expresso de felgueiras

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Sexta-feira, 13 de Abril de 2012 | Ano 6 • Nº 117 € 0,80 • Mensal | Director Miguel Carvalho | Telef.255 495 751 Fax. 255 495 710 | E-mail: [email protected] | www.tamegaonline.info µArmindo Mendes Líder nacional do PS vai voltar a Felgueiras antes do verão Pág. 12 “Há uma excessiva densidade de investimentos da Câmara em Margaride e na Lixa” Vitor Vasconcelos (PSD/CDS), presidente da Junta de Airães ARS-N anuncia colocação de mais três médicos de família no concelho Pág. 3 Págs. 8 e 9 Distrital do CDS do Porto não se oporá ao fim da coligação com o PSD Pág. 5 “Mudar é sempre um desafio difícil, mas estimulante” Dulce Vieira, a nova vereadora no executivo municipal, a propósito do cargo que agora ocupa Págs. 6 e 7 Muitas juntas de freguesia do concelho vão cair com a reforma do poder local Pág. 2 Marca de Água

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Edição n.º 117

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Page 1: Expresso de Felgueiras

Sexta-feira, 13 de Abril de 2012 | Ano 6 • Nº 117 € 0,80 • Mensal | Director Miguel Carvalho | Telef.255 495 751 Fax. 255 495 710 | E-mail: [email protected] | www.tamegaonline.info

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Líder nacional do PS vai voltar a Felgueiras antes do verão Pág. 12

“Há uma excessiva densidade de investimentos da Câmara em Margaride e na Lixa”Vitor Vasconcelos (PSD/CDS), presidente da Junta de Airães

ARS-N anuncia colocação de mais três médicos de família no concelho Pág. 3

Págs. 8 e 9

Distrital do CDS do Porto não se oporá ao fim da coligação com o PSD Pág. 5

“Mudar é sempre um desafiodifícil, mas estimulante”Dulce Vieira, a nova vereadora no executivo municipal, a propósito do cargo que agora ocupa Págs. 6 e 7

Muitas juntas de freguesia do concelho vão cair com a reforma do poder local Pág. 2

Marca de Água

Page 2: Expresso de Felgueiras

� | 13.ABRIL.2012 |

Propriedade e Edição Carvalho & Mendes - Edições Gráficas e Audiovisuais, Lda. | Capital Social 5000 euros | Detentores de mais de 10% do Capital Social Miguel Carvalho, Armindo Mendes | Endereço postal: Expresso de Felgueiras - Rua Padre Manuel Lopes Dias Rocha - 4615-656 Lixa Sede CM Edições: Edifício Século XXI Rua Padre Manuel Lopes Dias Rocha - 4615-656 LIXA | Telefone 255 495 751 | Telefax 255 495 710 | E-mail [email protected] | Contribuinte nº 507575318 | Registo no ICS nº 124883 | Periodicidade Mensal | Depósito Legal nº 241130/06 | Director Miguel Carvalho | Redacção Edifício Século XXI Rua Padre Manuel Lopes Dias Rocha - 4615-656 Lixa | Telefone 255 495 751 | Telefax 255 495 710 | E-mail [email protected] | Colaboradores Sérgio Martins, Hélder Quintela, Bruno Men-des, Ana Leite, Aureliana Gomes (CP nº 8526), André Moniz, Miguel Sousa, Diana Teixeira | Paginação CM Edições | Impressão Gráfica Diário do Minho, Braga | Tiragem desta edição 3000 exemplares

Ficha Técnica

O concelho de Fel-gueiras pode, no “melhor” dos ce-

nários, perder metade das autarquias de freguesia se a reforma administrativa ao nível do poder local for por diante, como pretende o Governo.

Se for cumprido o es-pírito da legislação que se encontra em apreciação na Assembleia da República, Felgueiras passará das atu-ais 32 freguesias para um número que pode chegar às 15 ou 16, consoante a aplicação mais ou menos rigorosa dos critérios de agregação.

Segundo os indicado-res do INE, Felgueiras é um concelho de nível 1, porque tem mais de 500 habitantes por quilómetro quadrado.

Segundo a proposta do Governo, neste caso, as freguesias urbanas a criar, em sede do concelho, terão de ter pelo menos 20 mil habitantes. Em Felgueiras, Margaride, que não chega aos 10.000 habitantes, para reunir esse critério, terá de se agregar com outras fre-guesias contíguas, num raio de aproximadamente três quilómetros.

A fusão de Margari-de com Várzea, Varziela, Moure, Friande e eventu-almente Pombeiro poderá ser o cenário em equação.

Em tese, portanto, ne-nhuma das atuais fregue-sias de Felgueiras poderá continuar como se encon-tra atualmente, isolada,

sendo todas obrigadas a encetar um processo de agregação.

Até julho, a Assembleia Municipal deverá ter de se pronunciar sobre a propos-ta de agregação.

Caso não haja acordo, caberá à Assembleia da República, através de um grupo técnico, decidir so-bre a matéria.

Prevê-se que as próxi-mas eleições autárquicas, em 2013, já se realizem com base no mapa autár-quico que sair desta refor-ma.

Até há pouco, todas as freguesias do concelho, com exceção da situação já referida da sede do muni-cípio, teriam de se agregar para perfazerem cinco mil habitantes, por se encon-trarem em zonas predomi-nantemente urbanas. Fei-tas as contas, significaria que o concelho passaria a ter, apenas, entre oito e 10 freguesias.

Contudo, uma recente reclassificação do INE ad-mite que algumas das fre-guesias mais pequenas de Felgueiras e de outros con-celhos sejam consideradas rurais, o que, em termos de critérios de agregação, po-derão baixar para os 3.000 habitantes. Ora, na prática, poderá agora haver condi-ções para criar freguesias com aquele universo po-pulacional, quando até há pouco o mínimo exigido era 5.000 habitantes.

Outra alteração recen-temente introduzida, na

sequência das pressões exercidas nomeadamente pela ANAFRE, prevê uma tolerância de 20 por cento face aos critérios da lei, o que, por certo, dará azo a muitas e complexas contas até se encontrar um mapa definitivo.

Felgueiras ficaria muito bem com apenas oito ou nove freguesias

Bem sei que a extin-ção de juntas de freguesia preocupa muitos autarcas, mas concordo com a agre-gação desse tipo de autar-quias, nomeadamente num um concelho territorial-mente tão pequeno quanto o nosso.

Trinta e duas freguesias numa área tão pequena é manifestamente um exa-gero, ao ponto de algumas sedes de junta distarem poucas centenas de me-tros umas das outras. E a pequenez traduz-se em re-cursos financeiros que não dão para quase nada.

Há muito que discor-do da lógica de se multi-plicarem equipamentos similares, de diferentes naturezas, em freguesias contíguas, conduzindo à multiplicação de gastos de dinheiros públicos e uma subutilização das infraes-truturas.

Isso só acontece, bem se sabe, porque prevale-cem os bairrismos, a políti-ca anacrónica de paróquia e até alguns egos de pes-

soas que, enfileirados nos partidos, não abdicam dos seus pequenos poderes.

Dar mais escala territo-rial e populacional a estas autarquias vai, com cer-teza, traduzir-se em mais competências e meios financeiros e logísticos para servir melhor as po-pulações, acabando-se, de uma vez por todas, com a manifesta incapacidade das juntas em diferentes domínios, que decorre da sua pequenez.

Note-se que as novas freguesias passarão a po-der contar com presidentes de junta a tempo inteiro, remunerados com digni-dade, para poderem zelar, com maior disponibilida-de, pelos interesses das po-pulações.

Acabar com o presidente de Junta de mão estendida na câmara

Além disso, uma nova escala poderá dignificar e potenciar a capacidade de reivindicação das novas freguesias junto do poder municipal, esbatendo a imagem do “pequeno” pre-sidente, representando um reduzido número de elei-tores, de mão estendida, na câmara, a pedir umas “esmolas” para fazer uns muros ou pavimentar 50 metros de caminho na sua freguesia.

Ao contrário da dema-gogia e populismo que por aí se vai ouvindo, a agre-

gação administrativa de freguesias não comprome-terá a identidade de cada munícipe, que continuará a pertencer às freguesias a que sempre pertenceu. O que vai desaparecer, em al-guns casos, é o órgão admi-nistrativo, substituído por outro semelhante, afastado três ou quatro quilómetros, mas com mais recursos e por isso capaz de servir melhor a população.

Felgueiras só teria a ganhar se optasse pelo modelo mais maximalista de agregação de freguesia, enveredando pela criação de oito unidades, facilitan-do a gestão administrativa do concelho o potenciando os parcos recursos finan-ceiros.

O mapa era fácil de de-terminar, bastando o bom senso de dar corpo admi-nistrativo aos diferentes polos geográficos que já estão definidos no conce-lho e que, grosso modo, respeitam os critérios exi-gidos pela reforma.

Além do já referido nú-cleo de freguesias em tor-no de Margaride, emergi-ria o da Lixa, congregando as freguesias de Vila Cova, Borba de Godim, Maciei-ra, Caramos e eventual-mente Santão.

Depois formar-se-ia outro núcleo de freguesias agregando Sendim, Ju-gueiros e Pinheiro.

Os polos urbanos de Airães, Barrosas e Longra dariam naturalmente ori-gem a mais três grandes

freguesias.Restaria uma fregue-

sia para o Vale do Vizela e outra congregando eventu-almente o polo mais indus-trializado do concelho, por isso com uma identidade muito própria, compreen-dendo, por exemplo, Laga-res, Torrados e Sousa.

Obviamente que ha-verá algumas das atuais freguesias, em pontos de partilha entre os diferen-tes núcleos, que poderiam “saltar” para um lado ou para o outro em função do entendimento a que se vier a chegar no processo nego-cial em curso.

Desta organização so-bressairiam enormes van-tagens, sobretudo as que decorrem de uma escala maior que permitiria uma programação de investi-mentos mais eficaz.

Obviamente que cai-riam muitos cargos, muitas remunerações e provocaria um terremoto político no concelho de consequências imprevisíveis, sobretudo nos aparelhos dos dois principais partidos, tão ha-bituados à “contabilidade das capelinhas” e à gestão de egos e equilíbrios de longa data que poderão, num ápice, desmoronar…

Por isso, o nervosismo miudinho que se sente em alguns autarcas e nos apa-relhos dos partidos, ain-da atordoados com o que pode acontecer.

Mas sobre isso disser-taremos numa futura opor-tunidade.

Muitas juntas de freguesia do concelho vão cair com a reforma do poder local

Marca de Água - por Armindo Pereira Mendes marcadeagua.blogs.sapo.pt

Page 3: Expresso de Felgueiras

| 13.ABRIL.2012 | �

A Administração Re-gional de Saúde (ARS) do Norte

colocou mais três médicos de família no concelho de Felgueiras, diminuindo para 35 por cento a popu-lação sem aquele tipo de assistência, revelou, no dia 11 de abril, à Lusa fonte do organismo.

Segundo a fonte, esta foi a primeira vez, em vá-rios anos, que foi aumen-tado o número de clínicos num concelho com mais de 60.000 habitantes, mas onde metade da população não estava até agora cober-ta por médicos de família.

De acordo com a ARS, a situação deverá ainda me-lhorar com a colocação de

mais clínicos com a espe-cialidade de medicina geral e familiar, no âmbito de um concurso já aberto.

Essa situação, acres-centou a fonte, “vai con-tribuir para a redução de utentes sem médico de família para valores subs-tancialmente mais baixos, o que permitirá melhorar a acessibilidade dos cidadãos felgueirenses a cuidados de saúde”.

A colocação dos mé-dicos ocorreu depois de a Comissão de Utentes do Centro de Saúde de Fel-gueiras ter denunciado, re-centemente, a degradação do serviço prestado devido à insuficiência de médicos de família no concelho.

Essa insuficiência tem obrigado os doentes a re-correrem em grande núme-ro ao serviço de reforço do centro de saúde, provocan-do longos períodos de es-pera por uma consulta.

No dia 02 de abril, a deputada do CDS-PP Vera Rodrigues, que visitou o concelho, anunciou que iria pedir explicações ao Go-verno sobre a insuficiência de médicos no Centro de Saúde de Felgueiras.

A parlamentar disse à Lusa esperar ser esclareci-da sobre a razão pela qual mais de metade da popu-lação deste concelho do distrito do Porto não tem médico de família.

À Agência Lusa, a ARS

Norte recorda que a situa-ção “da escassez de recur-sos médicos” pode ainda sofrer melhorias “graças à possibilidade de referen-ciação dos utentes, em situ-ação aguda de doença, pre-vista no protocolo assinado com a Santa Casa da Mise-ricórdia de Felgueiras”.

Além disso, sublinha-se “a disponibilidade ma-nifestada pela generalidade dos restantes médicos de família do centro de saúde e extensões, em prestarem auxílio e colaboração na resolução de situações pon-tuais de utentes sem médi-co de família”.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

ARS-N anuncia colocação de mais três médicos de família no concelho

A GNR anunciou, no dia 2 de abril, a detenção, na fre-

guesia de Caramos, Fel-gueiras, de um homem suspeito de fogo posto no

concelho.Segundo fonte poli-

cial, o homem, de 60 anos de idade, terá lançado, no domingo, fogo em mato rasteiro, acabando por ori-

ginar um incêndio.O suspeito foi retido

por populares que chama-ram a GNR da Lixa.

O sexagenário foi constituído arguido e no-

tificado para comparecer em tribunal.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

GNR detém sexagenário suspeito de fogo posto

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Sem nos darmos conta, completa-mos mais um ano

de existência, o sexto, no nem sempre fácil percur-so do EXPRESSO DE FELGUEIRAS.

Sentado, na mesa do café, discorro, ao correr do pensamento, algumas palavras que possam marcar a passagem de mais um ano do jornal, revisitando todos as suas conquistas.

Quando, no início do ano de 2006, eu e o Ar-mindo Mendes projectá-vamos o jornal era enor-me o entusiasmo, grande a expectativa, forte deter-minação e muita a paixão por uma área onde ambos crescemos, aprendemos e definimos, muito clara-mente, o que achávamos ser a caracterização de um projecto jornalístico local. Se bem se lembram, definimos a nossa iden-tidade em duas simples palavras: independência e credibilidade.

Demos corpo a um projecto que granjeou o respeito e a consideração de muitos felgueiren-ses. Mas as dificuldades económicas, sobretudo depois desta crise, que ainda prevalece, compro-meteram a capacidade de reagir a inúmeras contra-riedades que um projecto que se afirma indepen-dente tem que enfrentar.

Percebemos também que a imprensa local con-tinua a ser o parente po-

bre, pois gastam-se quan-tias consideráveis em garantir alguns programas em alguns supostamente mediáticos órgãos de co-municação nacional, que aplicadas no apoio à im-prensa local constituíam um importante estímulo para a sua sustentação.

Desconsidera-se quem faz a notícia do que efecti-vamente acontece no nos-so concelho, consideran-do-o menos importante ou talvez dispensável. E ainda nos “orgulhámos” de aparecer no pequeno ecrã a mostrar “ao mun-do” o que somos.

Apenas quero, com esta constatação, subli-nhar a importância que os jornais locais têm como meio de comunicação privilegiado com as po-pulações da nossa terra e o contributo que dão na afirmação do que se faz no quotidiano potencian-do a iniciativa local.

Já, por diversas ve-zes, nos quiseram fazer o funeral. Mas nós vamos resistindo, conscientes de que o caminho e o afas-tamento que muitas vezes sentimos torna tudo ainda mais difícil.

Contra muitos ventos e marés o EXPRESSO DE FELGUEIRAS man-tém-se com a convicção de sempre e a certeza de que este jornal será sem-pre o que os felgueirenses quiserem…

| Miguel Carvalho

>Editorial

Sexto aniversário

Page 4: Expresso de Felgueiras

� | 13.ABRIL.2012 |

O secretário-geral do PS, António José Seguro, exortou,

no dia 23 de março, o Go-verno a acelerar o proces-so de reembolso do IVA às empresas, lembrando que os atrasos estão a criar pro-blemas de liquidez.

“O Governo tem res-ponsabilidade na adoção de medidas públicas e so-bretudo no reembolso do IVA para não criar dificul-dades às empresas que têm condições para criar rique-za e postos de trabalho”, afirmou.

António José Seguro falava em Felgueiras, onde visitou uma fábrica de cal-çado que exporta a maioria da sua produção.

Comentando as dificul-dades de acesso ao crédito, reafirmadas pelos empre-sários de Felgueiras, o líder socialista defendeu que “o processo de recapitalização dos bancos não deve pôr

em causa a economia”.“Não deve ser à custa

das nossas empresas que o processo de capitalização deve ser feito”, salientou.

Além disso, defendeu que o Governo deve ser mais célere “no sentido de que os projetos das empre-sas que já foram aprova-dos, no âmbito do QREN, possam ser completamente pagos e financiados”.

“Isso evitaria que as empresas que já têm em execução esses projetos passem por dificuldades”, disse.

“Nós precisamos de acarinhar estas empresas, porque elas querem criar mais postos de trabalho”, acrescentou aos jornalistas.

António José Seguro lamentou, por outro lado, que o aumento dos custos com a energia, provocados pelas mudanças no IVA, esteja a colocar problemas à competitividade das em-

presas portuguesas.Para o secretário-ge-

ral socialista, “é possível o país sair desta crise pelo lado do crescimento econó-

mico” A consolidação das

contas públicas deve ser feita por via do crescimen-to económico e do empre-

go. É preciso fazer uma convergência muito gran-de das políticas públicas e de todas as orientações da União Europeia no sentido

de apoiar os empresários”, defendeu.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

PS: Governo deve acelerar reembolso do IVA para não criar problemas de liquidez” – António José Seguro

DESEMPREGO: Quarenta mil sem emprego no Tâmega e Sousa

O desemprego na re-gião do Tâmega e Sousa aumentou

cerca de seis por cento em apenas dois meses, afetan-do quase 40 mil pessoas, revelam dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional.

Segundo os indicado-res, comparando os dados do final de dezembro com os dados de fevereiro, cons-tata-se a existência de mais 2.191 pessoas inscritas nos centros de emprego.

Só o concelho de Pa-redes contribuiu com 416 novos desempregados, se-guido de Paços de Ferreira, com mais 295 pessoas sem trabalho.

Nestes dois municípios, cujas empresas lideram a produção nacional de mo-

biliário, o aumento do de-semprego, no período de dois meses, foi de sete por

cento. Ao todo, nesses con-celhos, há 11 mil desem-pregados, mais cerca de

700 do que em dezembro. Estes indicadores confir-mam o elevado número de

insolvências verificado nos últimos meses neste setor de atividade.

Na região, apenas o concelho de Felgueiras tem evidenciado bom de-

sempenho nos números do desemprego, confirmando o bom momento do setor

do calçado. Neste período, o crescimento foi residual, confirmando as ligeiras su-bidas ou descidas das últi-mas amostragens.

O concelho que apre-sentou maior crescimento do desemprego em termos percentuais foi Lousada, com mais de oito por cento face ao verificado em de-zembro. Neste dois meses, 229 pessoas ficaram sem trabalho no concelho.

Penafiel também foi afetado, registando mais 267 pessoas sem trabalho, uma subida de 5,79 por cento.

No Baixo Tâmega, os concelhos de Amarante e Marco de Canaveses, onde predomina o setor da cons-trução, continuam a perder emprego. Em dois meses,

aqueles municípios regista-ram menos 506 empregos. Percentualmente, o desem-prego subiu quase seis por cento de dezembro a janei-ro.

Na NUT (Nomenclatu-ra de Unidade Territorial) do Tâmega, o concelho de Resende registou, percen-tualmente, o maior cres-cimento no desemprego, cerca de 11 por cento. Em dois meses, aquele municí-pio do Douro Sul perdeu 91 empregos.

Só nos concelhos do Vale do Sousa, os mais industrializados da NUT, o desemprego subiu, em 2011, cerca de 11,38 por cento, tendência que se tem mantido nos primeiros me-ses de 2012.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

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µAndré Moniz

Graças ao bom momento do setor do calçado, o concelho de Felgueiras é o que apresenta melhores resultados em termos de empregabilidade na região do Tâmega e Sousa

António José Seguro escolheu uma empresa de Felgueiras para evidenciar o bom desempenho do setor exportador em Portugal

Page 5: Expresso de Felgueiras

| 13.ABRIL.2012 | �

O líder da distrital do Porto do CDS-PP, Campos Cunha,

disse à Lusa que o parti-do não se oporá à vontade da concelhia de Felgueiras

de não renovar a coligação autárquica com o PSD nas eleições de 2013.

“Penso que os passos dados pela concelhia de Felgueiras indiciam que eles não estão interessados em continuar a coligação. Se for isso, a distrital res-peitará”, afirmou o dirigen-te, à margem de uma visita de deputados a Felgueiras.

O presidente da distrital comentava as declarações de Madalena Silva, líder local, perante os parlamen-tares Vera Rodrigues e Mi-

chael Seufert, na sede do CDS de Felgueiras.

A presidente da conce-lhia identificou, no momen-to, o militante Luís Miguel Nogueira como o candidato daquele partido, em Fel-gueiras, nas autárquicas de 2013.

“Não podemos ultra-passar aquilo que a conce-lhia entender fazer no con-celho”, acrescentou à Lusa o líder distrital.

Campos Cunha lembrou que o acordo de coligação com o PSD, que se tradu-

ziu numa vitória em 2009, com maioria absoluta, afas-tando Fátima Felgueiras da liderança do município, reportava-se apenas a um mandato.

Para haver nova coli-gação, sublinhou, terá de haver acordo dos dois par-tidos, o que, admitiu, não ocorrerá com o CDS-PP de Felgueiras.

“Um deles está a dizer que não está interessado. O que eu vejo é que [o CDS] Felgueiras já adiantou bas-tante o seu serviço e vai ser

difícil voltar atrás”, disse Campos Cunha.

O líder da distrital de-fendeu que o tempo para se definir eventuais coliga-ções nos vários concelhos do Porto deve ocorrer logo após a definição das novas leis autárquicas.

“Todas as concelhias devem preparar listas pró-prias para irem eleições. Se houver da parte do PSD in-teresse em coligações have-rá negociações”, concluiu.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

AUTÁRQUICAS: Distrital do CDS do Porto não se oporá ao fim da coligação com o PSD

A deputada do CDS-PP Vera Rodrigues anunciou, no dia 2

de abril, que vai pedir ex-plicações ao Governo sobre a insuficiência de médicos no Centro de Saúde de Fel-gueiras.

A parlamentar disse à Lusa esperar ser esclareci-da sobre a razão pela qual mais de metade da popu-lação deste concelho do distrito do Porto não tem médico de família.

“Queremos perceber as razões concretas desta si-tuação”, afirmou, reconhe-cendo que nos concelhos do interior o problema é mais preocupante.

Os deputados Vera Ro-drigues e Michael Seufert, acompanhados da dirigente

local Madalena Silva, vi-sitaram o centro de saúde local, onde recolheram ele-mentos sobre o problema da falta de clínicos.

Vera Rodrigues lem-brou que a questão não é

nova, podendo, no futuro, ser melhorada com a deci-são tomada pelo Governo no sentido de dar priorida-de à formação de clínicos especializados em medici-na familiar.

À saída do centro de saúde, os dois deputados foram confrontados com a presença de um repre-sentante da comissão de utentes. Júlio Antunes re-afirmou que o serviço na-

quele equipamento tem-se degradado nos últimos me-ses com a insuficiência de médicos.

Pedindo a ajuda dos de-putados do CDS-PP, Júlio Antunes recordou que, na maioria do tempo, apenas há dois clínicos no serviço reforço do centro de saú-de, o que é, insistiu, insu-ficiente para corresponder às necessidades de cerca de 35 mil pessoas que não têm médico de família no concelho.

A líder local do CDS-PP, Madalena Silva, lamen-tou a situação, que disse ser “intolerável” num conce-lho que tanto contribui para a economia do país, graças às centenas de empresas de calçado.

A dirigente criticou também a câmara munici-pal, defendendo que quem governa o concelho “não tem feito tudo” para resol-ver “o problema antigo” da falta de médicos.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

Deputada do CDS-PP quer explicações do Governo sobre falta de médicos

µArmindo Mendes

µArmindo Mendes

Luís Miguel Nogueira é apontado pelo CDS de Felgueiras como possível candidato à presidência da Câmara

Deputada Vera Rodrigues

Page 6: Expresso de Felgueiras

� | 13.ABRIL.2012 |

> Entrevista

EXPRESSO DE FEL-GUEIRAS (EF) - Imagi-no que, há alguns meses, a senhora não contasse assumir um lugar de ve-readora. Agora que essa situação já ocorreu, pode dizer-nos como reagiu quando essa hipótese se colocou?

DULCE VIEIRA (DV) - Confesso que não vislumbrava substituir o ex-vereador Eduardo Tei-xeira, ou qualquer outro, no Executivo Municipal. É conhecida a coesão da equipa de que fazia parte e o excelente trabalho que vinha desenvolvendo.

Reconheço, não obs-tante, não ser tarefa fácil substituir um vereador que, além da obra produ-zida, tem um carisma es-pecial e um enorme capi-tal de simpatia junto dos munícipes. Aproveito o ensejo para agradecer ao companheiro Eduardo Tei-xeira o seu encorajamento e a disponibilidade que me transmitiu e desejar-lhe as

maiores venturas pessoais, familiares e profissionais.

Quando aceitei partici-par na lista que, posterior-mente, se consagrou ven-cedora nas eleições para o Executivo do Município de Felgueiras, não foi de ânimo leve que tomei tal decisão. Assumi comigo mesmo que tal atitude im-plicaria a possível assun-ção de responsabilidades de que não me poderia desvincular. Por isso, a mi-nha reação perante o facto de vir a integrar o Exe-cutivo quando tal me foi transmitido, pessoalmen-te, pelo Senhor Presidente da Câmara foi manifestar-lhe a minha total disponi-bilidade para uma missão de serviço, em correspon-dência com a postura que me vem caracterizando ao longo da minha carreira profissional.

EF - A sua entrada, em regime de permanência, para a Câmara Munici-pal conduziu à saída dos serviços de Felgueiras da

Segurança Social. Ima-gino que tenha sido uma decisão difícil?

DV - A minha atual situação de vereadora a tempo inteiro significa, apenas, um interregno e uma ausência temporária da casa que venho servin-do ao longo dos últimos vinte anos. Parafraseando um ex-ministro não sou vereadora, estou vereado-ra.

Foi, efetivamente, uma decisão difícil. Mas foi to-mada com uma certeza: a de poder contribuir para o bem-estar e desenvol-vimento desta terra, ago-ra numa outra vertente. Devo ainda acrescentar que, ao colocar o meu co-nhecimento e experiência adquiridos ao serviço da Segurança Social, à dis-posição e no interesse da autarquia poderei, mais tarde, retribuir com a mes-ma moeda perante a Segu-rança Social.

Mudar é sempre um desafio, difícil mas esti-

mulante, principalmente quando temos a oportuni-dade de sermos úteis aos nossos conterrâneos.

EF - Como estão a ser as primeiras semanas de tra-balho na autarquia?

DV - A minha integra-ção tem vindo a ser efe-tuada de uma forma que, atendendo ao meu passado profissional na condição de elemento, ora integra-dor ora integrante, consi-dero a mais recomendá-vel. O ritmo na autarquia é alucinante pois as áreas de intervenção são vastas e diversificadas. Integro uma equipa onde as ideias os projetos e as dificulda-des são partilhadas, o que nos leva a ter um conhe-cimento transversal das principais áreas de atua-ção da autarquia. Tenho tido todo o apoio, não só do presidente e colegas de vereação, como dos demais elementos, inde-pendentemente do seu posicionamento na escala

hierárquica. Faço uma análise posi-

tiva deste período de tra-balho e estou confiante em relação ao futuro.

EF - Um dos pelouros que assumiu foi o que tem a ver com as questões sociais, área que domina com certeza. No seu pon-to de vista o que é que a autarquia pode fazer para minimizar o sofrimento das famílias que se de-batem com mais dificul-dades decorrente da crise que o país atravessa?

DV - Num momen-to particularmente difícil para o país, em que as questões sociais ganham uma importância acres-cida, venho reforçar um projeto com forte vín-culo social. Para o atual Executivo, a aposta nas famílias e nos apoios so-ciais são uma imagem de marca consubstanciada numa política social com iniciativas claramente di-recionadas para os mais

carenciados e para esta-belecer parcerias com as instituições concelhias, em particular com as de solidariedade social. To-dos seremos poucos para ajudar muitas famílias que precisarão de apoios nos próximos tempos.

Estas preocupações são partilhadas por todo o exe-cutivo e em particular com a minha colega vereadora, Carla Meireles, a qual tem desenvolvido um trabalho meritório. Vamos parti-lhar responsabilidades e tarefas e os felgueirenses sairão a ganhar com este reforço na área social do Executivo.

No capítulo das ques-tões sociais é pertinente realçar que me foi delega-da pelo Senhor Presidente da Câmara a representação da edilidade na parceria com a Segurança Social no Núcleo Local de Inser-ção (NLI). Esta entidade é uma estrutura operativa de base concelhia e compo-sição plurissectorial com-posta pela Câmara Muni-

“Mudar é sempre um desafio difícil, mas estimulante”Dulce Vieira, a nova vereadora no execu-tivo municipal, a propósito do cargo que agora ocupa

Page 7: Expresso de Felgueiras

| 13.ABRIL.2012 | �

Oferta N.º 587806274Profissão: GaspeadorIndicação do Regime de Trabalho: Trabalho a tempo completo, experiência com máquina de coser lateral e PratikLocal: Torrados - Felgueiras

-Oferta N.º 587809651Profissão: ModeladorIndicação do Regime de Trabalho: Modelador ou ajudantes de modelação, com experiênciaLocal: Sendim - Felgueiras

-Oferta N.º 587799987Profissão: GaspeadorIndicação do Regime de Trabalho: Contrato permanente, cravar/coser sapatos com experi-ênciaLocal: Refontoura - Felgueiras

-Oferta N.º 587806122Profissão: Cortador de PelesIndicação do Regime de Trabalho: Contrato permanente, cortador de peles com experiênciaLocal: Refontoura - Felgueiras

-Oferta N.º 587809678Profissão: Empregado de MesaIndicação do Regime de Trabalho: Contrato a termo. Experiência exigidaLocal: Refontoura - Felgueiras

-Oferta N.º 587809682Profissão: Ajudante de cozinhaIndicação do Regime de Trabalho: Contrato a termo. Experiência exigidaLocal: Refontoura - Felgueiras

cipal, organismos públicos representantes dos secto-res da Segurança Social, do Emprego e Formação Profissional, da Educação e da Saúde, obrigatoria-mente, e, facultativamen-te, por outras entidades e Juntas de Freguesia que, voluntariamente, queiram aderir. A sua função é as-segurar a implementação da medida do Rendimento Social de Inserção, com

vista a inserção dos bene-ficiários.

No âmbito da Prote-ção de Menores presido à respetiva comissão que faz o acompanhamento de crianças e jovens em ris-co. Comissão esta oficial, não judiciária, com auto-nomia funcional, que visa promover os direitos das crianças e jovens e preve-nir ou por termo a situa-ções suscetíveis de afetar

a sua segurança. O meu percurso e ati-

vidade profissional recen-tes dotaram-me de condi-ções passíveis de elencar e diagnosticar os constran-gimentos de índole social, individuais e familiares, no concelho de Felgueiras. Por isso, não posso deixar de manifestar a minha con-vicção de que a solução dos principais problemas (desemprego, educação,

saúde, justiça, etc.) não depende, exclusivamente, da inexistente varinha má-gica da autarquia, mas sim da conjugação de esforços das forças vivas do con-celho, articuladas sob a direção da autarquia, com o apoio indispensável do poder central.

|Armindo Pereira Mendes

Câmara de Felgueiras acompanha evolução de novas obras na cidade da Lixa

O Executivo munici-pal de Felgueiras visitou as obras em

curso na cidade da Lixa, a fim de verificar a sua evo-lução e informar a popula-ção local sobre os motivos que têm levado ao atraso da sua conclusão.

Problemas financeiros dos empreiteiros e atrasos nas negociações de terrenos são os principais motivos que justificam a demora da conclusão das obras que estão a decorrer na Lixa e que depois de concluídas vão renovar a imagem da-quela cidade.

Foram visitadas as obras do Plano de Reabili-tação Urbana da Lixa que tem a comparticipação fi-nanceira do Programa ON 2 - Programa Operacional Regional do Norte e outras obras que entretanto se ini-ciaram.

Estas intervenções re-sultam de um investimento que ultrapassa os 3 milhões

de euros.O presidente da Câma-

ra Municipal, Inácio Ribei-ro, salientando alguns dos motivos para os atrasos, esclareceu que a autarquia está atenta e sensível aos constrangimentos que cer-tas obras podem causar junto da população. A pro-pósito, referiu: “Sabemos que o prolongamento das obras está a afetar a popu-lação. Como todos sabe-mos, há uma conjuntura de crise internacional e muitas empresas não estão a cum-prir os prazos previamente acordados, devido à falta de liquidez financeira para concluírem os trabalhos com mais rapidez”.

Inácio Ribeiro garantiu: “Algumas obras estarão prontas em Junho e estarão todas concluídas até ao fi-nal do ano”.

Questionado sobre a crise e a diminuição de in-vestimento em muitos mu-nicípios, o edil lembrou:

“Há muito tempo que a Lixa precisava de ter novos equipamentos e infraestru-turas que facilitem a vida aos habitantes”. O autarca admitiu que vai continuar a solicitar ao poder cen-tral mais investimento e apontou as razões: “Temos insistido com os governan-tes e vamos continuar a insistir para que se invista em Felgueiras. Somos um concelho dinâmico, em-preendedor que contraria o flagelo do desemprego, por isso temos de investir e criar ferramentas para mo-tivar o desenvolvimento do concelho”.

A visita começou nas obras que estão a decorrer na rotunda que fará interse-ção entre a Av. da Repúbli-ca e a EN 101, uma obra, orçada em 206 mil euros, que vai resolver alguns constrangimentos de trân-sito existentes naquela área de tráfego acentuado.

De seguida, a comitiva

visitou os restantes pontos do périplo onde estão a de-correr as obras na cidade lixense, a saber: Rua dos Bombeiros Voluntários da Lixa, Rua D. António Fer-reira Gomes, Parque do Ladário, Zona Desportiva da Lixa – Balazar, Praça do Comércio e Casa da Cultu-ra da Lixa.

Gabinete Imprensa CM Felgueiras

Câmara Municipal juntou poetas locais em tertúlia na Lixa

A Câmara Munici-pal de Felgueiras assinalou o Dia

Mundial da Poesia dando projeção aos poetas locais através de uma tertúlia com poetas e autores de outros textos literários naturais e/ou residentes em Felguei-ras.

O evento, realizado no passado dia 24 de março, na Casa da Cultura da Lixa, Dr. Leonardo Coimbra, contou com a presença vá-rios autores.

Todos declamaram tex-tos da sua lavra e de outros autores, num salutar conví-vio cultural em que esteve

presente o vice-presidente da autarquia, João Sousa, que louvou a participação naquele sarau e o facto de cada um, com o seu es-forço, “contribuir para o enriquecimento da língua portuguesa e da cultura pro-veniente da nossa terra”.Gabinete Imprensa CM Felgueiras

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“Há uma excessiva densidade de investimentos da Câmara em Margaride e na Lixa”Vitor Vasconcelos (PSD/CDS), presidente da Junta de Airães

> Entrevista

A meio do manda-to autárquico, o Expresso de Fel-gueiras prossegue

com o ciclo de entrevistas políticas a autarcas e diri-gentes partidários.

Nesta edição ouvimos Vítor Vasconcelos, presi-dente de Airães, uma das maiores freguesias do con-celho.

Eleito pelo PSD, o au-tarca não deixa de criticar o que considera ser a ex-cessiva concentração de investimentos camarários em Margaride e na Lixa em prejuízo do resto do conce-lho.

Vitor Vasconcelos tam-bém critica a pouca am-bição dos protocolos cele-brados pelo município com as freguesias, defraudando as promessas eleitorais da Nova Esperança.

Nesta entrevista, o au-tarca reafirma a sua con-cordância com a agregação de freguesias.

EXPRESSO DE FEL-GUEIRAS (EF) - Foi eleito pela primeira vez presiden-te da junta em 2009. Como encontrou a junta de fre-guesia que herdou?

VÍTOR VASCONCE-LOS (VV) - Quando apelá-mos à mudança, partidária e pessoal, em campanha eleitoral, seria politicamente correto afirmar, agora, que, em momento de tomada de posse de funções autárqui-cas encontrámos um desvio de objetivos, um desacerto financeiro, um incumpri-mento institucional e uma omissão autárquica. Facil-mente encontraríamos dados e factos para sustentar as

eventuais afirmações. Como gosto de olhar

para o futuro, dificilmente me refugiarei em erros do passado para justificar uma eventual letargia autárquica, inibidora de projetos e afir-

mação local.Ressalvo a maturida-

de democrática e cívica de transmissão de funções do anterior Executivo para o atual, num exemplo de sã convivência, apesar das di-vergências de opinião ide-ológica e de opções, dando primazia aos interesses ge-rais da Freguesia.

Provavelmente, o dossier mais pesado que herdámos tenha sido o da ampliação do cemitério de Airães, uma obra prometida há mais de uma década e protocolada com a Câmara Municipal de Felgueiras em 2005, com o respetivo envio de verbas de financiamento. Houve a ne-cessidade de desclassificar o terreno da Reserva Agrí-cola Nacional (RAN), soli-citar pareceres obrigatórios à CCDR-N, Delegação de Saúde e ARH, para além de transferir a propriedade do terreno da Câmara Munici-pal de Felgueiras para a Jun-ta de Freguesia de Airães, através de doação, em De-zembro de 2011. Para além do mais, teve de se contornar formalismos da adjudicação da empreitada da Junta de Freguesia de Airães, feita em 2005, dada a posse do terreno ainda ser da Câmara Municipal naquela data, sem prejuízo dos interesses do

Empreiteiro.

EF - Que avaliação faz da primeira parte deste man-dato autárquico na sua Junta de Freguesia?

VV - Bastante positi-vo, com alicerces susten-tados para a restante parte do mandato, apesar dos constantes cortes de finan-ciamento estatal. Destaco a quase conclusão burocrática e arquitetónica do Projeto de Ampliação do Cemitério de Airães, para avançar a curto prazo; a reestruturação viária da zona do Mosteiro, para construção da Casa Mortuá-ria, pela Fábrica da Igreja; a beneficiação dos balneários do campo de futebol; o alar-gamento das redes de abas-tecimento público de água e de saneamento básico; a be-neficiação da berma do CM 1191, na zona do telhado; e a quase conclusão do estu-do de beneficiação e embe-lezamento da Rua de Santa Maria, desde o Paraíso até

ao Cemitério, prolongando-se pela Rua de Babais, entre outras pequenas beneficia-ções e alargamentos.

Institucionalmente, te-mos procurado afirmar a freguesia, com projetos em-brionários de escala regio-

nal, como a Escola de Edu-cação Ambiental da Carriça, tentando que a Sede da Junta de Freguesia de Airães seja um espaço de apoio à popu-lação, nas suas mais varia-das vertentes (serviços, en-fermagem, lazer, formação e animação sociocultural). Neste aspeto, a manutenção do posto de correios na fre-guesia é vitória deste Exe-cutivo.

EF - Quais têm sido as grandes prioridades do tra-balho do seu executivo?

VV - Afirmar a terra, a sua história, o seu patrimó-nio, as suas associações e as suas gentes, procurando, em tempos de crise e cortes financeiros, assumir valên-cias de aumento de quali-dade de vida. Obviamente, por um imperativo moral e ético para aqueles que há mais de 10 anos compraram o direito de concessão das suas sepulturas, a ampliação do cemitério de Airães é a nossa principal prioridade, assim como aguardamos do INFARMED a abertura de concurso para a instalação de uma Farmácia em Airães.

EF - O senhor tem traba-lhado com uma câmara que é liderada por elementos do mesmo partido. Essa sinto-nia política tem ajudado?

VV - Obviamente que a afinidade política de ma-

“Na labuta diária autárquica facilmente esquecemos os partidos e lutamos pelos interesses da freguesia”

µArm

indo Mendes

“Temos procurado afirmar a freguesia, com projetos embrionários de escala regional”

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| 13.ABRIL.2012 | �

µArm

indo Mendes

nifestos de intenções e a si-nergia de vontades comuns é uma ajuda! Não creio, con-tudo, que o parentesco polí-tico seja motivo de favore-cimento em relação a outras freguesias no concelho. As

verbas municipais que re-cebemos advêm de critérios técnicos detalhados em sede de Protocolo Geral de Com-petências. Além do mais, na labuta diária autárquica facilmente esquecemos os partidos e lutamos pelos interesses da freguesia, às vezes com contundência de argumentos e diferença de opiniões! Mais para diante, em período eleitoral, empu-nharemos as bandeiras par-tidárias.

EF - Alguns presidentes de junta, incluindo do PSD, têm-se queixado que não estarão a ter na Câmara de

Felgueiras a abertura que esperavam. Também par-tilha desse ponto de vista, tendo até em conta que lide-ra uma das maiores fregue-sias do concelho?

VV - Eu sou um eter-no insatisfeito, que lidero um executivo de coligação partidária (PSD - CDS/PP), conflituoso na defesa de in-teresses e abnegado na luta pela afirmação do Sul do concelho de Felgueiras: es-pero que a força do investi-mento municipal se reflita nesta zona do concelho, ain-da nos próximos meses, de que destaco a conclusão da EM564, as acessibilidades à N15, o funcionamento da rede de saneamento básico e a afirmação turístico-cultural dos bordados, do património histórico e dos produtos lo-cais. Penso que as diversas

candidaturas da Nova Es-perança foram consensuais nestes objetivos. Penso que o Executivo Municipal esta-rá aberto a estas questões...

EF - Que avaliação faz do trabalho do executivo camarário, destacando os pontos fortes e, eventual-mente, o menos fortes?

VV - Destaco, pela po-sitiva, a abnegação pessoal, a coragem de materializar projetos há muito prometi-dos e a afirmação cultural! Pela negativa, apesar de bas-tante majorados neste man-dato, a falta de ambição dos Protocolos de Delegação de Competências nas Juntas de

Freguesia, não nos assumin-do como verdadeiros parcei-ros do desenvolvimento lo-cal, e a excessiva densidade

de investimentos nos polos urbanos de Margaride e da Lixa.

EF - A menos de dois anos das próximas eleições au-tárquicas, já está em con-dições de revelar se vai

apresentar a recandidatura ao cargo que atualmente desempenha?

VV - Daqui a um ano faço um balanço político da ação da Junta de Freguesia de Airães e solicitarei uma avaliação aos dois partidos que represento em Coliga-ção (PSD e CDS/PP). Ape-sar da exigência e na anuên-cia das estruturas partidárias, não rejeito a possibilidade de continuidade por mais quatro anos, se a população assim o entender. Para quê

criar tabus? No entanto, e se confrontado com uma nova realidade territorial de agre-gação de freguesias, com exigências autárquicas a tempo inteiro, terei de pon-derar muito seriamente uma recandidatura, que me iniba pessoal e profissionalmente até 2017. E até pondero nem pensar em recandidaturas, para tornar o processo de Reorganização Administra-tiva mais transparente: no-vas freguesias, novos rostos! Sinceramente!

|Armindo Pereira Mendes

“Concordo com a agregação de freguesias para permitir uma justa distribuição de financiamentos públicos”

“Há uma excessiva densidade de investimentos nos polos urbanos de Margaride e da Lixa”

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Opinião

Director Comercial

Sérgio Martins

Ruturas

O aproximar das eleições internas para o Partido Socialista de Felgueiras acelera as movimentações e jogos de bastidores para a obtenção do melhor posi-cionamento dentro do partido. Tal interesse por estas eleições advém do facto de que, dos órgãos saídos de tal processo eleitoral, sairão também as listas de candidatos às próximas eleições autárquicas.

Numa reunião da comissaão política – segundo a versão da juventude socialista - Eduardo Bragan-ça, líder da comissão política concelhia do PS Fel-gueiras e vereador eleito por este partido nas últimas eleições autárquicas, terá impedido os elementos da JS que têm, por inerência, assento na reunião de participarem na mesma e entrarem nas instalações. Eduardo Bragança defende-se dizendo que era uma reunião dos elementos da lista candidata e por tal motivo estes não poderiam estar presentes, enquanto os jovens socialistas alegam que os presentes eram todos da comissão política e que por isso era uma reunião em que eles têm assento. Entre argumentos de um lado e do outro, teve que ser chamada a GNR para tomar conta da situação. Fazendo querer valer os seu direitos regulamentares, a JS terá já recorrido para os órgãos jurisdicionais internos.

Independentemente da razão estar de um lado ou do outro, o que se verifica é uma rutura que agora se vai tornando cada vez mais visível. O PS é um par-tido dividido. Desde a saída de Fátima Felgueiras e de quase todos os seus apoiantes que o partido vive dividido e, por força da aproximação das eleições autárquicas, tal divisão vai-se tornando cada vez mais evidente. As recentes declarações de Fátima Felgueiras a este jornal, afirmando-se sempre socia-lista e não refutando a hipótese de vir a ser nova-mente candidata pelo PS à autarquia, abriram ainda mais a fenda que se sabia existir mas que ainda não era visível. Até agora.

Realizou-se, em Felgueiras, mais uma edição do Festival do pão-de-ló. Um dos ex-libris da nossa doçaria atrai a Felgueiras cada vez mais visitantes, maior diversidade de expositores de todo o país, e como consequência, maior receita para o comércio local que vê, nesta época uma forma de aumentar as receitas. Para além disso, este Festival nunca foi tão divulgado, em Portugal e em Espanha, garantindo que Felgueiras fique deste já e para o futuro associa-da a este Festival. Assim como temos os Festivais de Montalegre (presuntos e enchidos) e o de Óbidos (chocolate), temos o de Felgueiras com o pão-de-ló. Quem, como Eduardo Bragança, vereador do PS votou contra a forma como este Festival esta-va estruturado, dizendo na sua declaração de voto “Voto contra por considerar que este certame devia restringir-se aos produtos tradicionais do concelho de Felgueiras, pão-de-ló, lérias, cavacas, rosqui-lhos, compotas, mel, vinhos e outros. Conforme a proposta que é apresentada estamos a promover de forma gratuita, a concorrência aos produtos da nos-sa terra.”, devia agora reconhecer que afinal estava enganado…

Consultor TIC

Hélder Quintela

Contrastes!

Duas edições, duas mulheres da política felguei-rense com declarações fortes a indiciarem que as duas - não necessariamente coligadas/concertadas (isso ver-se-á em tempo futuro) -, quererão agitar as decisões pré-eleitorais, procurando ganhar vantagem competitiva.

Enquanto do lado do CDS-PP o ambiente dentro da coligação Nova Esperança pós-autárquicas nunca foi saudável, uma vez que Madalena Silva nunca se conformou com o papel que foi atribuído pelo PSD ao seu parceiro de coligação no Executivo Municipal; por parte de Fátima Felgueiras existem dois factores que penso que a ex-presidente da CMF ainda não re-solveu: o afastamento do seu Partido de sempre e a derrota eleitoral. Conhecendo-se a sua determinação e objectividade é de acreditar que os pretenda resolver para poder seguir em frente. E o ideal, seria encontrar uma solução conjunta (dois em um) para estes assun-tos abertos na sua carreira política: ser “readmitida” pelo PS, e encabeçando a lista ao Executivo Muni-cipal nas próximas autárquicas tentar vencer o acto eleitoral. Mas...

... não sendo possível a readmissão partidária, há quem vislumbre um possível cruzamento nas estradas políticas de Madalena Silva e Fátima Felgueiras. Até porque a recente aproximação de pessoas ao CDS-PP vindas de outros quadrantes do espectro político-partidário felgueirense, faz aumentar a especulação, e a leitura de que uma possível concertação poderá estar a ser equacionada e avaliada! Aguardam-se as cenas dos próximos capítulos, até porque ainda não é evidente que os motores estejam já em preparação, parecendo que se vivem momentos de movimentos envergonhados, destinados a estrategas afoitos, que vão movimentando peões, que na segunda linha con-tinuam disponíveis para serem rostos públicos de “jo-gos de bastidores”!

Enquanto isso, o Executivo Municipal do PSD vai-se movimentando na praça pública, aplicando receitas de outros, que tanto criticou no passado recente (será mesmo verdade que a oposição quando chega a poder tem amnésia?) mas, que agora utiliza sem qualquer disfarce! O último exemplo é a forma “inteligente” e demasiado evidente como procurou projectar a ima-gem do Presidente da autarquia durante o evento Fes-tival do Pão-de-Ló.

Para que não fiquem dúvidas, o evento é claramen-te uma mais-valia para o concelho e merece os maio-res encómios, sendo uma iniciativa necessária e bem organizada que precisa continuar a ser acarinhada e realizada, pelo tipo de evento, pelo envolvimento do tecido económico e social e pelo local de realização. Estes três aspectos são muito felizes, contrastando com a forma como se utilizam determinados aspectos do evento em que vem à memória o ditado: “a bota não bata com a perdigota”. Lembram-se das críticas que se ouviam sobre os programas de televisão quan-do o executivo era liderado por Fátima Felgueiras? Crítica à volta da forma como era projectada a ima-gem do executivo (leia-se presidente), crítica sobre os custos associados...

Gestor

Luís Miguel Nogueira

Afinal...foi uma festa!

De há uns tempos para cá, e principalmente de há um ano para cá, que muitos portugueses se interrogam a si mesmos e uns aos outros:

“Como é que foi possível? Como é que chegamos aqui? O que é que os políticos e os governantes deste país anda-ram a fazer nos últimos 38 anos? Será que estamos todos doidos?”

Pois é...eu próprio me tenho interrogado sobre o mes-mo.

Desde o 25 de Abril de 1974, foi a 3ª vez que Portugal teve que pedir ajuda, ou seja, dinheiro emprestado, a insti-tuições financeiras internacionais (FMI, BCE e Comissão Europeia), para não ir à bancarrota, que mais não é do que não ter dinheiro para pagar as suas responsabilidades.

Inacreditável. Em 25/04/1974 Portugal tinha falta de muitas coisas, mas de dinheiro não era com certeza. Então, o que é que os nossos governantes (dos quais, muitos deles, hoje disfrutam do estatuto de verdadeiros heróis da demo-cracia) andaram a fazer para que em 1977 Portugal tivesse que efectuar o primeiro pedido? E em 1983 o segundo? E em 2011 o terceiro?

Este estado de insolvência não é mais do que o resulta-do de uma gestão ruinosa dos dinheiros públicos (que vem dos nossos impostos), gastando sistematicamente mais do que aquilo que se ganha, cobrindo essa diferença com dinheiro emprestado. Entra-se em estado de insolvência quando se continua a gastar mais do que o que se ganha e de repente não nos emprestam mais dinheiro.

Se isto parece estúpido a qualquer um de nós, e jamais o faríamos em nossas casas, então como é que os portu-gueses continuam sempre a depositar a sua confiança nos mesmos que nos têm gerido desta forma incompetente, inaceitável, e até inacreditável, para além de outros adjec-tivos mais apropriados?

O Dr. Medina Carreira explica que chegamos aqui devi-do a dois factores: INCOMPETÊNCIA e LOUCURA.

A incompetência é bem visível, mas a loucura não é só de quem os elegeu, é também dos próprio governantes.

Ainda esta semana tivemos a oportunidade de teste-munhar dois testemunhos desta “demência” por parte das duas ex-ministras da educação dos governos socialistas de José Sócrates.

Maria de Lurdes Rodrigues disse a Parque Escolar “foi uma festa: para o País, para os alunos, para a engenharia, para a arquitectura, para o emprego, para a economia....” e a sua sucessora Isabel Alçada e acha que a Parque Escolar até saiu barato.

Não dá para acreditar, mas infelizmente é verdade.Ouvir falar desta maneira quem nos governou e geriu /

gastou os dinheiros públicos “à la garder” é aterrador. Prin-cipalmente quando vivemos numa época de dificuldade extrema, onde se pedem aos portugueses mais e mais sacri-fícios para pagar as dívidas que estes loucos contraíram.

Nas palavras destas senhoras vêem-se bem a INCOM-PETÊNCIA e a LOUCURA que falávamos há pouco. Incompetência pois não fazem ideia do que é gerir o di-nheiro público, e loucura pois ainda têm a lata de dizer o que dizem.

Enfim, para estas personagens foi uma FESTA, paga por nós, contribuintes portugueses, onde se gastou à gran-de e à francesa, e ainda por cima esqueceram-se de nos convidar.

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O protocolo entre o Ministério da Saú-de e os bombeiros

sobre o transporte de do-entes não urgentes “não foi um bom acordo, mas o pos-sível”, disse à Lusa, no dia 31 de março, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).

“Não quisemos impor valores que, sendo justos para a prática dos bombei-

ros, poderiam ser pesados em relação ao momento que o país atravessa”, afir-mou Jaime Mota Soares.

“Foi o acordo possível para podermos continuar a servir as populações”, acrescentou.

Falando em Felgueiras, onde decorreu o Conselho Nacional da Liga dos Bom-beiros Portugueses, Jaime Mota Soares sublinhou, à

Lusa, que o acordo com o Ministério da Saúde “não permite resolver todos os problemas”.

No entanto, admitiu que “houve um conjunto de propostas que foram devidamente aceites [pelo ministério] e que constam do protocolo assinado entre o secretário de Estado da Saúde e a Liga”.

Apontando alguns

exemplos daquilo que fi-cou acertado entre as par-tes, revelou que o custo por quilómetro passou para 51 cêntimos e que a taxa de saída passou de 7,5 para 10 euros.

Disse também que nas negociações ficou acordado que a taxa de utilização de oxigénio aumentou 60 por cento, acréscimo percentu-al também aplicado na hora

de espera nos hospitais.Jaime Mota Soares su-

blinhou que, se este acordo não fosse encontrado, “po-ria em perigo a continuida-de de muitas associações de bombeiros”.

À Lusa lembrou, por exemplo, que o preço por quilómetro não sofria atua-lizações desde 2009, apesar de os custos com combus-tíveis e outros encargos te-

rem aumentado 60 por cen-to desde esse ano.

O presidente da Liga lembrou que as alterações introduzidas recentemente pela tutela na comparticipa-ção dos transportes de do-entes não urgentes tiveram “uma repercussão imediata na faturação dos bombeiros com diminuição de 40 a 80 por cento”.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

Protocolo sobre transporte de doentes não urgentes “foi o acordo possível” – Liga de bombeiros

O autarca social-de-mocrata de Airães, freguesia do con-

celho de Felgueiras, Vítor Vasconcelos, acusa a Asso-ciação Nacional de Fregue-sias (ANAFRE) de defender “uma posição corporativista e de manutenção de cargos” quando se opõe à reforma do poder local.

Para o presidente da terceira maior freguesia de Felgueiras, com cerca de 2.700 habitantes, a oposição da ANAFRE à agregação de freguesias é populista e de-magógica.

“Creio que vai a reboque de posições corporativistas, de manutenção de cargos, lugares e compadrios”, as-sumiu Vitor Vasconcelos em declarações à Agência Lusa.

O presidente da junta de Airães, eleito em 2009

numa lista de coligação PSD/CDS, sustenta que a ANAFRE não tem legitimi-dade para falar em nome de todas as freguesias, sobre-tudo porque só representa cerca de um quarto daquelas autarquias.

Vitor Vasconcelos elo-gia a reforma administrati-va proposta pelo Governo, nomeadamente a agregação das freguesias, sublinhando que a mesma permitirá dar mais escala, “dignificando essas autarquias”.

“As juntas de freguesias são os parentes pobres do poder autárquico português. Há necessidade de dignifi-car as juntas de freguesia. Para isso, é necessário que tenham uma outra dimensão em termos de competências, mas também de territoria-lidade, para dar uma outra escala ao investimento”, ex-

plicou.Para o autarca, a reforma

vai traduzir-se em ”maior transparência e democratici-dade na representatividade das populações”, ao mesmo tempo que as freguesias dei-xarão de “estar reféns das câmaras municipais e das suas vontades políticas”.

“Isto tem, de uma vez por todas, de acabar neste país. Portugal tem de deixar de ser um país de capelinhas e dinossauros autárquicos”, observou.

No caso do seu concelho, disse concordar que passe a ter oito ou nove freguesias em vez das atuais 32.

Reconhecendo que nos meios rurais existe alguma oposição à reforma, Vitor Vasconcelos explicou essa resistência com “o senti-mento de paroquialidade e bairrismo”.

Há interesses partidários e pessoais instalados nas freguesias. Há muita gente que gosta de manter o seu cargo e o seu estatuto na sua paróquia”, disse.

Para o presidente da Jun-ta de Airães, o país também devia caminhar no sentido da agregação de alguns mu-nicípios, nomeadamente os mais pequenos.

“Muitos deles têm uma população inferior a algu-mas freguesias. Não faz sentido estarmos a manter determinado tipo de cargos e verbas, porque isso é um esbanjar de dinheiros públi-cos”, defendeu.

Para o autarca, o Gover-no recuou, “por questões populistas e demagógicas”, na possibilidade de agre-gação de concelhos devido à pressão que tem sofrido da Associação Nacional de

Municípios.“Enquanto o país con-

tinuar refém de questões eleitoralistas dificilmente conseguiremos andar para

a frente, independentemente da austeridade que tenha-mos”, considerou.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

Presidente de junta de Airães acusa ANAFRE de posição “corporativista” na reforma do poder local

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Processo 1782/11.0TBFLG – Liquidação do ActivoInsolvente: LFM - Contabilidade, Auditoria Consultadoria Fiscal e Formação Informática, Lda.Administrador de Insolvência: Amadeu José Maia Monteiro de Magalhães

O Administrador de Insolvência vai proceder à venda dos bens da Insolvente constantes do Auto de Arrolamento, através de apresentação de propostas em carta fechada. Os interessados deverão enviar as suas propostas em carta fechada devidamente identificadas com nome, ende-reço, fotocópia do Bilhete de Identidade ou NIPC, e contactos. As propostas deverão ser remeti-das ao cuidado do Administrador de Insolvência, Dr. Amadeu José Maia Monteiro de Magalhães indicando o nº do Processo, para a morada: Rua Gabriel Pereira de Castro nº 77, 4700-385 Braga até ao dia 19/04/2012.

As propostas recebidas serão abertas no dia 20/04/2012, às 15h00m, na morada acima indi-cada, na presença do Administrador de Insolvência.

Os bens, melhor descritos no Auto de Arrolamento, serão mostrados mediante prévia marca-ção com o Administrador de Insolvência a efectuar através do telefone n.º 253 272 385.

O processo de venda deve respeitar as seguintes condições:1. Aceitam-se propostas no limite mínimo de 70% do valor presente no Auto de Arrolamento

(Nº 3 do Artigo 894º do CPC).2. Aos bens móveis acresce IVA à taxa legal.3. Os proponentes devem juntar à sua proposta, como sinal de princípio de pagamento, nu-

merário ou um cheque emitido à ordem da Massa Insolvente LFM, Lda., no montante de 20% do valor ofertado (Nº 4 do Artigo 164º CIRE).

4. O Administrador de Insolvência reserva-se no direito de não adjudicar a venda dos bens.5. Os bens são vendidos no estado jurídico e físico em que se encontram, sendo fiel deposi-

tário o Administrador de Insolvência.6. Será dada preferência à proposta que contemple a totalidade dos bens, desde que a pro-

posta item a item seja inferior ao da proposta única.Lote n.º 1 – Valor do Lote: 1.985,00€ (Verba nº 1 a nº 14 do Auto de Arrolamento)(1 Fotocopiador da marca RICOH - Aficio - 1022; 1 Telefone/Fax da marca Philips; 1 Conjunto

de seis mesas em madeira, cinza clara e 17 cadeiras e plástico azuis; Quadro de slides e respec-tivo aparelho da marca Toshiba e um televisor da marca Electric; 3 Computadores portáteis da marca Compact; 12 Secretárias em madeira; 10 Cadeiras em napa; 5 Computadores com monito-res da marca HP, rato, teclado e CPU; 1 Impressora da marca REX-Rotary; 1 Armário em madeira castanho-escuro; 2 Computadores Portáteis da marca ASUS e HP; Diverso mobiliário composto por cadeiras, mesas, armários, estantes e prateleiras; 1 mobília de sala de reuniões, composta por uma mesa em madeira e seis cadeiras pretas; 1 Computador composto por monitor da marca HP, rato, teclado e CPU e uma fotocopiadora EPSON)

O Administrador da Insolvência

ANÚNCIOPROPOSTA EM CARTA FECHADA

EXPRESSO DE FELGUEIRAS Nº117 13/04/2012

Os mais de 400 in-cêndios florestais verificados, desde o

início do ano, na região do Baixo Tâmega, representam um aumento superior a 300 por cento face a igual pe-ríodo de 2011, disseram à Lusa vários comandantes de bombeiros.

“Nunca vi nada disto”, afirmou à Lusa o coman-dante de Baião, José Costa, bombeiro há mais de 40 anos.

Nas vilas e cidades da região, o som das sirenes dos quartéis de bombeiros já entrou no quotidiano dos re-sidentes, tantas têm sido as situações de incêndios nos últimos meses.

Janeiro e fevereiro fo-

ram meses com um número muito elevado de ignições, mas em março o proble-ma agravou-se sobretudo porque os incêndios come-çaram a atingir dimensões mais preocupantes em ter-mos de área ardida, sem que os bombeiros tenham efeti-vos suficientes.

Os comandantes do Marco de Canaveses, Ama-rante, Baião e Celorico de Basto foram unânimes na conclusão de que a maioria das ignições tem origem em queimadas, mas admitem que algumas possam ter ori-gem criminosa.

Em Amarante, Marco de Canaveses, Baião e Celori-co de Basto, concelhos com vastas áreas de montanha e

floresta, as respetivas cor-porações de bombeiros não têm parado durante o mês de março.

Em alguns dias, os bom-beiros são chamados a com-bater dezenas de incêndios, alguns de dimensão consi-derável.

De 09 a 11 de março, no Marão, arderam mais de 182 hectares de floresta num só incêndio que afetou territó-rio de Baião e Amarante.

Em Celorico de Basto, um incêndio destruiu 50 hectares e outros no Marco de Canaveses ultrapassaram os 10 hectares.

Em Amarante, garan-tiu o segundo comandante Gonçalo Monteiro, já ardeu mais área nestes três meses

do que na totalidade do ano passado.

“Não sei onde isto vai parar”, desabafou.

Marinho Gomes, co-mandante dos bombeiros de Celorico de Basto, sublinha a dificuldade que há neste momento para acorrer aos incêndios devido à falta de pessoal permanente. José Costa, de Baião, cuja cor-poração também não tem bombeiros permanentes, concorda e diz que, por isso, a mobilização de meios tor-na-se muito mais demorada, porque os bombeiros volun-tários estão nos seus empre-gos.

Sérgio Silva, adjunto de comando no Marco de Canaveses, diz que o corpo permanente de cinco bom-beiros profissionais é insufi-ciente para acorrer a tantos fogos, sobretudo durante a noite e ao fim de semana. À Lusa referiu que em igual período de 2010 ocorreram 22 incêndios. Desde janei-ro deste ano, garantiu, os bombeiros registaram 116 ignições.

“Está a ser pior do que em 2005, um ano que tam-bém foi muito difícil, mas apenas no verão”, observou.

Os responsáveis admiti-ram a preocupação face ao

que pode ocorrer nos próxi-mos meses, sobretudo se o tempo seco se mantiver.

Marinho Gomes, de Celorico de Basto alertou, a propósito, para o facto de as matas da região estarem cada vez mais sujas, o que aumenta bastante os riscos de ignições e as dificuldades de combate às chamas.

Além disso, acrescenta o segundo comandante de Amarante, o pessoal está muito cansado por sema-nas de muito trabalho e as viaturas começam a revelar desgaste.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

BAIXO TÂMEGA: Bombeiros da região já enfrentaram mais de 400 incêndios desde janeiro

Líder nacional do PS vai voltar a Felgueiras antes do verão

O secretário-geral do PS, António José Seguro, vai voltar

a Felgueiras, antes do ve-rão, para participar numa atividade da concelhia, disse ao Expresso de Fel-gueiras o presidente do PS local, Eduardo Bragança.

Segundo o dirigente felgueirense, António José Seguro ficou “muito im-pressionado” com a rece-ção, nomeadamente o nú-mero de pessoas, que teve quando, no dia 23, visitou uma empresa do concelho.

“Disse-nos que acom-panha com muito interesse o trabalho que o PS está a realizar em Felgueiras e por isso quer voltar com mais tempo para falar con-nosco”, contou Eduardo Bragança.

Provavelmente, a vinda de Seguro coincidirá com a tomada de posse da nova direção do partido em Fel-gueiras, após as eleições para a concelhia, às quais Bragança já anunciou a

candidatura.Para Bragança, a vinda

de António José Seguro e o anunciado regresso traduz o reconhecimento da lide-rança nacional pelo empe-nho da estrutura local, no sentido de encontrar uma alternativa ganhadora nas próximas eleições autár-quicas.

“O PS nacional acredita que vamos ganhar as autár-

quicas em Felgueiras. Têm essa convicção porque sa-bem o que estamos a fazer, sabem que estamos no bom caminho, na procura das melhores soluções e por-que também já perceberam que o poder atual na câ-mara não tem qualidade”, observou o presidente da concelhia.

|Armindo Pereira Mendes

Page 13: Expresso de Felgueiras

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O Festival de Pão-de-Ló, que se realizou em Felgueiras nos

dias 31 de março e 01 de abril, recebeu mais de 20 mil visitantes que escoaram os produtos dos exposito-res, cumprindo, assim, o êxito da iniciativa.

O Festival de Pão de Ló – Doces Tradicionais, reali-zado nos Claustros do Mos-teiro de Pombeiro, duplicou o número de visitantes.

O evento contou com a participação de 34 exposi-tores de venda do famoso

doce, das distintas marcas de vinhos verdes, entre ou-tras iguarias associadas.

A inauguração oficial foi presidida pelo presiden-te da Câmara Municipal, Inácio Ribeiro, que subli-nhou a importância deste evento promotor da iguaria representativa de Felguei-ras.

“Pretendemos através deste tipo de iniciativas, não só promover o pão-de-ló, mas também dar maior destaque ao turismo cultu-ral e gastronómico da re-

gião e, desta forma, motivar a economia do concelho em diferentes áreas”.

O autarca lembrou a im-portância cultural da ação. “Neste evento, a cultura e a tradição imperam pela pre-sença do secular Pão-de-Ló de Margaride, mas o evento é mais abrangente e tem ao dispor outros produtos re-presentativos da páscoa”.

Na iniciativa partici-param autarcas de outros concelhos e representantes de várias entidades oficiais, entre os quais Melchior

Moreira, presidente da En-tidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portu-gal (ERTPNP), que consi-dera o trabalho do executi-vo “notável pela aposta no turismo, pela criatividade, pela inovação”.

O certame ganhou ain-da maior projeção com um “especial páscoa em Fel-gueiras”, transmitido em direto pela TVI entre as 14 e as 20 horas, e que contou com a participação de vá-rios artistas nacionais.

Ainda no sábado, o pro-

grama foi cumprido com animação diversa: ateliers lúdico-pedagógicos (“Pas-teleiro por um dia” – Pão de Ló de Margaride, e “A Branca de Neve e os mini-pasteleiros”), seguindo-se uma tertúlia, “Conversas da Livraria”, sobre biblio-grafia alusiva às doçarias conventuais beneditinas. À noite, os visitantes as-sistiram a um concerto de música protagonizado pelo cantor felgueirense Daniel Moreira.

No domingo, o certame

reabriu às 10 horas, seguin-do-se a Missa de Ramos na igreja do Mosteiro de Pombeiro, solenemente ce-lebrada. Durante a tarde, efetuaram-se novos ateliers lúdico-pedagógicos, inter-calados com a atuação da Banda de Música de Fel-gueiras, das Tunas Acadé-micas da ESTGF e de um concerto de música folk tradicional portuguesa, pe-los “Pés na Terra”.

Gabinete Imprensa CM Felgueiras

Festival de Pão-de-ló foi “um sucesso”, segundo a Câmara

O júri do Concurso de Espantalhos 2012 já avaliou os

trabalhos apresentados na terceira edição do concurso e anunciou os vencedores.

Num universo de 45 espantalhos expostos, o primeiro prémio foi atri-buído à Cercifel, que apre-sentou um fotógrafo à La Minute. O Centro Social

Cultural dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Felgueiras arrecadou o se-gundo lugar com o guarda-soleiro. O terceiro prémio foi para a Associação para o Desenvolvimento Social da Freguesia de Margaride que apresentou a padeira de Margaride.

A instituição vencedo-ra recebe 250 euros o 2º

e 3º classificados recebem 200 e 150 euros, respetiva-mente, e os restantes par-ticipantes têm um prémio de participação no valor de 100 euros.

Os espantalhos estão expostos, até ao dia 01 de abril, na Praça da Repúbli-ca e resultam dos trabalhos apresentados pelos partici-pantes na terceira edição

do Concurso de Espanta-lhos, este ano com o tema “Profissões Tradicionais”, numa lógica de fomentar a relação entre as diferentes gerações, no âmbito das comemorações do Ano Eu-ropeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações.

Agricultores, ardinas, sapateiros, bordadeiras,

camponesas, carpinteiros, carteiros cesteiros, cozi-nheiros, engraxadores, estudantes, ferreiros, fotó-grafos, jardineiros, mecâ-nicos, moleiros, padeiros, peixeiros, pastores, tece-deiras, policia-sinaleiro, guarda-soleiro e treinador de futebol, são algumas das profissões representa-das na mostra que está a colorir o centro da cidade de Felgueiras.

Gabinete Imprensa CM Felgueiras

Concurso de Espantalhos já tem vencedores

Page 14: Expresso de Felgueiras

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PAÇOS DE FERREIRA: Mulheres vítimas de violência doméstica e sexual frequentam curso agrícola que promove a inserção

Dezanove desem-pregados de longa duração que bene-

ficiam do Rendimento So-cial de Inserção, a maioria mulheres com passado asso-ciado à violência doméstica e sexual, frequentam, em Paços de Ferreira, um curso agrícola que promove a in-serção.

Segundo fonte da Asso-ciação Empresarial de Pa-ços de Ferreira, a entidade promotora, a maioria dos formandos é constituída por

mulheres sem habilitações básicas, desempregadas de longa duração e com pas-sado associado à violência doméstica e sexual.

Esta iniciativa procura dotar os formandos de com-petências pessoais e sociais, porque os beneficiários apresentam também “graves problemas de iliteracia”.

Os formandos foram sinalizados pela Segurança Social e pelo Centro Novas Oportunidades.

“Integrar pessoas exclu-

ídas através de ferramentas sociais e profissionais que contribuam para o aumento da empregabilidade é o ob-jetivo do curso”, explica a fonte.

A formação está a ser frequentada por pessoas com idades compreendidas entre os 19 e os 53 anos.

Na componente agríco-la, estão a ser transmitidos conhecimentos na área da jardinagem e horto-fruti-cultura, também com o ob-jetivo de contribuir para a

autossustentação alimentar dos formandos.

A ação, com 800 horas de formação, no conjunto, conta com o apoio da escola profissional local Profisousa e a instituição de solidarie-dade Obra Social e Cultural Sílvia Cardoso.

A formação está a de-correr na Quinta do Moinho Moleiro.

Os produtos hortícolas ali produzidos no âmbito desta ação de formação se-rão, após a colheita, prevista

para maio, encaminhados para a cantina da Obra So-cial e Cultural Sílvia Cardo-so.

Esta instituição de so-lidariedade de Paços de Ferreira fornece diariamen-te refeições a mais de uma centena de jovens.

O curso conta com uma dotação de 135 mil euros, apoiado pelo Programa Operacional Potencial Hu-mano (POPH).

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

“Felgueiras necessita urgentemente de um novo modelo autárquico de política de juventude”

O líder da JP de Felgueiras, re-centemente elei-to, concede a sua

primeira entrevista ao Ex-presso de Felgueiras. Lucia-no Amorim, de 24 anos, ad-vogado estagiário, sublinha o trabalho empenhado que os jovens têm realizado no cres-cimento do partido.

Para o líder da JP, o con-celho precisa de um novo modelo de política autárqui-ca de juventude, que impeça os jovens mais qualificados de abandonarem o concelho por falta de oportunidades de emprego.

EXPRESSO DE FEL-GUEIRAS (EF) - Luciano Amorim foi eleito líder da JP de Felgueiras, mas já está nesta estrutura partidária há algum tempo. Faça-nos um balanço do trabalho que a JP realizou nos últimos meses.

LUCIANO AMORIM ((LA) -Começaria por refe-rir que a juventude popular tem uma característica que é intrínseca e intemporal à sua personalidade associativa-que é a capacidade de traba-lho. Costumo dizer que não existe nada mais nobre do

que ser patriótico, contudo não existe nada mais patrió-tico do que ser trabalhador. Mesmo antes de ser eleito, quer eu quer a minha equipa já estávamos no terreno, pois defendemos uma ideia de continuidade com o passado, mas defendemos uma ideia de inovação no futuro. Nada me deixa mais orgulhoso que ter uma direção caracterizada pelo seu empenho, transpa-rência e lealdade. É de recor-dar as iniciativas que a JP re-alizou mais recentemente – o rastreio ao cancro do colo do útero, diabetes, hipertensão ao qual tivemos uma adesão brilhante, com cerca de uma centena de mulheres e, claro, nessa mesma data a “I Gala de Homenagem às Mulhe-res”, na qual homenageamos as quase 600 mulheres fel-gueirenses presentes neste evento. Resta-me dizer que o balanço é bastante animador e que nos permite estar con-fiantes para o futuro.

“Deixo uma palavra de confiança a todos os jovens”

EF - Agora que foi eleito, quais são os objetivos do seu mandato?

LA - Neste mandato, os nossos principais objetivos são dar continuidade ao cres-cimento da Juventude Popu-lar e do partido CDS-PP, pois defendemos a velha máxima ”Crescer, conquistar e ven-cer”. Cada vez mais as pesso-as sentem que a política tra-duz um enorme descrédito e até mesmo um certo descon-forto, no entanto somos dife-rentes…! Somos diferentes, porque somos jovens e so-mos diferentes porque somos pessoas da terra, nascidos e criados, sem vicissitudes e preparados para enfrentar os desafios com enorme capa-cidade, daí que iremos ofe-recer sempre à comunidade felgueirense atividades diver-sificadas e complementares à sua formação, mas também atividades que promovam todos os setores da adminis-tração local, desde o setor so-cial ao cultural, desde o setor desportivo ao sector politico. É fundamental e nosso dese-jo promover um estreitamen-to de relações entre as várias instituições e associações, tentando assim combater o distanciamento que tem sido cada vez mais notório. Deste modo, deixo uma palavra de confiança a todos os jovens, aliás a todos os felgueirenses,

cresçam connosco pois os nossos propósitos e anseios são os vossos, de uma so-ciedade mais solidária, mais justa e mais evoluída.

EF - Fala-se cada vez mais que o CDS-PP pode ir a vo-tos sozinho nas próximas eleições autárquicas. Admi-te que esse é o cenário mais provável?

LA - Relativamente a esta questão, considero que é da inteira legitimidade e competência da Comissão Política Concelhia decidir sobre essa matéria, todavia a Juventude Popular, enquanto órgão representativo da Ju-ventude do CDS, em tempo assertivo e com responsabi-lidade transmitirá a sua posi-ção à comissão política e em concordância prosseguirá os melhores destinos do partido e de Felgueiras.

EF - Que avaliação faz da política de juventude da atu-al gestão municipal?

LA - A política de juven-tude da atual gestão munici-pal não pode ser caracteriza-da de forma quantitativa ou qualitativa, porque a grande problemática ainda não foi

identificada. Felgueiras ne-cessita urgentemente de um “novo modelo de juventude autárquico”, ou seja, necessi-ta de uma política de proxi-midade com os felgueirenses em todos os setores que com-põem a administração local. De uma forma racionalizada, de forma “garantística” e não despesista devemos construir e promover oportunidades e atividades de realização a to-dos os jovens, pois o flagelo que preocupa todos os por-tugueses preocupa sobretudo os jovens felgueirenses. So-

mos cada vez mais uma po-pulação envelhecida, somos cada vez mais jovens com formação e sem garantias de empregabilidade constituindo uma problemática ao execu-tivo municipal, porque come-çamos a verificar que a força ativa da população, nomea-damente os jovens, começa a deslocalizar-se para outros municípios, pois percebem a falta de políticas salutares por parte dos executivos, matéria à qual a Juventude Popular está atenta e empenhada.

|Armindo Pereira Mendes

Luciano Amorim, líder da Juventude Popular (JP) de Felgueiras

Page 15: Expresso de Felgueiras

| 13.ABRIL.2012 | 1�Locais de Distribuição Expresso de FelgueirasFelgueirasPastelaria S. jorgeChurrasqueira Sta OvaiaBiblioteca CaféColumbinus SandesCafé Portas da CidadeChurrasquera EuropaPadaria Pastelaria EuropaDallas IIDom FernandoCafé TinaChurrasqueira CentralDona LauraCristo ReiCafé JardimLivraria ImpérioCafé popularRestaurante AlbanoPastelaria Alegre e DoceSax-Bar Salão de jogosPérolaO CarecaTascoelaPão Quente ImpérioPress CaféPastelaria Jovem CidadeNinas CaféCafé Las VegasPastelaria S. jorgeLaranjadaCafé VarandaChá CaféDes-Bier-BarPão Quente OrionCafé CremeD. LauraLivrosport

LixaPastelaria São BasílioCafé MarleyMira EscolasLixa CaféCascata RosaDakarPastelaria Bela VistaCafé RodaCafé MesquitaMary CafféPizzaria Roma AntigaPastelaria Anjo DoceTasca d’ Avó MilaFiles Bar CaféCafé Pastelaria VitóriasCafé PanoramaCafé AlexO LavradorDominóPizzaria PabloBenjaminD. AugustaDoce LixaJ. PimentaCasa de Chá Doce TradiçãoChurrasqueira SoaresDália NegraMJ

LongraGira massaCafé da LongraPastelaria SantiagoPastelaria Moé

BarrosasPastelaria DucéliaCafé LargoSede C.R.P. BarrosasCafé SalvadorCafé Arco ÍrisChurrasqueira BarrosenseAmiais BarPadaria Estrela D’AlvaCafé RamboiaCheers BarPastelaria MilénioA PetisqueiraRestaurante FariaO Carioca

Câmara e AEF organizam “Super Taça Artur Bica”

A Câmara Municipal de Felgueiras e a Associação Empre-

sarial de Felgueiras estão a promover a “Super Taça Artur Bica” que será dis-putada no próximo sábado, dia 14 de abril, pelas 16 ho-ras, no Estádio Senhor do Amparo, na cidade da Lixa,

entre a equipa vencedora do último Campeonato de Futebol Popular Inter-Fre-guesias do concelho (AD Maçorra) e a equipa ven-cedora da “Taça Felgueiras Rúbeas” (Várzea FC).

Esta iniciativa insere-se num objetivo da autar-quia, que se prende com a

promoção do desporto no concelho e reconhecimento de figuras ilustres que ao longo dos anos desenvolve-ram atividades de interesse público, nesse sentido, ins-tituiu, para este ano, a “Su-per Taça Artur Bica”, em homenagem ao lixense Ar-tur Mendes Adão, que tem

sido, ao longo de décadas, uma pessoa de referência em instituições públicas e privadas e em diversas áre-as do associativismo, no-meadamente do FC Lixa.

A “Super Taça Artur Bica” vai ser disputada no próximo sábado, dia 14 de abril, pelas 16 horas, no Es-

tádio Senhor do Amparo, na cidade da Lixa, entre a equipa vencedora do últi-mo Campeonato de Futebol Popular Inter-Freguesias do concelho (AD Maçorra) e a equipa vencedora da “Taça Felgueiras Rúbeas” (Vár-zea FC).Gabinete Imprensa CM Felgueiras

Vivafit promove caminhada “Passo a passo com a saúde”

O Vivafit Felgueiras promove, no pró-ximo domingo,

dia 15 de Abril, a IV Ca-minhada Vivafit “Passo a Passo com a sua saúde”.

A concentração dos participantes nesta cami-nhada far-se-á no ginásio Vivafit, na Av. Dr. Ribeiro Magalhães, e o início da actividade está previsto para as 9 horas.

Estão inscritas na cami-nhada mais de 100 pessoas que durante a manhã do

próximo domingo vão po-der usufruir de uma activi-dade saudável e participar em algumas actividades de fomento do exercício físico promovidas pelo Vivafit de Felgueiras.

A partida para a cami-nhada está marcada para as 9 horas junto ao ginásio do Vivafit. Os participantes seguem pela Av. Dr. Ribei-ro de Magalhães em direc-ção ao centro da cidade e fazem uma primeira para-gem no Jardim Municipal,

posteriormente seguem até à rotunda dos Carvalhinhos e sobem pela zona pedonal até à Alameda de Sta. Qui-téria.

O fim da caminhada, prevista para as 10h30, será marcado com uma aula de SH´BAM.

Aos participantes é aconselhado que tragam uma t’shirt branca.

O Vivafit pretende com esta actividade promover hábitos saudáveis através do exercício físico numa

caminhada em que se fo-menta também o convívio

entre os participantes.| Miguel Carvalho

Páscoa mais colorida no comércio local do concelho de Felgueiras

A Associação Em-presarial de Fel-gueiras promo-

veu, durante os dias que antecederam a Páscoa, diversas iniciativas de di-namização do comércio local.

As crianças de diver-sas escolas do concelho foram desafiadas a pintar ovos de esferovite que serviram, posteriormen-te, para adornar as ruas

do comércio tradicional de Felgueiras. As crian-

ças corresponderam com enorme entusiasmo sur-

preendendo com pinturas bastante originais, como entretanto e ao longo de vários dias se pôde cons-tatar ao passar pelas ruas do comércio tradicional de Felgueiras e da Lixa.

“Quisemos envolver as crianças, com a sua espontaneidade, a sua ale-gria e natural entusiasmo, numa festa de Páscoa que em Felgueiras queríamos que fosse mais colorida e

trouxesse mais movimen-to ao comércio tradicional da nossa terra”, referiu o director executivo da AEF, Joel Costa.

Ao percorrer as ruas do comércio local nin-guém ficava indiferente aos vários ovos e coe-lhos de Páscoa coloridos que decoravam o espaço público e facilmente nos prendia a atenção.

| Miguel Carvalho

Comemoração do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios

A Câmara Municipal de Felgueiras pre-parou um programa

especial para comemorar o Dia Internacional dos Mo-numentos e Sítios que se celebra no dia 18 de abril.

O cartaz propõe a parti-cipação no Atelier “As es-tórias que o património ins-

pira e os livros guardam”, pelas 15h00, na Biblioteca Municipal de Felgueiras.

No mesmo dia pode vi-sitar a exposição “Os hábi-tos alimentares e de ócio na época Romana”, patente na Villa Romana de Sendim – Centro Interpretativo, en-tre as 09h00 e as 12h30 e as

14h00 e as 17h30.Outra sugestão é a par-

ticipação na palestra subor-dinada ao tema “Os hábitos alimentares dos romanos”, a realizar na Villa Romana de Sendim, pelas 15h00.

O dia fecha com cha-ve de ouro, e fica marca-do pela apresentação da

monografia sobre a Igreja de São Vicente de Sousa, intitulada: “São Vicente de Sousa e o Românico nacionalizado da região do Vale do Sousa”, que se rea-liza pelas 21h00 na referida igreja.

Ainda no âmbito das comemorações do Dia In-

ternacional dos Monumen-tos e Sítios, está a decorrer uma exposição na Casa das Artes de Felgueiras sobre “O Românico de Felguei-ras na Rota do Vale do Sousa”, desde o dia 2 até ao dia 30 de abril.

Gabinete Imprensa CM Felgueiras

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