experiência, modernidade e campo dos media_adr

7/24/2019 Experincia, Modernidade e Campo Dos Media_adr

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es'a+o 'ri"ado da "ida dom0s&ica com'or&a dimens es '6.licas 'ol3&ica, econ(mica,religiosa*


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A AUTONO;I[AO DO :A; O DOS ; DIA

Introdu'0o

:omo "imos, logo na 'rimeira 'ar&e, s o os dis'osi&i"os de media+ o !uedelimi&am os o.$ec&os da 'erce'+ o e da sensa+ o !ue in&egram o ;undo "i"ido* Noen&an&o, s( na modernidade &ardia esses dis'osi&i"os se 'ro.lema&i am, au&onomi ando-se num cam'o 'r('rio* n!uan&o a e 'eri2ncia &radicional se alimen&a da amn0sia daar.i&rariedade ou do es!uecimen&o na&urali an&e dos !uadros da e 'eri2ncia )ormados 'elos dis'osi&i"os de 'erce'+ o do mundo, a e 'eri2ncia moderna 'rocede daau&onomi a+ o desses dis'osi&i"os e da ins&i&ui+ o de um cam'o do&ado de legi&imidade

'ara su'erin&ender / e 'eri2ncia de media+ o, ins&i&ui+ o a !ue dou o nome decampodos media* O 'rocesso de au&onomi a+ o do cam'o dos media d%-se, 'or conseguin&e,na se!u2ncia do acesso / consci2ncia re)le i"a moderna !ue es&% na origem dains&aura+ o do 'ro$ec&o de descons&ru+ o e de 'ro.lema&i a+ o dos !uadros do sen&idoda e 'eri2ncia*

odemos $% an&e"er no #todo de Descar&es uma das mani)es&a+ es des&e 'rocesso re)le i"o e 'ro.lema&i ande de descons&ru+ o, a 'ar&ir da cr3&ica da e 'erienciaes'on&4nea, o.$ec&o da sus'ei&a de )undar uma rela+ o enganadora e )alaciosa aomundo* H 'or isso !ue o ;0&odo deri"a de uma "on&ade, 'ro)undamen&e moderna, de)undar uma e 'eri2ncia uni"ersalmen&e "%lida, inde'enden&e n o s( do enrai amen&o nae 'eri2ncia &radicional de uma cul&ura 'ar&icular, mas so.re&udo dos mecanismosenganadores da 'erce'+ o sensorial* nce&ado no s0culo FVII, es&e 'rocessodescons&ru&or da e 'eri2ncia nunca mais cessaria de ser a'ro)undado 'ela re)le o)ilos()ica dos 6l&imos &r2s s0culos, ca"ando-se, 'or conseguin&e, cada "e mais 'ro)undamen&e o #ia&o in&rans'on3"el en&re a realidade em si e a e 'eri2ncia )enomenal*

A consuma+ o da au&onomi a+ o do cam'o dos media s( "ir%, no en&an&o, aocorrer com o ad"en&o da modernidade &ardia, no &ermo da )ragmen&a+ o dos cam'ossociais !ue surgiram com a 'rimeira modernidade* H s( na segunda me&ade do s0culoFF !ue se coloca a !ues& o da com'a&i.ili a+ o da legi&imidade de cada um doscam'os sociais com a dos res&an&es cam'os*

O cam'o dos media n o se limi&a, no en&an&o, a su'erin&ender / media+ o dosdi)eren&es dom3nios da e 'eri2ncia e dos di)eren&es cam'os sociais*


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se ismo, o a.or&o, a ecologia, 'ara as !uais nen#um dos cam'os de&0m legi&imidadeindiscu&3"el nem consegue encon&rar solu+ es consensuais e im' -las ao con$un&o dasociedade* S o dora"an&e es&as no"as !ues& es !ue ir o mo.ili ar o de.a&e '6.lico !ueo cam'o dos media se encarrega de 'romo"er e 'u.lici&ar*


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'ara o con"encimen&o e a mo.ili a+ o em &orno dos "alores e das regras !ue o cam'odos media se encarrega de criar, 'romo"er e im'or ao con$un&o da sociedade* ;as, 'or ou&ro lado, o cam'o dos media gere os dis'osi&i"os de 'erce'+ o da realidade econs&i&ui, des&e modo, a 'r('ria e 'eri2ncia do mundo moderno, assegurando a sua 'erce'+ o 'ara al0m das )ron&eiras !ue delimi&am o mundo "i"ido das comunidades&radicionais*

A au&onomi a+ o do cam'o dos media seria, no en&an&o, im'oss3"el sem acons&i&ui+ o do 'aradigma ci.ern0&ico no &ermo de au&onomi a+ o do cam'o cien&3)ico*H a emerg2ncia da ci.ern0&ica como no"o 'aradigma cien&3)ico, na modernidade &ardia,!ue au&onomi a e)ec&i"amen&e os dis'osi&i"os de media+ o, ao con)erir-l#es o es&a&u&ode o.$ec&o de !ues&ionamen&o cien&3)ico e ao consider%-los o.$ec&o de in&er"en+ o&0cnica*?7

s&as ra es l(gicas e es&ra&0gicas da emerg2ncia do cam'o dos media ser omel#or com'reendidas se &i"ermos em con&a a sua 'r('ria na&ure a*

A nature/a do %am#o dos media

O cam'o dos media 0 a ins&i&ui+ o !ue 'ossui a com'e&2ncia leg3&ima 'ara criar,im'or, man&er, sancionar e res&a.elecer a #ierar!uia de "alores assim como o con$un&o

de regras ade!uadas ao res'ei&o desses "alores, no cam'o es'ec3)ico da media+ o en&reos di)eren&es dom3nios da e 'eri2ncia so.re os !uais su'erin&endem, como "imos, namodernidade, os di)eren&es cam'os sociais*

O &ermo media u&ili ado 'ara es'eci)icar a na&ure a des&e cam'o 'res&a-se aalguns e!u3"ocos* Wenerali ou-se o uso do &ermo la&inomedium, no singular, oumedia,no 'lural, 'ara designar o con$un&o da im'rensa escri&a, da radiodi)us o e da &ele"is o* N o 0 nes&e sen&ido !ue u&ili o es&e &ermo na e 'ress ocampo dos media* Tra&a-se an&es

de uma no+ o a.s&rac&a !ue u&ili o 'ara designar a ins&i&ui+ o, !ue se au&onomi a, namodernidade &ardia, !ue 0 do&ada de legi&imidade 'ara su'erin&ender / ges& o dosdis'osi&i"os de media+ o da e 'eri2ncia e dos di)eren&es cam'os sociais* Dom3nios dae 'eri2ncia como os da moda, da 'u.licidade, domanagement , das rela+ es '6.licas,das redes &elem%&icas, &al como os $% mencionados sec&ores $ornal3s&icos, 'ar&il#amo."iamen&e es&a carac&er3s&ica* ;as nem &odo o )uncionamen&o des&es sec&ores 'er&ence26 Gcerca $es(a rela


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ao cam'o dos media nem o cam'o dos media se res&ringe ao )uncionamen&o des&essec&ores* Assim, 'or e em'lo, a adminis&ra+ o de uma em'resa $ornal3s&ica, em.ora 'er&en+a o."iamen&e ao sec&or $ornal3s&ico, n o )a 'ar&e do cam'o dos media* or seulado, os dis'osi&i"os de microsco'ia elec&r(nica ou as redes &elem%&icas, 'or e em'lo,em.ora n o )a+am 'ar&e do dom3nio $ornal3s&ico, s o dis'osi&i"os in&imamen&eassociados ao cam'o dos media, na medida em !ue au&onomi am &ecnicamen&e a nossa 'erce'+ o do mundo em rela+ o aos dis'osi&i"os na&urais de 'erce'+ o*

A emerg2ncia do cam'o dos media s( ocorreu na segunda me&ade do s0culo FFe a sua consuma+ o a'enas "iria a correr e)ec&i"amen&e a 'ar&ir dos meados dos anos @5,al&ura em !ue o nosso 'lane&a )ica com'le&amen&e co.er&o 'elos sa&0li&es de&elecomunica+ es e em !ue s o im'lan&ados os dis'osi&i"os &0cnicos da &elem%&ica !uees& o na origem das ac&uais redes da in)orma+ o medi%&ica* H a 'ar&ir dessa al&ura !ueassis&imos e)ec&i"amen&e / au&onomi a+ o de um dom3nio es'ec3)ico des&inado /cria+ o e / ges& o dos dis'osi&i"os da in)orma+ o medi%&ica*

As &un'!es do %am#o medi-ti%o

No cam'o dos media, as )un+ es discursi"as 'redominam so.re as )un+ es 'ragm%&icas* odemos inclusi"amen&e di er !ue 0 a ges& o dos discursos !ue carac&eri a

a sua na&ure a* ;as o discurso n o se limi&a, no cam'o dos media, a e 'ressar os"alores e as regras de com'or&amen&o !ue cria e im' e assume uma )un+ oeminen&emen&e 'ragm%&ica, na medida em !ue a sua 'r%&ica dominan&e consis&e numcon$un&o de ac&os de linguagem* !ui"ale, 'or isso, a um )a er, a uma in&er"en+ odo&ada de e)ei&os !ue se re'ercu&em so.re o con$un&o dos ou&ros dom3nios dae 'eri2ncia e so.re os cam'os sociais !ue e ercem so.re eles o seu dom3niocom'e&en&e*?

O e)ei&o mais no&%"el !ue o cam'o dos media e erce so.re a nossa e 'eri2nciado mundo 0 o c#amadoefeito de realidade, o )ac&o de a realidade &ender 'ara oresul&ado do )uncionamen&o dos dis'osi&i"os de media+ o, au&onomi ando-se emrela+ o / 'erce'+ o imedia&a do mundo e so.re'ondo-se / 'erce'+ o es'on&4nea dosnossos (rg os sensoriais*

Do e)ei&o de realidade decorre o e)ei&o de simula+ o ou a 'er)orma&i"idade dosdis'osi&i"os medi%&icos, a sua ca'acidade 'ara an&eci'ar, modelar e su.s&i&uir o real*

27 Ko#re os ac(os $e lin-ua-e! ver so#re(u$o /o4n "an-s4aM Gus(in, Ho5to 2o Things 5ith 6ords , H>for$, Claren(on &ress, 1962, e /o4n . Kearle,Speech .cts , Ca!#ri$-e Lniv. &ress, 1969.


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Des&e 'on&o de "is&a, o cam'o dos media consuma a na&ure a or&0sica e 'ro&0sica da&ecnicidade moderna, ao do&ar-nos de dis'osi&i"os !ue su.s&i&uem o )uncionamen&o e os(rg os sensoriais de 'erce'+ o da realidade*

A +egitimidade do %am#o dos mediaO cam'o dos media n o gere 'ro'riamen&e um dom3nio da e 'eri2ncia

es'ec3)ico, mas um dom3nio cons&i&u3do 'or uma 'ar&e dos dom3nios da e 'eri2ncia !ueos res&an&es cam'os sociais nele delegam* H 'or isso !ue di emos !ue o cam'o dosmedia 'ossui uma legi&imidade de na&ure a delegada ou "ic%ria*

A 'ar&e !ue os res&an&es cam'os sociais delegam no cam'o dos media 0 uma 'ar&e da sua )un+ o discursi"a ou e 'ressi"a e cons&i&ui o dom3nio '6.lico ou e o&0rico

da sua com'e&2ncia* H 'or isso !ue o cam'o dos media 0, ao mesmo &em'o, cons&i&ui e 0cons&i&u3do 'elo '6.lico, ins&4ncia !ue 0 con&em'or4nea da sua 'r('ria )orma+ o*

Os cam'os sociais seleccionam, de en&re as di)eren&es )ormas de e 'ress o dasua legi&imidade, a!uela !ue 0 des&inada ao '6.lico, reser"ando no en&an&o 'ara si ae 'ress o es'eciali ada e eso&0rica* H 'or isso !ue, / medida !ue o cam'o dos media seau&onomi a, cada um dos ou&ros cam'os &ende a 'ro)issionali ar um cor'o 'r('rioencarregado de assegurar es&a )un+ o de media+ o, encarregado so.re&udo de redigir

releases ou comunicados des&inados ao '6.lico* Assis&imos assim ao a'arecimen&o dega.ine&es de im'rensa, de ser"i+os de rela+ es '6.licas, de 'ro)issionais emmar$eting ,!ue se encarregam des&a )un+ o de 'u.licidade*

O sistema de san'!es do %am#o dos media

Ao con&r%rio dos ou&ros cam'os sociais, !ue &2m / sua dis'osi+ o sis&emasmorais e )3sicos de sanc es !ue a'licam aos 're"aricadores da sua ordem de "alores edas suas regras de com'or&amen&o, o cam'o dos media &em / sua dis'osi+ o a 'ri"a+ oda 'u.licidade 'ara os !ue n o se su$ei&am / sua ordem de "alores de media+ o e n ocum'rem as regras do seu discurso*

O e)ei&o mais no&(rio des&e sis&ema de san+ es 0 o da 'ri"a+ o de "isi.ilidade '6.lica, com a conse!uen&e 'erca da e is&2ncia social das suas "3&imas* H 'or isso !uecada "e mais a realidade se con)unde com a!uilo !ue 0 media&i ado 'elo cam'o dosmedia*


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Regu+aridade e regimes de &un%ionamento do %am#o dos media

Ao con&r%rio da na&ure a in&ermi&en&e do )uncionamen&o dos res&an&es cam'ossociais, o cam'o dos media )unciona de maneira con&3nua, &endendo a con)undir-se com

o 'r('rio 'ulsar da "ida social* A mo.ili a+ o do con$un&o da sociedade 'ara o res'ei&odos seus "alores e das suas regras de )uncionamen&o 0, 'or isso, cons&an&e, n o e igindo 'rocessos 'ar&iculares de inculca+ o*

O seu )uncionamen&o n o o.edece, no en&an&o, a um regime cons&an&e, masa'resen&a al&era+ es signi)ica&i"as* De uma maneira geral, o regime de acelera+ o docam'o dos media acelera-se !uando a sua ordem de "alores corre o risco de ser 'os&aem causa, !uando as suas regras de )uncionamen&o s o "ioladas ou !uando se assis&e aoe acer.amen&o da &ens o nas suas rela+ es com ou&ros cam'os sociais* :omo e em'losdes&e e acer.amen&o re)iram-se as !ues& es recen&emen&e susci&adas 'elas rela+ es docam'o dos media com o cam'o $ur3dico a 'ro'(si&o da re"ela+ o de elemen&os de 'rocessos n o &ransi&ados em $ulgado, da di"ulga+ o dos nomes de r0us an&es da suacondena+ o 'elos &ri.unais, da re"ela+ o das )on&es*

A simb(+i%a do %am#o dos media

O )ac&o de se &ra&ar de um cam'o des&inado a assegurar a media+ o en&re os

di)eren&es cam'os sociais de&ermina a na&ure a in)ormal da sua sim.(lica* Des&e modo,os mem.ros do seu cor'o social &endem a mani)es&ar a sua 'er&en+a ao cam'o a&ra"0sdo a'agamen&o sis&em%&ico de !uais!uer marcas dis&in&i"as e ol#ar com descon)ian+a&odas as mani)es&a+ es !ue deno&em 'u.licamen&e lugares di)erenciados na #ierar!uiado cam'o*

s&a na&ure a in)ormal da sim.(lica do cam'o dos media 0 um )ac&or im'or&an&ede e!u3"ocos das rela+ es en&re mem.ros do cor'o social do cam'o dos media e

mem.ros dos cor'os sociais de cam'os !ue 'ossuem sim.(licas )ormais clero,magis&rados, 'ro)essores, mili&aresC* ;as 0 igualmen&e um dos )ac&ores !ue es&% naorigem da am.i"al2ncia "i"ida no decurso dos 'rocessos de moderni a+ o dos cam'ossociais !ue 'ossuem uma sim.(lica )ormal* ssa moderni a+ o 0 encarada, 'or umlado, como a.andono de marcas )ormais dis&in&i"as, indis'ens%"el / sua im'osi+ o nummundo seculari ado, mas, 'or ou&ro lado, como 'erca da sua in"isi.ilidade '6.lica, daconse!uen&e a)irma+ o e recon#ecimen&o da sua legi&imidade 'or 'ar&e do '6.lico*


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O %or#o so%ia+ e o sistema de a%redita'0o do %am#o dos media

Uma das !ues& es mais con&ro"ersas do cam'o dos media 0 a do sis&ema deacredi&a+ o do seu cor'o social* Vimos !ue 'ara a au&onomi a+ o e ins&i&ucionali a+ o

dos cam'os sociais con&ri.u3u de maneira decisi"a o a'arecimen&o de no"os 'ocessos deacredi&a+ o do sa.er* O a'arecimen&o da )igura do es'ecialis&a, acredi&ado com odi'loma uni"ersi&%rio, re'resen&ou um 'a'el )undamen&al na au&onomi a+ o dos cam'ossociais !ue emergiram com a 'rimeira modernidade* Re'resen&aram, de algum modo,uma ru'&ura 'ara com a na&ure a da legi&imidade da e 'eri2ncia &radicional, #erdeira deuma sa.edoria ances&ral, ad!uirida a&ra"0s do con"3"io com um mes&re de !uemad!uirira a com'e&2ncia !ue guarda"a como um segredo*

O cor'o social 'r('rio ao cam'o dos media, 'or seu lado, encara de maneira 'ar&icularmen&e am.i"alen&e o di'loma uni"ersi&%rio como ins&rumen&o de acredi&a+ oda sua com'e&2ncia* Sendo o dom3nio 'r('rio da sua com'e&2ncia leg3&ima o damedia+ o dos di)eren&es dom3nios da e 'eri2ncia e dos res&an&es cam'os sociais, &ende a 'os&ular a e ig2ncia de um sa.er in&erdisci'linar e a 'romo"er a ru'&ura em rela+ o /na&ure a disci'linar !ue carac&eri a a ci2ncia moderna*

Des&e modo, numa 0'oca em !ue os sa.eres a&ingiram um n3"el e &remamen&eele"ado de es'eciali a+ o, a sua legi&imidade 0 encarada de maneira 'ar&icularmen&eam.i"alen&e* or um lado, os sa.eres disci'linares &ornam-se cada "e mais inacess3"eisaos !ue !ue n o 'er&encem aos cor'os sociais es'eciali ados* O cor'o social do cam'odos media &ende assim a ser considerado com descon)ian+a 'or 'ar&e dos cor'os doscam'os sociais es'eciali ados, !ue o acusam de a&rai+oar a es'eci)icidade do seu sa.er sem're !ue os 'u.lici&am* ;as, 'or ou&ro lado, os cor'os acredi&ados dos cam'ossociais es'eciali ados 'recisam cada "e mais da 'u.lici&a+ o do seu sa.er, 'or 'ar&e docam'o dos media, 'ara assegurarem a "isi.ilidade da sua 'r('ria legi&imidade*

Assis&imos assim a uma rela+ o 'arado al, )ei&a de sedu+ o e de descon)ian+a,en&re, 'or um lado, os cam'o sociais es'eciali ados, e, 'or ou&ro lado, o cam'o dosmedia* H es&a rela+ o 'arado al !ue 'ermi&e com'reender a rela+ o am.i"alen&e do seucor'o social com a ins&i&ui+ o cien&3)ica* m.ora de'enda dela 'ara a sua acredi&a+ o,so. 'ena de regresso /s )ormas arcaicas e eso&0ricas 'r0-modernas, n o 'ode dei ar dedescon)iar da na&ure a es'eciali ada do cam'o cien&3)ico, so. 'ena de ' r em causa asua 'r('ria na&ure a in&erdisci'linar* N o admira, 'or isso, !ue )a+a de'ender o sis&ema

de acredi&a+ o do seu cor'o, ora da e 'eri2ncia es'on&4nea da!uilo !ue designa


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#a.i&ualmen&e 'or &arim.a, correndo os riscos do cor'ora&i"ismo &radicional, ora daa!uisi+ o de um di'loma uni"ersi&%rio, correndo os riscos da disci'linari a+ o do sa.er*

Con%+us0o

Wos&aria de concluir es&e &ra.al#o, mos&rando a es&rei&a rela+ o daau&onomi a+ o do cam'o dos media com a e 'eri2ncia, na era da modernidade &ardia*:omo &i"e ocasi o de mos&rar, o cam'o dos media desem'en#a )un+ es 'redominan&emen&e sim.(licas assegura, ao mesmo &em'o, o )uncionamen&o dosdis'osi&i"os de re'resen&a+ o e re)lec&e, como num es'el#o, os di)eren&es dom3nios dae 'eri2ncia*

H a na&ure a es'ecular e re'resen&a&i"a do seu )uncionamen&o !ue con)ere ao

cam'o dos media a es'eci)icidade da seu dom3nio 'r('rio de com'e&2ncia, o damedia+ o en&re os di)eren&es cam'os sociais, religando en&re si o mundo )ragmen&adomoderno*

H 'or!ue de'ende so.re&udo da enuncia+ o de um discurso 'r('rio, o discursomedi%&ico, !ue o desem'en#o des&a )un+ o sim.(lica, es'ecular e re'resen&a&i"a, !ue 0a e 'eri2ncia discursi"a, !ue aca.a 'or ser o dom3nio de com'e&2ncia es'ec3)ico dacam'o dos media*

O discurso medi%&ico 'ossui, al0m das carac&er3s&icas de !ual!uer ou&ramodalidade de discurso, um con$un&o de &ra+os dis&in&i"os !ue de)inem a sua na&ure a eo seu modo de )uncionamen&o e o dis&inguem dos ou&ros discursos* Vou a'enas re)erir dois con$un&os de carac&er3s&icas do discurso medi%&ico*

O 'rimeiro con$un&o &em a "er com as regras da enuncia+ o* Ao con&r%rio dosou&ros discursos, o discurso medi%&ico 0 an&es um discurso de na&ure a e o&0rico, is&o 0com'reens3"el inde'enden&emen&e da si&ua+ o in&erlocu&i"a 'ar&icular* H es&e 'rimeiro

&ra+o !ue assegura a rela+ o de media+ o en&re &odos os dom3nios da e 'eri2ncia e en&re&odos os cam'os sociais* Do 'on&o de "is&a )ormal, es&a carac&er3s&ica resul&a daa'lica+ o 'or 'ar&e do cor'o social 'r('rio do cam'o dos media de &odo um con$un&o deregras discursi"as* De en&re essas regras, merece 'ar&icular re)er2ncia / da su'ress o ou, 'elo menos, ou do uso redu ido ao m3nimo das marcas d3c&icas, is&o 0, do $ogo 'ronominal !ue re)ere os in&erlocu&ores, assim como o &em'o e o lugar da enuncia+ omedi%&ica* A es&a regra de elimina+ o das marcas d3c&icas dou o nome de 'rocesso deo.$ec&i"a+ o do discurso ou, se 're)erirmos, de a'agamen&o das marcas dasu.$ec&i"idade* Tra&a-se e"iden&emen&e de um 'rocesso es&ra&0gico !ue "isa criar as


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condi+ es sim.(licas de re'resen&a+ o e o&0rica da e 'eri2ncia do mundo, na medidaem !ue n o 0 'elo )ac&o de o locu&or n o di er 8eu !ue dei a de es&ar 'resen&e naenuncia+ o do seu discurso*

O segundo con$un&o de regras &em a "er com o $ogo re&(rico ou de )igura+ o dodiscurso* Ao con&r%rio dos ou&ros cam'os sociais, !ue 'rocuram na au&onomi a+ oconce'&ual e &erminol(gica a e)icacidade sim.(lica da sua 'r('ria au&onomi a+ o, odiscurso medi%&ico 'rocura na &rans'osi+ o conce'&ual e na me&a)ori a+ o&erminol(gica o e erc3cio da sua rela+ o es'ecular com os di)eren&es dom3nios dae 'eri2ncia e a e)icacidade sim.(lica da sua )un+ o de media+ o en&re os ou&ros cam'ossociais* Os e em'los mais no&%"eis des&es 'rocessos de me&a)ori a+ o encon&ram-se nos&3&ulos da im'rensa e nos discursos $ornal3s&icos, mas a&ingem um al&o n3"el decria&i"idade nos discursos 'u.lici&%rios, )ei&os de a'ro ima+ es ousadas e, 'or "e es, .ril#an&es de &erminologias origin%rias de cam'os sociais dis&in&os* Wuerril#a na .olsaJ, m'a&e nas sondagensJ, or&ugal a.re guerra da l3nguaJ, ;inis&roc#amuscadoJ s o alguns e em'los de 'rocessos de me&a)ori a+ o do discurso dosmedia*

s&as carac&er3s&icas enuncia&i"as e re&(ricas n o d o con&a o."iamen&e de &odasas di)eren+as !ue o discurso medi%&ico a'resen&a em rela+ o aos discursos dos ou&ros

cam'os sociais*


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N o admira, 'or conseguin&e, !ue o cam'o dos media es&a.ele+a rela+ es dena&ure a &ensional com os ou&ros cam'os sociais* n!uan&o a re'resen&a+ o dae 'eri2ncia 'rodu ida 'elo discurso do cam'o dos media 'rocede da na&urali a+ o dosdis'osi&i"os de 'erce'+ o es'on&4nea do mundo, a re'resen&a+ o da e 'eri2nciaresul&an&e dos discursos dos res&an&es cam'os sociais de'ende do res'ei&o dasdisci'linas !ue "isam a desna&urali a+ o descons&ru&ora e de cr3&ica dos !uadrose 'on&4neos !ue di&am o sen&ido da e 'eri2ncia !uo&idiana*

s&a &ens o 0 'ar&icularmen&e "is3"el nas a&i&udes am.i"alen&es dos cor'ossociais dos res&an&es cam'os em rela+ o ao cor'o social do cam'o dos media* m.oraa!ueles n o 'ossam 'rescindir do con&ri.u&o des&e 'ara a im'osi+ o da sua "isi.ilidade '6.lica, n o 'odem dei ar de considerar o discurso med%&ico com sus'ei+ o, acusando-o de a&rai+oar os seus "alores e de n o res'ei&ar a au&en&icidade e o rigor dos seusdiscursos es'eciali ados*

Ao longo do 'rocesso de im'lemen&a+ o da modernidade, a au&onomi a+ o decada um dos di)eren&es cam'os sociais resul&ou da lu&a .em sucedida 'ela im'osi+ o dasua com'e&2ncia num dos do3nios da e 'eri2ncia* :omo "imos, a au&onomi a+ o docam'o dos media coloca o mundo ac&ual 'eran&e no"as lu&as !ue se si&uam nas)ron&eiras dos dom3nios da e 'eri2ncia !ue esca'am ao dom3nio dos cam'os sociais

ins&i&u3dos* O 'a'el mais im'or&an&e do cam'o dos media ser% 'ro"a"elmen&e cada "emais a sua ca'acidade de &ema&i a+ o '6.lica e de 'u.lici a+ o do con)ron&o en&re osdiscursos es'eciali ados em &orno das !ues& es susci&adas 'or es&es dom3nios*


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OBRAS :ITADAS

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TYnnies,

experiência, modernidade e campo dos media_adr

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