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Explicar na aula de Matemática Um desafio que as crianças enfrentam com prazer

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EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

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Page 1: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Explicar na aula de Matemática

Um desafio que as crianças enfrentam com prazer

Page 2: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Sentido do ensino da Matemática

Fazer Matemática

Page 3: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Aprender é uma relação entre duas atividades: a atividade humana que produziu aquilo que se deve aprender e a atividade na qual o sujeito que aprende se engaja –sendo a mediação entre ambas assegurada pela atividade daquele que ensina ou forma.

Page 4: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Em termos simples: para apropriar-se de um saber é preciso introduzir-se nas relações que permitiram produzi-lo. O essencial não é repetir a própria atividade humana, tal como ela ocorre ou ocorreu, mas adotar, durante a atividade de aprendizagem, a postura (relação com o mundo, com o outro e consigo próprio) que corresponde a essa atividade humana. (Bernard Charlot)

Page 5: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

A Matemática é um produto social e cultural A atividade de resolução de problemas tem estado

no coração da elaboração da ciência matemática Os conhecimentos matemáticos não podem

conceber-se sem os elementos de controle que regulam a atividade que os põem em jogo (G. Brousseau, N. Balacheff, R. Campos Lins)

Os conhecimentos são tais em tanto se caracterizam pelas suas relações com outros conceitos de seu mesmo campo teórico e não como objetos em si mesmos. (García, R.)

Page 6: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

A classe

Construção coletiva de uma cultura

Page 7: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

O docente regula o trabalho tendo como dupla referência a cultura de sua classe e a cultura matemática.

Page 8: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Enfrentam problemas, Concebem diferentes formas de abordá-los e

discutem ao redor das mesmas, Geram novos problemas a partir das resoluções

colocadas, Se perguntam pelo alcance das relações produzidas

e as vinculam com outras já elaboradas, Exploram, formulam conjecturas, deduzem,

explicam, aceitam argumentos ou se opõem a eles apoiando-se em suas próprias fundamentações….

Page 9: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

A produção de explicações intervêm em:

A formação de um sujeito intelectualmente autônomo

A formação de um sujeito democrático A construção de uma racionalidade

Matemática O aprofundamento na conceitualização dos

objetos aos quais se refere a explicação

Page 10: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

O confronto de estratégias supõe um plano reflexivo sobre a resolução de problemas e dá lugar a novos problemas.

Page 11: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

As explicações emergem a medida que se adota uma posição reflexiva sobre o próprio trabalho.

Page 12: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Conseguir encadear dedutivamente relações matemáticas para produzir novas relações não é uma aquisição espontânea dos alunos, é produto de um trabalho intencional.

Page 13: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

As interações na classe são o apoio regulador e motor da produção de explicações.

É claro que o papel do docente neste jogo é essencial.

Page 14: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Encontrar uma fração que se encontre entre:

1 e 3

2 4

Page 15: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Um aluno propõe , 2 , resposta “correta”.

3

“O 2, que é o numerador está entre 1 e 3 e o 3 que é o denominador está entre 2 e 4.”

Page 16: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

10

5

9

4,

4

3e

Page 17: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

“Em seu exemplo não, mas aqui (sinalizando o caso anterior) é válido”.

Page 18: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

A “explicação” que propõe o aluno justapõe dois feitos verdadeiros mas não estão encadeados logicamente. Isto é:

< <

1 < 2 < 3 e 2 < 3 < 4

2

13

2

4

3

Page 19: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Verdade

Razões da verdade

Page 20: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

O caráter

necessário

antecipatório

universal

Page 21: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Como resultado de participar em uma prática social na qual as explicações formam parte dos intercâmbios em uma classe, os alunos irão elaborando ao longo do tempo explicações cada vez mais pertinentes.

Page 22: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Na medida em que os outros -os colegas- aceitem ou refutem os argumentos e na medida em que o aluno escute outros argumentos possíveis irá compreendendo que a explicação é fonte de novos conhecimentos.

Page 23: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

O longo prazo é constitutivo da elaboração de uma racionalidade

matemática.

Page 24: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

A produção de explicações supõe localizar os alunos em um posicionamento de reflexão sobre o trabalho matemático.

Este posicionamento é fundamental na constituição de um sujeito autônomo e intelectualmente responsável.

Page 25: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

A dimensão social é inerente à produção de explicações em uma classe.

Escutar outras explicações

Receptividade das próprias explicações

Regulações do docente

Aprender a argumentar é também aprender a democracia.

Page 26: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

A produção de explicações intervêm na compreensão das estratégias e dos recursos que se usam para validar uma questão. Ou seja, intervêm no plano da racionalidade matemática.

Page 27: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

A produção de explicações intervêm na conceituação dos objetos aos que se refere a respectiva explicação.

Page 28: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Autonomia Intelectual Exercício de Democracia Construção da racionalidade Matemática Aprofundamento da conceituação

Page 29: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Vrai? Faux? On en débat. De l’argumentation vers la preuve en mathématiques au cycle 3.

Grupo ERMEL

Institu National de Recherche Pédagogique

(Da argumentação à prova)

Page 30: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Como reconhecer, sem efetuar a divisão por 4, se um número é ou não divisível por 4?

Como reconhecer se um número está na tabuada do 4 “prolongada”?

Page 31: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Primeira etapa: Comunicação do problema

Segunda etapa: trabalho com números entre 50 e 100

(47, 80, 84, 96, 74, 70, 92)

Page 32: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Se um número é múltiplo de 4, é par;

Se um número é par, não necessariamente é múltiplo de 4.

Page 33: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Argumentos

Aditivos

Multiplicativos

Baseados no Sistema de Numeração

Page 34: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Argumentos aditivos

96 é múltiplo de 4, porque é 80 + 16 e 80 é múltiplo de 4 e 16 também.

Idéia subjacente:

A soma de dois múltiplos de 4, é um múltiplo de 4.

Page 35: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Argumentos multiplicativos

96 é múltiplo de 4 porque 24 x 4 = 96

Idéia subjacente:

Um múltiplo de 4 pode-se expressar como o produto de 4 por algum número.

Page 36: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

96 é múltiplo de 4 porque posso dividir por 2 e me dá 48 e o 48 também posso dividir por 2.

Idéia subjacente: Dividir por 4 é equivalente a dividir

sucessivamente duas vezes por 2.

É suficiente dividir uma vez e analisar se o resultado é par.

Page 37: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Argumentos baseados no Sistema de Numeração 84 é múltiplo de 4 porque 8 + 4 = 12 que é

múltiplo de 4

22 2 + 2 = 4

75 7 + 5 = 12

Somar as cifras e analisar o resultado não permite decidir.

Page 38: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Argumentos aditivos

74 não é múltiplo de 4 porque 80 – 4 é 76 e não é 74.

Idéia subjacente

A subtração de dois múltiplos de 4 é um múltiplo de 4; se “chego a um número que está a 2 de diferença do que busco, já não pode ser múltiplo”.

Page 39: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

74 não é múltiplo de 4 porque é 40 + 34 e 34 não é múltiplo

Idéia subjacente:

A soma de um múltiplo de 4 e, um não múltiplo de 4, não é múltiplo de 4.

Page 40: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Argumentos multiplicativos

74 não é múltiplo de 4 porque

18 x 4 = 72 e 19 x 4 = 76

Idéia subjacente:

Se um número está entre dois múltiplos consecutivos de 4, não pode ser múltiplo de 4.

Page 41: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Argumentos baseados no sistema de numeração 74 não, porque 4 não “entra” exatamente no

7, por isso não “entra” no 70 também.

6 não “entra” e 60 sim.

Page 42: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Decidir se 70 + 74 é múltiplo de 4

Não, porque nenhum dos dois é múltiplo de 4.

Não, porque 70 não é múltiplo de 4.

Sim, porque dá 144 que, quando se divide por 2 dá 72.

Page 43: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Enfrentam problemas, Concebem diferentes formas de abordá-los e

discutem ao redor das mesmas, Geram novos problemas a partir das resoluções

colocadas, Se perguntam pelo alcance das relações produzidas

e as vinculam com outras já elaboradas, Exploram, formulam conjecturas, deduzem,

explicam, aceitam argumentos ou se opõem a eles apoiando-se em suas próprias fundamentações….

Page 44: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

As capacidades argumentativas se potencializam quando:

há necessidade de convencer o outro; a situação de debate é autêntica; os argumentos ampliam a compreensão do

assunto que se está tratando.

Page 45: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

A soma dos múltiplos de 4 dá um múltiplo de 4.

Somando-se um múltiplo de 4 e um número que não é múltiplo de 4, se obtêm um número que não é múltiplo de 4.

Somando-se dois números que não são múltiplos de 4, não se pode saber se o resultado será múltiplo de 4 ou não.

Page 46: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Estender a análise à números maiores

148 242 538 624 724

Page 47: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

100 é múltiplo de 4 Um múltiplo de 100 é múltiplo de 4 Um número de três cifras é um múltiplo de

100 mais o número que formam as duas últimas cifras

Page 48: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

A necessidade de explicar deixa “próximo” problemas que parecem distantes quando não se produzem explicações.

Page 49: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Quando se analisam os critérios de divisibilidade por 3 Enfrentam problemas, Concebem diferentes formas de abordá-los e

discute ao redor das mesmas, Geram novos problemas a partir das resoluções

colocadas, Se perguntam pelo alcance das relações produzidas

e as vinculam com outras já elaboradas, Exploram, formulam conjeturas, deduzem, explicam,

aceitam argumentos ou se opõem a eles apoiando-se em suas próprias fundamentações….

Page 50: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Professora: Já faz tempo que estamos trabalhando com frações. As frações são números?

Primeiros comentários de alguns alunos:

Ezequiel: Es un número fraccionario.Ian: 1/5 no es un número.Karen: 1/5 son dos números, 1 y 5.Galia: Si tengo 1/5 es una parte del chocolate.Matías: uno es un número pero… ¿quinto?Otro: 5 es un número pero 1/5 no, porque el chocolate

es 1.

Page 51: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Professora: Alguns pensam que as frações são números e outros pensam que não. Cada um vai discutir com um colega de mesa.

Eu vou repartir estes papeizinhos: os que pensam que as frações são números vão anotar “sim” no papelzinho, os que opinam que as frações não são números, vão anotar “não”. Depois vão pensar o que diriam aos demais para convencer-lhes do que pensam.

Os que pensam que sim, terão que convencer os que pensam que as frações não são números e os que pensam que não, também vão ter que convencer aos demais de sua posição.

Vocês sabem que isto não pode ser dito votando, vamos ter que dar explicações para chegar a alguma conclusão.

Page 52: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Sim

Ezequiel: Los chocolates o son números pero cuando dividís 5:3 vos no ponés el dibujo, ponés un número. Por algo se llama número fraccionario.

Aluno: Porque indica una cantidad. Aluna: Porque se pueden sumar.

Page 53: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Não

Julián - Shirly: el numerador es un número pero el denominador, no. Si digo 2/5, quintos no es un número es la parte en que lo vas a dividir. Pero todo es un número.

Ian: no son números porque las fracciones se pueden expresar de diferentes maneras pero los números, no. Por ejemplo, ½ =2/4 = 3/6, pero con 1, 2, 3, no pasa lo mismo, 2 es 2 y no se puede escribir de otra manera.

Jony- Brenda: 2 es un número y son 2 enteros y 2 enteros no es una fracción.

Martín: ½ podrían ser muchos números, hay muchas formas de escribirlo.

Ian: 1/12 no puede ser un número.

Page 54: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

As vezes

Em alguns casos é uma fração: 3/3, 5/5 é um número é o 1.

Em outros casos 2/5, ¾, não é um número porque não é um número inteiro.

Sebi: Segundo… 3 é um número, quinto não. 3/5 não é.

Kathy: quinto é um número: 1º, 2º, 3º 4º, 5º...

Page 55: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Karen: Ian dice que 2 no se puede escribir de otra manera pero 2 también puede escribirse como 1+1, 4-2,.

Professora: ¿están de acuerdo en que 1 + 1 es una forma de expresar el 2?

Aluno: 1+1 es una operación, no es un número Professora: ¿pero si yo te dijera que te doy 1+1

caramelos, vos me entenderías? Ya sé que no es muy usual, pero de todos modos, me entenderías?

Aluno: Yo sí, pero un chico de primer grado, no. Professora: pero vos, sí.

Page 56: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Aluno: ¼ no es un número pero es una parte de un número.

Kathy: el chocolate es para guiarnos pero la resolución es un número.

Galia: No es un número, es una parte de algo.

Page 57: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Professora: vou explicar algumas coisas. Vocês diziam que as frações podem expressar-se de diferentes maneiras e alguns disseram que o mesmo acontece com os números naturais.

Quando vocês dizem que 2 pode se expressar como 1+1 ou 4-2 estão dizendo que algo expressado como operação também pode ser pensado como um número.

Nestas somas tem uma operação, o que acontece com ½? ½ ou 2/4 surgem também de uma operação.

Quando começamos a trabalhar com frações, fazemos problemas de distribuição de chocolate. Por exemplo, para distribuir 5 chocolates entre 2 crianças, dissemos:

Page 58: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Tem 2 chocolates para cada um e sobra 1. O chocolate que sobra o distribuem entre 2 e a cada um lhe dão ½. ½ representa uma quantidade que é o resultado de uma divisão, de uma distribuição.

A fração ½ é uma operação, 1 dividido 2, mas também é um número, porque indica uma quantidade. Em um caso como o de 5 dividido por 2, necessitamos das frações para indicar a quantidade que corresponde a cada um, os número naturais não me alcançam, por isso inventamos outros números.

Com as frações acontecem coisas diferentes que com os número naturais.

Page 59: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

São números porque indicam uma quantidade: pode-se somar, subtrair, ordenar. São números que têm características diferentes dos números que conheciam antes de aprender frações, mas sim, são números.

Page 60: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Comparar problemas de soma e de multiplicação

Resolvam os seguintes problemas e anotem os cálculos que fizeram:

Page 61: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

a) Maria tem um álbum de figurinhas. Em cada página vão 5 figurinhas. Maria tem 4 páginas completas. Quantas figurinhas têm?

b) Maria ganhou das amigas as figurinhas que sobraram do álbum delas. Leila lhe deu 3, Eva lhe deu 5 e Camila lhe deu 7. Quantas figurinhas novas tem Maria?

c) No supermercado, Marcela gastou R$ 8 em carne, R$ 4 em leite, R$ 2 em pão e R$ 1 em sabão. Quanto gastou?

e) Pedro comprou no supermercado 6 caixas de bombons iguais. Cada caixa tem 4 bombons. Quantos bombons comprou Pedro?

f) Lúcia comprou duas caixas de bombons, mas de diferentes marcas. Uma caixa tem 8 bombons e a outra 10. Quantos bombons comprou Lúcia?

Page 62: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Em alguns dos problemas anteriores soma-se sempre o mesmo número e em outros não. Já vimos que quando soma-se o mesmo número, o cálculo pode ser escrito em forma de multiplicação.

Em quais dos problemas anteriores o cálculo pode ser escrito como uma multiplicação? Anotem as multiplicações correspondentes a cada um desses casos.

Page 63: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Armamos uma lista de conteúdos para a valoração

Queremos dizer, como conclusão do trabalho, sobre o inverso multiplicativo que no conjunto dos números racionais não têm sentido que existam tabuadas ou que se fale de múltiplos e divisores, já que se pode “viajar” multiplicando de um número qualquer a outro qualquer.

Page 64: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

A produção de explicações e a inclusão educativaO aluno

acede à natureza do trabalho matemático é participante ativo do projeto no qual está

envolvido é considerado um interlocutor intelectual é depositário de confiança

Page 65: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Não se trata apenas de ensinar os rudimentos de uma técnica, nem sequer os fundamentos de uma cultura científica; as matemáticas neste nível são o primeiro domínio no qual as crianças podem aprender os rudimentos da gestão individual e social da verdade. Aprendem nele – ou deveriam aprender nele- não apenas os fundamentos de sua atividade cognitiva, mas também as regras sociais do debate e da tomada de decisões pertinentes:

Page 66: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Como convencer respeitando ao interlocutor; como deixar-se convencer contra seu desejo ou seu interesse; como renunciar à autoridade, à sedução, à retórica, à forma, para compartilhar o que será uma verdade comum; de que depende o uso que os outros fazem de seus conhecimentos e da maneira em que se tratam esses problemas de verdade (…).

Page 67: EXPLICAÇÃO DE AULA DE MATEMÁTICA

Sou daqueles que pensam que a educação matemática é necessária para a cultura de uma sociedade que quer ser uma democracia.

O ensinamento da matemática não tem o monopólio nem do pensamento racional nem da lógica nem de nenhuma verdade intelectual, mas é um lugar privilegiado para seu desenvolvimento precoce.

Guy Brousseau (1990)