exposiÇÃo aos riscos À saÚde, no trabalho curitiba, … · 2018-10-02 · baseado no peso da...

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05/06/2016 1 Copyright ©2016 Satoshi Kitamura Curso de Extensão em Higiene Industrial Curitiba, junho de 2016 Curso de Extensão em Higiene Industrial Curitiba, junho de 2016 INTRODUÇÃO À TOXICOLOGIA OCUPACIONAL parte 1 INTRODUÇÃO À TOXICOLOGIA OCUPACIONAL parte 1 SATOSHI KITAMURA Divisão de Saúde Ocupacional DGRH/UNICAMP [email protected] [email protected] Copyright ©2016 Satoshi Kitamura Agentes físicos Agentes químicos Agentes biológicos “Agentes ergonômicos” Agentes psicossociais Outros Copyright ©2016 Satoshi Kitamura EXPOSIÇÃO AOS RISCOS À SAÚDE, NO TRABALHO Copyright ©2016 Satoshi Kitamura AGENTES QUÍMICOS EXPOSIÇÃO AOS RISCOS À SAÚDE, NO TRABALHO Copyright ©2016 Satoshi Kitamura Consideram-se agentes químicos, as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. EXPOSIÇÃO AOS RISCOS À SAÚDE, NO TRABALHO AGENTES QUÍMICOS (NR-15, 9.1.5.2.) Copyright ©2016 Satoshi Kitamura ASPECTOS DE TOXICOLOGIA OCUPACIONAL TOXICOLOGIA é o estudo dos efeitos nocivos da ação de substâncias químicas sobre o tecido biológico LOOMIS Copyright ©2016 Satoshi Kitamura Copyright ©2016 Satoshi Kitamura TOXICOLOGIA finalidades Estudar o tipo de lesão provocado; Definir o mecanismo de ação; Estudar interações entre diferentes substâncias Determinar os limites toleráveis de exposição; Descobrir antídotos; Outros Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

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05/06/2016

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Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

Curso de Extensão em Higiene IndustrialCuritiba, junho de 2016

Curso de Extensão em Higiene IndustrialCuritiba, junho de 2016

INTRODUÇÃO À

TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

parte 1

INTRODUÇÃO À

TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

parte 1

SATOSHI KITAMURA

Divisão de Saúde Ocupacional

DGRH/UNICAMP

[email protected]@gmail.com

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

� Agentes físicos� Agentes químicos� Agentes biológicos� “Agentes ergonômicos”� Agentes psicossociais� Outros

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

EXPOSIÇÃO AOS RISCOS À SAÚDE, NO TRABALHO

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

� AGENTES QUÍMICOS

EXPOSIÇÃO AOS RISCOS À SAÚDE, NO TRABALHO

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

Consideram-se agentes químicos, as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de

poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de

exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou

por ingestão.

EXPOSIÇÃO AOS RISCOS À SAÚDE, NO TRABALHO

AGENTES QUÍMICOS

(NR-15, 9.1.5.2.)

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

ASPECTOS DE TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

�TOXICOLOGIA

é o estudo dos efeitos nocivos da ação de substâncias químicas

sobre o tecido biológico

LOOMIS

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

TOXICOLOGIAfinalidades

� Estudar o tipo de lesão provocado;� Definir o mecanismo de ação;� Estudar interações entre diferentes

substâncias� Determinar os limites toleráveis de exposição;� Descobrir antídotos;� Outros

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05/06/2016

2

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

� É a aplicação dos conhecimentos da toxicologia na medicina do trabalho

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

alguns conceitos importantes em TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

� Perigo

� Risco

� Periculosidade

� Toxicidade

� Medida do risco

� Medida da toxicidade

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EXPOSIÇÃO AOS RISCOS À SAÚDE, NO TRABALHO

PERIGO E

RISCO

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PERIGO

É A SITUAÇÃO OU EVENTUALIDADE EM QUE PODE

OCORRER UM DANO

HOUAISS

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PERIGO

É a capacidade ou condição inerente e imutável do agente, de causar danos

ou alterações à saúde de um organismo vivo (trabalhador)

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PERIGOPERIGO

05/06/2016

3

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RISCO

é a probabilidade de perigo com ameaça física para o Homem ou o

Meio Ambiente.

HOUAISS

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RISCOÉ a probabilidade da ocorrência de alterações ou danos à saúde, quando

o(s) fator(es) de risco está(ão) presente(s), e a exposição de um

trabalhador suscetível se faz de uma determinada forma, e em intensidade e

tempo suficientes.

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EXPOSIÇÃOEXPOSIÇÃO

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RISCORISCO

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

RISCORISCO

� DE MORTE

� DE LESÃO

EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

� RISCO É A PROBABILIDADE DE UMA SUBSTÂNCIA QUÍMICA PRODUZIR OS SEUS EFEITOS SOBRE A SAÚDE DO TRABALHADOR

SAÚDE OCUPACIONAL

EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS

05/06/2016

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TOXICIDADE

É a capacidade inerente de uma substância química, de produzir uma ou

mais ações deletéreas sobre um organismo vivo

(Casarett & Doull’s Toxicology)

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Tipo de ações sobre o ser humano

� IRRITAÇÃO OU QUEIMADURA� ASFIXIA� AÇÃO SOBRE O SISTEMA NERVOSO� AÇÃO SOBRE OS PULMÕES� AÇÃO SISTÊMICA� REAÇÕES ALÉRGICAS� ALTERAÇÃO DA PIGMENTAÇÃO DA PELE� MUTAGÊNESE, CARCINOGÊNESE, TERATOGÊNESE

classificação de HENDERSON & HAGGARD, modificado por S.Kitamura

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É a capacidade ou condição inerente e imutável do agente, de causar danos ou alterações à saúde

de um organismo vivo (trabalhador)

É a capacidade inerente de uma

substância química, de produzir uma ou

mais ações deletéreas sobre um

organismo vivo

PERICULOSIDADEPERICULOSIDADEPERICULOSIDADEPERICULOSIDADE TOXICIDADETOXICIDADETOXICIDADETOXICIDADE=

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

alguns conceitos importantes em TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

� Perigo

� Risco

� Periculosidade

� Toxicidade

� Medida do risco

� Medida da toxicidade

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

GRAU DE RISCOGRAU DE RISCO

É A MEDIDA DA PROBABILIDADE DA OCORRÊNCIA DO DANO À SAÚDE

AVALIAÇÃO DO RISCO

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GRAU DE RISCO- fatores -

� da EXPOSIÇÃO� concentração da substância� tempo de exposição� forma de exposição

� da SUBSTÂNCIA QUÍMICA

05/06/2016

5

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AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE

�EXTREMAMENTE TÓXICO�BASTANTE TÓXICO�MODERADAMENTE TÓXICO�LIGEIRAMENTE TÓXICO

�PRATICAMENTE NÃO TÓXICO�RELATIVAMENTE ATÓXICO

classificação

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AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE

�exame anatomopatológico� testes fisiológicos� testes bioquímicos� dose efetiva

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AVALIAÇÃO DA INTOXICAÇÃO- dose efetiva -

� dose mínima efetiva� dose efetiva 50%� dose efetiva 100%

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura Copyright ©2009 Satoshi Kitamura

� NOAEL� No Observable Adverse Effect Level

� LOAEL� Lowest Observable Adverse Effect Level

AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE

���exame anatomopatológicoexame anatomopatológicoexame anatomopatológico��� testes fisiológicostestes fisiológicostestes fisiológicos��� testes bioquímicostestes bioquímicostestes bioquímicos��� dose efetivadose efetivadose efetiva

� dose letal

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Modelo

�DL50,oral, rat = 0,1 mg/kg peso

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AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE

�DL50,oral, rat = 0,1 mg/kg pesomou

dog

cat

chi

mon

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AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE

�DL50,oral, rat = 0,1 mg/kg pesoim

iv

ip

id

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE

� DL50,oral, rat = 636 mg/kg peso (tolueno)

� DL50,oral, mou = 2.119 mg/kg peso (xileno)

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE

� DL50,oral, rat = 636 mg/kg peso (tolueno)� DL50,oral, rat = 4.300 mg/kg peso (xileno)

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TOXICIDADE ORAL

EXTREMAMENTE TÓXICO

BASTANTE TÓXICOMODERADAMENTE TÓXICOLIGEIRAMENTE TÓXICO

PRATICAMENTE NÃO TÓXICORELATIVAMENTE ATÓXICO

<= 1 mg/kg

1 a 50 mg/kg50 a 500 mg/kg0,5 a 5 g/kg

5 a 15 g/kg> 15 g/kg

DL 50classificação

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TOXICIDADE INALARÓRIA

EXTREMAMENTE TÓXICO

BASTANTE TÓXICO

MODERADAMENTE TÓXICO

LIGEIRAMENTE TÓXICO

PRATICAMENTE NÃO TÓXICO

RELATIVAMENTE ATÓXICO

<= 50 ppm

50 a 100 ppm

100 a 103 ppm

103 a 104 ppm

104 a 105 ppm

> 105 ppm

CL 50categorias

05/06/2016

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Curso de Extensão em Higiene IndustrialCuritiba, junho de 2016

Curso de Extensão em Higiene IndustrialCuritiba, junho de 2016

INTRODUÇÃO À

TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

parte 2

INTRODUÇÃO À

TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

parte 2

SATOSHI KITAMURA

Divisão de Saúde Ocupacional

DGRH/UNICAMP

[email protected]@gmail.com

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

FATORES QUE INTERFEREM NA

GERAÇÃO DE UMA

INTOXICAÇÃO

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� Unicausalidade� Multicausalidade

� acidente do trabalho� doenças ocupacionais

FATORES QUE INTERFEREM NA GERAÇÃO DE UMA DOENÇA OCUPACIONAL

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

�FATORES LIGADOS:

� À substância química (agente)

� Ao trabalhador (indivíduo)

� À exposição

FATORES QUE INTERFEREM NA GERAÇÃO DE UMA DOENÇA OCUPACIONAL

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

�FATORES LIGADOS:

� À substância química (agente)

��� Ao trabalhador (indivíduo)Ao trabalhador (indivíduo)Ao trabalhador (indivíduo)

��� À exposiçãoÀ exposiçãoÀ exposição

FATORES QUE INTERFEREM NA GERAÇÃO DE UMA DOENÇA OCUPACIONAL

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

� Natureza do agente� Periculosidade do agente

� agressividade� toxicidade

� Forma de apresentação

FATORES QUE INTERFEREM NA GERAÇÃO DE UMA DOENÇA OCUPACIONAL

O AGENTE

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ALIMENTO

e

VENENO

ASPECTOS DE TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

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É QUALQUER SUBSTÂNCIA QUÍMICA QUE PRODUZ EFEITOS POSITIVOS NUM

SISTEMA BIOLÓGICO, SEJA POSSIBILITANDO A PRODUÇÃO DE

ENERGIA, SEJA AGINDO COMO ELEMENTO ESSENCIAL À CONSTITUIÇÃO

E MANUTENÇÃO CELULAR.

ALIMENTO

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

É QUALQUER SUBSTÂNCIA QUE PRODUZ RESPOSTAS DELETÉREAS

NUM SISTEMA BIOLÓGICO, AFETANDO SERIAMENTE A SUA FUNÇÃO OU FORMA OU MESMO PRODUZINDO A SUA MORTE.

VENENO

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VENENOVENENOVENENOVENENO

�TODAS AS SUBSTÂNCIAS SÃO VENENO;

�NÃO HÁ NENHUMA DELAS QUE NÃO SEJA VENENO;

�A DOSE CERTA DIFERENCIA UM VENENO DE UM REMÉDIO.

PARACELSUS (1493/1541)

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�FATORES LIGADOS:

� À exposição

��� Ao trabalhador (indivíduo)Ao trabalhador (indivíduo)Ao trabalhador (indivíduo)

��� À Substância química (agente)À Substância química (agente)À Substância química (agente)

FATORES QUE INTERFEREM NA GERAÇÃO DE UMA DOENÇA OCUPACIONAL

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

FATORES QUE INTERFEREM NAS INTOXICAÇÕES

LIGADOS À EXPOSIÇÃO

�AMBIENTE OCUPACIONAL / GERAL�TIPOS / FORMAS DE ATIVIDADE �CONDIÇÕES DE HIGIENE�APRESENTAÇÃO DO CONTAMINANTE�VIAS DE CONTATO / ENTRADA�VESTIMENTA / E.P.I.�MECANISMOS DE CONTROLE AMBIENTAL

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AGENTE QUÍMICOforma de apresentação

� GASES E VAPORES

� AERODISPERSÓIDES

� FUMAÇA

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AGENTE QUÍMICOforma de apresentação

� GASES

SÃO DISPERÇÕES DE MOLÉCULAS DE SUBSTÂNCIA QUÍMICA NO AR,

COMPLETAMENTE MISTURADAS AO AR.

em condições normais de pressão e temperatura a 25ºC, encontram-se em estado gasoso.

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AGENTE QUÍMICOforma de apresentação

� VAPORES

COMPOSTOS NO ESTADO GASOSO QUE, EM CONDIÇÕES NORMAIS DE PRESSÃO

E A 25ºC DE TEMPERATURA, ENCONTRAM-SE EM OUTRO ESTADO

FÍSICO.Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

AGENTE QUÍMICOforma de apresentação

AERODISPERSÓIDES

� FUMOS� POEIRAS� NÉVOAS� NEBLINAS

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

AERODISPERSÓIDES

DISPERÇÕES DE PARTÍCULAS LÍQUIDAS OU SÓLIDAS, DE TAMANHO E PESO

REDUZIDOS, QUE LHES PERMITAM PERMANECER SUSPENSAS NO AR, POR

LONGO PERÍODO

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PARTÍCULAS SÓLIDAS

� POEIRAS

PARTÍCULAS SÓLIDAS PRODUZIDAS

MECANICAMENTE, POR RUPTURA DE

PARTÍCULAS MAIORES

PARTÍCULAS SÓLIDAS PRODUZIDAS POR CONDENSAÇÃO DE

VAPORES METÁLICOS. NORMALMENTE

ACOMPANHADA DE OXIDAÇÃO

� FUMOS

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Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

PARTÍCULAS LÍQUIDAS

� NEBLINA � NÉVOA

PARTÍCULAS LÍQUIDAS PRODUZIDAS

MECANICAMENTE, (BORBULHAMENTO OU

NEBULIZAÇÃO) CONHECIDAS COMO

“SPRAY” OU AEROSOL

PARTÍCULAS LÍQUIDAS

PRODUZIDAS POR

CONDENSAÇÃO DE VAPORES.

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FUMAÇA

PRODUTO PARTICULADO RESULTANTE DA COMBUSTÃO INCOMPLETA DE

MATERIAIS CARBONADOS, MISTURADO AOS PRODUTOS NÃO

PARTICULADOS

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FATORES QUE INTERFEREM NA

GERAÇÃO DE UMA

INTOXICAÇÃO

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

�FATORES LIGADOS:

� Ao trabalhador (indivíduo)

��� À exposiçãoÀ exposiçãoÀ exposição

��� À Substância química (agente)À Substância química (agente)À Substância química (agente)

FATORES QUE INTERFEREM NA GERAÇÃO DE UMA DOENÇA OCUPACIONAL

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FATORES QUE INTERFEREM NAS INTOXICAÇÕES

�O “EFEITO” SAÚDE�CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS

� CONGÊNITAS� ADQUIRIDAS

o SENSIBILIDADEo DOENÇAS PREDISPONENTESo MEDICAMENTOS

�HÁBITOS E VÍCIOS

� LIGADOS AO TRABALHADOR

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locais de ação

� LOCAIS DE CONTATO� pele� conjuntivas� vias respiratórias

� FORA DOS LOCAIS DE CONTATO� efeitos generalizados; � efeitos localizados (órgãos alvo)

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AÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS

�Absorção�Distribuição�Excreção

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EXPOSIÇÃO

• CONTATO• VIAS DE PENETRAÇÃO E ABSORÇÃO• DISTRIBUIÇÃO, METABOLISMO• AÇÕES TÓXICAS• EXCREÇÃO E ELIMINAÇÃO

• produto• metabólitos

Toxicologia ocupacionalToxicologia ocupacional

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EXPOSIÇÃO

• VIA RESPIRATÓRIA• ORAL (VIA DIGESTIVA)• VIA CUTÂNEA• OUTRAS VIAS

VIAS DE PENETRAÇÃO / ABSORÇÃO

Toxicologia ocupacionalToxicologia ocupacional

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ALV

ÉO

LOS

PU

LMÕ

ES

SANGUE

TGI

RIN

S

PELEDEPÓSITOS

URINA

FEZES

SUOR, LEITE

BILE

BOCA

CONTATO

AR

AÇÕES TÓXICAS

PROD. DAS AÇÕES. TÓXICAS

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EFEITOS TÓXICOS GERAIS

� EFEITOS AGUDOS

� EFEITOS CRÔNICOS

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EFEITOS TÓXICOS GERAIS

� EFEITOS REVERSÍVEIS

� EFEITOS IRREVERSÍVEIS

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Em resumo . . .

� Toxicocinética� Comportamento do agente após o contato

com o hospedeiro: absorção, transporte, distribuição, transformação, depósito, exreção.

� Órgão/tecido alvo� Toxicodinâmica

� Mecanismos de ação, efeitos/resposta

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Curso de Extensão em Higiene IndustrialCuritiba, junho de 2016

Curso de Extensão em Higiene IndustrialCuritiba, junho de 2016

INTRODUÇÃO À

TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

parte 3

INTRODUÇÃO À

TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

parte 3

SATOSHI KITAMURA

Divisão de Saúde Ocupacional

DGRH/UNICAMP

[email protected]@gmail.com

PREVENÇÃO EM PREVENÇÃO EM SAÚDE SAÚDE

OCUPACIONALOCUPACIONAL

PREVENÇÃO EM PREVENÇÃO EM SAÚDE SAÚDE

OCUPACIONALOCUPACIONAL

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O PPRA E O PCMSO NA O PPRA E O PCMSO NA PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA

SAÚDE DO TRABALHADORSAÚDE DO TRABALHADOR

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MÉTODOS DE CONTROLEconceito

são aqueles empregados para eliminar ou reduzir a um nível aceitável, os

riscos de doenças ou mesmo desconforto significativo ao

trabalhador, no ambiente de trabalho e/ou na sua execução.

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medidas de controle

� IDENTIFICAÇÃO DE RISCO POTENCIAL� EXISTÊNCIA DE RISCO EVIDENTE� AVALIAÇÃO > L.T. (NR-15) ou TLV (ACGIH)� OCORRÊNCIA DE DANOS À SAÚDE

QUANDO:

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Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

MÉTODOS DE CONTROLE

�aplicados sobre o processo

�aplicados sobre o ambiente

�relativos ao trabalhador

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medidas de controlemedidas de controle

� Medidas que eliminem ou reduzam a utilização ou formação do agente;

� Medidas que previnam a liberação o disseminação do agente;

� Medidas que reduzam os níveis ou a concentração do agente;

� Medidas que reduzam a toxicidade do agente

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PCMSO e PPRA

� OBRIGATORIEDADE LEGAL� RESPONSABILIDADES� PARÂMETROS MÍNIMOS� DIRETRIZES GERAIS � INTEGRADO / ARTICULADO

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� P.C.A.� P.P.R.� E.P.I.� ERGONOMIA� VACINAÇÃO� CAMPANHAS

A PRÁTICA DA SAÚDE OCUPACIONAL

OS PROGRAMAS

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

��� P.C.A.P.C.A.P.C.A.��� P.P.R.P.P.R.P.P.R.� E.P.I.��� ERGONOMIAERGONOMIAERGONOMIA��� VACINAÇÃOVACINAÇÃOVACINAÇÃO��� CAMPANHASCAMPANHASCAMPANHAS

A PRÁTICA DA SAÚDE OCUPACIONAL

OS PROGRAMAS

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EPIequipamento de proteção individual

EPI É ÚTIL QUANDO:

� BEM INDICADO

� CORRETAMENTE UTILIZADO

05/06/2016

14

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

� NUNCA DEVE SER O MÉTODO DE CONTROLE DE PRIMEIRA ESCOLHA;

� PODE SER APLICADO ENQUANTO OUTRAS MEDIDAS ESTIVEREM SENDO TOMADAS OU PLANEJADAS;

� PODE SER UTILIZADO QUANDO NÃO SE PUDER APLICAR OS OUTROS MÉTODOS DE CONTROLE.

EPIequipamento de proteção individual

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CLTCAPÍTULO V, sessão IV

� Art. 166. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidente e danos à saúde dos empregados.

� Art. 167. O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda, ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.

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equipamento de proteção individual

� 6.1. ....Equipamento de Proteção Individual - EPI é todo o dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.

EPI

(da NR -6)

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Curso de Extensão em Higiene IndustrialCuritiba, junho de 2016

Curso de Extensão em Higiene IndustrialCuritiba, junho de 2016

INTRODUÇÃO À

TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

parte 4

INTRODUÇÃO À

TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

parte 4

SATOSHI KITAMURA

Divisão de Saúde Ocupacional

DGRH/UNICAMP

[email protected]@gmail.com

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Controle em Saúde OcupacionalControle em Saúde Ocupacional

MONITORAMENTO BIOLÓGICOMONITORAMENTO BIOLÓGICOMONITORAMENTO BIOLÓGICOMONITORAMENTO BIOLÓGICO

05/06/2016

15

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

MONITORAMENTO BIOLÓGICOMONITORAMENTO BIOLÓGICO

�ALGUNS CONCEITOS

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MONITORAMENTO BIOLÓGICO

Trata-se de uma atividade sistemática, contínua ou repetitiva em Saúde

Ocupacional, desenvolvida visando a implantação de medidas corretivas,

todas as vezes que sejam ou pareçam ser necessárias.

O QUE É?

(Comitê Misto: Comunidade Européia, OSHA E NIOSH)

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

MONITORAMENTO BIOLÓGICO

É a medição e a avaliação de agentes dos locais de trabalho, seus metabólitos, ou outros parâmetros nos tecidos, fluidos , secreções, ar expirado ou qualquer de

suas combinações, para avaliar a exposição ou risco à saúde,

comparando-as com um valor de referência adequado

(ACGIH)Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

É todo procedimento médico executado e dirigido para avaliar exposições

ocupacionais dos trabalhadores, através da medida de determinantes apropriados,

dentro de um material biológico específico, ao longo de um período de tempo, utilizado para a confirmação da eficiência e eficácia

das medidas de controle

MONITORAMENTO BIOLÓGICO

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

consiste na avaliação da exposição total do trabalhador às substâncias químicas

presentes nos locais de trabalho, através da medida de determinantes

apropriados, em amostras biológicas, coletadas do trabalhador exposto, num

determinado momento

MONITORAMENTO BIOLÓGICO

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

monitoramento biológicodeterminante

DETERMINANTE pode ser a própria substância química, ou seu(s) metabólito(s), ou ainda, uma

alteração bioquímica reversível e característica, induzida pela substância

química.

05/06/2016

16

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INDICADOR BIOLÓGICO

Indicador biológico é uma substância, elemento químico ou atividade

enzimática cuja concentração (ou atividade) em fluido biológico, possui

relação com a exposição

Buschinelli, JT; Kato,M

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

MONITORAMENTO BIOLÓGICO

�IDENTIFICAR O RISCO À SAÚDE�PREVENIR O RISCO À SAÚDE

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

MONITORAMENTO BIOLÓGICO

� ABSORÇÃO EXCESSIVA� METABÓLITOS� ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS� ALTERAÇÕES ANATÔMICAS

� macroscópicas� microscópicas

IDENTIFICAÇÃO DO RISCO À SAÚDE

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BEI(biological exposure indices)

Os BEIs - Índices Biológicos de Exposição são valores de

referência que servem de guia para a avaliação do perigo à saúde, na prática da higiene ocupacional

(ACGIH)

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

BEI - Índice Biológico de Exposiçãoalgumas observações

�BEIs não indicam uma linha divisória exata entre exposições perigosas e seguras;

�BEIs podem estar excedidos em determinados indivíduos, por variabilidade biológica, sem que isto indique um aumento no risco à sua saúde;

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

BEI - Índice Biológico de Exposiçãoalgumas observações

�BEIs são aplicáveis para exposições ocupacionais de 8hs/d, 5dias/semana (40 hs semanais). As extrapolações para exposições ocasionais ou descontínuas devem ser feitas com cuidado e conhecimento da toxicocinética e toxicodinâmica;

�BEIs não devem ser utilizados como medida dos efeitos adversos à saúde, nem como método diagnóstico de doenças ocupacionais.

05/06/2016

17

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

MONITORAMENTO BIOLÓGICOvariabilidade dos indicadores

�estado fisiológico e de saúde do trabalhador;�constituição física, dieta, composição do

fluido corpóreo, atividade enzimática, idade, sexo, estado de gravidez, medicação, doenças, etc.

�fontes de exposições ocupacionais;

�fontes de exposições ambientais;

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

MONITORAMENTO BIOLÓGICOvariabilidade dos indicadores

�estilo de vida individual;�metodologia de aplicação:

�contaminação e/ou deterioração da amostra, condições de armazenamento, método analítico selecionado, etc.

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monitoramento biológicovalores medidos

OS VALORES MEDIDOS INDICAM:oa intensidade de uma exposição recente;oa média de exposições diárias;oa exposição crônica cumulativa.

DEPENDE:do material escolhido;do momento da colheita;do determinante escolhido.

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

A EXISTÊNCIA DE CORRELAÇÃO ENTRE O LIMITE PERMISSÍVEL DE EXPOSIÇÃO OU EQUIVALENTE, E AS ALTERAÇÕES DOS

ÍNDICES BIOLÓGICOS OU A OCORRÊNCIA DE DOENÇAS DEVE TER

SIDO COMPROVADA.

ÍNDICE BIOLÓGICO DE EXPOSIÇÃO

MONITORAMENTO BIOLÓGICO

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

0

5

10

15

20

25

0 5 10 15 20

CONC.BIOL.

CONC.AMB.

MONITORAMENTO BIOLÓGICO

Concentração do Indicador

Biológico

Concentração ambiental

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MONITORAMENTO BIOLÓGICO

0

20

40

60

80

100

120

0 5 10 15

conc

. ind

ic.b

iolo

gico

conc. ambiental

05/06/2016

18

MONITORAMENTO BIOLÓGICO

grupo homogêneo de risco

é um sub-conjunto de trabalhadores com um grau aparentemente

semelhante (avaliação subjetiva e desarmada do observador) de

exposição, sob o ponto de vista de um ou mais fatores de risco.

conceito

Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

MONITORAMENTO BIOLÓGICOgrupo homogêneo de risco

�função / atividades�localização do posto de trabalho�equipamentos (maquinária)�forma de execução do trabalho�experiência, tempo de trabalho�extensão da jornada de trabalho�horário de trabalho (regime de turno)�outros

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IBE

� Indicadores biológicos � de dose interna;� de efeito;

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IB de DOSE INTERNA/EXPOSIÇÃO

Trata-se da medição de uma substância química ou de seu metabólito em fluido

biológico. Reflete a quantidade real absorvida e a dose no sítio de ação.

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IB de EFEITO

Reflete uma ou mais alterações fisiológicas, anatomo-patológicas, bioquímicas, comportamentais ou outras, decorrentes da ação da

substância química nos sítios de ação.

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INDICE BIOLÓGICOinterpretação

� EE: O indicador é capaz de indicar uma exposição ambiental acima do LT, mas não possui isoladamente significado clínico ou toxicológico, próprio, ou seja, não indica doença ou está associado a um efeito ou disfunção de qualquer sistema biológico.

� Exemplos: � Cromo exavalente (cromo)� Estireno ( ác. Mandélico)� Fenol (fenol)

Quadro I, NR 7

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INDICE BIOLÓGICOinterpretação

� SC: Além de mostrar uma exposição excessiva, o indicador tem também significado clínico ou toxicológico, próprio, ou seja, pode indicar doença ou estar associado a um efeito ou uma disfunção do sistema biológico avaliado.

� Exemplos:� Organofosforados e carbamatos (atividade acetilcolinesterase)� Chumbo (zincoprotoporfirina, ALA,

Quadro I, NR 7

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INDICE BIOLÓGICOinterpretação

� SC+: O indicador biológico possui significado clínico ou toxicológico, próprio, mas na prática, devido à sua curta meia-vida biológica deve ser considerado como EE.

� Exemplos: � monóxido de carbono (carboxiemoglobina)� nitrobenzeno (metemoglobina)

Quadro I, NR 7

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ÍNDICE BIOLÓGICOabreviaturas

� IBMP: Índice Biológico Máximo Permitido é o valor máximo do indicador biológico para o qual se supõe que a maioria das pessoas ocupacionalmente expostas não corre risco de dano à saúde. A ultrapassagem desse valor significa exposição excessiva.

� VR: Valor de Referência da Normalidade; valor possível de ser encontrado em populações não expostas ocupacionalmente;

� NF: não fumante. Quadro I, NR 7

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Quando realizar

� Admissão� Periodicamente� Mudança de função� Exposição excessiva ou suspeita

� Dados de higiene ocupacional� Dados clínicos

� Pós afastamento prolongado� no desligamento

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Quando realizar a coleta de amostras

� Periódica ou aleatóriamente� Grupo homogêneo de risco (exposição) ao mesmo

tempo (coleta, armazenagem, transporte)� Descrição exata das condições de trabalho e

ambientais;� A situação de exposição (reconhecimento) deve

representar a média do que ocorre no ano, i.e. condições de normalidade;o Condições de funcionamentoo Condições climáticas

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� ASPECTOS ÉTICOS

MONITORAMENTO BIOLÓGICO

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� “Assegurar a saúde dos trabalhadores”� Atendimento à legislação;� Atendimento à demanda sindical;� Atendimento à demanda pericial;� Mercado (cobrança por procedimento)� Outros ?

aspectos éticosMONITORAMENTO BIOLÓGICO

Finalidades 1

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� para “Assegurar a saúde dos trabalhadores”

� detectar superexposição;� monitorar exposições dos

trabalhadores;� detecção precoce de alterações;� qualidade do índice de exposição

aspectos éticosMONITORAMENTO BIOLÓGICO

Finalidades 2

Copyright ©2016 Satoshi KitamuraCopyright ©2.006Satoshi

MONITORAMENTO BIOLÓGICOimplantação (1)

�Deve ser considerado complementar ao monitoramento ambiental;

�Deve ser implantado quando oferece alguma vantagem sobre o monitoramento ambiental apenas;

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MONITORAMENTO BIOLÓGICOimplantação (2)

�Deve ser utilizado para:

substanciar o monitoramento ambiental;

testar a eficácia do EPI;

determinar o potencial de absorção (pele, TGI, não ocupacional).

�obs.: a existência do BEI não indica a necessidade de se implantar o monitoramento biológico.

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� NÃO utilizar como um simples indicador

� Indicado como informação complementar dos dados de higiene ocupacional

� O trabalhador não é um “amostrador de luxo”

UTILIZAÇÃO ADEQUADA

MONITORAMENTO BIOLÓGICO

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� ASPECTOS PRÁTICOS

MONITORAMENTO BIOLÓGICO

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� detectar exposições reais;� diferenças individuais;� suscetibilidade

� hereditária� adquirida

ASPECTOS PRÁTICOS

MONITORAMENTO BIOLÓGICO

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� grupo homogêneo de exposição;� grupo homogêneo de risco;� gravidez;� puerpério

OUTROS ASPECTOS PRÁTICOS

MONITORAMENTO BIOLÓGICO

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Quando realizar a coleta de amostras

� Condições especiais:� Pior situação� Melhor situação� Ocorrência de acidentes de diversas naturezas� Demandas judiciais ou outras

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MONITORAMENTO BIOLÓGICOmomento da amostragem

� Em relação ao turno de trabalho

� Em relação ao dia de trabalho na semana

� Indiferente

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Interpretação

� Utilizar a média aritimética;� Na Higiene, a média é a geométrica.� Média < LTB: ambiente sob controle;� Média < LTB: até 5% dos resultados > LTB =

ambiente sob controle;� Média > LTB, poucos resultados aberrantes: com

cuidado, é possível desprezá-los. Investigar as possíveis causas dessa disparidade.

� Observar a questão ética.

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Curso de Extensão em Higiene IndustrialCuritiba, junho de 2016

Curso de Extensão em Higiene IndustrialCuritiba, junho de 2016

INTRODUÇÃO À

TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

parte 5

INTRODUÇÃO À

TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

parte 5

SATOSHI KITAMURA

Divisão de Saúde Ocupacional

DGRH/UNICAMP

[email protected]@gmail.com

05/06/2016

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CÂNCER E AMBIENTE

� Poluição do ar, solo e água;� Exposições ocupacionais;� Hábitos e estilos de vida;� Alimentação

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CÂNCER E OCUPAÇÃO

� CÂNCER DO ESCROTO;� CÂNCER DE BEXIGA;� HEMANGIOSSARCOMA DO FÍGADO

HISTÓRICO

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CÂNCER E OCUPAÇÃO

� Concentrações mais elevadas;

� Cronicidade e repetição das exposições;

� Exposições extra-ocupacionais aos mesmos agentes;

A IMPORTÂNCIA DA OCUPAÇÃO

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CAUSA DO CÂNCER- a força da ocupação -

� HIGGINSON & MUIR menor que 5%� WYNDER & GORI menor que 5%� COLE menor que 10%� BRIDBOARD & COLS. 13 a 18% (asbesto)� DOLL & PETO apxim. 4%

CARCINÓGENOS QUÍMICOS

CARCINÓGENOS QUÍMICOS

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SUBSTÂNCIAS CANCERÍGENAS OCUPACIONAIS

São substâncias químicas que causam ou contribuem no aumento

do risco de câncer nos trabalhadores

ACGIH

05/06/2016

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SUBSTÂNCIAS CANCERÍGENAS

São substâncias químicas para as quais existem evidências de

serem carcinogênicas, ou para animais de laboratório ou para o

Homem

ACGIH

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CÂNCER OCUPACIONAL

PREVENÇÃOPREVENÇÃO

INTERVENÇÃO DO HOMEM NA SUA

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CÂNCER E AMBIENTE

� Gas de exaustão de motor a diesel (2012)� https://www.iarc.fr/en/media-

centre/pr/2012/pdfs/pr213_E.pdf� http://www.cancer.org/cancer/news/world-health-

organization-says-diesel-exhaust-causes-cancer� https://www.cdc.gov/niosh/docs/88-116/

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CÂNCER OCUPACIONAL NO BRASIL

� BAIXA QUALIDADE NO DADO OCUPAÇÃO NOS REGISTROS;

� INEXISTÊNCIA DE UM SISTEMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

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CÍRCULO VICIOSO RESPONSÁVEL PELA PEQUENA IMPORTÂNCIA DAS INTERAÇÕES ENTRE CÂNCER E OCUPAÇÃO NO BRASIL

instituições

médico centro de registro órgaos responsáveis

não realiza anam-nese ocupacionaladequada

bxa. qualid. dadoocupação e sem anteced.ocupac.

não valorizamo risco de câncernos locais de tra

balho

gera ou perpetua a impressãode que o problema não existe

não suspeita, não investiga,não notificapossível etiologia

ocupacional

inutilidade dos regis-tros para estudos

epidemiológicos s/câncer e ocupação

inexistência de umsist. de vigilânciaepidemiológica

fonte: R.MENDES Copyright ©2016 Satoshi Kitamura

“A ocorrência de câncer ocupacional é o

resultado da falha na detecção de

carcinógenos no laboratório, mesmo antes

que a exposição da população ocorresse,

seja ela ocupacional ou não.

BATES

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CÂNCER OCUPACIONAL- prevenção secundária -

� DIAGNÓSTICO PRECOCE� Educação médica� Assistência médica

� VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA� Acompanhamento médico� Notificação de casos� Busca ativa de casos,� Melhoria na qualidade das informações

� LEGISLAÇÃO� Áreas: trabalhista, da saúde e ambiental.

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LEGISLAÇÃO BRASILEIRAportaria MTE/SSST nº 14 (20/12/95)

DOU 22/12/95

CÂNCER OCUPACIONAL

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�PORTARIA MTb/SSST 14 (20/12/95)�altera o ítem “substâncias cancerígenas” do anexo 13 da

NR-15.

�INSTRUÇÃO NORMATIVA MTb/SSST Nº 1 (20/12/95)�avaliação das concentrações de benzeno em ambientes de

trabalho (NR15, anexo 13A, 5.4.)

�INSTRUÇÃO NORMATIVA MTb/SSST Nº 2 (20/12/95)�vigilância da saúde dos trabalhadores na prevenção da

exposição ocupacional ao benzeno (NR15, anexo 13A,3.3.b)

CÂNCER OCUPACIONALLegislação brasileira

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....NÃO DEVE SER PERMITIDA NENHUMA EXPOSIÇÃO OU CONTATO, POR QUALQUER VIA:

� produção de benzidina;� amino difenil (p-xenilamina);� beta-naftilamina;� 4-nitrodifenil.�benzeno: observar o disposto no anexo 13-A.

(portaria MTb/SSST 14/95)

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CÂNCER OCUPACIONALnenhuma exposição

� entende-se por nenhuma exposição ou contato, hermetizar o processo ou

operação, através dos melhores métodos praticáveis de engenharia, sendo que o trabalhador deve ser

protegido adequadamente, de modo a não permitir nenhum contato com o

carcinogênico(portaria MTb/SSST 14/95)

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CÂNCER OCUPACIONALbenzeno

APLICAÇÃO:

�produção;�transporte;�manipulação

(benzeno e suas misturas líquidas contendo 1% ou mais)

(NR(NR--15, anexo 1315, anexo 13--A)A)

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O agente é cancerígeno para o Homem, baseado no peso da evidência, derivado

de estudos epidemiológicos ou de evidências clínicas convincentes, em

Homens expostos.

ACGIHACGIHACGIHACGIH

* considerados a via de administração, a dose, os tipos histológicos e a localização.

A1 - CANCERÍGENOS HUMANOS CONFIRMADOS

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Alguns exemplos: Grupo 1

� Arsênico e compostos;� Asbesto� Benzeno� Benzidina� Ciclofosfamida� Cloreto de vinila� Cromo e compostos� Estrógenos conjugados

� Fuligem, alcatrão� Óleos minerais� 2 naftilamina� Indústria de borracha� Manufatura de álcool

isopropílico� Manufatura de

mobiliário� Refinação de níquel

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O agente é cancerígeno em animais de laboratório, em condições* tidas como

relevantes para uma exposição ocupacional. Os estudos epidemiológicos existentes são

conflitantes ou insuficientes para confirmar um risco aumentado de câncer para Homens

expostos.

ACGIHACGIHACGIHACGIH* considerados a via de administração, a dose, os tipos histológicos e a localização.

A2 - CANCERÍGENOS HUMANOS SUSPEITOS

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São carcinogênicos para animais de laboratório em relativamente altas doses, em condições*

não consideradas como relevantes para exposições ocupacionais. Estudos

epidemiológicos disponíveis não confirmam um risco aumentado de câncer em Homens

expostos. As evidências existentes sugerem que o agente não parece causar câncer, a não ser em condições excepcionais de exposição.

ACGIH

* considerados a via de administração, a dose, os tipos histológicos e a localização.

A3 A3 A3 A3 ---- CANCERÍGENOS ANIMAISCANCERÍGENOS ANIMAISCANCERÍGENOS ANIMAISCANCERÍGENOS ANIMAIS

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Os dados disponíveis são inadequados para poder classificar estas substâncias seja

como cancerígeno humano ou animal.

ACGIH

* considerados a via de administração, a dose, os tipos histológicos e a localização.

A4 - NÃO CLASSIFICÁVEL COMO CANCERÍGENO HUMANO:

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O agente não é suspeito de ser um cancerígeno humano, baseado em estudos epidemiológicos

devidamente conduzidos em seres humanos. Estes estudos tem tido um acompanhamento por longo

tempo, histórias de exposição confiáveis, em doses suficientemente altas, e uma força estatística adequada para considerar que não há um risco

aumentado de câncer para o ser humano exposto.

ACGIH

A5 - NÃO SUSPEITO COMO CANCERÍGENO HUMANO

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TOXICOLOGIA ESPECIALTOXICOLOGIA ESPECIAL

� http://toxnet.nlm.nih.gov/

� http://toxnet.nlm.nih.gov/cgi-bin/sis/htmlgen?HSDB

� http://monographs.iarc.fr/ENG/Classification/index.php

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Curso de Extensão em Higiene IndustrialCuritiba, junho de 2016

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INTRODUÇÃO À

TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

acesso a informações

INTRODUÇÃO À

TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

acesso a informações

SATOSHI KITAMURA

Divisão de Saúde Ocupacional

DGRH/UNICAMP

[email protected]@gmail.com

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CASChemical Abstract Service

� CASRN� Número único para cada substância� Não tem significado químico� Contém informações específicas para cada

suabstância� American Chemical Society

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CAS Registry

� Contém o registro de mais de 112 milhões de substâncias químicas orgânicas e inorgânicas

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INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS

� TOXNET: https://toxnet.nlm.nih.gov� nlm= National Library of Medicine� nih= National Institute of Health

� Discovering TOXNET: http://nnlm.gov/ntc/classes/class_details.html?class_id=809

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TOXNETbanco de dados

� HSDB (Dados de toxicologia)� TOXLINE (referência bibliográfica)� ChemDplus (dicionário)� DART (Toxicologia reprodutiva)� Haz-Map: (reune os trabalhos com Doença

Ocupacional)� IRIS (Integrated Risk Information Sysmem)� CRIS (Informações sobre carcinogênicos)

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INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICASHSDB

https://toxnet.nlm.nih.gov/newtoxnet/hsdb.htm

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