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Exploração Espacial
Ricardo Augusto Vianna de Lacerda
(Especialização em Ensino de Astronomia)
Universidade de São Paulo - Campus EACH-USP-Leste
Introdução: Exploração espacial é o conjunto de esforços do homem em estudar o
espaço e seus astros do ponto de vista científico e da sua exploração econômica,
fazendo o uso de naves espaciais, satélites artificiais ou sondas espaciais, e muitas vezes
fazendo uso de humanos em suas missões: os astronautas. A ciência que estuda os vôos
espaciais e a tecnologia relacionada com eles é chamada de astronáutica.
O céu sempre atraiu a atenção e os sonhos do homem. Há duzentos anos, em uma
famosa obra de ficção intitulada "Da Terra à Lua" (1865), Júlio Verne escreve sobre um
grupo de homens que viajou até a Lua usando um gigantesco canhão. Na França,
Georges Melies foi um dos pioneiros do cinema, e em seu filme "Le voyage dans la
Lune" (1902) acabou criando um dos primeiros filmes de ficção científica em que
descrevia uma incrível viagem à Lua. Em 1964 a Inglaterra também produziu um filme
de ficção intitulado ―First Men in the Moon‖ com o título no Brasil de: ―Os Primeiros
Homens na Lua‖ O filme começa quando um grupo de astronautas das Nações Unidas
está planejando uma nova missão à Lua. Os astronautas estão um tanto confusos e,
sobretudo, intrigados com a experiência de um homem (Edward Judd). Este homem diz
que quando sua noiva, um cientista e ele fizeram esta viagem à Lua há 65 anos atrás,
foram atacados pelos 'Selenitas', grotescas formigas com forma humana que vivem em
imensas cavernas de cristal. Agora, cabe a essa equipe das Nações Unidas tentar esta
alunissagem, uma missão que poderia ser mais aterrorizante do que se havia pensado.
Em obras como "A Guerra dos Mundos" (1898) e "The First Men On The Moon"
(1901), H. G. Wells também concebe idéias de exploração do espaço e de contato com
civilizações extraterrestres.
Muito ainda faltava para que o homem pudesse alcançar o espaço exterior, mas este
sonho tornou-se realidade, em parte, através das idéias destes visionários e do trabalho
de pioneiros. Entre estes pioneiros devemos lembrar os engenheiros de foguetes Robert
Hutchings Goddard (EUA), Konstantin Tsiolkovsky (Rússia), Hermann Oberth
(Alemanha), e mais recentemente Wernher von Braun (Alemanha) e Sergei Korolev
(Ucrânia).
Palavras chaves: Sondas Espaciais, Foguetes, Ficção, Estações Espaciais e Corrida
Espacial.
Sputnik I e II: O SPUTNIK, "companheiro" em russo, era uma esfera metálica com 50
cm de diâmetro, similar a uma bola de futsal, pesando cerca de 83 quilos com
equipamentos, que completava uma translação em torno da Terra em aproximadamente
100 minutos. No interior do Sputnik I (figura.1) haviam transmissores de sinais de rádio
que eram enviados por quatro antenas acopladas e captados em estações no mundo
inteiro.
[Fig.1] Um foguete R-7 colocou o Sputnik em órbita. Aqui é possível ver a espaçonave Soyuz TMA-2 no
topo de um foguete R-7.
O satélite artificial soviético Sputnik I foi lançado em 4 de outubro de 1957, foi data
então a largada da ―Corrida Espacial‖ rumo à exploração espacial. De uma forma
indireta, podemos considerar que quem realmente deu o primeiro passo para a
exploração espacial foi o Sr. Isaac Newton, físico inglês do século XVII, quando aos
vinte e poucos anos de idade, teve que se refugiar bem longe de sua cidade natal, para a
fazenda de sua família, quando em 1665, Londres é assolada pela peste negra que
dizimou parte de sua população. É neste período no ambiente calmo da fazenda que foi,
segundo palavras do próprio Newton, o mais importante de sua vida. Entregando-se
totalmente ao estudo e à meditação, quando tinha apenas 23 a 24 anos de idade, ele
conseguiu realizar muitas descobertas em apenas 18 meses nesta fazenda, envolvendo as
bases praticamente de toda sua obra. Entre os trabalhos desta época podemos citar a
Teoria da Gravitação Universal que fora publicado a cerca de 320 anos num livro que
ele chamou de: ―Philosophiae Naturalis Principia Mathematica” (figura.2),
publicada em 1687, Além da Leia de Gravitação Universal, ele também publicas as
chamadas: ―Leis de Newton‖ — as três leis dos corpos em movimento que assentaram-
se como fundamento da mecânica clássica.
[Fig.2]
Bem! Voltando ao assunto, os "BIPS" captados em todo o mundo emocionavam e
abriam caminho para lançamentos de satélites para os mais variados fins: pesquisas na
alta atmosfera, telecomunicações, mapeamento e sensoriamento remoto, espionagem
militar ou industrial e até "guerra nas estrelas" inspirado no filme de ficção ―Star
Wars‖ dirigida pelo cineasta George Lucas. Satélites meteorológicos e de espionagem
são satélites de baixas altitudes. Satélites como o telescópio espacial Hubble (1990),
Compton Gama Ray (1991), Chandra X-ray (1999) e outros nos fornecem informações,
proporcionando um avanço científico sem precedentes sobre o Universo e sua origem.
(ÉRICO KEMPER, 2007). O primeiro satélite de comunicações a entrar em
funcionamento foi o Telstar, lançado em 1962, apenas 5 anos depois do Sputnik I. No
Brasil a primeira transmissão por satélite aconteceu no início de 1969, sendo a partir daí
os noticiários, como o Jornal Nacional, transmitidos ao vivo via Embratel. A emissora
de televisão TV CULTURA fez suas primeiras transmissões via satélite justamente
quando o homem pisa pela 1ª vez na superfície lunar, nosso satélite natural,
comemorando este ano, seus 40 anos de transmissão e também os 40 anos da chegada
do homem à Lua.
Hoje em dia, ao cair da tarde ou nas altas horas da madrugada, é possível ver satélites
artificiais cruzando vagarosamente o céu. Agora são dezenas ou talvez milhares deles
transmitindo informações, ajudando na meteorologia e nos projetos de preservação
ecológica. Os "BIPS" do SPUTNIK abriram os caminhos do homem no espaço. Mas
também foram o sinal de partida para uma corrida espacial que condicionava o
desenvolvimento científico a uma disputa política e econômica.
O lançamento do Sputnik I pegou de surpresa o lado capitalista e feriu profundamente o
orgulho norte-americano, porque para os EUA, que dois anos antes haviam anunciado a
intenção de lançar um satélite artificial, isto era uma afronta, e chegar em segundo lugar
numa disputa que só tinha dois participantes era algo inaceitável. Era preciso reagir,
partir ao contra-ataque urgentemente. Um mês depois do Sputnik I, a União Soviética
vence a disputa, mais uma vez, pela soberania do espaço sideral, lançando o Sputnik II.
A bordo da cápsula do Sputnik II (figura.3) estava o primeiro ser vivo a ir ao espaço: a
cadela Laika, que sobreviveu por sete dias até ser colocada em sono permanente.
(ÉRICO KEMPER, 2007).
[Fig.3]
Em dezembro do mesmo ano (1957) os norte-americanos fizeram a contagem regressiva
para o lançamento do seu primeiro satélite artificial projetado pela equipe liderada por
Wernher Von Braun, agora naturalizado americano. Falhas no equipamento o fizeram
explodir imediatamente após os foguetes serem disparados. A segunda tentativa de von
Braun, em 31 de janeiro de 1958, conseguiu pôr em órbita da Terra o primeiro satélite
artificial norte-americano. Von Braun torna-se um herói nacional para os Estados
Unidos. Nos meses seguintes vários satélites foram colocados em órbita pelas duas
superpotências. (ÉRICO KEMPER, 2007).
Ao final da Segunda Guerra Mundial o mundo torna-se bipolar: de um lado o ideal
socialista defendido pelos soviéticos e de outro o capitalismo representado pelos EUA.
Inicia-se a Guerra Fria, marcada por um período de disputas entre as superpotências
bélicas, os norte-americanos e os soviéticos, onde cada um tenta expandir sua ideologia
à força. Nunca houve confronto direto entre elas, mas travaram sangrentas batalhas
dentro de outros países como no Vietnã e nas Coréias. Havia também a guerra das
propagandas, na qual cada uma tentava mostrar ao outro e ao mundo a superioridade do
seu sistema, evidenciado nas olimpíadas e na corrida espacial. Vários seriados e filmes
foram frutos desta batalha, a exemplo: O agente 86 criado em 1965 foi exibida na Rede
Record de Televisão, era um seriado cômico e os filmes de 007 sendo o 1º exibido em
1962 entre outros. A guerra fria carregava de demagogia os discursos dos líderes que
disputavam a paternidade de um sonho: LEVAR O HOMEM AO ESPAÇO.
Conquistando o Espaço:
No fim da década de 50, o principal objetivo na corrida espacial era o de enviar um
homem ao espaço. Mais uma vez os russos chegaram na frente: foi Yuri Gagarin o
primeiro homem a ir ao espaço. O lançamento foi na manhã do dia 12 de abril de 1961,
com um vôo que durou 108 minutos, completando uma volta em torno da Terra
atingindo a altitude de 327 km. Durante seu passeio espacial, Yuri Gagarin registra uma
frase simples e marcante! ―A Terra é Azul‖. Em 6 de agosto do mesmo ano, outro
cosmonauta russo, German Titov, repete a façanha, levando equipamentos em que fez o
primeiro filme sobre a Terra vista do espaço. Aos olhos do mundo não havia dúvida: os
soviéticos eram os líderes na corrida espacial em todos os sentidos.
A resposta de contra-ataque na corrida espacial veio com o discurso de John F.
Kennedy, o então presidente dos EUA, em 25 de maio de 1961, que faz a promessa de
colocar um homem na Lua e trazê-lo com segurança de volta à Terra. A frase que ficou
marcada para sempre na história da exploração espacial foi: “Escolhemos ir à Lua,
escolhemos ir à Lua, ... escolhemos ir à Lua, não porque é fácil, mas sim porque é
difícil!” Mas a ficção, como sempre, saía na frente.
Em ―O FLASH GORDON‖, das histórias em quadrinhos de ALEX RAYMOND,
antecipava em 1933 as viagens interplanetárias. O desenho clássico dessas histórias
procurava formas aerodinâmicas terrestres para as naves e construía um herói apolíneo
para enfrentar desafios sobre-humanos. FLASH GORDON foi para o cinema em 1936,
e, como obra de ficção, naturalmente não precisava se incomodar com gravidade,
pressão atmosférica, órbitas estáveis ou reentrada na atmosfera... Mas, no duro trabalho
dos laboratórios, eram essas as maiores preocupações dos técnicos. Já se sabia como
colocar um equipamento em órbita, mas como trazê-lo de volta?
Quando o SPUTNIK 1 penetrou a atmosfera, o atrito com o ar fez com que ele fosse
ficando retorcido e fosse se quebrando em várias partes. Isso acontece todas as vezes
que a gente sai de um meio como o vácuo, por exemplo, e entra na atmosfera, um meio
mais denso, ou então do ar para a água, como por exemplo um mergulho de mau jeito
em uma piscina. A Solução estava em encontrar materiais resistentes para revestir a
cápsula e na escolha do ângulo correto para a reentrada.
O primeiro vôo orbital americano aconteceu quase um ano depois, com JOHN GLENN
numa cápsula do projeto MERCURY, que completou 3 órbitas em torno da Terra. Mas
nenhum desses feitos superava o sucesso de GAGARIN e a liderança SOVIÉTICA na
exploração espacial. Usando seu prestígio internacional, o presidente JOHN
KENNEDY, já com os rascunhos do PROJETO Apolo nas mãos, lançava, em 25 de
maio de 1961, o desafio de em 10 anos um americano caminhar na Lua.
Independentemente das jogadas políticas ou da propaganda, a proposta de KENNEDY
falava de um sonho de toda a humanidade: conhecer a Lua de perto.
A polêmica estava lançada... os milhões de dólares gastos nessa aventura para a Lua não
seriam melhor aplicados em projetos contra a fome e a miséria, em projetos sociais ou
educacionais? E mais . . . os técnicos discutiam a importância dos vôos tripulados à Lua,
já que as sondas mecânicas poderiam realizar essas viagens com menor custo e menores
riscos. Tanto que esse foi o caminho escolhido pelo programa espacial soviético, a partir
de 1968. O Congresso Nacional dos ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA DO NORTE
aprovou as idéias de KENNEDY. Assim, iniciava-se a corrida à Lua.
Naquela época, os conhecimentos sobre a Lua eram muito fragmentados, mas ao mesmo
tempo eram atentador! Telescópios desde a época de Galileu Galilei revelaram terrenos
elevados que brilhavam, chamados de montanhas e bacias escuras chamadas ―mares‖.
Haviam crateras circulares que se pareciam com topos de vulcões. Porém, a idade da
Lua e de que ela é feita era tudo um mistério.
O Projeto Mercury foi concluído no final de 1963, quando se iniciou o Projeto Gemini
que consistia em realizar testes de acoplamentos em órbita da Terra.
Espaçonave Gemini
Com o sucesso das missões dos projetos Mercury e Gemini, os EUA estavam prontos
para ir à Lua (ÉRICO KEMPER, 2007). Então surgiram as missões da sondas Rangers
em 1965, em busca de locais de pouso da Missão Apollo para coletar rochas da
superfície lunar. Depois de muitas tentativas e erros, apenas as sondas Rangers 7, 8 e 9
tiveram sucessos. Essas sondas foram lançadas para colidirem com a superfície lunar.
Elas eram equipadas com câmaras de televisão e enviavam milhares de fotografias da
superfície lunar antes de se chocarem com a Lua. Esta fotos só foram superadas pela
série ―Orbiter‖ de sondas destinadas para realizarem órbitas de baixa altitude em volta
da Lua. A Lua era um mundo frio, sem vida! Bombardeados por meteoritos. Mas não se
sabia que tipo de superfície era formada a Lua. Então entra em sena mais uma vez, a
união soviética, desta vez com a sonda Luna 9 em 1966, ela pousou com segurança
num terreno firme e a pequena sonda guardava mais uma surpresa. Na época a
tecnologia de comunicação era o Telex ou Facsímile e é através destes aparelhos é que
foi recebido sinais da Luna 9 e decodificada para imagens. Essas foram as primeiras
imagens da superfície lunar. Mais uma vez os soviéticos estavam a frente. Mas houve
um pequeno problema! Quem detinha as melhores antenas de recepção da época eram
os ingleses, então quando receberam as primeiras fotos, eles publicaram nos jornais para
toda a Inglaterra, isso deixaram os soviéticos furiosos, pois a Inglaterra publicou
primeiro! Enquanto isso os E.U.A, treinavam os primeiros astronautas a caminharem na
Lua. Na noite de Natal de 1968, a Apollo8 levou os primeiros homens ao redor da Lua.
Durante a volta em torno da Lua, a base de controle Houston perdeu contato com o
veículo espacial, pois eles estavam no lado oculto da Lua. Depois da Morte de Kennedy
e o afastamento de Krushovick, a união soviética lança mais uma sonda da série Luna.
Agora a Luna15, um robô capaz de pousar na Lua, recolher uma amostra do solo lunar e
voltar à Terra, pois eles não queriam arriscar vidas! Em julho de 1969, os dois lados
estavam preparados para lançar. A luna15 foi a 1ª a deixar a plataforma de lançamento,
três dias depois a Apollo 11 entrou na corrida. O módulo lunar tocou o solo da Lua na
noite do dia 20 de julho de 1969. Milhares de telespectadores assistiram ao vivo pela
TV p primeiro passo humano na superfície lunar feito pelo astronauta Niel Armstrong e
neste momento ele finca a bandeira norte americana e diz a frase do século: ―É um
pequeno passo para o homem, mas um salto gigantesco para a humanidade‖.
Os soviéticos ficaram decepcionados! Mas eles eram fortes e entenderam que poderiam
continuar com as missões à Lua, mas já não eram os primeiros! Os astronautas da
missão Apollo 11, recolheram amostras de rocha lunar para trazer para a Terra e os
soviéticos também conseguiram alguns gramas de rocha lunar para serem analisadas.
Nos dez anos depois da chegada do homem à Lua, graças à inúmeras missões de
exploração lunar, foi possível colecionar amostras de rochas de nove diferentes regiões
da Lua. Assim, enquanto as seis missões norte-americanas (Apollo 11, 12, 14, 15, 16 e
17) trouxeram mais de 2.000 amostras, selecionadas pelos astronautas em seis diferentes
regiões da superfície lunar, num total de 382 quilogramas, as três sondas automáticas
soviéticas (Luná 16, 20 2 24) recolheram algumas amostras que totalizaram cerca de
130 gramas (MOURÃO, 1979).
De acordo com informações extra-oficiais norte-americanas quatro foguetes N-1
explodiram nos testes na base de lançamento, em fevereiro de 1969, julho de 1970,
julho de 1971 e novembro de 1971. Em 1974 a tentativa de levar o homem à Lua foi
abandonada (WHITE,2003).
Os resultados das missões Apollo foram impressionantes: doze homens em 166 horas
percorreram cerca de 10 quilômetros na superfície da Lua, de onde recolheram 382
quilogramas de rochas. Neste período, utilizaram mais de sessenta instrumentos
científicos, obtendo os mais importantes resultados. A viagem à Lua não revelou apenas
o passado turbulento da terra e de seu mundo companheiro, ela também transformou a
percepção dos planetas mais além, nos fez perceber que somos capazes de explorar
outros mundos, outras luas, seja missões tripuladas ou não.
Como funcionavam os lançamentos de foguetes?
As missões Apollo foram lançadas ao espaço pelo gigantesco veículo lançador Saturno
V, de três estágios, impulsionado por cinco poderosos foguetes no primeiro estágio,
mais dois foguetes no segundo e no terceiro estágios. Os três estágios do foguete
usavam oxigênio líquido como oxidante. Enquanto o primeiro estágio usava querosene
como combustível, o segundo e o terceiro estágio usavam hidrogênio líquido. Os cinco
foguetes do primeiro estágio forneciam mais de 3,5 milhões de quilograma-força de
empuxo7 ao conjunto, lançando-o, em apenas 2,5 minutos, à altitude de 61 km, quando
foi descartado. O segundo estágio impulsionou o terceiro estágio e a nave Apollo em
órbita ao redor da Terra a 180 km de altitude. O terceiro estágio lançou a nave Apollo
em direção à Lua, em órbita elíptica, a velocidade de 24,5 km/h quando finalmente foi
descartada (MOURÃO, 2000).
O princípio de propulsão dos foguetes é muito simples: combustível líquido reage com
oxidante em reação química na câmara de combustão produzindo gases sob elevadas
temperaturas e pressões que são impelidos para fora do foguete. Os gases, pela Terceira
Lei de Newton, reagem sobre o foguete com força de mesma intensidade e direção, mas
de sentido contrário impelindo o foguete para cima. O aluno pode construir seu próprio
foguete, veja como fazer na atividade de astronomia ―Construindo Foguetes‖ disponível
no site ―Ciência à Mão‖ Copie e cole no Google o endereço abaixo:
(http://www.cienciamao.if.usp.br/tudo/exibir.php?midia=aas&cod=_exploracaoespacial
explor) para ter acesso à esta atividade.
O foguete Saturno V era composto de três partes:
Uma ilustração em corte da espaçonave Apollo, incluindo o módulo lunar
As primeiras Estações Orbitais:
Salyut: Em abril de 1971, subiu ao espaço a estação orbital ―Salyut-1‖, pesando cerca
de 18 toneladas e tinha a forma de um cilindro cujo diâmetro externo variava entre 3 e 4
metros, equipados com 4 grandes ―asas‖ cobertas de células solares para captar energia
solar e gerar energia elétrica para toda a estação orbital. Numa segunda tentativa de
acoplamento da nave da série ―Soyuz‖, a Soyuz-11, lançada ao espaço em 6 de junho de
1971, consegui com sucesso no dia 7 de junho se acoplar à estação orbital Salyut e seus
tripulantes passaram para bordo da estação, iniciando o programa de pesquisas. Esse
programa incluiu observações da Terra e do espaço, experiências médicas e biológicas e
testes com novos tipos de ferramentas especialmente projetadas para funcionar em
ambiente de ―gravidade zero‖. Os astronautas regressaram à Terra no dia 29 de junho, e
a estação reingressou na atmosfera oito meses depois, destruindo-se pelo atrito com a
1. O módulo de comando (MC) é a única parte que retornava trazendo os astronautas à
Terra caindo de pára-quedas. Ali, os astronautas ficavam a maior parte da viagem.
2. O módulo de serviço (MS) era o compartimento que continha equipamentos de
manutenção de vida e motores.
3. O módulo lunar (ML) era a nave de alunissagem que levava dois astronautas à
superfície da Lua e também os trazia de volta à órbita da Lua para o encontro com os
outros dois módulos que lá permaneciam em órbita.
atmosfera terrestre. Os soviéticos fizeram uma segunda tentativa, lançando a nave
Soyuz para iniciar a construção da estação orbital ―Soyuz-2‖, mas durante a subida, do
primeiro vôo, a espaçonave começou a dar cambalhotas e partiu-se em pedaços e
destruindo-se na alta atmosfera.
Nave espacial Soyuz (à esquerda) e a nave espacial Apollo (à direita)
Lançamento da nave espacial Soyuz
SkyLab: O êxito da ―Salyut-1‖ convenceu os norte-americanos a acelerar o programa
de sua própria estação orbital, projetada para utilizar os foguetes, naves e componentes
que sobrassem do Projeto ―Apollo‖ de exploração lunar. A estação orbital norte-
americana batizada de ―SkyLab‖ era muito maior e muito mais pesada que a soviética, e
destinava-se a um programa de testes mais extenso: media 6 metros de diâmetro
externo, pesava mais de 80 toneladas e tinha 8 compartimentos habitáveis internos,
incluindo banheiro com chuveiro, cozinha e quartos separados para os tripulantes, era
um verdadeiro apartamento espacial! O ano de 1973 foi escolhido para a execução do
projeto ―SkyLab‖ antes que terminassem com os foguetes lançadores ―Saturno‖. O
SkyLab foi lançado do Cabo Canaveral no dia 14 de maio de 1973. Entrou em órbita
com sucesso, mas durante o lançamento, uma de suas grandes asas com células solares
não abriram como estava programada e escaparam no espaço. A estação orbital SkyLab
ficou em órbita por alguns anos e nela foram realizadas varias experiências com aranhas
na ausência de gravidade, observações de recursos naturais da Terra inclusive do
território brasileiro, observações das manchas solares, etc. Os painéis solares esquerda
da estação espacial SkyLab foram danificados por meteoritos e depois foram desligados
da nave. A Nasa programou o Skylab para cair numa região menos povoada.No dia 12
de julho de 1979 foi possível ver no céu noturno da Austrália, fragmentos
incandescentes da estação orbital SkyLab.
Imagem cedida pela NASA
Fotografia da Skylab 1 em órbita após os reparos. Note o guarda-sol dourado.
Concebida e construída essencialmente com o material empregado nas missões Apollo,
a estação orbital SkyLab custou aproximadamente 2 bilhões de dólares, uma cifra
relativamente pequena quando comparada aos 28 bilhões de dólares gastos pelos
Estados Unidos da América para a conquista da Lua.
Em 20 de fevereiro de 1986, às 0h28 (horário de Moscou) um foguete de carga Proton-
K lançado do cosmódromo de Baikonur, no Casaquistão, pôs em órbita o primeiro
módulo da Mir. Na última hora, o primeiro módulo estava pesando uma tonelada a mais
do que o previsto, e para que o Proton-K pudesse decolar foi descarregada uma série de
aparelhos, levados mais tarde ao espaço em sucessivas viagens. A previsão para o
término da construção era de dois anos, mas acabou demorando nove por falta de
liberação de verbas. Até o fim da União Soviética, em 1991, a Mir tinha apenas três
módulos: o Kvant, para medições astrofísicas da Terra e do cosmos, posto em órbita em
1987; o Kvant-2, módulo reserva para uso variado, que foi posto em órbita em 1989; e o
Kristal, laboratório de experiências tecnológicas, a partir de 1990.
Com dinheiro pago à Nasa, agência espacial norte-americana, foi possível finalizar a
construção da estação, com o programa Mir-Shuttle, em 1995 e 1996. Foram acoplados
os módulos Spector, para fins militares, e Priroda, para pesquisa sobre a biosfera e
projetos ecológicos.
Com a participação de outros 29 países, a estação abrigou 24 programas espaciais
internacionais, e seus laboratórios testaram diversos materiais e substâncias em
experiências impossíveis de ser feitas na Terra.
Graças a essas pesquisas, foi possível desenvolver aparatos médicos que tornam
possível a sobrevivência humana durante longos períodos sem gravidade.
Desde a primeira tripulação, em março de 1986, 104 astronautas de 12 países viajaram
ao complexo orbital. Alguns foram e voltaram cinco vezes. Entre as 28 expedições
tripuladas que foram à Mir, 16 permaneceram vários meses lá. Em uma delas, o médico
e astronauta Valeri Poliakov bateu o recorde de permanência no espaço ao ficar 438 dias
na estação: a metade do tempo necessário para se viajar até Marte. Outro russo, Serguei
Avdeyev, acumulou em três vôos, 747 dias no cosmos (mais de dois anos). A viagem
mais curiosa, no entanto, foi a de Serguei Krikaliov, que saiu da Terra como cidadão
soviético e regressou após o colapso da URSS, como cidadão russo.
Inicialmente projetada para durar até cinco anos, o maior trunfo da Mir foi o de triplicar
sua vida útil.
A estação espacial Mir foi um exemplo de cooperação internacional, ao acolher
astronautas da Eslovênia, Bulgária, Afeganistão, Casaquistão, França, Japão, Reino
Unido, Áustria, Alemanha, Canadá, Estados Unidos e Síria, fora as missões conjuntas
com a Agência Espacial Européia.
A existência da Mir sofreu sua grande prova em 1997, quando uma nave de carga
Progress se chocou contra o módulo Spektr em uma manobra de acoplagem. A primeira
"colisão espacial" registrada teve efeitos irreparáveis, pois o módulo afetado foi lacrado
e inutilizado. durante vários meses os sistemas elétricos e de orientação da Mir seguiram
falhando. Apesar da colisão e outros incidentes, como um incêndio a bordo em 1999,
quando astronautas trocavam um filtro da tubulação de ar, a realização de experiências
científicas continuou até a última tripulação entrar na estação, em 2000.
A queda da Mir em 2001 iniciou, quando o foguete Progress acoplado à estação acionou
os propulsores pela última vez, freando a órbita da estrutura e fazendo com que ela
cedesse à gravidade. Os destroços da estação afundaram no sul do oceano Pacífico por e
encerraram o espetáculo da reentrada da estação espacial na atmosfera terrestre, dando
fim aos 15 anos de vida útil do primeiro complexo orbital construído pelo homem. Após
o fim da estação, que não foi prematuro, os russo podem dizer que a Mir cumpriu sua
missão.
A Estação Espacial Freedom era o nome dado ao projeto da NASA para construir uma
estação espacial permanentemente tripulada. Ela foi aprovada pelo então-presidente
Ronald Reagan e anunciada em 1984. Freedom nunca foi construída, e depois de várias
reduções, as sobras do projeto se tornaram parte da Estação Espacial Internacional
(figura.10). A estação espacial tinha lugar para 4 astronautas.
Atualmente temos a Estação Orbital Internacional (ISS) que é uma estação permanente
de pesquisa espacial. Participam de seu desenvolvimento 16 países: EUA, Canadá,
Japão, Rússia, 11 países pertencentes a Agência Espacial Européia e o Brasil. A ISS,
quando completa, irá medir aproximadamente 90 m por 70 m, o que é mais de quatro
vezes o tamanho da MIR.
A construção da ISS começou
em 1998 com a conexão do
módulo de controle Russo
Zarya com o Unity Node
norte-americano. A
construção ainda levará
alguns anos para ser
concluída, embora a ISS já
esteja funcional neste
momento.
[Fig.10]
Além da Lua - Sondas Espaciais não Tripuladas:
No século XX redefinimos a vida na sociedade: rádio, TV, remédios os mais diversos,
computadores, raio laser, raios X, aviões, ônibus espacial, viagem à Lua, estação
espacial, Telescópio Espacial Hubble, bomba de hidrogênio, energia nuclear, carros, etc.
Neste século acreditamos que serão possíveis a viagem tripulada a Marte, ao centro da
Terra, inteligência artificial, seres bioeletrônicos manufaturados por meio de mistura de
tecidos biológicos com componentes eletrônicos, talvez quem sabe iguais ao robôs do
exterminador do futuro, só que ao invés de exterminadores, serão chamados de
exploradores estelares em busca de novos mundos, o uso internacional da energia solar
como alternativa ao petróleo, o controle completo da poluição global, o fim do efeito
estufa extra, uma maior igualdade social, a solução para a fome e a discriminação,
internet para todos, o fim do analfabetismo e o fim das guerras.
Nos anos 40 e 50, vimos os primeiros ensaios rumo ao espaço. Nos anos 60,
conhecemos um pouco da acirrada corrida espacial entre as duas grandes potências da
época: E.U.A e U.R.S.S. Final da década de 60 e início da década de 70, o homem pisa
na superfície lunar, deixa vários instrumentos de medidas na Lua e voltam com cerca de
300 quilogramas de rochas para estudos científicos. O final dos anos 70 e
principalmente, nos anos 80, o quadro da corrida espacial mudou muito. Missões
espaciais exploratórias passaram a ser feitas por satélites robotizados, controlados
remotamente na Terra, enquanto que astronautas passaram a tomar conta das missões
feitas através dos ônibus espaciais capazes de aterrizarem após a reentrada na atmosfera
terrestre. A idéia romântica da exploração do espaço como última fronteira ou ainda
como dizia no seriado de TV ―Jornada nas Estrelas‖ A Fronteira Final, foi substituída
por rentáveis missões dedicadas ao lançamento de satélites ou por missões científicas
dedicadas tanto a observações astronômicas, livres da interferência atmosférica, ou a
experimentos efetuados em órbita, aproveitando a ausência (simulada!) de gravidade.
Vamos voltar ao ano de (1961) e contar um pouco da história das sondas espaciais não
tripuladas e suas viagens interplanetárias.
Naturalmente como os engenheiros espaciais sabiam como enviar uma sonda para a
Lua, o próximo passo seria Vênus, não somente por ser o alvo mais perto, como
também por encerrar um mistério. Afinal em Vênus tem ou não Florestas e dinossauros?
A primeira sonda foi a Venera I, enviada pelos russos a 12 de fevereiro de 1961. Após
vários meses ela passou a 100.000 quilômetros de Vênus, mas o rádio falhou e não
houve dados. Então os americanos mandaram a Mariner I, mas esta desviou-se do curso
e teve que ser destruída. Então em 26 de agosto de 1962, os Estados Unidos enviaram a
Vênus a Mariner 2. Ela passou a 35.000 quilômetros de Vênus e funcionou com
perfeição. Foi a primeira sonda planetária não tripulada bem sucedida e confirmou a
temperatura elevada de Vênus. Além da Venera 1 e a Mariner 2, foram feitas outras
observações com as sonda: Venus Express, Pioneer Venus, Veja, Magellan, VISE e
Venus Surface Explorer.
O reconhecimento dos planetas por meio de sondas automáticas foi uma das realizações
mais espetaculares dos anos 70. Demonstrou a existência de duas tendências na NASA.
A primeira visava como caracteriza a programação soviética, ao estudo em
profundidade de determinados planetas: nos E.U.A, o planeta Marte, e na URSS, o
planeta Vênus. Assim em novembro de 1971, a Sonda Mariner 9 se tornou o primeiro
satélite artificial marciano, quando então foram obtidas mais de 7000 fotografias com
grandes detalhes da superfície do planeta vermelho, o que provocou uma verdadeira
revolução nas idéias sobre a superfície. Em 1976, duas Sondas: Viking I e Viking II,
desceram no planeta Marte, para realizarem pesquisas físicas, químicas e biológicas.
Até hoje, em termos de busca de vida, o planeta Marte é o foco das atenções, já foram
várias sondas, são elas: Mars Pathfinder, Mars Global Surveyor, Mars Express, Mars
Odyssey, Mars Exploration Rovers, Mars Reconnaissance Orbiter, Nozomi e a Phoenix.
Dentro dessa tendência, a URSS, hoje apenas Rússia, efetuou o lançamento de uma
série de cápsulas, com carga útil, aos planetas Vênus e Marte. Enquanto os norte-
americanos se afastaram na época, de experiências que exigiam uma sonda-laboratório
muito resistente e pesada, os então soviéticos, passaram a se dedicar com grande
interesse nesta modalidade de exploração espacial. Desse modo, em 1975, as estações
Vênus 9 e 10 transmitiram as primeiras imagens do solo venusiano. A segunda
tendência nos programas das sondas planetárias tem sido a diversificação dos objetos,
que tem permitido sucessos e repercussões não só no meio astronômico como junto ao
grande público. Graças a essa diversificação, possuímos uma nova visão panorâmica do
Sistema Solar.
A tendência diversificadora levou, em 1974, ao reconhecimento do planeta Mercúrio
pela Sonda Mariner 10, que sobrevoou o planeta por três vezes. Em 1973 e 1974, o
planeta Júpiter foi pesquisado pelas Sondas Pionner 10 e 11, assim como, em 1979,
pelas Sondas Voyager 1 e 2. Estas sondas foram coordenadas pelo astrônomo Carl
Segan. Em sua cruzada contra o que chamava de ''ignorância científica'' e os perigos
sociais que essa ignorância pode causar, Sagan lançou mão de todos os recursos
oferecidos pela mídia, de livros e artigos em jornais e revistas até sua famosa série para
televisão, ''Cosmos'' _que fascinou toda uma geração, trazendo para a sala de estar a
imensidão do Universo e a surpreendente criatividade da Natureza. A Pionner 10
conduziu a primeira obra de arte criada pela civilização terráquea com vistas a uma
civilização estraterrestre. A placa-mensagem foi desenhada por Linda Segan (figura.11),
esposa de Carl Segan. Tal idéia surgiu em dezembro de 1971, em San Juan, por ocasião
de uma reunião da ―American Astronomical Society‖, quando o astrônomo norte-
americano Frank Drake surgeriu a Carl Sagan a idéia dessa plaqueta. Uma réplica foi
colocada na Pionner 11. Em janeiro de 1977, durante a reunião anual da ―American
Astronomical Society‖, em Holonulu, Carl Segan e Frank Drake tiveram a idéia de
colocar nas Sondas Voyager 1 e 2, que seriam lançadas em 20 de agosto e 5 de setembro
de 1977, um disco-mensagem (figura.12) com informações técnico-científicas, ruídos
dos animais terrestres, assim como fotografias que caracterizam a nossa civilização.
Assim, nesse pacote está reunida um pequena enciclopédia de nossa civilização.
[Fig.11] [Fig.12] A esquerda está a placa-mensagem que foi desenhada por Linda Segan e conduzida pela Pionner
10 e a direita o disco de ouro conduzido pelas Voygers é uma apresentação do que é a Terra para
um alienígena. Tem de Chuck Berry a dialetos africanos.
Em 1979, as sondas espaciais Voyager 1 e 2 passaram perto das quatro grandes luas de
Júpiter (atualmente existem ao menos 63), revelando alguns de seus incríveis segredos,
incluindo superfícies torturadas e extremamente ativas. Io, por exemplo, tem vulcões
que ejetam matéria rica em enxofre a altitudes de 200 quilômetros. A missão apenas
aguçou a curiosidade dos astrônomos, que acreditam que Júpiter e suas luas representem
um Sistema Solar em miniatura. Estudando o Sistema Jupiteriano, os astrônomos podem
aprender muito sobre a formação e evolução do Sistema Solar.
A Voyager 2 tirou esta fotografia das erupções do vulcão Pele na Lua de Júpiter Io
V'Ger
Em "Jornada nas Estrelas: o Filme" (o primeiro filme da série), grande parte da trama
girava em torno de uma estranha forma de vida eletrônica, chamada V'Ger. No final do
filme, descobre-se que é uma das sondas espaciais Voyager (Voyager 6, que nunca
exisitiu no mundo real) que adquiriu consciência por si só ou a recebeu de uma raça
alienígena. Ela quer erradicar toda a humanidade, mas, em vez disso, se transforma em
nova forma de vida.
No universo fictício de Jornada nas Estrelas, há uma certa discussão em relação ao
lugar da V'Ger na história. Alguns sugerem que ela criou a Borg, uma raça alienígenas
fria e lógica que se tornam os principais vilões em "Jornada nas Estrelas: A Nova
Geração". Outros acham que os borg encontraram V'Ger, mas que os alienígenas
cibernéticos existiram antes do encontro. Quem ainda não assistiu e gosta de ficção,
vale apena assistir esses dois longas-metragens.
Mas nos anos 90, e particularmente no final da década, a política de exploração espacial
novamente entra em mudança. Dois projetos foram recebidos com destaque especial.
Um é o laboratório espacial que a NASA, uma plataforma orbital que serve não só como
centro de pesquisas, mas também como ponte entre a Terra e futuras missões tripuladas.
Outra é a "missão para Marte", que recebeu enorme impulso na década de 90 com a
possível descoberta de restos de vida microorgânica em Marte e com o sucesso da sonda
robotizada "Pathfinder" (figura.14), que pousou em 4 de julho de 1997 e explorou sua
superfície. O local exato do pouso foi batizado de "Memorial Carl Sagan", em
homenagem ao grande cientista e divulgador Carl Sagan (1934 até 1996).
O robô explorador Sojourner passeou pela superfície de Marte recolhendo informações
durante mais de um mês terrestre, no total foram obtidas 16.500 fotos a partir do
módulo de pouso e 550 imagens do Sojourner. A missão Mars Pathfinder é a segunda
missão do programa de exploração espacial da NASA denominado de Programa
Discovery. Que é um programa científico que estabeleceu metas para o
desenvolvimento de missões de baixo custo para a pesquisa espacial.
Muito possivelmente, as crianças do século XXI poderão novamente sonhar em ser
astronautas. E algumas irão ver esse sonho se tornar realidade, viajando em direção ao
enigmático planeta vermelho.
[Fig.14]
Depois das missões Viking 1 e 2 e a Mars Pathfinder, houve várias missões: Mars
Global Surveyor, Mars Express, Mars Odyssey, Mars Exploration Rovers, Mars
Reconnaissance Orbiter, Nozomi e a Phoenix. Esta última é uma sonda espacial não-
tripulada da NASA, lançada de Cabo Canaveral em 4 de agosto de 2007, com o objetivo
de pesquisar por moléculas de água na região do pólo norte do planeta Marte, onde
pousou em 25 de maio de 2008. Lançada ao espaço por um foguete Delta II, a sonda
consiste em um aterrissador dotado de um braço mecânico destinado a coletar amostras
de solos, para análises físico-químicas. A Phoenix ia levar um aterrizador que tinha a
intenção de ser utilizado pela sonda Mars Surveyor 2001 antes de seu cancelamento. Ela
transportou um conjunto de instrumentos mais atualizados com relação aos utilizados na
fracassada missão Mars Polar Lander.
O objetivo da sonda foi a procura de água e ela pousou próximo ao pólo norte de Marte
onde acredita-se existir água congelada. Pouso este realizado próximo ao pólo norte do
planeta. A missão durarou cerca de 150 dias marcianos e a Phoenix utilizou o seu braço
robótico para cavar o solo marciano. Este solo é afetado pelas variações sazonais do
clima nos pólos e poderá conter componentes orgânicos necessários para a vida.
Para analisar as amostras de solo coletadas pelo braço robótico, a sonda espacial foi
equipada com um aquecedor e um mini laboratório portátil de última geração na época.
As amostras foram aquecidas para liberar seus componentes voláteis, para que
pudessem então ser analisada a sua composição química, além de outras características.
A sonda Phoenix (figura.15) herdou as tecnologias de imagem embutidas nas missões
Pathfinder e Mars Exploration Rover. Ela também possuía uma câmera de alta definição
e som estéreo no alto de uma coluna de 2 metros de altura. Esta câmera tem dois "olhos"
projetadas para a observação das vizinhanças em alta resolução, a fim de localizar o
melhor solo a ser escavado. Ela também foi equipada com uma câmera multi-espectral
para a identificação dos minerais locais.
Além de pesquisas no solo, a Phoenix também pesquisou a atmosfera de Marte,
monitorando-a até uma altitude de vinte quilômetros, obtendo dados sobre a formação,
duração e movimento das nuvens, dos nevoeiros e das tempestades de areia que
caracterizam o planeta. Mediu também a temperatura e a pressão atmosférica no local
de pouso.
[Fig.15] Concepção artística da sonda
A Missão Phoenix é liderada pela Universidade do Arizona, com gerenciamento do
projeto do Laboratório de Propulsão a Jato (Nasa) e desenvolvimento e parceria com a
empresa Lockheed Martin Space Systems. Contribuem para a missão a agência espacial
canadense, a Universidade de Neuchatel (Suíça), a Universidade de Copenhague
(Dinamarca), o Instituto Max Planck (Alemanha) e o Instituto Meteorológico Finlandês.
A Nasa (agência espacial norte-americana) enviou outra missão para Júpiter
chamada, apropriadamente, Galileu (figura.16), em homenagem ao renomado
astrônomo da antiguidade Galileu Galilei._o primeiro a ver as luas de Júpiter. Ela foi
lançada em 18 de outubro de 1989 pelo ônibus espacial Atlants, a mesma chegou a
Júpiter no dia 7 de Dezembro de 1995 A sonda passou pelas luas, prestando atenção
especialmente em Europa. Aparentemente, Europa é a menos interessante das quatro
grandes luas; sua superfície não apresenta as marcas dramáticas de vulcanismo como
em Io, ou as crateras de Ganimede e Calisto. Ao contrário, a superfície de Europa
parece bastante pacata, marcada apenas por longas linhas que indicam a presença de
falhas geológicas. No entanto, quando a sonda Galileu tirou fotos com resolução de 20
metros, ficou claro que Europa é coberta por uma camada de gelo, com uma espessura
estimada em torno de sete quilômetros. As fotos revelaram, ainda, estruturas
semelhantes a icebergs, paralisados pelo gelo à sua volta, como carros em um
congestionamento caótico.
[Fig.16] Concepção artística da sonda
Mas a grande surpresa, que já era uma suspeita de vários astrônomos, é o que está por
baixo dessa espessa crosta de gelo: um oceano de água salgada, cobrindo todo o planeta,
envolvendo uma região central rica em ferro. Ou seja, foi encontrada água líquida no
espaço. E em quantidades enormes, talvez até duas vezes maiores que nos oceanos
terrestres. Mais ainda, a atração gravitacional entre Júpiter e Europa é tão grande que a
pobre lua é constantemente distorcida pelo planeta gigante, uma amplificação do efeito
que provoca as marés aqui na Terra. Essas distorções geram uma enorme quantidade de
energia no interior da lua, capaz de aquecer seus oceanos. A água em Europa pode ser
quente! Como a presença de água é um ingrediente fundamental para a existência da
vida (ao menos as formas que conhecemos), Europa passou a ocupar a posição de honra,
junto a Marte, para a existência de vida extraterrestre.
Os leitores familiares com o filme de ficção científica russo "Solaris" (distribuído,
infelizmente, como a resposta soviética ao filme "2001 - Uma Odisséia no Espaço")
devem lembrar-se do planeta, coberto por um oceano, cuja manifestação de vida era
poder materializar os medos e fantasias do inconsciente humano. Certamente, esse não é
o caso de Europa. Mas, quem sabe se nossas fantasias com relação à vida extraterrestre
não estão sendo materializadas pela presença de seu oceano líquido? Você deve estar se
perguntando como é possível determinar a presença de um oceano, imerso sob uma
crosta de gelo, em um mundo tão distante? As medidas feitas pela sonda Galileu foram
baseadas no magnetismo local de Europa. Tal como a Terra, Júpiter tem um campo
magnético. Só que, no caso de Júpiter, ele é muito mais forte, com conseqüências
importantes para as suas luas. Em Europa, a orientação local do campo magnético de
Júpiter muda a cada 5,5 horas. Quando mudanças em um campo magnético ocorrem em
um meio condutor de eletricidade (como a água do mar ou ferro), correntes elétricas
locais aparecem, criando, por sua vez, um campo magnético secundário, que pode ser
detectado com instrumentos equivalentes a bússolas sofisticadas.
As medidas feitas pela sonda Galileu indicaram que uma camada de água salgada com dez
quilômetros de profundidade é o melhor candidato a meio condutor em Europa. Em 21 de
Setembro de 2003, depois de 14 anos no espaço e 8 anos orbitando ao redor de Júpiter, a
missão Galileu se encerrou quando o orbitador foi enviado contra a densa atmosfera de
Júpiter a 50 quilômetros por segundo, para garantir que nenhuma lua local pudesse ser
contaminada com alguns microrganismos da Terra.
A sonda Cassini-Huygens (figura.17) é um projeto colaborativo entre a ESA e a NASA para
estudar Saturno e as suas luas através de uma missão espacial não tripulada. A nave espacial
consiste de dois elementos principais: a Cassini orbiter e a sonda Huygens. Foi lançada a 15 de
Outubro de 1997 e entrou na órbita de Saturno no 1° de Julho de 2004. É a primeira sonda a
orbitar Saturno.
[FIG.17] Concepção artística da sonda
Neptune Orbiter é um projeto da NASA de uma sonda espacial não tripulada para
explorar o planeta Netuno. A previsão de lançamento inicial era para meados de 2016 e
levaria 8 a 12 anos para chegar ao planeta, porém a previsão de lançamento atual é para
2035. Esta sonda foi projetada para responder muitas perguntas que ainda cercam o
planeta. Sua missão principal é estudar a atmosfera e o clima, suas luas e
particularmente Tritão. A missão deve levar aproximadamente 10.25 anos para chegar a
Netuno, e preve passagem por Vênus e Júpiter para obter impulso gravitacional. O
estudo inicial previa também a sua passagem por Urano, mas isso foi julgado
desnecessário e retirado dos planos. A missão ao todo, após a chegada ao planeta, deve
durar de 3 a 5 anos.
A sonda New Horizons (figura.18) é uma missão não tripulada da NASA, que foi
lançada em 19 de Janeiro de 2006, por meio de um foguete espacial Atlas V-551 a partir
da Estação da Força Aérea, no estado da Flórida. A finalidade desta missão é a de
explorar o Planeta anão Plutão e seus satélites, includindo a lua Caronte e transmitir as
imagens e os dados coletados para a Terra. Os planejadores desta missão pretendem que
a NASA aprove a continuação da missão para a exploração do Cinturão de Kuiper.
[FIG.18] Concepção artística da sonda
A sonda foi construída através de um consórcio formado entre o Southwest Research
Institute e o Johns Hopkins Applied Physics Laboratory. O cientista coordenador da
missão é S. Alan Stern da Southwest Research. O principal objetivo desta missão é o de
caracterizar globalmente a geologia e a morfologia de Plutão e de Caronte, além de
mapear as suas superfícies. Também vai procurar estudar a atmosfera neutra de Plutão e
estudar a sua taxa de fuga. Os outros objetivos desta missão incluem o estudo das
variações da superfície e da atmosfera de Plutão e de Caronte ao longo do tempo. Serão
obtidas imagens de alta-definição em estéreo de determinadas áreas de Plutão e Caronte,
para caracterizar a sua atmosfera superior, a ionosfera; as partículas energéticas do meio
ambiente e a sua interação com o vento solar. Além disso a sonda vai procurar pela
existência de alguma atmosfera em torno de Caronte. Vai procurar caracterizar a ação
das partículas energéticas entre Plutão e Caronte. Também irá procurar por satélites
ainda não descobertos e por possíveis anéis que envolvam Plutão e Caronte.
Posteriormente pretende-se que a sonda deixe Plutão e saia a procura de um ou mais
objetos do Cinturão de Kuiper.
Missões para cometas e asteróides
O objetivo da missão não tripulada norte-americana Deep Impact ou Impacto Profundo
da NASA, sob os cuidados do Laboratório de Jato-propulsão - JPL, foi o de lançar um
impactador contra o cometa 9P/Tempel 1 ou simplesmente Tempel 1 que circula entre
as órbitas de Marte e Júpiter, observar a explosão e dela analisar os componentes
químicos e físicos internos do cometa.
Concepção artística mostra a Deep Impact e a Impactor ao fundo.
A sonda Deep Impact foi lançada em Janeiro pelo foguete Delta II modelo 2925, do
Cabo Canaveral, Estados Unidos. O impacto da sonda com o cometa ocorreu em 4 de
Julho de 2005.
O cometa escolhido pertence a uma classe de cometas que são comuns do sistema solar.
O impacto não deverá causar uma significativa mudança na trajetória do cometa.
Stardust é uma nave espacial da NASA, gerenciada pelo Laboratório de Jato-propulsão -
JPL da Califórnia. Foi lançada em 7 de fevereiro de 1999, pelo foguete Delta II, no
Cabo Canaveral, estado da Flórida. A sua finalidade é o de investigar o cometa Wild 2 e
o asteróide Annefrank, além de recolher poeira interestelar.
Concepção artística da sonda Stardust
Stardust é a primeira missão norte-americana, dedicada única e exclusivamente para
explorar um cometa com a finalidade de retornar material extraterrestre, fora da órbita
da Lua. A Stardust aproximou-se de Wild 2 em 2 de janeiro de 2004, após uma viagem
de quatro anos pelo espaço. Durante esta aproximação ele coletou amostras de poeira do
cometa e obteve fotos detalhadas do seu núcleo gelado.
Adicionalmente a sonda Stardust deverá trazer amostras de poeira interestelar que foi
recentemente descoberta passando pelo Sistema Solar e se dirige para a constelação de
Sagitário. A sonda Stardust chegou a 15 de janeiro de 2006 à Terra, para entregar as
amostras do material proveniente do cometa dentro de uma cápsula.
Além das sondas Deep Impact e Stardust, foram lançadas as sondas: Hayabusa, NEAR
Shoemaker, Deep Space 1, Sonda Dawn, OSIRIS, Vega, ISEE-3/ICE, Sakigake, Giotto,
Suisei, Rosetta e Comet Surface Sample Return.
Missões para estudar o Sol
A Solar and Heliospheric Observatory - SOHO é uma missão não tripulada da European
Space Agency (ESA) e da NASA. Foi lançada em Dezembro de 1995, com a finalidade
de estudar o Sol.
Apesar dos inúmeros problemas que a sonda tem passado e de ter em muito
ultrapassado sua vida útil inicial, a sonda continua operando, enviando para a Terra
informações sobre a atividade do Sol. Além desta, foram feitas outras missões com
sondas não tripuladas para estudas a nossa estrela ―Sol‖, são elas:
Programa Helios (1974-1985)
Ulysses (1994-2008)
Genesis (2001-2004)
Hinode (2006-ainda em operação)
STEREO (2006-ainda em operação)
IBEX (2008-ainda em operação)
Solar Dynamics Observatory (prevista para lançamento em 26/01/2010)
Missões para fora do Sistema Solar
O Observatório de Raio-X Chandra é um telescópio espacial fabricado pela NASA e
gerenciada pelo Laboratório de Jato-Propulsão - JPL. Foi lançado em 23 de julho de
1999, pelo vôo do ônibus espacial Columbia, missão STS-93. Foi assim chamado em
honra do físico índiano Subrahmanyan Chandrasekhar, um dos fundadores da
astrofísica.
Observatório de Raio-X Chandra
O Observatótio Chandra é a terceira missão da NASA pertencente aos Grandes
Observatórios Espaciais - Great Observatories Program, consistindo numa família de
Quatro Observatórios Orbitais, cada um observando o Universo em um comprimento
diferente de onda, como a luz visível, raios gama, raios-X e o infravermelho. O primeiro
foi o Telescópio Espacial Hubble e o segundo foi o Observatório de raios Gama
Compton. O telescópio Telescópio espacial Spitzer é a última missão deste programa
espacial. As outras missões relacionados a este programa são:
Hubble - Telescópio Espacial Hubbe
Compton - Observatório de Raios Gama
Spitzer - Observatório de Radiação Infravermelha
Chandra pode observar o céu em raios-X com uma resolução angular de 0,5 segundos
de arco, mil vezes mais acurado do que o primeiro telescópio orbital de raios-X.
O futuro da exploração espacial
A NASA quer que o Orion seja versátil para futuras explorações espaciais. Imagina-se
que ele será capaz de transportar as tripulações da Estação Espacial Internacional em
2014 e para a Lua em 2020. Marte será o próximo objetivo. O principal objetivo do
CEV é voltar à Lua. Durante o estágio de projeto da Apollo havia duas propostas para
colocar o homem na lua:
- um Encontro na órbita da Terra (EOR) - partes de um grande foguete lunar seriam
colocadas na órbita terrestre e desembarcadas na lua;
- um Encontro na órbita Lunar (LOR) - duas espaçonaves menores (módulo de
comando/serviço e módulo lunar) se encontrariam na órbita lunar.
Os cientistas concordam eventualmente que um encontro na órbita Lunar pouparia peso
e atingiria um dos objetivos do presidente John F. Kennedy, de colocar um homem na
lua em 10 anos. O plano de vôo do CEV para retorno à Lua incorpora elementos da
órbita terrestre, quanto em órbita Lunar.
As missões lunares do CEV estabelecerão uma base lunar para explorar a lua e procurar
água em seu polo sul, necessária para sobrevivência e fonte potencial de material para
produção de combustível para foguetes. Elas também permitirão que os astronautas
testem equipamentos e técnicas para futuras missões a Marte. Como a Lua está a apenas
três dias de distância, é mais seguro e mais barato lançar missões para Marte a partir do
solo lunar. Uma missão de resgate também seria mais fácil em uma missão lunar do que
em uma a Marte. O CEV servirá de modelo para outros projetos de espaçonaves
tripuladas, designadas para ir ao espaço mais distante.
Imagem cedida pela NASA /John Frassanito and Associates Astronautas deixam a lua no estágio de
ascensão
Com o CEV, a NASA espera fazer astronautas retornarem à lua e realizar o sonho de
mandar pessoas para explorar Marte e o restante do Sistema Solar e talvez quem sabe,
outros mundos além.
Bibliografia:
Mourão, R.R.F, EM BUSCA DE OUTROS MUNDOS. 1981 - 221 PAG . Editora:
Circulo do Livro.
Taylor, J.W. R., Coleção: Série Prisma - Foguetes e Mísseis. Edições Melhoramentos e
Editora da USP. 1970.
Nicolson, I, Coleção: Série Prisma – Exploração dos Planetas. Edições Melhoramentos
e Editora da USP. 1970.
ASIMOV, I. Marte. Editora:Francisco Alves. Ano.1977.
Kemper, E. TEXTOS DE APOIO AO PROFESSOR DE FÍSICA – IF – UFRGS ―A
inserção de tópicos de Astronomia no estudo da Mecânica em uma
abordagemepistemológica‖ v.18, n.3., 2007.
Vídeo: Olhando para o Céu, exibido na TV-Cultura em 1994 e Apresentada pelo físico
Walmir Cardoso. Ep.6 ―Exploração Espacial‖.
Gleiser, M. "Micro Macro --Reflexões sobre o Homem, o Tempo e o Espaço" Editora:
Publifolha.2005.
http://ciencia.hsw.uol.com.br/veiculo-de-exploracao-tripulado-orion1.htm-(Acessado
em 23 de agosto de 2009).
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(acessado em 15 de agosto de 2009).
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(acessado em 10 de agosto de 2009).
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