exercitando a participação e o controle social

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Exercitando a Participação e o Controle Social Dra. Karla Giacomin – Presidente do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso Painel: “Caminhos para a Intersetorialidade” 16 de julho de 2011

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Exercitando a Participação e o Controle Social. Dra. Karla Giacomin – Presidente do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso Painel: “ Caminhos para a Intersetorialidade ” 16 de julho de 2011. “ Um tempo que aprendi a entender as coisas do mar. A conversar com as grandes ondas e - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Exercitando a Participação e o Controle Social

Dra. Karla Giacomin – Presidente do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

Painel: “Caminhos para a Intersetorialidade”16 de julho de 2011

Page 2: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

“ Um tempo que aprendi a entender as coisas do mar.A conversar com as grandes ondas e

não discutir com o mau tempo. A transformar o medo em respeito,

o respeito em confiança.Descobri como é bom chegar

quando se tem paciência e para se chegar, onde quer que seja,

aprendi que não é preciso dominar a força, mas a razão.

É preciso antes de mais nada, querer.”

Amyr Klink

Page 3: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Cidadão:

Sujeito de Direitos políticos, civis, sociais, econômicos e culturais garantidos pelo Estado.

Programa Eleitor do Futuro – TRE - RO

“Quem tem necessidade é girafa;

nós temos direitos”

(Chico de Oliveira)

Page 4: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Partici-pação Política

Exercitando a Participação e o Controle Social

Controle social Conselhos

Page 5: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Política

• A arte de viver juntos em um mesmo país, em uma mesma cidade, com pessoas que não escolhemos, mas com quem precisamos conviver e nos organizar em favor do bem comum e do interesse público, naquilo que atualmente se conhece como “Estado de direito”.

Page 6: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Política

• Quando o Estado está presente, é normal que exista uma disputa salutar pelo poder, que se faz pelo diálogo e pela eleição, seguindo regras justas e pelas quais quem ganha o poder deve se submeter à lei e colocar-se a serviço do povo.

Page 7: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Kratos = poder; autoridadeDemos = povo

Poder do povo.

Page 8: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Política

• A política é a arte de ganhar e utilizar o poder, mas também é a arte de compartilhar o poder, de exigir o respeito às leis e de conquistar direitos para todos.

Page 9: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Política

• A Política é, certamente, viver sob a dominação do Estado, mas também significa manter o Estado sob o controle da sociedade para que ele cumpra as normas estabelecidas e para que ele preserve o bem comum.

Page 10: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Política = Participação

• Cada um é chamado a refletir sobre o seu papel para encontrar caminhos que respondam:

• Como podemos viver juntos e para quê? • Quem ganha quando a política é jogada de

forma limpa? • Quem perde com a falta de transparência no

jogo político?

Page 11: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Participação

• Fazer Política nem sempre é fácil.• Costuma haver conflitos e divergências de

opiniões sobre o quê e como fazer. • Portanto, faz parte da Política administrar os

conflitos de interesse sem violência, sem truculência, sem intimidação de quem discorda de nós.

Page 12: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Participação

• Se a política supõe divergências e embates, não é para nos omitirmos, mas para nos posicionarmos: somos contra ou a favor?

• Regra básica da democracia: o respeito à opinião do outro, independentemente de sua condição social, de seu partido, de sua profissão, do seu cargo, sexo, idade, raça/cor, tempo de estudo.

Page 13: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Participação

• Sempre pode haver quem discorde da nossa opinião.

• Geralmente nos grupos as pessoas procuram identificar as pessoas que têm opiniões claras e liderança para conduzir as reuniões e debater opiniões.

Page 14: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Participação

• Mas para o grupo crescer politicamente, é preciso que cada membro aprenda a ouvir, mas também aprenda a falar.

Page 15: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Participação

• Fazer Política exige paciência e discernimento. Paciência para ouvir o que não concordamos. Discernimento para não sermos enganados por quem fala bem.

• Todos têm direito a opinião, desde o mais simples ao mais graduado.

Page 16: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Uma dúvida frequente

Page 17: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Estado ou Governo?

• Estado é a forma democrática pela qual e submissa à lei de defender os interesses do povo, que se organiza nos três poderes independentes: o Executivo (que executa e aplica as leis), o Legislativo (que cria e aprimora as leis) e o Judiciário (que defende o cumprimento das leis).

Page 18: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Estado ou Governo?

• Governo é o grupo que foi eleito para comandar os interesses do Estado por um dado período, com base em um programa de governo, que deve ser fiscalizado e cobrado pelas promessas feitas em campanha e que tem por obrigação trabalhar de acordo com a lei e a serviço do povo.

Page 19: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

O controle social

Page 20: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

ESTADO POVO ?

O Controle Social

Page 21: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

CLASSE

DOMINANTECLASSE

DESFAVORECIDA ?

O Controle Social

Page 22: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Sistema capitalista

• O Estado intervém sobre os conflitos sociais imanentes da reprodução do capital, implementando políticas sociais para manter a atual ordem, difundindo a ideologia dominante e interferindo no “cotidiano da vida dos indivíduos, reforçando a internalização de normas e comportamentos legitimados socialmente”.

Iamamoto & Carvalho, 1988, p. 109

Page 23: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

A classe desfavorecida

• Deve ter como estratégia o controle das ações do Estado para que este incorpore seus interesses, na medida que tem representado predominantemente os interesses da classe dominante.

Correa, 2005

Page 24: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Controle social

• Expressão de uso recente que corresponde a uma moderna compreensão da relação Estado-sociedade, onde à sociedade cabe estabelecer práticas de vigilância e controle sobre o Estado

Carvalho, 1995

Page 25: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Controle social

• Envolve a capacidade que os movimentos sociais organizados na sociedade civil têm de interferir na gestão pública, orientando as ações do Estado e os gastos estatais na direção dos interesses da maioria da população.

Correia, 2003

Page 26: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Controle social para quê?

• Para permitir maior expressão e visibilidade das demandas sociais, provocando um avanço na promoção da igualdade e da equidade nas políticas públicas.

Silva, Jacoud e Beghin, 2008

Page 27: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Controle social para quê?

• A participação social promove transparência na deliberação e visibilidade das ações, democratizando o sistema de tomada de decisões.

Silva, Jacoud e Beghin, 2008

Page 28: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Controle Social para quê?

• Para a garantia dos direitos sociais, buscando:– construir uma sociedade livre, justa e solidária; – erradicar a pobreza e a marginalização; – reduzir as desigualdades sociais e regionais; e – promover o bem de todos sem preconceitos ou

quaisquer formas de discriminação.

(Castro et al, 2009)

Page 29: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

POLÍTICAS PÚBLICAS

As dimensões da Política do Idoso

Infância

Juventude

Vida adulta

Velhice

Page 30: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Após a Constituição de 1988

• A participação social nas políticas públicas foi concebida na perspectiva do ‘controle social’ no sentido de os setores organizados da sociedade participarem desde as suas formulações – planos, programas e projetos –, acompanhamento de suas execuções até a definição da alocação de recursos para que estas atendam aos interesses da coletividade.

Correa, 2005

Page 31: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Estatuto do Idoso

• Art. 8o O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua proteção um direito social, nos termos desta Lei e da legislação vigente.

Page 32: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Estatuto do Idoso

Art. 9o É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade.

Page 33: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Estatuto do Idoso

• Art. 10. É obrigação do Estado e da sociedade, assegurar à pessoa idosa a liberdade, o respeito e a dignidade, como pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos, individuais e sociais, garantidos na Constituição e nas leis.

Page 34: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Controle social como?

• Por meio dos conselhos – instâncias colegiadas de caráter permanente e deliberativo, com composição paritária entre os representantes dos setores organizados da sociedade civil e governamentais (gestores públicos), e que objetivam o ‘controle social’.

Correa, 2005

Page 35: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

O papel dos Conselhos

Page 36: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

No meio do caminho tinha uma pedra.Drumond

Page 37: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Conselhos do Idoso

• Finalidade: exercer a supervisão, o acompanhamento, a fiscalização e a avaliação da política nacional do idoso, no âmbito da União, Estados, Municípios e Distrito Federal.

• Nova categoria de órgão colegiado deliberativo, de caráter público e representação paritária, de grande aceitação nacional.

(Estatuto do Idoso, 2003)

Page 38: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Como o Conselho atua na garantia de direitos das pessoas idosas?

Acesso GarantiaPolíticaSocial

AçõesQualidade Inter-venção

Reso-lução ImpactoDIREITO

Page 39: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

• Ainda falta entendimento sobre o que e a quem compete a gestão da política do idoso no âmbito dos governos.

• Muda a gestão, muda o gestor, muda a equipe de referência, descontinua o trabalho.

Participação e Controle Social

Page 40: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

O Gestor• O técnico sem o perfil para o trabalho no

âmbito coletivo• Despreparo para a atenção à população

idosa• Falta de clareza sobre as demandas da

população• O segmento idoso invisível para o governo • Metas do governo X Desejos do povo

Page 41: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

• Prática isolada na sua pasta • Prática gerencial da sua equipe• Prática educativa do trabalho em rede• Prática política com a população• Prática política com a parcela idosa• Emancipação do cidadão• Renovação de lideranças

O gestor

Page 42: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Tinha uma pedra no meio do caminho. Drumond

Page 43: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

No exercício do Controle Social, o que compete ao POVO?

Page 44: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

• Participação ativa em grupos e reuniões• Participação nas comissões do Conselho• Responsabilidade compartilhada• Implicação nos processos do início ao fim• Construção conjunta da intervenção• Exercício do controle social

Atribuições do cidadão

Page 45: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

• “Já trabalhei muito...”• “Não gosto de ficar no meio de velhos.”• “Velho reclama demais.”• “Que absurdo o que a televisão faz...”• “Política na minha idade não adianta mais.”

A pessoa idosa

Page 46: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

• Ausente do planejamento e da tomada de decisões.

• Reproduz-se o modelo de “pensar por”, “planejar por”, “decidir por”, ao invés de “pensar com”, “planejar com”, “decidir com” o usuário e a população.

A pessoa idosa

Crevelim, 2005

Page 47: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Participação e Controle Social

• No cotidiano dos fóruns de participação da sociedade civil, qual tem sido de fato a participação da pessoa idosa na definição de seus interesses?

• Quando e como os idosos que têm e utilizam as oportunidades de participar das decisões do grupo?

Page 48: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

• Por que há grupos e pessoas reivindicativos e outros tão submissos?

Participação e Controle Social

Page 49: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Controle social como?

• Na forma de conferências, com o objetivo de avaliar e propor diretrizes para as políticas nas três esferas de governo.

• Por meio dos conselhos – instâncias colegiadas de caráter permanente e deliberativo, com composição paritária entre os representantes dos setores organizados da sociedade civil e governamentais (gestores públicos), e que objetivam o ‘controle social’.

Correa, 2005

Page 50: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Pessoa Idosa: Plena de Direitos

Renovação EsperançaCompromissoPerseverançaParticipação

Page 51: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Participação e Controle Social

• Na Conferência Estadual, cada delegado representa o que os idosos da sua cidade desejam e todos representam o conjunto da população idosa dos Estado.

Page 52: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Participação e Controle Social

• Na Conferência Nacional, cada delegado Estadual representa o que os idosos do seu Estado desejam e todos representam o conjunto da população idosa brasileira.

Page 53: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Participação e Controle Social

• Por tudo o que temos vivido, entendemos que o envelhecer com dignidade ainda é um direito que precisa ser conquistado.

Page 54: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Participação e Controle Social

• A cidadania da pessoa idosa ainda não é plena.

• Quando se deseja mudar um pensamento, deve-se atuar na cultura das pessoas que estão com aquele pensamento.

Page 55: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Participação e Controle Social

• Par exercer o controle social precisamos atuar firmemente na cultura das políticas públicas, que até hoje são políticas absolutamente reativas, reacionárias, passivas, tolerantes com o intolerável, com toda forma de violência e de indignidade.

Page 56: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Participação e Controle Social

• É isso que nós, como Conselho, queremos perseguir em conjunto com as lideranças idosas do país.

Page 57: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

As lideranças sociais

• O Conselho Nacional dos Direitos do Idoso reconhece em cada delegado das Conferências uma liderança no controle social da Política Nacional do Idoso.

• Por isso estamos aqui. Confiamos em vocês.

Page 58: Exercitando a  Participação e o Controle  Social

Obrigada! [email protected]

Não nos afastemos muito,Vamos de mãos dadas. Drumond