
tipo de anúncio, que serve para o pro-
fissional freelan-
cer se basear na
hora de cobrar
por seu trabalho.
Esta lista não vale
para as agênci-
as”, conta Maga-
li. A profissão de
publicitário, segundo a lei 4.680, de 18
junho de 1965, “compreende as ativi-
dades daqueles que, em caráter regular
e permanente, exercem funções artísti-
cas e técnicas através das quais estu-
da-se, concebe-se, executa-se e distri-
bui-se propaganda”. E define a propa-
ganda como “qualquer forma remune-
rada de difusão de idéias, mercadorias,
produtos ou serviços, por parte de um
anunciante identificado”.
As opiniões divergem, mesmo entre
profissionais formados em curso supe-
rior. Carlos Eduardo dos Santos, publi-
citário e sócio da Idcom Empresa de
Comunicação, de Tubarão, diz que a re-
gulamentação “não garante que vai ter
só pessoas qualificadas no mercado.
Não vejo isso como fundamental no que
diz respeito à qualidade dos profissio-
nais”. Mas Santos admite que na hora
de contratar alguém para sua agência
tem preferência por quem está cursan-
do Publicidade e que “95% de nossos
funcionários são formados. Se a pes-
soa não é formada, nós cobramos que
ela busque estudar e se aperfeiçoar”.
Magali Colonetti diz que “qualquer
pessoa que domine programas como
corel draw ou photoshop se considera
um profissional de Publicidade, e isso
pode implicar muito na qualidade dos
serviços e no mercado de trabalho”.
A professora Teresinha defende: “eu
não acredito que um aluno que estudou
durante quatro anos, bem preparado,
consiga ser pior que alguém que se diga
publicitário”.
Já Sandro Fabrício Ramos, da Zions
Comunicação e Eventos, considera que
há muitos profissionais que não são
formados, mas que possuem muito
mais conhecimento de mercado do que
um profissional que acaba de sair da
universidade.
Mas faz um aler-
ta: “esses profis-
sionais mereceri-
am ser regula-
mentados, mas
dentro de uma
constituição que
estabeleça para eles um certo limite de
atuação.
Germaá Oliveira, formado desde 2003
pela Unisul, já trabalhou no Grupo Jun-
gle Media de Londres e atualmente vive
em Lisboa, onde é diretor de arte da
Revista da TV Record Internacional. Ele
conta que quando iniciou a faculdade
não sabia que a profissão não era regu-
lamentada. Mas revela que isto não lhe
resultou como empecilho. “Sempre tive
consciência de que o espírito de agên-
cia é ‘hora para entrar, mas sem hora
pra sair’. Óbvio que não gostei muito
da idéia, mas apesar de algumas bri-
gas e revoltas não ia nadar contra a
maré”, revela Germaá. “Entrei no mer-
cado graças a pessoas que conheci na
universidade”, relata.
TextoBibiana Pignatel
EdiçãoAlice Botega
Profissionais formados em Publicidade e Propaganda concorrem com quem não é formado por falta de regulamentação
Germaá Oliveira formou-se na Unisul e trabalhou no grupo Jungle Media, em Londres, e hoje atua na área em Portugual
Mais que criatividade para a publicidadeoje em dia, com as mudanças que
aconteceram na Publicidade e Pro-
paganda, não há mais mercado para
quem é apenas criativo. Esses não têm
espaço na atual concorrência”, afirma
Teresinha Silveira.
Segundo Teresinha, para ser ou se
dizer publicitário, tem que ter conheci-
mento generalizado em várias áreas. E
é da mesma forma que pensa o Publici-
tário Carlos Eduardo dos Santos. “Não
podemos mais olhar só a nossa cidade,
nem um outro estado, temos que olhar
o país, o mundo. Temos que olhar o
todo”.
h Ter iniciativa para observar as coi-
sas, entender qual é o perfil que a em-
presa está buscando no mercado e ter o
conhecimento das novas tecnologias
aumentam as possibilidades de empre-
go, comenta a professora.
Segundo Magali Colonetti, os depar-
tamentos de marketing das empresas
estão sendo muito valorizados. Conta
a publicitária que os clientes estão cada
vez mais exigentes, buscando sempre
um trabalho de qualidade.
Germaá Oliveira diz que o sucesso na
profissão “depende de trabalho duro,
aproveitar as oportunidades e gostar
do que faz”. Ele conta que quando se
matriculou no curso, a primeira coisa
que fez foi procurar estágios, contatos
com agências e atividades extracurri-
culares. Trabalhou na Agência Experi-
mental de Propaganda do curso e, se-
gundo Germaá, “não ganhava nada,
mas foi uma grande experiência.
Foi lá que tive meu primeiro contato
com os softwares utilizados, e que des-
cobri que queria ser diretor de arte e
não redator”. O publicitário, que hoje
se encontra do outro lado do oceano, se
sente realizado e diz que “tudo valeu a
pena”.
BIBIANA PIGNATEL
As agências preferemprofissionais quepassaram pelosbancos dasuniversidades
HISTÓRIADE MESTRE
> Desde sua criação, o Curso deComunicação Social da Unisul semprebuscou professores qualificados, comexperiência acadêmica e também nomercado de trabalho. Isto garante atéhoje a qualidade do curso.
20 extraespecial15anos janeiro-junho/07
A professora Luciane Zuê dá aulas de Planejamento Gráfico para turmas de Jornalismo em Tubarão e em Palhoça desde o início
Professores garantem qualidade ao cursoprimeiros Luciane Zuê Souza e Tadeu Pereira lecionam para acadêmicos de Jornalismo desde o início da graduação
TextoAlice Botega
EdiçãoElvis Campagnollo
Em 15 anos do curso de Co-
municação Social muitas
coisas aconteceram, muda-
ram, se transformaram.
Com certeza todos que passaram pelo
curso lembram de coisas agradáveis e
talvez algumas desagradáveis. Afinal
nem tudo na vida é perfeito.
A universidade é um baú de tesou-
ros. E o melhor de tudo é que cada um
possui o seu. Não precisamos lutar para
dividir o tesouro, basta apenas abrir o
baú. Ela ainda nos dá mestres para
orientar e explorar esses tesouros que
são: amizade, sabedoria, conhecimen-
to, experiência, informação, formação
e tantas outras preciosidades.
Nesses 15 anos do curso de Comu-
nicação Social, a turma do sexto se-
mestre da disciplina de Redação III,
teve a responsabilidade de abrir o gran-
de baú e tirar histórias e personagens
inesquecíveis. Tadeu Jair Pereira e Lu-
ciane Zuê Zacarioski e Souza são os
professores que fazem parte dessa
história desde o começo. Foi um lon-
go caminho até chegar aqui.
Apaixonada pordiagramaçãoLuciane Zuê Zacarioski e Souza, a
Lú, como é conhecida no Curso de Co-
municação Social, formou-se na Uni-
versidade Federal de Santa Catarina
(UFSC) em 1988 e especializou-se em
Jornalismo pela Unisul.
Atualmente leciona as disciplinas de
Planejamento Gráfico I e II em Tubarão
e na Pedra Branca em Palhoça, onde
também é Coordenadora Gráfica do
Jornal-laboratório Fato & Versão.
Em 1984, foi trabalhar no jornal O
Estado em Florianópolis, no departa-
mento de revisão. “Naquela época, o
processo de diagramação era feito na
máquina de escrever”, comenta. A jo-
vem funcionária do jornal O Estado cir-
culava pela redação e observava aten-
tamente tudo o que acontecia nos bas-
tidores de uma redação de jornal. Mas
o que a fascinava era a diagramação.
“A diagramação é a última etapa pré-
industrial de um jornal. Eu gostava de
acompanhar o processo, ver o começo
e o ponto final. Sentava do lado do dia-
gramador e ficava olhando”, relembra
a professora.
Depois de um mês foi convidada
para trabalhar na diagramação. Mu-
nida com régua de paicas, régua de
entrelinhamento, caneta e calculado-
ra, a professora Lú começou sua car-
reira de jornalista. “Em 20 anos o pro-
cesso desapareceu. Quem entra na re-
dação de um jornal hoje nem imagina
como era o processo de diagramação
antes”, comenta sobre a moderniza-
ção que a tecnologia trouxe.
Em 1995, começou na Unisul, onde
também lecionou edição. Em 2003,
trabalhou na Agência Officio Comuni-
cação. “Era uma agência pequena.
Entrei como jornalista, mas tínhamos
que fazer tudo”, explica.
Em 2004, abriu uma empresa com
sua irmã, formada em arquitetura.
“Nesta empresa trabalho na área grá-
fica, criação de folder, catálogos, in-
formativos”, conta.
Luciane Zuê destaca a importância
do diagramador ser formado em Jor-
nalismo. A forma, a harmonia, o con-
teúdo, a importância das matérias fa-
zem parte de um conjunto que resul-
tam no produto final. “Se eu nunca
mais tiver um texto publicado, não
vou chorar. Mas se eu não puder dia-
gramar eu vou sentir”, fala Lú.
De acordo com a professora, o jor-
nalismo está em constante mudança.
É dever do aluno conhecer um pouco
de tudo e depois escolher a área que
mais gosta. E para isso acontecer é
necessário fazer a diferença. “Os alu-
nos têm que aproveitar e sugar o
máximo da universidade. A experiên-
cia se guarda para si. E não se deve
prender se ao modelo que existe no
mercado. Tem que inovar”, aconselha.
ALICE BOTEGA
>atualmente o Curso de Comunicação Social - habilitações em
Jornalismo e em Publicidade e Propaganda conta com um grupo de 27
professores no campus de Tubarão. Destes, três são doutores, 10,
mestres e 14, especialistas. Hoje nenhum dos professores tem apenas
a graduação. A qualificação constante do corpo docente garante aos
estudantes a preparação adequada para atuar no mercado regional e
nacional, em todas as áreas da comunicação.
>a busca constante pela qualidade garante ao Curso de
Comunicação Social da Unisul a formação de profissionais qualificados
e mérito também à própria Universidade. No último exame do Enade, as
duas habilitações, no campus de Tubarão, receberam nota 4, sendo que
o máximo é cinco. A prova foi realizada por 104 estudantes do curso,
sendo 48 acadêmicos de Publicidade e 56 de Jornalismo, entre ingres-
santes e formandos.
Reunião no vaticano: ondetudo começou para Tadeu
relação do professor Tadeu Jair Pereira com o curso de Comunicação Social
não começou na sala de aula, e sim no “vaticano”, apelido de uma sala no
prédio sede da Unisul, onde antigamente era o Colégio Sagrado Coração de Jesus,
com sistema de internato mantido pelos padres.
Os professores Laudelino Santos Neto e Eduardo Búrigo de Carvalho começa-
ram a elaborar o conteúdo programático das disciplinas de Jornalismo, o novo
curso da Unisul. “ Foi feita uma reunião no ‘vaticano’ e entregaram para mim o
plano de ensino para desenvolver o conteúdo da disciplina de Ética e Legislação.
Em duas semanas fiz o conteúdo”, relembra o professor.
A história de Tadeu junto à área de comunicação iniciou na década de 60 no
jornal A Imprensa de Tubarão. De lá para cá, Tadeu passou por grandes veículos
de comunicação como a Editora Abril e o Jornal O Estado de São Paulo. Em 1982,
Tadeu Jair Pereira, Laudelino Santos Neto, João Batista Guedes e o falecido Estener
Soratto fundam o Jornal da Cidade. Segundo o professor Tadeu, o Jornal da Cidade
mudou o jornalismo da cidade de Tubarão. Foi o primeiro jornal a fazer entrevis-
tas com pessoas importantes de seguimentos comerciais, político, saúde. “Fazer
jornalismo em Tubarão é um ato de heroísmo. Enquanto faz o oba, oba, está tudo
bem. No momento de uma crítica com fundamento, eles vêem o jornalista como
inimigo, preferem se fechar e colocar a culpa no Jornalismo, na imprensa. E
quando há alguma dificuldade ou crise cortam a publicidade”, diz o professor.
a
Se eu nunca mais tiver
um texto publicado, não
vou chorar. Mas se eu não puder
diagramar, eu vou sentir. Os alunos
têm que aproveitar e sugar o
máximo da universidade. A exeperi-
ência se guarda para si. E não se
deve se prender ao modelo que
existe no mercado. Tem que inovar”.Luciane ZuêProfessora das disciplinas dePlanejamento Gráfico I e II.
“
Fazer jornalismo em
Tubarão é um ato de
heroísmo. Enquanto faz o oba, oba,
está tudo bem. No momento de
uma crítica com fundamento, eles
vêem o jornalista como inimigo,
preferem se fechar e colocar a culpa
no Jornalismo, na imprensa. E
quando há alguma dificuldade ou
crise cortam a Publicidade. “Tadeu Jair PereiraProfessor da disciplina de Ética e
Legislação
“
>Kellen Rodrigues,recém-formada em Jornalismo,
lembra das amizades feitas
durante as viagens de Criciúma
a Tubarão. “Algumas pessoas
se tornam confidentes nestes
anos de faculdade”.
>João Pedro Alvestestemunhou o primeiro
acidente na BR já no primeiro
semestre de Jornalismo. Agora
no terceiro semestre, ele
“coloca tudo na balança” e
considera válido o esforço por
fazer o curso de que gosta e
por ter feito vários amigos,
“graças à BR-101”.
>Anderson de Jesuspassou quatro anos viajando
diariamente pela BR-101 até
concluir o curso de Jornalismo.
“Na minha avaliação, valeu,
sim, a pena o esforço”, afirma
o jornalista.
>Antônio Roseng,jornalista recém-formado, diz
que o melhor das viagens de
Criciúma a Tubarão eram as
festas. O pior era perder tempo,
cerca de duas horas diárias,
que aproveitava para dormir.
>Rafael Rosso Figueiraencara a estrada há três anos
para fazer Publicidade e
Propaganda. Neste período,
presenciou muitos acidentes e
diz que o pior das viagens é a
incerteza, “o perigo em cada
curva”. O melhor, afirma, é que
falta pouco para acabar, já que
está na sexta fase de PP.
>Heloísa da SilvaHenrique, recém-formada
em Publicidade e Propaganda,
lembra que, apesar do cansaço
e do perigo, a vinda para
Tubarão era usada para
estudar e a volta, para as
festinhas.
NÚMEROSDA BR-101
> Para muitos estudantes, ter o
canudo na mão passa por uma viagem
diária pela BR-101. Enfim, a rodovia está
sendo duplicada, o que pode represen-
tar um alívio para muitos.
800mil pessoasdeverão ser beneficiadas pela obra
de duplicação do trecho Sul da BR-
101, de Palhoça (SC) a Osório (RS).
90quilômetrosde pista e 32 obras deverão ser
liberados até o final de 2007 para
o trânsito de veículos.
extraespecial15anosjaneiro-junho/07 21
350quilômetrosé a extensão da obra de duplicação
do trecho Sul da BR-101, de Palhoça
(SC) a Osório (RS).
73passarelas,67 viadutos, 52 passagens inferiores
e dois túneis passarão a fazer parte
da rotina dos motoristas.
Encarar a estrada faz partedo currículo universitário
Viagem Parte dos estudantes transita pela 101 para cursar a faculdade
Criciúma, 64km. Sombrio,
110km. Laguna, 31km. Ara-
ranguá, 87km. Essas são
apenas algumas das distân-
cias encaradas diariamente pelos aca-
dêmicos de Comunicação Social da Uni-
sul. Os estudantes residentes nas regi-
ões da Amrec, Amesc e Amurel são, na
maioria das vezes, pessoas que traba-
lham durante o dia, saem do serviço
direto para o ponto de ônibus, estudam
e só depois voltam para casa, chegan-
do ao final da noite. Além do cansaço e
dos riscos da estrada, existe outro em-
pecilho: o alto custo do transporte.
O acadêmico Jabson Muller, residen-
te em Sombrio, sai de casa diariamente
às 17h30min, retornando à sua cidade
somente 00h30min. “A estrada é sem-
pre uma preocupação. Freqüentemente
a gente vê cenas de acidentes e isso
assusta bastante. Além disso, eu chego
tarde em casa e no outro dia trabalho
nos dois períodos”, aponta Muller.
No caso de Jabson, são gastos R$
305,00 por mês somente com o trans-
porte. “Não existe condução para estu-
dantes de Sombrio para Tubarão. Gas-
to R$120,00 por mês para ir da minha
cidade até Araranguá e de lá para Tuba-
rão são mais R$185,00”, conclui Mul-
ler.
As idas e vindas diárias não afetam
apenas os acadêmicos. O professor do
curso de Publicidade e Propaganda, Gu-
temberg Alves Geraldes, é mais um fre-
qüentador do trecho entre Criciúma e
Tubarão. “A viagem cansa, mas por ou-
tro lado são duas horas diárias para
estudar. O problema maior são os atra-
sos que acontecem de vez em quando”,
ressalta Geraldes. Para o trecho entre
Criciúma e Tubarão, de segunda a sex-
ta, é cobrado em média R$170,00.
Apesar dos sacrifícios, ficam boas
lembranças. A jornalista recém-forma-
da Kellen Rodrigues conta que o microô-
nibus tem até comunidade no Orkut.
“O que mais marca são as amizades”,
revela. “Ver as pessoas que iam no mi-
TextoLucas Borges
EdiçãoJúlia Savi / Jaqueline Tente
Viagens de Criciúma a Tubarão consomem duas horas por dia e alunos geralmente chegam em casa depos da meia-noite
cro trabalhando, no mercado de traba-
lho, também é muito legal”.
Algumas pessoas fogem da viagem
se mudando para a cidade. É o caso da
acadêmica Caroline Almeida, que pas-
sou um ano vindo diariamente de Crici-
úma e agora está em Tubarão. “Eu fa-
zia estágio aqui, então saía de casa às
13h e voltava por volta de meia noite.
Com isso não me sobrava tempo para
estudar e com as obras de duplicação
da estrada se tornou comum chegar
atrasada na aula”, conta Caroline.
Mas morar sozinho não é um mar de
rosas como muitos jovens imaginam.
A acadêmica Júlia Medeiros Bitencourt
morava em Torres (RS) com os pais e
agora reside em Tubarão. Para ela,
morar sozinha não tem pontos exclusi-
vamente positivos. “É difícil morar lon-
ge da família. Primeiro porque você
perde o conforto de não se preocupar
com as tarefas domésticas e depois por
causa da saudade. Mas o bom de mo-
rar aqui é pela liberdade e a facilidade
de encontrar estágios na cidade”, afir-
ma Júlia.
(NÚ
MERO
S EXTRAÍDO
S DO
CLIC RBS)
ESTUDANTES
NO BRASIL
> Movimento estudantil sempre fazparte da história política do Brasil.desde a época da ditadura até osdias atuais, passando pela era Collor,os estudantes demonstrammobilização e força.
22 extraespecial15anos janeiro-junho/07
No Cettalzinho, I Feira do Livro realizada em 2006 integra alunos de Comunicação Social de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda
Política entra na vida dosacadêmicos da Unisul
movimento estudantil Uma nova luta social dos jovens
FOTOS: ARQUIVO CACOS
>muitos políticos brasileiros têm em seu currículo uma
passagem pelo movimento estudantil, seja como mero participante ou
como presidente de DCEs, UNE, entre outras entidades. Para citar um
exemplo da história recente, o presidente da UNE na época do movi-
mento “Fora Collor” era Lindenberg Farias. Depois de mobilizar milhões
de caras-pintadas Brasil afora, Farias elegeu-se deputado federal.
Depois, foi eleito prefeito de Nova Iguaçu (RJ).
>o movimento mais recente realizado pela União Nacional dos
Estudantes (UNE) foi a ocupação de universidades federais em todo o
país. Em protesto por melhorias na estrutura universitária, a entidade
organizou o “Dia Nacional de Mobilização nas Universidades Pública”,
realizado em 5 de junho. O principal pleito é o incremento à assistência
estudantil, com reformas nos restaurantes universitários e ampliação da
moradia estudantil.
TextoLucas Borges
EdiçãoJúlia Savi / Jaqueline Tente
Omovimento estudantil
desempenhou um papel
muito importante na his-
tória do país. Os estudan-
tes organizados estiveram presentes
em algumas lutas históricas como o
movimento “Fora Collor”, derruban-
do o até então presidente da Repúbli-
ca. E também, antes, o “Diretas Já”,
defendendo e conquistando o direito
ao voto direto para os representantes
políticos e a resistência contra a dita-
dura militar.
Em Santa Catarina, a história do
movimento estudantil teve maior re-
percussão no ato intitulado “Novem-
brada”, uma manifestação popular
organizada pelos integrantes da Ali-
ança Renovadora Nacional (ARENA)
durante a visita do então presidente
General João Figueiredo a Florianópo-
lis, em 30 de novembro de 1979.
Mais de quatro mil estudantes pro-
testaram na Praça 15 enquanto Figuei-
redo visitava a cidade. A polícia repri-
miu as manifestações com violência e
sete estudantes acabaram presos por
“infringir” a Lei de Segurança Nacio-
nal. O ato foi “abafado” por alguns
veículos de comunicação que eram
aliados ao governo. Os veículos que
publicaram o fato tiveram seus mate-
riais confiscados.
Os movimentos estudantis hoje não
são mais tão atuantes quando o as-
sunto são as lutas sociais. Mas nas
instituições de ensino algumas enti-
dades ainda representam e defendem
os interesses dos estudantes, como é
o caso dos Grêmios Estudantis nas
escolas de ensino médio e dos Dire-
tórios Centrais dos Estudantes (DCE) e
Centros Acadêmicos (CAs) nas univer-
sidades.
No curso de Comunicação Social da
Universidade do Sul de Santa Catarina -
Unisul, Tubarão, o Centro Acadêmico
(CACOS) é presidido por Luiz Henrique
Fogaça, que foi eleito em 2005 e reelei-
to em 2006 por aclamação, ou seja,
sem nenhuma chapa concorrente. “É
muito importante que todos os cursos
tenham sua representatividade através
dos CAs, pois esta é uma ferramenta
de fortalecimento na luta por melhores
condições para os estudantes e por uma
educação de qualidade” afirma.
Segundo Fogaça, a entidade precisa
proporcionar uma melhor formação
para os acadêmicos. “Nós atuamos em
três áreas que consideramos essenci-
ais: cultura, integração dos acadêmi-
cos e contato com os bons profissio-
nais”.
A cultura é uma das ações que mais
se destacou, com a primeira feira de
livros do curso e a oficina de Hip Hop e
Grafitagem.
Conquistas de estudantes eprofessores ao longo dos anos
oprimeiro registro em ata do Cen-
tro Acadêmico de Comunicação
Social da Universidade do Sul de Santa
Catarina – Unisul, Tubarão, foi feito
no dia 14 de dezembro de 1995, quan-
do tomou posse a diretoria presidida
por Max Alexandre Rampinelli, tendo
como vice-presidente Luiz “Pi” de Frei-
tas. Anos depois, “Pi” foi professor da
disciplina de Lingue Portuguesa I do
curso de Comunicação Social no Cam-
pus da Unisul em Tubarão.
Já a primeira presidente eleita do
Centro Acadêmico de Comunicação
Social (CAJU) foi a estudante Daniela
Stüpp, tendo como vice-presidente o
acadêmico Arilson Machado e na dire-
toria, o atual professor da disciplina
de Telejornalismo II, Rádio I e II e ori-
entação de projetos experimentais do
curso, Rafael Matos.
“Como era o começo do curso, o Cen-
tro Acadêmico precisava lutar por
tudo, desde as estruturas básicas, como
os laboratórios de televisão e rádio, de
fotografia e gráfico, até as lutas por
melhorias do corpo docente e da grade
curricular”, explica o professor Matos.
Na primeira gestão, o CAJU fez uma
greve e os estudantes se negaram a
fazer a disciplina de Fotojornalismo
II, pois em todas as aulas era somente
aplicada a parte teórica e não existi-
am laboratórios para ser desenvolvi-
da a prática da matéria.
“Nosso protesto foi grande e conse-
guimos adiar a disciplina para quando
ficasse pronto o laboratório de fotojor-
nalismo. A disciplina de Fotojornalismo
I já tinha sido aplicada apenas teórica-
mente, então a gente não aceitou apren-
der sem praticar”, conta Matos.
A primeira gestão do Centro Acadê-
mico instituiu também o Prêmio CAJU
de Qualidade, uma iniciativa para pre-
miar os melhores alunos do curso de
comunicação, porém com o passar dos
anos foi extinto.
DisputasO vice-presidente Arilson Machado
foi o candidato de situação na eleição
seguinte, contra o acadêmico Cristia-
no Carrador. O pleito foi conturbado
porque a oposição alegava envolvi-
mento partidário entre Machado e o
PC do B. “O Diretório Central dos Estu-
dantes (DCE) se envolveu na eleição
difamando a chapa de situação, nós
descemos o morro e fomos na sede do
DCE para esclarecer tudo, foi uma bri-
ga só”, conta Rafael Matos. Na elei-
ção a chapa encabeçada por Cristiano
Carrador foi a vencedora.
Alunos acompanham palestras do movimento estudantil na universidade
CRÉDITO DE FOTO
VIAGENS
DE ACADÊMICOS> Estudantes de Jornalismo ePublicidade e Propaganda abriram aagenda de viagens estudantis com aparticipação no Intercom Regional Sul.O segundo evento foi o Festival dePublicidade em Gramado.
>o Intercom Regional Sul aconteceu em Passo Fundo
(RS) no período de 10 a 12 de maio. Estudantes da Unisul, campus
Tubarão, lotaram um ônibus para participar do evento. Eles puderam
acompanhar principalmente debates sobre o mercado e o ensino de
comunicação na era da sociedade digital. O evento contou ainda
com uma mostra de curtas regionais e uma programação cultural,
com vários shows.
>16º Festival Mundial de Publicidade de Gramado
aconteceu no período de 13 a 15 de junho e também contou com a
participação de estudantes do curso de Comunicação Social, campus
de Tubarão, especialmente os de Publicidade e Propaganda. Na
programação do festival, além da premiação, constavam palestras
sobre TV Digital, mídias digitais, propaganda multimídia, entre outros
temas atuais relativos à publicidade.
extraespecial15anosjaneiro-junho/07 23
A
Viagens são parte integranteda formação dos acadêmicos
descobertas Alunos contam experiências de excursões do curso
s viagens passaram a ser
uma das ferramentas de
ensino do Curso de Comuni-
cação Social. A cada passeio
promovido, a sensação de férias entre
amigos somada à possibilidade de co-
nhecer a realidade das empresas do
ramo aproxima ainda mais o acadêmi-
co da sua carreira. O prazer de estar em
uma cidade até então desconhecida
também fortalece o interesse pela ati-
vidade extracurricular.
Várias turmas do campus de Tuba-
rão, nos 15 anos de Jornalismo e 10 de
Publicidade e Propaganda, viajaram e
conheceram cidades como São Paulo,
Rio de Janeiro e Gramado, entre outras.
Visitaram organizações jornalísticas,
agências de propaganda e participaram
também de congressos. Em cada uma,
os alunos estiveram um pouco mais
perto o dia-a-dia de cada profissão.
Para o estudante da quinta fase de
PP, Leandro Cardoso Pires, ir à São Pau-
lo em 2005 foi muito importante para
a trajetória na faculdade. Além de ter
conhecido vários pontos turísticos da
maior cidade brasileira, o grupo tam-
bém visitou a Bolsa de Valores paulista
e as principais agências de publicidade
e empresas do país. “A viagem foi mui-
to boa e bastante divertida. Estivemos
em vários veículos importantes. Quero
ver se neste ano
participo de mais
uma viagem”,
diz.
O formando de
PP Roberto Ambo-
ni Nicolazzi foi
um dos acadêmi-
cos que participou do Congresso Mun-
dial de Publicidade e Propaganda de
2003, em Gramado, no Rio Grande do
Sul. A Unisul disponibilizou ônibus e,
acompanhados pelo professor Paulo
Mendes, cerca de 60 alunos estiveram
na cidade gaúcha.
Para Nicolazzi, o evento ficou mar-
cado principalmente pela palestra do
TextoPeterson Crippa da Silva
EdiçãoMaiara Gonçalves / Mirelli Elias
fotógrafo italiano Oliviero Toscani. Na
época, o profissional era responsável
pela campanha da grife Benetton, que
levou às lojas temas polêmicos como
racismo e guerra. “As fotos da campa-
nha entre crianças brancas e negras,
nas quais a Benetton buscava mostrar
a igualdade entre as etnias, foram para
mim um ponto chave. Ali notei o quan-
to a publicidade e a propaganda possu-
em poder”, ana-
lisa o formando.
Atualmente, a
Metrotur Turis-
mo de Florianó-
polis é a agência
responsável por
promover as ex-
cursões do curso de Comunicação Soci-
al. O diretor da empresa, Cláudio Me-
trópole, já levou estudantes para diver-
sos programas da televisão brasileira,
como o “Altas Horas”, “Domingão do
Faustão” e o “Programa do Jô”. As últi-
mas viagens dos alunos foram ao In-
tercom Sul”, em Passo Fundo, e no Fes-
tival de Gramado, no Rio Grande do Sul.
Grupo de estudantes levou dois dias para chegar a Maceió/AL e participar do evento nacional Enecom realizado em 1998
ARQUIVO ALICE BOTEGA
O prazer de estar emuma cidade diferentefortalece o interessepelas atividadesextracurriculares
álbumdaturma
>Alunos da primeira turma de PP já curtiam as viagens de estudos
>Rio de Janeiro Grupo de Jornalismo e Publicidade em viagem em 2005
>Unisul Estudantes de Jornalismo e Publicidade na Intercom Sul 2007
>descontração Momento de diversão no Intercom Sul de Passo Fundo