Explorandoomundoatravésdasartes

Explorandoomundoatravésdasartes

Escola:ColégioCEBCidade:SãoJosé/SCCategoria:PráticaspedagógicasProfessoraresponsável:RosangelaLenirCorreiadeOliveira

Justificativa:

O presente projeto teve como fator motivacional ascrianças se expressarem por múltiplas linguagens. Elasdesejam conhecer o mundo vivenciando experiênciasque a toquem profundamente: como sentir um cheiroinstigante, um sabor delicioso, uma brincadeiracuriosa, uma pintura expressiva, uma dançaenvolvente, enfim, elas precisam ampliar seusrepertórios culturais, conhecendo o mundo de formaintegral. Basta um olhar sensível mediante aos seusmuitos modos de se expressar, que é possívelperceber o desejo das crianças de conhecer tudo queas cerca. Através do poema “A criança é feita de cem”,de Loris Malaguzzi (1999), me inspirei a pensar noprojeto “Explorando o mundo através das artes”, quenasceu a partir dos interesses das crianças.

Foi possível observar que elas questionavamdiariamente a possibilidade para pintar com tintaguache, giz de cera e lápis de cor e queriam usar atinta aquarela para tatuar seu corpo, fazendo váriosdesenhos. No momento do parque, na maioria dasvezes, as brincadeiras eram “brincadeiras cantadas”,envolvendo música e movimento. Então mequestionei: Por que não propiciar a elas uma viagemmágica ao mundo das artes, contemplando assim, osdiversos interesses? . Ao repensar a arte enquantouma linguagem inserida no processo de ensino-aprendizagem, acredita-se que esta não faz partesomente do ensino fundamental, muito menos umadisciplina isolada. É uma ferramenta fundamental aser utilizada desde a primeira infância. Deste modo, arelevância do projeto está relacionada à ampliação do

conhecimento das crianças nas mais diversas áreas dosaber, com foco nas artes, abordando os aspectosculturais do município as quais pertencemAssim sendo, as crianças tiveram a possibilidade deampliar seu repertório artístico e cultural edesenvolveram uma exposição de artes em prol dacampanha de doação de brinquedos para abrinquedoteca do Hospital Universitário – UFSC,partilhando momentos de criação e descoberta pormeio de um projeto interdisciplinar e inovador.

Vale mencionar que o projeto se constituiu como umapossibilidade de enriquecimento cultural não apenaspara as crianças, mas também para a comunidadeescolar, isto porque as ações ocuparam os diferentesespaços da instituição, na tentativa de sensibilizar asdemais crianças, as famílias e os profissionais queatuam nesta. Logo, a ideia foi convidar os adultos e ascrianças para uma viagem permeada por imaginação,criação e arte.

Objetivos de Aprendizagem:

• Ampliar as possibilidades de intervenção pedagógicapara a aprendizagem dos alunos;

• Utilizar diversos materiais gráficos e plásticos sobrediferentes superfícies para ampliar suas possibilidadesde expressão e comunicação;

• Propiciar às crianças uma viagem pelo mundo dasartes, explorando suas diferentes linguagens, de modoa vivenciar experiências significativas que ampliemseus repertórios culturais e despertem a sensibilidadeética e estética mediante as linguagens plásticas,expressões sonoras e corporais;

•Fazer experiências utilizando diferentes materiaiscom foco em elementos da natureza;

ITENS PERÍODO AÇÕES

OrganizaçãodoProjeto Iníciodomêsdeagosto/2016 Reunião de apresentação e

discussão de planejamentoestratégico;

Execuçãodasações Deagostoaoutubro/2016

Implementação do projeto comalunos e comunidade escolar.

Checagemdosresultados 29/10/2016 Reuniões e devolutivas deresultados com colaboradores,alunos e família.

Açãoeentregadosresultados 02/11/2016Verificação dos resultadosobtidos e continuação das açõesrelacionadas ao projeto.

Cronograma:

- Projetormultimídia - Cartolina - Tecidocru

- Revistas - Lápis - Tintas

- Jornais - Caneta - Bicabornatodesódio

- Computador - Lápisdecor - BlocodeAnotações

- Papelkraft - Canetadehidrocor - Câmerafotográfica

- Gliter - FolhasA4 - Teladepintura

-Amidodemilho - Papelão

- Colabranca - Carvão

Observação: Este projeto não teve custo envolvido, pois a aquisição dosmateriais já estavam disponíveis na instituição de ensino e/ou foram dedoações.

Materiais necessários/Custo previsto:

Fases de implementação:ARTENAPRE-HISTORIA

Iniciei o projeto instigando a curiosidade dos alunosacerca da pré-história. Logo, convidei os mesmos paraassistir o filme “Os Croods”. Este descreve que emplena era pré-histórica, escondidos na maior parte dotempo dentro de uma caverna, vivem Grug, a esposaUgga, a vovó, o garoto Thunk, a pequena e ferozSandy e a jovem Eep. Eles são os Croods, uma famílialiderada por um pai que morre de medo do mundoexterior. Só que grandes transformações estão paraacontecer, pois a adolescente Eep acaba conhecendoo também jovem Guy e ele vai apresentar um incrívelmundo novo, para o desespero do paizão protetor.Agora, juntos, eles vão enfrentar grandes desafios e seadaptar a uma nova e divertida era.

Em seguida, fizemos uma roda de conversa paraindagar sobre o filme e explicar para as crianças sobrea arte rupestre. A arte rupestre foi uma das primeirasformas de comunicação que o ser humano encontrou.Servia para deixar vestígios através da pintura,ilustrando sonhos, cenas do cotidiano, símbolos davida, da morte, céu, terra, animais e pessoas. Tudo oque sabemos a respeito dos homens que viveramnesse período é o resultado de pesquisas deantropólogos, historiadores e arqueólogos, quebuscaram reconstruir a cultura do homem dessaépoca. Por muito tempo, a pintura foi produzida comos dedos, utilizando poucas variedades e tons decores, as quais eram obtidas com elementos danatureza;

Propomos às crianças brincarem de “homens dascavernas”: Montamos junto com elas uma caverna nasala utilizando papel kraft, TNT marrom, folhas secas egravetos. Fomos ao parque de areia para procurargravetos e folhas de árvores que auxiliaram naconstrução da nossa caverna.

Após a caverna pronta, questionei as crianças do quesão feitas as tintas e se existem formas de extraí-las deelementos da natureza. Comentei com a turma sobre

a existência de corantes e que alguns vegetais podemser utilizados para produzir tintas, como urucum,açafrão, pó de café, carvão vegetal e a terra.

PINTURA RUPESTRE

Em outro momento, fomos até a Aldeia CEB (uma salade aula ao ar livre, num ambiente sustentável eintegrado a natureza, contendo hortas, plantas,compostagem, minhocário, energia solar ereaproveitamento da água), para produzir tintas comvegetais (couve, cenoura e beterraba) e terra. Depoisde tanta empolgação, fizemos várias pinturasrupestres na caverna e cada criança deixou seuregistro.

CULTURA AÇOREANA COMO EXPRESSÃO ARTÍSTICA

Para inserir a temática do município de São José/SC eexplorar todo movimento artístico da cidade, inicieicom um teatro de varas no gramado da Aldeia CEB,com o intuito de apresentar às crianças como ocorreua colonização em nossa cidade e mostrar nossa belaarquitetura. A história foi elaborada de acordo com osindícios históricos apontados no livro “São José: 250anos”, de Vilson Francisco de Farias. O enredo destacaa vinda dos imigrantes portugueses oriundos doArquipélago do Açores para colonizar São José daTerra Firme, dando visibilidade a aspectos da culturaaçoriana. Com o espaço organizado, com tapete,tenda e palco para o teatro, as crianças puderamassistir e interagir no decorrer da peça.

Já em sala de aula, as crianças tiveram a compreensãodas dimensões geográficas de nosso município,através da lousa digital onde visualizaram os mapas doBrasil, do Estado de Santa Catarina e do Município deSão José (divididos em bairros). Neste último mapa,algumas reconheceram o nome dos bairros ondemoram e outras relataram morar na cidade vizinha(Florianópolis/SC).

DONA ROSALINA E SEUS CONTOS

Dando continuidade ao projeto, criei o personagem“Dona Rosalina”, com trajes típicos açorianos, quecontava várias lendas de Franklin Cascaes. O artistaFranklin Cascaes nasceu em 1908 em Itaguaçú, nomunicípio de São José da Terra Firme, vindo a falecer

no ano de 1983. Foi reconhecido como folcloristacomprometido com as raízes da cultura catarinense,principalmente com os costumes da Ilha de SantaCatarina. No decorrer de sua vida, expressou emforma de arte os estudos que realizou sobre a culturaaçoriana, envolvendo seus aspectos folclóricos,culturais, lendas e superstições, desenvolvendo umtrabalho grandioso e criativo, resgatando as criaturasfantásticas que fazem parte do imaginário açoriano.Franklin Cascaes foi reconhecido também comohistoriador, artista plástico e pesquisador, sendoconsiderado um dos mais importantes artistascatarinenses, devido ao seu caráter singular e tambémpela sua determinação e persistência ao dedicar boaparte de sua vida ao registro das tradições, usos ecostumes do povo ilhéu.

Rosalina trouxe um baú contendo vários acessóriospara dramatizar o conto “O baile das bruxas dentro deuma tarrafa de pesca”. Ela conversou com as criançassobre importância da pesca como meio desobrevivência de muitos pescadores, portanto rios emares devem ser preservados.

Rosalina também contou a história “A festa do Boi deMamão”, escrito por Cristiani Inácio e Maria D.Martins. Em seguida, nos reunimos no ginásio para

brincar com “a brincadeira do Boi de Mamão”utilizando o Boi de Mamão da escola. As criançasficaram muito envolvidas com a brincadeira e faziamquestão de participar de todos os personagens (Boi deMamão, cavaleiro, cabra, Bernuncia, Maricota entreoutros).

VISITA DO PESCADOR

Em outro momento, recebemos na sala de aula a visitado pescador “Joãozinho”. Ele mostrou para as crianças

como se faz uma tarrafa e contou vários contos . Valeressaltar, que ambos os personagens foraminterpretados pela professora.Ao ar livre, na Aldeia CEB, fizemos um baile doesquisito, dentro de uma tarrafa de pesca, comoforma de adaptação do conto. As criançasparticiparam fantasiadas de forma bastante criativa,como homem das cavernas, crocodilo e outros.

SAÍDA DE ESTUDO

No decorrer do projeto, as crianças realizaram umasaída de estudo, no Centro Histórico de São José, como objetivo de conhecer a arquitetura da cidade ealguns pontos que marcaram a história do município,tais como, a Igreja Matriz, o Teatro Adolpho Mello (umdos mais antigos do Brasil, que infelizmente estáinterditado), Museu, Biblioteca e Bica da Carioca.

INTERAÇÃO ENTRE OS GRUPOS

Juntamente com outras turmas da educação infantil,na Aldeia CEB dramatizamos a história “É tempo dePão-por-Deus” de Eliane Debur. A narrativa descreveuma menina chamada Maria, que pede para sua avócontar a história do Pão-por-Deus. Sua avó, quetambém se chama Maria, conta-lhe com todo carinhoo que é e como surgiu, explicando-lhe que a tradiçãoveio de Portugal e ganhou uma nova cara no Brasil.

Pão-por-Deus é uma carta em formato de coraçãocom mensagens de simpatia, amizade ou de amor emque se pede em verso uma prenda ou presente. Apósa leitura, cada criança confeccionou um Pão-por-Deus,utilizando papel colorido e lantejoulas. Com o auxílioda professora elas escreveram um verso no Pão-por-Deus para dar para um amigo.É válido relatar, que no decorrer do projeto as criançasexploraram teatro de sombra, dança do Pau-de-fitas ediferentes texturas (saco bolha, giz de cera derretido,pintura com casca de ovo, lixa e argila).

Tambémconheceramváriosartistascomo:Damien Hist: nascido na Inglaterra, criou uma obrachamada “spin painting”: ele realizou esta obradespejando tinta sobre uma roda giratória.Mostramos para as crianças um brinquedopedagógico construído com sucatas denominado “Artegiratória”. Disponibilizamos tintas guache parabrincarem com a arte giratória e criarem sua própriaobra de arte. Foi uma experiência interessante, poiselas vibravam muito quando as cores se misturavamna roda giratória.

Pablo Picasso: nasceu na Espanha (1881-1973) eproduziu obras com máscaras e estátuas africanas.Fizemos uma retrospectiva da cultura açoriana emostramos para as crianças a importância dos negrosque contribuíram para a arquitetura da nossa cidade eda nossa cultura. Resgatamos a arte africanaescutando a canção folclórica “Sansa kroma” eproduzimos máscaras e as pintamos com elemento danatureza (vegetais e terra).

Ivan cruz: O artista Plástico Ivan Cruz nasceu em 1947nos subúrbios do Rio de Janeiro, e brincava pelas ruasde seu bairro como toda criança. Conversamos com osalunos sobre o artista plástico Ivan Cruz e que, em1990, se preparando para uma exposição em Portugal,pintou seus primeiros quadros com temas de suainfância, mais precisamente suas brincadeiras. Emseguida, disponibilizamos tablets para que as criançaspudessem visualizar o vídeo “Obras de Ivan Cruz”.Proporcionamos diversas brincadeiras (amarelinha,

bolinha de gude, cantigas de roda, entre outros),tendo como referência as brincadeiras retratadas nosquadros de Ivan Cruz.

Rodrigo Casagrande: nasceu em São Paulo e suasobras impressionam pela explosão de cores. No papelcanson, o artista recorre ao lápis de cor para a misturade tons em cada desenho. Inspirada nas obras doartista, realizamos na sala de artes a experiência daexplosão das cores utilizando um prato com leite ecorantes: Ao pingarmos detergente no leite, ocorre a

explosão das cores, fazendo com que os corantes semisturem, dando um efeito visual muito interessante.Também, fizemos a explosão das cores, através de umprocesso semelhante ao anterior, porém as coressaíam de um copo em forma de espuma.

FESTA DAS CORES

Finalizamos com a festa do pó de zim. As famílias,empolgadas com o projeto, trouxeram o pó de zim para

que as crianças pudessem se divertir com a misturadas cores.

José Cipriano da Silva: As crianças conheceram o livro“São José, uma cidade imperial”, do artista plástico JoséCipriano, que serviu como um importante instrumentopara podermos observar a arquitetura por meio da arte,pois o livro contém 18 obras que retratam a arquiteturaaçoriana do município de São José.

José Cipriano da Silva: As crianças conheceram o livro“São José, uma cidade imperial”, do artista plástico JoséCipriano, que serviu como um importante instrumentopara podermos observar a arquitetura por meio da arte,pois o livro contém 18 obras que retratam a arquiteturaaçoriana do município de São José.

Entramos em contato com o artista plástico JoséCipriano para convidá-lo a visitar na nossa escola e falarde sua trajetória artística e principalmente do carinho

que ele tinha pela sua cidade natal “São José”. Eleaceitou com satisfação o nosso convite e então todacomunidade escolar se organizou para recebê-lo, emespecial a minha turma que estava muito feliz com avisita.Foi um dia maravilhoso: Primeiramente, ele fez umapalestra para todos os alunos da escola. Em seguida,participou de uma roda de conversa com a minhaturma, onde as crianças puderam fazer váriasperguntas.

As crianças tinham propriedade quando o assunto setratava da cidade e relataram de forma indignada oabandono da nossa Bica da Carioca: “Tudodestruindo, árvores caídas e tudo sujo”. A Bica daCarioca é uma grande cisterna coberta que nopassado foi utilizada como uma espécie de tanque emque as escravas lavavam as roupas de seus senhores.Além disso, durante muito tempo a Bica foiresponsável por fornecer água potável a grande parteda população da cidade.Conversamos com o artista que as crianças fariamuma exposição de artes, envolvendo diversasatividades realizadas durante o projeto, incluindoalgumas releituras de suas obras.

EXPOSISICAO DE ARTES

No dia 29 de outubro durante a Feira doConhecimento, realizamos a exposição. Nestemomento, contamos com a participação e públicopresente. Ele expôs algumas de suas obras através detelas, cartões postais e livros.

É fundamental enfatizar que mesmo com algunsproblemas de saúde, o artista plástico fez questão departicipar e sugeriu doar 20% do valor de todas asobras que fossem ali comercializadas.

Nesta ação, a comunidade escolar também foiconvidada a contribuir com brinquedos em bomestado para serem doados ao setor de pediatria doHospital Universitário – UFSC.

SETOR DA PEDIATRIA DO HOSPITAL

A exposição de artes foi um sucesso e conseguimosarrecadar muitos brinquedos. Com a ajuda de algumasprofessoras da escola, num sábado a tarde, fomos atéo setor de pediatria do Hospital Universitário – UFSC,montar a brinquedoteca que estava praticamentevazia.

Após a organização da brinquedoteca, as professorasfantasiadas visitaram alguns quartos da pediatria edistribuíram livros, kits escolares e muito carinho paraas crianças ali internadas.

Acriançaéfeitadecem.Acriançatemcemmãos

CempensamentosCemmodosdepensardejogaredefalar.Cemsemprecemmodosdeescutar

asmaravilhasdeamar. Cemalegriasparacantarecompreender.

Cemmundosparadescobrir.Cemmundosparasonhar.Acriançatemcemlinguagens.

(edepoiscemcemcem)masroubaram-lhenoventaenove.

Aescolaeaculturalheseparamacabeçadocorpo

Dizem-lhe:depensarsemasmãosdefazersemacabeça

deescutaredenãofalardecompreendersemalegriasdeamaremaravilhar-sesónaPáscoaenoNatal.

Dizem-lhe:dedescobriromundoquejáexiste

edecemroubaram-lhenoventaenove.

Dizem-lhe:queojogoetrabalhoarealidadeeafantasiaaciênciaeaimaginação

océueaterraarazãoeosonho

sãocoisasquenãoestãojuntas.

Dizem-lhe:queascemnãoexistem

Acriançadiz:aocontrário,ascemexistem.

LorisMalaguzzi

Consideraçõesfinais

Para avaliar o vivido, utilizei-me dos instrumentos daação educativa, a observação constante seguida doregistro escrito e fotográfico, registro este quereverberou na reflexão e no planejamento de açõesmarcando a trajetória do projeto. As observações eregistros deram visibilidade para o envolvimento dascrianças em cada etapa do projeto. Na roda deconversa, as crianças apresentaram-se curiosas eparticipativas, expondo suas ideias e contribuindopara o planejamento de novas proposições.Com a linguagem e estratégias adaptadas para aidade, as crianças exploraram o mundo através daarte: expressaram-se por meio de pinturas, colagens,desenhos, modelagens, releituras de obras de arte,

danças, músicas e peças teatrais. Também,conheceram o artista plástico José Cipriano da Silva,que foi recebido pela comunidade escolar com alegria,relatando sua trajetória e mostrando suas belíssimasobras de arte. Desta forma, os alunos aprenderamsobre aspectos relacionados a solidariedade, a culturaaçoriana, sobre o bairro em que moram, bem comosobre as heranças culturais que permanecem vivas emnossa cultura. Aprendizagem esta que ficou evidentena saída de estudo realizada com o grupo: aoconhecer os lugares que marcaram a história de nossomunicípio, as crianças expuseram os conhecimentosapropriados por meio da conversa entre os colegas eprofessoras e mencionaram suas colocações com oabandono de alguns patrimônios históricos.Porfim,relembroqueaEducaçãoInfantiléaprimeira

etapa na vida acadêmica da criança, por isso, éfundamental prezar pelo desenvolvimento social,afetivo, cognitivo e criativo em diferentes linguagens eespaços. Assim, a base deste projeto foi promoverespaços para os alunos discutirem pautas escolhidaspor eles para serem vivenciadas. Todas as açõesmencionadas e executadas ao longo deste projetoforam estrategicamente refletidas a partir dosquestionamentos dos alunos para impulsiona-los a setornarem pensadores e questionadores, pois sabemosque estas habilidades são importantes e serãotransportadas para fora do ambiente escolar.A infância é uma época de descobertas, aventuras emagia para as crianças. É nesta fase, durante aeducação infantil, que elas terão seus primeiroscontatos com as múltiplas linguagens, cabendo a nós

professores valorizarmos os conhecimentos prévios e asvivências que cada criança compartilha no espaçoescolar. Então, compreendi a importância do ato delasexplorarem a criatividade, pesquisarem e criarem coisasnovas. O que realmente importa é o brincar aprendendo,esperar curiosamente pelo inesperado, se envolver como lúdico e com a possibilidade de sonhar.Na minha prática pedagógica, procuro sempre inovar.Dessa forma, consigo aguçar a curiosidade das crianças,que ficam na expectativa de vivenciar algo novo.destacando o artista plástico José Cipriano da Silva, quemuito contribuiu para este projeto. Lamentavelmente,este veio a falecer em abril deste ano, aos 81 anos. Foigratificante tê-lo conhecido, bem como suas obras dearte, que retratam com veracidade a arquitetura domunicípio de São José/SC.

Referências bibliográficas

FARIAS, VILSON F. São José : 250 anos: natureza,história e cultura : para o ensino fundamental. 2ªedição. Ed. do autor, 1999.

SILVA, JOSÉ C. São José : uma cidade imperial. Local depublicação: 2ª edição. Ed. do autor, 2013

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. DiretrizesCurriculares Nacionais para a Educação Infantil.Resolução n. 5, de 17/12/2009, Brasília: MEC, 2009.

DEBUS,Eliane.Festariadebrincança:aleituraliterárianaEducaçãoInfantil.SãoPaulo:Vozes,2009.

EDWARDS, Carolyn; FORMAN, George; GANDINI, Lella.As Cem Linguagens da Criança: A abordagem deReggio Emilia na Educação da Primeira Infância. PortoAlegre: Artmed, 1999.

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