expedição jalapão

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Suplemento semanal do DIÁRIO DO AÇO Quinta-feira, 17 de julho de 2014 Turismo O Deserto do Jalapão ‘Rapadura é doce, mas não é mole.’ O velho ditado define bem a última aven- tura vivida pelo documen- tarista de natureza Fernan- do Lara, que, juntamente com um grupo de corajo- sos amigos, percorreu re- centemente mais de 5 mil quilômetros, 1.800 deles em estrada de terra, entre os Estados de Minas Gerais e Tocantins, para esmiu- çar o Deserto do Jalapão. PÁGINA 3 O gostoso frio de Campos do Jordão PÁGINA 4 Fernando Lara

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20 dias por um dos destinos mais desafiantes do Brasil

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Page 1: Expedição Jalapão

Suplemento semanal do DIÁRIO DO AÇO Quinta-feira, 17 de julho de 2014

TurismoO Deserto do

Jalapão‘Rapadura é doce, mas

não é mole.’ O velho ditado define bem a última aven-tura vivida pelo documen-tarista de natureza Fernan-do Lara, que, juntamente com um grupo de corajo-sos amigos, percorreu re-centemente mais de 5 mil quilômetros, 1.800 deles

em estrada de terra, entre os Estados de Minas Gerais

e Tocantins, para esmiu-çar o Deserto do Jalapão.

PÁGINA 3

O gostoso frio deCampos do Jordão

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Fernando Lara

Page 2: Expedição Jalapão

Quinta-feira, 17 de julho de 2014 3Turismo

Natureza selvagem no Deserto do Jalapão

por Edlayne de Paula

Diz o ditado popular que ‘rapadura é doce, mas não é mole’. O provérbio pode definir muito bem o último roteiro feito pelo docu-mentarista de natureza Fernando Lara. Em seu mais recente trabalho, o expedicionário per-correu mais de 5 mil quilômetros, 1.800 de-les em estrada de terra, entre os Estados de Minas Gerais e Tocantins. O resultado revelou um grande acervo de imagens de um dos ter-renos mais inóspitos e encantadores do Brasil: o Deserto do Jalapão.

Estradas de muita areia, extremamente aci-dentadas, fizeram parte da rotina de Fernan-do em 20 dias de trabalho de campo. A bor-do da Toyota Bandeirante 4x4 Lobo-Guará, a expedição enfrentou grandes dificuldades ge-ográficas que fizeram o veículo ‘sofrer’ muitos desgastes na estrada. “Além disso, o calor de 40 graus deixava o trabalho ainda mais difícil. Mas a natureza nos presenteava a todo mo-mento com uma paisagem deslumbrante que compensava qualquer sacrifício”, afirma Fer-nando Lara.

Os trabalhos foram realizados na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins, que cobre 716 mil hectares entre os Estados do Tocantins e Bahia. O local não é aberto à visitação turís-tica, e por isso possui um dos pontos mais in-tocados do Jalapão, revelando a presença de espécies ameaçadas de extinção, como o ta-tu-bola, rastros de onça-pintada e onça-parda, lobo-guará, veado, ema e outros. Para a re-alização dos registros, o Instituto Chico Men-des de Conservação da Biodiversidade (ICM-Bio) concedeu uma autorização especial para a Fauna e Flora Documentários.

O trabalho atingiu dois grandes objetivos. Um deles foi a realização do Curso de Forma-ção de Expedicionários, que levou ao Jalapão alunos de São Paulo, Pará e Minas Gerais para aprender, com Fernando Lara, técnicas rela-cionadas ao planejamento de expedições. A outra foi a produção de conteúdo para a se-gunda temporada do programa Rotas Verdes Brasil TV, que será exibido pela TV Cultura Vale do Aço neste segundo semestre.

Esta página é uma produção da Fauna e Flo-ra Documentários, em parceria com o jornal Diário do Aço, O Giro, InVista Comunicação, Art Publish, TV Cultura Vale do Aço, Wander-ley Autopeças, Pop Pneus, Quality Signs e Aço Molas. Para mais informações, acesse www.ro-tasverdesbrasil.com.br.

Natureza selvagem no Deserto do Jalapão

Fotos: Fernando Lara