experimento 1 - estudo da cinemática com colchão de ar
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7/28/2019 Experimento 1 - Estudo da cinemtica com colcho de ar
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPRITO SANTO
Ceunes Centro Universitrio Norte do Esprito Santo
DCN Departamento de Cincias Naturais
Experimento 1: Estudo de cinemtica utilizando colcho dear
Leandro Neres Maciel
Lucas Tonette Teixeira
Miguel ngelo Popik Costa
Laboratrio de Fsica Experimental
Prof Andr Luis Alves
So Mateus ES, 25 de fevereiro de 2013.
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INTRODUO
O posicionamento de um determinado corpo, de forma resumida, definido por umgrfico da posio x em funo do tempo t (grfico x(t)). Ou pode ser representado pela
frmula a seguir:
Eq. 1
A Eq. 1 a descrio de um corpo com velocidade constante e que tambm pode serescrita em funo da velocidade e da posio inicial. Essa outra forma de representao representado pela Eq. 2, abaixo:
Eq. 2As equaes exibidas acima so para um movimento que no possui uma acelerao
envolvida. Porm no mundo real necessrio que haja uma acelerao para um corpocontinuar seu movimento, devido a inmeros termos que retardam o movimento do corpo.Logo, para um corpo que possui uma acelerao especfica, utiliza-se a Eq. 3 ou Eq. 4:
Eq. 3
Eq. 4
Quando se trata de movimento utilizando uma rampa inclinada (acelerao utilizada amesma da acelerao gravidade) para uma velocidade inicial igual a zero, a Eq. 4 se torna:
Eq. 5
Em que o ngulo a inclinao da rampa.
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OBJETIVOS
Reconhecer o movimento retilneo uniforme (MRU) e o uniformemente variado (MRUV); Obter a velocidade mdia de um corpo em movimento retilneo de translao a partir do
grfico de distncia percorrida (x) versus tempo gasto (t); Obter a acelerao mdia de um corpo em movimento retilneo de translao a partir
do grfico da variao da velocidade (v) com o tempo gasto (t);
Entender a diferena experimental entre medidas instantneas e mdias;
Fornecer a equao relacionando distncia com tempo para um mvel em MRU e umem MRUV.
MATERIAIS UTILIZADOS
01 colcho de ar com articulador dianteiro e espera traseira para pequenas inclinaescom elevao atravs de fuso milimtrico;
01 carro m e haste ativadora na cabeceira direita e mola com suporte M3 nacabeceira esquerda;
02 massas acoplveis de 0,5 N;
01 computador para ser utilizado como cronmetro digital;
02 sensores fotoeltricos.
DADOS EXPERIMENTAIS, CLCULO E ANLISE DE DADOS
Primeira parte: Movimento com velocidade constante
Foram realizados vrios disparos, para diferentes distncias entre os sensoresfotoeltricos e se obteve os valores de tempo, que esto apresentados na Tabela 1, com otempo medido em segundos (s).
Utilizando a Eq. 1 foi possvel que a velocidade do corpo fosse determinada. Os valoresde velocidade foram calculados para cada valor de distncia percorrida (com desvio de 2mm). Posteriormente ir compar-la com os valores obtidos pelo grfico de distncia percorridaversus tempo gasto (grfico x(t)). Velocidades mostradas na Tabela 2. O exemplo abaixomostra como foi calculado os valores de velocidade:
Para x = 100 2 mm e t = 0,377 0,005:
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Tabela 1: Tempo medido para uma determinada distncia percorrida para movimento uniforme
Variaoda
distncia(mm)
Tempo 1 Tempo 2 Tempo 3 Tempo 4 Tempo 5 Mdia Desvio
50 0,188 0,188 0,191 0,187 0,188 0,188 0,002
100 0,374 0,375 0,380 0,372 0,385 0,377 0,005
150 0,562 0,557 0,572 0,561 0,562 0,563 0,006
200 0,755 0,750 0,746 0,743 0,751 0,749 0,005
250 0,944 0,936 0,939 0,935 0,940 0,939 0,004
300 1,136 1,130 1,124 1,129 1,126 1,129 0,005
350 1,308 1,312 1,315 1,312 1,309 1,311 0,003
400 1,493 1,488 1,505 1,497 1,485 1,494 0,009
450 1,738 1,723 1,673 1,701 1,868 1,70 0,03
500 1,890 1,903 1,870 1,879 1,930 1,89 0,02
550 2,089 2,104 2,100 2,093 2,079 2,09 0,01
600 2,322 2,258 2,252 2,261 2,290 2,28 0,03
Tabela 2: Velocidade para os diferentes valores de distncia percorrida e tempo medido
Variao dadistncia (mm)
Tempo mdio (s) Velocidade (mm/s) Desvio
50 0,188 0,002 266 8100 0,377 0,005 265 2
150 0,563 0,006 266,4 0,7
200 0,749 0,005 267,0 0,9
250 0,939 0,004 266 1
300 1,129 0,005 265,72 0,6
350 1,311 0,003 267,0 0,9
400 1,494 0,009 267,7 0,3
450 1,70 0,03 265 3
500 1,89 0,02 265 2
550 2,09 0,01 263,2 0,3
600 2,28 0,03 263 3
Para os valores de velocidade mostrados acima, todos no possuem acelerao, logo uma mdia das velocidades significa a que velocidade o carrinho lanado a partir acionadordo colcho de ar. A mdia das velocidades da tabela 2 v = 266 1 mm/s.
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Dado o Grfico 1, mostrado em anexo, a equao da reta de x=(0,264 0,002)t +(0,003 0,003), em que o valor da constante a dada em metros. Portanto, os valores obtidosforam prximos, dando ento uma boa aproximao do valor mdio, que dado pelos pontosobtidos durante o experimento.
Segunda Parte: Movimento uniformemente acelerado
Para o experimento o articulador dianteiro do colcho de ar foi substitudo por umpedao de metal de forma que a bobina passasse a atrair o carrinho e o mantivesse emrepouso, j que tambm se inclinou a rampa em uma angulao de 10,0 0,5. Dois pesos de0,520 N cada foram pesados com um dinammetro com incerteza 0,005 N e fixados no carinhopara equilibra-lo sobre o a rampa. O atrito considerado desprezvel devido ao mnimo contatoexistente entre o carrinho e o trilho devido a corrente de ar. A Figura 1 apresenta o diagramade corpo livre para o sistema em questo.
Figura 1: Diagrama de corpo livre para o sistema de colcho de ar
Da mesma forma que na parte anterior do experimento, o tempo foi medido 5 vezespara cada distncia x e calculada a sua mdia e o desvio padro. A Tabela 3 apresenta osvalores obtidos.
Tabela 3: Mdia do tempo para o deslocamento do carrinho
Distncia(mm)
Tempo 1(s)
Tempo 2(s)
Tempo 3(s)
Tempo 4(s)
Tempo 5(s)
Mdia (s) Desvio
50 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 0,1 0,0
75 0,141 0,143 0,143 0,142 0,142 0,1422 0,0008
100 0,179 0,177 0,183 0,178 0,179 0,1792 0,002
150 0,243 0,243 0,243 0,242 0,244 0,243 0,001
175 0,271 0,272 0,272 0,273 0,271 0,2718 0,0008
200 0,299 0,300 0,300 0,300 0,298 0,2994 0,0009
250 0,352 0,352 0,352 0,352 0,353 0,3522 0,0004
275 0,376 0,375 0,374 0,375 0,375 0,375 0,001
300 0,402 0,398 0,409 0,399 0,398 0,401 0,005
350 0,442 0,442 0,442 0,441 0,442 0,4418 0,0004
375 0,464 0,463 0,463 0,462 0,462 0,4628 0,0008400 0,483 0,483 0,483 0,483 0,482 0,4828 0,0004
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450 0,522 0,523 0,522 0,523 0,522 0,5224 0,0005
475 0,541 0,541 0,554 0,541 0,541 0,544 0,006
500 0,560 0,559 0,561 0,559 0,559 0,5596 0,0009
550 0,594 0,593 0,595 0,594 0,594 0,594 0,001
600 0,628 0,630 0,631 0,629 0,628 0,629 0,001
A partir das Eq. 3 e 4 apresentadas, determinou-se a velocidade instantnea do final dopercurso supondo desconhecida a acelerao da gravidade g, e assim a acelerao docarrinho a. Para tal, usou-se lgebra para encontrar a acelerao do carrinho em funo dotempo te da distnciax.
Substituindo na Eq. 3:
Eq. 6
Esta equao ento usada para o calculo das velocidades instantneas, comoapresentado no exemplo adiante.
Para x = 100 2mm,t = 0 ,179 0,002:
| ( )|
mm/sA Tabela 4 abaixo apresenta os valores calculados e suas incertezas:
Tabela 4: Velocidade instantnea no final do percurso
Distnciapercorrida (mm)
VelocidadeInstantnea
(mm/s)Desvio
50 1,00 0,01
75 1,055 0,001100 1,116 0,009
150 1,235 0,001
175 1,2877 0,0003
200 1,336 0,001
250 1,420 0,001
275 1,4667 0,0001
300 1,50 0,01
350 1,584 0,001
375 1,621 0,001
400 1,657 0,001
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450 1,723 0,000
475 1,75 0,02
500 1,787 0,001
550 1,852 0,001
600 1,907 0,002
Como esperado, a velocidade aumentou com o aumento do percurso do carrinho, masestes no so os valores adequados para as velocidades, visto que a velocidade inicial foiconsiderada igual a zero, v0 = 0, o que acarreta em erros pela dependncia existente entreeles, que pode ser vista pela Eq. 4. Este fato tambm acarreta erros na determinao daacelerao do carro, visto que pela Eq. 5 este tambm dependente de v0.
Fazendo uso do diagrama de corpo livre da Figura 1 verifica-se a relao entre aacelerao da gravidade e a acelerao do carrinho num plano inclinado.
Eq. 7
A partir do valor da inclinao 1,8 0,1 do Grfico 2, que igual a acelerao docarrinho, obtm-se a acelerao da gravidade.
Onde:
Verifica-se ento que a acelerao da gravidade calculada se aproxima do valor real g= 9,80665 m/s
2segundo Young e Freedman/ Fsica I 12 Ed 2008.
Alguns erros estiveram presentes na execuo do experimento. Os mais significativosnesse caso foram a desconsiderao da velocidade inicial e as vibraes que ocorriam nosistema, sendo esta ltima ocasionada principalmente pela parada brusca do carrinho emmovimento, que foi diminuda aguardando-se o cessar das vibraes em cada medio de
tempo.
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CONCLUSO
A partir dos experimentos realizados e dos resultados obtidos, a possvel comparaorealizada entre os valores calculados foi que os mesmos tm uma boa aproximao. Issoocorreu por ter-se utilizado um sistema de computador para medio do tempo, ou seja, por terutilizado o sistema de sensores fotoeltricos, fazendo com que o erro humano seja minimizado.Como o grfico elimina todas as possibilidades de erro externo, o valor do coeficiente angular mais preciso do que o valor da mdia das velocidades pontuais.
Porm, para o valor de acelerao calculado, o que pode ter causado o erro foi adesconsiderao da velocidade inicial e as vibraes que ocorreram no sistema de colcho dear, fazendo com que houvesse atrito entre o corpo e a superfcie (como citado anteriormente).
Portanto, como mostrado durante relatrio, com a utilizao do colcho de ar, o atrito diminudo ao mximo, porm, por alguma perturbao externa, pode causar um pequeno atritono sistema, fazendo com que os resultados sejam prximos, ou at mais distante do valoresperado.
Como a acelerao nos dois casos foram constantes (valor de acelerao igual a zerocontinua sendo constate) possvel determinar a acelerao nos dois casos, pois no primeirocaso, no houve mudana de velocidade, ou seja, a velocidade era constante, logo aacelerao nula. J para o segundo caso, houve uma variao na velocidade, sendo que aacelerao atuante a da gravidade (pois no houve outro tipo de acelerao atuando nocorpo) que foi calculado durante o experimento.
BIBLIOGRAFIA
TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Fsica para Cientistas e Engenheiros. v. 1. 5. ed. Rio deJaneiro, RJ: Livros Tcnicos e Cientficos, 2006. 840 p
Fsica 1/ Young e Freedman 12. Ed So Paulo: Addison Wesley, 2008. HALLIDAY/RESNICK, Fundamentos de fsica, Volume 1, 8 edio, Rio de Janeiro, RJ:
Livros Tcnicos e Cientficos, 2007.