expresso de felgueiras n.º 123

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Associação Empresarial receia a “machadada final” em centenas de negócios Pág. 12 Quinta-feira, 31 de Janeiro de 2013 | Ano 6 • Nº 123 € 0,80 • Mensal | Director Miguel Carvalho | Telef.255 495 751 Fax. 255 495 710 | E-mail: [email protected] | www.tamegaonline.info Paulo Rebelo, presidente da Assembleia Municipal “SE NÃO HOUVER COLIGAÇÃO COM O PSD EM FELGUEIRAS, O CDS TEM QUE ANDAR PARA A FRENTE E MOSTRAR O QUE VALE” Págs. 8 a 11 Felgueiras é o único concelho do Tâmega e Sousa onde o desemprego está a diminuir Pág. 4 PS acusa Câmara de acumular dívida de 2,6 ME à empresa Suma Pág. 5 µAndré Moniz Adega de Felgueiras foi a que mais uvas recebeu em 2012 na região dos vinhos verdes Pág. 13 µArmindo Mendes (arquivo)

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Page 1: Expresso de Felgueiras n.º 123

Associação Empresarial receia a “machadada final” em centenas de negócios Pág. 12

Quinta-feira, 31 de Janeiro de 2013 | Ano 6 • Nº 123 € 0,80 • Mensal | Director Miguel Carvalho | Telef.255 495 751 Fax. 255 495 710 | E-mail: [email protected] | www.tamegaonline.info

Paulo Rebelo, presidente da Assembleia Municipal

“SE NÃO HOUVER COLIGAÇÃO COM O PSD EM FELGUEIRAS, O CDS TEM QUE ANDAR PARA A FRENTE E MOSTRAR O QUE VALE”

Págs. 8 a 11

Felgueiras é o único concelho do Tâmega e Sousa onde o desemprego está a diminuir Pág. 4

PS acusa Câmara de acumular dívida de 2,6 ME à empresa Suma Pág. 5

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Adega de Felgueiras foi a que mais uvas recebeu em 2012 na região dos vinhos verdes Pág. 13

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indo Mendes (arquivo)

Page 2: Expresso de Felgueiras n.º 123

� | 31.JANEIRO.2013 | Opinião

Comercial

Sérgio Martins

O Costa é que a sabe toda

António José Seguro arrisca-se a ser outro Ferro Rodrigues. Aguentar o embate frontal, fazer a traves-sia do deserto e dinamitar o governo para que Antó-nio Costa, acione o mecanismo que vai fazer desabar o governo.

O partido socialista tem esta apetência particular para lutas fratricidas na hora da tentativa de assalto ao poder com uma intensidade superior – pelo menos pública – que os outros partidos políticos. O poder sempre foi tentador e o assassínio político uma ferra-menta para a concretização dos objetivos.

Todos sabíamos que Seguro seria um líder a pra-zo, a não ser que os tabus – António Costa e António Vitorino – nada fizessem. António Costa fez, ou me-lhor, outros fizeram com que acontecesse. O sempre omnipresente braço direito de José Sócrates, Pedro Silva Pereira, em conjunto com Francisco Assis e Sérgio Sousa Pinto encarregaram-se de fazer acon-tecer agora, “por acaso” a crise de liderança socia-lista. E vão manter Seguro em lume brando até ao momento que deixe de ter condições para liderar. António Costa impõe condições para que Seguro una o partido e ainda estabelece prazo até ao dia 10 de Fevereiro!

Mas Seguro geriu mal todo o processo. Começou por tentar desvalorizar os avanços da oposição inter-na, deixou subir de intensidade a discussão pública para depois tentar fechar tudo nos órgãos do partido. Como diria Irina Golovanova, especialista em lingua-gem corporal, Seguro dizia uma coisa e o seu corpo mostrava toda a preocupação e desconforto perante a situação. Da mesma forma, foi interessante analisar o comportamento de Pedro Silva Pereira no momen-to em que António Costa proferia umas declarações à saída da reunião da comissão política e, do meu ponto de vista, é mesmo uma questão de tempo até Seguro ser afastado.

Em Felgueiras, a câmara municipal em parceria com a ANIMAR e a ADERSOUSA realizou uma ação de sensibilização para as redes colaborativas de produção local. Coisa de pouca monta, dirão alguns, mas muito importante na minha opinião. É com ações como estas que se mudam as atitudes enraizadas de gerações de negócios em busca de novos produtos e/ou melhoria dos existentes como forma de criar valor no produto e assim aumentar as vendas criando ou abrindo novos mercados. Agora só falta mesmo que surjam ideias, que sejam colocadas em prática e que, mais importante, os empresários e produtores vejam uma oportunidade de, em conjunto, se tornarem mais fortes.

Consultor TIC

Hélder Quintela

Descaracterização

Antes de mais, nesta primeira crónica para o ano de 2013, os votos são de um Bom Ano, deixando ao livre arbítrio de cada um a definição das condições necessá-rias, e das conquistas a alcançar para que a contabilida-de no balanço tenha um resultado positivo. Isto porque todos sabemos, que este será um dos anos civis mais difíceis do tempo contemporâneo português.

Dificuldades que vão traduzir-se na diminuição do rendimento disponível, e nessa medida numa cadeia/sucessão de comportamentos que no final hão-de tra-duzir-se em possível agravamento do ciclo recessivo, em aumento do número de empresas que entram em ruptura, em aumento na taxa de desemprego, ou seja e em resumo, em maiores dificuldades!...

É claro para todos que foram os erros sucessivos de muitos, e não apenas de alguns Governos/Primeiros Ministros, que se chegou a esta situação insustentável, seja ela analisada do ponto de vista económico ou so-cial, ou em toda a sua abrangência!

E um dos pontos de análise tem que passar neces-sariamente pelo prisma da Reorganização Territorial Autárquica, Lei já promulgada pela Senhor Presiden-te da República, e que vai transformar de forma muito vincada a organização administrativa, mas também e em grande medida a vivência diária e a convivência social.

Só por desatenção não é possível reconhecer que as freguesias representam - melhor será dizer representa-ram -, um espaço muito sui generis, correspondente a um espaço geográfico, mas principalmente correspon-dente a uma teia de relações inter-pessoais de pessoas que se reconhecem e interligam as suas vidas quotidia-nas. Os agrupamentos (baseados em dados e não em pessoas e nos factores sociológicos) que foram feitos, e a forma como algumas fusões e “aquisições” foram realizadas - apenas pela avaliação a regra e esquadro pelos técnicos da UTRAT - Unidade Técnica (para a) Reorganização Territorial Autárquica para a agregação de Freguesias sentados nos seus confortáveis gabine-tes da Administração Central -, demonstram que mexer desta forma na vida das pessoas, na organização dos orgãos de decisão que mais próximos estão das pesso-as foi um acto pouco estruturado do ponto de vista de planeamento e gestão do processo, uma vez que um dos principais factores foi tomado em pouca consideração: as pessoas! Incluindo ainda um factor adicional de ris-co, que passa pela implementação desta reorganização em ano de eleições autárquicas!

Tendo estes considerandos presentes, não me revejo por exemplo nesta afirmação publicada em nota do Ga-binete do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamen-tares que escreveu que esta Reorganização Territorial Autárquica «permitirá maior eficácia na prestação de serviços às populações. É, assim, uma reforma para as pessoas e não para os políticos»! …

No entanto, convém também notar, que a decisão de não pronunciamento relativamente a este assunto pe-los orgãos a quem foi dada possibilidade de manifesta-ção de opinião levou a que agora aconteçam situações como a relacionada com a forma como foi realizado o agrupamento das freguesias que compõem/integraram tradicionalmente o núcleo central da Lixa e que não agradou a ninguém. Aliás o título de uma das últimas edições de O Jornal da Lixa é bem revelador: “A Lixa será ou não desmembrada?”.

… Pelo andar da carruagem, e como também se es-creveu no mesmo jornal, apesar da vontade unânime dos Presidentes de Junta das freguesias envolvidas, agora que a lei foi promulgada a Lixa deverá mesmo ficar desmembrada e em minha opinião descaracteri-zada!

Gestor

Luís Miguel Nogueira

“Desejos para 2013”

De há uns meses a esta parte tenho participado nuns debates semanais (na RTV) muito interessantes, onde se debate de tudo um pouco que mexe com o nosso país, com especial ênfase na Região Norte. No último debate discutimos um tema interessantíssimo: “Medidas imedia-tas e indispensáveis para melhorar a vida dos portugue-ses”.

Todos propusemos algumas, umas mais esperadas que as outras dadas as convicções de cada um, mas gostaria de partilhar convosco uma das minhas ideias.

Após duas medidas de cariz económico, uma de cres-cimento e outra de incentivo à criação de emprego, fiz questão de propor uma terceira que considero a mais im-portante de todas, pois de facto considero que ela resolvia grande parte dos nossos problemas.

GOSTAVA QUE PORTUGAL TIVESSE UMA RE-VOLUÇÃO DE VALORES.

Esta medida consiste no meu desejo de há muito, de ver a classe e a escolha política reger-se pelos valores que deveria: HONESTIDADE e COMPETÊNCIA.

Quanto a mim, estes valores são a condição essencial para que a vida dos portugueses melhore, mas isso tam-bém depende de nós.

Dentro desta revolução gostaria que acontecesse, en-tre outras coisas, o seguinte:

1º - Que os responsáveis políticos eleitos deste país governem em função do interesse da população que re-presentam, e não em função dos seus próprios interesses.

De facto, e se analisarmos bem, boa parte dos eleitos, esquecem-se muito rapidamente de quem os elegeu, e adoptam como única estratégia a sua própria reeleição. Nas suas cabeças só paira uma ideia: “O que é que eu te-nho que fazer para ganhar as próximas eleições?”, e claro está, o resto que se “lixe”…

Como veremos neste ano de eleições autárquicas, não vão faltar festas e passeios, mesmo depois de andarem a dizer durante 3 anos que não havia dinheiro para nada.

Enfim, sempre ouvi dizer que as desculpas são as ar-mas dos incompetentes, e cada vez mais me convenço da virtude desta frase, património da sabedoria popular.

2º - Que os líderes partidários escolhessem os melho-res e os mais competentes para o exercício de funções de administração pública.

Este país tem sofrido muito com a incompetência dos titulares de cargos públicos, que desbaratam o dinheiro público, e em troca ainda recebem ordenados chorudos.

“As Gorduras do Estado” residem nos maus negócios que o Estado faz e naqueles que deles beneficiam, e não, naqueles que tanto têm sofrido para pagar uma dívida da qual não se sentem responsáveis. Portugal está a sacrifi-car quem se esforça para pagar as dívidas que incompe-tentes e criminosos criaram.

Neste país, onde a culpa morre solteira, é urgente uma lei de combate ao enriquecimento ilícito, bem como uma outra que responsabilize criminalmente aqueles que deli-beradamente prejudicaram o Estado no exercício de fun-ções públicas. Todos devíamos exigir estas medidas, pois o Estado, somos todos nós.

3º - Finalmente, gostaria que os portugueses fossem todos votar, e que votassem nas pessoas, nos projectos, nas ideias, na competência, e não nos partidos.

Este ano vamos ser chamados a escolher quem vai ge-rir a nossa terra, que não é mais do que uma sociedade onde todos somos sócios. Para gerir a nossa casa que-remos os melhores, os mais competentes, independente-mente da sua cor partidária.

Claro que esta mensagem não interessa aos dois maio-res partidos políticos portugueses, que muito têm benefi-ciado do “clubismo” e do “voto útil”.

Lembrando o Prof. Adriano Moreira: “O voto útil, só o é para quem o recebe”.

Page 3: Expresso de Felgueiras n.º 123

| 31.JANEIRO.2013 | �

Os presidentes das câmaras de Fel-gueiras, Inácio Ri-

beiro (PSD), e de Lousada, Jorge Magalhães (PS), con-sideram que a eventual in-trodução de mais portagens nos respetivos concelhos constitui “uma irresponsa-bilidade” e revela “má-fé” do Governo.

Em declarações à Agên-cia Lusa, os dois autarcas dizem que aquela possibi-lidade, que está a ser estu-dada pelo Governo, merece o “mais profundo repúdio” da região do Tâmega e Sousa.

De acordo com vários órgãos de comunicação social, o Governo prepa-ra-se para introduzir novas portagens, colocando 15 novos pórticos automáticos de cobrança nas autoestra-das nacionais, sobretudo do norte de país e da Grande Lisboa.

Face ao “caráter gravo-so” da eventual introdução de portagens, Inácio Ri-

beiro e Jorge Magalhães revelaram a intenção de convocar “uma reunião de urgência” da Comunidade

Intermunicipal do Tâmega e Sousa.

Os dois presidentes

acreditam que a região to-mará, em conjunto, junto do Governo, “uma oposi-ção forte de contestação da

medida”.No caso de Lousada,

Jorge Magalhães diz “ser

caricato” que se queira introduzir portagem num pequeno troço, com 200 metros, junto à saída para

Nevogilde, para o qual não há alternativa. O edil so-cialista lamenta que o con-celho vizinho de Paços de Ferreira “saia incólume”, continuando os seus habi-tantes isentos de pagamento de portagens quando circu-lam na A42 (antiga SCUT do Grande Porto) dentro do território do concelho.

Jorge Magalhães acusa o Governo de, com esta du-alidade, estar a beneficiar Paços de Ferreira por ser governado por uma autar-quia de maioria PSD.

Para o autarca socialis-ta, a tutela ainda não per-cebeu que o pagamento da antiga SCUT tem acentua-do a diminuição do tráfe-go naquela via, ao mesmo tempo que penaliza a eco-nomia de uma região que tanto precisa das autoestra-das para escoar os produtos da sua indústria.

No caso de Felgueiras,

Inácio Ribeiro diz não fazer sentido cobrar portagem na ligação da A11 à cidade (cerca de três quilómetros), lembrando que a desclas-sificação da EN 207, entre as duas localidades, teve como contrapartida a cons-trução de uma variante, que o Governo equaciona agora portajar.

“É uma decisão típica de uns senhores que chega-ram ao Terreiro do Paço e esqueceram a realidade do país”, criticou o autarca so-cial-democrata.

Inácio Ribeiro sublinha que o concelho de Felguei-ras, um dos mais industria-lizados do país, “não pode aceitar mais esta penaliza-ção”, lembrando que, nos últimos meses, tem sido prejudicado com “decisões injustas” da tutela nas áreas da justiça e saúde.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

Autarcas de Felgueiras e Lousada dizem que novas portagens revelam “má-fé” do Governo

O presidente da Asso-ciação Empresarial de Felgueiras, Nuno

Fonseca, acusou o Governo de não estar a ser “justo” com aquele concelho, quan-do introduz mais portagens, esquecendo o contributo da indústria de calçado para a riqueza nacional.

“As pessoas estão a fazer um esforço, que em algumas situações é ingló-rio, porque depois não são correspondidas”, afirmou o dirigente, em declarações à Lusa.

Nuno Fonseca referia-se ao volume de exportações da indústria de calçado de Felgueiras, que tem cresci-do nos últimos anos, sem que o Governo dê sinais de compensar o concelho.

A possibilidade de intro-

dução de portagem no troço de autoestrada que liga a ci-dade à A11, numa extensão de cerca de três quilómetros, admitida na semana passada pelo Governo, é, afirma, uma “situação inadmissí-vel”.

“Será mais um custo para os nossos empresários suportarem, se quiserem continuar a usar o porto de Leixões para exportar os seus produtos e contribuir para a riqueza do país”, cri-ticou.

À Lusa, o empresário recorda que aquele concelho do Vale do Sousa é respon-sável por mais de metade das exportações nacionais de calçado, gerando milhões de euros de impostos para os cofres do Estado.

Para o representante dos

empresários, “Felgueiras não tem recebido aquilo que tem dado ao país, situação que não é nova”.

“Os governantes têm que perceber que esta região é das que mais produz na economia nacional. Isto terá de ser, no futuro próximo, uma arma política para rei-vindicar os nossos direitos”, defendeu.

O calçado emprega cerca de 15 mil pessoas do conce-lho e de município vizinhos, como Fafe, Amarante, Celo-rico de Basto, Guimarães e Lousada. Só em Felgueiras, há mais de 600 empresas do setor que, em 2011, produzi-ram artigos no valor de 700 milhões de euros.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

Empresários de Felgueiras acusam Governo de ser injusto com o concelho

Inácio Ribeiro Jorge Magalhães

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Page 4: Expresso de Felgueiras n.º 123

� | 31.JANEIRO.2013 |

O concelho de Fel-gueiras foi o úni-co entre os 12 do

Tâmega e Sousa onde o desemprego diminuiu no último trimestre do ano passado, revelam dados do Instituto do Emprego e For-mação Profissional (IEFP).

Naquele município, que lidera a produção nacional de calçado, de outubro a de-zembro, diminuiu o número de pessoas desempregadas, com um decréscimo de 139, confirmando o bom mo-mento da indústria local.

A taxa de desemprego no concelho é de cerca de 10,7%.

Na análise aos dados de todo o ano de 2012, Felguei-ras registou um aumento de 6,4% no número de pessoas sem trabalho, muito abaixo dos indicadores de outros

concelhos industrializados do Vale do Sousa.

Em Paços de Ferreira, onde predomina a indústria de mobiliário, o desempre-go subiu mais de 30% entre

dezembro de 2011 e o mes-mo mês de 2012, afetando cerca de 1.200 pessoas. Na-quele município, a taxa de desemprego já ultrapassou os 17%.

Em Paredes, no mesmo período, o número de pes-soas sem trabalho aumen-tou 26%.

Pior que Paredes em 2012 esteve o vizinho con-

celho de Lousada, com um crescimento de 28,6%.

No plano inverso, evi-dencia-se Castelo de Pai-va, que foi o concelho, em termos percentuais, onde o desemprego cresceu menos em 2012. Contudo, a taxa de desemprego naquele mu-nicípio é superior a 21%.

No Baixo Tâmega, em 2012, Amarante foi o concelho com melhor de-sempenho, apesar de o desemprego ter crescido quase 12%, afetando mais de 5.000 pessoas. Bem pior esteve o município vizinho do Marco de Canaveses, onde o número de pesso-as inscritas no centro de emprego subiu 20%, ultra-passando também as 5.000 pessoas. Os últimos meses do ano foram os que evi-denciaram um crescimento

mais acentuado, refletindo a crise da construção, setor predominante no Marco de Canaveses.

Entre os municípios mais rurais deste território, Cinfães foi o que, no ano passado, apresentou menor crescimento de inscritos, com 10,5%.

No conjunto dos 12 concelhos, registavam-se 44.254 desempregados em dezembro de 2012, mais 7.344 do que um ano antes, o que se traduz num aumen-to de 19,9%.

A taxa efetiva de de-semprego neste território ultrapassa já os 18%. Re-sende lidera com 26% de desemprego e Felgueiras regista a taxa mais baixa, com 10,7%.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

Felgueiras é o único concelho do Tâmega e Sousa onde o desemprego está a diminuir

Municípios Dezembro – 2012

População Ativa CENSUS 2011

Percentagem

Amarante 5039 25104 20,07%Baião 2063 8156 25,29%

Castelo de Paiva 1608 7421 21,67%Celorico de Basto 1687 8227 20,51%

Cinfães 1990 7598 26,19%Felgueiras 3210 29795 10,77%Lousada 3672 23995 15,30%Marco 5004 23665 21,15%

Paços de Ferreira 5133 29075 17,65%Paredes 8079 43272 18,67%Penafiel 5716 34228 16,70%Resende 1053 3909 26,94%

Total 44254 244445 18,10%

Uma aposta na área social, através do apoio às famílias,

da aplicação de uma polí-tica de maior proximida-de e do investimento na educação, são alguns dos pontos mais relevantes do orçamento da Câmara Mu-nicipal apresentado para o ano 2013, que foi aprova-do, por maioria em reunião de Câmara e de Assembleia Municipal.

No orçamento para 2013 do município de Fel-gueiras, que contempla um exercício global no mon-tante de 55 milhões 905 mil e 226 euros, é notória a preocupação da autarquia em promover o concelho e em proporcionar uma me-lhor qualidade de vida aos habitantes.

O presidente da Câ-mara, Inácio Ribeiro refe-re que o cálculo “foi feito de forma responsável e

apresenta grande rigor fi-nanceiro” e sublinha ainda que “o executivo atual tem vindo a apresentar orça-mentos de valores inferio-res, procurando efetuar um ajustamento entre o que é projetado e aquilo que é realizado, de forma a obter uma gestão cada vez mais realista e rigorosa”.

Numa altura em que grande parte dos portugue-ses sentem a crise econó-mica e financeira, a verten-te social está bem marcada nestes documentos de ges-tão que prevêem a criação de novas medidas para o próximo ano.

“Em 2013 vamos refor-çar as políticas para ajudar a população. Depois da criação de mecanismos de apoio às famílias, da cria-ção do Cartão do Muníci-pe Sénior que permite aos idosos terem vantagens ou comparticipações da

autarquia, da criação do programa de Voluntariado Jovem, da implementação do Espaço + Igualdade, en-tre outras medidas, quere-mos combater as carências provenientes do flagelo do desemprego, e para isso está a ser criado um Fundo de Emergência Social para ajudar as famílias que con-junturalmente possam ser expostas a situações de di-ficuldades e às que estrutu-ralmente apresentem fortes debilidades”.

Os setores da Educa-ção, do Desporto e da Cul-tura absorvem 13 milhões de euros do valor total or-çamento. Esta fatia destina-se à continuação das obras do parque educativo, ao apoio a associações e clu-bes, ao financiamento das despesas com transportes e refeições escolares e a au-xiliar as famílias na aquisi-ção de livros e de material

escolar. O presidente da Câma-

ra sublinha que a aposta nestas áreas tem sido per-manente. “Neste mandato, revolucionámos estas áre-as, através da conclusão de 10 Centros Escolares. Pa-ralelamente estão a ser in-tervencionadas as Escolas Secundárias da Lixa e de Felgueiras vamos ampliar o Centro Escolar de Lagares e pretendemos construir o Centro Escolar da Longra.

Na Cultura inaugurá-mos a Casa das Artes e criámos uma agenda cultu-ral permanente. Está a ser construído o Arquivo Mu-nicipal e decorrem as obras de ampliação da Biblioteca Municipal.

No que respeita ao des-porto, a população tem ao seu dispor vários equipa-mentos renovados e incre-mentámos o apoio aos clu-bes e associações que se vai

manter no próximo ano”.No documento verifica-

se que a câmara se assume como uma entidade que valoriza a criação de infra-estruturas básicas e que in-veste no fomento à econo-mia, através da criação de equipamentos fundamen-tais para o progresso. As-sim, destina 10,7milhões de euros para a ampliação das redes de saneamento e de água em todo o conce-lho e para a construção de obras que vão contribuir para o desenvolvimento social e económico de Fel-gueiras, como são o caso da Praça Dr. Machado de Matos em Felgueiras, das obras que estão a decorrer na cidade da Lixa e da am-pliação e melhoramento da rede viária.

O orçamento para 2013 destaca-se ainda pela con-tinuidade do investimento na autonomia financeira

das Juntas de Freguesia, através da transferências de verbas que lhes permitam proceder à manutenção da rede viária, de equipamen-tos públicos e espaços ver-des, entre outros.

Na apresentação do documento Inácio Ribeiro afirmou que este orçamen-to está preparado para todos os Felgueirenses participa-rem no desenvolvimento do concelho. “Projetamos o futuro contando sempre com o empenho e entrega de todos os felgueirenses, através das instituições e coletividades para conti-nuar a promover iniciati-vas e eventos em parceria, sempre com o objetivo de promover tudo o que sabe-mos fazer bem e sempre na perspetiva de criar maior prosperidade” conclui.

|GI CMFelgueiras

Aprovado orçamento para 2013

Page 5: Expresso de Felgueiras n.º 123

| 31.JANEIRO.2013 | �

O PS de Felgueiras acusou a Câmara local, de maioria

PSD, de não pagar, desde maio de 2011, à empresa de recolha de resíduos Suma, acumulando uma dívida superior a 2,6 milhões de euros.

Segundo os socialistas, o incumprimento da autar-quia traduz-se no pagamen-to de 800.000 euros de juros à empresa responsável pela recolha de resíduos domés-ticos nas 32 freguesias do concelho.

“Esta situação, em nos-sa opinião, é injustificada, uma vez que, mensalmen-te, a autarquia recebe dos felgueirenses, através da fatura da água, o serviço do lixo e não paga à empresa Suma”, lê-se num comu-nicado enviado à Agência Lusa.

No documento, o PS de Felgueiras critica também a maioria social-democrata por ter feito um acordo com a empresa, no qual se com-

promete a pagar a dívida em prestações mensais durante o próximo mandato.

Segundo os socialistas, no contrato já aprovado com os votos da maioria, a câmara aceita “reduzir os serviços de recolha do lixo, duas vezes por semana, nas freguesias do concelho, pa-gando exatamente o mesmo pelo referido serviço”.

No contrato assumido com a Suma, ao qual a Lusa teve acesso, a câmara obri-ga-se a pagar mensalmente, em 2013, por juros de mora vencidos, uma prestação de cerca de 46.000 euros, até perfazer 553.152 euros.

O município concordou ainda liquidar à empre-sa, durante o ano de 2014, em prestações mensais de 163.495 euros, num valor global de cerca de 2,122 milhões de euros, relativo a dívida de capital e juros vincendos de janeiro de 2013 a dezembro de 2014.

A concelhia do PS con-sidera que “estas são situ-

ações reveladoras da má gestão” do presidente da Câmara, Inácio Ribeiro.

“Não satisfeito com o mal que tem feito no pre-sente a Felgueiras, está ainda a condicionar o fu-turo dos felgueirenses com a assunção de pagamentos

destas dívidas para os pró-ximos mandatos”, acres-centa o comunicado.

Sobre esta matéria, o vice-presidente da Câmara, João Sousa, em declarações à Agência Lusa, reconheceu a dívida à Suma, mas expli-ca que parte dessa advém

ainda de juros de incumpri-mentos do período em que Fátima Felgueiras presidia

ao município.Sobre o facto de a câ-

mara não pagar à Suma desde maio de 2011, o ve-reador atribuiu a situação a divergências com a empre-

sa quanto ao tipo de servi-ço contratualizado e que não estaria a ser prestado na totalidade. João Sousa sublinha que a questão foi tratada em conjunto com a Associação de Municípios do Vale do Sousa, porque também os concelhos vizi-nhos de Lousada e Paços de Ferreira estavam confronta-dos com a mesma situação.

Além disso, segundo o vice-presidente da edilida-de, no contexto do acordo agora celebrado, “a renego-ciação implicou um ganho superior a 800.000 euros só para o município de Fel-gueiras”.

João Sousa recorda, por outro lado, que a atu-al gestão PSD está a pagar mensalmente, até 2016, à empresa Suma, 50.000 euros por dívidas de qua-se cinco milhões de euros relativas ao período entre 1999 e 2006, com gestão socialista.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

PS acusa Câmara de acumular dívida de 2,6 ME à empresa Suma

A Piscina Municipal de Felgueiras vai acolher, nos dias 02

e 03 de fevereiro, a partir das 09h00, o Torneio Open do Vale do Sousa, uma com-petição que envolve 406 nadadores das categorias in-fantis, juvenis e juniores, em

representação de 26 clubes.O Torneio Open Vale do

Sousa (em Natação Pura) é uma prova organizada pela Associação de Natação do Norte de Portugal, em parce-ria com a Câmara Municipal de Felgueiras e está inserido no calendário da Liga Euro-

peia de Natação (LEN).Os felgueirenses terão a

oportunidade de contactar com dezenas de atletas do FC Porto que é o clube com maior número de nadadores inscritos, num total de 52 (30 masculinos e 22 femi-ninos).

João Sousa, vice-presi-dente e vereador do despor-to da Câmara Municipal de Felgueiras, sublinha a im-portância deste evento para a dinamização do desporto no concelho, concretamente da natação: “Felgueiras tem-se destacado a nível local, re-

gional e internacional como um concelho que aposta no desporto. A autarquia está empenhada em implementar novas iniciativas e em apoiar as entidades dinamizadoras das mais variadas práticas desportivas. Acredito que desta forma contribuímos

ativamente para proporcio-nar hábitos de vida saudável à população e, ao mesmo tempo, damos a conhecer as potencialidades existentes no nosso concelho”.

|GI CMFelgueiras

Felgueiras dedica mais um fim-de-semana ao desporto

Page 6: Expresso de Felgueiras n.º 123

� | 31.JANEIRO.2013 |

A consulta de reforço do Centro de Saúde de Felgueiras, que

esteve encerrada vários dias por falta médicos, re-

abriu no dia 17 de janeiro, após a colocação de dois clínicos, disse à Lusa a co-missão de utentes.

Segundo Júlio Antunes,

porta-voz da comissão, dois médicos já estavam naquele dia a atender doen-tes e esperava-se que fosse colocado mais um nos dias

seguintes.O porta-voz congra-

tula-se com a afetação de clínicos à consulta de re-forço do Centro de Saúde

de Felgueiras, recordando que se trata de um serviço vocacionado para atendi-mento dos doentes que não têm médico de família, que representa mais de metade da população do concelho.

Júlio Antunes explica que, para assegurar o bom funcionamento da consulta de reforço, são necessários pelo menos quatro médi-cos.

“Vai demorar alguns dias para a situação norma-lizar, porque havia muitas consultas em atraso”, disse à Agência Lusa.

Durante vários dias, a consulta de reforço no centro de saúde esteve en-cerrada, afetando milhares de pessoas. O porta-voz da comissão explicou que a situação ocorreu porque os médicos que tinham sido colocados na consulta de reforço, após a última ma-nifestação da população, realizada em outubro, dei-xaram o serviço, por terem terminado os respetivos contratos.

À Lusa, aquele repre-sentante dos utentes disse esperar que a situação não se volte a repetir, prome-tendo que a população po-derá manifestar-se na rua para denunciar, novamente, a situação.

No concelho de Felguei-ras, concelho com mais de 60.000 habitantes, metade da população encontra-se sem médico de família há vários anos.

Em pouco mais de um ano, a população manifes-tou-se duas vezes, junto ao centro de saúde, contra a insuficiência de médicos.

Nesta semana, o parti-do “Os Verdes”, através do deputado José Luís Ferrei-ra, questionou o Governo sobre esta matéria, recla-mando a resolução definiti-va do problema da falta de médicos em Felgueiras.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

Colocação de dois médicos permitiu reabertura da consulta de reforço de Felgueiras

A produtora de Vinho Verde começa 2013 com a vontade de

continuar a crescer à mesma taxa dos anos anteriores e aposta agora em liderar os pelotões na estrada.

Ao longo das duas déca-das e meia de existência, a Quinta da Lixa esteve sem-pre presente em vários pro-jectos, com parcerias que possibilitaram o desenvolvi-mento pessoal e institucio-nal de várias organizações e em diversas áreas.

Sendo o Século XXI mais exigente a todos os ní-veis, a Quinta da Lixa, acre-ditando que para alcançar a boa forma física e mental, o

desporto é o único caminho, aposta agora em dar as con-dições necessárias à União Ciclista de Sobrado, neste passo da profissionalização.

Após nove anos de tra-balho e numerosos sucessos no escalão Sub-23, a União Ciclista de Sobrado, lidera-da por José Barros, vai con-cretizar em 2013 o sonho de longa data: disputar títulos na elite do ciclismo com uma equipa profissional, a OFM/ Quinta da Lixa/ Gol-dentimes.

Serão atletas consagra-dos e também jovens apos-tas, que ao serviço desta equipa sólida e carregada de ambição, tentarão somar vi-

tórias nas provas Nacionais e Internacionais de 2013, assumindo claramente que querem dar que falar na pro-va rainha do ciclismo portu-guês.

Presente em 28 merca-dos, a Quinta da Lixa é uma das empresas a liderar a ex-portação de Vinho Verde.

Óscar Meireles, Gerente da Quinta da Lixa, remata entusiasmado: “Com esta aposta numa equipa nacio-nal, queremos vibrar com as etapas de chegadas ao sprint ou subidas que nos cansam até em casa. Vamos também trabalhar para levar o nome de Portugal além-frontei-ras”.

Quinta da Lixa apoia equipa profissional de ciclismo

A Quinta da Lixa, uma das maiores produtoras de vi-

nho verde do país, saiu do I Concurso Albariños ao Mundo 2012 com a distin-ção “Albariño de Ouro”.

“Quinta da Lixa Alvari-nho 2011” foi o vinho pre-miado no concurso inter-nacional que decorreu no final de 2012 em Londres. A iniciativa, pioneira da União Espanhola de Cata-dores, promove vinhos da casta Alvarinho e projecta a Região dos Vinhos Ver-des e das Rias Baixas gale-gas, além fronteiras.

Óscar Meireles, ad-ministrador da Quinta da Lixa, não deixa de destacar “Ser cada vez mais impor-

tante que os produtores apostem em Vinhos Verdes de qualidade. É um orgu-lho receber este prémio com selo de reconhecimen-to internacional, que trará mais prestígio aos nossos vinhos, principalmente em mercados de exportação menos habituados a con-sumir Vinhos Verdes”, re-mata.

Ao longo do ano de 2012 os vinhos verdes da Quinta da Lixa voltaram a ser distinguidos em diver-sos concursos nacionais e internacionais.

Entre os prémios alcan-çados pela Quinta da Lixa destacam-se Medalha de Prata e Bronze no China Best Value Wine Awards,

Medalha de Ouro e Prata no Le Challenge Interna-cional du Vin, Medalha de Ouro no Concours Mondial de Bruxelles, Verde Hon-ra no Concurso da Região dos Vinhos Verdes, Diplo-ma de Mérito no Concurso Nacional de Vinhos Engar-rafados, Albariño de Oro no Concurso Albariños Al Mundo.

A Quinta da Lixa é uma das empresas a liderar a exportação de vinho verde para o estrangeiro, estando actualmente presente em 27 mercados.

Vinhos da Quinta da Lixa distinguidos

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| 31.JANEIRO.2013 | �

Um comerciante de 34 anos foi detido, no início do mês

em Felgueiras por ser sus-peito dos crimes de roubo, furto, falsificação e receta-ção de viaturas, anunciou a Polícia Judiciária (PJ).

Segundo a autoridade policial, o suspeito tinha em seu poder uma arma de fogo ilegal e várias muni-ções.

Na mesma operação, a Diretoria do Norte da PJ identificou, também em Felgueiras, um segundo ar-guido pela alegada prática dos crimes de falsificação e recetação de veículos au-

tomóveis.Ao suspeito, lê-se no

comunicado divulgado, foram apreendidos “diver-sos documentos e objetos relacionados com aquela atividade criminosa”.

De acordo com a PJ, “no âmbito desta investiga-ção tinham sido já detidos, no passado mês de maio, em Lousada, dois outros suspeitos, bem como apre-endidas 13 viaturas furta-das e que se encontravam viciadas nos seus elemen-tos identificativos”.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

PJ detém suspeito de roubo e falsificação de viaturas

A I n s p e ç ã o - G e r a l da Administração Interna (IGAI)

anunciou a abertura de um inquérito aos incidentes durante um assalto, na sex-ta-feira, a uma ourivesaria de Felgueiras, em que um suspeito foi atingido mor-talmente por um militar da GNR.

A tentativa de assalto ocorreu cerca das 20:00, no centro da cidade da Lixa, no concelho de Felgueiras, tendo três suspeitos sido detetados por uma patrulha da GNR local.

Segundo um comuni-cado da Divisão de Comu-nicação e Relações Públi-cas do Comando-Geral da

GNR, os assaltantes usaram “armas de fogo” para ame-açar os militares e por isso ripostaram. No decurso da operação policial, “um dos suspeitos foi atingido por um militar da guarda”, acrescenta o comunicado.

Aquela força policial confirmou ainda que o sus-peito acabou por morrer no Hospital de Amarante.

Outros dois suspeitos foram detidos por militares da GNR.

O comunicado da GNR anunciou, no sábado, a abertura de “um inquérito interno” para apurar “as circunstâncias do inciden-te”.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

IGAI abre inquérito à morte de alegado assaltante atingido por militar da GNR

Na noite fria de in-verno, do passado sábado, 19 de ja-

neiro, 10 grupos folclóricos de Felgueiras atuaram na Casa das Artes e cantaram os reis aos felgueirenses, tornando aquele espaço

num excelente local para se passar uma noite muito agradável.

Trajados a rigor, com vozes bem afinadas e acom-panhados por instrumentos típicos como o acordeão, ferrinhos, cavaquinhos, tambores, os grupos inter-pretaram músicas alusivas ao Natal, aos Reis Magos e ao Menino Jesus, desejando um próspero Ano Novo à população.

As iguarias típicas desta

época e do nosso concelho contribuíram para a cria-ção de um cenário que os grupos tudo fizeram para que se tornasse autêntico. Broa, enchidos, figos secos, cebolas, vinho, são apenas algumas das iguarias que

passaram pelo palco para fazer recordar as ofertas que as pessoas, antigamen-te, davam aos grupos que se deslocavam a suas casas.

Os adereços também se sobressaíram no palco, tais como, como os socos as croças, ou as lanternas a petróleo.

No final das canções, como manda a tradição, o presidente da Câmara Mu-nicipal, Inácio Ribeiro pro-cedeu à oferta monetária

habitual aos grupos. Inácio Ribeiro enalte-

ceu a prestação dos grupos e salientou a qualidade do seu trabalho.

“Este ano, fizemos questão que vocês atuassem no palco da Casa das Artes

e queremos que as pessoas frequentem este espaço. As tradições devem ser recu-peradas e transmitidas às novas gerações para que a identidade da nossa terra não se perca e vocês em muito têm contribuído para a divulgação da nossa cul-tura.

É uma honra receber tão nobres grupos num dos palcos mais nobre da cida-de. Este espaço é de todos os que promovem a cultu-

ra e a arte de Felgueiras e vocês são exemplo disso”, referiu.

O autarca alertou ainda a todas as instituições do concelho que desenvolvem trabalho na área cultural para que estejam atentas e

se candidatem ao apoio pre-visto no regulamento do as-sociativismo do município.

Na iniciativa, ainda muito marcada pela época natalícia, foram entregues os prémios às entidades que participaram no con-curso presépios de Natal. O primeiro classificado foi o belíssimo trabalho dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras.

|GI CMFelgueiras

Encontro de Cantares de Reis em Felgueiras

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� | 31.JANEIRO.2013 |

µAndré M

oniz

EXPRESSO DE FEL-GUEIRAS (EF) - Olhando para o percurso político e autárquico dos últimos anos no concelho, está arrepen-dido de se ter empenhado no processo autárquico de 2009?

PAULO REBELO (PR) - Não estou arrependido. Aliás, tenho algumas expe-tativas e estou confiante que consigamos fazer aquilo que prometemos, sendo certo que houve alguma inexperi-ência no meio disto tudo. As expetativas em 2009 foram muito grandes. Entrámos no executivo e na Assembleia Municipal e não tínhamos a experiência. Ninguém nasce ensinado. Todos nos prepa-rámos para vencer as elei-ções de 2009. O problema é depois da vitória, o dia se-guinte é que foi complicado. Houve muitos pormenores que, se fossem hoje, com cer-teza teríamos feito de forma diferente, houve muito cons-trangimento nos últimos três anos, nomeadamente com o passado que nós herdámos, como os entraves ao PDM, na questão urbanística, al-gumas dívidas que surgiram, como os casos dos construto-res civis, do aterro sanitário e das quotas da CIM. Houve ainda mais três coisas que efetivamente prejudicaram todas as câmaras, como os PEC’s. Posso recordar que, em 2011, o PEC 4 limitou a Câmara de Felgueiras em cerca de 600.000 euros. A lei dos compromissos, que surgiu em 2012, também li-mitou muito o investimento camarário. Em 2009, não se previam as reduções drás-ticas que o Governo impôs

em relação a tudo isto. Por-tanto nós, a Nova Esperança, não conseguimos fazer tudo aquilo que eventualmente prometemos, mas fizemos muita coisa.

Acho que falhámos um bocadinho na falta de infor-mação municipal, que foi muito escassa para a popu-lação. Há coisas que falta fazer, mas o mandato ainda não terminou. Tenho alguns compromissos do senhor presidente relativamente a isso. Mas posso recordar, por exemplo, que a Lixa passou a ter uma ciclovia e contou com melhoramentos na pra-ça do Comércio

EF – Muitos eleitores falam que, neste mandato, a úni-ca obra que se vê foi a que transitou do último man-dato de Fátima Felgueiras, de projetos e candidaturas do anterior mandato. O Dr. Paulo Rebelo é capaz de dar algum exemplo de uma obra nova, com alguma en-vergadura, que esta coliga-ção tenha lançado?

PR - Tem que entender que foram três anos de tra-balho. Logicamente, a câma-ra fez o trabalho que a Dra. Fátima Felgueiras e outros deixaram, à semelhança do que a Dra. Fátima Felgueiras fez em relação aos anteces-sores. Não obstante o traba-lho de continuidade, tenho que recordar também que é esta câmara quem está pagar as obras. Por outro lado, para quem diz que não há obras novas, recordo o alargamen-to do cemitério da Lixa, que é uma coisa que é fundamen-tal.

Refiro ainda, também na

Lixa, o alargamento da rua António Ferreira Gomes, en-tre outras obras.

EF - Mas essas são obras que resultaram de candi-daturas apresentadas pela Dra. Fátima Felgueiras…

PR - O cemitério não foi. Uma coisa é fazer projetos, outra coisa é executá-los. Deixe-me dizer-lhe o se-guinte: estou de acordo que há muita coisa que eventu-almente podia ter sido feita, mas nos primeiros dois anos

a câmara tentou gerir e fa-zer um trabalho de limpeza. Muita coisa estava entupida. Este governo municipal teve iniciativas, mas admito que houve inexperiência, porque ninguém nasce ensinado.

EF - Acha que este executi-vo tem correspondido às ex-petativas dos presidentes de junta. Alguns dizem clara-mente que estavam à espera de muito mais...

PR – Mas também há presidentes de junta que di-zem que receberam mais em três anos do que em 10 da Dra. Fátima. Nós temos que fundamentar isto no contexto da situação finan-ceira e económica. A câma-ra reduziu em cerca de 40% as dívidas aos fornecedores. E você pergunta-me assim: seria mais útil a câmara gas-tar este dinheiro em termos

de juntas e obras? Se calhar sim. Mas também, por um lado, a câmara tem que ter credibilidade. E você diz-me: será que, com a Lei dos Compromissos, em vez de estarmos a poupar e a pagar, nos tivéssemos endividado. Não teríamos feito melhor? Contrariamente àquilo que o senhor presidente fez, eu faria isso. O presidente da câmara é economista e eu sou advogado. Se calhar, não tenho o medo que as pessoas dos números têm. Se calhar, politicamente, a autarquia

ganharia muito mais se se endividasse, em vez de estar a pagar a fornecedores. Estas questões são muito delicadas. A gestão de uma câmara de-pende muito da personalida-de do presidente. De certeza absoluta que eu geri-la-ía de uma forma diferente da do senhor presidente, se calhar de uma forma mais aberta, com mais endividamento.

Era capaz de ter feito isso, porque, a conclusão a que eu chego, com a lei dos compromissos, é que quem gastou é que foi fino, quem se portou mal é que foi fino. Portanto, isto parte tudo de uma questão pessoal.

EF – Faz, portanto, um ba-lanço positivo deste manda-to?

PR – Faço um balanço positivo no âmbito dos nos-sos compromissos e das li-

> Entrevista

“Se não houver coligação com o PSD em Felgueiras, o CDS tem que andar para a frente e mostrar aquilo que vale”

Paulo Rebelo, presidente da Assembleia Municipal de Felgueiras

“Desenganem-se aqueles que pensam que eu não sou do CDS”

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| 31.JANEIRO.2013 | �mitações financeiras para as autarquias, que provocaram efetivamente muito cons-trangimento. Reconheço, porém, que, quando ganhá-mos em 2009, se tivéssemos mais experiência autárquica, muita coisa diferente teria sido feita.

Claro que estou numa coligação. Aquilo que o pre-sidente me prometeu está e irá cumprir.

O CDS não é muleta de ninguém. E sou do CDS desde 1979, faço parte da comissão política distrital do Porto e fui eleito conselheiro nacional.

EF - Mas admite que a sua presença, obviamente insti-tucional, como presidente da Assembleia Municipal, em inúmeras circunstân-cias, junto do poder do exe-cutivo, que é integralmente PSD, levou as pessoas a confundi-lo com o PSD?

PR – A a coisa que mais gostava é que fosse o CDS o partido mais votado no concelho. Eu já dei provas de não alinhar em interesses económicos, nem pessoais. Eu nunca apoiei ninguém

que não fosse desta área po-lítica do CDS. Nunca andei a fazer festas e jantares nou-tros partidos e também nun-ca convidei ninguém para encabeçar listas do CDS que não fosse desta área. Nós temos que ter capacidade, o CDS tem que ter capacida-de de mobilizar votos e tem que ter princípios e dignida-de política. Desenganem-se aqueles que pensam que eu não sou do CDS.

O PSD sabe que o CDS não é nenhuma muleta. O CDS foi o partido que, em 2009, dentro da coligação, mais acreditou na vitória e trouxe cá ministros, depu-tados distritais e pessoas conhecidas a nível nacional, nomeadamente deputados europeus. Nós sempre acre-ditamos na vitória e o PSD sabe disso. O PSD tem que nos respeitar por esse tra-balho que nós tivemos em 2009.

EF – Não é possível recal-car o modelo de coligação de 2009 para 2013?

PR – Concordo com uma coligação, mas terá de ser di-ferente. Se fizer coligação

em 2013, defendo que o CDS deve ter gente no executivo, pelo menos um elemento.

EF - O partido saiu preju-dicado por não ter ninguém no executivo neste manda-to?

PR – Sim, prejuízo inter-no. Provocou uma situação de falta de diálogo entre os elementos do CDS. Penso que o partido deveria ter entendido que eu, Paulo Re-belo, estando na assembleia, com a ligação que tenho aos vereadores e ao presidente, teria sido muito mais fru-tífero se nos reuníssemos, conversássemos e impusés-semos as nossas ideias, no-meadamente a preparação das assembleias municipais. Sempre estive disponível para reunir com a atual con-celhia. Mas vou também ser muito claro: o PSD também tem culpa no cartório, por-que nós devíamos ter reuni-do, conforme tínhamos acor-dado, bimensalmente, com as cúpulas dos partidos. Se calhar, não havia estas diver-gências que correm na rua, nos cafés, que se conversa, que estão desavindos, que o CDS não quer fazer coliga-ção com o PSD.

EF – Houve alguma so-branceria das pessoas do PSD, que se acharam no direito, como diz o nosso povo, de deixar “passar ca-vaco” ao CDS, ao partido mais pequeno?

PR – Não foi esse o caso, mas aceito que haja pessoas que pensem isso.

EF – A atual líder queixa-se

muito do distanciamento, quer em termos de estrutura do partido, quer em termos do próprio presidente da Câmara. A presidente da concelhia queixa-se muito disso.

PR- Eu não posso res-ponder a isso, porque tenho poucas reuniões e poucas conversas com a atual pre-sidente da comissão política concelhia, para meu desgos-to. Gostaria, eventualmente, que o CDS também tentas-se conversar mais com um representante, que é o pre-sidente da Assembleia Mu-nicipal. Aliás, ultimamente, posso-lhe dizer que, no sába-do passado, estive três horas a conversar com o diretor au-tárquico, o Dr. Luís Miguel Nogueira. Ele convidou-me para eu fazer parte de um órgão que ele vai instituir no partido, para preparação das autárquicas.

EF – No início do manda-to o senhor ainda era líder do CDS. Não confrontava o PSD com a situação?

PR – Confrontei o PSD várias vezes. Confrontei o senhor presidente várias ve-zes e, nessa altura, quando a gente começa a confrontar começámos a ver distancia-mento entre as comissões políticas do partido. Eu tentei acautelar tudo isto, porque,

felizmente, tenho que dar honra ao senhor presidente da Câmara, os compromis-sos que tenho ele vai ter que os cumprir.

O que eu proponho como ideias vão ser concre-tizadas e terão que o ser. Isso será um balanço mais para a frente. Mas que não fiquem dúvidas. Voltando aos par-tidos, creio que o PSD, ini-cialmente, teve necessidade de se fechar, de se preparar e de ganhar experiência.

EF – Portanto, o PSD des-valorizou a questão político-partidária? Isto é, concen-trou-se, de facto, na gestão municipal e descurou a questão política?

PR – Sim, o PSD con-centrou-se na gestão ca-marária e deixou a questão política. Isso, se calhar, é tolerável, mas traz questões menos agradáveis para o se-gundo partido da coligação, que é o CDS. Não vou dizer ao Armindo Mendes que me sinto confortado e que me senti confortável nestas al-turas. Eu muitas vezes fala-va com o senhor presidente da câmara, porque entendia que era importante resolver isso. Até 2011, fui presidente da comissão política e, por-tanto, até essa altura, havia algum entendimento. Nos últimos dois anos, após as eleições no CDS concelhio,

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10 | 31.JANEIRO.2013 |

os dois partidos criaram al-guma incompatibilidade

EF – Mas essa incompatibi-lidade decorre de questões políticas ou de questões pes-soais?

PR – Comigo nunca hou-ve questões, nem pessoais, nem políticas entre o PSD e o CDS. A partir de feverei-ro de 2011, não fui eu que orientei os destinos do CDS.

EF – Entretanto, o CDS foi fazendo o seu percurso, o seu caminho, já sem o Dr. Paulo Rebelo na liderança. Já com a nova estrutura, chegou-se inclusive a fa-lar na apresentação de um candidato ou de um putati-vo candidato, Luís Miguel Nogueira. Face a esse cená-rio, acredita que ainda há condições, neste momento, para recuperar a coligação PSD/CDS para as próximas eleições autárquicas?

PR - Acredito eu e acre-dita o Dr. Luís Miguel No-gueira. Acreditamos os dois e acredita muita gente do CDS. Continuo a dizer que, nesta altura, é fundamental que o CDS faça coligação com PSD e que o PSD faça

coligação com CDS.

EF – Mas porquê?

PR – Porque acho que começou-se bem, o élan que se cria numa nova coligação

é fundamental. Mas também ninguém morre se os dois partidos forem separados, depende do que vier a acon-tecer com a esquerda.

EF – Acha que o PSD, na conjuntura atual, levando em conta a conjuntura na-cional de desgaste tremendo da ação governativa, estará fragilizado, precisando ain-da mais do CDS para ga-nhar a câmara?

PR – O CDS, nesta altu-ra, é um partido que se as-sume, é um partido que está muito mais forte, em termos concelhios. Esta direção fez um trabalho muito intenso. Portanto, tanto a nível na-cional, como a nível local, o

CDS está mais forte. O PSD sabe e reconhece isso. Da mesma forma que o CDS, em termos nacionais não é nenhuma muleta do PSD, aqui também não o será.

O CDS não é um par-

tido tão pequeno, nem é um partido de charneira. O PSD nacional e local está muito mais desgastado do que o CDS, porque está no poder. O meu partido tem pessoas muito válidas para estarem na Assembleia e no executivo. O PSD não pode desaproveitar a influência, a capacidade e a competência das pessoas das pessoas do CDS, para um futuro execu-tivo, para juntas de freguesia e para a assembleia.

EF – Acha que o CDS, com os dirigentes que o senhor conhece, quer e deseja isso?

PR – Há pessoas que me ligam, nomeadamente alguns

que pertencem à comissão política concelhia, que me dizem: Dr. este não é o meu CDS. Contudo, somos um partido de princípios, que tem de ter dignidade políti-ca. Eu digo a esses militan-tes que deviam discutir essas desavenças internas, como eu o fiz, em assembleia de militantes. Eu acho que é muito negativo ouvirmos dentro do CDS uns dizerem mal dos outros. Isso é mau para o partido, é mau para o concelho, é mau para todos.

EF – A presença do CDS no executivo é importante?

PR - Eu penso que o CDS, tendo alguém no exe-cutivo, é uma mais-valia para o concelho. E acho que o PSD não pode descurar essa situação. Em 2008, quando nós negociámos a coligação, éramos um partido com 3 ou 4% nas autárquicas. Mas nas eleições europeias tivemos 11%, com o Nuno Melo, que esteve cá a apoiar-nos. Tam-bém alcançámos 12,7% nas legislativas. Portanto, o CDS cresceu e é claro que tam-bém roubou votos ao PSD. Acho que é fundamental as pessoas entenderem-se. Mas digo isto para ficar bem cla-ro: o CDS é que vai decidir se vai concorrer ou não.

EF – O Dr. Paulo Rebelo tem muitos anos de política. Qual será a pedra de toque necessária para que haja, de novo, uma coligação, o que tem que acontecer de substantivo para que se re-tomem as condições de en-tendimento?

PR – Tem de haver diá-logo, as pessoas do CDS têm de que correr todas para o mesmo lado.

EF – E do lado do PSD? Tem de haver mais humil-dade?

PR – Chegou-se a um ponto em que tem de haver

bom senso dos dois lados, porque eu não sou daqueles que dizem que o PSD só convida o CDS quando pre-

cisa.

EF – Mas acha que o PSD precisa do CDS para ga-nhar estas eleições?

PR – Acho que sim. Eu queria aproveitar as coisas

boas desta coligação. Há coisas más no PSD que, se calhar, o CDS podia poli-las, podia ajudar a arranjar. Isto não é uma crítica des-trutiva. Eu acho que o PSD, em termos de executivo, esqueceu-se da questão po-lítica, preocupou-se dema-siadamente com a máquina da câmara. O Dr. Inácio Ribeiro, nos primeiros dois anos, preocupou-se demais com as questões técnicas e acho que, politicamente, não teve a tal convivência mais intensa com o CDS. Faltou isso. Todos aprendemos e, nestas circunstâncias, estou de acordo que nessa coli-gação haja pessoas do CDS no executivo, para facilitar diálogos mais intensos entre as comissões políticas, reu-niões mais alargadas com o núcleo duro dos dois parti-dos. Tenho a certeza que isso é fundamental para que se faça uma coligação.

EF – Em termos percentu-ais, qual é a percentagem de haver ainda condições para se fazer uma coligação en-tre os dois partidos?

PR – Eu se calhar dizia 50/50. Eu não estou dentro das reuniões da concelhia, nem sei se haverá candida-to. Tive uma conversa na distrital e parece-me que não está nada definido. A coligação, poderá até even-tualmente surgir. Que parte da comissão seja a favor da coligação e o próprio candi-dato também, mas a senhora

presidente não ser. Não não estou muito dentro desta questão. Conversei muito com Dr. Luís Miguel, que

é o putativo candidato do CDS. Conversei com ele, mas isto ainda não está de-finido. Logicamente que as concelhias é que decidem, mas as distritais poderão fazer muita força. Depende muito de como a esquerda

se apresentar, com uma ou duas candidaturas, depende de muita coisa…

EF – E o Dr. Paulo Rebe-lo gostava de se recandi-datar, de encabeçar a lista à Assembleia Municipal? Preferia ser candidato no quadro de uma coligação ou ser candidato, por exem-plo, de uma lista autónoma do CDS?

PR – Estou disponível para tudo, até para não ser candidato a nada. O que eu quero é que o concelho ande para a frente e que se faça o melhor.

EF – Mas, no caso de não haver coligação, gostava de liderar a candidatura pelo seu partido?Se fosse convidado aceita-va?

PR – Eu sou do CDS, como lhe disse há pouco. Sou tanto do CDS que fui eleito conselheiro nacional do Dr. Paulo Portas, do nosso presidente. Se, eventualmen-te, não houver coligação, eu terei pena. Se não houver coligação, vamos trabalhar sozinhos.

EF – Qual o resultado que o CDS pode conseguir se for sozinho, com a dinâmica que tem vindo a evidenciar na angariação de novos mi-litantes e na organização interna)

PR – Eu já estive num jantar onde o CDS teve 500 pessoas e teve 340 votos. Portanto, na hora, as pessoas olham para a cor do símbolo. Prometem que votaram em si e por vezes vão votar nou-tro. Uma coisa também lhe digo, um élan de coligação é muito mais forte do que dois partidos separados.

“O PSD não pode desaproveitar a capacidade e competência

das pessoas do CDS”

“O PSD esqueceu-se da questão política”

50% de hipóteses de haver coligação

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Page 11: Expresso de Felgueiras n.º 123

| 31.JANEIRO.2013 | 11EF – De zero a vinte, qual era a nota que atribuía ao atual executivo?

PR – 14, um bom.

EF – E acredita que no pró-ximo mandato, se houver coligação, o desempenho poderá subir para um 17 ou um 18?

PR – Acredito, porque, para haver coligação, é im-portante que haja alguém no executivo do CDS. Os quatro anos de experiência ensinaram muito. As pessoas não querem ouvir conversa, as pessoas querem ver fac-tos concretos. Tem de haver projetos já deste executivo, como acontecerá, com certe-za. E esses têm que ser bem

entendidos pela população.

EF – Sob o ponto de vista pessoal, o que significou para si este mandato como presidente da assembleia?

PR – Tive e tenho mui-to orgulho de ser presidente

da assembleia. Gosto muito do cargo que exerço. Tenho pena que haja tanta gente boa para estar numa assembleia e não faça parte do órgão.

EF – Ainda há um défice grande de participação dos deputados? Porque é que isso acontece?

PR – Acho que sim. Há deputados que nunca inter-vieram, mas acho que a cul-pa é das comissões políticas

dos partidos. As comissões políticas deviam convidar gente bem preparada, que perceba de política.

Infelizmente, algumas pessoas acomodam-se e en-

tendem que a assembleia é um órgão secundário.

Temos de encarar a As-sembleia Municipal como um órgão máximo da autar-quia que fiscaliza e para o fazer tem de haver gente que saiba o que está a fiscalizar. Penso que há ainda alguma impreparação.

EF – Fala-se no concelho que poderá ainda haver condições para surgirem duas candidaturas na área do PS. Acredita nisso.

PR – Eu penso que sim.

EF – Uma mais próxima da Fátima Felgueiras e outra mais próxima do PS institu-cional?

PR – Dentro do PS, as coisas ainda não estão resol-vidas e isso até é bom para a coligação, porque, quanto mais dividida estiver a es-querda, mais a direita tem hipóteses de ganhar.

EF – E quanto mais dividi-da estiver a esquerda, mais o CDS tem hipótese de ir sozinho?

PR – Também é uma boa visão.

EF – E mais o PSD sentir-se-á tentado a ir a eleições sozinho, concorda com isso?

PR – Se o CDS não con-correr coligado, terá que es-tar preparado para concorrer

sozinho e, se calhar, pode conseguir um bom resultado. O CDS, em termos autárqui-cos, em Felgueiras, nunca teve grandes resultados, mas está a fazer um trabalho in-tenso e bonito. Se não hou-ver coligação, o CDS tem que andar para a frente e mostrar aquilo que vale.

EF – Estaria motivado a apoiar a candidatura do CDS?

PR – Eu sou do CDS, como lhe disse. Mas muita coisa terá que ser discutida internamente. E os primeiros a saber se vou ou não apoiar será o pessoal do meu parti-do.

|Armindo Pereira Mendes

Se não houver coligação, o CDS tem que andar para a frente

e mostrar aquilo que vale.

A Câmara Municipal de Felgueiras ela-borou um projeto

para a ampliação do ce-mitério das freguesias de Borba de Godim e de Vila Cova da Lixa e ofereceu-o às Juntas de Freguesia para a execução da obra.

A entrega do projeto aos autarcas das respetivas fre-guesias, Eduardo Pinheiro e Agostinho Sousa, foi efe-tuada pelo presidente da Câmara Municipal, Inácio Ribeiro, e pela vereadora da Coesão Social, Carla Meireles, durante uma vi-sita ao local, realizada no dia 03 de janeiro.

O projeto a ser execu-tado paredes-meias com o antigo cemitério pretende ser um contributo para dar

uma maior dignidade à úl-tima morada da população daquelas freguesias.

“Uma obra que pre-tende dignificar os que cá estão e valorizar os nossos antepassados e a nossa his-tória”, refere o presidente da Câmara Municipal e acrescenta que com este projeto pretende-se, “criar as condições necessárias para podermos homenagear os nossos entes queridos”.

A Câmara Municipal tem ainda prevista uma comparticipação financei-ra para a concretização das obras. Esta decisão insere-se na política do executivo que incide no apoio logís-tico e financeiro às Juntas de Freguesia, para respon-der mais rapidamente às

necessidades de cada uma das freguesias, e que é con-cedido de acordo com as prioridades apontadas pe-los respetivos executivos.

Com a implantação num terreno com cerca de 1500m2, aquele espaço ficará dotado de mais 344 sepulturas e 25 jazigos.

De mencionar que para além do projeto a autarquia doou o terreno às freguesias para a execução da obra.

A parcela, localizada no alto da Lixa, pertencia à Câmara desde 2010, altu-ra em que esta planeava a ampliação da infraestrutura existente e salvaguardou a sua utilidade aquando do licenciamento do prédio da sociedade Lidl & Compa-nhia.

Assim, a sociedade fi-cou obrigada a ceder ao município de Felgueiras uma parcela de terreno com

uma área de 1542 m2 para o aumento do Cemitério da Lixa, que serve as fregue-sias de Borba de Godim e

Vila Cova.

|GI CMFelgueiras

Ampliação do Cemitério da Lixa

A Piscina Municipal de Felgueiras foi palco do 7.º Open

de Inverno de Masters, no passado fim-de-semana, uma prova onde participa-ram 323 nadadores, 224 masculinos e 99 femininos) em representação de 41 clubes, cinco dos quais es-

panhóis.A iniciativa contou com

a presença do vice-presi-dente da Câmara Munici-pal, João Sousa, que deu as boas vindas a todos e real-çou a importância deste tipo de eventos.

“Estas ações para além de possibilitarem a prática

desportiva a pessoas das mais diversas idades, de forma salutar e atrativa e de contribuir para a manuten-ção de hábitos desportivos a todos os ex atletas, permi-tem uma interação saudável entre os participantes e o público”.

O autarca apelou aos

nadadores para visitarem alguns locais emblemáticos do nosso concelho e “cons-tatarem a arte de bem rece-ber dos felgueirenses”.

Na competição foram batidos 42 recordes nacio-nais (31 masculinos, 9 fe-mininos e 2 mistos).

|GI CMFelgueiras

42 Recordes nacionais alcançados no 7º Open de Inverno de Masters

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1� | 31.JANEIRO.2013 |

O presidente da As-sociação Empre-sarial de Felguei-

ras (AEF), Nuno Fonseca, alerta que as novas regras de faturação e o aumento da carga fiscal serão, em 2013, a “machadada final” em centenas de negócios na região.

O representante dos empresários prevê que este ano encerrem muitos esta-belecimentos comerciais, sobretudo na área da res-tauração, pastelarias e ves-tuário.

“Os pequenos comer-ciantes estão muito aflitos”, afirmou Nuno Fonseca, em declarações à Lusa.

“Há muitos empresários que deixaram de acreditar, face às circunstâncias”, acrescentou.

Apontando o que se está a passar na área urbana de Felgueiras, mas frisando que não se trata de uma situação diferente de muni-cípios vizinhos, o dirigente lamenta o encerramento

de vários negócios, dimi-nuindo a oferta comercial e lançando pessoas para o desemprego.

Nuno Fonseca recorda que as “magras margens” dos negócios não vão che-gar, em muitos casos, para suportar o aumento dos im-postos associados às novas regras de faturação.

Para o presidente a AEF, a obrigatoriedade de aquisição de equipamentos de registo de vendas signi-fica um esforço financeiro que muitos comerciantes “têm grande dificuldade de suportar”.

“Este ano vai ser muito difícil, sobretudo porque se prevê que o custo de vida aumente, o que vai ter con-sequências nas perdas de clientes no comércio tradi-cional”, reafirmou.

Sobre o que pode fazer a associação para ajudar os pequenos empresários a su-perar este momento, Nuno Fonseca sublinha o esforço que está a ser desenvolvido

nas ações de formação di-rigidas aos comerciantes e aos seus funcionários.

O presidente da AEF acredita que estas ações es-tão a dotar os empresários e colaboradores de mais co-nhecimentos, em diferentes áreas, sobretudo de gestão e marketing, que “ajudarão a

encontrar as soluções mais eficazes para combater a crise”.

No plano das ações con-cretas, o dirigente recorda que, recentemente, foi ce-lebrado com uma institui-ção de crédito um acordo de colaboração que prevê a disponibilização aos as-

sociados de financiamentos para pequenos negócios, “em condições muito favo-ráveis”.

“O acordo prevê taxas de juro mais atrativas, pro-curando ajudar os empresá-rios num momento em que é tão difícil recorrer ao cré-dito bancário”, explicou.

Segundo Nuno Fon-seca, já houve alguns co-merciantes do concelho a recorrer a este mecanismo, o qual financia, na maioria dos casos, investimentos ou apoios à tesouraria até 25.000 euros.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

Associação Empresarial de Felgueiras receia a “machadada final” em centenas de negócios

As eleições para a direção da Associa-ção Empresarial de

Felgueiras (AEF), realiza-as recentemente, ditaram a re-condução de Nuno Fonseca na presidência da instituição, para mais um mandato de três anos.

No essencial, a direção mantém a mesma estrutura do anterior mandato, haven-do apenas pequenas altera-ções.

Em lugar de destaque mantém-se Joel Costa, com o cargo de diretor executivo.

Nuno Fonseca faz um balanço positivo do mandato que terminou recentemente, sublinhando o esforço no sen-tido de aproximar a AEF dos

empresários do concelho.As ações de formação

e qualificação dirigidas aos empresários e o conjunto de atividades para promoção do comércio tradicional destaca-ram-se no plano de ação que foi realizado.

O envolvimento empe-nhado na dinamização do Conselho Empresarial do Tâmega, cuja sede é em Fel-gueiras, e a iniciativa “Dar Corda ao Sapato”, desenvol-vida com outras instituições do concelho, também evi-denciaram, segundo Nuno Fonseca, o dinamismo cres-cente da AEF.

No anterior mandato, também aumentou significa-tivamente o número de as-

sociados, os quais recorrem a vários serviços da associa-ção, sobretudo nas áreas de contabilidade e fiscalidade.

A gala do empresário, que já vai na quinta edi-ção, traduz outro momento marcante da gestão da AEF, permitindo homenagear os empreendedores do conce-lho, “num momento de gran-de partilha”, sublinha Nuno Fonseca.

Do anterior mandato, ressaltam ainda os melhora-mentos realizados na sede da associação, o que permitiu dotar o espaço de melhores condições de trabalho e aten-dimento para os funcionários e associados.

Em termos de futuro, o

presidente da AEF promete continuar a trabalhar para reforçar o apoio aos empre-sários e “ajudar a resolver os problemas que surgem, permitindo que as empresas possam seguir um caminho sustentável nos tempos que se avizinham”.

Entre as prioridades, en-contram-se ainda o trabalho de aproximação com indús-tria, em articulação com ou-tras associações setoriais, e o desenvolvimento de uma publicação periódica, des-tinada aos associados, com informações úteis nas áreas da fiscalidade, contabilidade, apoios vantagens.

|Armindo Pereira Mendes

Nuno Fonseca foi reeleito presidente da Associação Empresarialµ

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| 31.JANEIRO.2013 | 1�

A Cooperativa de Felgueiras foi a adega da região dos

vinhos verdes que maior quantidade de uvas rece-beu na campanha de vindi-mas de 2012, ultrapassando os quatro milhões de litros, disse à Lusa fonte da insti-tuição.

Rui Pinto, diretor da cooperativa, adiantou que foi também possível, no ano passado, aumentar em cerca de 30 o número de fornecedores.

“Mais de 700 produ-tores entregaram as uvas na nossa adega. Por isso, foi um ano excelente para nós”, afirmou, destacando o caráter regional dos for-necedores.

O crescimento no nú-mero de produtores ocor-reu sobretudo junto de viticultores de concelhos vizinhos, como Fafe, Ama-rante, Guimarães, Lousada e Celorico de Basto, entre outros.

Rui Pinto admite que esse crescimento se deveu ao preço que a cooperativa está a pagar aos associa-

dos, por quilo de uva, que aumentou cerca de 15% em relação a 2011.

O diretor da cooperati-va explica que “o esforço de pagar melhor” atraiu mais produtores, o que aca-bou por compensar o facto de 2012, por razões meteo-rológicas, ter sido um ano com menos produção do

que em 2011.Na região dos vinhos

verdes, a quebra de produ-

ção média foi de 25%, mas na adega de Felgueiras, sublinha o responsável da cooperativa, “a redução foi de apenas 8%”.

“Apesar da ligeira que-bra quantitativa, não nos podemos queixar da quali-

dade, porque temos vinho com boa aceitação no mer-cado”, observou.

Rui Pinto revela que a instituição já garantiu, atra-vés de contratualização, o escoamento de 2,5 milhões de litros de vinho, prevendo que o restante “será vendi-do sem grande dificuldade” nos próximos meses. Além

disso, 2012 foi um ano de crescimento nas vendas di-retas, em garrafa, com um

crescimento de 20%.O sucesso no escoa-

mento do produto, acres-centou, tem garantido à adega pagar aos associados nos prazos previstos. Em dezembro, a instituição liquidou 700.000 euros,

o que representa cerca de metade do valor devido aos produtores. Até junho, a adega liquidará o valor res-tante, prometeu Rui Pinto.

Cerca de metade da faturação da Cooperativa Agrícola de Felgueiras de-corre do negócio do vinho. O restante volume tem a ver com as vendas de pro-dutos frutícolas, destacan-do-se os quivis.

No ano passado, a ins-tituição vendeu mais de 800 toneladas daquele fru-to, prevendo-se que aquele volume cresça nos próxi-mos anos à medida que vão entrando em produção, no Vale do Sousa, novos in-vestimentos no setor. Cerca de 40 por cento da produ-ção de 2012 já foi escoada.

Segundo Rui Pinto, Fel-gueiras é o único dos cinco entrepostos portugueses de quivi com certificação na-cional de qualidade, um fa-tor que atrai cada vez mais a preferência dos produto-res daquele fruto.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

Adega de Felgueiras foi a que mais uvas recebeu em 2012 na região dos vinhos verdes, revela a instituição

A Polícia Judiciária (PJ) está a inves-tigar o desapareci-

mento de um octogenário de Felgueiras que não é visto desde dia 11 de janei-ro, encontrando-se suspen-sas as operações de busca dos bombeiros e da GNR,

disse à Lusa um familiar do idoso.

Segundo a fonte, uma brigada da PJ esteve em Felgueiras a recolher ele-mentos para tentar determi-nar a localização do idoso.

Entretanto, acrescen-tou, estão paradas as bus-

cas das entidades oficiais, apesar de haver populares que, com o auxílio de má-quinas de construção, ain-da tentam encontrar o ido-so Manuel Melo da Cunha, de 86 anos.

Na manhã de sexta-feira (dia 11 de janeiro),

cumprindo uma rotina, o homem saiu de casa, no lugar de Guilhumil, Laga-res, nunca mais tendo sido visto.

O idoso é familiar de empresários ligados à in-dústria de calçado e, ob-serva a fonte, não sofre de

qualquer doença do foro psiquiátrico.

Desde aquele dia, à hora do almoço, quando a família se apercebeu do de-saparecimento, que não fo-ram encontrados quaisquer vestígios que ajudassem à localização do idoso.

Durante três dias, meios dos bombeiros e da GNR, auxiliados por cães, patrulharam a zona, com especial atenção às minas e poços.

A família receia que um ato criminoso possa estar associado ao desapa-recimento, admitindo que Manuel Melo da Cunha costumava andar com di-nheiro.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

PJ investiga desaparecimento de octogenário de Lagares

µArmindo Mendes (arquivo)

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1� | 31.JANEIRO.2013 |

Algumas dezenas de habitantes das fre-guesias de Regilde

e Penacova, no concelho de Felgueiras, protestaram, na assembleia municipal de 28 de dezembro, contra o en-cerramento da extensão de saúde daquelas localidades, anunciado esta semana.

Em nome da população, o presidente da Junta de Re-gilde falou da “revolta” que sente a população, por ter sido “espoliada do direito à

saúde”.Fernando Dias lembrou

que os cerca de 3.000 uten-tes da extensão de saúde, a grande parte dos quais ido-sos, foram transferidos para a extensão de Idães, também no concelho de Felgueiras, mas a vários quilómetros de distância de Regilde.

De acordo com o autar-ca, a deslocação de Regilde a Idães custará mais de oito euros.

O autarca lembrou aos

deputados municipais que não há transportes diretos para a alternativa indicada pela tutela da saúde.

Também o presidente da Junta de Penacova, José Ferreira, interveio em pro-testo pelo encerramento, apelando à Assembleia Mu-nicipal para que desenvolva esforços “para encontrar uma solução célere e fazer face ao cenário de calami-dade pública”.

“Estamos a condenar as

populações a sofrer”, afir-mou o autarca de Penacova, aplaudido pelos populares.

O presidente da Câma-ra, Inácio Ribeiro (PSD), disse estar solidário com o protesto da população, mas lembrou que a questão da saúde é competência ex-clusiva da administração central.

Apesar disso, subli-nhou o edil de Felgueiras, a câmara vai disponibilizar transportes aos utentes da

extensão de saúde de Re-gilde. Ao mesmo tempo, acrescentou Inácio Ribeiro, o município já intercedeu junto do ministro da Saúde no sentido de se encontrar uma solução para o proble-ma.

O autarca lembrou que a saúde é “um problema crónico” em Felgueiras, um concelho com 65.000 habitantes, mas onde ape-nas 30.000 têm médico de família.

A Assembleia Munici-pal aprovou, por unanimi-dade, um voto de protesto contra o encerramento da extensão de saúde de Re-gilde.

Além de Regilde e Pe-nacova, a extensão de saú-de agora encerrada servia ainda a população de S. Jorge de Vizela e Revinha-de, também no concelho de Felgueiras.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

Populares de Regilde estão contra encerramento de extensão de saúde

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No próximo dia 9 de fevereiro, entre as 15 e as 19 horas,

decorrerá, na sede do Partido Popular CDS-PP de Felguei-ras, a eleição para o biénio de 2013-2015 dos seus Órgãos Concelhios.

Após dois anos de mui-to trabalho e crescimento, a actual Presidente da Comis-são Política Concelhia, Ma-dalena Silva, recandidata-se para mais um mandato, no sentido de dar continuidade ao seu projecto, que consiste em devolver o CDS-PP ao concelho de Felgueiras.

O mandato que agora finda, iniciado a 12/02/2011, caracterizou-se essencial-mente pelo crescimento institucional do partido no concelho, pela aposta mui-to forte na juventude e pela

realização de eventos junto da população que marcaram a diferença na cena política felgueirense.

Na apresentação da sua candidatura, Madalena Silva apresentou números impres-sionantes acerca da activida-de do partido:

“Em número de filiados, CDS-PP cresceu mais de 300% nos últimos 2 anos, contando neste momento com mais de 500 filiados em Felgueiras. A Juventude Popular (JP) conta hoje com cerca de 350 jovens felguei-renses filiados”, revelou Ma-dalena Silva.

“Para além dos con-vívios internos realizados em ambas as organizações, CDS-PP e JP, organizaram-se apenas em 2012 6 even-tos públicos abertos a todos

os felgueirenses e por onde passaram mais de 3.000 pes-soas”, destacou.

“Neste sentido, e face à vitalidade e energia que o partido demonstra, importa agora organizá-lo formal-mente, de forma a prepará-lo para as eleições autárquicas que se realizarão entre Se-tembro e Outubro de 2013”, acrescentou.

Logo após a eleição dos órgãos concelhios, será constituído o novo Gabine-te de Coordenação e Gestão Autárquica, que continuará a ser gerido por Luís Miguel Nogueira, que será também o mandatário desta lista à Comissão Política Concelhia composta por 47 militantes, tornando-a na maior conce-lhia de sempre do CDS-PP em Felgueiras.

A composição dos Ór-gãos Concelhios a eleger será a seguinte:

A Comissão Política Concelhia, liderada por Madalena Silva, será cons-tituída por 37 militantes, de entre os quais destacamos os Vice-presidentes: Vítor Costa, Carla Carvalho, Luí-sa Leal e Luciano Amorim, e os Secretários Moisés Sil-va, Fernando Costa, Miguel Sampaio, Joaquim Ribeiro e José Carlos Sousa.

A Mesa do Plenário Concelhio, liderada por Luís Filipe Melo, contará com 3 elementos. São ainda eleitos 7 Delegados para a Assem-bleia Distrital.

Texto enviado pela Concelhia do

CDS-PP

Madalena Silva recandidata-se para novo mandato na presidência da concelhia do CDS-PP

µArm

indo Mendes

Page 15: Expresso de Felgueiras n.º 123

| 31.JANEIRO.2013 | 1�

Oferta N.º 587910203Profissão: Modelista de vestuárioIndicação do Regime de Trabalho: Elaboração de moldes base para fabricação em massa de figurino. confecção de vestuário de alta costuraLocal: Revinhade - Felgueiras

-Oferta N.º 587926424Profissão: Cortador de pelesIndicação do Regime de Trabalho: Com experiên-ciaLocal: Airães - Felgueiras

-Oferta N.º 587910221Profissão: Gaspeador(Cravar Calçado)Indicação do Regime de Trabalho: Com experiên-ciaLocal: Lagares - Felgueiras

-Oferta N.º 587907780Profissão: Cortadores de carnes verdesIndicação do Regime de Trabalho: Cortador de carne experiênciaLocal: Lixa - Felgueiras

-Oferta N.º 587926467Profissão: CozinheiroIndicação do Regime de Trabalho: Realizar refei-ções de cozinha tradicional e na área gourmetLocal: Lixa - Felgueiras

-Oferta N.º 587942585Profissão: Técnico de produçãoIndicação do Regime de Trabalho: Para planear/programar a produção, elaborar fichas técnicas, dis-tribuição de trabalhoLocal: Lagares - Felgueiras

Propriedade e Edição Carvalho & Mendes - Edições Gráficas e Audiovisuais, Lda. | Capital Social 5000 euros | Detentores de mais de 10% do Capital Social Miguel Carvalho, Armindo Mendes | Endereço postal: Expresso de Felgueiras - Rua Padre Manuel Lopes Dias Rocha - 4615-656 Lixa Sede CM Edições: Edifício Século XXI Rua Padre Manuel Lopes Dias Rocha - 4615-656 LIXA | Telefone 255 495 751 | Telefax 255 495 710 | E-mail [email protected] | Contribuinte nº 507575318 | Registo no ICS nº 124883 | Periodicidade Mensal | Depósito Legal nº 241130/06 | Director Miguel Carvalho | Redacção Edifício Século XXI Rua Padre Manuel Lopes Dias Rocha - 4615-656 Lixa | Telefone 255 495 751 | Telefax 255 495 710 | E-mail [email protected] | Colaboradores Sérgio Martins, Hélder Quintela, Bruno Men-des, Ana Leite, Aureliana Gomes (CP nº 8526), André Moniz, Miguel Sousa, Diana Teixeira | Paginação CM Edições | Impressão Gráfica Diário do Minho, Braga | Tiragem desta edição 3000 exemplares

Ficha Técnica

O antigo presidente da Câmara do Marco de Canaveses, Ave-

lino Ferreira Torres, revelou, à agência Lusa, que vai ser o candidato do CDS à lide-rança daquele município nas eleições autárquicas deste ano.

A decisão foi tomada depois de a concelhia demo-crata-cristã ter aprovado, no domingo, por unanimidade e aclamação, o convite ao anti-go presidente da edilidade.

“É uma honra muito grande para mim. Com um convite destes, não posso

dizer que não, apesar de a minha família não o desejar”, comentou.

Para Avelino Ferreira Torres, a decisão de concor-rer, mais uma vez, às eleições também acontece porque, observou, o “povo do Marco merece muito”.

“Deram-me sete vitórias consecutivas”, recordou, des-tacando a relação de “grande proximidade” que sempre manteve com os munícipes.

O candidato, que assu-miu em dezembro a liderança da concelhia do CDS, recusa entendimentos com outros

partidos, frisando que a única coligação que aceita “é com os eleitores”.

“Isto é uma coligação indestrutível. Podem contar comigo. Em 1982 [quando foi eleito pela primeira vez] também ninguém acreditava, mas conseguimos ganhar”, recordou.

Avelino Ferreira Torres, atualmente com 67 anos, encabeçou, em 2009, uma lista independente, acabando por ser a segunda força mais votada, numas eleições que foram ganhas pelo PSD, com maioria absoluta.

Perspetivando as eleições deste ano, Avelino Ferreira Torres disse haver melhores condições para a obtenção da vitória, lembrando que, há três anos, houve uma se-gunda lista independente, da sua área política, que reuniu cerca de 3.000 votos.

Avelino Ferreira Torres deixou a presidência da Câ-mara em 2005, para se candi-datar, como independente, ao vizinho município de Ama-rante, de onde é natural, aca-bando por perder as eleições daquele ano, ganhas pelo PS.

Em 2009, regressou ao

Marco de Canaveses com uma candidatura indepen-dente, designada “Marco Confiante com Ferreira Tor-res”, acabando por conseguir eleger dois vereadores, sendo atualmente a maior força da oposição.

Naquele concelho, tam-

bém já é oficial a recandida-tura, pelo PSD, de Manuel Moreira, atual presidente do município.

O PS ainda não anunciou o seu candidato.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

MARCO DE CANAVESES: Avelino Ferreira Torres é candidato no Marco de Canaveses pelo CDS

Um comerciante de 34 anos foi detido, no início do mês em

Felgueiras por ser suspeito dos crimes de roubo, furto, falsificação e recetação de viaturas, anunciou a Polícia Judiciária (PJ).

Segundo a autoridade

policial, o suspeito tinha em seu poder uma arma de fogo ilegal e várias munições.

Na mesma operação, a Diretoria do Norte da PJ identificou, também em Fel-gueiras, um segundo arguido pela alegada prática dos cri-mes de falsificação e receta-

ção de veículos automóveis.Ao suspeito, lê-se no co-

municado divulgado, foram apreendidos “diversos do-cumentos e objetos relacio-nados com aquela atividade criminosa”.

De acordo com a PJ, “no âmbito desta investigação ti-

nham sido já detidos, no pas-sado mês de maio, em Lou-sada, dois outros suspeitos, bem como apreendidas 13 viaturas furtadas e que se en-contravam viciadas nos seus elementos identificativos”.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

PAÇOS DE FERREIRA: Funcionário de posto de combustíveis ferido por assaltante

O Ministério Público acusa um militar da GNR de Penafiel

do crime de tortura por ter alegadamente agredido um detido com murros e bofeta-das, confirmou à Lusa fonte daquela autoridade policial.

Segundo a fonte, o mili-tar já foi informado pelo tri-bunal, mas ainda não prestou declarações formais sobre o processo, subsequentes à acusação.

De acordo com a acusa-ção, as alegadas agressões terão ocorrido, em junho de 2011, no posto territorial de Penafiel, quando um suspei-to de furto de cobre e condu-ção sem carta, de 24 anos, era interrogado pelo militar.

De acordo com a acusa-ção, à qual a Lusa teve aces-so, o arguido atingiu a vítima “com um número indetermi-nado de murros nas costas e de bofetadas nos dois ouvi-

dos”.Ainda de acordo com o

Ministério Público, quando o detido disse que “não sa-bia nada acerca do furto, o arguido atingiu o ofendido com mais alguns murros nas costas”.

A magistrada do Minis-tério Público titular do pro-cesso afirma, por outro lado, que a vítima sofreu um trau-matismo nas costelas e uma perfuração dos tímpanos.

O militar da GNR encon-tra-se também acusado, no âmbito do mesmo inquérito, dos crimes de ofensa à inte-gridade física qualificada e coação agravada.

A fonte da GNR contac-tada pela Lusa não quis pres-tar declarações, alegando que aguarda o desenvolvimento do processo.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

PENAFIEL: Militar da GNR acusado de ter torturado suspeito de furto

Região

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