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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara Criminal da Circunscrição Judiciária Especial de Brasília- DF. Ref. Proc. nº ______ Autor: Justiça Pública Réu: ____________________ (nome do acusado), devidamente qualificado no bojo da Ação Penal referenciada, que lhe move a JUSTIÇA PÚBLICA do Distrito Federal, como incurso nas penas do art. 157, § 2º, Incisos I, II e V, c/c. art. 14, Inciso II, todos do CPB, pela prática de roubo qualificado, via de seu procurador e advogado, vem à presença de Vossa Excelência, nada requerendo na fase do art. 499 do CPP, e com fulcro no art. 500, para apresentar suas A L E G A Ç Õ E S F I N A I S Aduzindo, para tanto, o que segue: “O elemento psíquico consiste no dolo, isto é, na intenção de subtrair voluntariamente, para si ou para outrem, coisa alheia móvel, com a consciência da ilegalidade do ato praticado”. O processo criminal é o que há de mais sério no mundo, pois tudo nele deve ser claro como a luz, C -12. ED. CENTRAL 1 LOTES 1 e 2 - SALA 205 – TAGUATINGA-CENTRO - CEP. 72.010-020 Tels: (61) 3561-4930 //9966-7102 /8507-6349 e-mail [email protected] 1 ADVOCACIA – CONSULTORIA E ASSESSORIA JURÍDICA CRIMINAL – CÍVEL – FAMÍLIA - TRABALHISTA

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Exmo

Excelentssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __Vara Criminal da Circunscrio Judiciria Especial de Braslia- DF.

Ref. Proc. n ______

Autor: Justia Pblica

Ru: ____________________

(nome do acusado), devidamente qualificado no bojo da Ao Penal referenciada, que lhe move a JUSTIA PBLICA do Distrito Federal, como incurso nas penas do art. 157, 2, Incisos I, II e V, c/c. art. 14, Inciso II, todos do CPB, pela prtica de roubo qualificado, via de seu procurador e advogado, vem presena de Vossa Excelncia, nada requerendo na fase do art. 499 do CPP, e com fulcro no art. 500, para apresentar suas

A L E G A E S F I N A I S

Aduzindo, para tanto, o que segue:

O elemento psquico consiste no dolo, isto ,

na inteno de subtrair voluntariamente, para si ou para outrem,

coisa alheia mvel, com a conscincia da ilegalidade do ato praticado.

O processo criminal o que h de mais srio no mundo, pois tudo nele deve ser claro como a luz, certo como a evidncia, positivo como qualquer grandeza algbrica, nada de amplivel.

Portanto, temos que voltar ao conceito comum de crime, e perguntar se todos os elementos integrantes do crime esto comprovados nos autos, quais sejam: fato tpico; a anti-juridicidade e a culpabilidade, pois estes elementos constituem a infrao penal, para ento poder-se aplicar uma pena ao seu autor.

I - DO FATO

Noticia o processo: QUE NO DIA 27/11/2003, PR VOLTA DAS 14:00 HORAS, NA (colocar o endereo do fato), BRASLIA-DF, O DENUNCIADO, ACOMPANHADO DE OUTROS DOIS INDIVDUOS, AGINDO COM UNIDADE DE DESGNIOS E INEQUVOCO NIMO DE ASSENHORAMENTO DEFINITIVO DE COISA ALHEIA MVEL, PREVIAMENTE COMBINADOS ENTRE SI, RENDERAM A PESSOA AILTON RIBEIRO DE SOUZA, EMPREGADO DA RESIDNCIA, MEDIANTE GRAVE AMEAA, COM EMPREGO DE ARMA DE FOGO, E RESTRINGIRAM-LHE A LIBERDADE PARA SUBTRAREM PERTENCES DOS PROPRIETRIOS DA RESIDNCIA ... O DENUNCIADO E SEUS COMPARSAS NO LOGRARAM A SUBTRAO POR CIRCUNSTNCIAS ALHEIAS S SUAS VONTADES... QUE COM A CHEGADA DA PROPRIETRIA E SUA FILHA, QUE ESTA FOI SEGURADA PELA GOLA DA CAMISA PELO ACUSADO, QUANDO ENTO EMPREENDERAM FUGA ... Portanto, a d. representante do Parquet ofertou Denncia contra o acusado pela prtica do crime de roubo, qualificado pelo emprego de arma de fogo, pelo concurso de pessoas, estando, pois, incurso nas penas do tipo previsto no art. 157, 2, I , II e V, c/c. art. 14, Inciso II, todos do CP.

Como no poderia deixar de ser, estar em jogo a condenao ou absolvio de um jovem inexperiente que, esperamos ter sua liberdade concedida pr Vossa Excelncia, porque no h prova nos autos para a condenao do mesmo.

Tanto que a douta representante do Ministrio Pblico, em seu laborioso mister, quando de suas Alegaes Finais, reconheceu a pretenso punitiva, pelas provas produzidas, manifestando-se pela procedncia da denncia. Tecendo comentrios como veremos a seguir:

Verbis:

Embora no tenha confessado a prtica delituosa, primrio e, at ento, de bons antecedentes...a presena das trs causas de aumento previstas no 2, do art. 157, sugere que se aplique um s aumento, influindo as outras duas majorantes no clculo da pena-base... considerando-se que, objetivamente o acusado percorreu uma parte dos atos de execuo do tipo, no tendo sido interceptado na posse de objetos furtados, tem-se que merece a reduo pela metade na forma da norma de extenso do artigo 14, II, do Cdigo Penal.

indo mais alm, falando do regime prisional a ser adotado...

Melhor se recomenda o regime aberto desde que o patamar seja inferior a quatro anos de recluso nos termos do art. 33, 2 do Cdigo Penal, observando-se os critrios do artigo 59, do mesmo diploma legal.

Tal fato, aliado s demais circunstncias em que se deu a abordagem dos rus, gera dvida acerca do real envolvimento do mesmo no delito em tela, as quais , nesta fase do processo ho de ser resolvidas em benefcio do acusado.

II DA TIPIFICAO

Primeiramente, vale frisar que no pode prosperar a tipificao dada ao delito pela d. representante do Ministrio Pblico, posto que o acusado, nada sabia, que foi quele local apenas como motorista, ficando alheio a tudo que acontecia no interior da residncia.

A materialidade e a autoria do crime no restaram comprovadas, pois o acusado foi preso em flagrante sem a posse da res substracta, bem como exerceu o seu direito constitucional de s falar em juzo quando do seu interrogatrio, o qual merece crdito, pois assim declarou:

IN VERBIS:

...Que no dia dos fatos, ou seja, 27 do ms pretrito, aps o almoo, foi chamado por ____. para dirigir seu veculo at esta capital, argumentando ele que no tinha documentos, dizendo que s passaria o veculo ao depoente, quando avistassem a polcia; que da Ceilndia vieram direto para o Lago Sul, onde apanharam um rapaz em um posto, de nome ____, que o depoente diz que do posto seguiram para a____, onde estacionaram o veculo; que ____ saltaram e orientaram para que o depoente ficasse dentro do veculo com a chave na ignio, que tal fato chamou a ateno do depoente ____ que____ e ____ demoraram muito e o depoente saiu para ver onde estavam, que j tinha andado uma parte da rua, quando avistou os dois correndo, que estavam sendo perseguidos de carro por uma senhora, que aparentava muito nervosa e agitada; que o depoente entrou em uma casa com a inteno de pedir um txi; pois tinha dinheiro para pagar a corrida; e que foi nesta casa que veio a ser abordado pela polcia; que o depoente no portava nenhuma arma....

Ocorre que o crime de roubo imputado ao acusado, sequer chegou a se consumar pelos indivduos que adentraram a residncia da vtima, isto , a execuo teve incio, porm, por circunstncias alheias vontade dos agentes, ele no se consumou, seno vejamos:

III DA PROVA TESTEMUNHAL

Depoimento de ____ (1 vtima), inquirida no termo de declarao que presta, perante a autoridade policial, informou o seguinte.

IN VERBIS:

... que, estava na rea de servio, lavando as mos no tanque, quando sentiu um cano de ferro sendo encostado na sua cabea, momento em que percebeu que havia dois indivduos atrs de si, que um dos indivduos ordenou que no olhasse para ele em hiptese alguma; que permanecesse quieto que nada lhe aconteceria ... que os indivduos ordenaram que o declarante entrasse na residncia, e perguntaram se havia algum em casa ... que o declarante respondeu negativamente... enquanto um dos indivduos permanecia com a arma de fogo encostada na cabea do declarante, o outro comeou a vasculhar os armrios...que o indivduo de blusa vermelha, estava lhe apontando a arma de fogo; lhe perguntou onde os proprietrios da casa dormiam, momento em que o declarante disse que era no andar de cima... que o indivduo armado pediu ao declarante que retirasse a camiseta que vestia para que o mesmo pudesse cobrir a cabea, para que o declarante no pudesse ver o seu rosto... que em momento algum o declarante chegou a ver o rosto dos indivduos...que o indivduo que portava a arma de fogo vestia uma camiseta de cor vermelha Pasmem! Essa foi a descrio que o condutor fez de um dos indivduos, que no o acusado, como veremos oportunamente. (grifamos).

Depoimento de ____ (2 vtima), inquirida no termo de declarao que presta, perante a autoridade policial, informou o seguinte.

IN VERBIS:

... que, no momento em que a declarante abriu a porta da frente da casa, foi surpreendida com a presena de um indivduo estranho que estava atrs da porta; que o indivduo agarrou a declarante pela gola da camiseta, puxando-a para dentro da residncia, momento em que a declarante reagiu e comeou a gritar, logrando xito em se desvencilhar do indivduo...que o individuo ento soltou a declarante que caiu ao cho... que o individuo estava com uma camiseta amarrada na cabea, de forma que somente os olhos podiam ser vistos, vestia camiseta de mangas compridas de cor cinza e azul e cala de cor escura e possua olhos claros ... que, no momento em que a declarante e sua genitora chegaram rua dos fundos da residncia, a declarante viu o individuo que havia lhe agredido que nesse momento usava bon de cor azul e culos escuros juntamente com outro indivduo que vestia uma camiseta de cor vermelha. Pasmem novamente! Essa foi a descrio que o condutor fez de um dos indivduos, que no o acusado, como veremos oportunamente. (grifamos).

Depoimento de ____ (3 vtima), inquirida no termo de declarao que presta, perante a autoridade policial, informou o seguinte.

IN VERBIS:

...que, no momento em que (nome) abriu a porta da frente da casa, foi agarrada na gola da blusa, por um indivduo que tinha a cabea toda coberta por uma camiseta, que Renata e a depoente comearam a gritar, que o individuo soltou Renata que caiu ao cho... que entrou em seu veculo, um VW/Santana, juntamente com___, seguindo em direo rua dos fundos, onde localizaram dois indivduos, sendo que o primeiro era o que havia agarrado Renata... vestia uma camiseta cinza de mangas longas, bon de cor azul e culos escuros, e portava um aparelho celular... que o segundo indivduo era pardo, e que vestia camiseta vermelha...que na Delegacia reconheceu (nome do acusado), como sendo o indivduo que agarrou (vtima) pela gola da blusa... que em momento algum a depoente viu arma de fogo em poder dos indivduos... que at o presente, no deu falta de nenhum objeto de sua residncia.. Pasmem novamente! Essa foi a descrio que o condutor fez de um dos indivduos, que no o acusado, como veremos oportunamente. (grifamos).

Depoimento de ___ (4 vtima), inquirida no termo de declarao que presta, perante a autoridade policial, informou o seguinte.

IN VERBIS:

... que, nesse momento percebeu a presena do ora conduzido j no interior daquela cozinha.. que disse que tinha sido assaltado, e pediu para esconder-se ali, que o conduzido pediu tambm um copo com gua..que as depoente insistia para que o rapaz fosse embora... entretanto, este sentou-se no cho da cozinha por alguns minutos... que o conduzido estava calmo, e repetia que no estava armado, que indicou ao policial onde o conduzido se encontrava, contudo no presenciou a imobilizao.

Depoimento do condutor, policial militar ___ in verbis:

... que estava dirigindo-se para a Embaixada da ___, onde estava escalado para trabalhar, e ao passar em frente a Embaixada da ____, o depoente viu trs indivduos suspeitos caminhando que, ao verem o depoente abaixaram a cabea, como se estivessem escondendo o rosto; que assim o depoente descreve os outros dois comparsas do ora conduzido: O primeiro era negro, medindo aproximadamente 1,80 metro de altura, compleio fsica magra, cabelos curtos e escuro, vestia uma camiseta com gola plo de cor vermelha, cala jeans e tnis; o segundo indivduo era pardo, media aproximadamente 1,80 metro de altura, compleio fsica normal, cabelos pretos, vestia camisa de cor escura, cala jeans e tnis, alm de um bon de cor azul e culos escuros;... que o depoente fez o retorno com sua motocicleta para poder abord-los, que assim que os indivduos perceberam que o depoente ira na direo deles, os trs separaram-se... que nenhuma arma de fogo foi encontrada com o autuado. NEM TAMPOUCO CELULAR COMO AFIRMADO PELA 3 VTIMA ________. Como podemos ver Excelncia, as declaraes das vtimas com relao descrio do acusado, no correspondem com as prestadas pelo policial condutor, a qual merece crdito e tem f pblica. (os grifos so nossos).

Depoimento da policial militar __________. inquirida no termo de declarao que presta, perante a autoridade policial, informou o seguinte.

in verbis:

... que foi acionado via COPOM para atender uma ocorrncia de roubo a residncia, que se dirigiu para ________ Lago Sul, que l chegando encontraram o caseiro da residncia.. que disse ter sido rendido por dois indivduos, os quais logo em seguida teriam rendido a filha do dono da casa, Renata Viana ...que o caseiro deu a descrio parcial dos indivduos, que o caseiro ainda comentou com o depoente que no seria capaz de reconhecer os meliantes, pois estes obrigaram-no a permanecer de costas durante toda a ao criminosa, tendo um deles inclusive subtrado a camisa do Sr. ______ para encobrir o resto (grifamos).

Dessa forma, como demonstrado, o acusado em momento algum teve participao, nem tinha a inteno de se apoderar de qualquer objeto das vtimas, pois o mesmo, como falado em seu interrogatrio, foi apenas como garantia para dirigir o veculo caso surgisse alguma barreira policial.

Afirma a Denncia que, o roubo no se consumou, eis que houve o incio da execuo do crime todavia, no LOGRARAM A SUBTRAO POR CIRCUNSTNCIAS ALHEIAS S SUAS VONTADES, QUE COM A CHEGADA DA PROPRIETRIA E SUA FILHA OS INDIVDUOS EMPREENDERAM FUGA, e que o crime no se consumou em razo da perseguio rpida e eficaz empreendida pela polcia, que conseguiu prender o acusado em flagrante poucos minutos depois.

Assim, deve prevalecer a tese da tentativa de roubo eis que nenhum objeto foi encontrado com o acusado, o que corroborado pela 3 vtima, ao afirmar que: at o presente, no deu falta de nenhum objeto de sua residncia. Eis que em momento algum o acusado teve a posse mansa e tranquila de qualquer objeto pertencente vtima.

IV DA LEGISLAO PENAL

Art. 14. Diz-se do crime:

(...)

II tentado, quando iniciada a execuo, no se consuma por circunstncias alheias vontade do agente (grifamos).

V DA DOUTRINA

Consoante MIRABETE, Jlio Fabrrinini, in Cdigo Penal Interpretado. So Paulo: Atlas, 1999, p. 951.

O crime de roubo somente se consuma, como no furto, com a inverso da posse, ou seja, nos termos da jurisprudncia francamente predominante, se o agente tem a posse mais ou menos tranqila da coisa, ainda que por breve momento, fora da esfera da vigilncia da vtima. No merece apoio a orientao minoritria que tem o roubo por consumado com a prtica da violncia ou ameaa, pois o ncleo do tipo a subtrao da coisa (grifamos).

Frise-se, ademais, que o roubo, por ser crime material, exige a produo do resultado para a sua consumao. Com efeito, no foi o que ocorreu no caso em tela, j que apenas ocorreu a tentativa, (incio da execuo), sem, contudo, atingir-se a meta que era a subtrao de objetos.

Por fim, registre-se que para a doutrina dominante, o roubo prprio crime complexo. Assim sendo, exige para a sua consumao a realizao das infraes penais que integram o se tipo, quais sejam; a) violncia ou grave ameaa pessoa e b) subtrao patrimonial. No presente caso s houve a grave ameaa s vtimas, no ocorrendo a subtrao de objetos.

VI DA JURISPRUDNCIA

majoritrio o entendimento segundo o qual o roubo tentado quando o agente no teve a posse tranqila do objeto, mesmo que por breve lapso, seno vejamos:

Roubo . tentativa. Concurso de agentes. Inocorrncia. No h falar-se em crime consumado se o agente no teve a posse tranqila da res furtiva, sequer por lapso de tempo breve. (TJDFT. Acrdo n 138593,

1 Tur. Crim. Rel. Des. Natanael Caetano)- grifamos.

Penal. Roubo. Tentativa. Artigo 157, c/c art. 14, II, do Cdigo Penal Brasileiro. Atenuante. Pena-base. Mnimo legal. A utilizao de violncia ou grave ameaa pessoa com o objetivo de subtrair para si ou para outrem, coisa alheia mvel, tipifica a conduta delitiva descrita no artigo 157 do Cdigo Penal. Resta, entretanto, a modalidade tentada se, iniciada a execuo do crime, este no se efetivara por circunstncias alheias vontade do agente. Art. 14, II do Cdigo Penal), TJDFT. Acrdo n 85557, 2 Turma Crim. Rel. Des. Vaz de Mello sem grifos no original.

Penal. Roubo. Tentativa. Imediata perseguio da vtima. Reconhecimento dos agentes. Recursos conhecidos e improvidos. estanto a res na posse dos agentes pelo lapso de 25 minutos, aps imediata perseguio da vtima e de policiais chamados em seu socorro, configurado est o crime de roubo em sua forma tentada...(TJDFT. Acrdo n 86874, 1 Turma Crim. Rel. Des. Pedro a. Rosa de Farias). Grifou-se.

No h falar em crime consumado, mas em mera tentativa, se, embora tenha o agente constrangido a vtima, mediante emprego de arma, no consegue alcanar a meta optata em razo de fatores alheios sua vontade 9TJSP. RT. 563/321) grifamos.

Sendo o roubo prprio crime complexo, sua consumao somente se opera quando plenamente realizados forem as infraes penais que o integram: a violncia, ou grave ameaa pessoa, e a subtrao patrimonial . Haver apenas tentativa de roubo prprio quando o agente, aps praticar a violncia contra a vtima, perseguido e preso, sendo a coisa arrebatada recuperada pelo prejudicado (TARS- JTARGS 7030-1) grifo nosso.

VII DAS CIRCUNSTNCIAS JUDICIAIS

CULPABILIDADE. A censurabilidade da conduta de _______, mnima, pois que compareceu quele local, como j falado, apenas como garantia para dirigir o veculo caso surgisse alguma barreira policial no almejando a subtrao de objetos ou mesmo violentar as vtimas.

ANTECEDENTES. Ele primrio, no possui nenhum antecedente criminal.

CONDUTA SOCIAL. bem visto e querido no meio em que vive. Vale destacar, Excelncia, bastando ver o depoimento da testemunha de defesa.

PERSONALIDADE, (nome do acusado) no tem personalidade voltada para a prtica criminosa. Est foi a primeira incidncia e, com certeza, ser a ltima.

MOTIVOS. Como falado em seu interrogatrio, foi apenas acompanhando o conhecido Paulo, caso houvesse algum problema com barreira policial.

CONSEQUNCIA. Do crime no resultou nenhuma conseqncia para as vtimas, pois, no foram feridas e nada foi retirado de sua residncia.

Assim, em face das circunstncias judiciais, a pena-base deve ser fixada no mnimo legal cominado.

VIII DAS CIRCUNSTNCIAS ATENUANTES

1. 21 anos na data do fato;

2. confessou livremente a participao no crime conforme interrogatrio, foi apenas para dirigir o veculo;

3. demonstrou arrependimento conforme o interrogatrio: que nunca praticou nenhum crime anteriormente, que sempre trabalhou, e no pretende voltar a delinqir, que reside com seus pais.. art. 66 do CP.

IX - DO PEDIDO

1. Que seja julgada IMPROCEDENTE A DENNCIA, nos precisos termos em que foi formulada com a ABSOLVIO DO ACUSADO;

2. Caso assim no entenda Vossa Excelncia, que seja aplicada a pena mnima, levando-se em conta que a grande maioria das circunstncias judiciais so favorveis;

3. A atenuao da pena em face das trs circunstncias atenuantes acima mencionadas;

4. Seja estabelecido inicialmente o regime aberto, determinando-se a sua imediata liberdade, para o cumprimento da pena, para que possa continuar trabalhando no emprego que lhe aguarda ao sair do crcere, objetivando com isso, o sustento prprio bem como ajudar sua bondosssima famlia, como forma de atender os ditames da mais sbia e salutar JUSTIA.

Termos em que,

Pede deferimento

Brslia-DF.,

Antonio Itamar Sabia Freitas

OAB/DF. n 3.655

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