expansão e ocupação territorial do brasil

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Resumo da expansão e ocupação territorial do Brasil. Bandeiras e Tratados.

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Page 1: Expansão e Ocupação Territorial do Brasil

Expansão e Ocupação Territorial

Com o início da União Ibérica em 1580 após uma crise sucessória em Portugal, o tratado de Tordesilhas não tinha mais significado. A partir de então, houve enormes avanços do território brasileiro que foram ganhos legalmente após o fim da União.

Várias atividades na colônia foram responsaveis pelo crescimento territorial ajudadas pela abundância de rios do novo território que facilitou a movimentação para o interior e o sul do continente. As mais importantes foram as drogas do sertão, a pecuária, as bandeiras, o comércio de monções e as missões jesuitas.

Plantas da Amazônia eram utilizadas como alimento e medicamentos. As também chamadas especiarias do Brasil eram exploradas por extrativismo e voltadas ao mercado externo. Por causa da natureza extrativista, a atividade empregava homens livres, principalmente indígenas que negociavam com portugueses por escambo. As drogas eram levadas ao litoral onde eram feitas as trocas pelo rio Amazonas. Essa ocupação assegurou a Amazônia para o Brasil.

A pecuária era direcionada para o mercado interno como apoio para a indústria canavieira e as minas de ouro. O gado era usado primeiramente para tracionar a moenda do engenho e para o transporte e secundariamente para o leite, charque e couro. Como o método de pastoreio era extensivo, a atividade era comandada por homens livres.

Inicialmente, a pecuária se limitava ao agreste e o sertão do Nordeste. Empurrados pelas guerras com os holandeses, os sertanejos desceram o rio São Francisco para a Bahia. No entanto, a baica salinidade deste território extendeu a rota do gado até os atuais estados do sul do Brasil. Lá foram encontrados os pampas e alta salinidade. Tanto as reguões de Minas Gerais quanto do Sul se encontravam além do Tratado de Tordesilhas, extendendo as barreiras do território.

Quando a cidade de São Paulo foi fundada pelo Padre Anchieta em 1554, nasceu também uma população marcada pela grande miscigenação e que falava português e guarani. Foi esse povo que começou a penetrar mata a dentro no que foram chamadas bandeiras. As bandeiras poderiam ser de três tipos: apresamento, mineração e contratação. Bandeiras não podem ser confundidas com entradas, que eram expedições organizadas pela coroa portuguesa.

Outra atividade designada para sustentar as minas foi o comércio de monções que funcionava durante o verão quando os rios

estavam cheios e mais navegáveis. As monções partiam de Porto Feliz no rio Tietê levando feijão, arroz, farinha de mandioca, charque e manufaturados da Europa. Esse comércio durou até o século XIX.

Finalmente, as missões jesuitas que visavam catequizar principalmente índios guaranis por meio da exploração cultural e financeira das tribos. Missões e jesuítas tiveram vários conflitos durante sua existência. Em São Paulo, os jesuítas foram desafiados na Aclamação de Amador Bueno que não custou vidas mas forçou a mudança da ordem para o sul do continente, ampliando fronteiras. A partir de 1750, os jesuítas tiveram forte oposição do Marquês de Pombal. As guerras guaranítivas seguiram de 1754 até 1756 com portugueses e espanhóis contra jesuítas e guaranis, quando os guaranis foram massacrados.

Com a Restauração em 1640, muito do território espanhol estava ocupado por portugueses. Em 1750, Alexandre de Gusmão, advogado brasileiro se insipira no princípio do 'utis possidetis' para ganhar a causa para Portugal e assegurar seus territórios conquistados com o Tratado de Madri. O único ponto de conflito aconteceu com a repartição do sul do território na região do Prata que era importantíssima para o Comércio. Portugal fica com Sete Povos das Missões e a Espnha mantém Sacramento.

Apenas em 1801 com o tratado de Badajós, as fronteiras do Sul são definidas mas não antes de várias disputas violentas. Em comsequência, o Sul se tornou militarizado.