exercicios resolvidos contabilidade geral aula 06 cathedra
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CONTABILIDADE GERAL
CATHEDRA COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS
PROF. MORAES JR.
Provas Selecionadas – Aula 06
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08
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CONTABILIDADE EM EXERCÍCIOS
Provas Selecionadas
Prezados Alunos,
Ao final de cada aula, disponibilizo as questões que serão comentadas durante
a aula. Caso você julgue conveniente, poderá testar seu conhecimento previa-
mente antes de ver os gabaritos e as resoluções comentadas. Você pode simu-lar uma situação real de prova: para calcular o tempo de duração das provas,
considere um tempo de 3 minutos por questão. Desta forma, utilizando esta
metodologia, seu aprendizado será muito mais eficaz.
Prova 6. Auditor – TCM/RJ - FGV
Índice de questões por assunto:
107. Arrendamento Mercantil 108. Teste de Recuperabilidade
109. Variações Cambiais
110. Contabilidade de Custos
111. Contabilidade de Custos 112. Contabilidade de Custos
113. Balanço Patrimonial/Demonstração do Resultado do Exercício
114. Demonstração do Valor Adicionado
115. Princípio da Competência 116. Demonstração do Fluxo de Caixa
117. Auditoria
118. Auditoria
119. Auditoria
120. Auditoria 121. Auditoria
122. Auditoria
123. Auditoria
124. Auditoria 125. Auditoria
126. Auditoria
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Questões Comentadas e Resolvidas
107. Segundo a Resolução CFC 921/01, se determinada empresa mercantil
firmar contrato de arrendamento mercantil, na qualidade de arrendatária, com
a característica de valor residual significativamente inferior ao valor de merca-do do bem na data da opção, o bem arrendado deverá ficar avaliado e eviden-
ciado em seu patrimônio:
(a) pelo valor do bem, no ativo permanente imobilizado. (b) pelo valor das contraprestações mais o valor residual, no ativo circulante
ou realizável a longo prazo.
(c) como zero, pois não deve ser reconhecido como patrimônio da arrendatá-
ria. (d) pelo valor das contraprestações, no passivo circulante ou exigível a longo
prazo.
(e) pelo valor residual, como conta redutora do passivo circulante ou exigível a
longo prazo.
Resolução
A questão trata especificamente sobre a Resolução CFC no 921/01, que apro-
vou a NBT 10.2, que trata dos aspectos contábeis do ARRENDAMENTO MERCANTIL. Vamos verificar os seus principais aspectos para responder à
questão:
- As operações de arrendamento mercantil, também conhecidas como le-asing, são conceituadas como transações celebradas entre o proprietário
de um determinado bem (arrendador), que concede o uso deste a um
terceiro (arrendatário), por um determinado período contratualmente es-
tipulado, findo o qual é facultada ao arrendatário a opção de adquirir ou devolver o bem objeto de arrendamento, ou a de prorrogar o contrato.
- Classifica-se como arrendamento financeiro a modalidade em que:
a) as contraprestações e demais pagamentos previstos no contrato, devidos pela arrendatária, são suficientes para que o arrendador
recupere o custo do bem arrendado durante o prazo contratual da
operação e, adicionalmente, obtenha retorno sobre os recursos in-
vestidos; b) o valor residual - que é a parcela do principal, não incluída nas con-
traprestações a serem pagas pela arrendatária, e que serve de base
para a opção de compra do bem arrendado - é significativamente in-
ferior ao valor de mercado do bem na data da opção; e c) o bem objeto de arrendamento é de tal maneira específico que so-
mente aquele arrendatário pode utilizá-lo em sua atividade econô-
mica.
- Classifica-se como arrendamento operacional a modalidade que não se enquadre, ao menos, em uma das condições estabelecidas acima.
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ARRENDAMENTO FINANCEIRO NAS ENTIDADES ARRENDATÁRIAS
- O valor do bem arrendado integra o imobilizado no ativo permanente, devendo ser identificado como sendo objeto de arrendamento financei-
ro, em contrapartida ao valor total das contraprestações e do valor re-
sidual que deve ser registrado no passivo circulante ou no exigível a
longo prazo.
- A depreciação desse bem deve ser consistente com a depreciação aplicável a
outros ativos de natureza igual ou semelhante.
- A diferença entre o valor total das contraprestações, adicionado do valor re-sidual, e o valor do bem arrendado, deve ser registrada como encargo finan-
ceiro a apropriar em conta retificadora das contraprestações e do valor residu-
al.
- O encargo financeiro deve ser apropriado ao resultado, em função do prazo
de vencimento das contraprestações pelo critério pro rata dia, mediante a utili-
zação do método exponencial, observada a competência.
- O pagamento antecipado do valor residual deve ser considerado como uma
contraprestação, sendo-lhe atribuído tratamento semelhante.
ARRENDAMENTO FINANCEIRO NAS ENTIDADES ARRENDADORAS
- O valor total, parcelado ou não das contraprestações e do valor resi-
dual - decorrentes de contrato de arrendamento financeiro - deve ser
registrada como arrendamentos a receber e classificado no ativo circu-
lante ou no realizável a longo prazo.
- A diferença entre arrendamentos a receber, de que trata o item anterior, e o
custo do bem arrendado devem ser registrados como renda a apropriar, em
conta retificadora de arrendamentos a receber.
- A renda de que trata o item anterior deve ser apropriada como receita no re-
sultado, ao longo do período do contrato de arrendamento financeiro, median-
te a utilização do método exponencial, observada a competência.
ARRENDAMENTO OPERACIONAL NAS ENTIDADES ARRENDATÁRIAS
- As operações de arrendamento operacional, por serem em modalidade em
que o bem arrendado proporciona a utilização dos serviços sem que haja com-prometimento futuro de opção de compra - caracterizando-se, essencialmente,
como uma operação de aluguel - não devem integrar as contas do balanço
patrimonial.
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- As obrigações decorrentes do contrato de arrendamento operacional
não devem integrar as contas do passivo circulante ou exigível a longo
prazo, exceto pela parcela devida no mês.
- As despesas devem ser reconhecidas no resultado pelo critério pro rata dia,
em função da data de vencimento das contraprestações, mediante a utilização
do método linear, observada a competência.
ARRENDAMENTO OPERACIONAL NAS ENTIDADES ARRENDADORAS
- Os bens objeto de arrendamento operacional devem ser registrados
em conta específica do ativo imobilizado.
- As despesas com depreciações devem ser apropriadas mensalmente no re-
sultado, em contrapartida à conta específica de depreciação acumulada do ati-
vo imobilizado.
- Os contratos de arrendamento operacional não devem ser objeto de
inclusão nas contas patrimoniais, devendo ser controlados em contas
de compensação.
- A renda das contraprestações de arrendamento operacional deve ser apropri-
ada como receita no resultado, ao longo do período do contrato de arrenda-
mento operacional, mediante a utilização do método linear, observada a com-
petência.
- As parcelas das contraprestações de arrendamento operacional em atraso,
cuja contrapartida foi contabilizada em resultado, devem estar classificadas no
ativo circulante.
Resumo para a prova:
Arrendatárias Arrendadoras
Arrendamento
Financeiro
Bem arrendado – Ativo Per-
manente Imobilizado
Contrapartida – Valor total
das contraprestações e valor
residual – Passivo Circulante
ou PELP
Valor total e valor resi-
dual – Ativo Circulante
ou ARLP
Arrendamento Operacional
As obrigações decorrentes do contrato não devem inte-
grar as contas do balanço
patrimonial, exceto pela par-
cela devida no mês
Bem arrendado – Ativo Permanente Imobilizado
Contratos de Arrenda-
mento – controlados em contas de compensação
Parcelas das contrapres-
tações em atraso – Ativo Circulante
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Vamos à resolução da questão:
Se determinada empresa mercantil firmar contrato de arrendamento mercantil, na qualidade de arrendatária, com a característica de valor
residual significativamente inferior ao valor de mercado do bem na da-
ta da opção, caracteriza um ARRENDAMENTO FINANCEIRO.
Neste caso, o bem arrendado deverá ficar avaliado e evidenciado no
patrimônio da empresa arrendatária pelo seu valor, no ativo perma-
nente imobilizado
o bem arrendado deverá ficar avaliado e evidenciado em seu patrimônio
GABARITO: A
108. Segundo a Resolução CFC 1.110/07, assinale o valor da variação que de-verá sofrer o patrimônio da Empresa Industrial X ao efetuar, adequadamente,
o lançamento contábil relativo ao teste de recuperabilidade do equipamento Y,
sabendo-se que:
1. o valor de registro original do equipamento Y é $100.000,00;
2. a depreciação acumulada do equipamento Y, até a data do teste, é
$40.000,00;
3. o valor de mercado do equipamento Y, na data do teste, é $62.000,00;
4. caso a Empresa X vendesse o equipamento Y, na data do teste, incorreria em gastos associados a tal transação no montante de $13.000,00;
5. caso a Empresa X não vendesse o equipamento Y e o continuasse utilizando
no processo produtivo, seria capaz de produzir 10.000 unidades do produto Z
por ano pelos próximos 3 anos; 6. o preço de venda do produto Z é $10,00 por unidade;
7. os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produ-
to Z é $8,00;
8. o custo de capital da Empresa X é 10% ao ano; 9. a Empresa X é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo.
(a) entre $ –15.000,00 e $ –10.801,00
(b) entre $ –10.800,00 e $ –5.001,00 (c) entre $ –5.000,00 e $ –1,00
(d) zero
(e) entre $1,00 e $2.000,00
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Resolução
Antes de resolver a questão, vamos estudar os conceitos principais da Resolu-
ção no 1.110/07, que aprovou a NBC T 19.10, que trata da redução do valor recuperável de ativos:
Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é
o maior valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em uso.
Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados,
que devem resultar do uso de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa.
Os seguintes elementos devem ser refletidos no cálculo do valor em uso do ativo:
- estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera
obter com esse ativo;
- expectativas sobre possíveis variações no montante ou período
desses fluxos de caixa futuros;
- o valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de
juros livre de risco;
- o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo; e
- outros fatores, tais como falta de liquidez, que participantes do
mercado iriam considerar ao determinar os fluxos de caixa futu-
ros que a entidade espera obter com o ativo.
Valor líquido de venda é o valor a ser obtido pela venda de um ativo ou
de uma unidade geradora de caixa em transações em bases comutati-
vas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas es-timadas de venda.
Despesas de venda ou de baixa são despesas incrementais diretamen-
te atribuíveis à venda ou à baixa de um ativo ou de uma unidade gera-dora de caixa, excluindo as despesas financeiras e de impostos sobre o
resultado gerado.
Perda por desvalorização é o valor pelo qual o valor contábil de um a-
tivo ou de uma unidade geradora de caixa excede seu valor recuperá-vel.
Valor contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço
depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou e-xaustão acumulada e provisão para perdas.
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Depreciação, amortização e exaustão é a alocação sistemática do valor
depreciável, amortizável e exaurível de ativos durante sua vida útil.
Valor depreciável, amortizável e exaurível é o custo de um ativo, ou
outra base que substitua o custo nas demonstrações contábeis, menos
seu valor residual.
Valor residual é o valor estimado que uma entidade obteria pela venda
do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já
tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.
Vida útil é:
(a) o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo;
ou
(b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhan-tes que a entidade espera obter do ativo.
Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que
gera as entradas de caixa, que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos.
Ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabi-
lidade futura (goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente,
para os fluxos de caixa futuros, tanto da unidade geradora de caixa sob revisão, quanto da de outras unidades geradoras de caixa.
Mercado ativo é um mercado onde todas as seguintes condições exis-
tem:
(a) os itens transacionados no mercado são homogêneos;
(b) vendedores e compradores com disposição para negociar são encontrados a qualquer momento para efetuar a transação; e
(c) os preços estão disponíveis para o público.
- Um ativo está desvalorizado quando seu valor contábil excede seu
valor recuperável.
Vamos à resolução da questão:
I – Cálculo do Valor Contábil do Equipamento Y:
Valor de Registro – Equipamento Y 100.000
(-) Depreciação Acumulada (40.000) Valor Contábil – Equipamento Y 60.000
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II – Cálculo do Valor Líquido de Venda do Equipamento Y:
Valor de Mercado – Equipamento Y 62.000
(-) Gastos Incorridos na Transação de Venda (13.000) Valor Líquido de Venda 49.000
III – Cálculo do Valor em Uso do Equipamento Y:
I – Ano 1:
Receita Bruta de Vendas = 10.000 unidades x R$ 10,00 100.000
(-) Gastos incorridos na produção e venda = 10.000 x R$ 8,00 (80.000)
Resultado do Ano 1 20.000
Custo de Capital = 10% ao ano
Valor Presente 1 = 20.000/(1 + 10%) = 20.000/1,1 = 18.181,82
II – Ano 2: Receita Bruta de Vendas = 10.000 unidades x R$ 10,00 100.000
(-) Gastos incorridos na produção e venda = 10.000 x R$ 8,00 (80.000)
Resultado do Ano 2 20.000
Valor Presente 2 = 20.000/(1 + 10%)2 = 20.000/1,12 = 16.528,93
III – Ano 3:
Receita Bruta de Vendas = 10.000 unidades x R$ 10,00 100.000
(-) Gastos incorridos na produção e venda = 10.000 x R$ 8,00 (80.000) Resultado do Ano 3 20.000
Valor Presente 3 = 20.000/(1 + 10%)3 = 20.000/1,13 = 15.026,30
Valor em Uso = 18.181,82 + 16.528,93 + 15.026,30 = 49.737,04
IV – Cálculo do Valor Recuperável:
Valor Líquido de Venda = 49.000
Valor em Uso = 49.737,04
Como o valor em uso é maior que o valor líquido de venda, o valor recuperável será igual ao valor em uso.
Valor Recuperável = Valor em Uso = 49.737,04
V – Cálculo da Variação do Patrimônio da Empresa X:
Valor Recuperável 49.737,04
(-) Valor Contábil – Equipamento Y (60.000)
Perda por Desvalorização (10.262,96)
GABARITO: B
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109. Com base na Resolução CFC 1.120/08, analise as afirmativas a seguir:
I. As variações cambiais resultantes de conversão das demonstrações contá-
beis para moeda diferente da moeda funcional devem ser reconhecidas em conta específica no resultado não-operacional.
II. As variações cambiais que surgem da liquidação de itens monetários ao
converter itens monetários por taxas diferentes daquelas pelas quais foram
inicialmente convertidas durante o período, ou em demonstrações contábeis anteriores, devem ser reconhecidas como receita ou despesa no período em
que surgirem, com exceção das variações cambiais de itens monetários que
fazem parte do investimento líquido da entidade que reporta em uma entidade
no exterior.
III. Uma entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em qualquer moeda (ou moedas).
Assinale:
(a) se somente a afirmativa I estiver correta.
(b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(d) se somente a afirmativa II estiver correta. (e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
Resolução
Antes de resolver a questão, vamos estudar os conceitos principais da Resolu-ção no 1.120/08, que aprovou a NBC T 7, que trata dos efeitos das mudanças
nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis:
Taxa de fechamento é a taxa de câmbio vigente na data do balanço para ope-
rações a vista.
Variação cambial é a diferença resultante da conversão de um valor em uma moeda para um valor em outra moeda, a diferentes taxas
cambiais.
Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independen-
tes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da
transação ou que caracterizem uma transação compulsória.
Moeda estrangeira é uma moeda diferente da moeda funcional de uma entidade.
Moeda funcional é a moeda do ambiente econômico principal no qual a
entidade opera.
Conglomerado é o conjunto da entidade controladora e de todas as suas con-
troladas.
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Itens monetários são aqueles representados por dinheiro ou por direitos a se-
rem recebidos e obrigações a serem liquidadas em dinheiro.
Itens não-monetários são aqueles representados por ativos e passivos que
não serão recebidos ou liquidados em dinheiro.
Investimento líquido em uma entidade no exterior é o valor da participação detida pela entidade investidora no patrimônio líquido da entidade investida,
adicionado (ou diminuído) de crédito ou (débito) junto a essa investida que
tenha natureza de investimento.
Moeda de apresentação é a moeda na qual as demonstrações contá-beis são apresentadas.
Taxa de câmbio a vista é a taxa normalmente utilizada para liquidação imedia-
ta das operações de câmbio; no Brasil, a taxa a ser utilizada é a divulgada pe-lo Banco Central do Brasil.
A característica essencial de um item monetário é o direito de receber
(ou a obrigação de entregar) um número fixo ou determinável de uni-dades de moeda. Os exemplos incluem: pensões e outros benefícios a
funcionários a serem pagos em dinheiro; provisões a serem liquidadas
em dinheiro; dividendos reconhecidos como obrigações. Da mesma
forma, um contrato para receber (ou entregar) um número variável de
instrumentos patrimoniais próprios da entidade ou uma quantidade variável de ativos cujos valores justos a serem recebidos (ou entre-
gues) são iguais a um número fixo ou variável de unidades da moeda
é considerado um item monetário.
Por outro lado, a característica essencial de um item não-monetário é
a ausência do direito a receber (ou da obrigação a entregar) um nú-
mero fixo ou determinável de unidades de moeda. Os exemplos inclu-
em: ativos intangíveis, estoques, adiantamentos a fornecedores, ativo imobilizado, adiantamentos de clientes, provisões a serem liquidadas
com a entrega de um ativo não-monetário.
Vamos analisar as alternativas:
I. As variações cambiais resultantes de conversão das demonstrações contá-
beis para moeda diferente da moeda funcional devem ser reconhecidas em
conta específica no resultado não-operacional.
A moeda diferente da moeda funcional é a moeda estrangeira. De acordo
com a NBC T 7, temos:
- Uma transação em moeda estrangeira deve ser contabilizada, no seu reco-nhecimento inicial, na moeda funcional, aplicando-se, à importância em moe-
da estrangeira, a taxa de câmbio à vista entre a moeda funcional e a moeda
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estrangeira na data da transação.
- Na data de cada balanço:
(a) os itens monetários em moeda estrangeira devem ser convertidos
usando-se a taxa de fechamento;
(b) os itens não-monetários que são mensurados ao custo histórico em uma moeda estrangeira devem ser convertidos usando-se a taxa
cambial da data da transação; e
(c) os itens não-monetários que são mensurados ao seu valor justo em
uma moeda estrangeira devem ser convertidos usando-se as taxas cambiais da data em que o valor justo for determinado.
- Quando itens monetários surgem de transações em moeda estran-
geira e há uma mudança na taxa de câmbio entre a data da transação e a data da liquidação, o resultado é uma variação cambial. Quando a
transação é liquidada dentro do mesmo período contábil em que ocor-
reu, toda a variação cambial é reconhecida nesse mesmo período. En-
tretanto, quando a transação é liquidada num período contábil subse-qüente, a variação cambial reconhecida em cada período, até a data
de liquidação, é determinada pela mudança nas taxas de câmbio ocor-
rida durante cada período.
- Quando um ganho ou uma perda sobre itens não-monetários for re-conhecido diretamente no patrimônio líquido, qualquer variação cam-
bial atribuída àquele componente de ganho ou perda deve, também,
ser reconhecida diretamente no patrimônio líquido. Por outro lado,
quando um ganho ou uma perda sobre um item não-monetário for re-conhecido no resultado do período, qualquer variação cambial atribu-
ída àquele ganho ou perda deve, também, ser reconhecido no resulta-
do.
Resumindo, a NBC T 7, em nenhum momento, determina que as varia-
ções monetárias devem ser reconhecidas em contas específicas do resul-
tado não-operacional da empresa.
Além disso, de acordo o Regulamento do Imposto de Renda: Na determi-
nação do lucro operacional deverão ser incluídas, de acordo com o re-
gime de competência, as contrapartidas das variações monetárias, em
função da taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis, por
disposição legal ou contratual, dos direitos de crédito do contribuinte, as-sim como os ganhos cambiais e monetários realizados no pagamento de
obrigações As variações monetárias serão consideradas, para efei-
to da legislação do imposto, como receitas ou despesas financei-
ras. Logo, a alternativa está INCORRETA.
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II. As variações cambiais que surgem da liquidação de itens monetários ao
converter itens monetários por taxas diferentes daquelas pelas quais foram
inicialmente convertidas durante o período, ou em demonstrações contábeis
anteriores, devem ser reconhecidas como receita ou despesa no período em que surgirem, com exceção das variações cambiais de itens monetários que
fazem parte do investimento líquido da entidade que reporta em uma entidade
no exterior.
De acordo com o item 31 da NBC T 7: As variações cambiais que
surgem da liquidação de itens monetários ao converter itens mo-
netários por taxas diferentes daquelas pelas quais foram inicial-
mente convertidas durante o período, ou em demonstrações con-
tábeis anteriores, devem ser reconhecidas como receita ou des-pesa no período em que surgirem, com exceção das variações
cambiais tratadas no item 35.
Já o item 35: As variações cambiais resultantes de itens monetá-rios que fazem parte do investimento líquido da entidade que re-
porta em uma entidade no exterior devem ser reconhecidas no
resultado nas demonstrações contábeis individuais da entidade
que reporta ou nas demonstrações contábeis individuais da enti-dade no exterior, conforme apropriado. Nas demonstrações contá-
beis que incluem a entidade no exterior e a entidade que reporta (ex.,
demonstrações contábeis consolidadas), tais variações cambiais devem
ser registradas, inicialmente, em uma conta específica do patrimônio lí-
quido e reconhecidas em receita ou despesa na venda do investimento líquido. Logo, a alternativa está CORRETA.
III. Uma entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em qualquer
moeda (ou moedas).
De acordo com o item 20 da NBC T 7: Ao elaborar as demonstrações
contábeis, cada entidade seja ela uma entidade autônoma, uma enti-
dade com operações no exterior ou uma entidade no exterior (como
controlada ou filial) determina sua moeda funcional, converte os
itens expressos em moeda estrangeira para sua moeda funcional
e contabiliza os efeitos de tal conversão.
Contudo, de acordo com os itens 21, 22 e 44 da referida norma:
21. Muitas entidades são compostas de diversas entidades individuais
(ex., um grupo formado pela controladora e uma ou mais controladas).
Vários tipos de entidades, participantes ou não de um grupo, podem ter investimentos em coligadas ou joint ventures. Também podem existir fi-
liais, agências, sucursais ou dependências. É necessário que as demons-
trações do resultado e do balanço patrimonial de cada entidade individu-
al incluída na entidade investidora sejam convertidas para a moeda utili-zada por essa entidade investidora nas suas demonstrações contábeis.
Esta Norma permite que a moeda de apresentação das demons-
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trações contábeis da entidade que reporta seja qualquer moeda
(ou moedas).
22. Esta Norma também permite que uma entidade autônoma, sem controladas, que prepara suas demonstrações contábeis, ou
uma entidade que prepara suas demonstrações contábeis indivi-
duais prepare essas demonstrações em qualquer moeda (ou mo-
edas).
44. Uma entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis
em qualquer moeda (ou moedas). Se a moeda de apresentação das
demonstrações contábeis diferir da moeda funcional da entidade, seus
resultados e seu balanço patrimonial devem ser convertidos para a moe-da de apresentação. Por exemplo, quando um grupo é compreendido por
entidades individuais com diferentes moedas funcionais, os resultados e
o balanço patrimonial de cada entidade devem ser expressos em uma
mesma moeda comum a todas elas para que as demonstrações contá-beis consolidadas possam ser apresentadas. Logo, a alternativa está
CORRETA.
GABARITO: E
110. Determinada empresa industrial fabrica e vende dois produtos: M e C.
Observe os dados desses dois produtos:
Produto M C Preço de venda 25,00 15,00
Matéria-prima A (em kg/unid.) 1 1,2
Matéria-prima B (em kg/unid.) 2 0,5
Horas-máquina 1 (em h/unid.) 2 2 Horas-máquina 2 (em h/unid.) 3 1
Demanda (em unid./mês) 50 80
Sabe-se que os recursos são onerosos e limitados, conforme a tabela a seguir:
Recursos custo unitário disponibilidade
Matéria-prima A $ 1,00/kg 140kg
Matéria-prima B $ 2,00/kg 150kg Máquina 1 $ 3,00/h 300h
Máquina 2 $ 4,00/h 300h
Sabe-se, ainda, que:
I. a empresa não tem como aumentar as suas disponibilidades no próximo mês; portanto, precisa gerenciar aquelas restrições;
II. a empresa tem por política trabalhar sem estoque final de produtos acaba-
dos.
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Assinale a alternativa que indique quantas unidades a empresa precisa produ-
zir e vender de cada produto no próximo mês para maximizar seu resultado
nesse próximo mês.
(a) M = 25; C = 0
(b) M = 0; C = 116,67
(c) M = 44; C = 80
(d) M = 44; C =96 (e) M = 50; C = 80
Resolução
I – Cálculo da Margem de Contribuição Unitária do Produto “M” (MCUm):
MCUm = Preço de Venda Unitário – Custos Variáveis Unitários
Custos Variáveis Unitários do Produto “M”:
Matéria-Prima A = 1 kg/unid. x R$ 1,00/kg R$ 1,00
Matéria-Prima B = 2 kg/unid. x R$ 2,00/kg R$ 4,00
Horas-Máquina 1 = 2 h/unid. x R$ 3,00/h R$ 6,00 Horas-Máquina 2 = 3 h/unid. x R$ 4,00/h R$ 12,00
Custos Variáveis Unitários de “M” R$ 23,00
MCUm = R$ 25,00 – R$ 23,00 = R$ 2,00 por unidade
II – Cálculo da Margem de Contribuição Unitária do Produto “C” (MCUc):
MCUc = Preço de Venda Unitário – Custos Variáveis Unitários
Custos Variáveis Unitários do Produto “C”:
Matéria-Prima A = 1,2 kg/unid. x R$ 1,00/kg R$ 1,20
Matéria-Prima B = 0,5 kg/unid. x R$ 2,00/kg R$ 1,00 Horas-Máquina 1 = 2 h/unid. x R$ 3,00/h R$ 6,00
Horas-Máquina 2 = 1 h/unid. x R$ 4,00/h R$ 4,00
Custos Variáveis Unitários de “C” R$ 12,20
MCUc = R$ 15,00 – R$ 12,20 = R$ 2,80 por unidade
III – Quantidade de “C” Produzida:
Como a empresa tem por política trabalhar sem estoque final de produtos aca-bados, devem ser produzidas, no máximo, as unidades demandadas no mês.
Logo, como MCUc > MCUm, temos que primeiramente, tentar produzir a quan-
tidade máxima do produto “C”.
Demanda de “C” no mês = 80 unidades
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Consumo de recursos:
Matéria-Prima A = 1,2 kg/unid. x 80 unidades = 96 kg
Matéria-Prima B = 0,5 kg/unid. x 80 unidades = 40 kg
Horas-Máquina 1 = 2 h/unid. x 80 unidades = 160 h Horas-Máquina 2 = 1 h/unid. x 80 unidades = 80 h
Logo, há recursos suficientes para produzir as 80 unidades do produto
“C”.
IV – Quantidade de “M” Produzida:
Saldo dos recursos disponíveis:
Matéria-Prima A = 140 kg - 96 kg = 44 kg Matéria-Prima B = 150 kg - 40 kg = 110 kg
Horas-Máquina 1 = 300 h - 160 h = 140 h
Horas-Máquina 2 = 300 h - 80 h = 220 h
Consumo máximo de recursos para produção de “M”
Matéria-Prima A = 44 kg/1 kg/unid. = 44 unidades
Matéria-Prima B = 110 kg/2 kg/unid. = 55 unidades Horas-Máquina 1 = 140 h/2 h/unid. = 70 unidades
Horas-Máquina 2 = 220/3 h/unid. = 73,3 unidades
Logo, só é possível produzir, no máximo, 44 unidades do produto “M”.
GABARITO: C
111. Determinada empresa industrial é monoprodutora. Nos meses de março
e abril passados, apurou o seguinte:
março abril
Estoque inicial(em unidades) - -
Produção (em unidades) 1.000 1.200 Vendas (em unidades) 1.000 1.000
Custo total de fabricação (em $) 15.000,00 17.000,00
Receita bruta de vendas (em $) 25.000,00 25.000,00
Sabe-se que:
• a empresa controla seus estoques permanentemente e os avalia pelo método
PEPS;
• a empresa incorre, ainda, em despesas fixas de $3.000,00 por mês e em
despesas variáveis equivalentes a 10% da receita bruta mensal; • a empresa não pretende acabar o mês de maio com produtos acabados em
estoque;
• a empresa é contribuinte do imposto de renda sobre o lucro à alíquota de
20%; e • não houve variação de preços no período.
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Assinale a alternativa que indique quantas unidades a empresa precisa produ-
zir em maio para que o lucro líquido de maio, pelo custeio por absorção, seja
$5.000,00.
(a) mais de 1.150 unidades
(b) entre 1.101 unidades e 1.150 unidades
(c) entre 801 unidades e 950 unidades
(d) entre 951 unidades e 1.100 unidades (e) menos de 800 unidades
Resolução
Vamos relembrar os conceitos de Custeio por Absorção:
Custeio por absorção é método de apropriação de custos cujo objetivo é ra-
tear todos os seus elementos (custos fixos ou custos variáveis) em cada fase
da produção. Ou seja, no custeio por absorção um custo será apropriado quando for atribuído a um produto ou unidade de produção. Deste modo, cada
produto receberá sua parte no custo até que todo o valor aplicado seja total-
mente absorvido pelo Custo dos Produtos Vendidos (CPV) ou pelos Estoques
Finais (EF).
O custeio por absorção é uma imposição do Regulamento do Imposto
de Renda, que determina que os produtos em fabricação e os produtos
acabados serão avaliados pelo custo de produção.
Para apuração por custeio por absorção deve-se adotar o seguinte procedimen-
to:
1. Separação de custos e despesas; 2. Apropriação dos custos diretos e indiretos à produção realizada no pe-
ríodo;
3. Apuração do custo dos produtos acabados;
4. Apuração do custo dos produtos vendidos; e 5. Apuração do resultado.
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Apuração da produção acabada, dos produtos em elaboração e dos produtos
vendidos:
Estoque inicial de materiais diretos (+) Custo de Aquisição das compras de materiais diretos (*)
(-) Estoque final de materiais diretos
(=) Materiais Diretos Consumidos (MD)
(+) Mão-de-Obra Direta (MOD) (+) Custos Indiretos de Fabricação (CIF)
(=) Custo de Produção do Período (CPP)
(+) Estoque inicial de produtos em elaboração
(-) Estoque final de produtos em elaboração
(=) Custo da Produção Acabada (+) Estoque inicial de produtos acabados
(-) Estoque final de produtos acabados
Custo dos Produtos Vendidos (CPV)
(*) Compras de materiais diretos:
(+) Valor da Compra
(-) Impostos Recuperáveis (+) Valor do frete suportado pelo adquirente (subtraído do ICMS
recuperável incidente na operação)
(+) Seguros
(+) Gastos com o Desembaraço Aduaneiro (no caso de importação)
(-) Descontos Incondicionais Obtidos (Descontos Comerciais) Custo de Aquisição da Compras de Materiais Diretos
(*) São exemplos de Custos Indiretos de Fabricação (CIF):
Materiais indiretos
Mão-de-obra indireta
Energia elétrica
Combustíveis Manutenção de máquinas
Conta de telefone da fábrica
Aluguel da fábrica
Aluguel de equipamentos Depreciação
Seguros da fábrica
Imposto predial
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Apuração do Resultado
Receita Bruta (-) Deduções da Receita Bruta (*)
(=) Receita Líquida
(-) Custo dos Produtos Vendidos
(=) LUCRO BRUTO (-) Despesas c/ Vendas
(-) Despesas Financeiras
(+) Receitas Financeiras
(-) Despesas Gerais e Administrativas (-) Outras Despesas Operacionais
(+) Outras Receitas Operacionais
(=) LUCRO/PREJUÍZO OPERACIONAL
(+) Receitas Não-operacionais
(-) Despesas Não-operacionais (-) Despesa com Provisão da CSLL (Contribuição Social sobre o Líquido)
(=) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA
(-) Despesa c/ Provisão do Imposto de Renda
(-) Despesa c/ Participações Societárias sobre o Lucro Participações de Debêntures
Participações de Empregados
Participações de Administradores
Participações de Partes Beneficiárias (=) LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
(*) Vendas Líquidas (VL) = Vendas Brutas – Deduções
Deduções (contas retificadoras da receita bruta):
- Devoluções de Vendas;
- Abatimentos sobre Vendas;
- Descontos Incondicionais Concedidos; - Impostos sobre Vendas (ICMS, ISS e IE); e
- Contribuições Sociais sobre Vendas (PIS e Cofins).
Vantagens e Desvantagens do Custeio por Absorção
Vantagens: inclusão de todos os custos no resultado (custos fixos, cus-
tos variáveis, custos diretos e custos indiretos); atende ao princípio da
competência.
Desvantagem: inclusão de custos indiretos por meio de rateio arbitrário de seus valores.
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Apropriação de Custos:
Custos de Produção: custos diretos e custos indiretos
Custos Diretos: são alocados à produção diretamente da conta em que
estão registrados para a conta da elaboração ou processamento. Exem-
plos: custos de matéria-prima, mão-de-obra direta, etc. Para uma apro-
priação correta, basta uma mensuração precisa do consumo ou utiliza-ção, ou seja, obedece a condições objetivas.
Custos Indiretos de Fabricação: utilizam um procedimento de rateio e
obedece a condições subjetivas em relação ao processo de rateio adota-
do.
Rateio dos Custos Indiretos: as principais bases de rateio dos custos
indiretos são:
- horas-máquina;
- consumo de materiais diretos;
- mão-de-obra direta aplicada;
- receita de vendas; - quantidade produzida;
- outros.
Rateio dos Custos na Departamentalização: um dos objetivos da de-
partamentalização é tornar mais preciso o critério de rateio.
Departamentalização: departamento é uma unidade mínima que
concentra custos e desenvolve atividades homogêneas. A departa-
mentalização representa um critério eficaz para apropriação de custos indiretos, onde cada departamento é dividido em um ou
mais centros de custos. É muito utilizada em empresa cujo proces-
so produtivo passa por fases de produção. Ex: Indústria de café: as
fases de produção são a seleção de grãos, torrefação, moagem e embalagem.
Centro de Custo: é a menor fração de atividade ou área de res-
ponsabilidade para a qual é realizada a acumulação de custos. Pode coincidir com departamento ou não.
Vamos à resolução da questão:
Primeiramente, é preciso descobrir o que são custos fixos e o que são custos variáveis. De acordo com os dados da questão:
Março: Produção de 1.000 unidades a um custo total de R$ 15.000,00
Abril: Produção de 1.200 unidades a um custo total de R$ 17.000,00
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Logo, as 200 unidades a mais produzidas em abril (1.200 – 1.000) geraram
um custo a mais de R$ 2.000,00 (R$ 17.000,00 – R$ 15.000,00). Com isso,
tem-se:
Custo Variável = R$ 2.000,00
Custo Variável Unitário = R$ 2.000,00/200 unidades = R$ 10,00/unidade
Tendo o custo variável unitário, é possível determinar o custo fixo:
Em Março => Produção de 1.000 unidades a um custo total de R$ 15.000,00
Custo Total = Custos Variáveis + Custos Fixos =>
15.000 = 10 x 1.000 + Custos Fixos => Custos Fixos = 5.000
Agora, como a questão parte do lucro líquido, temos que fazê-la começando
pelo resultado do exercício:
Lucro Líquido do Exercício 5.000
(+) Provisão para o Imposto de Renda 20% x LAIR
Lucro Antes do Imposto de Renda LAIR
LAIR = 5.000 + 20% x LAIR => 0,8 x LAIR = 5.000 => LAIR = 6.250
Como não houve variação de preços no período, deve ser considerada, como
Preço de Venda Unitário (PVu) do mês de maio, o mesmo valor obtido em mar-
ço e abril:
PVu = 25.000/1.000 = R$ 25,00
Além disso, a questão fala que não há estoque final em maio. Há que se res-saltar, também, que, da produção de abril sobraram 200 unidades (produziu
1.200 unidades e vendeu 1.000 unidades).
Logo, a Receita Bruta de Vendas (RBV) do mês de maio será:
RBV = (200 unid + Qpm) x 25 = 5.000 + 25 x Qpm
Qpm = quantidade produzida em maio
Lucro Antes do Imposto de Renda 6.250
(+) Despesas Fixas 3.000
(+) Despesas Variáveis = 10% x (5.000 + 25 x Qpm) 500 + 2,5 x Qpm
Lucro Bruto 9.750 + 2,5 x Qpm (+) Custo dos Produtos Vendidos (CPV) CPV
Receita Bruta de Vendas 5.000 x 25 x Qpm
9.750 + 2,5 x Qpm + CPV = 5.000 + 25 x Qpm => CPV = 22,5 x Qpm – 4.750
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No CPV, temos que considerar também o custo das 200 unidades que foram
produzidas em abri, mas que serão vendidas somente em maio:
CPV (abril) = Custo Total de Fabricação/Produção = 17.000/1.200 = 14,17
CPV (Maio) = Custos Fixos + Custos Variáveis + 200 x 14,17 (sobra de a-
bril)=>
22,5 x Qpm – 4.750 = 5.000 + 10 x Qpm + 2.833,33 => 12,5 x Qpm = 12.583,33 =>
Qpm = 12.583,33/12,5 ≈ 1006 unidades
GABARITO: D
112. Determinada empresa industrial fabrica e vende dois produtos: N e L. Fa-
se significativa da produção é comum a esses dois produtos. Durante a fase de
produção conjunta, incorre-se em custos de transformação no valor de
$200.000,00, e mais em custos básicos conforme a tabela a seguir:
recursos produção con-
junta
quantidade consumida
(em kg)
custo unitário (em $/kg)
Matéria-prima 1 8.000 12,50
Matéria-prima 2 2.000 100,00
No ponto de separação, identificou-se que a produção conjunta pesava
10.000kg, dos quais 1.000kg eram de produtos N semi-elaborados e 9.000kg
eram de produto L semi-elaborado. Para terminar a produção, incorreu-se em
mais custos de transformação, sendo $20.000,00 na produção de N e $150.000,00 na produção de L.
Sabe-se que:
• os preços de venda são: N = $72,00/kg e L = $70,00/kg; • nesse mês a empresa vendeu: N = 600 kg e L = 8.100kg;
• não havia estoques iniciais;
• toda a produção iniciada foi encerrada no mesmo período;
• a empresa trabalha com o controle periódico de estoques e os avalia pelo
custo médio ponderado; e • nesse mês a empresa incorreu em despesas comerciais e administrativas que
totalizaram $25.000,00.
Desconsiderando-se qualquer tributo, é correto afirmar que o lucro bruto, pelo custeio por absorção, dessa empresa nesse mês foi:
(a) de mais de $7.000,00.
(b) entre $5.001,00 e $7.000,00. (c) entre $3.001,00 e $5.000,00.
(d) entre $1.001,00 e $3.000,00.
(e) de menos de $1.000,00.
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Resolução
I – Custos de produção de N e L :
I.1 – Produção Conjunta
Custos de Transformação = $ 200.000,00
Peso = 10.000 kg (1.000 kg de N e 9.000 kg de L) Matéria-Prima 1 = 8.000 kg x $ 12,50/kg = $ 100.000,00
Matéria-Prima 2 = 2.000 kg x $ 100,00/kg = $ 200.000,00
Custo Total da Produção Conjunta = 200.000 + 100.000 + 200.000 =>
Custo Total da Produção Conjunta = 500.000
Custo da Produção de N = Custo Total x quantidade de “N”/quantidade total
Custo da Produção de N = 500.000 x 1.000 kg/(1.000 kg + 9.000 kg)
Custo da Produção de N = 500.000/10 = 50.000
Custo da Produção de L = 500.000 – 50.000 = 450.000
I.2 – Produção em separado:
Custo Total da Produção de N = 50.000 + 20.000 = 70.000 (1.000 kg)
Custo Total da Produção de L = 450.000 + 150.000 = 600.000 (9.000 kg)
II – Cálculo do Lucro Bruto:
II.1 – Custo dos Produtos Vendidos (CPV): primeiramente, há que se ressaltar
que é adotado o custo médio ponderado dos estoques. Logo:
Custo Médio Ponderado = (CTn + CTl)/(Qn + Ql)
Qn = Quantidade produzida de “N” = 1.000 kg
CTn = Custo Total da Produção de “N” = $ 70.000,00
Ql = Quantidade produzida de “L” = 9.000 kg
CTl = Custo Total da Produção de “L” = $ 600.000,00
Custo Médio Ponderado = (70.000 + 600.000)/10.000 =>
=> Custo Médio Ponderado = $ 67,00/kg
CPVn = 600 kg x $ 67,00 = $ 40.200,00
CPVl = 8.100 kg x 67,00 = $ 542.700,00
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II.2 – Lucro Bruto:
Receita Bruta de Vendas (RBV)
RBVn = $ 72,00/kg x 600 kg 43.200 RBVl = $ 70,00/kg x 8.100 kg 567.000
RBV 610.200
(-) CPV = 542.700 + 40.200 (582.900)
Lucro Bruto 27.300
(*) ATENÇÃO!!! As despesas comerciais e administrativas são coloca-
das, na Demonstração do Resultado do Exercício, após o Lucro Bruto,
para apurar o Lucro Operacional Líquido.
GABARITO: A
Com base no enunciado a seguir, responda às questões 113 a 116:
A Cia. JMAP vende o produto PAMJ. A empresa apresenta o seguinte Balanço
em 31.08.X8:
ATIVO - PASSIVO +
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
–
Disponibilidades 76.000 Fornecedores 26.500
Estoques 25.000 Contas a Pagar 20.000
Móveis e Utensílios 200.000 Capital Social 180.000
(-) Depreciação acumulada
-16.000 Lucros Acumula-dos
58.500
Total 285.000 285.000
Informações adicionais:
i) o Estoque é constituído por 1.000 unidades adquiridas por R$ 25,00 cada. A empresa adota o CMPM (Custo médio ponderado móvel) – controle permanen-
te;
ii) os Móveis e Utensílios são depreciados à taxa de 12% ao ano.
A empresa efetuou as seguintes operações no mês de setembro de X8:
Data Evento
01 A empresa efetuou o seguro anual de seu patrimônio, mediante o pa-
gamento do prêmio de seguro no valor total de R$ 6.000,00, à vista.
02 Compra 1.000 unidades de PAMJ por R$ 26,00 cada, para pagar em
outubro/X8.
05 Compra 2.500 unidades de PAMJ por R$ 24,80 cada, à vista.
10 Venda de 3.000 unidades de PAMJ por R$ 35,00 cada, sendo que me-
tade à vista e metade a prazo para recebimento em 30 dias.
15 Venda de 1.100 unidades de PAMJ por R$ 30,00 cada, à vista.
22 Compra 2.000 unidades de PAMJ por R$ 25,50, para pagamento em 60
dias.
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25 Aumento do Capital Social em R$ 35.000,00, sendo R$ 5.000,00 em
dinheiro e o restante em integralização de parte do saldo de lucros a-
cumulados.
26 Pagamento de R$ 38.000,00 aos fornecedores e da totalidade do saldo
das contas a pagar.
30 Reconhecimento e pagamento de despesas administrativas e comerci-
ais no montante total de R$ 18.000,00, sendo R$ 8.000,00 relativos a
serviços de terceiros e o restante a pessoal próprio.
30 Apropriação mensal da despesa de seguro e depreciação dos móveis e
utensílios.
30 Constatou que o valor realizável líquido, por unidade de PAMJ, é R$
25,00.
30 Pagamento de dividendos, em dinheiro, no valor correspondente a
40% do lucro do período.
113. Considerando somente os dados do enunciado, determine o valor do lu-
cro operacional do mês de setembro/X8.
(a) menor que 10.000,00
(b) entre 10.000,01 e 14.000,00 (c) entre 14.000,01 e 18.000,00
(d) entre 18.000,01 e 22.000,00
(e) maior que 22.000,01
Resolução
Para determinar o lucro operacional de setembro, temos que montar a De-
monstração do Resultado do Exercício. Contudo, inicialmente, precisamos fazer os lançamentos referentes aos fatos ocorridos em setembro de 2008:
(*) Repare que o Balanço Patrimonial é de 31/08/2008, ou seja, já valem as
alterações trazidas pela Lei no 11.638/07, mas ainda está sendo utilizada a conta “Lucros Acumulados”.
Estoque Inicial = 1.000 unidades a R$ 25,00 cada = R$ 25.000,00 (inventário
permanente => Custo Médio Ponderado Móvel).
I - 01/09 - A empresa efetuou o seguro anual de seu patrimônio, mediante o
pagamento do prêmio de seguro no valor total de R$ 6.000,00, à vista.
Pelo regime de competência, as despesas de seguros devem ser reconhecidas mensalmente, até o término do contrato. Ou seja, o prêmio pago pela empresa
é um direito:
Seguros a Vencer (Ativo Circulante) a Disponibilidades (Ativo Circulante) 6.000
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II – 02/09 - Compra 1.000 unidades de PAMJ por R$ 26,00 cada, para pagar
em outubro/X8.
Estoques (Ativo Circulante)
a Fornecedores (Passivo Circulante) 26.000
Cálculo do Custo Médio Ponderado Móvel:
Custo Médio Ponderado Móvel = (EI + 26.000)/(1.000 + 1.000)
Custo Médio Ponderado Móvel = (25.000 + 26.000)/2.000 unidades
Custo Médio Ponderado Móvel = R$ 25,50 por unidade de PAMJ
III – 05/09 – Compras de 2.500 unidades de PAMJ por R$ 24,80 cada, à vista.
Estoques (Ativo Circulante) a Disponibilidades (Ativo Circulante) 62.000
Cálculo do Custo Médio Ponderado Móvel:
Custo Médio Ponderado Móvel = (51.000 + 62.000)/(2.000 + 2.500)
Custo Médio Ponderado Móvel = 113.000/4.500 unidades
Custo Médio Ponderado Móvel = R$ 25,11 por unidade de PAMJ
IV – 10/09 - Venda de 3.000 unidades de PAMJ por R$ 35,00 cada, sendo que
metade à vista e metade a prazo para recebimento em 30 dias.
Receita Bruta de Vendas = 3.000 unidades x R$ 35,00 = R$ 105.000,00
Seguros a Vencer
6.000 (I)
Disponibilidades
76.000 6.000 (I)
70.000
Fornecedores
26.500 26.000 (II)
52.500
Estoques
25.000 26.000 (II)
51.000
Estoques
25.000
26.000 (II)
62.000 (III)
113.000
Disponibilidades
76.000 6.000 (I)
62.000 (III)
8.000
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Diversos
a Receita Bruta de Vendas (Receita)
Disponibilidades (Ativo Circulante) 52.500
Clientes (Ativo Circulante) 52.500 105.000
CMV = 3.000 unidades x R$ 25,11 = 75.333,33
CMV a Estoques (Ativo Circulante) 75.333,33
Estoque Atual = R$ 37.666,67 (1.500 unidades a R$ 25,11)
V – 15/09 - Venda de 1.100 unidades de PAMJ por R$ 30,00 cada, à vista
Receita Bruta de Vendas = 1.100 unidades x R$ 30,00 = R$ 33.000,00
Disponibilidades (Ativo Circulante)
a Receita Bruta de Vendas (Receita) 33.000
CMV = 1.100 unidades x R$ 25,11 = 27.622,22
CMV
a Estoques (Ativo Circulante) 27.622,22
Receita Bruta de Vendas
105.000 (IV)
105.000
Disponibilidades
76.000
52.500 (IV)
6.000 (I)
62.000 (III)
60.500
Estoques
25.000 26.000 (II)
62.000 (III)
75.333,33 (IV)
37.666,67
Clientes
52.500 (IV)
52.500
CMV
75.333,33 (IV)
75.333,33
Receita Bruta de Vendas
105.000 (IV)
33.000 (V)
138.000
Disponibilidades
76.000
52.500 (IV)
33.000 (V)
6.000 (I)
62.000 (III)
93.500
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Estoque Atual = R$ 10.044,44 (400 unidades a R$ 25,11)
VI – 22/09 - Compra 2.000 unidades de PAMJ por R$ 25,50, para pagamento
em 60 dias
Estoques (Ativo Circulante)
a Fornecedores (Passivo Circulante) 51.000
Cálculo do Custo Médio Ponderado Móvel:
Custo Médio Ponderado Móvel = (10.044,44 + 51.000)/(400 + 2.000) Custo Médio Ponderado Móvel = 61.044,44/2.400 unidades
Custo Médio Ponderado Móvel = R$ 25,43 por unidade de PAMJ
VII – 25/09 - Aumento do Capital Social em R$ 35.000,00, sendo R$ 5.000,00
em dinheiro e o restante em integralização de parte do saldo de lucros acumu-lados.
Diversos
a Capital Social (Patrimônio Líquido) Disponibilidades (Ativo Circulante) 5.000
Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) 30.000 35.000
Estoques
25.000
26.000 (II)
62.000 (III)
51.000 (VI)
75.333,33 (IV)
27.622,22 (V)
61.044,44
Fornecedores
26.500
26.000 (II)
51.000 (VI)
103.500
Disponibilidades
76.000
52.500 (IV) 33.000 (V)
6.000 (I)
62.000 (III) 5.000 (VII)
88.500
Lucros Acumulados
30.000 (VII) 58.500
28.500
Capital Social
180.000
35.000 (VII)
215.000
Estoques
25.000
26.000 (II)
62.000 (III)
75.333,33 (IV)
27.622,22 (V)
10.044,44
CMV
75.333,33 (IV)
27.622,22 (V)
102.955,55
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08
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VIII – 26/09 - Pagamento de R$ 38.000,00 aos fornecedores e da totalidade
do saldo das contas a pagar.
Diversos a Disponibilidades (Ativo Circulante)
Fornecedores (Passivo Circulante) 38.000
Contas a Pagar (Passivo Circulante) 20.000 58.000
IX – 30/09 - Reconhecimento e pagamento de despesas administrativas e co-
merciais no montante total de R$ 18.000,00, sendo R$ 8.000,00 relativos a
serviços de terceiros e o restante a pessoal próprio.
Despesas Administrativas e Comerciais
a Disponibilidades (Ativo Circulante) 18.000
X – 30/09 - Apropriação mensal da despesa de seguro e depreciação dos mó-veis e utensílios.
Despesas de Seguros (mensal) = R$ 6.000,00/12 meses = R$ 500,00
Despesas de Seguros (Despesa)
a Seguros a Vencer (Ativo Circulante) 500
Despesas com Depreciação Mensal = 200.000 x 12% ao ano/12 meses
Despesas com Depreciação Mensal = 200.000 x 1% = 2.000
Disponibilidades
76.000
52.500 (IV)
33.000 (V)
6.000 (I)
62.000 (III)
5.000 (VI)
58.000 (VIII)
30.500
Fornecedores
38.000 (VIII) 26.500
26.000 (II) 51.000 (V)
65.500
Contas a Pagar
20.000 (VIII) 20.000
0
Disponibilidades
76.000
52.500 (IV)
33.000 (V)
6.000 (I)
62.000 (III)
5.000 (VI) 58.000 (VII)
18.000 (IX)
12.500
Desp. Adm. e Com.
18.000 (IX)
18.000
Seguros a Vencer
6.000 (I) 500 (X)
5.500
Despesas de Seguros
500 (X)
500
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Despesas com Depreciação (Despesa)
a Depreciação Acumulada (Ativo Permanente – Retif.) 2.000
XI – 30/09 - Constatou que o valor realizável líquido, por unidade de PAMJ, é
R$ 25,00.
Valor Realizável Líquido Total = R$ 25,00 x 2.400 = R$ 60.000,00
Logo, deve ser feita uma Provisão p/ Ajuste ao Valor de Mercado:
Provisão p/ Ajuste ao Valor de Mercado = 61.044,44 – 60.000,00 = 1.044,44
Despesas c/ Provisões (Despesa)
a Prov. p/ Ajuste ao Valor de Mercado (Ativo Circ. – Retif.) 1.044,44
XII – Cálculo do Resultado do Período:
Depreciação Acum.
16.000
2.000 (X)
18.000
Despesas c/ Depr.
2.000 (X)
2.000
Prov. p/ Aj. ao Valor de
Mercado
1.044,44 (XI)
1.044,44
Despesas c/ Provisões
1.044,44 (XI)
1.044,44
Receita Bruta de Vendas
105.000 (IV) 33.000 (V)
138.000 138.000
CMV
75.333,33 (IV) 27.622,22 (V)
102.955,55 102.955,55
Desp. Adm. e Com.
18.000 (IX)
18.000 18.000
Despesas de Seguros
500 (X)
500 500
Despesas c/ Depr.
2.000 (X)
2.000 2.000
Despesas c/ Provisões
1.044,44 (XI)
1.044,44 1.044,44
Apuração do Resultado
102.955,55
500
18.000 2.000
1.044,44
138.000
13.500 (XII) 13.500
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Receita Bruta de Vendas 138.000
(-) CMV (102.955,55)
Lucro Bruto 35.044,45
(-) Despesas de Seguros (500) (-) Despesas Adm. e Comerciais (18.000)
(-) Despesas c/ Depreciação (2.000)
(-) Despesas c/ Provisões (1.044,44)
Lucro Operacional 13.500
Transferência do resultado do período para “Lucros Acumulados”:
Resultado do Exercício
a Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) 13.500
GABARITO: B
Vamos calcular logo os dividendos:
XIII – Pagamento de dividendos, em dinheiro, no valor correspondente a 40%
do lucro do período.
Dividendos a Pagar = 40% x 13.500 = 5.400
Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido)
a Dividendos a Pagar (Passivo Circulante) 5.400
Dividendos a Pagar (Passivo Circulante)
a Disponibilidades (Ativo Circulante) 5.400
Consolidando os dois lançamentos:
Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido)
a Disponibilidades (Ativo Circulante) 5.400
Lucros Acumulados
30.000 (VII) 58.500
13.500 (XII)
42.000
Disponibilidades
76.000 52.500 (IV)
33.000 (V)
6.000 (I) 62.000 (III)
5.000 (VI)
58.000 (VII)
18.000 (IX) 5.400 (XIII)
7.100
Lucros Acumulados
30.000 (VII) 5.400 (XIII)
58.500 13.500 (XII)
36.600
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114. Considerando somente os dados do enunciado, determine o percentual
do valor adicionado que foi distribuído aos empregados em setembro/X8.
(a) menor que 10% (b) entre 10,01% e 20%
(c) entre 20,01% e 30%
(d) entre 30,01% e 40%
(e) maior que 40%
Resolução
De acordo com a questão, o valor distribuído aos empregados foi de R$
10.000,00 (R$ 18.000,00 – R$ 8.000,00). “Reconhecimento e pagamento de despesas administrativas e comerciais no
montante total de R$ 18.000,00, sendo R$ 8.000,00 relativos a serviços de
terceiros e o restante a pessoal próprio.”
Montando a Demonstração do Valor Adicionado, teríamos: Set/2008 %
1-RECEITAS
1.1. Vendas de mercadoria, produtos e serviços 138.000
2-INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS
2.1. Materiais consumidos (102.955,55)
2.2. Outros custos de produtos e serviços vendidos (Despesas Adm. e Com. Com terceiros, Desp. de Segu-ros e Desp. c/ Prov.)
(8.000,00) (500,00)
(1.044,44)
3 - RETENÇÕES
3.1. Depreciação, amortização e exaustão (2.000,00)
4 -VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE
23.500,00
6 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 23.500,00 100%
7 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
7.1. Empregados
Salários e encargos 10.000,00 10.000/23.500 = 42,55%
7.4. Juros sobre capital próprio e dividendos 5.400,00 5.400/23.500 = 22,98%
7.5. Lucros retidos/prejuízo do exercício 8.100,00 8.100/23.500 = 34,47%
GABARITO: E
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115. Considerando somente os dados do enunciado, quando da apropriação da
despesa de seguro relativa ao mês de setembro/X8, assinale o lançamento
contábil adequado.
(a)
D- Despesas Antecipadas – seguro (AC) 6.000
C- Disponibilidades (AC) 6.000
(b)
D- Despesas Operacionais – seguro (DRE) 500,00
C- Disponibilidades (AC) 500,00
(c) D- Despesas Operacionais – seguro (DRE) 500,00
C- Seguros a Pagar (PC) 500,00
(d) D- Despesas Antecipadas – seguro (AC) 500,00
C- Disponibilidades (AC) 500,00
(e) D- Despesas Operacionais – seguro (DRE) 500,00
C- Despesas Antecipadas – seguro (AC) 500,00
Resolução
Despesas de Seguros (Despesa)
a Seguros a Vencer (Ativo Circulante) (*) 500
(*) ou “Despesas Antecipadas – Seguro (AC)
GABARITO: E
116. Considerando somente os dados do enunciado, determine o valor do flu-xo de caixa líquido da atividade de financiamento do mês de setembro/X8.
(a) menor que –5.000,00
(b) entre –4.999,99 e –1.000,00 (c) entre –999,99 e +3.000,00
(d) entre +20.000,01 e +24.000,00
(e) maior que +24.000,00
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Resolução
A questão deseja saber o fluxo de caixa líquido da atividade de financiamento.
Vamos relembrar este conceito:
Fluxo das Atividades de Financiamento (FAF)
Entradas:
- Recebimentos referentes a empréstimos obtidos - Recebimento de acionistas por venda de ações ou integralização
do capital
- Recebimento por emissão de debêntures
- Recebimento de subvenções para investimento
Saídas:
- Pagamento de dividendos
- Pagamento de resgate ou reembolso de ações
- Pagamento de resgate de debêntures - Pagamento do principal referente a empréstimos ou financiamen-
tos obtidos
Vamos à resolução da questão:
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento:
Entrada: Integralização do Capital Social em Dinheiro 5.000
Saída: Dividendos Pagos (5.400)
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento (400)
GABARITO: C
117. Durante a aplicação dos testes substantivos, o auditor detectou que o (sub) grupo intangível apresentava valor significativo (relevante). Assim, com
o intuito de validar esse item, solicitou o laudo de avaliação, que sustentou o
valor apresentado no balanço patrimonial. Após aplicação dos procedimentos
de inspeção e cálculo, concluiu que o valor lançado estava superavaliado. Ten-do informado o fato à administração da auditada, recebeu a resposta de que
ela não estaria disposta a corrigir.
Em relação aos pareceres que poderiam ser emitidos nesse caso, tendo em
vista a discordância entre auditor e auditada e considerando que não houve limitação no escopo dos trabalhos, consoante o CFC (Resolução 830 de 1998 e
Resolução 953 de 2003), assinale a alternativa correta.
(a) sem ressalvas, uma vez que o lançamento do intangível no balanço não é
obrigatório (b) com abstenção de opinião ou com ressalvas
(c) com ressalvas, adverso ou com abstenção de opinião
(d) sem ressalvas, adverso, com abstenção de opinião e com ressalvas
(e) adverso ou com ressalvas
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Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade em Exercícios – Provas Selecionadas 35
Resolução
O parecer de auditoria é o documento que representa a opinião do auditor so-bre exatidão, regularidade, adequação da gestão e das Demonstrações Contá-
beis, em conformidade com as normas emanadas pelo CFC para o auditor.
O parecer deve expressar, clara e objetivamente, se os processos de contas auditados, em todos os aspectos relevantes, na opinião do auditor, estão ade-
quadamente representados ou não.
O parecer pela regularidade com ressalva deve obedecer ao modelo do
parecer sem ressalva, modificado no parágrafo de opinião, com a utili-zação das expressões “exceto por”, “exceto quanto” ou “com exceção
de”, referindo-se aos efeitos do assunto objeto da ressalva. Não é a-
ceitável nenhuma outra expressão na redação desse tipo de parecer.
No caso de limitação na extensão do trabalho, o parágrafo referente à extensão também será modificado para refletir tal circunstância.
Quando o auditor emitir parecer pela regularidade com ressalva, adverso ou
com abstenção de opinião, deve ser incluída descrição clara de todas as razões que fundamentou o seu parecer e, se praticável, a quantificação dos efeitos
sobre as Demonstrações Contábeis e/ou de implicações normativas e legais.
Essas informações devem ser apresentadas em parágrafo específico do pare-
cer, precedendo ao da opinião e, se for caso, fazer referência a uma divulgação mais ampla pelo auditor em nota em item específico do Relatório de Auditoria.
O conjunto das informações sobre o assunto objeto de ressalva, constante no
parecer e nas notas específicas do Relatório de Auditoria, sobre os processos
de contas, deve permitir aos usuários claro entendimento de sua natureza e seus efeitos nas Demonstrações Contábeis e da gestão, particularmente sobre
a posição orçamentária, patrimonial e financeira, o resultado das operações e
das diretrizes normativas e legais infringidas de forma relevante.
Circunstâncias que Impedem a Emissão de Parecer sem Ressalva
O auditor pode discordar da Gestão da entidade quanto:
a) às práticas contábeis utilizadas;
b) à forma de aplicação das práticas contábeis; c) à forma de contratação de serviços e produtos;
d) outras circunstâncias relevantes em relação a normas e a legislação
aplicável a entidades que arrecadam contribuições parafiscais.
Constituem falhas técnicas que poderão eventualmente ocasionar a ressalva das contas:
I – a apresentação de balanços e Demonstrativos Contábeis contendo erros e
enganos de soma;
II – a celebração de contratos sem indicação da dotação orçamentária e por tempo indeterminado;
III – a elaboração de empenhos ou a efetivação de pagamentos sem autoriza-
ção expressa do gestor ou da autoridade competente;
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IV – a inexistência de inscrição e execução da dívida ativa, quando houver;
V – a elaboração de inventário sem os valores individuais dos bens;
VI – a ausência de atestação de materiais recebidos e/ou serviços prestados ou
qualquer outra irregularidade no processo de liquidação da despesa; VII – a ausência de identificação do credor nos processos de pagamento;
VIII – a aquisição de materiais para obras (serviços) sem que se identifique a
sua destinação;
IX – a existência de peças contábeis assinadas por profissionais sem a devida identificação de registro no órgão competente;
X – a alienação de bens sem a devida contabilização das respectivas baixas;
XI – o descumprimento de prazos estabelecidos pelas Resoluções do CFC e do
Tribunal;
XII – a reincidência em falha ou irregularidade que já tenha sido objeto de pronunciamento anterior da Câmara de Controle Interno do CFC e do Tribunal;
XIII – a falta de cumprimento de qualquer determinação da Câmara de Contro-
le Interno e do Tribunal seja mediante Parecer Prévio seja mediante Delibera-
ção; XIV – a perda do prazo ou a não-apresentação de resposta à Notificação expe-
dida pela Câmara de Controle Interno do CFC;
XV – a ausência de observação a requisitos relativos à apresentação da docu-
mentação mensal de receita e de despesa, na forma preceituada em Resolução deste CFC;
XVI – a ausência de almoxarifado e/ou sistema de controle de aquisição e dis-
tribuição de materiais;
XVII – o repasse de subvenções a entidades irregulares ou operado de forma
irregular.
GABARITO: E
118. O Tribunal de Contas do Município deverá, à exceção das contas do Sr.
Prefeito, julgar os processos de contas (prestações e tomadas) encaminhados
pelo Poder Executivo, sobre os quais emitirá parecer prévio. Ao julgá-los, de-
verá qualificá-los nas seguintes modalidades, consoante a Lei Municipal 289, de 1991, (Lei Orgânica do TCMRJ):
(a) com ressalvas, sem ressalvas, adverso e com abstenção de opinião.
(b) regular, regular com ressalvas e de irregularidade. (c) pleno, restritivo e de irregularidade.
(d) limpo, com ressalvas, adverso e com abstenção de opinião.
(e) limpo, modificado e qualificado.
Resolução
Tipos de parecer prévio (de acordo com a Lei Orgânica do TCMRJ):
- regular;
- regular com ressalvas; e - de irregularidade.
GABARITO: B
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade em Exercícios – Provas Selecionadas 37
119. Uma das críticas às demonstrações contábeis no serviço público diz res-
peito ao não-uso de provisões contábeis na medida necessária. Como exemplo
dessa situação, é possível citar a manutenção de elevados saldos da dívida ati-
va constantes no balanço patrimonial quando é sabido que parte desse valor dificilmente será arrecadado, sobretudo em função da falta de garantias. O
Conselho Federal de Contabilidade, por meio da Resolução 1.066 de 2005,
quando trata de contingências e estimativas, determina que os auditores con-
siderem, ao analisar o risco Contingências Ativas, as seguintes categorias de chance de sucesso:
(a) provável, possível e remoto.
(b) certo, possível e remoto.
(c) provável, possível e improvável. (d) certo, provável e improvável.
(e) praticamente certo, provável, possível e remoto.
Resolução
De acordo com a Resolução no 1.066 de 2005:
Tipo de con-
tingência
Probabilidade Tratamento Referência com os
itens da Norma
Contingência
ativa
Praticamente certa Reconhecer o
ativo.
19.7.12.1
Provável Divulgar. 19.7.12.2
Possível ou remota Não divulgar. 19.7.18.6
Contingência
passiva
Provável
- mensurável com sufi-ciente segurança
Provisionar. 19.7.6.1
- não mensurável com
suficiente segurança
Divulgar. 19.7.10.2
Possível Divulgar. 19.7.7.2 (b)
Remota Não divulgar. 19.7.11.1, 19.7.18.4 e 19.7.18.10
GABARITO: E
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade em Exercícios – Provas Selecionadas 38
120. Durante a aplicação dos procedimentos atinentes à espécie, o auditor de-
tectou, com base nos documentos contábeis, que em determinado dia a conta
“caixa” da entidade apresentava saldo contábil credor. Em relação a esse fato,
assinale a melhor explicação.
(a) Trata-se de ativo fictício, uma vez que há valores registrados que, de fato,
inexistem.
(b) Trata-se de passivo oculto, tendo em vista que dívidas contratadas foram registradas erroneamente no passível exigível a longo prazo.
(c) Corresponde a “estouro de caixa”, situação decorrente, por exemplo, de
receitas recebidas, mas não contabilizadas.
(d) Corresponde a “estouro de caixa”, decorrente, por exemplo, de mercadori-
as adquiridas e pagas, mas não contabilizadas. (e) Corresponde ao que culturalmente chamamos de “caixa 2”, prática sabi-
damente conhecida e permitida pela legislação.
Resolução
Saldo Credor de Caixa
As empresas que possuem “caixa 2”, muitas vezes, para evitar que a conta “Caixa” fique com saldo credor, efetuam um lançamento fictício
de suprimento de caixa por meio de empréstimos de sócios quando a
empresa, por exemplo, necessita pagar uma despesa e não possui di-
nheiro suficiente em caixa. Deste modo, retiram dinheiro do “caixa 2” e colocam na conta “Caixa”, para evitar que esta conta fique com saldo
credor. Ou seja, Corresponde a “estouro de caixa”, situação decorren-
te, por exemplo, de receitas recebidas, mas não contabilizadas.
GABARITO: C
121. Tendo em vista a exigüidade do tempo ou visando minimizar os custos, é
comum, na atividade de auditoria, o uso de técnicas de amostragem estatística e não-estatística. Nesse diapasão, uma das maiores preocupações do auditor
reside na obtenção de uma amostra representativa, qual seja aquela que apre-
senta as mesmas características da população. Assim, ao selecionar uma a-
mostra, deverá levar em consideração os seguintes itens (aspectos), de acordo com o CFC (Resolução 1.012 de 2005):
(a) tamanho da população, erro tolerável e erro esperado (estatístico e não-
estatístico). (b) risco de amostragem, estratificação e testes substantivos.
(c) tamanho da amostra, controle interno e estratificação.
(d) objetivos específicos da auditoria, erro tolerável e erro esperado.
(e) testes substantivos, erro esperado e testes de observância.
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade em Exercícios – Provas Selecionadas 39
Resolução
De acordo com a Resolução no 1.012 de 2005:
Ao planejar e determinar a amostra de auditoria, o auditor deve levar
em consideração os seguintes aspectos:
- os objetivos específicos da auditoria;
- a população da qual o auditor deseja extrair a amostra;
- a estratificação da população; - o tamanho da amostra;
- o risco da amostragem;
- o erro tolerável; e
- o erro esperado.
GABARITO: D
122. Um dos atributos profissionais requeridos para o desenvolvimento da ati-vidade de auditoria é a independência. Esse item pressupõe, conforme prevê o
CFC (Resolução 1034 de 2005), a independência de pensamento (objetividade
e integridade na realização dos exames e emissão de opinião) e a aparência de
independência (evitando que terceiros possam questionar a idoneidade do au-ditor). Em algumas situações, ela pode ser afetada por ameaças de interesse
próprio, auto-revisão, defesa de interesses da entidade auditada, familiaridade
e intimidação. Em relação à ameaça de “auto-revisão”:
(a) ocorre quando uma entidade de auditoria ou um membro da equipe de au-
ditoria poderia auferir benefícios de um interesse financeiro na entidade audi-
tada.
(b) ocorre quando um membro da equipe de auditoria encontra obstáculos pa-
ra agir objetivamente e com ceticismo profissional devido a ameaças, reais ou percebidas, por parte de administradores, diretores ou funcionários de uma
entidade auditada.
(c) ocorre quando o resultado de um trabalho anterior precisa ser reanalisado
ao serem tiradas conclusões sobre o trabalho de auditoria ou quando um membro da equipe de auditoria era, anteriormente, administrador ou diretor
da entidade auditada.
(d) ocorre quando a entidade de auditoria ou um membro da equipe de audito-
ria defendem ou parecem defender a posição ou a opinião da entidade audita-da, a ponto de poderem comprometer ou darem a impressão de comprometer
a objetividade.
(e) ocorre quando, em virtude de um relacionamento estreito com uma enti-
dade auditada, com seus administradores, com diretores ou com funcionários,
uma entidade de auditoria ou membro da equipe de auditoria passam a se i-dentificar, demasiadamente, com os interesses da entidade auditada.
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Resolução
De acordo com a Resolução no 1.034 de 2005:
Ameaça de auto-revisão ocorre quando o resultado de um trabalho an-
terior precisa ser reanalisado ao serem tiradas conclusões sobre o tra-balho de auditoria ou quando um membro da equipe de auditoria era,
anteriormente, administrador ou diretor da entidade auditada, ou era
um funcionário cujo cargo lhe permitia exercer influência direta e im-
portante sobre o objeto do trabalho de auditoria.
GABARITO: C
123. Na análise preliminar do objeto de auditoria, algumas ferramentas são comumente utilizadas. Entre elas, o “modelo de marco lógico”:
(a) foi criado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID para orien-
tar a formulação, execução, acompanhamento e avaliação de programas ou projetos governamentais submetidos à sua apreciação. Visa a retratar como
estão estruturadas as atividades desenvolvidas por programas ou projetos go-
vernamentais.
(b) como desvantagem, trata-se de um modelo com baixo potencial analítico, propiciando uma visão limitada do programa ou projeto sob estudo.
(c) não se preocupa com a definição de indicadores práticos, objetivos, mensu-
ráveis e independentes para cada nível, tampouco com indicação das fontes de
dados e fatores exógenos (pressupostos) que podem afetar o objeto da audito-ria em cada nível.
(d) procura exprimir como o objeto da auditoria desenvolve as suas atividades,
identificando as informações e os recursos humanos, físicos e financeiros exi-
gidos (insumos), os processos de transformação dos insumos em produtos, os
bens e serviços ofertados (produtos), os benefícios proporcionados (impacto) e os possíveis indicadores de desempenho.
(e) identifica os fatores internos e externos (clientes, fornecedores, competido-
res, sindicatos, associações profissionais, autoridades diversas, etc.) que influ-
enciam as atividades desenvolvidas pelo objeto da auditoria. O modelo deve exibir as interações e inter-relações existentes entre os vários grupos de inte-
ressados, indicando se são ou não estáveis, complexas ou concorrentes.
Resolução
Modelo de Marco Lógico: foi criado pelo Banco Interamericano de De-
senvolvimento – BID para orientar a formulação, execução, acompa-
nhamento e avaliação de programas ou projetos governamentais sub-
metidos à sua apreciação. Visa a retratar como estão estruturadas as atividades desenvolvidas por programas ou projetos governamentais.
GABARITO: A
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124. O termo governança refere-se aos processos de como as organizações
são administradas e controladas. Os dirigentes do setor privado priorizam o
foco da governança. No entanto, as prioridades no contexto do setor público,
que opera com estruturas e modelos de gestão diferentes, são mais difíceis de identificar. Neste, a governança tem que estabelecer a definição clara dos pa-
péis, das metas, das responsabilidades, dos modelos de decisão, das rotinas e,
também, abranger a Gestão do Conhecimento. Considerando a legislação que
regulamenta a profissão contábil, em especial a proveniente do CFC, CVM e IFAC – International Federation of Accountants (de acordo com o estudo reali-
zado em 2001), foram desenvolvidos no setor público três princípios funda-
mentais de governança:
(a) Openness (Transparência), Integrity (Integridade) e Accountability (res-ponsabilidade de prestar contas).
(b) Openness (Transparência), Capacity (Capacidade) e Accountability (res-
ponsabilidade de prestar contas).
(c) Integrity (Integridade), Capacity (Capacidade) e Accountability (responsa-bilidade de prestar contas).
(d) Integrity (Integridade), SOX e Accountability (responsabilidade de prestar
contas).
(e) Capacity (Capacidade), SOX e Accountability (responsabilidade de prestar contas).
Resolução
Princípios Fundamentais de Governança:
- Openness (Transparência); - Integrity (Integridade); e
- Accountability (responsabilidade de prestar contas).
Opennes (Transparência): é requerido para assegurar que as partes inte-
ressadas (sociedade) possam ter confiança no processo de tomada de decisão
e nas ações das entidades do setor público, na sua gestão e nas pessoas que nela trabalham.
Integrity (Integridade): compreende procedimentos honestos e perfeitos. É
baseada na honestidade, objetividade, normas de propriedade, probidade na administração dos recursos públicos e na gestão da instituição.
Accountability (responsabilidade de prestar contas): é o que as entida-
des do setor público e seus indivíduos são responsáveis por suas decisões e ações, incluindo a administração dos recursos públicos e todos os aspectos de
desempenho e, submetendo-se ao escrutínio externo apropriado.
GABARITO: A
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125. No tocante a habilidades e metodologias em auditoria governamental, a
“matriz de planejamento” é uma ferramenta de auditoria que torna o planeja-
mento mais sistemático e dirigido, facilitando a comunicação de decisões sobre
metodologia entre a equipe e os superiores hierárquicos e auxiliando na con-dução dos trabalhos de campo. Em relação a ela, é possível afirmar que:
(a) se trata de uma esquematização das informações relevantes do planeja-
mento de uma auditoria. Contudo, não tem como propósito auxiliar na elabo-ração conceitual do trabalho e na orientação da equipe na fase de execução.
(b) é um instrumento flexível, e o seu conteúdo pode ser atualizado ou modifi-
cado pela equipe, à medida que o trabalho de auditoria progride.
(c) não fazem parte dela elementos como questões de auditoria, informações
requeridas, fontes de informação e estratégias metodológicas. (d) a formulação das questões de auditoria não gerará implicações nas deci-
sões quanto aos tipos de dados que serão coletados e à forma de coleta que
será empregada.
(e) seu uso no setor público não é recomendável em ampla escala, sobretudo em função do custo envolvido.
Resolução
Matriz de Planejamento: é um instrumento flexível, e o seu conteúdo
pode ser atualizado ou modificado pela equipe, à medida que o traba-
lho de auditoria progride.
GABARITO: B
126. Quanto à instrumentalização do serviço, os papéis de trabalho – PT são documentos que fundamentam as informações obtidas nos trabalhos de audi-
toria e fiscalização do sistema de controle interno. Neles, são registrados da-
dos da unidade auditada ou do programa fiscalizado, as etapas preliminares,
os trabalhos realizados e as conclusões alcançadas. De acordo com o CFC (Re-solução 1024 de 2005 e 828 de 1998):
(a) a extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional,
sendo necessário documentar todas as questões de que o auditor trata. (b) a forma e o conteúdo dos papéis de trabalho são afetados exclusivamente
pela natureza do trabalho, complexidade da atividade da entidade, condição
dos sistemas contábeis e de controle interno da entidade e revisão do trabalho
executado pela equipe técnica. (c) devem ser arquivados pelo prazo de cinco anos, a contar da publicação do
parecer.
(d) os papéis de trabalho padronizados podem melhorar a eficácia dos traba-
lhos e sua utilização facilita a delegação de tarefas, proporcionando meio adi-
cional de controle de qualidade. (e) por serem de propriedade do auditor, podem ser cedidos ao auditor suces-
sor (no caso de troca de auditores independentes) desde que autorizados pela
auditada, ainda que informalmente.
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Resolução
O auditor deve registrar nos papéis de trabalho a informação relativa ao plane-jamento de auditoria, a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedi-
mentos aplicados, os resultados obtidos e as suas conclusões da evidência da
auditoria. Os papéis de trabalho devem incluir o juízo do auditor acerca de to-
das as questões significativas, juntamente com a conclusão a que chegou, in-clusive nas áreas que envolvem questões de difícil julgamento.
A extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional, visto
que não é necessário nem prático documentar todas as questões de que o au-
ditor trata. Entretanto, qualquer matéria que, por ser relevante, possa influir sobre o seu parecer, deve gerar papéis de trabalho que apresentem as indaga-
ções e as conclusões do auditor. Ao avaliar a extensão dos papéis de
trabalho, o auditor deve considerar o que seria necessário para proporcionar a
outro auditor, sem experiência anterior com aquela auditoria, o entendimento do trabalho executado e a base para as principais decisões tomadas, sem a-
dentrar os aspectos detalhados da auditoria.
A forma e o conteúdo dos papéis de trabalho podem ser afetados por questões como:
a) natureza do trabalho;
b) natureza e complexidade da atividade da entidade;
c) natureza e condição dos sistemas contábeis e de controle interno da entida-de;
d) direção, supervisão e revisão do trabalho executado pela equipe técnica; e
e) metodologia e tecnologia utilizadas no curso dos trabalhos.
Os papéis de trabalho são elaborados, estruturados e organizados para atender às circunstâncias do trabalho e satisfazer às necessidades do auditor para cada
auditoria.
Os papéis de trabalho padronizados podem melhorar a eficácia dos trabalhos e sua utilização facilita a delegação de tarefas, proporcio-
nando meio adicional de controle de qualidade. Entre os papéis de tra-
balho padronizados, encontram-se, além de outros: listas de verifica-
ção de procedimentos, cartas de confirmação de saldos, termos de ins-peções físicas de caixa, de estoques e de outros ativos.
GABARITO: D
Bons estudos a todos e até a próxima aula,
Moraes Junior
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Prova 6. Auditor – TCM/RJ - FGV
Lista de Questões Comentadas Nesta Aula
107. Segundo a Resolução CFC 921/01, se determinada empresa mercantil
firmar contrato de arrendamento mercantil, na qualidade de arrendatária, com a característica de valor residual significativamente inferior ao valor de merca-
do do bem na data da opção, o bem arrendado deverá ficar avaliado e eviden-
ciado em seu patrimônio:
(a) pelo valor do bem, no ativo permanente imobilizado.
(b) pelo valor das contraprestações mais o valor residual, no ativo circulante
ou realizável a longo prazo.
(c) como zero, pois não deve ser reconhecido como patrimônio da arrendatá-ria.
(d) pelo valor das contraprestações, no passivo circulante ou exigível a longo
prazo.
(e) pelo valor residual, como conta redutora do passivo circulante ou exigível a
longo prazo.
108. Segundo a Resolução CFC 1.110/07, assinale o valor da variação que de-
verá sofrer o patrimônio da Empresa Industrial X ao efetuar, adequadamente,
o lançamento contábil relativo ao teste de recuperabilidade do equipamento Y, sabendo-se que:
1. o valor de registro original do equipamento Y é $100.000,00;
2. a depreciação acumulada do equipamento Y, até a data do teste, é $40.000,00;
3. o valor de mercado do equipamento Y, na data do teste, é $62.000,00;
4. caso a Empresa X vendesse o equipamento Y, na data do teste, incorreria
em gastos associados a tal transação no montante de $13.000,00;
5. caso a Empresa X não vendesse o equipamento Y e o continuasse utilizando no processo produtivo, seria capaz de produzir 10.000 unidades do produto Z
por ano pelos próximos 3 anos;
6. o preço de venda do produto Z é $10,00 por unidade;
7. os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produ-to Z é $8,00;
8. o custo de capital da Empresa X é 10% ao ano;
9. a Empresa X é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo.
(a) entre $ –15.000,00 e $ –10.801,00
(b) entre $ –10.800,00 e $ –5.001,00
(c) entre $ –5.000,00 e $ –1,00
(d) zero (e) entre $1,00 e $2.000,00
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109. Com base na Resolução CFC 1.120/08, analise as afirmativas a seguir:
I. As variações cambiais resultantes de conversão das demonstrações contá-
beis para moeda diferente da moeda funcional devem ser reconhecidas em conta específica no resultado não-operacional.
II. As variações cambiais que surgem da liquidação de itens monetários ao
converter itens monetários por taxas diferentes daquelas pelas quais foram
inicialmente convertidas durante o período, ou em demonstrações contábeis anteriores, devem ser reconhecidas como receita ou despesa no período em
que surgirem, com exceção das variações cambiais de itens monetários que
fazem parte do investimento líquido da entidade que reporta em uma entidade
no exterior.
III. Uma entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em qualquer moeda (ou moedas).
Assinale:
(a) se somente a afirmativa I estiver correta.
(b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(d) se somente a afirmativa II estiver correta. (e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
110. Determinada empresa industrial fabrica e vende dois produtos: M e C.
Observe os dados desses dois produtos:
Produto M C
Preço de venda 25,00 15,00
Matéria-prima A (em kg/unid.) 1 1,2
Matéria-prima B (em kg/unid.) 2 0,5 Horas-máquina 1 (em h/unid.) 2 2
Horas-máquina 2 (em h/unid.) 3 1
Demanda (em unid./mês) 50 80
Sabe-se que os recursos são onerosos e limitados, conforme a tabela a seguir:
Recursos custo unitário disponibilidade
Matéria-prima A $ 1,00/kg 140kg Matéria-prima B $ 2,00/kg 150kg
Máquina 1 $ 3,00/h 300h
Máquina 2 $ 4,00/h 300h
Sabe-se, ainda, que: I. a empresa não tem como aumentar as suas disponibilidades no próximo
mês; portanto, precisa gerenciar aquelas restrições;
II. a empresa tem por política trabalhar sem estoque final de produtos acaba-
dos.
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Assinale a alternativa que indique quantas unidades a empresa precisa produ-
zir e vender de cada produto no próximo mês para maximizar seu resultado
nesse próximo mês.
(a) M = 25; C = 0
(b) M = 0; C = 116,67
(c) M = 44; C = 80
(d) M = 44; C =96 (e) M = 50; C = 80
111. Determinada empresa industrial é monoprodutora. Nos meses de março
e abril passados, apurou o seguinte:
março abril
Estoque inicial(em unidades) - -
Produção (em unidades) 1.000 1.200
Vendas (em unidades) 1.000 1.000 Custo total de fabricação (em $) 15.000,00 17.000,00
Receita bruta de vendas (em $) 25.000,00 25.000,00
Sabe-se que: • a empresa controla seus estoques permanentemente e os avalia pelo método
PEPS;
• a empresa incorre, ainda, em despesas fixas de $3.000,00 por mês e em
despesas variáveis equivalentes a 10% da receita bruta mensal;
• a empresa não pretende acabar o mês de maio com produtos acabados em estoque;
• a empresa é contribuinte do imposto de renda sobre o lucro à alíquota de
20%; e
• não houve variação de preços no período.
Assinale a alternativa que indique quantas unidades a empresa precisa produ-
zir em maio para que o lucro líquido de maio, pelo custeio por absorção, seja
$5.000,00.
(a) mais de 1.150 unidades
(b) entre 1.101 unidades e 1.150 unidades
(c) entre 801 unidades e 950 unidades (d) entre 951 unidades e 1.100 unidades
(e) menos de 800 unidades
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112. Determinada empresa industrial fabrica e vende dois produtos: N e L. F
se significativa da produção é comum a esses dois produtos. Durante a fase de
produção conjunta, incorre-se em custos de transformação no valor de
$200.000,00, e mais em custos básicos conforme a tabela a seguir:
recursos produção con-
junta
quantidade consumida
(em kg)
custo unitário (em $/kg)
Matéria-prima 1 8.000 12,50
Matéria-prima 2 2.000 100,00
No ponto de separação, identificou-se que a produção conjunta pesava
10.000kg, dos quais 1.000kg eram de produtos N semi-elaborados e 9.000kg
eram de produto L semi-elaborado. Para terminar a produção, incorreu-se em
mais custos de transformação, sendo $20.000,00 na produção de N e $150.000,00 na produção de L.
Sabe-se que:
• os preços de venda são: N = $72,00/kg e L = $70,00/kg; • nesse mês a empresa vendeu: N = 600 kg e L = 8.100kg;
• não havia estoques iniciais;
• toda a produção iniciada foi encerrada no mesmo período;
• a empresa trabalha com o controle periódico de estoques e os avalia pelo
custo médio ponderado; e • nesse mês a empresa incorreu em despesas comerciais e administrativas que
totalizaram $25.000,00.
Desconsiderando-se qualquer tributo, é correto afirmar que o lucro bruto, pelo custeio por absorção, dessa empresa nesse mês foi:
(a) de mais de $7.000,00.
(b) entre $5.001,00 e $7.000,00. (c) entre $3.001,00 e $5.000,00.
(d) entre $1.001,00 e $3.000,00.
(e) de menos de $1.000,00.
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Com base no enunciado a seguir, responda às questões 113 a 116:
A Cia. JMAP vende o produto PAMJ. A empresa apresenta o seguinte Balanço
em 31.08.X8:
ATIVO - PASSIVO +
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
–
Disponibilidades 76.000 Fornecedores 26.500
Estoques 25.000 Contas a Pagar 20.000
Móveis e Utensílios 200.000 Capital Social 180.000
(-) Depreciação
acumulada
-16.000 Lucros Acumula-
dos
58.500
Total 285.000 285.000
Informações adicionais:
i) o Estoque é constituído por 1.000 unidades adquiridas por R$ 25,00 cada. A
empresa adota o CMPM (Custo médio ponderado móvel) – controle permanen-
te;
ii) os Móveis e Utensílios são depreciados à taxa de 12% ao ano. A empresa efetuou as seguintes operações no mês de setembro de X8:
Data Evento
01 A empresa efetuou o seguro anual de seu patrimônio, mediante o pa-
gamento do prêmio de seguro no valor total de R$ 6.000,00, à vista.
02 Compra 1.000 unidades de PAMJ por R$ 26,00 cada, para pagar em
outubro/X8.
05 Compra 2.500 unidades de PAMJ por R$ 24,80 cada, à vista.
10 Venda de 3.000 unidades de PAMJ por R$ 35,00 cada, sendo que me-
tade à vista e metade a prazo para recebimento em 30 dias.
15 Venda de 1.100 unidades de PAMJ por R$ 30,00 cada, à vista.
22 Compra 2.000 unidades de PAMJ por R$ 25,50, para pagamento em 60
dias.
25 Aumento do Capital Social em R$ 35.000,00, sendo R$ 5.000,00 em
dinheiro e o restante em integralização de parte do saldo de lucros a-cumulados.
26 Pagamento de R$ 38.000,00 aos fornecedores e da totalidade do saldo
das contas a pagar.
30 Reconhecimento e pagamento de despesas administrativas e comerci-
ais no montante total de R$ 18.000,00, sendo R$ 8.000,00 relativos a serviços de terceiros e o restante a pessoal próprio.
30 Apropriação mensal da despesa de seguro e depreciação dos móveis e
utensílios.
30 Constatou que o valor realizável líquido, por unidade de PAMJ, é R$
25,00.
30 Pagamento de dividendos, em dinheiro, no valor correspondente a 40% do lucro do período.
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113. Considerando somente os dados do enunciado, determine o valor do lu-
cro operacional do mês de setembro/X8.
(a) menor que 10.000,00 (b) entre 10.000,01 e 14.000,00
(c) entre 14.000,01 e 18.000,00
(d) entre 18.000,01 e 22.000,00
(e) maior que 22.000,01
114. Considerando somente os dados do enunciado, determine o percentual
do valor adicionado que foi distribuído aos empregados em setembro/X8.
(a) menor que 10% (b) entre 10,01% e 20%
(c) entre 20,01% e 30%
(d) entre 30,01% e 40%
(e) maior que 40%
115. Considerando somente os dados do enunciado, quando da apropriação da
despesa de seguro relativa ao mês de setembro/X8, assinale o lançamento
contábil adequado.
(a)
D- Despesas Antecipadas – seguro (AC) 6.000
C- Disponibilidades (AC) 6.000
(b)
D- Despesas Operacionais – seguro (DRE) 500,00
C- Disponibilidades (AC) 500,00
(c)
D- Despesas Operacionais – seguro (DRE) 500,00
C- Seguros a Pagar (PC) 500,00
(d)
D- Despesas Antecipadas – seguro (AC) 500,00
C- Disponibilidades (AC) 500,00
(e)
D- Despesas Operacionais – seguro (DRE) 500,00
C- Despesas Antecipadas – seguro (AC) 500,00
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116. Considerando somente os dados do enunciado, determine o valor do flu-
xo de caixa líquido da atividade de financiamento do mês de setembro/X8.
(a) menor que –5.000,00 (b) entre –4.999,99 e –1.000,00
(c) entre –999,99 e +3.000,00
(d) entre +20.000,01 e +24.000,00
(e) maior que +24.000,00
117. Durante a aplicação dos testes substantivos, o auditor detectou que o
(sub) grupo intangível apresentava valor significativo (relevante). Assim, com
o intuito de validar esse item, solicitou o laudo de avaliação, que sustentou o
valor apresentado no balanço patrimonial. Após aplicação dos procedimentos de inspeção e cálculo, concluiu que o valor lançado estava superavaliado. Ten-
do informado o fato à administração da auditada, recebeu a resposta de que
ela não estaria disposta a corrigir.
Em relação aos pareceres que poderiam ser emitidos nesse caso, tendo em vista a discordância entre auditor e auditada e considerando que não houve
limitação no escopo dos trabalhos, consoante o CFC (Resolução 830 de 1998 e
Resolução 953 de 2003), assinale a alternativa correta.
(a) sem ressalvas, uma vez que o lançamento do intangível no balanço não é
obrigatório
(b) com abstenção de opinião ou com ressalvas
(c) com ressalvas, adverso ou com abstenção de opinião
(d) sem ressalvas, adverso, com abstenção de opinião e com ressalvas (e) adverso ou com ressalvas
118. O Tribunal de Contas do Município deverá, à exceção das contas do Sr.
Prefeito, julgar os processos de contas (prestações e tomadas) encaminhados pelo Poder Executivo, sobre os quais emitirá parecer prévio. Ao julgá-los, de-
verá qualificá-los nas seguintes modalidades, consoante a Lei Municipal 289,
de 1991, (Lei Orgânica do TCMRJ):
(a) com ressalvas, sem ressalvas, adverso e com abstenção de opinião.
(b) regular, regular com ressalvas e de irregularidade.
(c) pleno, restritivo e de irregularidade.
(d) limpo, com ressalvas, adverso e com abstenção de opinião. (e) limpo, modificado e qualificado.
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119. Uma das críticas às demonstrações contábeis no serviço público diz res-
peito ao não-uso de provisões contábeis na medida necessária. Como exemplo
dessa situação, é possível citar a manutenção de elevados saldos da dívida ati-
va constantes no balanço patrimonial quando é sabido que parte desse valor dificilmente será arrecadado, sobretudo em função da falta de garantias. O
Conselho Federal de Contabilidade, por meio da Resolução 1.066 de 2005,
quando trata de contingências e estimativas, determina que os auditores con-
siderem, ao analisar o risco Contingências Ativas, as seguintes categorias de chance de sucesso:
(a) provável, possível e remoto.
(b) certo, possível e remoto.
(c) provável, possível e improvável. (d) certo, provável e improvável.
(e) praticamente certo, provável, possível e remoto.
120. Durante a aplicação dos procedimentos atinentes à espécie, o auditor de-tectou, com base nos documentos contábeis, que em determinado dia a conta
“caixa” da entidade apresentava saldo contábil credor. Em relação a esse fato,
assinale a melhor explicação.
(a) Trata-se de ativo fictício, uma vez que há valores registrados que, de fato,
inexistem.
(b) Trata-se de passivo oculto, tendo em vista que dívidas contratadas foram
registradas erroneamente no passível exigível a longo prazo.
(c) Corresponde a “estouro de caixa”, situação decorrente, por exemplo, de receitas recebidas, mas não contabilizadas.
(d) Corresponde a “estouro de caixa”, decorrente, por exemplo, de mercadori-
as adquiridas e pagas, mas não contabilizadas.
(e) Corresponde ao que culturalmente chamamos de “caixa 2”, prática sabi-damente conhecida e permitida pela legislação.
121. Tendo em vista a exigüidade do tempo ou visando minimizar os custos, é
comum, na atividade de auditoria, o uso de técnicas de amostragem estatística e não-estatística. Nesse diapasão, uma das maiores preocupações do auditor
reside na obtenção de uma amostra representativa, qual seja aquela que apre-
senta as mesmas características da população. Assim, ao selecionar uma a-
mostra, deverá levar em consideração os seguintes itens (aspectos), de acordo com o CFC (Resolução 1.012 de 2005):
(a) tamanho da população, erro tolerável e erro esperado (estatístico e não-
estatístico).
(b) risco de amostragem, estratificação e testes substantivos. (c) tamanho da amostra, controle interno e estratificação.
(d) objetivos específicos da auditoria, erro tolerável e erro esperado.
(e) testes substantivos, erro esperado e testes de observância.
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122. Um dos atributos profissionais requeridos para o desenvolvimento da ati-
vidade de auditoria é a independência. Esse item pressupõe, conforme prevê o
CFC (Resolução 1034 de 2005), a independência de pensamento (objetividade
e integridade na realização dos exames e emissão de opinião) e a aparência de independência (evitando que terceiros possam questionar a idoneidade do au-
ditor). Em algumas situações, ela pode ser afetada por ameaças de interesse
próprio, auto-revisão, defesa de interesses da entidade auditada, familiaridade
e intimidação. Em relação à ameaça de “auto-revisão”:
(a) ocorre quando uma entidade de auditoria ou um membro da equipe de au-
ditoria poderia auferir benefícios de um interesse financeiro na entidade audi-
tada.
(b) ocorre quando um membro da equipe de auditoria encontra obstáculos pa-ra agir objetivamente e com ceticismo profissional devido a ameaças, reais ou
percebidas, por parte de administradores, diretores ou funcionários de uma
entidade auditada.
(c) ocorre quando o resultado de um trabalho anterior precisa ser reanalisado ao serem tiradas conclusões sobre o trabalho de auditoria ou quando um
membro da equipe de auditoria era, anteriormente, administrador ou diretor
da entidade auditada.
(d) ocorre quando a entidade de auditoria ou um membro da equipe de audito-ria defendem ou parecem defender a posição ou a opinião da entidade audita-
da, a ponto de poderem comprometer ou darem a impressão de comprometer
a objetividade.
(e) ocorre quando, em virtude de um relacionamento estreito com uma enti-
dade auditada, com seus administradores, com diretores ou com funcionários, uma entidade de auditoria ou membro da equipe de auditoria passam a se i-
dentificar, demasiadamente, com os interesses da entidade auditada.
123. Na análise preliminar do objeto de auditoria, algumas ferramentas são comumente utilizadas. Entre elas, o “modelo de marco lógico”:
(a) foi criado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID para orien-
tar a formulação, execução, acompanhamento e avaliação de programas ou projetos governamentais submetidos à sua apreciação. Visa a retratar como
estão estruturadas as atividades desenvolvidas por programas ou projetos go-
vernamentais.
(b) como desvantagem, trata-se de um modelo com baixo potencial analítico, propiciando uma visão limitada do programa ou projeto sob estudo.
(c) não se preocupa com a definição de indicadores práticos, objetivos, mensu-
ráveis e independentes para cada nível, tampouco com indicação das fontes de
dados e fatores exógenos (pressupostos) que podem afetar o objeto da audito-
ria em cada nível. (d) procura exprimir como o objeto da auditoria desenvolve as suas atividades,
identificando as informações e os recursos humanos, físicos e financeiros exi-
gidos (insumos), os processos de transformação dos insumos em produtos, os
bens e serviços ofertados (produtos), os benefícios proporcionados (impacto) e os possíveis indicadores de desempenho.
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(e) identifica os fatores internos e externos (clientes, fornecedores, competido-
res, sindicatos, associações profissionais, autoridades diversas, etc.) que influ-
enciam as atividades desenvolvidas pelo objeto da auditoria. O modelo deve
exibir as interações e inter-relações existentes entre os vários grupos de inte-ressados, indicando se são ou não estáveis, complexas ou concorrentes.
124. O termo governança refere-se aos processos de como as organizações
são administradas e controladas. Os dirigentes do setor privado priorizam o foco da governança. No entanto, as prioridades no contexto do setor público,
que opera com estruturas e modelos de gestão diferentes, são mais difíceis de
identificar. Neste, a governança tem que estabelecer a definição clara dos pa-
péis, das metas, das responsabilidades, dos modelos de decisão, das rotinas e,
também, abranger a Gestão do Conhecimento. Considerando a legislação que regulamenta a profissão contábil, em especial a proveniente do CFC, CVM e
IFAC – International Federation of Accountants (de acordo com o estudo reali-
zado em 2001), foram desenvolvidos no setor público três princípios funda-
mentais de governança:
(a) Openness (Transparência), Integrity (Integridade) e Accountability (res-
ponsabilidade de prestar contas).
(b) Openness (Transparência), Capacity (Capacidade) e Accountability (res-ponsabilidade de prestar contas).
(c) Integrity (Integridade), Capacity (Capacidade) e Accountability (responsa-
bilidade de prestar contas).
(d) Integrity (Integridade), SOX e Accountability (responsabilidade de prestar
contas). (e) Capacity (Capacidade), SOX e Accountability (responsabilidade de prestar
contas).
125. No tocante a habilidades e metodologias em auditoria governamental, a “matriz de planejamento” é uma ferramenta de auditoria que torna o planeja-
mento mais sistemático e dirigido, facilitando a comunicação de decisões sobre
metodologia entre a equipe e os superiores hierárquicos e auxiliando na con-
dução dos trabalhos de campo. Em relação a ela, é possível afirmar que:
(a) se trata de uma esquematização das informações relevantes do planeja-
mento de uma auditoria. Contudo, não tem como propósito auxiliar na elabo-
ração conceitual do trabalho e na orientação da equipe na fase de execução. (b) é um instrumento flexível, e o seu conteúdo pode ser atualizado ou modifi-
cado pela equipe, à medida que o trabalho de auditoria progride.
(c) não fazem parte dela elementos como questões de auditoria, informações
requeridas, fontes de informação e estratégias metodológicas.
(d) a formulação das questões de auditoria não gerará implicações nas deci-sões quanto aos tipos de dados que serão coletados e à forma de coleta que
será empregada.
(e) seu uso no setor público não é recomendável em ampla escala, sobretudo
em função do custo envolvido.
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126. Quanto à instrumentalização do serviço, os papéis de trabalho – PT são
documentos que fundamentam as informações obtidas nos trabalhos de audi-
toria e fiscalização do sistema de controle interno. Neles, são registrados da-
dos da unidade auditada ou do programa fiscalizado, as etapas preliminares, os trabalhos realizados e as conclusões alcançadas. De acordo com o CFC (Re-
solução 1024 de 2005 e 828 de 1998):
(a) a extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional, sendo necessário documentar todas as questões de que o auditor trata.
(b) a forma e o conteúdo dos papéis de trabalho são afetados exclusivamente
pela natureza do trabalho, complexidade da atividade da entidade, condição
dos sistemas contábeis e de controle interno da entidade e revisão do trabalho
executado pela equipe técnica. (c) devem ser arquivados pelo prazo de cinco anos, a contar da publicação do
parecer.
(d) os papéis de trabalho padronizados podem melhorar a eficácia dos traba-
lhos e sua utilização facilita a delegação de tarefas, proporcionando meio adi-cional de controle de qualidade.
(e) por serem de propriedade do auditor, podem ser cedidos ao auditor suces-
sor (no caso de troca de auditores independentes) desde que autorizados pela
auditada, ainda que informalmente.
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GABARITO – AULA 06:
107 – A
108 – B
109 – E 110 – C
111 – D
112 – A
113 – B 114 – E
115 – E
116 – C
117 – E 118 – B
119 – E
120 – C
121 – D
122 – C 123 – A
124 – A
125 – B
126 – D
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Bibliografia
Lei das Sociedades Anônimas com as alterações trazidas pela Lei no 11.638/07 e pela MP no 449/08.
FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade Avançada e Intermediária. Rio de Janeiro.
Editora Ferreira.
FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade Básica. 3a Edição. Rio de Janeiro. Editora
Ferreira. 2004.
FIPECAFI, Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações (aplicável as demais sociedades). 6a Edição. São Paulo. Editora Atlas. 2003.
LUIZ FERRARI, Ed. Contabilidade Geral – Série Provas e Concursos. 5a Edição.
3a Tiragem. Elsevier Editora. 2005.
MOURA RIBEIRO, Osni. Contabilidade Geral Fácil – Para cursos de contabilida-
de e concursos em geral. 4a Edição. 4a Tiragem (2005). São Paulo. Editora Sa-
raiva. 2002.
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tões. 2a Edição. Rio de Janeiro. Elsevier Editora. 2005.
VICECONTI, Paulo Eduardo Vilchez & NEVES, Silvério das. Contabilidade Avan-çada e Análise das Demonstrações Financeiras. 12a Edição. São Paulo. Editora
Frase. 2003.