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h Guia de Demonstrações Financeiras Exercício de 2017 Sua empresa atualizada com as normas contábeis brasileiras e internacionais Acesse este e outros conteúdos em www.deloitte.com.br

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Guia de Demonstrações Financeiras

Exercício de 2017

Sua empresa atualizada com as normas

contábeis brasileiras e internacionais

Acesse este e outros conteúdos em www.deloitte.com.br

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Índice

Mensagem do CEO ...................................................................................................... 3

IFRSs - Normas internacionais de relatório financeiro ....................................................... 4

Regulamentação contábil - Práticas contábeis brasileiras ................................................ 16

Assuntos emergentes no mercado ............................................................................... 22

Blockchain - Um Divisor de Águas para a Contabilidade .......................................... 23

Robótica em Finanças - A Automação que Muda o Jogo ........................................... 25

Gestão Integrada de Riscos: um Desafio para as Empresas em 2017 e 2018 .............. 28

As Principais Novidades de Governança Corporativa ............................................... 31

Programa de Integridade .................................................................................... 33

Programa de Compliance para Entidades Financeiras ............................................. 34

IFRS 17 - Contratos de Seguro ............................................................................ 36

Os Principais Impactos da Instrução CVM nº 577 para a Indústria de Fundos de

Investimento ................................................................................................ 38

Os Principais Impactos das Instruções CVM nº 578 e nº 579 –

Fundo de Investimento em Participação ............................................................ 45

Regulamentações específicas por setor - CVM, instituições financeiras e outras .................. 50

Assuntos tributários - Principais temas editados em 2017 ............................................... 78

Fiscalização Eletrônica – Estudos de Caso ............................................................ 93

Reforma Trabalhista – Lei nº 13.467/2017 ........................................................... 102

A Lei Complementar nº 160/2017 e a Guerra Fiscal ............................................... 105

Contabilidade internacional - Normas contábeis norte-americanas .................................. 107

Índices de mercado - 2017 e 2016 ............................................................................. 119

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Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 3

Tenho a satisfação de apresentar, em nome de todos os sócios de nossa área de Audit & Advisory, mais uma edição do tradicional “Guia de Demonstrações Financeiras da Deloitte” – material que, com o Modelo e o Checklist de Demonstrações Financeiras, já se tornou referência no Brasil.

Esta publicação tem como objetivo trazer as mais recentes atualizações nas diretrizes das International Financial Reporting Standards (IFRSs), as normas contábeis internacionais que padronizam e elevam o grau de confiança e comparabilidade das informações financeiras divulgadas ao mercado.

As atualizações nas normas refletem o propósito de

aperfeiçoamento constante da contabilidade para prover referências técnicas ajustadas às novas necessidades e expectativas de órgãos reguladores e agentes de mercado, favorecendo a transparência e as melhores práticas corporativas.

É importante destacar também o recente avanço da tecnologia nessa área, com seus impactos em termos de processos mais eficientes, transparentes, assertivos e prospectivos, que aproximam a abordagem da contabilidade da realidade digital

contemporânea.

As empresas que atuam no Brasil, com seus atuais desafios econômicos e de mercado, bem como com sua complexidade regulatória, têm muito a ganhar com o pleno conhecimento e a correta implementação das novas normas contábeis.

Este Guia traz também artigos que abordarão uma diversidade de temas emergentes que têm impactado a contabilidade, como robótica, automação, blockchain, novas legislações e regulamentações.

A Deloitte, que está presente no Brasil desde 1911, renova o seu compromisso histórico de participar ativamente da evolução da contabilidade, a fim de contribuir com o aprimoramento da

transparência e da maturidade do nosso ambiente de negócios.

Boa leitura!

Altair Rossato

Chief Executive Officer (CEO) da Deloitte

Mensagem do CEO

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IFRSs

Normas internacionais

de relatório financeiro

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Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 5

Obs. Embora as IFRSs permitam a adoção antecipada, as práticas contábeis adotadas no Brasil não

permitem a adoção antecipada dos pronunciamentos anteriormente às respectivas datas de vigência

mandatórias.

IFRSs novas e revisadas para as

demonstrações financeiras anuais de

2017 e exercícios subsequentes

Esta seção contém o resumo dos normativos

emitidos ou revisados, cujas alterações

passaram a vigorar em 2017 e/ou em

exercícios subsequentes, como segue:

Visão geral das alterações às International

Financial Reporting Standards (IFRSs) com

adoção obrigatória a partir do exercício a

findar em 31 de dezembro de 2017.

Visão geral das IFRSs novas e revisadas,

ainda não obrigatórias (mas com adoção

antecipada permitida) para o exercício a

findar em 31 de dezembro de 2017. Nesse

sentido, a discussão a seguir reflete as

IFRSs emitidas em ou antes de 31 de

março de 2017.

Ao preparar as demonstrações financeiras

para o exercício a findar em 31 de

dezembro de 2017, as companhias

precisam considerar e divulgar o possível

impacto da adoção das IFRSs novas e

revisadas emitidas pelo International

Accounting Standards Board (IASB) após 31 de março de 2017, porém antes da

autorização para emissão das

demonstrações financeiras.

Alterações às IFRSs com adoção

obrigatória para períodos anuais

iniciados em ou após 1º de janeiro de

2017

As seguintes alterações às IFRSs tornaram-se

obrigatórias no ano corrente. As alterações,

em geral, trouxeram a necessidade da adoção

retroativa (isto é, valores comparativos devem

ser reapresentados), com algumas alterações

requerendo aplicação prospectiva.

Alterações à IAS 7 - Iniciativa de

Divulgação.

Alterações à IAS 12 - Reconhecimento de

Impostos Diferidos Ativos para Perdas a

Realizar.

Alterações à IFRS 12 incluídas nas

Melhorias Anuais ao Ciclo de IFRSs 2014-

2016.

Alterações à IAS 7 - Iniciativa de Divulgação

(Aplicáveis para períodos anuais iniciados em

ou após 1º de janeiro de 2017)

As alterações requerem que a entidade

forneça divulgações que permitam aos

usuários das demonstrações financeiras

avaliar as mudanças nos passivos resultantes

de atividades de financiamento, incluindo

mudanças que envolvem e não envolvem

caixa.

As alterações são aplicáveis

prospectivamente. As entidades não são

obrigadas a apresentar informações

comparativas para períodos anteriores quando

adotam as alterações pela primeira vez.

Alterações à IAS 12 - Reconhecimento de

Impostos Diferidos Ativos para Perdas a

Realizar (Aplicáveis para períodos anuais

iniciados em ou após 1º de janeiro de 2017)

As alterações esclarecem o seguinte:

1. As perdas a realizar decorrentes de um

instrumento de dívida mensurado ao valor

justo para o qual a base de cálculo

permanece determinada ao custo dão

origem a diferenças temporárias

dedutíveis, independentemente se o titular

do instrumento de dívida espera recuperar

o respectivo valor contábil por meio de

venda ou uso, ou se for provável que o

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IFRSs

Normas internacionais de relatório financeiro

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 6

emissor liquide todos os fluxos de caixa

contratuais.

2. Ao avaliar se lucros tributáveis estarão

disponíveis para que a diferença

temporária dedutível possa ser utilizada e

quando a legislação tributária restringe a

utilização de perdas à dedução de lucros de

um tipo específico (por exemplo, perdas de

capital somente podem ser compensadas

com ganhos de capital), uma entidade

avalia a diferença temporária dedutível em

conjunto com outras diferenças

temporárias dedutíveis daquele tipo, mas

separadamente de outros tipos de

diferenças temporárias dedutíveis.

3. A estimativa de lucro tributável futuro

provável pode incluir a recuperação de

alguns dos ativos da entidade em valor

acima do seu valor contábil se houver

evidência suficiente de que é provável que

a entidade conseguirá fazê-lo.

4. Ao avaliar a disponibilidade de lucros

tributáveis futuros suficientes, uma

entidade deve comparar as diferenças

temporárias dedutíveis com os lucros

tributáveis futuros, eliminando as deduções

fiscais resultantes da reversão daquelas

diferenças temporárias dedutíveis.

As alterações são aplicáveis

retrospectivamente.

Alterações à IFRS 12 incluídas nas Melhorias Anuais ao Ciclo de IFRSs 2014-2016

(Aplicáveis para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2017)

As Melhorias Anuais ao Ciclo de IFRSs 2014-2016 incluem alterações em várias IFRSs, estando uma delas em vigor para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2017. Consulte a página 14 a seguir para obter um resumo das outras alterações contidas neste documento que ainda não estão em vigor.

As melhorias anuais incluem as alterações a uma série de IFRSs, resumidas a seguir:

Norma Objeto da alteração Detalhes

IFRS 12 - Divulgações de

Participações em Outras

Entidades

Esclarecimento do

escopo da norma

A IFRS 12 esclarece que uma entidade não precisa fornecer informações financeiras resumidas sobre participações em controladas, coligadas ou joint ventures classificadas como (ou incluídas em um grupo de alienação classificado como) mantidas para venda.

As alterações esclarecem que esta é a única concessão das exigências de divulgação da IFRS 12 para referidas participações.

As alterações são aplicáveis retrospectivamente.

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IFRSs

Normas internacionais de relatório financeiro

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 7

IFRSs novas e revisadas não obrigatórias

(mas que podem ser adotadas

antecipadamente) para o exercício a

findar em 31 de dezembro de 2017

A lista a seguir traz as IFRSs novas e revisadas

ainda não obrigatórias (mas que podem ser

adotadas antecipadamente) para o exercício a

findar em 31 de dezembro de 2017 (*):

IFRS 9 - Instrumentos Financeiros.

IFRS 15 - Receita de Contratos com

Clientes e Correspondentes

Esclarecimentos.

IFRS 16 - Arrendamentos.

Alterações à IFRS 2 - Classificação e

Mensuração de Transações Envolvendo

Pagamentos Baseados em Ações.

Alterações à IFRS 10 e IAS 28 - Venda ou

Contribuição em Ativos entre Investidor e

Associada ou Joint Venture.

Alterações à IAS 40 - Transferências de

Propriedade para Investimento.

Melhorias Anuais ao Ciclo de IFRSs 2014-

2016.

IFRIC 22 - Transações em Moedas

Estrangeiras e Adiantamentos.

(*) O IASB também divulgou Alterações à

IFRS 4 - Aplicação da IFRS 9 -

Instrumentos Financeiros com a IFRS 4 -

Contratos de Seguro, em vigor para

períodos anuais iniciados em ou após 1º

de janeiro de 2018;

IFRS 9 - Instrumentos Financeiros (revisada

em 2014) (Aplicável para períodos anuais

iniciados em ou após 1º de janeiro de 2018)

Em julho de 2014, o IASB finalizou a revisão

da contabilização de instrumentos financeiros

e emitiu a IFRS 9 (revisada em 2014), que

contém exigências para: (a) classificação e

mensuração de ativos e passivos financeiros;

(b) metodologia de redução ao valor

recuperável; e (c) contabilização geral de

hedge. A IFRS 9 (revisada em 2014) vai

substituir a IAS 39 - Instrumentos

Financeiros: Reconhecimento e Mensuração,

quando estiver efetiva.

Fase 1: Classificação e mensuração dos

ativos e passivos financeiros

Com relação à classificação e mensuração, o

número de categorias de ativos financeiros

nos termos da IFRS 9 foi reduzido; todos os

ativos financeiros reconhecidos, que

atualmente estejam incluídos no escopo da

IAS 39, serão posteriormente mensurados ao

custo amortizado ou ao valor justo nos termos

da IFRS 9. Mais especificamente:

Um instrumento da dívida que: (a) seja

mantido de acordo com um modelo de

negócios, cujo objetivo seja coletar os

fluxos de caixa contratuais; e (b) tenha

fluxos de caixa contratuais que

correspondam, exclusivamente, aos

pagamentos do valor principal e de juros,

sobre o valor principal em aberto, deve ser

mensurado ao custo amortizado (líquido de

qualquer baixa para redução ao valor

recuperável), a menos que o ativo seja

designado ao valor justo por meio do

resultado.

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IFRSs

Normas internacionais de relatório financeiro

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 8

Um instrumento da dívida: (a) que seja

mantido de acordo com um modelo de

negócios, cujo objetivo seja atingido, tanto

mediante a coleta de fluxos de caixa

contratuais quanto por meio da venda de

ativos financeiros; e (b) cujos prazos

contratuais do ativo financeiro gerem, em

determinadas datas, fluxos de caixa que

correspondam, exclusivamente, aos

pagamentos do valor principal e de juros

sobre o valor principal em aberto, deve ser

mensurado ao valor justo por meio de

outros resultados abrangentes, a menos

que o ativo seja designado ao valor justo

por meio do resultado.

Todos os outros instrumentos da dívida

devem ser mensurados ao valor justo por

meio do resultado.

Todos os investimentos em títulos

patrimoniais devem ser mensurados no

balanço patrimonial ao valor justo, sendo

os ganhos e prejuízos reconhecidos no

resultado, exceto se um investimento em

título patrimonial não for mantido para

negociação, nem uma contrapartida

contingente for reconhecida por um

comprador em uma combinação de

negócios; nesse caso, uma opção

irrevogável poderá ser adotada no

reconhecimento inicial para mensurar o

investimento ao valor justo por meio de

outros resultados abrangentes, sendo a

receita de dividendos reconhecida no

resultado.

A IFRS 9 contém ainda exigências para a

classificação e mensuração dos passivos

financeiros e exigências de baixa. Uma

importante alteração com relação à IAS 39 refere-se à apresentação das variações no

valor justo de um passivo financeiro

designado ao valor justo por meio do

resultado atribuíveis a mudanças no risco de

crédito daquele passivo. De acordo com a

IFRS 9, essas variações são apresentadas em

“Outros resultados abrangentes”, a menos que

a apresentação do efeito da mudança no risco

de crédito do passivo em “Outros resultados

abrangentes” crie ou aumente um

descasamento contábil no resultado. As

variações no valor justo atribuíveis ao risco de

crédito do passivo financeiro não são

posteriormente reclassificadas no resultado.

De acordo com a IAS 39, o valor total da

variação no valor justo do passivo financeiro

designado como valor justo por meio do

resultado deve ser apresentado no resultado.

Fase 2: Metodologia de redução ao valor

recuperável

O modelo de redução ao valor recuperável da

IFRS 9 reflete as perdas de crédito esperadas,

em vez das perdas de crédito incorridas, nos

termos da IAS 39. De acordo com a

abordagem de redução ao valor recuperável

na IFRS 9, não é mais necessário que um

evento de crédito tenha ocorrido antes do

reconhecimento das perdas de crédito. Em vez

disso, uma entidade sempre contabiliza as

perdas de crédito esperadas e as variações

nessas perdas de crédito esperadas. O valor

das perdas de crédito esperadas deve ser

atualizado em cada data das demonstrações

financeiras para refletir as mudanças no risco

de crédito desde o reconhecimento inicial.

Fase 3: Contabilização de hedge

As exigências gerais de contabilização de

hedge trazidas pela IFRS 9 mantêm os três

tipos de mecanismo de contabilização de

hedge da IAS 39. Por outro lado, o novo

normativo trouxe maior flexibilidade no que

tange aos tipos de transações elegíveis à

contabilização de hedge, mais especificamente

a ampliação dos tipos de instrumentos que se

qualificam como instrumentos de hedge e os

tipos de componentes de risco de itens não

financeiros elegíveis à contabilização de

hedge. Adicionalmente, o teste de efetividade

foi revisado e substituído pelo princípio de

“relacionamento econômico”. A avaliação

retrospectiva da efetividade do hedge não é

mais necessária. Foram introduzidas

exigências adicionais de divulgação

relacionadas às atividades de gestão de riscos

de uma entidade.

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IFRSs

Normas internacionais de relatório financeiro

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 9

O trabalho relacionado a macro hedge do IASB

ainda está na fase preliminar. Um documento

de discussão foi emitido, em abril de 2014,

para coletar pontos de vista e orientações

preliminares do mercado, de reguladores e

outros. O período para comentários sobre tal

documento findou em outubro de 2014. Esse

projeto encontrava-se em análise na data em

que este guia foi elaborado.

Disposições transitórias

A IFRS 9 (revisada em 2014) é aplicável para

períodos anuais iniciados em ou após 1° de

janeiro de 2018, sendo permitida a adoção

antecipada. Se uma entidade optar por adotar

a IFRS 9 antecipadamente, ela deve adotar

todas as exigências contidas na IFRS 9 ao

mesmo tempo, exceto por aquelas

relacionadas à:

5. Apresentação dos ganhos e das perdas do

valor justo, atribuíveis a mudanças no risco

de crédito dos passivos financeiros

designados ao valor justo por meio do

resultado, cujas exigências uma entidade

pode adotar antecipadamente sem adotar

as outras exigências na IFRS 9.

6. Contabilização de hedge - uma entidade

pode optar por continuar a adotar as

exigências de contabilização de hedge da

IAS 39 em vez das exigências da IFRS 9.

A IFRS 9 contém disposições transitórias

específicas para: (a) a classificação e

mensuração de ativos financeiros; (b) a

redução ao valor recuperável de ativos

financeiros; e (c) a contabilização de hedge. É

recomendável ler a IFRS 9 para mais detalhes.

IFRS 15 - Receita de Contratos com Clientes

(Aplicável para períodos anuais iniciados em

ou após 1º de janeiro de 2018)

A IFRS 15 estabelece um único modelo abrangente a ser utilizado pelas entidades na

contabilização das receitas resultantes de

contratos com clientes. Ela irá substituir as

normas e interpretações relacionadas a

receitas a seguir na sua data de vigência:

IAS 18 - Receita.

IAS 11 - Contratos de Construção.

IFRIC 13 - Programas de Fidelização de

Clientes.

IFRIC 15 - Contratos para Construção de

Imóveis.

IFRIC 18 - Transferências de Ativos de

Clientes.

SIC 31 - Receita - Transações de Permuta

Envolvendo Serviços de Publicidade.

Conforme sugerido pelo título da nova Norma

de Receita, a IFRS 15 irá cobrir apenas as

receitas resultantes de contratos com clientes.

Nos termos da IFRS 15, um cliente de uma

entidade é uma parte que celebrou contrato

com a entidade para obter mercadorias ou

serviços que correspondem à produção das

atividades ordinárias da entidade mediante

pagamento de contraprestação.

Diferentemente do escopo da IAS 18, o

reconhecimento e a mensuração da receita de

juros e receita de dividendos resultante de

investimentos de dívida e títulos patrimoniais

não fazem mais parte do escopo da IFRS 15.

Portanto, eles fazem parte do escopo da

IAS 39 (ou da IFRS 9, se a IFRS 9 for adotada

antecipadamente).

Conforme mencionado anteriormente, a nova

Norma de Receita tem um único modelo para

tratar as receitas de contratos com clientes.

Seu princípio básico é que uma entidade deve

reconhecer receitas para demonstrar a

transferência das mercadorias ou os serviços

prometidos aos clientes em um valor que

reflita a contraprestação que a entidade

espera receber em contrapartida a essas

mercadorias ou serviços.

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IFRSs

Normas internacionais de relatório financeiro

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 10

A nova Norma de Receita introduz uma abordagem de reconhecimento e mensuração de

receitas composta por cinco passos:

A nova Norma de Receita introduziu uma

orientação muito mais prescritiva, com relação

aos seguintes assuntos:

Se um contrato (ou série de contratos) não

contém mais de uma mercadoria ou

serviço prometido e, em caso positivo,

quando e como as mercadorias ou os

serviços prometidos devem ser separados.

Se o preço da transação, alocado a cada

obrigação de desempenho, deve ser

reconhecido como receita ao longo do

tempo ou em um determinado período de

tempo. Nos termos da IFRS 15, uma

entidade reconhece receitas quando uma

obrigação de desempenho é cumprida, isto

é, quando o “controle” das mercadorias ou

dos serviços relacionados à obrigação de

desempenho específica é transferido para o

cliente. Diferentemente da IAS 18, a nova

Norma não inclui orientação separada para

“vendas de mercadorias” e “prestação de

serviços”; em vez disso, a nova Norma

requer que as entidades avaliem se as

receitas devem ser reconhecidas ao longo

do tempo ou em um determinado período

de tempo, não obstante se as receitas

referem-se a “vendas de mercadorias” ou

“prestação de serviços”.

Quando o preço da transação inclui um

componente de contraprestação variável,

como esse fato irá afetar o valor e o prazo

de reconhecimento das receitas. O conceito

de contraprestação variável é abrangente;

o preço da transação é considerado como

variável em virtude de descontos,

abatimentos, restituições, créditos,

concessões nos preços, incentivos, bônus

de desempenho, penalidades e arranjos de

contingências. A nova Norma introduz um

grande obstáculo para que a

contraprestação variável seja reconhecida

como receita, isto é, a receita apenas é

reconhecida na medida em que seja

extremamente provável que uma reversão

significativa do valor das receitas

acumuladas reconhecidas não irá ocorrer

quando a incerteza relacionada à

contraprestação variável é

subsequentemente resolvida.

Quando os custos incorridos na obtenção

de um contrato e os custos incorridos no

cumprimento de um contrato podem ser

reconhecidos como ativo.

Divulgações abrangentes também são

exigidas pela nova Norma.

Em abril de 2016, o IASB emitiu os

Esclarecimentos sobre a IFRS 15 em resposta

ao feedback recebido pelo Grupo de Transição

Conjunto para Reconhecimento de Receitas

do IASB|FASB, que foi organizado para

abordar possíveis problemas relacionados à

implementação da IFRS 15 e da norma

correspondente ao US GAAP, tópico 606 do

ASC. Esclarecimentos sobre a IFRS 15:

Identificação das obrigações de

desempenho: ao fornecer fatores

ilustrativos para consideração ao avaliar se

as mercadorias ou os serviços prometidos

são distintos.

Consideração de principal versus agente:

ao esclarecer que uma entidade deve

avaliar se é a parte principal ou o agente

para cada mercadoria ou serviço distinto

prometido ao cliente, e ao alterar e

redefinir os indicadores para avaliar se

uma entidade é a parte principal ou o

agente.

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IFRSs

Normas internacionais de relatório financeiro

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 11

Orientação sobre a aplicação de

licenciamento: ao determinar se a licença

confere aos clientes o direito de usar a

propriedade intelectual (“PI”) (o que

resultaria no reconhecimento de receitas

naquele momento) ou o direito de acessar

a PI (o que resultaria no reconhecimento

de receitas com o passar do tempo), uma

entidade deve determinar se: (i) suas

atividades atuais devem alterar

significativamente a forma ou a

funcionalidade da PI, ou (ii) a capacidade

do cliente de obter benefícios da PI resulta

substancialmente dessas atividades ou

depende delas.

Diversas entidades de diferentes setores

serão provavelmente afetadas pela IFRS 15

(pelo menos até um determinado nível). Em

alguns casos, as mudanças podem ser

substanciais e podem exigir mudanças nos

sistemas de Tecnologia da Informação - TI e

controles internos existentes. As entidades

devem considerar a natureza e a extensão

dessas mudanças.

Para mais informações, favor consultar as

publicações da Deloitte (IFRS in Focus e IFRS

Industry Insights) que enfatizam as

implicações práticas da IFRS 15 a diversos

setores. Essas publicações podem ser

baixadas em http://www.iasplus.com/en/tag-

types/global. Mais informações relacionadas

aos Esclarecimentos sobre a IFRS 15 estão

disponíveis na publicação IFRS in Focus da

Deloitte em

http://www.iasplus.com/en/publications/globa

l/ifrs-in-focus/2016/ifrs-15-clarifications.

A IFRS 15, em conjunto com os respectivos

esclarecimentos emitidos em abril de 2016, é

aplicável a períodos anuais iniciados em ou

após 1º de janeiro de 2018, sendo permitida

a adoção antecipada. As entidades podem

optar por adotar a norma retroativamente ou

utilizar uma abordagem de transição

modificada, que corresponde a adotar a

norma retroativamente apenas em contratos

que não correspondam a contratos concluídos

na data da adoção inicial (por exemplo,1º de

janeiro de 2018 para uma entidade com final

do exercício em 31 de dezembro). Os

Esclarecimentos sobre a IFRS 15 introduzem

ainda recursos práticos adicionais para

entidades que fazem a transição para a

IFRS 15 com relação a: (i) modificações

contratuais ocorridas antes do início do

primeiro período apresentado, e (ii) contratos

que foram concluídos no início do primeiro

período apresentado.

IFRS 16 - Arrendamentos (Aplicável para

períodos anuais com início em ou após

1º de janeiro de 2019)

A IFRS 16 oferece um modelo abrangente

para identificação de acordos de

arrendamento e seu tratamento nas

demonstrações financeiras de arrendatários e

arrendadores. Ela irá substituir as normas e

interpretações a seguir, relacionadas a

arrendamentos, a partir da sua data de

vigência:

IAS 17 - Operações de Arrendamento

Mercantil.

IFRIC 4 - Determinação se um Acordo

Contém um Arrendamento.

SIC 15 - Arrendamentos Operacionais -

Incentivos.

SIC 27 - Avaliação da Substância de

Transações que Envolvam a Forma Legal

de um Arrendamento Mercantil.

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IFRSs

Normas internacionais de relatório financeiro

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 12

Identificação de arrendamentos

A IFRS 16 aplica um modelo de controle à

identificação de arrendamentos, distinguindo

entre arrendamentos e contratos de serviços

com base na possibilidade de haver um ativo

identificado controlado pelo cliente. O controle

é verificado se o cliente detém:

a) O direito de obter substancialmente todos

os benefícios econômicos de uso de um

ativo identificado.

b) O direito de controlar o uso daquele ativo.

A norma fornece orientações detalhadas para

determinar se essas condições estão sendo

atendidas, inclusive casos nos quais o

fornecedor tem direitos de substituição

substantivos e nos quais decisões relevantes

sobre como e por que o ativo é utilizado são

predeterminadas.

Contabilização do arrendatário

A IFRS 16 introduz alterações significativas na

contabilização do arrendatário: ela exclui a

distinção entre arrendamentos operacionais e

financeiros nos termos da IAS 17 e requer que

um arrendatário reconheça um ativo de direito

de uso e uma obrigação de arrendamento no

início do arrendamento para todos os

arrendamentos, exceto arrendamentos de curto

prazo e arrendamentos de ativos de baixo

valor.

O ativo de direito de uso é inicialmente

mensurado ao custo e posteriormente

mensurado ao custo (sujeito a determinadas

exceções) deduzido da depreciação e das

perdas por redução ao valor recuperável

acumuladas, ajustado para qualquer

remensuração da obrigação de arrendamento.

A obrigação de arrendamento é inicialmente

mensurada ao valor presente dos pagamentos

de arrendamento que não são efetuados

naquela data. Posteriormente, a obrigação de

arrendamento é ajustada pelos juros e

pagamentos de arrendamento, bem como pelo

impacto das modificações de arrendamento,

entre outros fatores.

Caso um arrendatário opte por não aplicar as

exigências da IFRS 16 a arrendamentos de

curto prazo (por exemplo, aquele que não

inclua uma opção de compra e possua prazo

de arrendamento inicial de 12 meses ou

menos) e arrendamentos de ativos de baixo

valor, o arrendatário deve reconhecer os

pagamentos de arrendamento associados

àqueles arrendamentos como despesa pelo

método linear durante o prazo do

arrendamento ou outra base sistemática,

similar à contabilização atual de

arrendamentos operacionais.

Contabilização do arrendador

Diferentemente da contabilização do

arrendatário, as exigências da contabilização

do arrendador da IFRS 16 permanecem

substancialmente inalteradas em relação à

IAS 17, que continua a requerer que o

arrendador classifique o arrendamento como

arrendamento operacional ou financeiro.

Adicionalmente, a IFRS 16 também fornece

orientação sobre a contabilização de

transações de venda e relocação. Divulgações

abrangentes também são exigidas pela nova

Norma.

Devido à importância das transações de

arrendamento na economia, diversas

entidades de diferentes setores serão afetadas

pela IFRS 16. Em alguns casos, as mudanças

podem ser substanciais e podem exigir

mudanças nos sistemas de TI e controles

internos existentes. As entidades devem

considerar a natureza e a extensão dessas

mudanças.

Para mais informações, favor consultar as

publicações da Deloitte (IFRS in Focus e IFRS

Industry Insights) que enfatizam as

implicações práticas da IFRS 16 a diversos

setores. Essas publicações podem ser

baixadas em http://www.iasplus.com/en/tag-

types/global/newsletters/ifrs-industry-insights.

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IFRSs

Normas internacionais de relatório financeiro

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 13

A IFRS 16 é aplicável para períodos anuais

iniciados em ou após 1º de janeiro de 2019,

sendo permitida a adoção antecipada para

entidades que apliquem a IFRS 15 na data de

aplicação inicial da IFRS 16 ou antes. O

arrendatário pode aplicar a IFRS 16 por meio

da abordagem retrospectiva integral ou de

uma abordagem retrospectiva modificada. Se

a última abordagem for selecionada, a

entidade não é obrigada a reapresentar as

informações comparativas, e o efeito

acumulado da aplicação inicial da IFRS 16

deve ser apresentado como ajuste aos lucros

acumulados iniciais (ou outro componente do

patrimônio, conforme apropriado).

Alterações à IFRS 2 - Classificação e

Mensuração das Transações de Pagamentos

Baseados em Ações (Aplicável para períodos

anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de

2018)

As alterações esclarecem o seguinte:

1) Ao estimar o valor justo de pagamentos

baseados em ações liquidados em caixa, a

contabilização dos efeitos de condições de

exercício e não exercício deve seguir a

mesma abordagem atribuída aos

pagamentos baseados em ações liquidados

por meio de instrumentos de títulos

patrimoniais.

2) Nos casos em que a lei ou o regulamento

requer que uma entidade retenha uma

quantidade específica de instrumentos de

patrimônio equivalente ao valor monetário

da obrigação fiscal do empregado para

atender ao passivo fiscal do empregado

que é então remetido para a autoridade

fiscal (normalmente em espécie), ou seja,

o acordo de pagamento baseado em ações

apresenta “uma característica de

liquidação de forma líquida”, esse acordo

deve ser classificado como liquidado por

meio de instrumentos de títulos

patrimoniais desde que o pagamento

baseado em ações tivesse sido classificado

como liquidado por meio de instrumentos

de títulos patrimoniais caso não tivesse

incluído característica de liquidação de

forma líquida.

3) A modificação de pagamento baseado em

ações que altera a transação de liquidado

em caixa para liquidado por meio de

instrumentos de títulos patrimoniais deve

ser contabilizada como segue:

(i) O passivo original é baixado.

(ii) O pagamento baseado em ações

liquidado por meio de instrumentos de

títulos patrimoniais é reconhecido na

data de modificação do valor justo do

instrumento de títulos patrimoniais

concedido na medida em que os

serviços foram prestados até a data de

modificação.

(iii) Qualquer diferença entre o valor

contábil do passivo na data de

modificação e o valor reconhecido no

patrimônio deve ser imediatamente

reconhecida no resultado.

As alterações são aplicáveis para períodos

anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de

2018, sendo permitida a adoção antecipada.

As disposições específicas de transição são

aplicáveis.

Alterações à IFRS 10 e IAS 28 - Margem de

Venda de Ativos entre um Investidor e sua

Coligada ou Joint Venture (Aplicável para

períodos anuais iniciados em ou após data a

ser determinada)

As alterações lidam com situações em que

ocorre uma venda ou contribuição de ativos entre um investidor e sua coligada ou joint

venture. A IAS 28 e a IFRS 10 foram alteradas

conforme segue:

A IAS 28 foi alterada para refletir o seguinte:

Ganhos e perdas resultantes de transações

envolvendo ativos que constituem um

negócio entre um investidor e sua coligada

ou joint venture são reconhecidos

proporcionalmente às participações do

“investidor empresa não relacionada” na

coligada ou joint venture.

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IFRSs

Normas internacionais de relatório financeiro

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 14

Ganhos e perdas de transações

descendentes envolvendo ativos que

constituem um negócio entre um investidor

e sua coligada ou joint venture devem ser

reconhecidos na íntegra nas

demonstrações financeiras do investidor.

A IFRS 10 foi alterada para refletir o seguinte:

Ganhos e perdas resultantes da perda de

controle de uma controlada que não

contenha um negócio em uma transação

com uma coligada ou joint venture que seja

contabilizada utilizando o método de

equivalência patrimonial são reconhecidos

no resultado da controladora apenas

proporcionalmente às participações do

“investidor empresa não relacionada” nessa

coligada ou joint venture. Da mesma forma,

ganhos e perdas resultantes da

remensuração de investimentos retidos em

alguma antiga controlada (que tenha se

tornado coligada ou joint venture

contabilizada pelo método de equivalência

patrimonial) ao valor justo são reconhecidos

no resultado da antiga controladora

proporcionalmente às participações do

“investidor empresa não relacionada” na

nova coligada ou joint venture.

Em dezembro de 2015, o IASB adiou

indefinidamente a data de vigência dessas

alterações, que dependerão do resultado do

seu projeto de pesquisa sobre o método de

equivalência patrimonial. A adoção antecipada

dessas alterações também é permitida.

Alterações à IAS 40 - Transferências de

Propriedade para Investimento (Aplicáveis

para períodos anuais iniciados em ou após 1º

de janeiro de 2018)

As alterações esclarecem que uma

transferência para, ou a partir de, propriedades

para investimento exige uma avaliação sobre

se uma propriedade se enquadra, ou deixou de

se enquadrar, na definição de propriedade para

investimento, apoiada por evidências

observáveis de uma mudança no uso. As

alterações esclarecem, ainda, que as situações

descritas na IAS 40 não são abrangentes e que

uma mudança no uso é possível para

propriedades em construção (ou seja, uma

mudança no uso não se limita a propriedades

concluídas).

As alterações são aplicáveis para períodos

anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de

2018, sendo permitida a adoção antecipada.

As entidades podem adotar as alterações de

forma retrospectiva (se for possível sem o uso

de percepção posterior) ou prospectiva. As

disposições de transição específicas são

aplicáveis.

Melhorias Anuais ao Ciclo de IFRSs 2014-2016

(Aplicáveis para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2018)

As Melhorias Anuais incluem as alterações a uma série de IFRSs, resumidas a seguir. O

documento também inclui alterações à IFRS 12 - Divulgações de Participações em Outras

Entidades, em vigor para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2017 (vide

página 6 anterior para obter detalhes).

Norma Objeto da alteração Detalhes

IFRS 1 -

Adoção Inicial das

International

Financial

Reporting

Standards (IFRSs)

Eliminação de isenções

de curto prazo para

adotantes iniciais

As alterações eliminam determinadas isenções de curto prazo na IFRS 1, pois o período de reporte ao qual as isenções eram aplicáveis já transcorreu. Assim, essas isenções não são mais aplicáveis.

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IFRSs

Normas internacionais de relatório financeiro

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 15

Norma Objeto da alteração Detalhes

IAS 28 -

Investimentos em

Coligadas e Joint

Ventures

Avaliação de uma coligada ou joint venture ao valor justo

As alterações esclarecem que a opção feita por uma organização de capital de risco e outras entidades semelhantes para mensurar investimentos em coligadas e joint ventures ao valor justo por meio do resultado está disponível separadamente para cada coligada ou joint venture, e essa escolha deve ser feita no momento do reconhecimento inicial da coligada ou joint venture.

Com relação à opção feita por uma entidade que não seja uma entidade de investimento (“EI”) para manter a determinação do valor justo aplicado por suas coligadas e joint ventures constituídas como EIs ao aplicar o método de equivalência patrimonial, as alterações fornecem esclarecimentos semelhantes de que essa escolha está disponível para cada coligada ou joint venture operando como entidades de investimento.

As alterações são aplicáveis retrospectivamente, sendo permitida a adoção antecipada.

IFRIC 22 - Transações em Moedas

Estrangeiras e Adiantamentos (Aplicável para

períodos anuais iniciados em ou após 1º de

janeiro de 2018)

A IFRIC 22 aborda como deve ser definida a

“data da transação” com o objetivo de

determinar a taxa de câmbio aplicável ao

reconhecimento inicial de um ativo, despesa ou

receita quando a contraprestação daquele item

tiver sido paga ou recebida antecipadamente

em moeda estrangeira, resultando no registro

de ativos ou passivos não monetários (por

exemplo, depósito não reembolsável ou receita

diferida).

A Interpretação especifica que a data da

transação é a data na qual a entidade

reconhece inicialmente ativos ou passivos não

monetários resultantes do pagamento ou

recebimento de contraprestação antecipada.

Em caso de vários pagamentos ou

recebimentos antecipados, a Interpretação

requer que a entidade determine a data da

transação para cada pagamento ou

recebimento de contraprestação antecipada.

A Interpretação é aplicável para períodos

anuais iniciados em ou após 1° de janeiro de

2018, sendo permitida a adoção antecipada. As

entidades podem adotar a Interpretação de

forma retrospectiva ou prospectiva. As

disposições de transição específicas são

aplicáveis à adoção prospectiva.

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Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 16

Regulamentação contábil -

Práticas contábeis brasileiras

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Regulamentação contábil -

Práticas contábeis brasileiras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 17

Como parte do processo de harmonização com

as Normas Internacionais de Relatório

Financeiro (IFRSs) e das práticas contábeis, o

Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)

continua com o seu compromisso de emitir os

pronunciamentos, as orientações e as

interpretações técnicos à medida que novas

normas internacionais são emitidas ou

revisadas.

O quadro a seguir contempla os

pronunciamentos, as orientações e as

interpretações técnicos editados pelo CPC e as

respectivas deliberações da Comissão de

Valores Mobiliários (CVM) e resoluções do

Conselho Federal de Contabilidade (CFC) que

os aprovaram. Deve ser observado que as

deliberações da CVM devem ser seguidas

pelas companhias de capital aberto e as

resoluções do CFC devem ser seguidas por

todas as outras entidades, devendo-se avaliar

cada caso para aquelas entidades sujeitas a

regulamentação específica, como as

regulamentadas pelo Banco Central do Brasil

(BACEN), pela Superintendência de Seguros

Privados (SUSEP), pela Agência Nacional de

Saúde Suplementar (ANS), pela Agência

Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e

pela Agência Nacional de Energia Elétrica

(ANEEL).

Agenda Conjunta de Regulação CVM e CPC - Atualizada até 15 de novembro de 2017 (Fonte: www.cpc.org.br)

Pronunciamentos

CPC Descrição IASB CVM

(Deliberação)

CFC

(Resolução)

BACEN/CMN

(Resolução)

SUSEP

(Circular)

ANEEL

(Resolução

Normativa)

ANTT

(Resolução)

ANS

(Resolução

Normativa)

CPC 00 (R1)

Estrutura Conceitual para a

Elaboração e Divulgação de

Relatório Contábil-financeiro

Framework 675/11

NBC TG - Estrutura

Conceitual -

1.374/11

4.144/12 517/15 605/14

Manual -

322/13

Anexo I

CPC 01 (R1)

Redução ao Valor Recuperável

de Ativos IAS 36 639/10

NBC TG 01 (R3) -

DOU 06/11/15 3.566/08 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 02 (R2)

Efeitos das Mudanças nas

Taxas de Câmbio e Conversão

de Demonstrações Contábeis

IAS 21 640/10 NBC TG 02 (R2) -

DOU 22/12/16 4.524/16 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 03 (R2)

Demonstração dos Fluxos de

Caixa IAS 7 641/10

NBC TG 03 (R3) -

DOU 22/12/16 3.604/08 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 04 (R1) Ativo Intangível IAS 38 644/10 NBC TG 04 (R3) -

DOU 06/11/15 4.534/16 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 05 (R1)

Divulgação sobre Partes

Relacionadas IAS 24 642/10

NBC TG 05 (R3) -

DOU 01/12/14 3.750/09 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 06 (R1)

Operações de Arrendamento

Mercantil IAS 17 645/10

NBC TG 06 (R2) -

DOU 06/11/15 - 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 07 (R1)

Subvenção e Assistência

Governamentais IAS 20 646/10

NBC TG 07 (R1) -

DOU 20/12/13 - 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 08 (R1)

Custos de Transação e

Prêmios na Emissão de Títulos

e Valores Mobiliários

IAS 39

(partes) 649/10

NBC TG 08 -

1.313/10 - 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 09

Demonstração do Valor

Adicionado (DVA) - 557/08

NBC TG 09 -

1.138/08 - -

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 10 (R1) Pagamento Baseado em Ações IFRS 2 650/10 NBC TG 10 (R2) -

DOU 01/12/14 3.989/11 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 11 (R1) Contratos de Seguro IFRS 4 563/08 NBC TG 11 (R1) -

DOU 20/12/13 - 517/15

605/14

Manual - -

CPC 12 Ajuste a Valor Presente - 564/08 NBC TG 12 -

1.151/09 - 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 13

Adoção Inicial da Lei

nº 11.638/07 e da Medida

Provisória nº 449/08

- 565/08 NBC TG 13 -

1.152/09 - 517/15

605/14

Manual -

322/13

Anexo I

Page 18: Exercício de 2017 - deloitte.com · Alterações à IFRS 12 incluídas nas Melhorias Anuais ao Ciclo de IFRSs 2014-2016 ( Aplicáveis para períodos anuais iniciados em ou após

Regulamentação contábil -

Práticas contábeis brasileiras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 18

CPC Descrição IASB CVM

(Deliberação)

CFC

(Resolução)

BACEN/CMN

(Resolução)

SUSEP

(Circular)

ANEEL

(Resolução

Normativa)

ANTT

(Resolução)

ANS

(Resolução

Normativa)

CPC 14

Instrumentos Financeiros:

Reconhecimento, Mensuração

e Evidenciação (Fase I),

transformado em OCPC 03

(*) (*) (*) (*) (*) (*) (*) (*)

CPC 15 (R1) Combinação de Negócios IFRS 3 665/11 NBC TG 15 (R3) -

DOU 01/12/14 - 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 16 (R1) Estoques IAS 2

575/09,

alterada pela

624/10

NBC TG 16 (R1) -

DOU 20/12/13 - 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 17 (R1) Contratos de Construção IAS 11 691/12 NBC TG 17 -

1.411/12 - -

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 18 (R2)

Investimento em Coligada,

em Controlada e em

Empreendimento Controlado

em Conjunto

IAS 28 696/12 NBC TG 18 (R2) -

DOU 06/11/15 - 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 19 (R2) Negócios em Conjunto IFRS 11 694/12 NBC TG 19 (R2) -

DOU 06/11/15 - 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 20 (R1) Custos de Empréstimos IAS 23 672/11 NBC TG 20 (R1) -

DOU 06/11/15 - 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 21 (R1) Demonstração Intermediária IAS 34 673/11 NBC TG 21 (R3) -

DOU 06/11/15 - 517/15

605/14

Manual -

322/13

Anexo I

CPC 22 Informações por Segmento IFRS 8 582/09 NBC TG 22 (R2) -

DOU 06/11/15 - 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 23

Políticas Contábeis, Mudança

de Estimativa e Retificação de

Erro

IAS 8 592/09 NBC TG 23 (R1) -

DOU 20/12/13 4.007/11 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 24 Evento Subsequente IAS 10 593/09 NBC TG 24 (R1) -

DOU 20/12/13 3.973/11 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 25

Provisões, Passivos

Contingentes e Ativos

Contingentes

IAS 37 594/09 NBC TG 25 (R1) -

DOU 01/12/14 3.823/09 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 26 (R1)

Apresentação das

Demonstrações Contábeis IAS 1 676/11

NBC TG 26 (R4) -

DOU 22/12/16 - 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 27 Ativo Imobilizado IAS 16 583/09 NBC TG 27 (R3) -

DOU 06/11/15 4.535/16 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 28

Propriedade para

Investimento IAS 40 584/09

NBC TG 28 (R3) -

DOU 06/11/15 - 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 29

Ativo Biológico e Produto

Agrícola IAS 41 596/09

NBC TG 29 (R2) -

DOU 06/11/15 - -

605/14

Manual - -

CPC 30 (R1) Receitas IAS 18 692/12 NBC TG 30 -

1.412/12 - 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 31

Ativo Não Circulante Mantido

para Venda e Operação

Descontinuada

IFRS 5 598/09 NBC TG 31 (R3) -

DOU 06/11/15 - 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 32 Tributos sobre o Lucro IAS 12 599/09 NBC TG 32 (R3) -

DOU 22/12/16 - 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 33 (R1) Benefícios a Empregados IAS 19 695/12 NBC TG 33 (R2) -

DOU 06/11/15 4.424/15 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 34 Exploração e Avaliação de

Recursos Minerais (**) IFRS 6 - - - - - - -

CPC 35 (R2) Demonstrações Separadas IAS 27 693/12 NBC TG 35 (R2) -

DOU 26/12/14 - 517/15

605/14

Manual - -

CPC 36 (R3) Demonstrações Consolidadas IFRS 10 698/12 NBC TG 36 (R3) -

DOU 06/11/15 - 517/15

605/14

Manual -

322/13

Anexo I

CPC 37 (R1)

Adoção Inicial das Normas

Internacionais de

Contabilidade

IFRS 1 647/10 NBC TG 37 (R4) -

DOU 06/11/15 - 517/15

605/14

Manual -

322/13

Anexo I

CPC 38

Instrumentos Financeiros:

Reconhecimento e

Mensuração

IAS 39 604/09 NBC TG 38 (R3) -

DOU 01/12/14 - 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 39

Instrumentos Financeiros:

Apresentação IAS 32 604/09

NBC TG 39 (R4) -

DOU 22/12/16 - 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

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Regulamentação contábil -

Práticas contábeis brasileiras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 19

CPC Descrição IASB CVM

(Deliberação)

CFC

(Resolução)

BACEN/CMN

(Resolução)

SUSEP

(Circular)

ANEEL

(Resolução

Normativa)

ANTT

(Resolução)

ANS

(Resolução

Normativa)

CPC 40 (R1)

Instrumentos Financeiros:

Evidenciação IFRS 7 684/12

NBC TG 40 (R2) -

DOU 06/11/15 - 517/15

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

322/13

Anexo I

CPC 41 Resultado por Ação IAS 33 636/10 NBC TG 41 (R1) -

DOU 17/04/14 - 517/15

605/14

Manual -

322/13

Anexo I

CPC 42

Contabilidade e Evidenciação

em Economia Altamente

Inflacionária

IAS 29 (**) (**) (**) (**) (**) (**) (**)

CPC 43 (R1)

Adoção Inicial dos

Pronunciamentos Técnicos

CPCs 15 a 41

IFRS 1 651/10 NBC TG 43 -

1.315/10 - 517/15

605/14

Manual -

322/13

Anexo I

CPC 44 Demonstrações Combinadas - 708/13 NBC TG 44 -

DOU 26/06/13 - - - -

322/13

Anexo I

CPC 45 Divulgação de Participações

em Outras Entidades IFRS 12 697/12

NBC TG 45 (R2) -

DOU 06/11/15 - 517/15

605/14

Manual -

322/13

Anexo I

CPC 46 Mensuração do Valor Justo IFRS 13 699/12 NBC TG 46 (R1) -

DOU 01/12/14 - 517/15

605/14

Manual -

322/13

Anexo I

CPC 47 Receita de Contrato com

Cliente IFRS 15 762/16

NBC TG 47

DOU 22/12/16 - - - - -

CPC 48 Instrumentos Financeiros IFRS 9 762/16 NBC TG 47

DOU 22/12/16 - - - - -

CPC PME

Contabilidade para Pequenas

e Médias Empresas com

Glossário de Termos

IFRS for

SMEs -

NBC TG 1000 (R1)

DOU 01/11/16 - - - - -

(*) Pronunciamento atualizado, correspondente à orientação técnica OCPC nº 03, que deixa de ter aplicabilidade após a edição dos pronunciamentos técnicos CPCs

38, 39 e 40.

(**) Pronunciamento ainda não editado pelo CPC.

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Regulamentação contábil -

Práticas contábeis brasileiras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 20

Interpretações

CPC Descrição IASB CVM

(Deliberação)

CFC

(Resolução)

BACEN/CMN

(Resolução)

SUSEP

(Circular)

ANEEL

(Resolução

Normativa)

ANTT

(Resolução)

ANS

(Resolução

Normativa)

ICPC 01 (R1) Contratos de Concessão IFRIC 12 677/11 ITG 01 - 1.261/09 - - 605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

-

ICPC 02

Contrato de Construção do

Setor Imobiliário IFRIC 15 612/09 ITG 02 - 1.266/09 - -

605/14

Manual - -

ICPC 03

Aspectos Complementares

das Operações de

Arrendamento Mercantil

IFRIC 4,

SIC 15 e

SIC 27

717/13 ITG 03 (R1) -

DOU 20/12/13 - -

605/14

Manual - -

ICPC 06

Hedge de Investimento

Líquido em Operação no

Exterior

IFRIC 16 616/09 ITG 06 - 1.259/09 - 483/14

Anexo IV

605/14

Manual - -

ICPC 07

Distribuição de Lucros in

Natura IFRIC 17 717/13

ITG 07 (R1) -

DOU 20/12/13 -

483/14

Anexo IV

605/14

Manual - -

ICPC 08 (R1)

Contabilização da Proposta

de Pagamento de

Dividendos

- 683/12 ITG 08 - 1.398/12 - 483/14

Anexo IV

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

-

ICPC 09 (R2)

Demonstrações Contábeis

Individuais, Demonstrações

Separadas, Demonstrações

Consolidadas e Aplicação

do Método de Equivalência

Patrimonial

- 729/14 ITG 09 -

DOU 28/11/14 -

483/14

Anexo IV

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

-

ICPC 10

Interpretação sobre a

Aplicação Inicial ao Ativo

Imobilizado e à Propriedade

para Investimento dos

Pronunciamentos Técnicos

CPCs 27, 28, 37 e 43

- 619/09 ITG 10 - 1.263/09 - 483/14

Anexo IV

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

-

ICPC 11

Recebimento em

Transferência de Ativos dos

Clientes

IFRIC 18 620/09 ITG 11 - 1.264/09 - 483/14

Anexo IV

605/14

Manual - -

ICPC 12

Mudanças em Passivos por

Desativação, Restauração e

Outros Passivos Similares

IFRIC 1 621/09 ITG 12 - 1.265/09 - 483/14

Anexo IV

605/14

Manual - -

ICPC 13

Direitos a Participações

Decorrentes de Fundos de

Desativação, Restauração e

Reabilitação Ambiental

IFRIC 5 717/13 ITG 13 (R1) -

DOU 20/12/13 -

483/14

Anexo IV

605/14

Manual - -

ICPC 14

Cotas de Cooperados em

Entidades Cooperativas e

Instrumentos Similares

IFRIC 2 717/13 - - - 605/14

Manual - -

ICPC 15

Passivos Decorrentes de

Participação em um

Mercado Específico -

Resíduos de Equipamentos

Eletroeletrônicos

IFRIC 6 638/10 ITG 15 - 1.289/10 - - 605/14

Manual - -

ICPC 16

Extinção de Passivos

Financeiros com

Instrumentos Patrimoniais

IFRIC 19 717/13 ITG 16 (R1) -

DOU 20/12/13 -

483/14

Anexo IV

605/14

Manual - -

ICPC 17 Contratos de Concessão:

Evidenciação SIC 29 677/11 ITG 17 - 1.375/11 - -

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

-

ICPC 18

Custos de Remoção de

Estéril (Stripping) de Mina

de Superfície na Fase de

Produção

IFRIC 20 714/13 ITG 18 -

DOU 28/11/14 - - - - -

ICPC 19 Tributos IFRIC 21 730/14 ITG 19 -

DOU 01/12/14 - - - - -

ICPC 20

Limite de Ativo de Benefício

Definido, Requisitos de

Custeio (Funding) Mínimo e

sua Interação

IFRIC 14 731/14 ITG 20 -

DOU 28/11/14 - - - - -

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Regulamentação contábil -

Práticas contábeis brasileiras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 21

Orientações

CPC Descrição IASB CVM

(Deliberação)

CFC

(Resolução)

BACEN/CMN

(Resolução)

SUSEP

(Circular)

ANEEL

(Resolução

Normativa)

ANTT

(Resolução)

ANS

(Resolução

Normativa)

OCPC 01

(R1)

Entidades de Incorporação

Imobiliária -

561/08,

alterada pela

624/10

CTG 01 - 1.154/09 - - 605/14

Manual - -

OCPC 02

Esclarecimentos sobre as

Demonstrações Contábeis de

2008

-

Ofício-Circular

CVM/SNC/SEP

nº 01/2009

CTG 02 - 1.157/09 -

Carta

DECON

001/09

605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

-

OCPC 03

Instrumentos Financeiros:

Reconhecimento,

Mensuração e Evidenciação

(CPC 14 R1)

-

Ofício-Circular

CVM/SNC/SEP

nº 03/2009

CTG 03 - 1.199/09 - - 605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

-

OCPC 04

Aplicação da Interpretação

Técnica ICPC 02 às Entidades

de Incorporação Imobiliária

Brasileiras

- 653/10 CTG 04 - 1.317/10 - - 605/14

Manual - -

OCPC 05 Contratos de Concessão - 654/10 CTG 05 - 1.318/10 - - 605/14

Manual

3.847 e

3.848/12

Manual

-

OCPC 06

Apresentação de

Informações Financeiras

pro Forma

- 709/13 CTG 06 -

DOU 26/06/13 - - - - -

OCPC 07

Evidenciação na Divulgação

dos Relatórios Contábil-

-financeiros de Propósito

Geral

- 727/14 CTG 07 -

DOU 01/12/14 - - - - -

OCPC 08

Reconhecimento de

Determinados Ativos e

Passivos nos Relatórios

Contábil-financeiros de

Propósito Geral das

Distribuidoras de Energia

Elétrica Emitidos de Acordo

com as Normas Brasileiras e

Internacionais de

Contabilidade

- 732/14 CTG 08 -

DOU 12/12/14 - - - - -

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Regulamentação contábil -

Práticas contábeis brasileiras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 22

Assuntos emergentes

no mercado

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 23

recém-criada tecnologia blockchain

consiste em um livro-razão público,

íntegro, sem intermediários e com

custos insignificantes na sua utilização.

Essa tecnologia permite provar a integridade

de registros e arquivos eletrônicos com

extrema facilidade por meio de uma chave

criptografada. Essa chave tem como base

algumas variáveis, tais como informações do

arquivo, data e hora do registro, chave do

último arquivo registrado e login dos usuários

envolvidos, entre outras.

Os registros sequenciais das chaves são

agrupados em blocos, que por sua vez são

reunidos em uma cadeia, o que dá origem ao

nome dessa tecnologia: blockchain.

Esses blocos de informações devem ser

registrados em mais de um ambiente para que

qualquer alteração possa ser recuperada com

os backups criados.

Qualquer tentativa de fraude em um

documento causa a alteração de duas

variáveis que afetam a chave do registro:

data/hora e informação do arquivo. Uma nova

chave é gerada, como uma variável do

registro posterior, o que impossibilita que esse

registro seja alterado.

Essa tecnologia tem o potencial de

transformar drasticamente indústrias inteiras.

As mudanças impactarão de maneira

disruptiva quase todas as indústrias,

principalmente as de serviços financeiros.

Estágio atual do uso da tecnologia na

contabilidade

A digitalização do sistema contábil ainda é

incipiente se comparada com as demais áreas

empresariais que já foram massivamente

impactadas pelos avanços tecnológicos.

Podemos citar, por exemplo, as áreas

comerciais ou de manufatura. Parte dessa

lentidão deve-se às restrições regulatórias

extremamente complexas que tangem essa

área, bem como os requisitos de risco,

confiabilidade e integridade.

O sistema contábil foi pensado e construído

com o objetivo de impossibilitar, ou ao menos

inviabilizar, a manipulação e falsificação de

informações. Para alcançar esse objetivo é

fundamental a existência de mecanismos de

controle mútuos, com pesos e contrapesos.

Os esforços nesse tipo de controle são

sistemicamente duplicados e exigem a

elaboração de documentações e controles

contábeis periódicos. Essas atividades

consistem principalmente em tarefas manuais,

de difícil automatização, com muita interação

humana e, portanto, passíveis de erros. Hoje

em dia, este parece ser o sacrifício necessário

para ter e transmitir dados contábeis

confiáveis e íntegros.

Neste contexto, o uso do blockchain na

contabilidade é extremamente promissor, pois

ele pode ser utilizado desde a simplificação

dos cumprimentos dos requisitos regulatórios

até o fortalecimento da confiabilidade das

informações.

O grande salto: como o blockchain pode

melhorar a prática contábil atual

O método de partilha dobrada revolucionou a

contabilidade durante o período do

Renascimento, resolvendo o problema dos

gestores em saber se eles poderiam confiar

em seus próprios livros contábeis.

No entanto, para ganhar a confiança dos

públicos de interesse externos e de auditores

independentes, os departamentos financeiros

das empresas veem-se obrigados a dedicar

recursos internos por longos períodos de

tempo na execução de atividades contábeis.

A tecnologia blockchain pode representar o

próximo passo revolucionário para a

contabilidade pois, em vez de manter registros

separados com base em recibos de

transações, as empresas podem escrever suas

transações diretamente em um registro

comum e criar um sistema de registros

contábeis duradouros e interligados.

A

Blockchain

Um Divisor de Águas para a Contabilidade

Por Paschoal Baptista, sócio de consultoria em blockchain da Deloitte, e Fábio Perez, diretor do CFO Program da Deloitte

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 24

Dado que todas as entradas contábeis seriam

públicas e criptografadas, falsificá-las ou

destruí-las para ocultar atividades ilegais seria

praticamente impossível ou inviável. O

processo é semelhante a uma transação

verificada por um tabelião, só que de forma

eletrônica. As empresas seriam beneficiadas

de várias maneiras. Por exemplo, a

padronização permitiria aos auditores

verificarem uma grande quantidade de dados

importantes das demonstrações financeiras de

forma automatizada, e o custo e o tempo

necessários para conduzir uma auditoria

diminuiriam consideravelmente. Dessa forma,

os auditores poderiam empregar o tempo

economizado em áreas que agregam mais

valor à empresa, como em transações muito

complexas ou na elaboração de controles

internos.

Primeiros passos para a contabilidade

com base no blockchain

A criação de um registro conjunto entre as

empresas para todas as entradas contábeis é

o objetivo final de um processo evolutivo, mas

não é essencial para o uso da tecnologia. O

blockchain já pode ser utilizado para criar uma

fonte confiável, extremamente útil no cenário

atual.

Essa tecnologia pode ser gradualmente

integrada aos procedimentos contábeis para

garantir a integridade dos registros na

obtenção de trilhas de auditoria

completamente rastreáveis até que as

atividades de auditoria e contabilidade sejam

totalmente automatizadas.

Um exemplo é a necessidade de manter os

registros imutáveis. Na maioria dos casos, a

regulamentação brasileira exige prova da

imutabilidade dos registros contábeis por cinco

anos. O risco de modificação despercebida é

visto como baixo nos recibos em papel, mas

os arquivos eletrônicos - que não existem

fisicamente - são especialmente vulneráveis.

E a digitalização dos registros em papel traz a

necessidade de diversas medidas preventivas.

Sem surpresas, muitas empresas evitam

implementar um sistema holístico de

arquivamento eletrônico, embora tenham

consciência dos benefícios por conta dos

recursos humanos e tecnológicos necessários.

A tecnologia blockchain representa uma

solução simples para o armazenamento dos

arquivos fiscais no ambiente contábil. Ao

registrar um arquivo em um ambiente

controlado por blockchain a alteração dele

torna-se inviável dada a integridade dessa

tecnologia, conforme explicado anteriormente.

Outra oportunidade viável a curto prazo é a

utilização da tecnologia blockchain na criação

de contratos inteligentes (smart contracts). É

possível determinar que funcionalidades

podem ser executadas automaticamente sob

certas condições. Por exemplo, uma fatura

pode ser paga automaticamente após o

sistema verificar se os bens entregues foram

recebidos de acordo com as especificações

previstas no contrato e se o montante

necessário está disponível na conta bancária

da empresa.

Conclusão

Uma contabilidade de qualidade só existe com

informações íntegras. E a tecnologia

blockchain tem o potencial, a curto e a longo

prazos, de aumentar substancialmente a

integridade dos seus registros.

O uso dessa tecnologia tende também a

aumentar a automatização de processos e a

reduzir os custos de processamento e os

riscos atrelados a erros humanos. A

incorporação do blockchain aos processos já é

viável e deve virar gradualmente realidade

nas grandes empresas nos próximos anos.

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 25

que vem à mente quando você escuta

a palavra “robô”? Talvez uma figura

pop, como o R2-D2 de “Star Wars” ou

o Arnold Schwarzenegger em “O

Exterminador do Futuro”. Podem ser também

braços robóticos amarelos enormes girando

em uma linha de montagem de automóveis.

Ou ainda um desses robôs de entrega de

encomenda que andam pelas ruas de cidades

americanas. Em qualquer um dos casos, você

provavelmente associou o robô a alguma

entidade física, um substituto do ser humano

feito de metal ou plástico e com diversos

componentes eletrônicos: móvel, dedicado a

uma tarefa específica, um pouco exótico e

provavelmente caro.

Chegou a hora de os Chief Financial Officers

(CFOs) deixarem de lado essas percepções,

porque os robôs que estão se tornando parte

integral da função financeira não possuem

nenhuma semelhança com as descrições

anteriores. Pelo contrário, eles aparecem na

forma de tecnologia denominada Robotic

Process Automation (RPA) (“automação de

processos e robótica”, em tradução livre).

Esses robôs são softwares feitos para

automatizar uma vasta gama de processos

que tendem a ser repetitivos, com grande

volume, baseados em regras bem definidas e

com muito trabalho manual. A RPA tem sido

descrita como uma macro de planilha

turbinada, mas isso seria o mesmo que

comparar o computador de bordo de um carro

a veículos totalmente autônomos. De maneira

simplificada, a RPA replica qualquer ação que

um ser humano faria com o mouse ou teclado

em qualquer aplicativo do seu computador. A

RPA consegue tanto abrir e-mails e seus

anexos como coletar estatísticas de mídias

sociais e tomar decisões condicionadas. Em

finanças isso se traduz, por exemplo, na

gravação de registros diários, na reconciliação

de contas contábeis e até na auditoria de

relatórios de despesas.

A RPA é comparável a um braço robótico

amarelo enorme no chão de fábrica, pois ela

possibilita a automação de tarefas braçais

intensas, só que de uma forma razoavelmente

mais simples e barata. As empresas que

adotaram a terceirização para endereçar

diversas necessidades de finanças poderão

perceber que grande parte dessas tarefas

pode agora ser controlada ou substituída por

RPA.

Desmistificando a RPA

A tecnologia RPA consiste em um software

relativamente simples e barato que se utiliza

de outros programas (do mesmo nível de

interface com o usuário), não requer nenhum

hardware específico e se encaixa bem em

quase todos os ambientes de TI. Um robô

pode custar cerca de um terço de um

empregado terceirizado.

Essa tecnologia tem a capacidade de fazer o

mesmo que uma pessoa sentada em frente a

um computador: apertar teclas, mover o

mouse em certos campos de um programa,

copiar e colar, mover dados de um lugar para

outro, fazer pesquisas e cálculos e apertar

“enviar”, entre outros comandos básicos.

Para ter um robô funcionando é preciso

especificar em detalhes as instruções que

serão automatizadas e configurar esse roteiro

no software de RPA. Será criado então um

repositório central com as tarefas de diversos

robôs e o monitoramento de suas atividades.

Os robôs podem estar em um servidor central

da empresa ou na nuvem. Em ambos os

casos, eles interagem diretamente com

quaisquer programas necessários para fazer o

trabalho. Os usuários corporativos

normalmente resolvem as exceções ou os

agravamentos que podem aparecer enquanto

os robôs fazem a parte “suja” do trabalho.

A RPA já poupa um volume substancial de

tempo e dinheiro das empresas. Em alguns

casos, observamos que a RPA é 15 vezes mais

rápida e eficiente que seres humanos,

oferecendo uma oportunidade de redução de

custo de pelo menos 15%. Essa redução pode

chegar a 90%, dependendo das características

da função para a qual a RAP for utilizada.

0

Robótica em Finanças A Automação que Muda o Jogo

Por Fábio Perez, diretor do CFO Program da Deloitte, e Maurício Castro, diretor de consultoria em RPA da Deloitte

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 26

O que a RPA consegue fazer?

Abrir e-mail e anexos.

Logar em programas corporativos ou da

web.

Mover arquivos e pastas.

Copiar e colar.

Preencher formulários.

Ler e escrever em banco de dados.

Buscar dados da web.

Conectar aos Application Programming

Interfaces (APIs) de sistemas.

Fazer cálculos.

Extrair dados estruturados de documentos.

Coletar estatísticas de mídias sociais.

Seguir regras/decisões condicionais.

Fonte: “Robotics & cognitive automation:

General overview”, Deloitte Development

LLC, 2017

A RPA não só poupa horas dos profissionais

envolvidos nessas tarefas, o que acarreta

redução de custos, como também fornece

uma série de outras vantagens. Por exemplo,

trabalhar sem intervalos de descanso (24x7)

em tarefas que geralmente requerem que o

pessoal de finanças trabalhe durante a noite

e aos finais de semana para atender aos

prazos, economizando assim em horas

extras.

Além disso, a RPA é geralmente mais precisa;

algumas empresas relataram a eliminação

completa de retrabalho. Essa confiabilidade é

assegurada pela criação de um rastro de

auditoria que identifica quaisquer falhas

potenciais. Com isso, muitas organizações

criam um sistema de monitoramento que

permite a um integrante da equipe de

finanças “supervisionar” um time de robôs

em tempo real.

A RPA diferencia-se de outras

implementações por redistribuir o tempo do

talento humano. Ela permite aos robôs

realizarem aquilo que fazem tão bem,

deixando o time de finanças com tempo livre

para focar em atividades de maior valor

agregado. Por exemplo, um centro de

serviços compartilhados pode usar a RPA

para automatizar tarefas e permitir que a

equipe se concentre na entrega de insights ou

na obtenção de novos níveis de serviço.

Fazendo a RPA acontecer

Quando o assunto é alavancar o potencial da

RPA, temos geralmente duas situações:

empresas que criaram projetos-piloto e agora

querem escalar o uso da tecnologia, e

empresas em estágios recentes de exploração

das suas possibilidades.

Se a sua organização se encaixa na segunda

categoria, uma forma viável de começar é

com um protótipo ou piloto que permitirá a

familiarização de maneira básica a essa

solução. Comece identificando as tarefas que

se encaixam na RPA. Na maioria das vezes,

esses quick-wins existem em um Centro de

Serviços Compartilhados ou nos processos já

terceirizados e podem incluir:

Tarefas com potencial de terceirização,

como reconciliações, processamento de

reclamações, gerenciamento de

devoluções, processamento de inventário,

suporte a desktop e monitoramento de

rede.

Tarefas do front office, como

gerenciamento de pedidos de venda,

monitoramento de preços da concorrência

e engajamento com o cliente.

Tarefas do middle office, como

acompanhamento de tendências e geração

de relatórios.

Tarefas do back office, como reconciliação

de dados e integração de programas.

Tarefas de serviços compartilhados, como

folha de pagamento, admissão e

gerenciamento de benefícios em Recursos

Humanos (RH), gerenciamento de pastas e

arquivos, monitoramento de

infraestrutura/programas e gerenciamento

de usuários/diretórios em Tecnologia da

Informação (TI).

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 27

Uma consideração importante: engaje o dono

do processo no piloto da RPA, porque é ele

que possui o conhecimento detalhado das

atividades e será peça-chave na programação

do robô – isso sem mencionar a necessidade

de comprovar o valor da RPA.

A promessa e suas armadilhas

O futuro é promissor, mas isso não quer dizer

que os robôs farão tudo. Conforme a RPA e

outras tecnologias surgem e a transformação

digital avança, os CFOs terão de pensar

cuidadosamente sobre quais competências

humanas eles querem contratar e treinar.

À medida que a RPA prolifera e adquire novas

capacidades, torna-se necessário ter uma

equipe de finanças focada em como aplicar o

crescente arsenal de capacidades digitais às

finanças e a outras necessidades mais amplas

do negócio. Ou seja, a RPA não é uma

tecnologia pronta depois de implementada,

mas sim uma capacidade que precisa ser

continuamente gerenciada.

Os CFOs já têm consciência de que, em um

ambiente de negócios cada vez mais

dinâmico, o sucesso depende de treinar,

reciclar e redistribuir continuamente o seu

talento humano. O mesmo vale para os robôs

que ampliam crescentemente o trabalho da

equipe de finanças: na aquisição e no

desinvestimento de negócios, na mudança

para Enterprise Resource Planning (ERP) novo

e outros sistemas de TI de larga escala, na

mudança ou evolução dos processos. Os robôs

irão requerer uma reprogramação frequente

para entregar o maior valor possível.

Talvez eles nunca venham a se equiparar à

inteligência do C-3PO de “Star Wars”, mas

definitivamente parecem prestes a se

tornarem membros indispensáveis do

departamento de finanças.

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 28

função de gestão de riscos desdobra-se

em uma série de atividades específicas,

que se complementam para que eles

sejam devidamente monitorados,

controlados e mitigados. A pesquisa de 2017

da Deloitte, “Os Cinco Pilares dos Riscos

Empresariais - Como Gerenciá-los em um

Cenário Econômico e de Negócios Desafiador”,

indica que as empresas entrevistadas

monitoram um número maior de riscos em

relação à edição anterior da pesquisa,

realizada em 2015. O estudo reforça o

conceito de que processos estruturados para a

gestão de riscos são fundamentais para

assegurar a conformidade das empresas

diante de um momento complexo na economia

e nos negócios. Os principais resultados da

pesquisa demonstram que as empresas estão

priorizando os pontos abaixo:

Fluxo de caixa, resultados e aspectos de

conformidade contábil, fiscal e tributária

estão no topo da lista dos riscos

gerenciados.

Os esforços das empresas estão também

voltados para aspectos regulamentares e

componentes éticos.

Em tempos de recursos escassos, a gestão

dos riscos operacionais é um dos principais

instrumentos para a otimização contínua

de custos, a melhoria da eficiência e da

rentabilidade e o alinhamento à estratégia

corporativa. O impacto da aderência a um

comportamento ético e do controle de

práticas de não conformidade sobre a

operação e os resultados são aspectos que

ganham relevância.

Os riscos de reputação e imagem estão no

topo da preocupação das empresas em

relação aos riscos estratégicos, reflexo da

correlação direta entre a sua

materialização e a perda de valor da

empresa.

Conselhos de administração e comitês de

auditoria e riscos acompanham com

atenção a evolução da segurança

cibernética em seus mercados - 72% dos

respondentes do estudo afirmaram

gerenciar riscos de segurança da

informação.

Maiores informações estão disponíveis ao

baixar o documento no relatório completo da

pesquisa

(https://www2.deloitte.com/content/dam/Delo

itte/br/Documents/risk/Pesquisa_Riscos--

.pdf).

Em sintonia com as novas estratégias

corporativas de integração dos riscos

empresariais da governança e com a

possibilidade de contágio entre os diversos

riscos da entidade, o Conselho Monetário

Nacional emitiu em 2017 a Resolução

nº 4.557, de Gestão Integrada de Riscos. Tal

Resolução estipula os critérios mínimos para o

estabelecimento de estruturas de

gerenciamento integrado de riscos e de capital

pelas instituições que compõem o Sistema

Financeiro Nacional. Além de se alinhar às

melhores práticas e aos padrões internacionais

para supervisão, governança e gestão de risco

do sistema bancário, o normativo e o primeiro

a utilizar o critério de proporcionalidade para

fins de regulação prudencial, conforme a

segmentação definida pela Resolução

nº 4.553/2017. Com essa diferenciação, as

instituições com menor grau de importância

sistêmica e perfis de atuação menos

complexos estão sujeitas a exigências

menores, sem prejuízo do necessário grau de

prudência nas suas gestões de riscos e de

capital.

Um dos principais objetivos da Resolução é a

consolidação do aprimoramento do arcabouço

regulatório, para que a gestão de riscos ocorra

de forma integrada, promovendo a

consolidação dos normativos e a ampliação do

escopo dos requisitos que devem ser

A

Gestão Integrada de Riscos: um Desafio

para as Empresas em 2017 e 2018

Por Gustavo Lucena, sócio da área de Risk Advisory da Deloitte

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 29

atendidos nas estruturas de gerenciamento

dos riscos operacional, de mercado, de

crédito, de liquidez e de capital das

instituições financeiras. Dessa forma, a

identificação, a mensuração, a avaliação, o

monitoramento, o reporte, o controle e a

mitigação dos efeitos adversos devem ser

feitos com base nas interações entre as

diversas fontes de risco. Ademais, são

aperfeiçoados os mecanismos de governança,

introduz-se uma melhor especificação dos

critérios para a aplicação dos testes de

estresse e determinam-se os princípios

mínimos para a Gestão de Continuidade de

Negócios.

Entre os avanços propostos pela Resolução,

destaca-se a obrigatoriedade da indicação de

um diretor para gerenciamento de riscos

(CRO), responsável pela implementação da

estrutura integrada de gestão e pela

constituição de um comitê de riscos. Cabem

ao CRO a avaliação da adequação dessa

estrutura e a implementação dos testes de

estresse. Estão previstas também atribuições

específicas para o Conselho de Administração

(CA) das instituições, com o objetivo de

reforçar sua responsabilidade nas deliberações

e decisões relativas a gestão de riscos.

Os aspectos relevantes abordados na referida

Resolução estão ilustrados abaixo:

Independentemente do segmento de atuação,

uma empresa de capital aberto é considerada

aberta ou fechada conforme os valores

mobiliários de sua emissão estejam ou não

admitidos à negociação no mercado de

valores. Para isso, as empresas precisam ter e

manter um registro de emissora perante a

Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A

Instrução CVM nº 480, de 7 de dezembro de

2009, e suas alterações posteriores,

estabelece as condições para esse registro e

relaciona uma série de informações, periódicas

e eventuais, que devem ser disponibilizadas

para os acionistas e enviadas à CVM.

Um dos principais documentos adotados pela

Instrução nº 480 é o Formulário de

Referência, um modelo de registro que reúne

todas as informações referentes ao emissor,

como atividades, fatores de risco,

administração, estrutura de capital, dados

financeiros, comentários dos administradores

sobre esses dados, valores mobiliários

emitidos e operações com partes relacionadas,

e que deve ser arquivado e atualizado

regularmente na CVM.

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 30

Além de arquivá-lo no momento do registro,

as companhias precisam entregar o

Formulário de Referência atualizado

anualmente em até cinco meses após a data

de encerramento do exercício social. O

Formulário deve ser entregue novamente na

data do pedido de registro de oferta pública de

distribuição de valores mobiliários e, ainda, ter

os campos específicos atualizados sempre que

necessário na hipótese da ocorrência de

alguns fatos citados na norma. Com o

Formulário de Referência, as empresas de

capital aberto têm o desafio de entender mais

sobre riscos, o que engloba o processo de

gerenciamento e a fluidez da informação.

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 31

Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

editou, em 8 de junho de 2017, a

Instrução CVM nº 586, uma alteração

da Instrução CVM nº 480, que dispõe

sobre o registro de emissores de valores

mobiliários admitidos à negociação em

mercados regulamentados.

A principal novidade trazida pela Instrução

CVM nº 586 consiste na incorporação à

Instrução CVM nº 480 do dever das

companhias de divulgar informações sobre a

aplicação das práticas de governança

previstas no Código Brasileiro de Governança

Corporativa – Companhias Abertas. A regra

aplica-se aos emissores registrados na

categoria A cujas ações ou certificados de

depósito de ações sejam admitidos à

negociação em bolsas de valores.

O Código Brasileiro de Governança

Corporativa – Companhias Abertas segue o

modelo “pratique ou explique” e foi elaborado

pelas 11 entidades de mercado que integram

o Grupo de Trabalho Interagentes. O Código

contém um conjunto de práticas

recomendadas e aborda questões-chave de

governança, como estrutura acionária,

composição da administração e controles

internos.

O modelo “pratique ou explique” reconhece

que não há uma referência única de

governança, além de gerar uma reflexão e

autoavaliação das companhias sobre suas

próprias práticas.

A assimilação do Código à Instrução nº 480

prevê o dever das empresas de esclarecer e

explicar aos investidores o seu grau de

aderência às práticas, de forma completa,

verdadeira, consistente e sem induzi-los a

erro. Caberá aos próprios investidores avaliar

se a estrutura de governança é adequada ou

não, com base nessas informações.

Entre as alterações realizadas destacam-se:

Prazo de entrega do informe aumentado de

seis para sete meses após o final do

exercício social, com o intuito de conceder

aos emissores mais tempo para a

preparação deste documento.

Exclusão da obrigatoriedade da atualização

do informe no momento da apresentação

de pedido de registro de oferta pública

para evitar a divulgação de informações

não sujeitas à diligência da instituição líder

da oferta.

Redução da abrangência das informações

prestadas sobre a estrutura administrativa

do emissor no item 12.1 do Formulário de

Referência, que passa a requerer as

informações relativas ao conselho de

administração, aos órgãos e aos comitês

permanentes que se reportam ao conselho

de administração e à diretoria estatutária.

A Lei das Estatais trouxe também um grande

avanço na governança corporativa para as

empresas de gestão pública. Pouco mais de

um ano após a publicação da Lei de

Responsabilidade das Estatais (Lei nº 13.303,

de 30 de junho de 2016), percebe-se,

sobretudo entre as companhias de grande

porte, uma mobilização quanto ao

cumprimento das novas regras, o que tem

promovido uma mudança cultural nesse

segmento.

Embora a Lei estabeleça o prazo de 24 meses

para implementação, praticamente todas as

estatais de grande porte encontram-se

adaptadas às novas exigências já em 2017,

principalmente no que se refere às regras para

nomeação de diretores e membros nos

conselhos de administração. O principal

benefício é o ganho de transparência nas

indicações para os cargos de dirigentes e

conselheiros das estatais. Os requisitos

previstos para ocupantes de cargos de

diretoria e conselhos não impedem as

indicações políticas, mas garantem que os

indicados tenham experiência técnica

A

As Principais Novidades de Governança Corporativa

Por Gustavo Lucena, sócio da área de Risk Advisory da Deloitte

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 32

compatível com o cargo. A implementação da

Lei facilita que investidores de outros países

possam aportar recursos no Brasil, já que

reduz o risco em relação ao nosso mercado,

demonstra transparência das informações e

apresenta uma estrutura de governança mais

robusta, o que favorece o desenvolvimento de

projetos de infraestrutura. Outro aspecto

importante da Lei é o fortalecimento da função

de conformidade, com exigência de reporte ao

diretor-presidente e com autonomia de acesso

direto ao conselho de administração.

Com os aprimoramentos dos pilares da

governança corporativa no Brasil, percebeu-se

em 2017 o aumento da implementação e do

uso do canal de denúncias nas empresas.

Diversas regulamentações setoriais

demandam a existência e a operação

adequada de um canal de denúncias, como a

Resolução nº 3.456 do Conselho Monetário

Nacional (CMN), a Lei das Estatais (Lei

nº 13.303) e o Novo Código Brasileiro de

Governança Corporativa - Companhias

Abertas. Adicionalmente, a Lei Anticorrupção

prevê, no Art. 7º, algumas considerações

adicionais para atenuar sanções, como: “a

existência de mecanismos e procedimentos

internos de integridade, auditoria e incentivo à

denúncia de irregularidades e a aplicação

efetiva de códigos de ética e de conduta no

âmbito da pessoa jurídica”.

Diante de um cenário em que o medo de

retaliação é o principal motivo de não reporte

de condutas antiéticas dentro das

organizações, um plano de comunicação

adequado, que expõe o objetivo do canal de

denúncias e seu modelo de funcionamento -

operado de forma independente por uma

empresa especializada em gestão de riscos e

fraudes - contribui para o engajamento dos

seus colaboradores.

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 33

m um cenário de constantes

mudanças de gestão e de aumento da

complexidade dos riscos e das

regulamentações nacionais e

internacionais, o programa de ética e

conformidade tende a se tornar cada vez mais

dinâmico, complexo, estratégico e flexível,

sem perder, no entanto, a sua essência e o

aculturamento da conduta ética dos

colaboradores, representantes e fornecedores.

No Brasil, as iniciativas empresariais em

relação ao desenvolvimento de um programa

de ética e conformidade devem estar

integralmente embasadas e adequadas às

exigências nacionais da Lei nº 12.846/2013

(também conhecida como Lei Anticorrupção) e

do Decreto nº 8.420/2015. Esses decretos

estabelecem a adoção de um conjunto de

mecanismos e procedimentos internos de

integridade, auditoria e incentivo a denúncia

de irregularidades, além da aplicação efetiva

de codigos de etica e de conduta, de politicas

e de diretrizes com o objetivo de detectar e

sanar desvios, fraudes, irregularidades e atos

ilicitos praticados contra a administração

publica. No âmbito internacional, entram a lei

federal norte-americana contra corrupção

Foreign Corrupt Practices Act (FCPA) e a lei

britânica Bribery Act (UKBA).

Um programa de ética e conformidade refere-

se a um enfoque centralizado e coordenado

entre várias unidades de negócios dentro de

uma organização. Trata-se de uma abordagem

programática, construída a partir da visão dos

membros dos conselhos e dos comitês até os

gestores operacionais, e suportada sobre os

riscos específicos enfrentados pela

organização.

As recentes tendências nacionais e

internacionais indicam um aumento em

processos administrativos e penais,

investigações internas e externas, aplicações

de multas de fiscalizadores e protagonismo da

mídia relacionada às violações de

conformidade para as empresas em todos os

segmentos econômicos.

Reguladores de todo o mundo ampliam seu

alcance de atuação para além das suas

jurisdições, enquanto os promotores públicos

se tornam mais presentes em suas

investigações e na aplicação de multas.

Nesse sentido, percebe-se que reguladores,

fiscalizadores, clientes, colaboradores,

fornecedores e o entorno social da empresa

consideram a “cultura da conduta ética e do

cumprimento” mais importante hoje do que no

passado.

O programa global de ética e conformidade de

uma organização pode ter como base uma

série de direcionadores internacionalmente

reconhecidos, tais como a US Federal

Sentencing Guideline e o Committee of

Sponsoring Organizations of the Treadway

Commission (COSO), e engloba tanto a

conformidade ética operacional quanto os

riscos de conformidade legais e regulatórios.

Coibir decisões não conformes e fazer

negócios de acordo com a ética empresarial

são os alicerces atuais da sustentabilidade das

empresas no mundo dos negócio

EE

Programa de Integridade

Por Gustavo Lucena, sócio da área de Risk Advisory da Deloitte

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 34

Conselho Monetário Nacional (CMN)

aprovou a Resolução nº 4.595/2017,

que “estabelece a obrigatoriedade de

implementação e manutenção de

política de conformidade (compliance) nas

instituições financeiras e demais instituições

autorizadas a funcionar pelo Banco Central”.

Essa Resolução está em linha com as

diretrizes da Basileia que abordam a

existência de quatro linhas de defesa, sendo

compliance, gestão de riscos, auditoria interna

e empresa de auditoria independente. Com a

recente Resolução o CMN regula a atividade

de compliance, completando, assim, a criação

das regulamentações de todas as linhas de

defesa citadas em Basileia.

O principal objetivo da política de

conformidade é assegurar o efetivo

gerenciamento do risco de conformidade,

entendido como a possibilidade de a

instituição sofrer perdas ou danos decorrentes

de falhas na observância da legislação e

regulação a ela aplicáveis. Além disso, a

política de conformidade deverá ser

compatível com a natureza, o porte, a

complexidade, a estrutura, o perfil de risco e o

modelo de negócio de cada instituição,

devendo ser implementada até 31 de

dezembro de 2017, cita a Resolução.

A Resolução estabelece alguns parâmetros

mínimos que a política de conformidade

deverá definir, como o objetivo e o escopo da

função de conformidade, a divisão clara das

responsabilidades das pessoas envolvidas para

evitar possíveis conflitos de interesses

(principalmente com as áreas de negócios da

instituição) e os procedimentos para

coordenar as atividades da função de

conformidade com as das funções de

gerenciamento de risco e da auditoria interna.

A política de conformidade deverá ser

aprovada pelo Conselho de Administração da

instituição (ou pela Diretoria, caso a

instituição não tenha Conselho de

Administração constituído), o qual terá

também diversas responsabilidades

relacionadas à gestão e à implementação da

política de conformidade.

As instituições sujeitas à Resolução devem

manter à disposição do Banco Central: (i) a

documentação relativa à política de

conformidade aprovada pelo Conselho de

Administração (ou pela Diretoria, caso não

haja Conselho de Administração constituído);

e, pelo prazo mínimo de cinco anos, (ii) os

relatórios contendo o sumário dos resultados

das atividades relacionadas à função de

conformidade e suas principais conclusões,

recomendações e providências tomadas pela

Administração da instituição.

Neste contexto, o regulador e fiscalizador

espera que uma entidade financeira possua

um programa efetivo de compliance

permitindo um adequado nível de antecipação,

supervisão, controle e reporte dos riscos de

conformidade (interno e externo). O objetivo

principal é reforçar a capacidade de resposta

da organização aos temas de compliance,

preservar o valor da companhia, fazer

negócios em compliance e assessorar a Alta

Administração a não tomar decisões em não

compliance.

OE

Programa de Compliance para Entidades Financeiras

Por Gustavo Lucena, sócio da área de Risk Advisory da Deloitte

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 35

Faz-se necessária uma gestão do custo de observância buscando uma sinergia de atividades

entre as linhas de defesa da organização, como exemplificado abaixo:

Para janeiro de 2018, então, espera-se que as entidades financeiras possuam uma estrutura

compatível com a natureza, o porte, a complexidade, a estrutura, o perfil de risco e o modelo

de negócio, porém não esquecendo os norteadores da Resolução ilustrados a seguir:

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 36

Introdução e conceitos

m 18 de maio de 2017, o International

Accounting Standards Board (IASB)

emitiu a publicação final da IFRS 17 -

Contratos de Seguros (Insurance

Contracts), que estabelece os princípios para o

reconhecimento, a mensuração, a

apresentação e a divulgação dos contratos de

seguro.

Essa norma é o resultado de um projeto

iniciado em abril de 2017 pelo International

Accounting Standard Committee, órgão

predecessor do IASB. O IASB completou a

Fase I desse projeto quando as IFRS foram

emitidas em março de 2004. No entanto, a

IFRS 4 pretendia ser apenas uma solução

provisória para permitir que as companhias

seguradoras usassem uma ampla variedade

de práticas contábeis enquanto aguardavam a

conclusão de uma norma mais abrangente e

robusta. As diferenças de práticas contábeis

entre jurisdições e de produtos tornaram difícil

para os investidores e os analistas

entenderem e compararem as demonstrações

financeiras das companhias seguradoras, seus

desempenhos e suas exposições a riscos. A

Fase II desse projeto foi desenhada para

abordar essas preocupações e resultou nessa

nova norma, que substitui a IFRS 4.

O objetivo dessa norma é assegurar que uma

companhia seguradora forneça informações

relevantes que representem fielmente os

direitos e as obrigações dos contratos de

seguro emitidos pela empresa. O IASB

desenvolveu essa norma para eliminar

inconsistências e fraquezas nas práticas

contábeis existentes, fornecendo uma

estrutura baseada em um princípio contábil

único para contabilizar todos os tipos de

contratos de seguro detidos por uma

seguradora, incluindo contratos de resseguro.

Essa norma também especifica os

requerimentos de apresentação e divulgação

com o intuito de aprimorar a comparabilidade

das informações financeiras das companhias

seguradoras.

A principal alteração proveniente dessa

norma, mas não a única, refere-se à

mensuração dos contratos de seguro. A

IFRS 17 requer que a companhia que emita

contratos de seguro registre em seus balanços

a soma de:

Fluxos de caixa de cumprimento –

representados pelas estimativas atuais dos

montantes que a companhia seguradora

espera coletar de prêmios e do pagamento

de sinistros, benefícios e despesas,

incluindo os ajustes para refletir o valor do

dinheiro no tempo e os riscos desses fluxos

de caixa.

Margem do serviço contratual –

representada pelo lucro a apropriar ao

longo do período de vigência da cobertura

do contrato de seguro (lucro não ganho).

As perdas de contratos onerosos são

reconhecidas imediatamente.

Para refletir melhor as mudanças nas

obrigações de seguro e nos riscos, a IFRS 17

requer que a companhia seguradora atualize

os fluxos de caixa de cumprimento em cada

data de fechamento de balanço com

estimativas atuais consistentes com as

informações de mercado.

As mudanças nas obrigações com os contratos

de seguros decorrentes transformações no

ambiente econômico, como variações nas

taxas de juros, são refletidas nas

demonstrações financeiras da companhia

seguradora em tempo hábil.

O modelo geral estabelecido pela norma na

mensuração dos contratos de seguro é a

abordagem por módulos (building block

approach); contudo, devido à diversidade dos

contratos de seguros, essa norma introduz

outras abordagens que simplificam e/ou

modificam o modelo geral, a saber:

Abordagem de Alocação de Prêmio

(Premium Allocation Approach) – modelo

simplificado permitido para contratos de

curta duração (um ano ou menos).

E

IFRS 17 - Contratos de Seguro

Por Carlos Claro, sócio da área de Audit and Assurance da Deloitte, com foco na Indústria

Financeira

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 37

Abordagem de Taxa Variável (Variable Fee

Approach) – modelo modificado aplicado

aos contratos com componente de

participação em que os segurados recebem

uma parcela substancial do retorno dos

itens subjacentes.

Para a mensuração dos contratos de seguros,

a companhia seguradora deve primeiramente

identificar as carteiras de contratos de

seguros. Uma carteira é um grupo de

contratos sujeitos a riscos similares e

gerenciados conjuntamente. Para todos os

contratos de seguro de uma mesma carteira,

a companhia deve dividi-los em:

Contratos que são onerosos no

reconhecimento inicial, se algum.

Contratos que não têm riscos de se

tornarem onerosos no reconhecimento

inicial, se algum.

Contratos remanescentes na carteira, se

algum.

A companhia seguradora deve segregar as

carteiras de contratos de resseguro que detém

de forma semelhante aos contratos de seguro

por ela emitidos.

Impactos para as companhias

seguradoras

A implementação da IFRS 17 exigirá um

esforço substancial das companhias

seguradoras, pois os aspectos envolvidos são

muito complexos e abrangentes e apresentam

um grande desafio para a maioria delas. Isso

demandará não só recursos financeiros, como

também de pessoas, na coordenação e na

gestão desse projeto.

Na prática, essa implementação trará

mudanças significativas nas estruturas

operacionais das companhias seguradoras,

com impacto nos negócios, processos e

controles internos. Serão incluídos nesses

processos os departamentos contábil,

financeiro e atuarial, além do departamento

de tecnologia da informação, para a avaliação

dos impactos nos sistemas de dados. Poderá

haver ainda a necessidade de desenvolver

novos sistemas, bem como revisar a forma de

obtenção, gerenciamento e análise dos dados.

Disposições transitórias

As companhias seguradoras devem aplicar a

IFRS 17 para períodos anuais de relatórios

iniciados em ou após 1º de janeiro de 2021.

Se uma entidade decidir aplicar a IFRS 17

antecipadamente, deve divulgar esse fato. A

aplicação antecipada e permitida para as

entidades que já aplicam a IFRS 9 -

Instrumentos Financeiros e a IFRS 15 -

Receita de Contrato com Cliente.

A IFRS 17 deve ser aplicada pelas empresas

retrospectivamente, a menos que seja

impraticável; nesse caso, as entidades têm a

opção de usar a abordagem retrospectiva

modificada ou a abordagem do valor justo.

Na data da aplicação inicial da norma, as

entidades que já aplicam a IFRS 9 podem

redesignar e reclassificar retrospectivamente

os ativos financeiros mantidos em relação a

atividades relacionadas aos contratos dentro

do escopo dessa norma. As companhias

seguradoras podem optar por não

reapresentar a IFRS 9, sendo a diferença

entre o valor contábil anterior desses ativos

financeiros e o valor contábil na data da

aplicação inicial reconhecida no patrimônio

líquido de abertura na data da aplicação

inicial. Qualquer reapresentação de períodos

anteriores deve refletir todos os

requerimentos da IFRS 9.

Foi concedida uma isenção temporária da

aplicação da IFRS 9 para as companhias

seguradoras, diferindo sua aplicação para

quando da adoção inicial da IFRS 17.

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 38

adoção da Instrução nº 577/2016 da

Comissão de Valores Mobiliários

(CVM) coloca vários desafios aos

gestores e administradores de fundos

de investimento no que se refere à avaliação

de ativos ao valor justo, isso porque incorpora

os critérios estabelecidos no pronunciamento

técnico 46 do Comitê de Pronunciamentos

Contábeis (CPC 46 – Mensuração a Valor

Justo), tanto para os ativos da carteira do

fundo como para aqueles integrantes da

carteira de fundos de investimento investidos.

Apesar de a Instrução CVM nº 438/2006

determinar igualmente a avaliação dos ativos

ao valor justo, ainda existiam situações

relativas aos critérios de avaliação de ativos

de renda variável sem negociação que

permitiam os seguintes critérios:

a) Custo de aquisição;

b) Última cotação disponível;

c) Último valor patrimonial do título

divulgado à CVM; ou

d) Valor líquido provável de realização obtido

mediante adoção de técnica ou modelo de

precificação.

Assim sendo, os investimentos diretos e

indiretos em ações de companhias fechadas

(por exemplo) podiam ser mantidos ao:

Custo de aquisição;

Valor patrimonial;

Valor da última cotação disponível,

conforme permitido pela Instrução CVM

nº 438;

Valor líquido provável de realização obtido

mediante adoção de técnica ou modelo de

precificação; e

Valor econômico determinado por

empresas independentes especializadas,

para os valores mobiliários de companhias

sem mercado ativo em bolsa ou em

mercado de balcão organizado, para os

fundos de investimento constituídos sob a

forma de condomínio fechado de prazo de

duração igual ou superior a cinco anos,

desde que previsto no regulamento do

fundo.

As exceções, quanto à avaliação do valor justo

anteriormente mencionada, foram eliminadas

pela Instrução CVM nº 577/2016, a qual

dispõe que os ativos integrantes da carteira

dos fundos de investimento devem ser

avaliados diariamente pelo valor justo, sendo:

• Nível 1 - Preço cotado em mercado ativo

(ao qual o fundo possa ter acesso) para

ativos idênticos na data da mensuração

(evidência mais confiável).

• Nível 2 – O administrador do fundo deve

fazer uso de outras informações

observáveis para o ativo em questão,

fazendo-se ajustes nessa informação de

acordo com fatores específicos

relacionados ao ativo (Nível 2). Outras

informações observáveis podem incluir:

a) Preços cotados para ativos ou passivos

similares em mercados ativos;

b) Preços cotados para ativos ou passivos

idênticos ou similares em mercados que

não sejam ativos;

c) Informações, exceto preços cotados, que

sejam observáveis para o ativo, como:

c.1) Taxas de juros e curvas de

rendimento observáveis em

intervalos comumente cotados;

c.2) Volatilidades implícitas;

c.3) Spreads de crédito;

A

Os Principais Impactos da Instrução

CVM nº 577 para a Indústria de Fundos de Investimento

Por Marcelo Teixeira, sócio da área de Audit and Assurance da Deloitte, com foco na

Indústria Financeira

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 39

d) Outras fontes de informações, desde que

aceitas pelo mercado.

• Nível 3 - Dados não observáveis devem ser

utilizados para mensurar o valor justo na

medida em que dados observáveis

relevantes não estejam disponíveis,

admitindo, assim, situações em que haja

pouca ou nenhuma atividade de mercado

para o ativo ou passivo na data de

mensuração (Nível 3).

Essa questão da alteração do critério de

avaliação ao valor justo, conforme a Instrução

CVM nº 577/2016, também é especialmente

relevante para determinados fundos de

investimento em cotas de fundo de

investimento que adquiram investimentos em

cotas de fundos de investimento imobiliários,

fundos de investimento em direitos creditórios

e fundos de investimento em participações

que possam ser avaliados ao valor justo em

período/data-base diferente da data-base de

emissão das demonstrações financeiras do

fundo.

Apresentamos a seguir um resumo das

principais mudanças nos capítulos de

avaliação de ativos entre a ICVM nº 438/2006

e a ICVM nº 577/2016:

Instrução CVM nº 438/2006,

alterada pela ICVM

nº 465/2008

Instrução CVM nº 577/2016

CAPÍTULO 1 - Normas Básicas, SEÇÃO 2 - Critérios de Avaliação e Apropriação Contábil

1. Disposições

Gerais

1 – Os ativos integrantes das carteiras dos fundos de investimento devem ser registrados pelo valor efetivamente contratado ou pago, e ajustados, diariamente, ao valor de mercado, reconhecendo-se contabilmente a valorização ou a desvalorização em contrapartida à adequada conta de receita ou despesa, no resultado do período.

2 – Considera-se preço de mercado o valor que se pode obter com a negociação do título ou valor mobiliário em um mercado ativo, em que comprador e vendedor sejam independentes, sem que corresponda a uma transação compulsória ou decorrente de um processo de liquidação. Por sua vez, define-se mercado como aquele em que o ativo é negociado de maneira habitual e frequente, devendo ser selecionado, entre os eventuais mercados disponíveis, aquele em que ocorrer o maior volume de negociações do ativo.

3 – Na ausência de mercado de negociação para um determinado ativo, sua contabilização deve ser

1 – Os ativos integrantes da carteira dos fundos de investimento devem ser avaliados diariamente pelo valor justo, reconhecendo-se contabilmente a valorização ou a desvalorização em contrapartida à adequada conta de receita ou despesa, no resultado do período. O valor justo do ativo não deve ser ajustado para refletir custos de transação.

2 – O administrador deve utilizar técnicas de mensuração apropriadas para as circunstâncias e para as quais dados suficientes estão disponíveis a fim de determinar o valor justo, maximizando o uso de dados observáveis relevantes e minimizando o uso de dados não observáveis.

3 - O preço cotado em mercado ativo (no qual o fundo possa ter acesso) para ativos idênticos na data da mensuração (Nível 1) oferece a evidência mais confiável do valor justo e deve ser utilizado sem ajuste para mensurar o valor justo sempre que disponível.

4 – Em situações nas quais o administrador julgar que o preço cotado não representa o valor justo do

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 40

Instrução CVM nº 438/2006,

alterada pela ICVM

nº 465/2008

Instrução CVM nº 577/2016

feita utilizando-se um dos seguintes critérios:

a) Pelo valor que se pode obter com a negociação de outro ativo de, no mínimo, natureza, prazo, risco e indexadores similares;

b) Pelo valor presente dos fluxos de caixa futuros a serem obtidos, ajustados com base na taxa de juros vigente no mercado, na data da demonstração contábil; ou

c) Pelo valor líquido de realização obtido por técnica ou modelo matemático-estatístico de precificação.

ativo na data da mensuração, admite-se, excepcionalmente, ajuste no preço cotado em mercado ativo para ativo idêntico. Pode ser o caso, por exemplo, quando da ocorrência de eventos significativos após o fechamento do mercado em que o ativo é transacionado, mas antes da data de mensuração.

5 – Na impossibilidade do uso de preço cotado (não ajustado) em mercado ativo, o administrador do fundo deve fazer uso de outras informações observáveis para o ativo em questão, fazendo-se ajustes nessa informação de acordo com fatores específicos relacionados ao ativo (Nível 2). Outras informações observáveis podem incluir:

a) Preços cotados para ativos ou passivos similares em mercados ativos;

b) Preços cotados para ativos ou passivos idênticos ou similares em mercados que não sejam ativos;

c) Informações, exceto preços cotados, que sejam observáveis para o ativo, como:

c.1) taxas de juros e curvas de

rendimento observáveis em intervalos comumente cotados;

c.2) volatilidades implícitas;

c.3) spreads de crédito;

d) outras fontes de informações, desde que aceitas pelo mercado.

6 – Dados não observáveis devem ser utilizados para mensurar o valor justo na medida em que dados observáveis relevantes não estejam disponíveis, admitindo assim situações em que haja pouca ou nenhuma atividade de mercado para o ativo ou passivo na data de mensuração (Nível 3). Contudo, o objetivo da mensuração do valor justo permanece o mesmo, ou seja, um preço de saída na data de mensuração do ponto de vista de um participante do mercado que detém o ativo ou deve o passivo. Portanto,

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 41

Instrução CVM nº 438/2006,

alterada pela ICVM

nº 465/2008

Instrução CVM nº 577/2016

dados não observáveis refletem as premissas que os participantes do mercado utilizariam ao precificar o ativo ou o passivo, incluindo premissas sobre risco.

7 – Para situações não tratadas neste Plano Contábil, o administrador do fundo deve utilizar o pronunciamento técnico 46 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC 46 - Mensuração a Valor Justo), que trata dos critérios e conceitos para a determinação do valor justo.

2. Ativos de

Renda Fixa

1 – Os ativos de renda fixa integrantes das carteiras dos fundos de investimento devem ser registrados pelo valor efetivamente pago, inclusive corretagens e emolumentos, e classificados nas seguintes categorias:

a) Ativos para negociação; e

b) Ativos mantidos até o vencimento.

1 – Os ativos de renda fixa integrantes da carteira dos fundos de investimento devem ser inicialmente registrados pelo valor justo e classificados nas seguintes categorias:

a) Ativos para negociação; e

b) Ativos mantidos até o vencimento.

2 – A melhor evidência do valor justo

de um instrumento financeiro no reconhecimento inicial é normalmente o preço de transação. Se o administrador avaliar que o preço de transação do instrumento financeiro é diferente do valor justo no reconhecimento inicial, a diferença entre o valor justo e o preço de transação deve ser reconhecida no resultado do período, no ato da transação.

3 – Para os ativos classificados como mantidos até o vencimento, ao valor justo no reconhecimento inicial devem ser adicionados os custos de transação.

Nota: critérios de apuração do valor justo são definidos no CAPÍTULO 1 - Normas Básicas, SEÇÃO 2 - Critérios de Avaliação e Apropriação Contábil - 1. Disposições Gerais.

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 42

Instrução CVM nº 438/2006,

alterada pela ICVM

nº 465/2008

Instrução CVM nº 577/2016

3. Ativos de

Renda

Variável

1 – Os ativos de renda variável integrantes da carteira do fundo de investimento devem ser registrados pelo valor efetivamente pago, inclusive corretagens e emolumentos, e ajustados, diariamente, pelo valor de mercado, observando-se o estipulado no item 1.2.2.6.

2 - Entende-se por custo de aquisição o preço de compra do título no exercício em curso ou valor de avaliação do último balanço patrimonial do fundo.

3 - A avaliação dos ativos de renda variável deve ser feita utilizando-se a última cotação diária de fechamento do mercado em que o ativo apresentar maior liquidez, desde que tenha sido negociado pelo menos uma vez nos últimos 90 (noventa) dias.

4 - Na hipótese de ativos sem negociação nos últimos 90 (noventa) dias, o valor do título deverá ser avaliado pelo menor entre os seguintes valores:

a) Custo de aquisição;

b) Última cotação disponível;

c) Último valor patrimonial do título divulgado à CVM; ou

d) Valor líquido provável de realização obtido mediante adoção de técnica ou modelo de precificação.

5 - O administrador, em qualquer hipótese, deverá ajustar a avaliação dos ativos componentes da carteira do fundo sempre que houver indicação de perdas prováveis na realização do seu valor.

6 - Os fundos de investimento constituídos sob a forma de condomínio fechado de prazo de duração igual ou superior a 5 (cinco) anos poderão adotar o valor econômico determinado por empresa independente

1 – Os ativos de renda variável integrantes da carteira do fundo de investimento devem ser inicialmente registrados e avaliados, diariamente, pelo valor justo, computando-se a valorização ou desvalorização na adequada conta de receita ou despesa no resultado do período.

2 - A melhor evidência do valor justo de um instrumento financeiro no reconhecimento inicial é normalmente o preço de transação. Se o administrador avaliar que o preço de transação do instrumento financeiro é diferente do valor justo no reconhecimento inicial, a diferença entre o valor justo e o preço de transação deve ser reconhecida no resultado do período, no ato da transação.

3 – Os ativos de renda variável devem ser classificados como ativos para negociação.

4 - A avaliação dos ativos de renda variável, para os quais exista mercado ativo e líquido (Nível 1), deve ser feita utilizando-se a cotação diária de fechamento do mercado em que o ativo apresentar maior liquidez.

Nota: critérios de apuração do valor justo são definidos no CAPÍTULO 1 - Normas Básicas, SEÇÃO 2 - Critérios de Avaliação e Apropriação Contábil – 1. Disposições Gerais.

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 43

Instrução CVM nº 438/2006,

alterada pela ICVM

nº 465/2008

Instrução CVM nº 577/2016

especializada, para os valores mobiliários de companhias sem mercado ativo em bolsa ou em mercado de balcão organizado.

7 - A utilização da faculdade prevista no item anterior está condicionada à previsão no regulamento do fundo ou deliberação em assembleia geral de cotistas de que:

a) O administrador assuma a responsabilidade perante a CVM e os cotistas pelos critérios, valores e premissas utilizados na avaliação econômica adotada pelo fundo;

b) A taxa de administração seja cobrada com base no custo histórico dos investimentos e a taxa de performance, quando houver, somente seja paga quando da realização integral das aplicações do fundo;

c) Uma vez adotado determinado critério e metodologia de avaliação para determinado valor mobiliário, este seja regularmente utilizado ao longo dos exercícios sociais

subsequentes; e

d) Sempre que houver alteração significativa nas premissas que embasam a avaliação econômica, esta deve ser revista e os efeitos refletidos contabilmente, devendo o regulamento do fundo dispor sobre a periodicidade mínima de avaliação.

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 44

Outras alterações relevantes

implementadas pela ICVM nº 577/2016

quando da elaboração e apresentação das

demonstrações financeiras:

Análise de sensibilidade: Conforme disposto

no CAPÍTULO 1 - Normas Básicas, SEÇÃO 3 -

Informações Contábeis, a Instrução CVM

nº 577/2016 passa a requerer a divulgação da

análise de sensibilidade para cada tipo de risco

de mercado ao qual o fundo está exposto no

final do período contábil, em consonância com

as diretrizes das normas aplicáveis às

companhias abertas que tratam da

evidenciação de instrumentos financeiros.

A Instrução CVM nº 475, de 17 de dezembro

de 2008, dispõe a respeito da apresentação de

informações sobre instrumentos financeiros

em notas explicativas e sobre a divulgação do

quadro demonstrativo de análise de

sensibilidade. No seu artigo 3º - § 2º a

referida norma define a utilização de três

cenários: (I) uma situação considerada

provável pela Administração; (II) uma

situação com deterioração mínima de 25%; e

(III) uma situação com deterioração mínima

de 50%.

Demonstrações financeiras relativas aos

eventos de Incorporação, Fusão, Cisão,

Transformação e Encerramento de Atividade:

As demonstrações financeiras relativas aos

eventos, com exceção do evento de

encerramento das atividades, devem ser

elaboradas pelo administrador tomando-se por

base a posição patrimonial do fundo no

momento imediatamente anterior ao da

ocorrência do evento.

Ofício Circular nº 1/2017/CVM/SIN/SNC

- Em 20 de julho de 2017, a CVM emitiu o

Ofício Circular nº 1/2017/CVM/SIN/SNC, que

dispõe sobre a interpretação do disposto no

artigo 56, I, “b”, da Instrução CVM nº 555/14.

Esse artigo esclarece que o valor da cota de

fundos de investimento deve ser calculado e

divulgado “para fundos que não ofereçam

liquidez diária a seus cotistas, em

periodicidade compatível com a liquidez do

fundo, desde que expressamente previsto em

seu regulamento”. No entanto, conforme a

Instrução CVM nº 577/16, os ativos

integrantes das carteiras dos fundos de

investimento devem ser avaliados diariamente

pelo valor justo. Neste contexto, o Ofício

anteriormente mencionado esclareceu que os

referidos dispositivos devem ser tomados em

conjunto e que o cálculo do valor justo dos

ativos da carteira dos fundos alcançados pelo

artigo 56, I, “b” da Instrução CVM

nº 555/2014 pode ocorrer em periodicidade

compatível com a referida liquidez.

Esse entendimento refere-se exclusivamente à

não necessidade do cálculo diário do valor

justo da carteira desses fundos para fins de

atendimento ao dispositivo mencionado,

ressalvadas as situações e os eventos que

requeiram o ajuste a valor justo da carteira

desses fundos, quando a data de tais

situações e eventos for diferente da data de

liquidez do fundo, assim como o cálculo e a

divulgação do valor da cota e do patrimônio

líquido.

Da mesma forma, deverão ser calculados o

valor justo dos ativos do fundo, o valor da

cota e do patrimônio líquido do fundo na data-

base de apresentação das demonstrações

financeiras relativas ao encerramento do seu

exercício social, assim como a apresentação

das demonstrações financeiras de eventos de

incorporação, fusão, cisão ou transformação.

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 45

adoção da Instrução nº 578/2016 da

Comissão de Valores Mobiliários

(CVM) coloca vários desafios aos

gestores e administradores de Fundos

de Investimento em Participações (FIPs) no

que se refere à classificação do tipo de FIP,

como entidade de investimento e/ou outros

FIPs, adaptação dos critérios de avaliação dos

ativos e critérios para fins de avaliação dos

ativos no balanço de abertura.

Apresentamos a seguir um resumo das

principais alterações da ICVM nº 578:

Assunto ICVM nº 391 ICVM nº 578

Classificação do FIP

como Entidade de

Investimento (Valor

Justo) ou Não -

Outros Fundos de

Investimento em

Participações (Método

de Equivalência

Patrimonial (MEP))

Não existia referida classificação na

norma.

Art. 40, XII - O gestor deverá fornecer as informações necessárias para que o administrador determine se o fundo se enquadra ou não como entidade de investimento, nos termos da regulamentação contábil específica (Arts. 4º, 5º e 7º da ICVM nº 579).

Aplicação em

debêntures simples

Não existia previsão expressa na norma com limite de exposição.

Possibilidade de investir 33% do capital subscrito em debêntures simples, conforme as condições estabelecidas no Art. 11 da ICVM nº 578.

Adiantamento para

Futuro Aumento de

Capital

Não existia previsão na norma. Permitido o Adiantamento para Futuro Aumento de Capital nas companhias investidas, conforme condições estabelecidas no Art. 5º da ICVM nº 578.

Alocação de recursos

no exterior

Vedado conforme o Art. 35 da ICVM nº 391.

Possibilidade de os FIPs Capital Semente e Empresas Emergentes investirem 20% do capital subscrito em ativos no exterior e, para os FIPs Multiestratégia, esse percentual será de 100%, conforme condições estabelecidas nos Arts. 11, 12 (enquadramento) e 18 (FIP Multiestratégia) da ICVM nº 578, respectivamente.

Empréstimos Vedado conforme o Art. 35 da ICVM nº 391.

Possibilidade de o FIP contrair empréstimos, limitados ao montante de 30% de seus ativos, conforme as condições estabelecidas no Art. 10º da ICVM nº 578.

A

Os Principais Impactos das Instruções

CVM nº 578 e nº 579 – Fundo de Investimento em Participação

Por Marcelo Teixeira, sócio da área de Audit and Assurance da Deloitte, com foco na

Indústria Financeira

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 46

Assunto ICVM nº 391 ICVM nº 578

Extinção dos FICFIPs Permitido pela ICVM nº 391. Não existe previsão na norma para esta modalidade, sendo permitido um FIP investir em cotas de outros fundos da mesma categoria.

Divulgação de

informações

Prazo para divulgação de informações semestrais e anuais de 60 e 120 dias, respectivamente.

Os prazos para divulgação de informações semestrais e anuais foram alterados de 60 e 120 dias, respectivamente, para 150 dias.

Admissão de classes

de cotas

Permitido pela ICVM nº 391 (exceto para o FIP-IE).

Autorização de uma ou mais classes de cotas com direitos econômico-financeiros distintos, dependendo do investidor.

Responsabilidades do

gestor

Existiam responsabilidades na ICVM nº 391.

Ampliação das responsabilidades e obrigações do gestor, conforme as condições estabelecidas na ICVM nº 578, principalmente quanto ao

Art. 40 (Obrigações do Gestor).

Categorias de Fundo

de Investimento em

Participações

Normatizado por mais de uma Instrução.

Consolidação e padronização de conceitos e procedimentos dos assuntos das normas vigentes em uma única norma (ICVM nº 578).

Capital Semente,

Empresas

Emergentes, FIP-

IE/FIP-PD&I e

Multiestratégia

Não existia previsão dessas classificações na norma.

Classificações criadas com o propósito de flexibilizar a composição das carteiras e destinação dos recursos do FIP, conforme as condições estabelecidas nos Arts. 15, 16, 17 e 18 da ICVM nº 578.

Apresentamos a seguir as principais

mudanças contábeis introduzidas pela

ICVM nº 579:

Framework - A Instrução CVM nº 579 altera

o formato de apresentação das demonstrações

financeiras a partir dos exercícios iniciados em

ou após 1º de janeiro de 2017, passando a

exigir a apresentação do conjunto completo

das demonstrações financeiras a seguir (Art.

16):

• Demonstração da posição financeira.

• Demonstrações do resultado e do resultado

abrangente do exercício.

• Demonstração das mutações do patrimônio

líquido.

• Demonstração dos fluxos de caixa.

• Notas explicativas - são parte integrante

das demonstrações financeiras.

As demonstrações financeiras devem exprimir

com fidedignidade e clareza a situação do

patrimônio do fundo e as mutações ocorridas

no exercício.

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 47

As demonstrações financeiras devem ser

comparativas com o período anterior, sendo

vedada a apresentação de período

comparativo no exercício da adoção inicial da

ICVM nº 579 (Art. 26).

Regras de transição - Conforme a ICVM

nº 579 - Arts. 26 e 27, a Instrução deve ser

aplicada prospectivamente, sendo vedada a

apresentação de período comparativo na sua

adoção inicial para aqueles fundos que

apresentarem alteração do critério de

avaliação em decorrência da adoção da

norma. O ajuste da adoção inicial deve ser

efetuado no balanço de abertura em

contrapartida à rubrica específica do

patrimônio líquido.

A Instrução CVM nº 579 entra em vigor na

data de sua publicação, aplicando-se aos

períodos contábeis iniciados em ou após 1º de

janeiro de 2017.

Classificação dos FIPs como Entidade de

Investimento ou Não - As Instruções CVM

nº 578 e nº 579 classificam os FIPs entre duas

categorias, cabendo ao administrador

classificar os FIPs como segue:

Entidade de Investimento (Valor Justo)

Os FIPs classificados como entidade de

investimento avaliam seus ativos ao valor

justo (com base nos critérios do

pronunciamento contábil CPC 46 -

Mensuração a Valor Justo).

Outros Fundos de Investimento em

Participações (MEP).

Os FIPs classificados como não entidade de

investimento, ou seja, Outros Fundos de

Investimento em Participações, avaliam

seus ativos ao valor patrimonial, pelo

método de equivalência patrimonial, e são

requeridas a avaliação/revisão para fins de

impairment do ágio na aquisição dos

investimentos.

Os principais critérios para fins de

classificação são:

I – Obtenham recursos de um ou mais

investidores com o propósito de atribuir o

desenvolvimento e a gestão de uma carteira

de investimento a um gestor qualificado que

possua plena discricionariedade na

representação e na tomada de decisão com as

entidades investidas, não sendo obrigado a

consultar os cotistas para essas decisões,

tampouco indicar os cotistas ou partes a eles

ligadas como representantes nas entidades

investidas;

II – Comprometam-se com os investidores

com o objetivo de investir os recursos

unicamente com o propósito de retorno por

meio de apreciação do capital investido, renda

ou ambos;

III – Substancialmente mensurem e avaliem o

desempenho de seus investimentos, para fins

de modelo de gestão, com base no valor

justo; e

IV – Definam nos seus regulamentos

estratégias objetivas e claras a serem

utilizadas para o desinvestimento, assim como

a atribuição do gestor de propor e realizar,

dentro do prazo estabelecido na estratégia, o

desinvestimento, a fim de maximizar o retorno

para os cotistas.

Parágrafo único. Não caracterizam

desatendimento ao disposto no inciso I os

casos em que os cotistas deliberem sobre

propostas encaminhadas pelo gestor, por meio

de comitê de investimento, em relação às

decisões inerentes à composição da carteira

do fundo.

O administrador deve adicionalmente

considerar a existência das seguintes

características típicas de entidade de

investimento:

Possuir mais de um investimento, direta ou

indiretamente;

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 48

Ter mais de um cotista, direta ou

indiretamente;

Ter cotistas que não influenciam ou não

participam da administração das entidades

investidas ou não sejam partes ligadas aos

administradores dessas entidades; e

Possuir investimento em entidades nas

quais os cotistas não possuíam nenhuma

relação societária, direta ou indiretamente,

previamente ao investimento do fundo.

Apresentamos a seguir um resumo comparativo das principais mudanças nas normas

contábeis dos FIPs:

Assunto FIP – Entidade de Investimento

(Valor Justo)

FIP – Outros Fundos de

Investimento em Participação

(MEP)

Reconhecimento

inicial

Valor justo Valor justo

Os conceitos que fundamentam os procedimentos utilizados para contabilizar a aquisição de controlada (CPC 15) devem ser também adotados para contabilizar a aquisição de investimento em coligada ou em

empreendimento controlado em conjunto.

Mensuração

subsequente

Valor justo.

Custo - enquanto o valor justo

de um investimento não puder

ser mensurado de forma

confiável.

Requer divulgação obrigatória:

Motivos da não possibilidade de

mensuração a valor justo.

Resumo da demonstração

financeira condensada das

investidas avaliadas ao custo.

Método de Equivalência

Patrimonial (MEP).

Ágio fundamentado em

rentabilidade futura ou ganho

por compra vantajosa

(reconhecimento inicial).

Avaliação do valor recuperável

(Teste de Impairment).

Ponto de atenção O valor justo dos investimentos deve refletir as condições de mercado na data de sua mensuração.

O valor justo deve ser mensurado: o No reconhecimento inicial. o Na apresentação das

demonstrações financeiras. o Sempre que o patrimônio

líquido do FIP for divulgado ao mercado (ICVM nº 579 -

Art. 3º - § 1º). o Sempre que houver eventos

ou alterações de condições

Necessidade de as investidas estarem adaptadas às mesmas práticas contábeis do FIP.

As demonstrações financeiras das entidades investidas, utilizadas para aplicação do MEP, devem ser levantadas na mesma data das demonstrações financeiras do fundo.

Defasagem máxima das demonstrações financeiras das investidas utilizadas no MEP é de

dois meses da data-base das demonstrações financeiras do FIP.

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Assuntos emergentes no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 49

Assunto FIP – Entidade de Investimento

(Valor Justo)

FIP – Outros Fundos de

Investimento em Participação

(MEP)

que possam afetar materialmente o valor justo do investimento.

A mensuração do valor justo deve ser estabelecida em bases consistentes e passíveis de verificação.

Necessidade de laudo de avaliação a valor justo na data de transição para a nova norma, no caso de FIPs que não mensuravam seus investimentos a valor justo.

As demonstrações financeiras das investidas com defasagem para a data-base do fundo devem ser ajustadas pelos impactos contábeis de eventos e transações significativos que ocorrerem no período de defasagem para a data-base das demonstrações financeiras do fundo.

Dividendos As distribuições de lucro declaradas e provisionadas pelas investidas devem ser reconhecidas como receita.

As distribuições de lucro declaradas e provisionadas pelas investidas reduzem o valor contábil do investimento no fundo.

Mudança de categoria de FIP

O fundo de investimento que se desqualifique como entidade de investimento ou que se torne entidade de investimento deve contabilizar a mudança em sua condição prospectivamente a partir da data em que a mudança tiver ocorrido.

Regras de transição em caso de mudança na mensuração dos ativos pela adoção inicial da ICVM nº 579

Aplicação prospectiva sem apresentação do período comparativo, aplicável aos fundos que

adotem critério de avaliação para as companhias investidas distinto daquele estipulado

nesta Instrução CVM nº 579.

Os ajustes no saldo de abertura serão feitos em conta do patrimônio líquido.

Nota explicativa obrigatória contendo:

o As principais mudanças e os ajustes nos saldos de abertura.

o A conciliação do patrimônio líquido de abertura originalmente apresentado e o

patrimônio de abertura ajustado.

Aplicável aos períodos contábeis iniciados em ou após 1º de janeiro de 2017.

Mensuração do investimento em cotas de fundos de investimento – outros investimentos

Possibilidade de utilizar o valor da cota mais recente divulgada pelo fundo investido, desde

que esta represente o valor justo dos investimentos na data de reporte do fundo

investidor.

O valor da cota do fundo investido deve ser ajustado em decorrência dos efeitos de

mudança de condições e eventos significativos que ocorrerem entre a data a que se refere

o valor da cota do fundo investido e a data de reporte do fundo investidor.

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Regulamentações

específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

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Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 51

Comissão de Valores Mobiliários (CVM):

regulamentações emitidas em 2017 e

2016 (que não estavam disponíveis

quando da elaboração do Guia de 2016)

Instrução CVM nº 591,

de 26 de outubro de 2017

Altera a Instrução CVM nº 308, de 14 de maio

de 1999.

Entre diversas alterações, como por exemplo a

definição dos deveres e das responsabilidades

dos administradores da entidade auditada no

relacionamento com os auditores

independentes e exame de qualificação

técnica, destacamos a obrigatoriedade da

comunicação dos principais assuntos de

auditoria nos relatórios do auditor para todas

as entidades registradas ou supervisionadas

pela CVM, requerimento este que já era válido

para as companhias listadas em bolsa.

Instrução CVM nº 590,

de 21 de setembro de 2017

Altera dispositivos da Instrução CVM nº 358,

de 3 de janeiro de 2002, e da Instrução CVM

nº 461, de 23 de outubro de 2007.

Traz novas regras sobre a divulgação de fatos

relevantes e sobre a negociação de valores

mobiliários por administradores e pessoas

ligadas, entre outros assuntos.

Instrução CVM nº 589,

de 18 de agosto de 2017

Altera dispositivos da Instrução CVM nº 578,

de 30 de agosto de 2016, que havia

extinguido a categoria de FIC-FIP. Concede

assim, de forma excepcional, a sua

manutenção para o já existente FIC-FIPs.

Instrução CVM nº 588,

de 13 de julho de 2017

Dispõe sobre a oferta pública de distribuição

de valores mobiliários de emissão de

sociedades empresárias de pequeno porte

realizada com dispensa de registro por meio

de plataforma eletrônica de investimento

participativo e altera dispositivos da Instrução

CVM nº 400, de 29 de dezembro de 2003, da

Instrução CVM nº 480, de 7 de dezembro de

2009, da Instrução CVM nº 510, de 5 de

dezembro de 2011, e da Instrução CVM

nº 541, de 20 de dezembro de 2013.

Esta Instrução regulamenta a oferta pública

de distribuição de valores mobiliários de

emissão de empresas de pequeno porte,

especificamente o chamado crowdfunding,

com proteção do investidor e segurança

jurídica para as plataformas eletrônicas de

investimento participativo, autorizadas a

funcionar pela CVM.

Instrução CVM nº 587,

de 29 de julho de 2017

Altera dispositivos da Instrução CVM nº 459,

de 17 de setembro de 2007, e da Instrução

CVM nº 555, de 17 de dezembro de 2014.

A alteração deve-se à adequação das

Instruções CVM que têm algum impacto

devido a regulamentações editadas pelo

Conselho Nacional de Seguros Privados.

Instrução CVM nº 586,

de 8 de junho de 2017

Altera e acrescenta dispositivos à Instrução

CVM nº 480, de 7 de dezembro de 2009.

Com o objetivo de trazer maior transparência

ao mercado de capitais, a Instrução traz um

aumento relevante no volume de informações

referentes a aspectos de governança

corporativa e compliance que são

disponibilizadas no formulário de referência.

Instrução CVM nº 585,

de 5 de abril de 2017

Altera e acrescenta dispositivos à Instrução

CVM nº 332, de 4 de abril de 2000, à

Instrução CVM nº 476, de 16 de janeiro de

2009, à Instrução CVM nº 480, de 7 de

dezembro de 2009, e à Instrução CVM nº 494,

de 20 de abril de 2011.

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Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 52

O objetivo desta Instrução é aprimorar o

acesso de emissores estrangeiros ao mercado

brasileiro através da introdução de novas

regras para ofertas, registros e negociações

de Brazilian Depositary Receipts (“BDR”), bem

como altera regras aplicáveis à manutenção

de registro de companhia aberta de emissores

estrangeiros perante a CVM.

Instrução CVM nº 584,

de 22 de março de 2017

Dispõe sobre o programa de distribuição de

valores mobiliários e altera e acrescenta

dispositivos à Instrução CVM nº 400, de 29 de

dezembro de 2003, e à Instrução CVM nº 480,

de 7 de dezembro de 2009.

A principal vantagem do programa de

distribuição é antecipar a análise de

documentos e informações exigidos pela CVM,

o que confere ao emissor um melhor

aproveitamento de eventuais oportunidades

no mercado, sem ter de passar pelo processo

de registro de oferta pública, que pode ser

incompatível com a volatilidade do mercado e

as necessidades do emissor.

Assim, o documento aprimora as regras

relacionadas a programas de distribuição de

valores mobiliários, em que somente podem

ser ofertadas, no âmbito do programa de

distribuição, notas promissórias e debêntures

simples, com ou sem garantia, e sem cláusula

de permuta por ações ou outros valores

mobiliários.

Instrução CVM nº 583,

de 20 de dezembro de 2016

Dispõe sobre o exercício da função de agente

fiduciário, através da revogação da Instrução

nº 28/83 e da Nota Explicativa nº 27/83, bem

como a alteração dos dispositivos das

Instruções nº 400/03, nº 414/04, nº 476/09,

nº 480/09, nº 510/11 e nº 566/15.

Entre as alterações, observa-se que apenas as

instituições financeiras previamente

autorizadas pelo BACEN, que tenham a

custódia de bens de terceiros ou

administração destes, podem ser nomeadas

como agente fiduciário. O agente fiduciário

tem o dever de enviar relatório anual à CVM,

descrevendo fatos relevantes ocorridos

referentes ao valor mobiliário em período de

até quatro meses e mantido por período de

três anos. Por fim, no caso de inadimplemento

de quaisquer condições da emissão, o agente

fiduciário deve usar de toda e qualquer

medida prevista em lei ou na escritura de

emissão ou no termo de securitização de

direitos creditórios para proteger direitos ou

defender os interesses dos titulares dos

valores mobiliários.

Outras regulamentações da CVM

Durante os exercícios de 2017 e 2016 (que

não estavam disponíveis quando da

elaboração do Guia de 2016), a CVM emitiu

diversas deliberações, entre outros assuntos,

em sua maioria com o objetivo de aprovar os

pronunciamentos, as interpretações e as

orientações técnicos emitidos pelo CPC.

Adicionalmente, relacionamos a seguir o

resumo dos principais Ofícios-Circulares

emitidos pela CVM no período anteriormente

mencionado:

Superintendência de Relações com

Investidores Institucionais

Ofício-Circular CVM/SIN nº 03/17,

de 4 de julho de 2017

Lançamento de nova arquitetura de

disponibilização de dados de fundos de

investimento, por ora limitada a Balancetes

Mensais e Dados Cadastrais.

Ofício-Circular CVM/SIN nº 02/17,

de 5 de junho de 2017

Ofício-Circular com orientações relativas à

entrada em vigor do Sistema de Gestão de

Fundos Estruturados.

Ofício-Circular CVM/SIN nº 01/17,

de 6 de abril de 2017

Esclarecimento sobre o novo Sistema de

Gestão de Fundos Estruturados.

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Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 53

Ofício-Circular CVM/SIN nº 09/16,

de 30 de dezembro de 2016

Esclarecimentos acerca do envio de informações

periódicas de Fundos de Investimento em

Participação (FIPs), conforme o Art. 46 da

Instrução CVM nº 578/16.

Ofício-Circular CVM/SIN nº 08/16,

de 16 de dezembro de 2016

Apresenta o padrão XML a ser utilizado por

representantes de Investidores Não Residentes

para envio de informações periódicas semestrais.

Superintendência de Relações com o Mercado

e Intermediários

Ofício-Circular CVM/SMI nº 02/17,

de 21 de agosto de 2017

Orientações sobre: (i) o pedido de registro de

plataforma eletrônica de investimento

participativo; e (ii) o envio de relatório anual

com as ofertas realizadas nessa plataforma.

Ofício-Circular CVM/SMI nº 01/17,

de 24 de janeiro de 2017

Informa os agentes autônomos de

investimentos sobre a não obrigatoriedade de

envio de declaração negativa ao COAF

(Instrução CVM nº 301, Art. 7º-A).

Superintendência de Relações com Empresas

Ofício-Circular CVM/SEP nº 03/17,

de 7 de julho de 2017

Atualização do Sistema Empresas.Net versão

11.

Ofício-Circular CVM/SEP nº 02/17,

de 7 de junho de 2017

Atualização do Sistema Empresas.Net.

Ofício-Circular CVM/SEP nº 01/17,

de 23 de fevereiro de 2017

Orientações gerais sobre procedimentos a

serem observados pelas companhias abertas,

estrangeiras e incentivadas.

Superintendência de Relações com o Mercado

e Intermediários e Superintendência de

Relações com Investidores Institucionais

Ofício-Circular CVM/SMI-SIN nº 03/17,

de 28 de julho de 2017

Ofício-Circular dando publicidade da última

versão da lista do Grupo de Ação Financeira

contra a Lavagem de Dinheiro e o

Financiamento de Terrorismo (GAFI/FATF),

que aponta as jurisdições com deficiências

estratégicas de prevenção à lavagem de

dinheiro e do financiamento do terrorismo.

Ofício-Circular CVM/SMI-SIN nº 02/17,

de 5 de maio de 2017

Ofício-Circular de comunicação aos diretores

responsáveis pela Instrução CVM nº 301/99

acerca de comunicados publicados pelo Grupo

de Ação Financeira contra a Lavagem de

Dinheiro e o Financiamento de Terrorismo

(GAFI/FATF).

Ofício-Circular CVM/SMI-SIN nº 01/17,

de 30 de janeiro de 2017

Orienta sobre a Instrução CVM nº 582, que

alterou a Instrução CVM nº 555. Os

administradores de fundos de investimentos

que pretendam atuar como escrituradores de

cotas devem solicitar autorização, até 22 de

maio de 2017, para atuar como escrituradores

de valores mobiliários em conformidade com

as regras previstas na Instrução CVM nº 543.

Ofício-Circular CVM/SMI/SIN nº 05/16,

de 25 de novembro de 2016

Ofício-Circular de comunicação aos diretores

responsáveis pela Instrução CVM nº 301/99

acerca de comunicados publicados pelo Grupo

de Ação Financeira contra a Lavagem de

Dinheiro e o Financiamento de Terrorismo

(GAFI/FATF).

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Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 54

Superintendência de Registro de Valores

Mobiliários

Ofício-Circular CVM/SRE nº 02/17,

de 17 de julho de 2017

Orientações sobre o envio de documentos à

CVM previstos pela Instrução CVM nº 588/17

(ofertas de crowdfunding).

Ofício-Circular CVM/SRE nº 01/17,

de 6 de março de 2017

Orientações gerais sobre procedimentos a

serem observados pelos emissores e

intermediários em ofertas públicas de valores

mobiliários.

Conselho Monetário Nacional (CMN) e

Banco Central do Brasil (BCB): principais

regulamentações do setor emitidas em

2017 e 2016 (que não estavam disponíveis

quando da elaboração do Guia de 2016)

Resoluções

Resolução nº 4.607,

de 19 de outubro de 2017

Altera a Resolução nº 2.844, de 29 de junho

de 2001, para excluir dos limites de exposição

por cliente as operações de crédito e de

arrendamento mercantil, os créditos

decorrentes de operações com derivativos

perante a União e a parcela das operações de

crédito por ela garantida.

Resolução nº 4.606,

de 19 de outubro de 2017

Dispõe sobre a metodologia facultativa

simplificada para apuração do requerimento

mínimo de Patrimônio de Referência

Simplificado (PRS5), os requisitos para opção

por essa metodologia e os requisitos

adicionais para a estrutura simplificada de

gerenciamento contínuo de riscos.

Resolução nº 4.605,

de 19 de outubro de 2017

Define procedimentos para as instituições

financeiras contratarem operações de crédito

no âmbito do Regime de Recuperação Fiscal

de que trata a Lei Complementar nº 159, de

19 de maio de 2017.

Resolução nº 4.604,

de 19 de outubro de 2017

Altera a Resolução nº 3.922, de 25 de

novembro de 2010, que dispõe sobre as

aplicações dos recursos dos regimes próprios

de previdência social instituídos pela União,

pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos

Municípios.

Resolução nº 4.603,

de 19 de outubro de 2017

Ajusta normas aplicáveis aos créditos de

investimento, ao desconto de Duplicata Rural

(DR) e de Nota Promissória Rural (NPR), ao

Programa Nacional de Apoio ao Médio

Produtor Rural (Pronamp), ao Fundo de

Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) e ao

Programa de Garantia da Atividade

Agropecuária (Proagro).

Resolução nº 4.602,

de 28 de setembro de 2017

Altera a Resolução nº 4.520, de 16 de

setembro de 2016, que estabelece diretrizes

para a aquisição de papel-moeda e moeda

metálica destinados ao serviço do meio

circulante.

Resolução nº 4.601,

de 28 de setembro de 2017

Define a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP)

para o quarto trimestre de 2017.

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Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 55

Resolução nº 4.600,

de 25 de setembro de 2017

Define a metodologia de cálculo da Taxa de

Longo Prazo (TLP) e da correspondente taxa

de juros prefixada, de que trata a Lei

nº 13.483, de 21 de setembro de 2017.

Resolução nº 4.599,

de 13 de setembro de 2017

Altera a Resolução nº 4.596, de 28 de agosto

de 2017, que dispõe sobre empréstimos ou

adiantamentos vedados às instituições

financeiras e às demais instituições

autorizadas a funcionar pelo Banco Central do

Brasil.

Resolução nº 4.598,

de 29 de setembro de 2017

Dispõe sobre a emissão de Letras Imobiliárias

Garantidas por parte das instituições

financeiras que especifica.

Resolução nº 4.597,

de 28 de agosto de 2017

Ajusta normas do crédito rural.

Resolução nº 4.596,

de 28 de agosto de 2017

Dispõe sobre empréstimos ou adiantamentos

vedados às instituições financeiras e às

demais instituições autorizadas a funcionar

pelo Banco Central do Brasil.

Resolução nº 4.594,

de 28 de agosto de 2017

Revoga disposições relacionadas ao

credenciamento e à autorização, pelo Banco

Central do Brasil, de operações de crédito

externo de órgãos e entidades da

Administração Federal, dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios, e à captação

de recursos externos por bancos estaduais e

agências de fomento.

Resolução nº 4.595,

de 28 de agosto de 2017

Dispõe sobre a política de conformidade

(compliance) das instituições financeiras e

demais instituições autorizadas a funcionar

pelo Banco Central do Brasil.

Resolução nº 4.593,

de 28 de agosto de 2017

Dispõe sobre o registro e o depósito

centralizado de ativos financeiros e valores

mobiliários por parte de instituições

financeiras e demais instituições autorizadas a

funcionar pelo Banco Central do Brasil, bem

como sobre a prestação de serviços de

custódia de ativos financeiros.

Resolução nº 4.592,

de 25 de julho de 2017

Ajusta as normas do crédito rural.

Resolução nº 4.591,

de 25 de julho de 2017

Faculta a renegociação de operações de

crédito rural de custeio e de investimento

contratadas por produtores rurais que tiveram

prejuízos em decorrência de seca ou estiagem

em municípios da área de atuação da

Superintendência de Desenvolvimento do

Nordeste (Sudene).

Resolução nº 4.590,

de 29 de junho de 2017 (Revogada)

Define a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP)

para o terceiro trimestre de 2017.

Resolução nº 4.589,

de 29 de junho de 2017

Define limite de exposição e limite global

anual de crédito aos órgãos e às entidades do

setor público, a serem observados pelas

instituições financeiras e demais instituições

autorizadas a funcionar pelo Banco Central do

Brasil.

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CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 56

Resolução nº 4.588,

de 29 de junho de 2017

Dispõe sobre a atividade de auditoria interna

nas instituições financeiras e demais

instituições autorizadas a funcionar pelo Banco

Central do Brasil.

Resolução nº 4.587,

de 29 de junho de 2017

Ajusta os procedimentos que devem ser

utilizados pelas instituições financeiras e as

disposições sobre as informações que devem

ser fornecidas pelo mutuário nos

financiamentos contratados com recursos

controlados.

Resolução nº 4.586,

de 29 de junho de 2017

Ajusta as normas do Crédito Rural e do

Programa de Garantia da Atividade

Agropecuária (Proagro) para simplificar o

método de definição do preço de referência

considerado no cálculo de cobertura do

Proagro; para admitir a concessão de crédito

rural e o enquadramento no Proagro de cesta

de hortícolas; para instituir alíquota de

adicional diferenciada para cultivo de frutas

temperadas com proteção contra granizo; e

para ajustar as regras de início de vigência do

Proagro.

Resolução nº 4.585,

de 29 de junho de 2017

Define procedimentos de salvaguarda às

instituições financeiras para fins das

renegociações contratuais a serem firmadas

ao amparo do Art. 2º da Lei Complementar

nº 156, de 28 de dezembro de 2016, e das

Resoluções nº 4.556, de 23 de fevereiro de

2017, e nº 4.566, de 27 de abril de 2017.

Resolução nº 4.583,

de 29 de junho de 2017

Ajusta normas gerais do crédito rural de

custeio, comercialização e industrialização, e

altera regras de subdirecionamento dos

recursos captados por meio da emissão da

Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), a

serem aplicadas a partir de 1º de julho de

2017.

Resolução nº 4.584,

de 29 de junho de 2017

Ajusta as normas do Programa Nacional de

Fortalecimento da Agricultura Familiar

(Pronaf) e do Programa de Garantia de Preços

para a Agricultura Familiar (PGPAF).

Resolução nº 4.582,

de 29 de junho de 2017

Fixa a meta para a inflação e seu intervalo de

tolerância para os anos 2019 e 2020.

Resolução nº 4.580,

de 7 de junho de 2017

Ajusta normas do crédito rural para

balanceamento dos percentuais de

subdirecionamento de recursos à vista;

redirecionamento de fonte de recursos para

atividades comerciais e industriais de produtos

agrícolas; fixação de limites de financiamento

com recursos obrigatórios para regime de

integração e para cooperativas de produção;

alteração das condições de obrigatoriedade de

informação das coordenadas geodésicas;

alteração de prazos das operações de custeio

agrícola; e revogação da vedação de

concessão de crédito rural a taxas inferiores

às praticadas nos financiamentos com

recursos obrigatórios.

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CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 57

Resolução nº 4.581,

de 7 de junho de 2017

Altera as regras de subdirecionamento dos

recursos captados por meio de emissão da

Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e

introduz outros ajustes nas Seções 6 e 7 do

Manual de Crédito Rural (MCR).

Resolução nº 4.579,

de 7 de junho de 2017

Reduz o percentual de direcionamento para

aplicação em crédito rural dos recursos

captados na forma de Poupança Rural

(MCR 6-4) de 74% para 65% e eleva o

percentual do encaixe obrigatório de 15,5%

para 21%.

Resolução nº 4.570,

de 26 de maio de 2017

Altera a Resolução nº 4.454, de 17 de

dezembro de 2015, que dispõe sobre auditoria

cooperativa no segmento de cooperativas de

crédito.

Resolução nº 4.571,

de 26 de maio de 2017

Dispõe sobre o Sistema de Informações de

Créditos (SCR).

Resolução nº 4.569,

de 26 de maio de 2017

Dispõe sobre o depósito de garantias no

exterior para aplicações de investidores não

residentes no Brasil nos mercados financeiro e

de capitais no País, cursadas no âmbito de

câmaras e de prestadores de serviços de

compensação e de liquidação, e altera a

Resolução nº 4.373, de 29 de setembro de

2014.

Resolução nº 4.568,

de 26 de maio de 2017

Altera a Resolução nº 4.565, de 27 de abril de

2017, para autorizar a renegociação de

operações de crédito rural de custeio e de

investimento contratadas por produtores

rurais que tiveram prejuízos em decorrência

de seca ou estiagem em municípios da área de

atuação da Superintendência de

Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Resolução nº 4.567,

de 27 de abril de 2017

Dispõe sobre a remessa de informações

relativas aos integrantes do grupo de controle

e aos administradores das instituições

financeiras e das demais instituições

autorizadas a funcionar pelo Banco Central do

Brasil e sobre a disponibilização de canal para

comunicação de indícios de ilicitude

relacionados às atividades da instituição.

Resolução nº 4.566,

de 27 de abril de 2017

Altera o § 4º dos Arts. 9º-N e 9º-S da

Resolução nº 2.827, de 30 de março de 2001.

Resolução nº 4.565,

de 27 de abril de 2017

Autoriza a renegociação de operações de

crédito rural de custeio e de investimento

contratadas por produtores rurais que tiveram

prejuízos em decorrência de seca ou estiagem

em municípios do Estado de Minas Gerais

compreendidos na área de atuação da

Superintendência de Desenvolvimento do

Nordeste (Sudene).

Resolução nº 4.564,

de 31 de março de 2017

Revoga o Art. 9º-W e altera a redação do Art.

9º-Y da Resolução nº 2.827, de 30 de março

de 2001.

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Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 58

Resolução nº 4.563,

de 31 de março de 2017

Altera o inciso X do § 1º do Art. 9º e

acrescenta o Art. 9º-AB à Resolução nº 2.827,

de 30 de março de 2001, ampliando o limite

de crédito para empresas estaduais de energia

elétrica e autorizando a contratação de novas

operações de crédito por Estados, Distrito

Federal e municípios.

Resolução nº 4.562,

de 31 de março de 2017

Ajusta normas de financiamento com recursos

do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira

(Funcafé).

Resolução nº 4.561,

de 31 de março de 2017

Define os encargos financeiros e o bônus de

adimplência dos financiamentos realizados ao

amparo de recursos dos Fundos

Constitucionais de Financiamento do Norte

(FNO), Nordeste (FNE) e Centro-Oeste (FCO),

para o período de 1º de abril a 31 de

dezembro de 2017, e dá outras providências.

Resolução nº 4.560,

de 31 de março de 2017

Altera a Resolução nº 4.171, de 20 de

dezembro de 2012, que estabelece critérios,

condições e prazos para a concessão de

financiamentos ao amparo de recursos do

Fundo de Desenvolvimento da Amazônia

(FDA), do Fundo de Desenvolvimento do

Nordeste (FDNE) e do Fundo de

Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO),

entre outras condições.

Resolução nº 4.559,

de 30 de março de 2017 (Revogada)

Define a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP)

para o segundo trimestre de 2017.

Resolução nº 4.558,

de 23 de fevereiro de 2017

Disciplina a cobrança de encargos por parte

das instituições financeiras e das sociedades

de arrendamento mercantil nas situações de

atraso de pagamentos de obrigações por

clientes.

Resolução nº 4.557,

de 23 de fevereiro de 2017

Dispõe sobre a estrutura de gerenciamento de

riscos e a estrutura de gerenciamento de

capital.

Resolução nº 4.556,

de 23 de fevereiro de 2017

Altera os Arts. 9º-N, 9º-S e 9º-Z da Resolução

nº 2.827, de 30 de março de 2001, com a

finalidade de manter as autorizações de

descontingenciamento de crédito às

renegociações de que trata o Art. 2º da Lei

Complementar nº 156, de 28 de dezembro de

2016.

Resolução nº 4.555,

de 16 de fevereiro de 2017

Altera o Regulamento anexo à Resolução

nº 3.932, de 16 de dezembro de 2010, que

consolida as normas sobre direcionamento dos

recursos captados em depósitos de poupança

pelas entidades integrantes do Sistema

Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

Resolução nº 4.554,

de 3 de fevereiro de 2017

Altera a Resolução nº 4.532, de 24 de

novembro de 2016, para autorizar a

renegociação de operações de crédito rural

destinadas à cultura do milho, contratadas em

2016, com vencimento em 2017.

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Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 59

Resolução nº 4.553,

de 30 de janeiro de 2017

Estabelece a segmentação do conjunto das

instituições financeiras e demais instituições

autorizadas a funcionar pelo Banco Central do

Brasil para fins de aplicação proporcional da

regulação prudencial.

Resolução nº 4.552,

de 26 de janeiro de 2017

Disciplina a utilização de repasse

interfinanceiro para fins de cumprimento das

exigibilidades do crédito rural e altera

condições para a realização de Depósito

Interfinanceiro Vinculado ao Crédito Rural

(DIR) entre instituições financeiras integrantes

de sistemas cooperativos.

Resolução nº 4.551,

de 26 de janeiro de 2017

Revoga a Circular nº 37, de 3 de maio de

1966, que dispõe sobre as condições para

manutenção, em instituições financeiras

privadas, de contas de depósito de titularidade

de entidades e repartições públicas federais e

de sociedades de economia mista não

bancárias de controle da União.

Resolução nº 4.549,

de 26 de janeiro de 2017

Dispõe sobre o financiamento do saldo

devedor da fatura de cartão de crédito e de

demais instrumentos de pagamento

pós-pagos.

Resolução nº 4.550,

de 26 de janeiro de 2017

Altera a Resolução nº 4.537, de 24 de

novembro de 2016, que dispõe sobre

direcionamento dos recursos captados em

depósitos de poupança pelas entidades

integrantes do Sistema Brasileiro de Poupança

e Empréstimo (SBPE).

Resolução nº 4.548,

de 21 de dezembro de 2016 (Revogada)

Define a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP)

para o primeiro trimestre de 2017.

Resolução nº 4.547,

de 21 de dezembro de 2016

Ajusta as normas do Programa de Garantia da

Atividade Agropecuária (Proagro) e do

Programa de Garantia da Atividade

Agropecuária da Agricultura Familiar (Proagro

Mais), de que trata o Capítulo 16 (Programa

de Garantia da Atividade Agropecuária -

Proagro) do Manual de Crédito Rural (MCR).

Resolução nº 4.546,

de 21 de dezembro de 2016

Autoriza o cumprimento, com operações de

investimento rural, do subdirecionamento a

taxas favorecidas da Letra de Crédito do

Agronegócio (LCA), disciplinado nas Seções 6

e 7 do Manual de Crédito Rural (MCR).

Resolução nº 4.545,

de 21 de dezembro de 2016

Autoriza a composição de dívidas por meio da

contratação de operação de crédito para

liquidação de operações contratadas por

produtores rurais ao amparo do Art. 1º da Lei

nº 12.096, de 24 de novembro de 2009, ou do

Art. 4º da Lei nº 12.409, de 25 de maio de

2011.

Resolução nº 4.544,

de 21 de dezembro de 2016

Ajusta as normas do Programa Nacional de

Fortalecimento da Agricultura Familiar

(Pronaf) e do Programa de Garantia de Preços

para a Agricultura Familiar (PGPAF).

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Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 60

Resolução nº 4.543,

de 21 de dezembro de 2016

Altera a Resolução nº 4.171, de 20 de

dezembro de 2012, que estabelece critérios,

condições e prazos para a concessão de

financiamentos ao amparo dos recursos do

Fundo de Desenvolvimento da Amazônia

(FDA), do Fundo de Desenvolvimento do

Nordeste (FDNE) e do Fundo de

Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO),

entre outras condições.

Resolução nº 4.542,

de 21 de dezembro de 2016

Define os encargos financeiros e o bônus de

adimplência dos financiamentos realizados ao

amparo de recursos dos Fundos

Constitucionais de Financiamento do Norte

(FNO), Nordeste (FNE) e Centro-Oeste (FCO),

para o período de 1º de janeiro a 31 de março

de 2017, e dá outras providências.

Circulares

Circular nº 3.854,

de 26 de outubro de 2017

Altera o Regulamento anexo à Circular

nº 3.682, de 4 de novembro de 2013, no que

diz respeito ao prazo-limite para a

implantação da liquidação centralizada para os

arranjos sujeitos a essa forma de liquidação.

Circular nº 3.853,

de 18 de outubro de 2017

Institui tarifa sobre as operações realizadas

pelas instituições financeiras no âmbito do

Convênio de Pagamentos e Créditos

Recíprocos (CCR).

Circular nº 3.852,

de 17 de outubro de 2017

Altera a Circular nº 3.848, de 18 de setembro

de 2017, que estabelece os procedimentos

para o cálculo dos Fatores de Ponderação de

Risco (FPRs) aplicáveis às exposições a títulos

de securitização para fins de apuração do

requerimento de capital mediante abordagem

padronizada (RWACPAD), de que trata a

Resolução nº 4.193, de 1º de março de 2013.

Circular nº 3.851,

de 9 de outubro de 2017

Altera tarifas do Sistema de Transferência de

Reservas (STR), de que trata o Anexo II do

Regulamento anexo à Circular nº 3.100, de 28

de março de 2002.

Circular nº 3.850,

de 26 de setembro de 2017

Dispõe sobre procedimento para o cálculo da

taxa de juros “Jm” de que trata o Art. 2º da

Resolução nº 4.600, de 25 de setembro de

2017.

Circular nº 3.849,

de 18 de setembro de 2017

Altera as Circulares nº 3.644, de 4 de março

de 2013, nº 3.748, de 27 de fevereiro de

2015, e nº 3.809, de 25 de agosto de 2016.

Circular nº 3.848,

de 18 de setembro de 2017

Estabelece os procedimentos para o cálculo

dos Fatores de Ponderação de Risco (FPRs)

aplicáveis às exposições a títulos de

securitização para fins de apuração do

requerimento de capital mediante abordagem

padronizada (RWAcpad), de que trata a

Resolução nº 4.193, de 1º de março de 2013.

Circular nº 3.847,

de 13 de setembro de 2017

Dispõe sobre a suspensão dos registros de

operações com a Venezuela, no âmbito do

Convênio de Pagamentos e Créditos

Recíprocos (CCR).

Circular nº 3.845,

de 13 de setembro de 2017

Altera a Circular nº 3.691, de 16 de dezembro

de 2013, que dispõe sobre o mercado de

câmbio, e dá outras providências.

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Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 61

Circular nº 3.846,

de 13 de setembro de 2017

Estabelece procedimentos e parâmetros

relativos ao Processo Interno de Avaliação da

Adequação de Capital (Icaap).

Circular nº 3.844,

de 30 de agosto de 2017

Altera a Circular nº 3.689, de 16 de dezembro

de 2013, que regulamenta, no âmbito do

Banco Central do Brasil, as disposições sobre

o capital estrangeiro no País e sobre o capital

brasileiro no exterior.

Circular nº 3.843,

de 23 de agosto de 2017

Altera o Regulamento anexo à Circular

nº 3.682, de 4 de novembro de 2013, no que

diz respeito ao prazo-limite para a

implantação da liquidação centralizada para os

arranjos sujeitos a essa forma de liquidação.

Circular nº 3.842,

de 27 de julho de 2017

Altera o Regulamento anexo à Circular

nº 3.682, de 4 de novembro de 2013, para

segregar a implantação da liquidação

centralizada e excluir a liberação de crédito

relacionada a fluxo financeiro futuro da

mencionada liquidação centralizada.

Circular nº 3.841,

de 27 de julho de 2017

Altera a Circular nº 3.749, de 5 de março de

2015, que estabelece a metodologia de cálculo

e dispõe sobre a divulgação de informações do

indicador de Liquidez de Curto Prazo (LCR).

Circular nº 3.840,

de 18 de julho de 2017

Divulga a amostra de que trata o Art. 1º da

Resolução nº 3.354, de 31 de março de 2006,

para fins de cálculo da Taxa Básica Financeira

(TBF) e da Taxa Referencial (TR).

Circular nº 3.839,

de 28 de julho de 2017

Altera a Circular nº 3.461, de 24 de julho de

2009, que consolida as regras sobre os

procedimentos a serem adotados na

prevenção e no combate às atividades

relacionadas com os crimes previstos na Lei

nº 9.613, de 3 de março de 1998.

Circular nº 3.838,

de 27 de julho de 2017

Altera o Regulamento anexo à Circular

nº 3.057, de 31 de agosto de 2001, que

disciplina o funcionamento dos sistemas

operados pelas câmaras e pelos prestadores

de serviços de compensação e de liquidação

integrantes do Sistema de Pagamentos

Brasileiro e dá outras providências.

Circular nº 3.837,

de 27 de julho de 2017

Altera a Circular nº 3.689, de 16 de dezembro

de 2013, que regulamenta, no âmbito do

Banco Central do Brasil, as disposições sobre

o capital estrangeiro no País e sobre o capital

brasileiro no exterior.

Circular nº 3.836,

de 21 de julho de 2017

Altera a Circular nº 3.093, de 1º de março de

2002, que trata do encaixe obrigatório sobre

recursos de depósitos de poupança.

Circular nº 3.835,

de 14 de julho de 2017

Revoga as Circulares nº 3.655, de 27 de

março de 2013, e nº 3.755, de 28 de maio de

2015.

Circular nº 3.834,

de 26 de maio de 2017

Altera a Circular nº 3.644, de 4 de março de

2013, que estabelece os procedimentos para o

cálculo da parcela relativa dos ativos

ponderados pelo risco sujeita ao cálculo do

requerimento de capital mediante abordagem

padronizada (RWAcpad).

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Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 62

Circular nº 3.833,

de 17 de maio de 2017

Dispõe sobre critérios, procedimentos e regras

contábeis aplicáveis às instituições de

pagamento.

Circular nº 3.832,

de 11 de maio de 2017 (Revogada)

Dispõe sobre o pagamento das operações de

exportação com a Venezuela, no âmbito do

Convênio de Pagamentos e Créditos

Recíprocos (CCR) da Associação Latino-

-Americana de Integração (Aladi).

Circular nº 3.831,

de 13 de abril de 2017

Dispõe sobre os procedimentos operacionais

no âmbito do Banco Central do Brasil

relacionados ao Regime Especial de

Regularização Cambial e Tributária (RERCT),

de que tratam a Lei nº 13.254, de 13 de

janeiro de 2016, e a Lei nº 13.428, de 30 de

março de 2017, e altera anexo da Circular

nº 3.690, de 16 de dezembro de 2013.

Circular nº 3.830,

de 29 de março de 2017

Altera a Circular nº 3.624, de 6 de fevereiro

de 2013, que estabelece períodos de entrega

da declaração de Capitais Brasileiros no

Exterior (CBE).

Circular nº 3.829,

de 9 de março de 2017

Altera a Circular nº 3.691, de 16 de dezembro

de 2013, a fim de permitir a utilização de

assinaturas eletrônicas em contratos de

câmbio em qualquer formato admitido pelas

partes como válido e aceito pela pessoa a

quem for oposto o documento.

Circular nº 3.828,

de 15 de fevereiro de 2017

Altera a Circular nº 3.747, de 27 de fevereiro

de 2015, que dispõe sobre as condições para

registro das informações a respeito das

garantias constituídas sobre imóveis, nos

termos da Resolução nº 4.088, de 24 de maio

de 2012, relativas às operações de crédito que

especifica.

Circular nº 3.827,

de 30 de janeiro de 2017

Altera e divulga o Regulamento do Comitê de

Estabilidade Financeira (Comef).

Circular nº 3.826,

de 26 de janeiro de 2017

Altera a Circular nº 3.749, de 5 de março de

2015, que estabelece a metodologia de cálculo

e dispõe sobre a divulgação de informações do

indicador de Liquidez de Curto Prazo (LCR).

Circular nº 3.824,

de 26 de janeiro de 2017

Altera a Circular nº 3.683, de 4 de novembro

de 2013, que dispõe sobre instituições de

pagamento e prestação de serviços de

pagamentos.

Circular nº 3.825,

de 26 de janeiro de 2017

Altera a Circular nº 3.691, de 16 de dezembro

de 2013, para ajustar a regulamentação

cambial ao disposto na Lei nº 13.017, de 21

de julho de 2014, a qual alterou o valor das

operações de câmbio que não necessitam de

contrato de câmbio para até US$10.000,00.

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Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 63

Circular nº 3.823,

de 24 de janeiro de 2017

Altera a Circular nº 3.632, de 21 de fevereiro

de 2013, que define e consolida as regras do

recolhimento compulsório sobre recursos à

vista; a Circular nº 3.655, de 27 de março de

2013, que define e consolida as regras da

exigibilidade adicional sobre depósitos; a

Circular nº 3.569, de 22 de dezembro de

2011, que define as regras do recolhimento

compulsório sobre recursos a prazo; a Circular

nº 3.090, de 1º de março de 2002, que

redefine as regras do recolhimento

compulsório sobre recursos de depósitos e de

garantias realizadas; e a Circular nº 3.745, de

23 de janeiro de 2015, que dispõe sobre o

cumprimento da exigibilidade de recolhimento

compulsório sobre recursos à vista de que

trata a Circular nº 3.632, de 2013; e revoga

as Circulares nº 3.548, de 8 de julho de 2011,

nº 3.619, de 18 de dezembro de 2012,

nº 3.659, de 25 de junho de 2013, e

nº 3.745, de 23 de janeiro de 2015, bem

como outros dispositivos que especifica.

Circular nº 3.822,

de 20 de janeiro de 2017

Altera disposições inseridas pela Circular

nº 3.814, de 7 de dezembro de 2016, e na

Circular nº 3.689, de 16 de dezembro de

2013, que regulamenta, no âmbito do Banco

Central do Brasil, as disposições sobre o

capital estrangeiro no País e sobre o capital

brasileiro no exterior.

Circular nº 3.821,

de 20 de janeiro de 2017 (Revogada)

Divulga a amostra de que trata o Art. 1º da

Resolução nº 3.354, de 31 de março de 2006,

para fins de cálculo da Taxa Básica Financeira

(TBF) e da Taxa Referencial (TR).

Circular nº 3.820,

de 14 de dezembro de 2016

Dispõe sobre critérios e procedimentos

contábeis aplicáveis às administradoras de

consórcio em regime de liquidação

extrajudicial.

Circular nº 3.819,

de 14 de dezembro de 2016

Dispõe sobre procedimentos contábeis

aplicáveis às instituições em regime de

liquidação extrajudicial na elaboração,

remessa e divulgação de demonstrações

financeiras.

Circular nº 3.818,

de 14 de dezembro de 2016

Dispõe sobre os critérios e procedimentos

para reconhecimento contábil e mensuração

dos componentes do ativo intangível e sobre o

ativo diferido das administradoras de

consórcio e das instituições de pagamento.

Circular nº 3.817,

de 14 de dezembro de 2016

Dispõe sobre os critérios e procedimentos

para reconhecimento e registro contábil dos

componentes do ativo imobilizado de uso das

administradoras de consórcio e das

instituições de pagamento.

Circular nº 3.816,

de 14 de dezembro de 2016

Dispõe sobre o registro contábil dos efeitos

das variações cambiais resultantes da

conversão de demonstrações financeiras de

dependências e de investimentos em coligada

ou controlada no exterior.

Circular nº 3.815,

de 7 de dezembro de 2016

Altera o Regulamento anexo à Circular

nº 3.682, de 4 de novembro de 2013, que

disciplina a prestação de serviço de

pagamento no âmbito dos arranjos de

pagamentos integrantes do Sistema de

Pagamentos Brasileiro (SPB), estabelece os

critérios segundo os quais os arranjos de

pagamento não integrarão o SPB e dá outras

providências.

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Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 64

Circular nº 3.814,

de 14 de dezembro de 2016

Altera a Circular nº 3.689, de 16 de dezembro

de 2013, que regulamenta, no âmbito do

Banco Central do Brasil, as disposições sobre

o capital estrangeiro no País e sobre o capital

brasileiro no exterior.

Conselho Nacional de Previdência

Complementar (CNPC) - principais

regulamentações do setor emitidas em

2017 e 2016 (que não estavam disponíveis

quando da elaboração do Guia de 2016)

Resolução CNPC nº 24,

de 24 de novembro de 2016

Dispõe sobre submassas nos planos de

benefícios operados pelas entidades fechadas

de previdência complementar.

Superintendência Nacional de Previdência

Complementar (PREVIC) - principais

regulamentações do setor emitidas em

2017 e 2016 (que não estavam disponíveis

quando da elaboração do Guia de 2016)

Instruções

Instrução Previc nº 10,

de 27 de setembro de 2017

Define as obrigações das EFPCs relativas ao

envio de documentos e informações atuariais

à Previc.

Instrução Previc nº 9,

de 20 de junho de 2017

Altera a Instrução MPS/SPC nº 34, de 24 de

setembro de 2009.

Instrução Previc nº 7,

de 29 de maio de 2017

Dispõe sobre a Supervisão Permanente no

âmbito das Entidades Sistemicamente

Importantes.

Instrução Previc nº 6,

de 29 de maio de 2017

Estabelece procedimentos para certificação e

habilitação de dirigentes das entidades

fechadas de previdência complementar.

Instrução Previc nº 5,

de 29 de maio de 2017

Dispõe sobre o enquadramento das entidades

fechadas de previdência complementar como

Entidades Sistemicamente Importantes (ESI)

e dá outras providências.

Instrução Previc nº 12,

de 13 de outubro de 2017

Altera a redação do Art. 4º da Instrução Previc

nº 10, de 27 de setembro de 2017.

Instrução Previc nº 36,

de 20 de dezembro de 2016

Altera a Instrução Previc nº 27, de 4 de abril

de 2016, que dispõe sobre os elementos

mínimos que devem constar na Nota Técnica

Atuarial de que trata o Art. 18, § 2º, da Lei

Complementar nº 109, de 29 de maio de

2001, e dá outras providências.

Instrução Previc nº 35,

de 2 de dezembro de 2016

Altera a Instrução Previc n° 28, de 12 de maio

de 2016.

Portarias

Portaria Previc nº 50.028,

de 15 de dezembro de 2016

Dispõe sobre reconhecimento de instituições

certificadoras autônomas pela Previc, para fins

do processo de Habilitação de Dirigentes.

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Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 65

Portaria Previc n° 571,

de 8 de dezembro de 2016

Divulga a relação dos 321 dirigentes

habilitados pela Diretoria de Análise Técnica -

Ditec da Superintendência Nacional de

Previdência Complementar – Previc, no

período compreendido entre 1º e 30 de

novembro de 2016, conforme o previsto no

Art. 16, inciso II, da Instrução Previc nº 28,

de 12 de maio de 2016.

Portaria Previc nº 549,

de 22 de novembro de 2016

Dispõe sobre o horário de funcionamento e

atendimento ao público, a jornada de

trabalho, o controle da frequência e a

compensação de horas dos servidores da

Superintendência Nacional de Previdência

Complementar (Previc).

Conselho Nacional de Seguros Privados

(CNSP) e Superintendência de Seguros

Privados (SUSEP) - principais

regulamentações do setor emitidas em

2017 e 2016 (que não estavam disponíveis

quando da elaboração do Guia de 2016)

Resoluções

Resolução CNSP nº 350,

de 25 de setembro de 2017

Dispõe sobre as operações de aceite de

retrocessão por sociedades seguradoras e sua

intermediação e dá outras providências.

Resolução CNSP nº 349,

de 25 de setembro de 2017

Altera e consolida as regras de funcionamento

e os critérios para operação da cobertura por

sobrevivência oferecida em plano de

previdência complementar aberta e dá outras

providências.

Resolução CNSP nº 348,

de 25 de setembro de 2017

Altera e consolida as regras de funcionamento

e os critérios para operação da cobertura por

sobrevivência oferecida em plano de seguro

de pessoas e dá outras providências.

Resolução CNSP nº 347,

de 22 de setembro de 2017

Altera os artigos 32 a 36 do Anexo I da

Resolução CNSP nº 346/2017, que dispõe

sobre o Regimento Interno da SUSEP.

Resolução CNSP nº 346,

de 2 de maio de 2017

Dispõe sobre o Regimento Interno da SUSEP.

Resolução CNSP nº 345,

de 2 de maio de 2017

Dispõe sobre as coberturas passíveis de serem

oferecidas a entidades fechadas de

previdência complementar por sociedades

seguradoras autorizadas a operar em seguro

de pessoas e sobre os correspondentes planos

de seguro ou de pecúlio.

Resolução CNSP nº 344,

de 26 de dezembro de 2016

Dispõe sobre o Seguro Rural e o Fundo de

Estabilidade do Seguro Rural - FESR, de sua

administração e controle por seu gestor, e dá

outras providências.

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Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 66

Resolução CNSP nº 343,

de 26 de dezembro de 2016

Altera as Resoluções:

CNSP nº 321/2015, sobre os seguintes

assuntos:

A definição do patrimônio líquido ajustado

(PLA): patrimônio líquido contábil ou

patrimônio social contábil, conforme o

caso, ajustado por adições e exclusões,

para apurar, mais qualitativa e

estritamente, os recursos disponíveis que

possibilitem às supervisionadas

executarem suas atividades diante de

oscilações e situações adversas, devendo

ser líquido de ativos de elevado nível de

subjetividade de valoração ou que já

garantam atividades financeiras similares,

e de outros ativos cuja natureza seja

considerada pelo órgão regulador como

imprópria para resguardar sua solvência.

A Designação: As supervisionadas que não

possuem Comitê de Auditoria deverão

designar um diretor estatutário que não

contrarie as regras de acúmulo de funções

estabelecidas nas normas vigentes para

responder pelo acompanhamento, pela

supervisão e pelo cumprimento das normas

e dos procedimentos de auditoria contábil

independente previstos na regulamentação

em vigor.

Dos Capitais de Risco Baseados nos Riscos

de Subscrição, Crédito, Operacional e

Mercado - As seguradoras que, na data de

início de vigência desta Resolução, já

utilizavam os fatores reduzidos de risco

constantes dos anexos I e II para cálculo

do capital de risco de subscrição terão

prazo de adaptação, a ser definido pela

SUSEP, para adequação aos novos critérios

estabelecidos na forma do caput.

Dos Capitais de Risco Baseados nos Riscos

de Subscrição - O capital de risco de

subscrição das seguradoras e EAPC será

calculado a partir dos fatores de risco e das

fórmulas dispostas nos anexos I a VII da

Circular, observada a matriz de correlação

do anexo VIII da Circular, e o capital de

risco de subscrição das sociedades de

capitalização será calculado a partir dos

fatores de risco e das fórmulas dispostas

nos anexos IX a XII da Circular, observada

a matriz de correlação do anexo XIII da

Circular.

Dos Critérios Mínimos para a Estimação

dos Fluxos de Caixa - No cálculo do capital

de risco de mercado não deverão ser

considerados fluxos de caixa relativos a: d)

imóveis e fundos de investimento

imobiliários, exceto aqueles que atenderem

aos requisitos enumerados no § 2º do

artigo 64 desta Resolução, e os fluxos de

caixa utilizados para apuração do capital

de risco de mercado deverão ser

estimados, no mínimo, quando do

fechamento dos balanços de junho e

dezembro.

Do Patrimônio Líquido Ajustado - A SUSEP

publicará instruções complementares para

o cálculo dos ajustes. E o disposto nos

artigos 67, 68 e 69 da Circular não será

aplicado em caso de insuficiência de PLA

em relação ao capital mínimo requerido,

apurada no exercício de 2018, decorrente

exclusivamente das deduções mencionadas

no caput, não ensejando nesse período as

sanções e demais medidas administrativas

previstas.

Do Capital Mínimo Requerido e do Plano de

Regularização de Solvência - liquidez em

relação ao Capital de Risco (CR): situação

caracterizada quando a supervisionada

apresentar montante de ativos líquidos, em

excesso à necessidade de cobertura das

provisões técnicas, superior a 20% do CR,

deduzido deste o valor do superávit de

fluxos de prêmios/contribuições não

registrados apurado no Teste de

Adequação de Passivos (TAP), limitado ao

efeito no CR da parcela de risco de

mercado relativa aos fluxos de prêmios e

contribuições não registradas.

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Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 67

Do Plano de Regularização de Solvência - O

PRS sujeitar-se-á à deliberação da

Diretoria de Supervisão de Solvência da

SUSEP, que resultará em sua aprovação ou

rejeição, devendo ser notificada pela

Coordenação Geral competente e, no caso

de rejeição, confirmada pelo Conselho

Diretor da SUSEP.

Do Comitê de Auditoria - As

supervisionadas que tenham apresentado

no encerramento dos dois últimos

exercícios sociais patrimônio líquido

superior a R$500.000.000,00 ou Provisões

Técnicas em montante superior a

R$700.000.000,00 deverão constituir

órgão estatutário denominado “Comitê de

Auditoria”, até 31 de março do exercício

subsequente. E no caso de supervisionadas

participantes de conglomerado financeiro

ou grupo segurador, as condições previstas

no caput serão aplicáveis considerando a

soma dos patrimônios líquidos ou das

Provisões Técnicas de cada uma das

supervisionadas participantes do

conglomerado financeiro ou grupo

segurador.

Resolução CNSP nº 342,

de 26 de dezembro de 2016

Altera dispositivos da Resolução CNSP nº 332,

de 9 de dezembro de 2015, que dispõe sobre

o seguinte tema: Das condições tarifárias, os

prêmios tarifários por categoria e os

percentuais de repasse dos prêmios tarifários

arrecadados, na forma da legislação vigente.

Circulares

Circular SUSEP nº 559,

de 26 de outubro de 2017

Estabelece as regras básicas para a

comercialização do Seguro de

Responsabilidade Civil de Hangares e

Operações Aeroportuárias, e disponibiliza, no

endereço eletrônico da SUSEP, as condições

contratuais do Plano Padronizado desse

seguro.

Circular SUSEP nº 558,

de 27 de setembro de 2017

Altera os prazos de recadastramento para os

corretores de seguros e para as sociedades

corretoras.

O período de recadastramento para as

sociedades corretoras será de 1º de

março a 30 de agosto de 2018,

repetindo-se a cada três anos.

O período de recadastramento para os

corretores de seguros será de 1º de

junho a 15 de dezembro de 2017,

repetindo-se a cada três anos.

Circular SUSEP nº 557,

de 18 de julho de 2017

Revoga a Circular SUSEP nº 368, de 1º de

julho de 2008, e a Circular SUSEP nº 493, de

8 de agosto de 2014, que estabelece regras

para estruturação e envio da nota técnica

atuarial da carteira de automóveis e dá outras

providências; e dispõe sobre a Nota Técnica

Atuarial de Carteira que deverá ser

encaminhada quando do início de operação

em ramos de seguro e dá outras providências,

respectivamente.

Circular SUSEP nº 556,

de 10 de julho de 2017

Dispõe sobre o Manual do Diretor Fiscal.

Circular SUSEP nº 555,

de 6 de julho de 2017

Dispõe sobre o Manual do Interventor.

Circular SUSEP nº 554,

de 21 de junho de 2017

Altera a Circular SUSEP nº 535, de 28 de abril

de 2016, que estabelece a codificação dos

ramos de seguro e dispõe sobre a classificação

das coberturas contidas em planos de seguro,

para fins de contabilização. Os registros dos

endossos e dos avisos de sinistros de ramos

em runoff poderão ser migrados até o final de

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Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 68

2017 para os ramos definidos, de acordo com

a tabela de alocação dos ramos em runoff. E

os planos de seguro compostos relativos aos

Ramos Automóvel – Casco (0531) e Seguro

Auto Popular (0526) poderão oferecer

exclusivamente, como coberturas agregadas,

as coberturas relativas aos Ramos Assistência

e Outras Coberturas – Auto (0542), Acidentes

Pessoais de Passageiros – APP (0520) e

Responsabilidade Civil Facultativa Veículos –

RCFV (0553).

Circular SUSEP nº 553,

de 23 de maio de 2017

Estabelece diretrizes gerais aplicáveis aos

seguros de responsabilidade civil de diretores

e administradores de pessoas jurídicas

(seguro de RCD&O) e dá outras providências.

Circular SUSEP nº 552,

de 17 de maio de 2017

Dispõe sobre o recadastramento dos

corretores de seguros, capitalização e

previdência complementar aberta, pessoas

físicas ou jurídicas e suas dependências.

Circular SUSEP nº 551,

de 17 de maio de 2017

Dispõe sobre a emissão e distribuição das

carteiras de identidade profissional de

corretores de seguros.

Circular SUSEP nº 550,

de 10 de maio de 2017

Altera a Circular SUSEP nº 535, de 28 de abril

de 2016, que estabelece a codificação dos

ramos de seguro e dispõe sobre a classificação

das coberturas contidas em planos de seguro,

para fins de contabilização – Inclusão do

grupo de ramos 22 – Pessoas EFPC.

Circular SUSEP nº 549,

de 26 de abril de 2017

Estabelece, na forma do parágrafo único do

Art. 109 da Resolução CNSP nº 243/2011, o

procedimento para intimação, por meio de

equipamento de transmissão remota nos

Processos Administrativos Sancionadores

dirigidos às sociedades seguradoras, empresas

de capitalização, resseguradores locais,

admitidos ou eventuais, às entidades abertas

de previdência complementar e às empresas

em regime especial, mediante sua realização

através da disponibilização na subseção

“Documentos para o Mercado”, na seção

“Informações ao Mercado” no sítio eletrônico

oficial da Superintendência de Seguros

Privados (SUSEP) na Internet

(www.susep.gov.br), e dá outras providências.

Circular SUSEP nº 548,

de 15 de março de 2017

Altera a Circular SUSEP nº 328, de 13 de julho

de 2006, que dispõe sobre a remuneração de

liquidante, interventor, diretor fiscal e

assistente em exercício nas sociedades

seguradoras, de capitalização e em entidades

abertas de previdência complementar,

submetidas a um dos regimes especiais.

Houve inclusão do parágrafo: A condução dos

regimes especiais de Intervenção ou Direção

Fiscal caberá a servidores ativos ou inativos

da SUSEP ou de outros órgãos da

Administração Pública Federal Direta, suas

Autarquias e Fundações instituídas pelo Poder

Público Federal ou, ainda, Empresas Públicas

ou Sociedades de Economia Mista, bem como

os aposentados dessas entidades.

Circular SUSEP nº 547,

de 23 de fevereiro de 2017

Dispõe sobre o Termo de Compromisso de

Ajustamento de Conduta (TCAC) no âmbito

das atividades relacionadas aos mercados de

seguros, capitalização, previdência

complementar aberta, resseguros e

corretagem de seguros.

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Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 69

Circular SUSEP nº 546,

de 23 de fevereiro de 2017

Suspende os efeitos da Circular SUSEP

n° 541, de 17 de outubro de 2016, que

estabelece diretrizes gerais aplicáveis aos

seguros de responsabilidade civil de diretores

e administradores de pessoas jurídicas

(seguro de RC D & O).

Circular SUSEP nº 545,

de 27 de janeiro de 2017

Estabelece critérios adicionais para oferta

preferencial de riscos aos resseguradores

locais, em atendimento ao disposto no caput

do artigo 15 da Resolução CNSP nº 168, de 17

de dezembro de 2007, referente à oferta

preferencial a resseguradores locais de ao

menos 40% de sua cessão de resseguro a

cada contrato automático ou facultativo.

Circular SUSEP nº 544,

de 27 de dezembro de 2016

Dispõe sobre alterações das Normas Contábeis

a serem observadas pelas sociedades

seguradoras, sociedades de capitalização,

entidades abertas de previdência

complementar e resseguradores locais sobre

os seguintes assuntos:

Da escrituração - A contabilização pela

vigência do risco deverá obedecer ao

período definido para cada cobertura

fornecida, e o lapso temporal entre a data

de assunção do risco através do

representante de seguros e a data de

registro do prêmio pela supervisionada não

poderá ultrapassar o final do mês civil

subsequente.

Das demonstrações financeiras - Deverão

remeter à SUSEP, até 15 de março, apenas

as cópias legíveis em meio digital dos

exemplares publicados relativos às

demonstrações financeiras referentes ao

período de 1º de janeiro a 31 de

dezembro.

Dos Créditos Tributários, Prejuízo Fiscal e

Base Negativa de Contribuição Social sobre

Lucro Líquido - Considera-se

supervisionada recém-constituída aquela

cujo número de exercícios sociais

encerrados seja inferior a cinco, e a

administração da sociedade supervisionada

é responsável pela avaliação, no mínimo

por ocasião do levantamento das

demonstrações financeiras, das

possibilidades de realização dos créditos.

Da Estrutura Conceitual para Elaboração e

Divulgação de Relatório Contábil-

financeiro:

o Da Redução ao Valor Recuperável de

Ativos - As supervisionadas que não

tiverem elaborado os estudos não se

eximem de realizar o teste de

recuperabilidade sobre os créditos,

quando aplicável, pelas normas

contábeis referendadas pela SUSEP e,

quando não houver o estudo técnico de

que trata o Art. 167, o montante da

redução de que trata o caput

corresponderá à totalidade dos valores

a receber de determinado devedor,

independentemente de existirem outros

valores a vencer desse mesmo devedor.

o Dos Tributos – Aprova aplicação

integral das disposições e dos critérios

estabelecidos na interpretação técnica

ICPC 19.

o Do Limite de Ativo de Benefício

Definido, Requisitos de Custeio

(Funding) Mínimo e sua Interação –

Aprova aplicação integral das

disposições e dos critérios estabelecidos

na interpretação técnica ICPC 20.

o Das Revisões de Documentos Emitidos

pelo Comitê de Pronunciamentos

Contábeis - Aplicam-se integralmente

as disposições e os critérios

estabelecidos nas Revisões de

Pronunciamentos Técnicos nºs 1, 2, 3,

4, 5, 6, 7 e 8 emitidas pelo CPC.

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Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 70

Circular SUSEP nº 543,

de 22 de dezembro de 2016

Altera a Circular SUSEP nº 517, de 30 de julho

de 2015, sobre os seguintes temas:

Das Provisões de Prêmios: A Provisão de

Prêmios Não Ganhos (PPNG) deverá ser

constituída para a cobertura dos valores a

pagar relativos a sinistros e despesas a

ocorrer, ao longo dos prazos a decorrer,

referentes aos riscos assumidos na data-

base de cálculo, obedecidos os seguintes

critérios: II - a base de cálculo

corresponde ao valor do prêmio comercial,

em moeda nacional, incluindo as operações

de cosseguro aceito, bruto das operações

de resseguro e líquido das operações de

cosseguro cedido.

Das Provisões para Resgates: O fato

gerador da constituição da provisão é o

mesmo fato gerador da contabilização das

receitas das operações de capitalização

definido pelas normas contábeis.

Do Teste de Adequação de Passivos (TAP):

A definição - Dos produtos de acumulação:

produtos baseados na acumulação de

recursos, sem definição prévia do valor do

benefício contratado.

Dos produtos de benefício definido:

produtos em que o valor do benefício

contratado é previamente estabelecido.

Da Apuração do Resultado do TAP: As

estimativas correntes dos fluxos de caixa

deverão considerar todos os riscos

assumidos até a data-base do teste, sendo

brutas de resseguro para as seguradoras e

Entidades Abertas de Previdências

Complementares (EAPCs) ou Sociedade

Seguradora autorizada a instituir planos de

previdência complementar aberta e de

retrocessão para os resseguradores locais.

As premissas relacionadas a despesas,

resgates, persistência, portabilidade,

seguro prolongado, benefício prolongado,

saldamento e opção de conversão em

renda deverão ser baseadas na experiência

observada pela seguradora, EAPC ou

ressegurador local, ou na de mercado,

quando não houver experiência própria,

limitada ao período máximo de cinco anos.

E caso o resultado final do TAP seja

positivo e haja operações de resseguro

relacionadas às obrigações que geraram a

necessidade de constituição da Provisão

Complementar de Cobertura (PCC), a

supervisionada deverá efetuar o cálculo do

TAP também para os respectivos ativos de

resseguro, de forma análoga aos

procedimentos aplicáveis às provisões

técnicas. A seguradora, a EAPC ou o

ressegurador local deverá divulgar em nota

explicativa às demonstrações financeiras

os métodos, os procedimentos, as

premissas e os pressupostos utilizados na

elaboração do TAP, bem como o valor do

efeito monetário resultante do dispositivo

previsto no § 2º do Art. 52.

Dos Depósitos Judiciais Redutores: As

supervisionadas poderão deduzir da

necessidade de cobertura das suas

provisões técnicas por ativos garantidores

as parcelas dos depósitos judiciais

relacionadas às provisões técnicas. O valor

da parcela descrita no caput não poderá

exceder o montante da obrigação pendente

de liquidação correspondente, líquido do

ativo de resseguro ou retrocessão redutor.

Dos Custos de Aquisição Diferidos

Redutores: As seguradoras, as EAPCs e os

resseguradores locais poderão deduzir da

necessidade de cobertura das suas

provisões técnicas por ativos garantidores

os custos de aquisição diferidos referentes

às despesas efetivamente liquidadas

diretamente relacionadas ao valor de cada

prêmio comercial registrado e diferidas

individualmente de acordo com a vigência

do respectivo risco abrangido pela PPNG

constituída.

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Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 71

Dos Pronunciamentos Técnicos Elaborados

pelo Instituto Brasileiro de Atuária (IBA): A

SUSEP adota o pronunciamento técnico

“CPA-004 – Provisão de Excedente

Técnico” elaborado pelo IBA, no que não

contrariar os normativos aplicáveis, com a

seguinte observação: O conceito de

“despesas redutoras” apresentado no item

4 do pronunciamento citado no caput não

tem relação com o conceito de ativos

redutores da necessidade de cobertura das

provisões técnicas, referindo-se apenas ao

processo de definição das receitas e

despesas que devem impactar a apuração

do excedente técnico.

Circular SUSEP nº 542,

de 6 de dezembro de 2016

Determina critérios adicionais para

atendimento ao disposto no § 4º do Art. 14 da

Resolução CNSP nº 168, de 17 de dezembro

de 2007, referentes ao tratamento a ser dado

pela sociedade seguradora ou pelo

ressegurador local à formalização contratual e

ao prêmio correspondente a cada contrato

automático ou facultativo.

Instruções

Instrução SUSEP nº 85,

de 8 de agosto de 2017

Dispõe sobre a divulgação no sítio eletrônico

da SUSEP das decisões de primeira instância

proferidas no âmbito dos processos

administrativos sancionadores.

Instrução SUSEP nº 84,

de 5 de abril de 2017

Dispõe sobre o Cadastro Informativo dos

créditos não quitados de órgãos e entidades

federais - Cadin, de acordo com a Lei

nº 10.522/2002.

Orientações

Provisões Técnicas: Provisões Técnicas,

atualizado: Agosto de 2017

As orientações contidas no documento de

registro contábil das operações de resseguro

que possuíam relação direta com esse

documento (reavaliação de prêmio estimado

prospectivo, fato gerador da Provisão de

Sinistros a Liquidar (PSL) de contratos

proporcionais, adiantamento de recuperação

de sinistros, diferimento dos prêmios de

resseguro, apropriação integral do prêmio de

reintegração, Provisão de Excedentes Técnicos

(PET) – comissão escalonada e participação

nos lucros) foram incorporadas, já

considerando os ajustes discutidos e

apresentados na Comissão Contábil e na

Comissão Conjunta, e incorporando alguns

esclarecimentos adicionais.

Provisões Técnicas: Ativos redutores,

atualizado: Agosto de 2017

No item 3.2.1 - Contratos Automáticos Não

Proporcionais - foi reforçado que para os

ativos de resseguro de PPNG (total,

incluindo parcelas redutoras e não

redutoras) referentes a contratos

automáticos não proporcionais devem ser

aplicados os mesmos conceitos do cálculo

da PPNG dos resseguradores (conforme já

esclarecido na resposta à pergunta nº 6), e

foram incluídos os mesmos exemplos que

constam no documento de orientações

sobre provisões técnicas.

As orientações contidas no documento de

registro contábil das operações de

resseguro que possuíam relação direta com

esse documento foram incorporadas, já

considerando os ajustes discutidos e

apresentados na Comissão Contábil e na

Comissão Conjunta.

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Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 72

Provisões Técnicas: Memórias de Cálculo das

Análises da Coordenação de Monitoramento de

Provisões Técnicas (COPRA), atualizado:

Agosto de 2017

Publicação de novo documento contendo as

memórias de cálculo das análises realizadas

pela COPRA.

Ativos: Vinculação de Imóveis,

atualizado: Setembro de 2016

Desde 12 de maio de 2016 (entrada em vigor

da Resolução CMN nº 4.444/2015) não são

mais aceitas novas vinculações de imóveis

como ativos garantidores das Provisões

Técnicas, e os imóveis que já estavam

vinculados só serão aceitos como ativos

garantidores até 2 de novembro de 2017.

Nenhum imóvel será considerado ativo

garantidor a partir de 3 de novembro de 2017,

conforme determinado no Art. 31 do

regulamento da Resolução CMN

nº 4.444/2015.

Normas significativas em discussão

Revisão do CPC 11. Aplicação da IFRS 9

em conjunto com a IFRS 4.

Novos Pronunciamentos do CPC e a

Revisão 12 - Revisão de Pronunciamentos

Técnicos do CPC:

o Revogação do CPC 38 - Instrumentos

Financeiros: Reconhecimento e

Mensuração (será substituído pelo

CPC 48). Em breve, será colocada em

audiência pública a Revisão nº 12, que

irá prever que o CPC 38 permanecerá

em vigor para as entidades emissoras

de contratos de seguro apenas no caso

de adoção da isenção temporária.

o Revogação do CPC 30 (R1) - Receitas

(será substituído pelo CPC 47). Foi

solicitado aos representantes da

comissão que façam um levantamento

dos impactos da sua adoção, sobretudo

no que diz respeito à receita sobre

serviços oferecidos em paralelo à

cobertura de seguros.

Rodízio da firma de auditoria contábil

independente: as diferenças entre as

normas de rodízio de auditoria

independente entre diversos órgãos

reguladores. Foi proposto que o assunto

fosse rediscutido.

Extinção dos Custos Iniciais de Contratação

(CICs) e atualização da orientação de

Custos de Aquisição Diferíveis (CADs).

Devido à recente alteração da norma de

provisões técnicas, extinguiu-se a

possibilidade de os CICs dos novos

contratos emitidos a partir de 1º de janeiro

de 2018 serem abatidos da PPNG

constituída pelas supervisionadas. Nesse

sentido, passaram a existir duas opções de

contabilização dos CICs: ativação e

diferimento pelo prazo de vigência do

risco, se forem atendidas as exigências da

orientação de CAD, ou apropriação direta

ao resultado como despesa do período em

que forem incorridos.

Agência Nacional de Saúde Suplementar

(ANS) -principais regulamentações do

setor emitidas em 2017 e 2016 (que não

estavam disponíveis quando da elaboração do

Guia de 2016)

Resoluções

Resolução Normativa nº 427,

de 26 de setembro de 2017

Altera a Resolução Normativa (RN) nº 392, de

9 de dezembro de 2015, que dispõe sobre

aceitação, registro, vinculação, custódia,

movimentação e limites de alocação e de

concentração na aplicação dos ativos

garantidores das operadoras no âmbito do

sistema de saúde suplementar, e revoga a RN

nº 278, de 17 de novembro de 2011, que

institui o programa de conformidade

regulatória e dá outras providências.

Conforme inclusão dos seguintes itens: não

seguem a proporção de um para um de que

trata o caput os débitos do ressarcimento ao

SUS dos Avisos de Beneficiários Identificados

(ABI) notificados e ainda sem a emissão das

respectivas Guias de Recolhimento da União

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Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 73

(GRUs) pela ANS, cujo cálculo do valor a ser

lastreado deverá ser feito conforme a seguinte

fórmula: % histórico de cobrança (hc) x ABI

notificados e ainda sem a emissão das

respectivas GRUs x (1 - Índice de Efetivo

Pagamento ao Ressarcimento ao SUS), em

que: b) o Índice de Efetivo Pagamento ao

Ressarcimento ao SUS corresponderá ao

percentual de efetivo pagamento

administrativo das dívidas das operadoras de

planos de saúde com o ressarcimento ao SUS,

sendo divulgado mensalmente pela ANS em

seu sítio institucional na Internet

(www.ans.gov.br) e calculado a partir da

seguinte fórmula: (valores pagos + valores

em parcelamento)/valores cobrados, sendo:

1. Valores pagos: correspondem à soma de

valores originais de GRUs efetivamente

quitadas pelas operadoras, seja por meio

de pagamento direto ou conversão em

renda.

2. Valores em parcelamento: correspondem

à soma de valores originais das GRUs que

compõem parcelamentos deferidos.

3. Valores cobrados: correspondem à soma

de valores originais das GRUs de

ressarcimento ao SUS.

Para fins de cálculo do Índice de Efetivo

Pagamento ao Ressarcimento ao SUS, previsto

na alínea “b” do § 2º do Art. 2º, os valores

relacionados a impedimentos judiciais ou

suspensos por depósito judicial não serão

considerados no numerador.

Resolução Normativa nº 426,

de 28 de agosto de 2017

Altera a Resolução Normativa (RN) nº 351, de

16 de junho de 2014, que define critérios para

a suspensão da exigibilidade de créditos da

Agência Nacional de Saúde Suplementar

(ANS) pelo depósito judicial de seu montante

integral diretamente comunicado à ANS pela

operadora de planos de saúde depositante.

Conforme inclusão dos seguintes itens: III -

relativas ao depósito: a) órgão jurisdicional à

disposição do qual foi efetuado o depósito;

b) número do processo judicial; c) tipo da

ação judicial; d) valor do depósito; e e) data

do depósito.

Quando se tratar de Taxa de Saúde

Suplementar por plano de assistência à

saúde (TPS), entre as informações

relativas ao débito, deverão ser

especificados os trimestres englobados

pelo depósito judicial, ou, se for o caso, a

opção por cota única.

Quando se tratar de Taxas de Saúde

Suplementar por Atos (Taxas de Saúde

Suplementar por Registro de Produto

(TRP), Alteração de Dados de Operadora

(TAO), Alteração de Dados de Produto

(TAP) ou Reajuste de Contraprestação

Pecuniária (TRC)), entre as informações

relativas ao débito, para os casos de novas

solicitações, deverão ser especificadas as

quantidades pretendidas de atos.

Para depósitos referentes a débitos já

homologados, deverá ser especificado

ainda, caso o débito já esteja inscrito em

Dívida Ativa, o número da Certidão de

Dívida Ativa (CDA).

Resolução Normativa nº 425,

de 20 de julho de 2017

Regulamenta o Programa de Regularização de

Débitos não Tributários (PRD) com a Agência

Nacional de Saúde Suplementar (ANS),

instituído pela Medida Provisória nº 780, de 19

de maio de 2017.

Resolução Normativa nº 424,

de 27 de junho de 2017

Dispõe sobre critérios para a realização de

junta médica ou odontológica formada para

dirimir divergência técnico-assistencial sobre

procedimento ou evento em saúde a ser

coberto pelas operadoras de planos de

assistência à saúde.

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Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 74

Resolução Normativa nº 423,

de 16 de maio de 2017

Altera a Resolução Normativa (RN) nº 386, de

9 de outubro de 2015, que dispõe sobre o

Programa de Qualificação de Operadoras.

Conforme inclusão dos seguintes itens: - Dos

Índices de Desempenho da Dimensão: Altera

os percentuais do Índice de Desempenho de

Saúde Suplementar (IDSS) da operadora, o

qual é calculado a partir do somatório dos

índices de desempenho da dimensão de forma

ponderada, sendo: I – 30% para a dimensão

da qualidade em atenção à saúde; II – 30%

para a dimensão de garantia de acesso; III –

30% para a dimensão de sustentabilidade no

mercado; e IV – 10% para a dimensão de

gestão de processos e regulação.

Das Disposições Finais: A operadora

deverá divulgar o resultado do IDSS geral

e de cada uma das dimensões do Programa

em seu sítio institucional na internet, no

prazo máximo de 30 dias, contado da data

de divulgação dos resultados pela ANS, a

partir do ano-base 2017, a ser processado

e divulgado em 2018, contendo, no

mínimo: I - o resultado do IDSS e suas

dimensões mais recentes, como divulgado

pela ANS, e o respectivo ano avaliado em

idêntico destaque; e II – o link do

Programa no Portal da ANS. Os resultados

do IDSS a que se refere o caput deverão

ser mantidos no sítio institucional da

operadora na internet até que sejam

substituídos pelos resultados da divulgação

do ano seguinte.

O descumprimento do disposto no Art.

21-A sujeitará a operadora às sanções

administrativas cabíveis previstas nos Arts.

40 e 74-C da RN nº 124, de 30 de março

de 2006, que dispõem sobre a aplicação de

penalidades para as infrações à legislação

dos planos privados de assistência à saúde

(entrou em vigor na data de publicação).

Resolução Normativa nº 422,

de 26 de abril de 2017

Altera a Resolução Normativa nº 103, de 17

de junho de 2005, que dispõe sobre o

lançamento da Taxa de Saúde Suplementar,

instituída pela Lei nº 9.961, de 28 de janeiro

de 2000, regulamenta o processo

administrativo fiscal no âmbito da Agência

Nacional de Saúde Suplementar e dá outras

providências.

Conforme inclusão dos seguintes itens:

Da Comunicação dos Atos: A intimação

realizar-se-á: por via postal, remetida para

os endereços constantes no cadastro de

operadoras da ANS, cuja entrega será

comprovada pelo Aviso de Recebimento

(AR) ou documento equivalente, emitido

pelo serviço postal, e devidamente

assinado; pessoalmente, pelo servidor a

quem for conferida tal atribuição,

comprovando-se pelo ciente do intimado,

seu representante ou preposto ou, no caso

de sua ausência ou de recusa de aposição

de assinatura, pela declaração expressa de

quem proceder à intimação; por meio

eletrônico, conforme regulamentação

editada pela ANS; por qualquer outro meio

que assegure a certeza da ciência do

intimado, do seu representante ou

preposto; ou por edital, a ser publicado

uma única vez no Diário Oficial da União,

quando restarem frustrados os meios de

intimação previstos neste artigo ou quando

registrada no cadastro da ANS a invalidade

do endereço, ou, ainda, no caso de

interessados indeterminados,

desconhecidos ou com domicílio indefinido.

Da Fase Litigiosa do Processo

Administrativo Fiscal: Esgotado o prazo de

cobrança administrativa sem que tenha

sido pago o crédito tributário, a Gerência

de Finanças (GEFIN) declarará o sujeito

passivo devedor remisso e encaminhará o

processo à Procuradoria Federal com a ANS

para inscrição em dívida ativa e

ajuizamento da execução fiscal.

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CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 75

Resolução Normativa nº 421,

de 24 de março de 2017

Altera a Resolução Normativa (RN) n.º 405,

de 9 de maio de 2016, que dispõe sobre o

Programa de Qualificação dos Prestadores de

Serviço na Saúde Suplementar – QUALISS.

Resolução Normativa nº 420,

de 15 de fevereiro de 2017

Altera a Resolução Normativa nº 364, de 11

de dezembro de 2014, que dispõe sobre a

definição de índice de reajuste pela Agência

Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a ser

aplicado pelas operadoras de planos de

assistência à saúde aos seus prestadores de

serviços de atenção à saúde em situações

específicas.

Conforme inclusão do seguinte item: - Ao

índice de reajuste definido pela ANS será

aplicado um Fator de Qualidade a ser descrito

através de Instrução Normativa: Para os

profissionais de saúde, serão utilizados, na

composição do Fator de Qualidade, critérios

estabelecidos pela ANS, em parceria com os

Conselhos Profissionais e/ou as associações de

âmbito nacional representativas de categoria

profissional da área de saúde ou de

especialidades da área de saúde, em grupo a

ser constituído para este fim.

Resolução Normativa nº 419,

de 28 de dezembro de 2016

Altera a Resolução Normativa nº 392, de 9 de

dezembro de 2015, que dispõe sobre

aceitação, registro, vinculação, custódia,

movimentação e diversificação dos ativos

garantidores das operadoras no âmbito do

sistema de saúde suplementar e dá outras

providências.

Resolução Normativa nº 418,

de 28 de dezembro de 2016

Altera os Anexos da Resolução Normativa

(RN) nº 290, de 27 de fevereiro de 2012,

que dispõe sobre o Plano de Contas Padrão

para as operadoras de planos de

assistência à saúde, e altera a RN nº 173,

de 10 de julho de 2008, que dispõe sobre a

versão XML (Extensible Markup Language)

do Documento de Informações Periódicas

das Operadoras de Planos de Assistência à

Saúde (DIOPS/ANS).

Conforme inclusão do seguinte item: Art. 4º -

Fica dispensada, para o exercício de 2016, a

apresentação de nota explicativa nas

demonstrações financeiras, que constava do

item 9.1.1 do Capítulo I – Normas Gerais,

incluído no Anexo da RN nº 290, de 2012,

pela RN nº 390, de 2 de dezembro de 2015.

Resolução Normativa nº 417,

de 23 de dezembro de 2016

Dispõe sobre o Plano de Recuperação

Assistencial e sobre o regime especial de

Direção Técnica, no âmbito do mercado de

saúde suplementar, e dá outras providências

(revoga a RN nº 256, de 2011).

Resolução Normativa nº 416,

de 23 de dezembro de 2016

Dispõe sobre o Monitoramento do Risco

Assistencial sobre as operadoras de planos de

assistência à saúde.

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Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 76

Resolução Normativa nº 415,

de 29 de novembro de 2016

Altera o Regimento Interno da Agência

Nacional de Saúde Suplementar (ANS),

instituído pela Resolução Normativa (RN)

nº 197, de 16 de julho de 2009, a RN nº 198,

de 16 de julho de 2009 (revogou a RN nº 278,

de 2011).

Instruções

Instrução Normativa nº 53/DIPRO,

de 20 de julho de 2017

Regulamenta a visita técnico-assistencial para

identificação de anormalidades assistenciais

nas operadoras de planos de assistência à

saúde.

Instrução Normativa nº 68/DIDES,

de 16 de maio de 2017

Altera a Instrução Normativa nº 60, de 9 de

outubro de 2015, da Diretoria de

Desenvolvimento Setorial (DIDES), que

detalha a Resolução Normativa nº 386, de 9

de outubro de 2015, a qual dispõe sobre o

Programa de Qualificação de Operadoras e dá

outras providências.

Instrução Normativa nº 15/DIFIS,

de 26 de abril de 2017

Dispõe sobre a comunicação eletrônica entre a

Diretoria de Fiscalização (DIFIS) e as

operadoras de planos privados de assistência

à saúde.

Instrução Normativa nº 54/DIOPE,

de 10 de abril de 2017

Estabelece hipótese de autorização prévia

anual para movimentação da carteira de

títulos e valores mobiliários, conforme previsto

no Art. 13 da Resolução Normativa nº 392, de

9 de dezembro de 2015, que dispõe sobre

aceitação, registro, vinculação, custódia,

movimentação e limites de alocação e de

concentração na aplicação dos ativos

garantidores das operadoras no âmbito do

sistema de saúde suplementar e dá outras

providências.

Instrução Normativa nº 53/DIOPE,

de 14 de março de 2017

Altera a Instrução Normativa nº 52, de 21 de

setembro de 2016, da Diretoria de Normas e

Habilitação das Operadoras (DIOPE), que

dispõe sobre comunicação eletrônica entre a

Diretoria de Normas e Habilitação das

Operadoras (DIOPE) e as operadoras de plano

privado de assistência à saúde.

Instrução Normativa nº 67/DIDES,

de 10 de março de 2017

Regulamenta o monitoramento periódico para

verificar o cumprimento da Resolução

Normativa nº 389, de 26 de novembro de

2015, que dispõe sobre a transparência das

informações no âmbito da saúde suplementar,

estabelece a obrigatoriedade da

disponibilização do conteúdo mínimo

obrigatório de informações referentes aos

planos privados de saúde no Brasil e dá outras

providências.

Instrução Normativa nº 3/Diretoria Colegiada,

de 10 de março de 2017

Dispõe sobre a comunicação eletrônica entre a

Coordenadoria de Recursos da Diretoria

Colegiada (COREC) e as operadoras de planos

privados de assistência à saúde.

Instrução Normativa nº 66/DIDES,

de 15 de fevereiro de 2017

Altera a Instrução Normativa nº 63, de 25 de

outubro de 2016, que dispõe sobre a

regulamentação dos parágrafos do artigo 7º

da Resolução Normativa nº 364, de 11 de

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Regulamentações específicas por setor

CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 77

dezembro de 2014, que trata sobre o Fator de

Qualidade a ser aplicado ao índice de reajuste

definido pela ANS para profissionais de saúde,

laboratórios, clínicas e outros

estabelecimentos de saúde não hospitalares.

Instrução Normativa nº 65/DIDES,

de 13 de fevereiro de 2017

Dispõe sobre a comunicação eletrônica entre a

Diretoria de Desenvolvimento Setorial

(DIDES) e as operadoras de planos privados

de assistência à saúde.

Instrução Normativa nº 51/DIPRO,

de 30 de janeiro de 2017

Regulamenta os Arts. 4º e 22 da Resolução

Normativa nº 171, de 29 de abril de 2008,

dispondo sobre as rotinas e o procedimento de

solicitação e autorização para aplicação de

reajuste das contraprestações pecuniárias dos

planos individuais e familiares de assistência

suplementar à saúde que tenham sido

contratados após 1º de janeiro de 1999 ou

adaptados à Lei nº 9.656, de 3 de junho de

1998.

Instrução Normativa nº 52/DIPRO,

de 23 de janeiro de 2017

Dispõe sobre a comunicação eletrônica entre a

Diretoria de Normas e Habilitação dos

Produtos (DIPRO) e as operadoras de planos

privados de assistência à saúde.

Instrução Normativa nº 50/DIPRO,

de 23 de dezembro de 2016

Regulamenta a Resolução Normativa nº 417,

de 22 de dezembro de 2016, para dispor, em

especial, sobre o Plano de Recuperação

Assistencial, sobre o regime especial de

Direção Técnica e sobre o Programa de

Saneamento Assistencial no curso do regime

especial de Direção Técnica, e revoga a

Instrução Normativa nº 33, de 6 de julho de

2011, da Diretoria de Normas e Habilitação

dos Produtos (DIPRO).

Instrução Normativa nº 49/DIPRO,

de 23 de dezembro de 2016

Dispõe sobre as medidas administrativas

decorrentes da avaliação das operadoras de

planos de assistência à saúde no

Monitoramento do Risco Assistencial, a que se

refere a Resolução Normativa nº 416, de 22

de dezembro de 2016.

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Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 78

Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 79

Medida Provisória nº 806/2017

O Governo brasileiro, em 30 de outubro de

2017, editou a Medida Provisória (“MP”)

nº 806, prevendo novas regras de tributação

das aplicações em fundos de investimento e

das operações em bolsa de valores, de

mercadorias e de futuros.

Tais alterações, sumariamente conforme a

própria exposição de motivos dessa MP,

objetivam “reduzir as distorções existentes

entre as aplicações em fundos de investimento

e aumentar a arrecadação federal por meio da

tributação dos rendimentos acumulados pelas

carteiras de fundos de investimento

constituídos sob a forma de condomínio

fechado, os quais se caracterizam pelo

pequeno número de cotistas e forte

planejamento tributário.”

Em suma, foram previstas as seguintes

alterações:

Fundos de investimento fechados

A MP define como fundos na forma de

condomínio fechado apenas aqueles que

não admitem resgate de cotas durante o

prazo de sua duração. Foi previsto que tais

fundos (na forma de condomínio fechado)

passaram a ficar sujeitos à retenção de

IRRF pela metodologia de “come-cotas”.

Excepcionalmente, para o ano-calendário

2018, para fins de Imposto de Renda

Retido na Fonte (IRRF) esses rendimentos

serão considerados pagos ou creditados

em 31 de maio de 2018.

A partir de 1º de junho de 2018, a

incidência do IRRF sobre os rendimentos

auferidos por qualquer beneficiário,

incluídas as pessoas jurídicas isentas, nas

aplicações em fundos de investimento ou

em fundos de investimento em cotas

(constituídos sob a forma de condomínio

fechado) ocorrerá no último dia útil dos

meses de maio e novembro de cada ano,

ou no momento da amortização ou do

resgate de cotas, em decorrência do

término do prazo de duração ou do

encerramento do fundo, se ocorridos em

data anterior.

As taxas de IRRF a serem aplicadas

seguem a tabela regressiva de 22,5% a

15%, dependendo da natureza do

investimento.

Cisão, incorporação, fusão ou

transformação dos Fundos de Investimento

A partir de 1º de janeiro de 2018, esses

eventos serão considerados distribuição de

rendimentos aos cotistas e serão objeto de

incidência de IRRF.

Fundo de Investimento em Participações

(FIP)

Foram previstas alterações conceituais

equiparando o conceito de FIP ao que está

regulamentado pela Comissão de Valores

Mobiliários (CVM).

Com essa alteração, aqueles fundos que se

equiparam ao conceito trazido pela MP

manterão a sua tributação de 15% de

IRRF, com base na Lei nº 11.312, de 27 de

junho de 2006. Já os fundos que não se

enquadram como entidades de FIPs devem

ser equiparados às pessoas jurídicas para

fins de tributação por exercerem atividades

próprias de holding, devendo aqueles FIPs

que não se qualificarem como entidades de

investimento e que não tenham sido

distribuídos aos cotistas até 2 de janeiro de

2018 ficarem sujeitos à incidência do IRRF

a 15% e ser considerados pagos ou

creditados aos seus cotistas em 2 de

janeiro de 2018.

A MP revogou a disposição que previa que,

no caso de Fundo de Empresas Emergentes

e de FIP, os fundos deveriam ter a carteira

composta por 67% das ações de

sociedades anônimas, debêntures

conversíveis em ações e bônus de

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 80

subscrição. Desse modo, passou a

prevalecer a disposição da CVM nº 578,

segundo a qual são consideradas FIPs as

entidades que detenham 90% dos

investimentos em ações ou em ativos

conversíveis em ações de sociedades

anônimas ou Ltda.

FIP – Alienação de participações

Ainda, foi inserido que, para fins de

apuração do IRRF, os recursos obtidos

pelos FIPs na alienação de qualquer

investimento serão considerados como

distribuídos aos cotistas,

independentemente do tratamento previsto

no regulamento a ser dado a esses

recursos. Dessa forma, sob a alienação de

investimentos detidos pelos FIPs esses

valores devem ser considerados como

distribuídos e tributados pelo IRRF para o

montante que superar o capital

integralizado nos fundos.

Fundos de Investimento Imobiliário (FII)

O “come-cotas” também passará a ser

aplicado aos investimentos em FII.

Fundos de Investimento em Ações (FIA) e

Fundos de Investimento em Direitos

Creditórios (FIDC)

Os créditos relativos a FIDC e FIA não

foram alterados pela MP nº 806/2017.

As alterações terão vigência a partir de janeiro

de 2018 se essa MP for convertida em Lei

durante o ano-calendário 2017. Caso

contrário, tais alterações dependerão da

conversão dessa MP em Lei no ano-calendário

2018, com efeitos a serem regulamentados

pela própria Lei.

Receita Federal disciplina a tributação de

remessa ao exterior em arrendamento de

aeronaves – IN nº 1.664/16

A Receita Federal editou a Instrução

Normativa – IN nº 1.664, de 11 de outubro de

2016, visando esclarecer a alíquota aplicável

sobre pagamentos remetidos ao exterior a

título de contraprestação de arrendamento de

aeronaves estrangeiras.

Foi estabelecido que, no caso de remessa ao

exterior, a título de pagamento de

arrendamento de aeronave efetuado por

empresa de transporte aéreo público regular,

a alíquota será reduzida a zero até 2022,

inclusive no caso de ser destinada a país com

tributação favorecida, em observância à regra

do § 3º do Art. 6º da IN RFB nº 1.455, de

2014.

Por outro lado, no caso de remessa para o

exterior a título de pagamento de

arrendamento de aeronave efetuado pelas

demais empresas, deve ser observada a regra

prevista no Art. 2º da IN RFB nº 1.455, de

2014, que também estabelece alíquota zero.

Entretanto, no caso de a remessa destinar-se

a país com tributação favorecida, a alíquota

incidente é de 25%.

Ainda, a IN nº 1.664 disciplinou que a

responsabilidade pela retenção e pelo

recolhimento do imposto de renda incidente

sobre o ganho de capital em operações de

incorporação de ações que envolvam valores

mobiliários de titularidade de investidores

estrangeiros é da empresa incorporadora no

Brasil.

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 81

Regulamentação do procedimento

amigável no âmbito de Convenções e

Acordos Internacionais para evitar a

dupla tributação – IN nº 1.669/16

A Receita Federal do Brasil (RFB) editou a

Instrução Normativa (IN) nº 1.669, de 9 de

novembro de 2016, visando regulamentar o

procedimento amigável a ser aplicado pelos

contribuintes em sede de Convenções e de

Acordos Internacionais destinados a evitar a

dupla tributação da renda de que o Brasil seja

signatário.

O Brasil detém diversos Acordos destinados a

evitar a dupla tributação (ADT); nesses

Acordos, usualmente, há a previsão de

procedimento formal para ser adotado na

hipótese de ocorrerem medidas, provocadas

pelo Brasil ou pelo outro país signatário, que

possam acarretar um confronto com o

respectivo ADT.

Neste contexto, essa IN veio estabelecer

regulamentação específica para esse processo

de consulta.

De acordo com o disposto na mencionada

IN nº 1.669/2016, o contribuinte pode dar

início ao requerimento quando considerar que

medidas tomadas pelos Estados Contratantes

conduzem, em relação ao requerente, à

tributação em dissonância com o ADT de que

os Estados sejam signatários.

Vale dizer que esse procedimento pode ser

composto por duas fases, alternativamente:

a) fase unilateral, na qual a RFB recebe e

efetua a análise interna do requerimento

e, se possível, finaliza o procedimento; ou

b) fase bilateral, na qual a RFB aciona o

outro Estado Contratante para buscar uma

solução para o caso.

O requerimento deverá ser apresentado à RFB

mediante utilização do Formulário de

Requerimento de Instauração de

Procedimento previsto no Anexo I da

respectiva IN.

Caso o procedimento amigável envolva crédito

tributário passível de restituição, o requerente

deverá apresentar pedido de restituição do

crédito mediante utilização do formulário

constante no Anexo III.

Por fim, na hipótese de chegar-se a uma

solução, ainda que parcial, a RFB emitirá

despacho de implementação conferindo

validade à solução encontrada.

Alterações da tributação dos resultados

auferidos no exterior – IN nº 1.674/2016

A Receita Federal publicou a IN nº 1.674, de

28 de novembro de 2016, alterando a IN

nº 1.520/2014, que regulamenta a tributação

de lucros no exterior.

A IN nº 1.674/2016 previu que a investidora

domiciliada no Brasil poderá tributar o lucro de

sua coligada, domiciliada no exterior, pelo

regime de caixa, independentemente da

existência dos seguintes fatores:

(i) A coligada esteja sujeita a regime de

subtributação;

(ii) A coligada esteja localizada em país ou

dependência com tributação favorecida,

ou seja beneficiária de regime fiscal

privilegiado, de que tratam os Arts. 24 e

24-A da Lei nº 9.430, de 1996; e

(iii) A coligada seja controlada, direta ou

indiretamente, por pessoa jurídica

submetida a tratamento tributário de

subtributação.

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 82

Conforme disposto na mencionada IN, essa

opção de tributação dos resultados auferidos

no exterior, por meio do regime de caixa, é

irretratável e será manifestada na ECF, não

sendo admissível retificação futura, e não se

aplica às hipóteses em que a pessoa jurídica

coligada domiciliada no Brasil é equiparada à

controladora.

Por fim, a IN nº 1.674/2016 dispôs também

que os saldos referentes ao Resultado

Positivo, ou Negativo, auferido em investida

(coligada ou controlada) domiciliada no

exterior serão controlados, especificamente,

em subconta auxiliar, e tal valor será revertido

da subconta auxiliar no ano-calendário

seguinte. Anteriormente a tal redação havia a

interpretação de que as subcontas

permaneceriam com os saldos históricos dos

Resultados Positivos ou Negativos dos

investimentos em investidas domiciliadas no

exterior.

Alteração das regras de ressarcimento de

créditos de PIS/COFINS e IPI

relacionados à exportação – IN nº

1.675/2016

A IN nº 1.675, de 29 de novembro de 2016,

efetuou alterações na IN nº 1.060/2010, que

prevê regras para o ressarcimento de créditos

de PIS/COFINS e IPI vinculados à receita de

exportação.

Entre as alterações destacamos que houve

modificação do requisito para liberação de

50% do valor do ressarcimento, em até 30

dias do Pedido de Ressarcimento. Atualmente,

a pessoa jurídica deverá comprovar que, no

ano-calendário anterior, exportou valor igual

ou superior a 10% de sua receita bruta total

de venda de bens e serviços (antes era 30%).

Adicionalmente, também ficou consignada na

IN nº 1.675/2016 a previsão de que, no caso

de haver irregularidades (como débitos

existentes) superiores a 30% do valor

solicitado, poderá ser exigido o valor

indevidamente ressarcido pela RFB, sem

prejuízo da aplicação da multa isolada de que

trata o § 17 do Art. 74 da Lei nº 9.430, de

1996, calculada sobre o valor do débito objeto

de declaração de compensação não

homologada, e de outras penalidades cabíveis.

Declaração País-a-país (Country by

country report) – IN nº 1.681/2016

Em 28 de dezembro de 2016, a RFB editou a

IN nº 1.681 instituindo as regras para que as

pessoas jurídicas, pertencentes a grupos

multinacionais, divulguem informações

relativas ao Grupo Multinacional a que

pertencem, por meio da Declaração País-a-

país.

Essa IN entrou em vigor a partir de janeiro de

2017 e a Declaração País-a-país deve ter sido

incluída na Escrituração Contábil Fiscal (ECF),

relativa ao ano-calendário 2016, entregue até

o último dia útil de julho de 2017.

De acordo com as disposições dessa IN, estão

obrigadas à entrega da Declaração País-a-país

as empresas que:

(i) sejam controladoras finais de grupo

multinacional; ou

(ii) sejam entidade substituta, na hipótese de

o controlador final do grupo multinacional

ser residente para fins tributários no

exterior, e verificar-se pelo menos uma

das seguintes condições:

caso o controlador final do grupo

multinacional não seja obrigado a

entregar a Declaração País-a-país em

sua jurisdição;

caso a jurisdição do controlador final

possua acordo internacional com o

Brasil, mas não possua Acordo de

Autoridades Competentes com o País

até o prazo final de entrega da

Declaração País-a-país; ou

caso tenha ocorrido falha sistêmica da

jurisdição de residência para fins

tributários do controlador final.

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 83

Estiveram dispensadas da entrega da

Declaração País-a-país as entidades

integrantes de grupos multinacionais cuja

receita total anual, relativa ao ano-calendário

2015, foi inferior a R$2,3 bilhões ou €750

milhões, conforme refletido nas

demonstrações financeiras consolidadas do

controlador final.

Excepcionalmente estiveram dispensadas da

entrega da Declaração País-a-País entregue

em 2017, relativamente ao ano-calendário

2016, as pessoas jurídicas pertencentes a

grupos multinacionais cujo período societário

da pessoa jurídica controladora final diverge

de janeiro a dezembro de 2016.

Todavia, em ambos os casos de dispensa, as

pessoas jurídicas pertencentes a grupos

multinacionais foram obrigadas a identificar a

qual Grupo Multinacional pertencem, qual a

razão social da Pessoa Jurídica Controladora

Final e qual o Tax Identification Number (TIN)

da Controladora Final, equivalente ao código

CNPJ no Brasil, no Bloco W da ECF do ano-

calendário 2016.

Alteração do conceito de regime fiscal

privilegiado para empresas situadas na

Áustria

A RFB editou a IN nº 1.683, de 29 de

dezembro de 2016, alterando o disposto na IN

nº 1.037/2010 para esclarecer que serão

consideradas como regime fiscal privilegiado

as pessoas jurídicas situadas na Áustria

constituídas sob a forma de holding company

que não exerçam atividade econômica

substantiva.

Anteriormente à edição dessa IN

nº 1.683/2016, a RFB havia publicado a IN

nº 1.658/2016 dispondo que seriam

consideradas como regime fiscal privilegiado

todas as pessoas jurídicas situadas na Áustria

constituídas sob a forma de holding company.

Estabelecimento da obrigatoriedade de

identificação do beneficiário final (pessoa

natural) - IN nº 1.684/2016

A RFB publicou a IN nº 1.684, em 29 de

dezembro de 2016, com o objetivo de que

todas as pessoas jurídicas, a partir do

cadastro do CNPJ, passem a identificar o

beneficiário final, pessoa natural, em um

intuito precípuo de compartilhamento mútuo

de informações em nível mundial.

Segundo informações divulgadas pela Receita

Federal, essa norma foi criada após estudos

da Estratégia Nacional de Combate à

Corrupção e à Lavagem de Dinheiro

(ENCCLA), que constataram a dificuldade de

autoridades policiais e judiciais em identificar

os beneficiários finais das empresas.

Com a edição dessa IN, a partir de 1º de

janeiro de 2017, os novos CNPJs devem

identificar o beneficiário final pessoa natural,

mesmo que este se encontre fora do país.

Para as pessoas jurídicas já existentes o prazo

para prestar essa informação é até 31 de

dezembro de 2018.

Todavia, ficou consignado nessa IN que, caso

as pessoas jurídicas já existentes até o final

de 2016 promovam alterações cadastrais a

partir de 1º de julho de 2017, deverão

informar o beneficiário final no cadastro do

CNPJ, nos termos previstos pelo Art. 52 da IN

nº 1.684/2016.

A penalidade prevista pela não informação do

beneficiário final corresponde ao disposto no

Art. 29 da IN nº 1.634/2016, segundo o qual

poderá ser baixada de ofício a inscrição no

CNPJ da entidade se o contribuinte não tiver

regularizado a sua situação no prazo de 60

dias contado da data da publicação da

intimação.

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 84

Encerramento de benefícios fiscais em

2016 e não renovação para 2017 em

diante

Até o final do ano-calendário 2016 foram

vigentes benefícios fiscais de cinco setores

econômicos, os quais não foram renovados

para o ano-calendário 2017 e subsequentes;

são eles:

(i) crédito presumido de PIS/COFINS para

importadores ou produtores de álcool;

(ii) Regime Especial de Incentivos para o

Desenvolvimento de Infraestrutura da

Indústria Petrolífera nas Regiões Norte,

Nordeste e Centro-Oeste (Repenec);

(iii) incentivos de PIS/COFINS e IPI para

implantação de rede banda larga;

(iv) dedução do IRPJ sobre a aquisição de

Vale Cultura; e

(v) desoneração das alíquotas de PIS/COFINS

de jornais e periódicos.

Percentual de presunção da receita de

juros e multa – lucro presumido -

atividade imobiliária

A RFB, por meio da Solução de Consulta nº 41

COSIT, de 19 de janeiro de 2017, manifestou

entendimento de que para fins de apuração da

base de cálculo do IRPJ, pela sistemática do

lucro presumido, será aplicado o percentual de

8%, de que trata o Art. 15 da Lei

nº 9.249/1995, às receitas de juros e multa

de mora decorrentes do atraso no pagamento

de prestações.

Essas receitas auferidas devem ser relativas à

comercialização de imóveis e recebidas por

pessoa jurídica que explore atividade

imobiliária, referentes a loteamento de

terrenos, incorporação imobiliária, construção

de prédios destinados à venda, bem como à

venda de imóveis construídos ou adquiridos

para a revenda, desde que esses acréscimos

sejam apurados por meio de índices ou

coeficientes previstos em contrato.

Publicação da Instrução Normativa

nº 1.700/2017

Em 14 de março de 2017, a RFB publicou a IN

nº 1.700/2017, revogando a IN

nº 1.515/2014.

A IN nº 1.515/2014, entre outras disposições,

regulamentava os efeitos da Lei

nº 12.973/2014, que pôs fim ao Regime

Tributário de Transição (RTT) e disciplinava o

procedimento a ser adotado quanto ao cálculo

de Adoção Inicial para as empresas detentoras

de ajustes de RTT até 31 de dezembro de

2014 (ou até 31 de dezembro de 2013 para

aquelas pessoas jurídicas que fizeram a

adoção antecipada da Adoção Inicial).

Em linhas gerais, a IN nº 1.700/2017 não

promoveu alterações significativas quanto à

redação anterior da IN nº 1.515/2014, mas

promoveu a consolidação de uma quantidade

expressiva de regras fiscais relacionadas à

apuração do IRPJ e da CSLL.

Tal como a anterior IN nº 1.515/2014, a IN

nº 1.700/2017 trouxe em seus dispositivos

previsão de como as empresas detentoras de

Adoção Inicial devem proceder para a

demonstração dos saldos de Adoção Inicial

nas respectivas subcontas.

Todavia, houve uma inovação, com a inserção

da alínea “m” no Anexo VIII referente à

“Utilização de Subcontas de Adoção Inicial –

Diferença na Depreciação Acumulada”.

Essa alínea “m” permitiu que o contribuinte

deixasse de fazer os ajustes de Adoção Inicial

nas apurações do IRPJ e da CSLL

subsequentes a 1º de janeiro de 2015¹,

relativamente àqueles que adicionavam a

depreciação contábil e excluíam a depreciação

com base nas taxas “fiscais” (disposta pela IN

nº 162/1998), via ajuste de RTT, até 31 de

dezembro de 2014; todavia, não possibilitou à

Sociedade deixar de ter o controle de

subcontas com a respectiva demonstração da

realização dos saldos de Adoção Inicial.

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 85

Em outras palavras, essa alínea “m” permitiu

que o contribuinte deixasse de adicionar o

valor da realização da adoção inicial, calculado

pelo valor diferido até 31 de dezembro de

2014 dividido pela vida útil remanescente

contábil do bem, na apuração do IRPJ e da

CSLL. Todavia, não dispensou o controle da

evidenciação de tais saldos em subcontas de

Adoção Inicial.

A IN nº 1.700/2017 também revogou a IN

nº 162/1998, que fixava o prazo de vida útil e

a taxa de depreciação dos bens que relaciona

e passou a dispor os prazos conforme o Anexo

III da mencionada IN nº 1.700/2017.

Ainda, a IN nº 1.700/2017 dispôs em seus

Anexos I e II tabelas sumárias de

determinados itens que devem ser ajustados

nas apurações do IRPJ e da CSLL e quais as

suas respectivas aplicabilidades para o

imposto de renda e a contribuição social.

Esses Anexos I e II trouxeram uma clara

tendência da RFB a reconhecer que, para

aqueles casos em que não há uma previsão

expressa de indedutibilidade para fins de

CSLL, tal ajuste não é aplicável, afastando a

interpretação de que o Art. 57 da Lei

nº 8.981/1995 prevê tratamento equivalente

de base de cálculo do IRPJ para a CSLL e não

de sistemática de apuração. Trazemos a

seguir os principais exemplos constantes nos

Anexos I e II:

(i) Gratificações pagas a administradores:

Dedutibilidade das gratificações pagas a

dirigentes na base de cálculo da CSLL. No

Anexo I da IN nº 1.700/2015 foi

estabelecido que o pagamento de

gratificações e/ou participação nos

resultados a administradores é dedutível

para fins de CSLL, permanecendo, tão

somente, o reconhecimento da

indedutibilidade para fins de IRPJ.

(ii) Aluguéis: Dedutibilidade, para fins de

CSLL, dos valores de aluguéis que não

atenderem às condições do caput do Art.

71 da Lei nº 4.506, de 1964, da parcela

que exceder ao preço ou valor de

mercado dos aluguéis pagos a sócios ou

dirigentes de empresas e a seus parentes

ou dependentes, permanecendo a

indedutibilidade para fins de IRPJ.

(iii) Despesas de propaganda: Dedutibilidade

das despesas de propaganda que não

atendam às condições previstas no Art.

54 da Lei nº 4.506, de 1964, para fins de

CSLL e indedutibilidade para fins de IRPJ.

(iv) Royalties: Dedutibilidade dos valores de

royalties e assistência técnica, científica e

administrativa para fins de CSLL e

indedutibilidade, nos casos em que

determina², para fins de IRPJ, entre eles

o limite de dedutibilidade de até 5% do

valor da receita líquida de vendas de

produtos patenteados.

¹ A data de 1º de janeiro de 2015 para realização dos saldos de Adoção Inicial é aplicável para as pessoas jurídicas que

não fizeram a antecipação dos efeitos da Adoção Inicial para 1º de janeiro de 2014.

² As regras de dedutibilidade para fins de IRPJ estão previstas:

(i) nos Arts. 52 e 71, caput, alínea “a”, e parágrafo único, alíneas “c” a “g”, da Lei nº 4.506, de 1964;

(ii) no Art. 50 da Lei nº 8.383, de 1991;

(iii) no Art. 74, caput, da Lei nº 3.470, de 1958;

(iv) no Art. 12 da Lei nº 4.131, de 1962; e

(v) no Art. 6º do Decreto-Lei nº 1.730, de 1979.

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 86

Majoração da alíquota do IOF em

operações específicas – Decreto

nº 9.017/2017

Em 30 de março de 2017 foi publicado o

Decreto nº 9.017, instituindo o acréscimo da

alíquota adicional de 0,38% do IOF incidente

sobre determinadas operações de crédito; a

seguir destacamos as principais, cujas

operações estavam à alíquota zero

anteriormente, vejamos:

(i) operações em que figure como tomadora

cooperativa, observado o disposto no Art.

45, inciso I;

(ii) operações ligadas à exportação, bem

como de amparo à produção ou estímulo

à exportação;

(iii) operações relativas a empréstimo de

título público, quando esse permanecer

custodiado no Sistema Especial de

Liquidação e de Custódia (SELIC) e servir

de garantia prestada a terceiro na

execução de serviços e obras públicas;

(iv) operações relativas à transferência de

bens objeto de alienação fiduciária, com

sub-rogação de terceiro nos direitos e nas

obrigações do devedor, desde que

mantidas todas as condições financeiras

do contrato original;

(v) operações relativas ao adiantamento

sobre o valor de resgate de apólice de

seguro de vida individual e de título de

capitalização; e

(vi) operações resultantes de repasse de

recursos de fundo ou programa do

Governo Federal vinculado à emissão

pública de valores mobiliários, etc.

EFD-Reinf – Retenções na Fonte (IR,

CSLL, COFINS e PIS/PASEP)

A Instrução Normativa RBF nº 1.701, de 14 de

março de 2017, instituiu a Escrituração Fiscal

Digital de Retenções e outras Informações

Fiscais (EFD-Reinf).

Conforme informações divulgadas no site da

Receita Federal, a EFD-Reinf tem por objetivo

substituir a GFIP referente às informações

tributárias previdenciárias prestadas nesses

instrumentos e que não estão contempladas

no eSocial; em um momento posterior, o

intuito é que a EFD-Reinf substitua também a

Declaração do Imposto sobre a Renda Retido

na Fonte (DIRF).

A EFD-Reinf contém todas as retenções do

contribuinte sem relação com o trabalho, bem

como as informações sobre a receita bruta

para a apuração das contribuições

previdenciárias substituídas.

Entre as informações prestadas através da

EFD-Reinf, destacam-se aquelas associadas:

aos serviços tomados/prestados mediante

cessão de mão de obra ou empreitada (Art.

31 da Lei nº 8.212/91);

às retenções na fonte (IR, CSLL, COFINS e

PIS/PASEP) incidentes sobre os

pagamentos diversos efetuados a pessoas

físicas e jurídicas;

às empresas que se sujeitam à CPRB

(conforme a Lei nº 12.546/2011);

à comercialização da produção e à

apuração da contribuição previdenciária

substituída pelas agroindústrias e pelos

demais produtores rurais pessoa jurídica; e

aos recursos recebidos/repassados para

associação desportiva de equipe de futebol

e entidades promotoras de evento

profissional.

A EFD- Reinf terá a sua vigência:

a partir de 1º de janeiro de 2018, caso o

faturamento da pessoa jurídica no ano

2016 tenha sido superior a R$78 milhões;

ou

a partir de 1º de julho de 2018, caso o

faturamento da pessoa jurídica no ano

2016 tenha sido de até R$78 milhões.

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 87

O prazo mensal de envio será até o dia 20 do

mês subsequente, exceto para as entidades

promotoras de espetáculos desportivos, que

deverão transmitir as informações

relacionadas ao evento no prazo de até dois

dias úteis após a sua realização.

Por fim, destacamos que a RFB publicou, em

11 de setembro de 2017, Nota Técnica

informando que o evento da EFD-Reinf que

colherá informações a respeito de Retenções

na Fonte, denominado “R-2070 - Retenções

na Fonte - IR, CSLL, COFINS, PIS/PASEP”, não

estará disponível para o início da primeira

entrada em produção, em janeiro de 2018.

Dessa forma, apenas esse Registro não será

informado a partir de janeiro de 2018; os

demais deverão ser transmitidos nos moldes

previstos no Manual.

Prorrogação de prazo para a entrega do

RERCT

Em 30 de março de 2017, foi publicada a Lei

nº 13.428, para reabrir o prazo para a entrega

do RERCT pelo prazo de 120 dias.

O RERCT visa à declaração voluntária de

recursos, bens ou direitos de origem lícita, não

declarados ou declarados com omissão ou

incorreção, remetidos ou mantidos no

exterior, ou repatriados por residentes ou

domiciliados no país, existentes em data

anterior a 30 de junho de 2016.

O RERCT é aplicável aos residentes ou

domiciliados no Brasil em 31 de dezembro de

2014, e a declaração deverá conter:

identificação do declarante;

identificação dos bens, recursos, ou

direitos a serem regularizados;

valor, em real, dos bens, recursos, ou

direitos; e

declaração de que os bens, recursos, ou

direitos decorrem de atividade econômica

lícita.

A adesão ao RERCT dar-se-á pelo atendimento

das seguintes condições:

(i) apresentação de Declaração de

Regularização Cambial e Tributária

(Dercat), em formato eletrônico;

(ii) pagamento integral do imposto sobre a

renda à alíquota de 15% incidente sobre

o valor total em real dos recursos objeto

de regularização; e

(iii) pagamento integral da multa de

regularização em percentual de 135% do

imposto sobre a renda apurado.

Regulamentando a Lei nº 13.428, foi editada a

IN nº 1.704, em 31 de março de 2017,

estabelecendo como data-limite para adesão

ao RERCT até 31 de julho de 2017. O

pagamento integral do imposto e da multa,

mencionados nos itens (ii) e (iii) acima,

poderá ser efetuado até o último dia útil do

prazo para entrega do RERCT, qual seja: até o

dia 31 de julho de 2017.

Remessas a título de pagamento de Frete

Internacional ADI nº 04/2017

A RFB editou o Ato Declaratório Interpretativo

(ADI) nº 04, de 13 de abril de 2017, prevendo

que os rendimentos pagos, creditados,

entregues, empregados ou remetidos por

fonte situada no Brasil a pessoas jurídicas

residentes no exterior pela exploração de

serviços de transporte internacional serão

tributados conforme Acordo ou Convenção

para evitar a dupla tributação de renda.

Com esse ADI, não deverá haver incidência de

IRRF sobre serviços de transporte

internacional quando houver acordo para

evitar a dupla tributação.

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 88

Não aplicabilidade da informação das

remessas de juros de empréstimos no

Siscoserv IN nº 1.707/2017

Foi publicada a IN nº 1.707, de 17 de abril de

2017, para esclarecer que não deverão ser

informados no Siscoserv (obrigação instituída

por meio da IN nº 1.277, de 28 de junho de

2012) os valores dos juros decorrentes das

operações de empréstimos e financiamentos

realizadas entre residentes ou domiciliados no

Brasil e residentes ou domiciliados no exterior.

Ainda, esclarece a mencionada IN

nº 1.707/2017 que não devem ser aplicadas

multas pela não informação dos juros

atrelados a empréstimos, ainda que em

relação aos anos-calendário anteriores.

Parcelamento de débitos federais - PERT

Foi instituído, em 2017, o Programa Especial

de Regularização Tributária (PERT), para

parcelamento de débitos federais detidos por

pessoa física ou jurídica, de direito público ou

privado, no âmbito da Secretaria da Fazenda

Federal e/ou da Procuradoria-Geral da

Fazenda.

Tal parcelamento está disposto na Lei

nº 13.496, de 24 de outubro de 2017, e

regulamentado pela IN nº 1.711, de 16 de

junho de 2017.

A adesão ao PERT ocorrerá por meio de

requerimento efetuado até o dia 14 de

novembro de 2017, para os débitos

inadimplidos até 30 de abril de 2017,

abrangendo inclusive aqueles débitos objeto

de parcelamentos anteriores rescindidos ou

ativos, em discussão administrativa ou

judicial, ou provenientes de lançamentos de

ofício efetuados.

Os débitos abrangidos pelo PERT poderão ser

liquidados por meio da escolha do

contribuinte, com base na seleção de uma das

alternativas previstas pela legislação,

permitindo, inclusive, a utilização de créditos

de Prejuízo Fiscal e Base de Cálculo Negativa

de CSLL, ou de outros créditos próprios

relativos a tributo administrado pela RFB.

Os créditos de Prejuízo Fiscal e Base de

Cálculo Negativa de CSLL que podem ser

utilizados são aqueles apurados até 31 de

dezembro de 2015 e declarados até 29 de

julho de 2016, próprios ou de empresas

controladora e controlada, de forma direta ou

indireta.

As liquidações dos débitos poderão ser

efetuadas, a depender da opção escolhida pelo

contribuinte, com redução de multa e juros,

com percentuais que variam de 25% a 70%

de redução de multa e com percentuais que

variam de 50% a 90% de redução de juros,

conforme as previsões a seguir:

Dívida total igual ou inferior a R$15 milhões

1 - Pagamento à vista e em espécie de, no

mínimo, 20% do valor da dívida consolidada,

sem redução, em cinco parcelas, vencíveis de

agosto a dezembro de 2017, e do restante

com utilização de créditos de prejuízo fiscal e

base de cálculo negativa da CSLL, ou com

outros créditos próprios relativos a tributo

administrado pela RFB, podendo ser parcelado

o saldo remanescente em até cinco anos.

2 - Pagamento da dívida consolidada em até

120 prestações mensais e sucessivas,

calculadas mediante a aplicação dos seguintes

percentuais mínimos sobre o valor da dívida

consolidada:

a) da 1ª à 12ª prestação: 0,4%;

b) da 13ª à 24ª prestação: 0,5%;

c) da 25ª à 36ª prestação: 0,6%; e

d) da 37ª prestação em diante: percentual

correspondente ao saldo remanescente,

em até 84 prestações mensais e

sucessivas.

3 - Pagamento à vista e em espécie de, no

mínimo, 5% do valor da dívida consolidada,

sem redução, em cinco parcelas mensais e

sucessivas, vencíveis de agosto a dezembro

de 2017, e o restante:

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 89

a) liquidado integralmente em janeiro de

2018, em parcela única, com redução de

90% dos juros de mora e de 70% das

multas de mora, de ofício ou isoladas;

b) parcelado em até 145 parcelas mensais e

sucessivas, vencíveis a partir de janeiro de

2018, com redução de 80% dos juros de

mora e de 50% das multas de mora, de

ofício ou isoladas; ou

c) parcelado em até 175 parcelas mensais e

sucessivas, vencíveis a partir de janeiro de

2018, com redução de 50% dos juros de

mora e de 25% das multas de mora, de

ofício ou isoladas, sendo cada parcela

calculada com base no valor

correspondente a 1% da receita bruta da

pessoa jurídica, referente ao mês

imediatamente anterior ao do pagamento,

não podendo ser inferior a 1/175 do total

da dívida consolidada.

4 - Pagamento em espécie de, no mínimo,

24% da dívida consolidada em 24 prestações

mensais e sucessivas e liquidação do restante

com a utilização de créditos de prejuízo fiscal

e base de cálculo negativa da CSLL ou com

outros créditos próprios relativos aos tributos

administrados pela RFB.

Ainda, para os requerimentos de adesão

realizados até 14 de novembro de 2017, os

sujeitos passivos deverão recolher, em 2017,

no caso da opção prevista no item 1 acima, o

valor correspondente à antecipação a ser

quitado da seguinte forma:

a) até 14 de novembro de 2017, o valor

equivalente a 3% da dívida consolidada

sem reduções, referente às parcelas de

agosto, setembro e outubro de 2017;

b) até o último dia útil de novembro de 2017,

o valor equivalente a 1% da dívida

consolidada sem reduções, referente à

parcela de novembro de 2017; e

c) até o último dia útil de dezembro de 2017,

o valor equivalente a 1% da dívida

consolidada sem reduções, referente à

parcela de dezembro de 2017.

Já no caso da opção prevista no item 3 acima,

o valor equivalente à antecipação será quitado

da seguinte forma:

a) até 14 de novembro de 2017, o valor

equivalente a 3% da dívida consolidada

sem reduções, referente às parcelas de

agosto, setembro e outubro de 2017;

b) até o último dia útil de novembro de 2017,

o valor equivalente a 1% da dívida

consolidada sem reduções, referente à

parcela de novembro de 2017; e

c) até o último dia útil de dezembro de 2017,

o valor equivalente a 1% da dívida

consolidada sem reduções, referente à

parcela de dezembro de 2017.

Dívida total superior a R$15 milhões

As alternativas para quitação do débito a ser

parcelado são equivalentes. O item que se

altera é que, para as dívidas com valores

superiores a R$15 milhões, o item 3

corresponde à antecipação de 20% e não de

5% do valor da dívida, sem reduções.

Ainda, para os requerimentos de adesão

realizados até 14 de novembro de 2017, os

sujeitos passivos deverão recolher, em 2017,

no caso das opções previstas nos itens 1 e 3

acima:

a) até 14 de novembro de 2017, o valor

equivalente a 12% da dívida consolidada

sem reduções, referente às parcelas de

agosto, setembro e outubro de 2017;

b) até o último dia útil de novembro de 2017,

o valor equivalente a 4% da dívida

consolidada sem reduções, referente à

parcela de novembro de 2017; e

c) até o último dia útil de dezembro de 2017,

o valor equivalente a 4% da dívida

consolidada sem reduções, referente à

parcela de dezembro de 2017.

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 90

Compensação de IRRF sobre rendimentos

financeiros - IN nº 1.720/2017

A RFB publicou a IN nº 1.720, datada de 20

de julho de 2017, alterando a IN

nº 1.585/2015, que dispõe sobre o imposto de

renda incidente sobre os rendimentos e

ganhos líquidos auferidos nos mercados

financeiros e de capitais.

Foi estabelecido que as pessoas jurídicas

tributadas com base no lucro real podem

deduzir o Imposto sobre a Renda Retido na

Fonte (IRRF) no período de apuração em que

ocorrer a retenção do imposto mesmo que

parte dos rendimentos sobre os quais incidiu o

imposto tenha sido computada em períodos

anteriores em observância ao regime de

competência.

A IN dispõe, ainda, que as pessoas jurídicas

tributadas com base no lucro presumido ou

arbitrado somente devem adicionar os

rendimentos auferidos em um fundo de

investimento à medida que esses rendimentos

se submetam à incidência do IRRF.

Ato Declaratório Interpretativo nº 05 –

Débitos a serem parcelados via PERT

A RFB editou o Ato Declaratório Interpretativo

nº 05, de 17 de agosto de 2017, prevendo

que os débitos a serem consolidados no

Parcelamento PERT não se aplicam aos débitos

que haviam sido compensados via

PER/DCOMP, ainda que sob condição

resolutória de sua ulterior homologação.

Segundo interpretação do Ato Declaratório

Interpretativo, a retificação e o cancelamento

da declaração de compensação estão sujeitos

à admissibilidade e ao deferimento pela

Secretaria da Receita Federal do Brasil, nos

termos dos Arts. 106 a 113 da Instrução

Normativa RFB nº 1.717, de 17 de julho de

2017.

Dessa forma, o que se pretendeu evitar com o

Ato Declaratório Interpretativo é que as

pessoas jurídicas cancelassem PER/DCOMPs

referentes a débitos já compensados para que

migrassem esses débitos para o parcelamento

via PERT, considerando que a retificação e o

cancelamento da Declaração de Compensação

estão sujeitos à análise da RFB.

Estabelecimento da obrigatoriedade de

emissão de documento fiscal pelas

concessionárias operadoras de rodovia -

IN nº 1.731/2017

A partir de 1º de janeiro de 2018, com a

edição da IN nº 1.731, de 22 de agosto de

2017, foi instituída a obrigatoriedade da

emissão e do armazenamento eletrônico de

documento fiscal relativo ao serviço prestado

pelas pessoas jurídicas que aufiram receita de

prestação de serviços públicos de

concessionárias operadoras de rodovias

mediante a cobrança de pedágio.

O documento fiscal deverá ser impresso em

equipamento e software, homologados pela

Secretaria de Finanças do município onde se

localiza a praça de pedágio, ou, se houver

concordância por parte daquele município, a

homologação poderá ser efetivada pela

Secretaria de Finanças do município onde se

localiza a sede da concessionária.

Esse software deverá ser instalado:

(i) em cada cabine de arrecadação nas

praças de pedágio, para a emissão do

documento fiscal no momento da passagem

do veículo e do pagamento do pedágio; e

(ii) em cada dispositivo de sistema de livre

passagem de veículos, hipótese em que é

facultada a emissão do documento fiscal de

forma consolidada.

Se o documento fiscal relativo ao serviço

prestado pela concessionária não for emitido

na forma prevista acima, deverá esta emitir

documento fiscal equivalente, que deverá

conter, no mínimo:

(i) identificação do estabelecimento emissor

no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica

(CNPJ);

(ii) número sequencial do documento;

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 91

(iii) placa do veículo;

(iv) descrição dos serviços objeto da

operação, ainda que resumida ou por

códigos;

(v) local, data, horário e valor da operação;

(vi) valor dos tributos, discriminados na forma

prevista no Art. 1º da Lei nº 12.741, de 8

de dezembro de 2012; e

(vii) número de eixos para fins de cobrança.

Ainda, a concessionária deverá incluir o

número de inscrição no CNPJ ou no Cadastro

de Pessoas Físicas (CPF) do tomador de

serviço ou do consumidor, quando este o

solicitar.

Esses documentos fiscais deverão ser

discriminados na Escrituração Fiscal Digital da

Contribuição para os Programas de Integração

Social e de Formação do Patrimônio do

Servidor Público (PIS/Pasep), da Contribuição

para o Financiamento da Seguridade Social

(COFINS) e da Contribuição Previdenciária

sobre a Receita Bruta (CPRB) - EFD-

Contribuições.

Por fim, devem as concessionárias registrar,

nas escriturações digitais, conta analítica

contábil de receita de pedágio, de acordo com

o Plano de Contas do Manual de Contabilidade

do Serviço Público de Exploração da

Infraestrutura Rodoviária Federal, definido

pela Agência Nacional de Transportes

Terrestres (ANTT).

Cada conta analítica deverá conter:

(i) COD_CTA (código de conta analítica

contábil debitada/creditada) do registro

A170: Complemento do Documento -

Itens do Documento da EFD-

Contribuições; ou

(ii) COD_CTA (código da conta analítica

contábil representativa da receita

recebida) do registro F525: Composição

da Receita Escriturada no período -

Detalhamento da Receita Recebida pelo

Regime de Caixa da EFD-Contribuições,

no caso de a pessoa jurídica ser optante

pela apuração da Contribuição para o

PIS/Pasep e da COFINS pelo regime de

caixa.

Definição da base de cálculo do ganho de

capital – venda fracionada – IN

nº 1.732/2017

A RFB editou a IN nº 1.732, de 25 de agosto

de 2017, prevendo que, para fins de cômputo

do ganho de capital, na hipótese de alienação

em partes do mesmo bem ou direito, a partir

da segunda operação, desde que realizada até

o final do ano-calendário seguinte ao da

primeira operação, ele deve ser somado aos

ganhos auferidos nas operações anteriores,

para fins de apuração do imposto na forma

prevista no Art. 21 da IN nº 1.455/2014,

deduzindo-se o montante do imposto pago

nas operações anteriores.

Para esse fim, considera-se integrante do

mesmo bem ou direito o conjunto de ações ou

cotas de uma mesma pessoa jurídica.

Ainda, essa IN dispõe que deverá ser

observado o disposto em convenção para

evitar a dupla tributação e prevenir a evasão

fiscal em relação aos impostos sobre a renda

existentes no Brasil e no país de residência do

alienante.

Redução do benefício do Reintegra de 3%

para 2% no ano 2018

O Decreto nº 9.148, de 28 de agosto de 2017,

alterou o Decreto nº 8.415/2015, que

regulamenta a aplicação do Regime Especial

de Reintegração de Valores Tributários para as

Empresas Exportadoras (Reintegra), tendo a

alteração previsto a diminuição do benefício

do Reintegra de 3% para 2%, entre 1º de

janeiro de 2017 e 31 de dezembro de 2018.

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 92

Instituição de formulário digital para

Pedido de Acompanhamento de

Destruição de Bens – Ato Declaratório

COFIS nº 67/2017

A RFB, por meio do Ato Declaratório COFIS

nº 67, datado de 11 de outubro de 2017,

instituiu formulário digital para o Pedido de

Acompanhamento de Destruição de Bens.

A utilização desse formulário tem como

objetivo padronizar e facilitar a solicitação de

acompanhamento fiscal de destruição de bens,

como condição para se tratar dedutíveis, na

apuração do imposto de renda e da

contribuição social, as baixas de estoque por

destruição de bens obsoletos, invendáveis ou

danificados.

Conforme o disposto no Art. 291 do

Regulamento do Imposto de Renda (RIR),

Decreto nº 3.000/1999, esse formulário digital

será disponibilizado em formato pdf no sítio da

Receita Federal do Brasil na internet

http://www.receita.fazenda.gov.br, sob o

diretório “Serviços para a empresa”.

Receita Federal regulamenta efeitos

fiscais para novas normas contábeis -

IN nº 1.753/2017

A Receita Federal editou a IN nº 1.753, em 30

de outubro de 2017, dispondo sobre o

tratamento fiscal a ser atribuído para as

seguintes alterações nos procedimentos

contábeis promulgados após a edição da Lei

nº 12.973/2014:

(i) da Revisão de Pronunciamentos Técnicos

nº 09, divulgada em 22 de dezembro de

2016 pelo Comitê de Pronunciamentos

Contábeis (CPC): a RFB previu que a

pessoa jurídica que utilizar taxa de

câmbio diversa da publicada no Banco

Central do Brasil, na elaboração de suas

demonstrações financeiras, e optar pelo

regime de competência da variação

cambial deverá fazer os ajustes na

apuração do IRPJ/CSLL para tributar o

efeito da variação cambial com base nas

taxas cambiais publicadas pelo Banco

Central;

(ii) das disposições do Art. 6º da Resolução

do Conselho Monetário Nacional (CMN)

nº 4.512, de 28 de julho de 2016,

relativas ao reconhecimento contábil da

Provisão Passiva para Garantias

Financeiras Prestadas: a RFB previu a

neutralidade desse ajuste para fins de

IRPJ/CSLL, devendo ser adicionados ou

excluídos os efeitos relacionados à

Provisão Passiva para Garantias

Financeiras Prestadas; e

(iii) das disposições da Resolução do Conselho

Monetário Nacional (CMN) nº 4.524, de

29 de setembro de 2016, relativas ao

reconhecimento dos efeitos das variações

cambiais resultantes da conversão de

transações em moeda estrangeira e de

demonstrações financeiras de investidas

no exterior e às operações de hedge de

variação cambial de investimentos no

exterior: a RFB previu a neutralidade

desse ajuste para fins de IRPJ/CSLL

referente às instituições financeiras e

demais entidades autorizadas a funcionar

no que tange ao efeito da variação

cambial dos investimentos no exterior.

Início do prazo prescricional para

satisfação de crédito tributário –

suspensão da liminar - STJ

O STJ, em sede do julgamento dos Embargos

de Divergência EAREsp nº 407940, manifestou

entendimento jurisprudencial de que,

revogada, suspensa ou cassada a medida

liminar ou denegada a ordem pelo juiz ou pelo

tribunal, nada impede a Fazenda Nacional de

obter a satisfação do crédito tributário,

retomando-se o curso do prazo prescricional,

ainda que pendente exame de recurso sem

eficácia suspensiva, conforme o Art. 151 do

Código Tributário Nacional (CTN).

Dessa forma, ficou definido que o início do

prazo de prescrição tributária para a Fazenda

é contado após a revogação da liminar que

suspendeu a exigibilidade do crédito tributário.

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 93

atuação da Receita Federal do Brasil

(RFB) tem se tornado mais célere e

ampla nos últimos anos, em virtude da

informatização.

Esse processo de informatização é decorrente,

essencialmente, dos seguintes fatores:

(i) Da consolidação do processo de

instituição de obrigações acessórias a

serem transmitidas pelos contribuintes

via internet, em formato digital; e

(ii) Do desenvolvimento de ferramentas

tecnológicas por parte da RFB que

viabilizam a fiscalização célere e efetiva,

trazendo, inclusive, cruzamentos

eletrônicos realizados de forma

automatizada.

Em decorrência dessa informatização e do

investimento interno da RFB, o processo de

fiscalização tem sido aperfeiçoado, o que pode

ser constatado pela evolução do grau de

aderência das Autuações Fiscais:

Fonte: Plano Anual de Fiscalização 2017.

No ano 2016 a quantidade de fiscalizações

julgadas improcedentes foi inferior a 0,1% do

total lançado e autuado pela RFB.

Um dado relevante é que, no decorrer dos

anos, houve uma redução significativa das

auditorias realizadas in loco, que representam

apenas 2,7% do total, enquanto as auditorias

por meio eletrônico, realizadas a partir da

revisão das declarações, representaram

97,3% das fiscalizações em 2016, com

crescimento de quase 10% nesse último ano

de 2016.

Veja quadro demonstrativo da evolução da

fiscalização realizada a distância, ao longo dos

anos:

A

Fiscalização Eletrônica – Estudos de

Caso Por Marcelo Natale e Gustavo Rotta, sócios da área de Consultoria Tributária da Deloitte, com colaboração de Renato Crespo e Stela Fonseca, gerentes da área de Consultoria Tributária da Deloitte

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 94

Fonte: Compilação do Plano Anual de Fiscalização 2014 a 2017.

Esse processo de informatização foi acentuado

desde 2007, como parte do Programa de

Aceleração do Crescimento do Governo

Federal (PAC 2007-2010), quando a RFB criou

o ambiente do Sistema Público de Informação

Digital (SPED).

Esse ambiente tem por objetivo instituir

obrigações acessórias que passaram a ter os

seus dados divulgados de forma ampla às

esferas federais, estaduais ou municipais.

Ainda, com o objetivo inicial de aumentar a

precisão das informações providas mas

também com finalidade arrecadatória, foi

editada em 2013 a Lei nº 12.873. Ela passou

a majorar a penalidade pela informação

incorreta, inconsistente ou omitida equivalente

a 3% do valor das transações comerciais ou

das operações financeiras no caso de omissão,

inexatidão ou incorreção das informações nas

obrigações acessórias do ambiente SPED.

Essa penalidade pode trazer grandes

consequências para os contribuintes quanto à

autuação por informação incorreta nos últimos

anos, o que também foi acompanhado por um

crescimento nas fiscalizações atreladas às

informações providas nas obrigações

acessórias.

Neste contexto, considerando a celeridade no

processamento de informações eletrônicas e a

previsão legal de aplicação de multa por

informação incorreta em obrigações

acessórias, trazemos a seguir resultados

importantes decorrentes de casos práticos de

fiscalizações eletrônicas nos últimos anos.

Destacamos alguns casos em que a atuação

do Fisco foi fundamentada essencialmente no

cruzamento de obrigações acessórias:

(i) Armazém-geral (remessa e retorno)

Contextualização: O contribuinte realizava

operações com armazém-geral destinando as

mercadorias para posterior venda a cliente.

Apesar da desoneração das operações (não

incidência) de remessa para armazém-geral, a

legislação determina o retorno real ou

simbólico dos itens.

Na prática, o contribuinte, quando da venda,

não realizava o retorno real ou simbólico da

mercadoria, emitindo a nota fiscal com a

informação de que a mercadoria estava saindo

de seu estabelecimento para o destinatário

final diretamente, sem prévio retorno

simbólico para o estabelecimento da

sociedade.

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 95

Procedimento adotado pelo Fisco: Foi

identificada automaticamente a divergência

dos saldos de estoques, gerando intimação

para apresentação de documentos e

justificativa das diferenças.

Resultado da Fiscalização: Na autuação o Fisco

presumiu a realização de operação sem

emissão de notas fiscais.

(ii) Não escrituração de documentos

fiscais

Contextualização: O contribuinte não possuía

sistemas, processos e controles rígidos para

recebimento, escrituração e guarda de

arquivos XML (notas fiscais).

A Legislação do Estado de São Paulo prevê a

penalidade de 10% do valor da operação pela

não escrituração de documento fiscal,

independentemente da quitação do principal.

Procedimento adotado pelo Fisco: O fiscal

pesquisou os XMLs emitidos contra o

estabelecimento do contribuinte em São Paulo

e fez o cruzamento desses dados com o SPED

fiscal.

Resultado da Fiscalização: Autuação sobre as

notas fiscais não escrituradas no SPED fiscal.

(iii) Divergência entre o total de receitas

informadas na DIPJ (Ficha 07A) versus o

total das receitas mensais informadas na

DACON (Saldos Acumulados)

Contextualização: O contribuinte não adotava

procedimentos de revisão e validação de

obrigações acessórias. Além disso, durante o

próprio ano-calendário, o contribuinte realizou

algumas mudanças em seu Plano de Contas

Contábil e ERP.

Procedimento adotado pelo Fisco: Foi efetuado

o cruzamento eletrônico entre as informações

presentes na DIPJ (Receitas Tributadas –

Ficha 07A) x DACON (Fichas 7A/B e 17A/B),

resultando em:

identificação automática de divergência dos

saldos; e

intimação para apresentação de

documentos e justificativa das diferenças.

Resultado da Fiscalização: Na autuação o Fisco

considerou a ECD “imprestável” e efetuou o

arbitramento do lucro.

(iv) Informações incorretas, inexatas ou

omitidas na ECF

Contextualização: O contribuinte não efetuou

o preenchimento da ECF de forma consistente

e “razoável”.

Procedimento adotado pelo Fisco: A

fiscalização que inicialmente tinha por objetivo

a avaliação de uma reestruturação societária

identificou em sua base que a ECF não tinha

informações suficientes.

O fiscal intimou o contribuinte a apresentar as

informações completas e este, por sua vez,

retificou a escrituração dentro do prazo

estabelecido em intimação.

Resultado da Fiscalização: Autuação por

omissão de informações na ECF com valores

determinados através da comparação das

informações da ECF original x ECF retificadora

apresentada pelo contribuinte (redução da

penalidade em 50% pelo fato de o

contribuinte ter cumprido o prazo estabelecido

pela fiscalização).

(v) Ganho de capital de não residente

Contextualização: O Contribuinte realizou

operação de compra de uma empresa no

Brasil, cujo acionista está sediado no exterior.

A empresa efetuou o pagamento via DARF do

ganho de capital do não residente, porém

deixou de efetuar a entrega das obrigações

acessórias (DCTF e DIRF) relacionadas a essa

operação.

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 96

Procedimento adotado pelo Fisco: Por meio do

código de pagamento do DARF, o Fisco

identificou a necessidade de entrega das

obrigações acessórias.

Resultado da Fiscalização: Autuação pela não

entrega das obrigações acessórias e

necessidade de o contribuinte entregar as

obrigações acessórias.

(vi) Realização dos cálculos de preços de

transferência

Contextualização: Durante processo de

fiscalização de preços de transferência foram

solicitadas várias informações contábeis e

fiscais, tais como compras, vendas, ordens de

produção, inventários, cadastros, custos, etc.

Procedimento adotado pelo Fisco: O Fisco

efetuou o confronto dos ajustes calculados

pelo contribuinte com os ajustes obtidos pelo

fiscal, bem como o confronto entre as

quantidades movimentadas em estoque com

as quantidades vendidas, utilizando como

base as informações de vendas, os livros de

inventário e a tabela do Siscomex.

Resultado da Fiscalização: Na autuação o Fisco

presumiu a existência de vendas sem emissão

de notas fiscais por conta das diferenças

apuradas entre a movimentação de estoque e

as saídas dos produtos.

1 Especificamente para a ECF a penalidade de 3% aplica-se sobre o valor omitido, inexato ou incorreto, sem

qualquer menção a ‘transação comercial ou operação financeira’.

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 97

Assuntos relativos aos tributos indiretos

Exclusão do ICMS da base de cálculo do

PIS e da COFINS

Em março de 2017, o STF decidiu que a

inclusão do ICMS na base de cálculo da

contribuição para o PIS e da COFINS é

inconstitucional, uma vez que não constitui o

conceito de faturamento, conforme ementa

abaixo:

EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM

REPERCUSSÃO GERAL. EXCLUSÃO DO ICMS

NA BASE DE CÁLCULO DO PIS E COFINS.

DEFINIÇÃO DE FATURAMENTO. APURAÇÃO

ESCRITURAL DO ICMS E REGIME DE NÃO

CUMULATIVIDADE. RECURSO PROVIDO. 1.

Inviável a apuração do ICMS tomando-se cada

mercadoria ou serviço e a correspondente

cadeia, adota-se o sistema de apuração

contábil. O montante de ICMS a recolher é

apurado mês a mês, considerando-se o total

de créditos decorrentes de aquisições e o total

de débitos gerados nas saídas de mercadorias

ou serviços: análise contábil ou escritural do

ICMS. 2. A análise jurídica do princípio da não

cumulatividade aplicado ao ICMS há de

atentar ao disposto no Art. 155, § 2º, inc. I,

da Constituição da República, cumprindo-se o

princípio da não cumulatividade a cada

operação. 3. O regime da não cumulatividade

impõe concluir, conquanto se tenha a

escrituração da parcela ainda a se compensar

do ICMS, não se incluir todo ele na definição

de faturamento aproveitado por este Supremo

Tribunal Federal. O ICMS não compõe a base

de cálculo para incidência do PIS e da

COFINS. 3. Se o Art. 3º, § 2º, inc. I, in fine,

da Lei nº 9.718/1998 excluiu da base de

cálculo daquelas contribuições sociais o ICMS

transferido integralmente para os Estados,

deve ser enfatizado que não há como se

excluir a transferência parcial decorrente do

regime de não cumulatividade em

determinado momento da dinâmica das

operações. 4. Recurso provido para excluir o

ICMS da base de cálculo da contribuição ao

PIS e da COFINS.

(RE 574706, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA,

Tribunal Pleno, julgado em 15 de março de

2017, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-223

DIVULG 29-09-2017 PUBLIC 02-10-2017)

A discussão sobre a exclusão do ICMS da base

de cálculo do PIS e da COFINS foi considerada

como “repercussão geral” pelo STF e, caso

seja objeto de Súmula Vinculante, o Judiciário

e a Receita Federal do Brasil ficarão obrigados

a seguir esse entendimento para todos os

contribuintes.

Essa linha de raciocínio também pode ser

aplicada para excluir o ISS da base de cálculo

das citadas contribuições, embora não tenha

sido abordado na citada ação judicial.

Em novembro de 2017, a Fazenda Nacional

apresentou embargos de declaração

requerendo, entre outros, o esclarecimento do

conceito de “receita bruta” e a modulação dos

efeitos da decisão, que ainda não foi

apreciada. Ou seja, o STF ainda poderá indicar

um prazo para que a decisão favorável possa

ser aplicada aos contribuintes, incluindo

aqueles que tenham ação em andamento.

Lei Complementar nº 157/2016 –

alterações significativas para o ISS

A Lei Complementar (LC) nº 157/2016,

publicada em 30 de dezembro de 2016, altera

a Lei Complementar nº 116/2003 trazendo

mudanças significativas acerca do ISS, como o

local de incidência do imposto, alíquota

mínima para tributação e inclusão de serviços

no rol dos tributáveis.

Em regra, o ISS é devido no local do

estabelecimento prestador ou, na falta do

estabelecimento, no local do domicílio do

prestador, com exceção dos serviços

elencados no Art. 3º da LC nº 116/2003, que

foi alterada para inclusão dos seguintes

serviços, em que o imposto será devido no

local:

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 98

“XII - do florestamento, reflorestamento,

semeadura, adubação, reparação de solo,

plantio, silagem, colheita, corte,

descascamento de árvores, silvicultura,

exploração florestal e serviços congêneres

indissociáveis da formação, manutenção e

colheita de florestas para quaisquer fins e por

quaisquer meios;

XVI - dos bens, dos semoventes ou do

domicílio das pessoas vigiados, segurados ou

monitorados, no caso dos serviços descritos

no subitem 11.02 da lista anexa;

XIX - do Município onde está sendo executado

o transporte, no caso dos serviços descritos

pelo item 16 da lista anexa;

XXIII - do domicílio do tomador dos serviços

dos subitens 4.22, 4.23 e 5.09; (Partes

mantidas)

XXIV - do domicílio do tomador do serviço no

caso dos serviços prestados pelas

administradoras de cartão de crédito ou débito

e demais descritos no subitem 15.01;

XXV - do domicílio do tomador dos serviços

dos subitens 10.04 e 15.09.”

A nova LC dispõe ainda que a alíquota mínima

do ISS é de 2%, não podendo ser objeto de

concessão de qualquer benefício que resulte,

direta ou indiretamente, em carga tributária

menor que a decorrente da aplicação da

alíquota mínima citada, exceto para os

serviços a que se referem os subitens 7.02,

7.05 e 16.01 da lista.

Por fim, foram incluídos alguns serviços na

lista anexa à LC nº 116/2016 e que ficarão

sujeitos à incidência do ISS, quais sejam:

“1.03 - Processamento, armazenamento ou

hospedagem de dados, textos, imagens,

vídeos, páginas eletrônicas, aplicativos e

sistemas de informação, entre outros

formatos, e congêneres.

1.04 - Elaboração de programas de

computadores, inclusive de jogos eletrônicos,

independentemente da arquitetura construtiva

da máquina em que o programa será

executado, incluindo tablets, smartphones e

congêneres.

1.09 - Disponibilização, sem cessão definitiva,

de conteúdos de áudio, vídeo, imagem e texto

por meio da internet, respeitada a imunidade

de livros, jornais e periódicos (exceto a

distribuição de conteúdos pelas prestadoras de

Serviço de Acesso Condicionado, de que trata

a Lei nº 12.485, de 12 de setembro de 2011,

sujeita ao ICMS).

6.06 - Aplicação de tatuagens, piercings e

congêneres.

7.16 - Florestamento, reflorestamento,

semeadura, adubação, reparação de solo,

plantio, silagem, colheita, corte e

descascamento de árvores, silvicultura,

exploração florestal e dos serviços congêneres

indissociáveis da formação, manutenção e

colheita de florestas, para quaisquer fins e por

quaisquer meios.

11.02 - Vigilância, segurança ou

monitoramento de bens, pessoas e

semoventes.

13.05 - Composição gráfica, inclusive

confecção de impressos gráficos,

fotocomposição, clicheria, zincografia,

litografia e fotolitografia, exceto se destinados

a posterior operação de comercialização ou

industrialização, ainda que incorporados, de

qualquer forma, a outra mercadoria que deva

ser objeto de posterior circulação, tais como

bulas, rótulos, etiquetas, caixas, cartuchos,

embalagens e manuais técnicos e de

instrução, quando ficarão sujeitos ao ICMS.

14.05 - Restauração, recondicionamento,

acondicionamento, pintura, beneficiamento,

lavagem, secagem, tingimento,

galvanoplastia, anodização, corte, recorte,

plastificação, costura, acabamento, polimento

e congêneres de objetos quaisquer.

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 99

14.14 - Guincho intramunicipal, guindaste e

içamento.

16.01 - Serviços de transporte coletivo

municipal rodoviário, metroviário, ferroviário e

aquaviário de passageiros.

16.02 - Outros serviços de transporte de

natureza municipal.

17.25 - Inserção de textos, desenhos e outros

materiais de propaganda e publicidade, em

qualquer meio (exceto em livros, jornais,

periódicos e nas modalidades de serviços de

radiodifusão sonora e de sons e imagens de

recepção livre e gratuita).

25.02 - Translado intramunicipal e cremação

de corpos e partes de corpos cadavéricos.

25.05 - Cessão de uso de espaços em

cemitérios para sepultamento.”

Para os serviços de streaming ainda há

bastante discussão sobre se devem ser

enquadrados no fato gerador do ISS, nos

termos da Lei Complementar nº 157, ou do

ICMS, nos termos do Convênio ICMS

nº 106/2017. Desse modo, a guerra fiscal

entre os Estados e Municípios pela tributação

dos citados serviços ainda não acabou e essa

problemática ainda está carente de definições.

Os softwares padronizados e o Convênio

ICMS nº 106/2017

Foi publicado em 5 de outubro de 2017 o

Convênio nº 106/2017, que disciplina os

procedimentos de cobrança do ICMS incidente

nas operações com bens e mercadorias

digitais, tais como softwares, programas,

jogos eletrônicos, aplicativos, arquivos

eletrônicos e congêneres, que sejam

padronizados, ainda que tenham sido ou

possam ser adaptados, comercializadas por

meio de transferência eletrônica de dados.

Concede ainda isenção nas citadas operações

anteriores à saída destinada ao consumidor

final, ocasião em que o ICMS saídas internas e

nas importações realizadas por meio de site

ou de plataforma eletrônica que efetue a

venda ou a disponibilização, ainda que por

intermédio de pagamento periódico, de bens e

mercadorias digitais mediante transferência

eletrônica de dados, na unidade federada

onde é domiciliado ou estabelecido o

adquirente do bem ou da mercadoria digital.

O contribuinte do ICMS, nessas ocasiões, será

a pessoa jurídica detentora de site ou de

plataforma eletrônica que realize a venda ou a

disponibilização, ainda que por intermédio de

pagamento periódico, de bens e mercadorias

digitais mediante transferência eletrônica de

dados, devendo inscrever-se nas unidades

federadas em que praticar as saídas internas

ou de importação destinadas a consumidor

final. Para tanto, deverá ainda emitir a Nota

Fiscal Eletrônica (“NF-e”), modelo 55, para

suportar a operação.

Ressaltamos que o Convênio entra em vigor

em 1º de abril de 2018, mas ainda há

inúmeras discussões sobre o tema, uma vez

que há correntes doutrinárias que defendem

que esse tipo de operação com software,

mesmo que não customizável, não constitui

efetivamente circulação de mercadoria, uma

vez que não haveria, nesses casos, a

transferência da propriedade intelectual, mas

tão somente uma licença ou cessão de uso,

devendo ser tributável pelo ISS, como dispõe

a Lei Complementar nº 157/2016.

NF-e 4.0

A Nota Técnica 2016.002 v.1.40 trouxe

alterações ao layout da Nota Fiscal Eletrônica,

que irá entrar em sua versão 4.0.

Para tanto, as empresas deverão cumprir com

os prazos de implementação da nova versão,

que são:

Ambiente de homologação – 3 de julho de

2017.

Ambiente de produção – 6 de novembro de

2017.

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 100

Entre as inúmeras mudanças técnicas,

podemos ressaltar as seguintes:

Campo de forma de pagamento: forma de

pagamento utilizada pelo cliente de forma

mais detalhada, com as seguintes opções:

“dinheiro”, “cartão de crédito”, “cartão de

débito” ou “cheque”.

Campo Indicador de presença: inserção da

opção 5 (operação presencial, fora do

estabelecimento, utilizada no caso de

venda ambulante).

Campo Informações do transporte:

inserção de mais duas modalidades de

frete: “transporte próprio por conta do

remetente” e “transporte próprio por conta

do destinatário”.

Rastreabilidade de produtos: inserção de

informações mais detalhadas, como

detalhamento do produto, número de lote,

quantidade do produto, data de fabricação

e data de validade.

Código ANVISA: código ANVISA para

medicamentos.

Alteração nas regras de validação.

Ressaltamos que em 2 de abril de 2018 o

layout 3.1 será desativado e as empresas só

poderão emitir a NFe no layout 4.0.

Convênio ICMS nº 52/2017 e a

uniformização do ICMS-ST

Foi publicado em 28 de abril de 2017 o

Convênio ICMS nº 52/2017, que dispõe sobre

as normas gerais aplicadas aos regimes de

substituição tributária e de antecipação do

ICMS com encerramento de tributação,

relativos às operações subsequentes,

instituídas por convênios ou protocolos

firmados entre os Estados e o Distrito Federal.

Desse modo, os Convênios que até então

discorriam sobre o ICMS-ST foram revogados,

quais sejam: Convênio ICMS nº 81/93,

nº 70/97, nº 35/11, nº 92/15 e nº 149/15.

Não foram, todavia, revogados os convênios

que tratam de energia elétrica, combustíveis e

lubrificantes, sistema de venda porta a porta e

veículos automotores cujas operações sejam

efetuadas por meio de faturamento direto

para consumidor, em face da sua

peculiaridade.

Visualiza-se que o principal objetivo do

Convênio é uniformizar os procedimentos e

centralizar as informações concernentes ao

ICMS devido por substituição tributária, sendo

as principais novidades:

O regime de substituição tributária nas

operações interestaduais dependerá de

acordo específico celebrado pelas unidades

federadas interessadas e, a critério da

unidade federada de destino, dependerá,

ainda, de ato do Poder Executivo para

internalizar o acordo.

O regime de substituição tributária não se

aplica às transferências interestaduais

promovidas entre estabelecimentos do

remetente, exceto quando o destinatário

for estabelecimento varejista.

Nas hipóteses de inaplicabilidade da

substituição tributária, deverá ser

informado no campo “Informações

Complementares” do documento fiscal que

acobertar a operação o embasamento legal

para não aplicação do regime.

Estabelecimento de regras para fixação da

MVA.

O contribuinte remetente que promover

operações interestaduais com bens e

mercadorias especificadas em convênio ou

protocolo que disponha sobre o regime de

substituição tributária será o responsável,

na condição de sujeito passivo por

substituição, pela retenção e pelo

recolhimento do ICMS relativo às

operações subsequentes devido à unidade

federada de destino, mesmo que o imposto

tenha sido retido anteriormente, salvo

disposição em contrário prevista na

legislação da unidade destinatária.

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 101

O imposto devido por substituição

tributária integra a correspondente base de

cálculo, inclusive na hipótese de

recolhimento do imposto correspondente à

diferença entre a alíquota interna da

unidade federada de destino e a alíquota

interestadual.

Possibilidade de ressarcimento pelo

contribuinte mediante emissão de NF-e

exclusiva para esse fim, em nome de

qualquer estabelecimento fornecedor,

inscrito como substituto tributário, do

ICMS-ST já recolhido anteriormente nas

operações interestaduais com bens e

mercadorias já alcançadas pelo regime de

substituição tributária, que deverá ser

previamente autorizado pelo órgão

fazendário do Estado do contribuinte.

Dever de as unidades federadas revisarem

os convênios e protocolos que tratam do

regime de substituição tributária do ICMS

relativo às operações subsequentes,

vigentes na data de publicação desse

Convênio, a fim de reduzir o número de

acordos por segmento.

O citado Convênio terá vigência: a partir de 1º

de maio de 2017 em relação à necessidade de

diminuição dos convênios e protocolos por

segmento; em relação à obrigatoriedade do

CEST: 1º de julho de 2017 para a indústria e

o importador, 1º de outubro de 2017 para o

atacadista e 1º de abril de 2018 para os

demais segmentos econômicos; e 1º de

janeiro de 2018 para os demais dispositivos.

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 102

ancionada em 13 de julho de 2017

pelo presidente Michel Temer, a

Reforma Trabalhista entrou em vigor

em 11 de novembro de 2017, tendo

como objetivo central a valorização da

negociação coletiva e a adequação da

legislação perante as novas relações de

trabalho.

Entre as disposições da nova lei, além dos

diversos artigos incluídos, alterados ou

revogados na Consolidação das Leis do

Trabalho (CLT), que é o principal instrumento

legal trabalhista brasileiro, também houve

alteração no texto normativo de outras leis

que norteiam as relações de trabalho, tais

como a Lei nº 6.019/1974 (Temporários e

Terceirização), Lei nº 8.036/1990 (FGTS) e Lei

nº 8.212/1991 (INSS).

As mudanças abarcadas pela nova lei

impactam diretamente o dia a dia das

empresas e dos empregados, além dos

sindicatos, fiscais do trabalho e operadores do

direito, que precisam se adaptar frente à nova

realidade. Destacamos abaixo as principais

alterações decorrentes da Lei nº 13.467/2017:

prevalência do negociado sobre o

legislado;

adesão facultativa da contribuição sindical

por empregados e empregadores;

possibilidade de extinção do contrato de

trabalho por mútuo acordo;

não obrigatoriedade da homologação no

sindicato representativo da categoria;

regulamentação do teletrabalho (home

office) e do trabalho intermitente;

possibilidade de fracionamento das férias

em até três períodos;

definição de preposto não empregado para

audiência de julgamento;

regramento de honorários de sucumbência

e danos extrapatrimoniais;

adesão de cláusula de arbitragem para

empregados não hipossuficientes; e

elaboração de termo de quitação anual

entre empregados e empregadores, entre

outros.

As alterações advindas da Reforma

Trabalhista, além de possibilitarem

negociações mais flexíveis entre empregados

e empregadores em diversos aspectos, não

modificam os direitos fundamentais dos

trabalhadores, tais como salário mínimo,

seguro desemprego, Fundo de Garantia do

Tempo de Serviço (FGTS), 13º salário, férias e

respectivo 1/3 constitucional, licença-

maternidade e paternidade, hora extra de no

mínimo 50% e aviso prévio proporcional.

Outro aspecto relevante refere-se à crescente

mobilização digital no universo corporativo. A

Reforma Trabalhista tende a corroborar a

mudança da relação entre profissionais e

empresas, exigindo mais inovação e

flexibilidade de ambas as partes. Desde a

contratação, por exemplo, aspectos atinentes

a jornada de trabalho, possibilidade de

redução do horário intrajornada ou até mesmo

adoção de trabalho via home office serão tão

importantes quanto o pacote de remuneração

ofertado.

Perante todas as regras e inovações trazidas,

ainda que sujeitas a aprimoramentos, é

importante que as empresas acompanhem os

posicionamentos que serão adotados pelo

judiciário, para que as implementações de

eventuais oportunidades decorrentes da Lei

nº 13.467/2017 sejam adotadas com maior

segurança jurídica.

S

Reforma Trabalhista – Lei nº 13.467/2017

Por Fernando Azar, sócio da área de Consultoria Tributária da Deloitte, com colaboração de Rodrigo Madureira, gerente da área de Consultoria Tributária da Deloitte

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 103

Assuntos tributários sobre questões

trabalhistas e previdenciárias

Publicada a versão 2.4 do leiaute do

eSocial

Em 15 de setembro de 2017, o Comitê Gestor

do eSocial publicou no Diário Oficial da União

(DOU), por meio da Resolução CG-eSocial

nº 11/2017, a versão 2.4 do leiaute do

eSocial.

A nova versão do eSocial abrange algumas

melhorias e correções, além das alterações

trabalhistas trazidas pela Lei nº 13.467, de 13

de julho de 2017, mais conhecida como

“Reforma Trabalhista”.

Entre as modificações realizadas nesse novo

leiaute, destacamos as seguintes:

(i) Informações acerca da interação do

eSocial com a EFD-Reinf.

(ii) Melhores detalhamentos das condições

para acesso ao sistema e informações

técnicas (resumo, estrutura dos registros,

regras de envio e formato XML).

(iii) Alterações em parametrizações de alguns

eventos em decorrência da aplicação da

Lei nº 13.467/2017, por exemplo:

a) Evento S-2299 – alteração da

validação, incluindo a rescisão

contratual por acordo entre as partes;

b) Evento S-1210 – inserção dos campos

referentes ao pagamento de férias

com informação de categoria, data de

início e quantidade de dias;

c) Eventos S-2200 e S-2206 – alteração

e inclusão de informações referentes

ao contrato em tempo parcial; e

d) Evento S-2260 – criado para

informação de prestação de trabalho

intermitente.

A plataforma de produção restrita do eSocial

já está à disposição dos empregadores desde

1º de agosto de 2017. A utilização do

ambiente de testes é uma importante

ferramenta colocada à disposição das

empresas, permitindo o aperfeiçoamento dos

sistemas internos para o atendimento a essa

obrigação fiscal.

A plataforma de produção restrita do eSocial

já está à disposição dos empregadores desde

1º de agosto de 2017. A utilização do

ambiente de testes é uma importante

ferramenta colocada à disposição das

empresas, permitindo o aperfeiçoamento dos

sistemas internos para o atendimento a essa

obrigação fiscal.

A versão 2.4, com as principais alterações

efetuadas nos leiautes, nas tabelas e nas

regras de validação, está disponível no

seguinte endereço eletrônico: <

http://portal.esocial.gov.br/manuais >.

A seguir, o cronograma de início do envio dos

eventos do eSocial:

Janeiro de 2018: Implantação do eSocial

obrigatório para os empregadores e

contribuintes com faturamento no ano

2016 acima de R$78.000.000,00.

Julho de 2018: Implantação do eSocial

obrigatório para os demais empregadores e

contribuintes.

Publicação da Instrução Normativa RFB

nº 1.730/2017

Em 15 de agosto de 2017, a Receita Federal

do Brasil (RFB) publicou a Instrução

Normativa (IN) nº 1.730/2017, alterando a IN

RFB nº 925/2009.

A IN nº 1.730/2017 trouxe algumas alterações

na forma como as microempresas e empresas

de pequeno porte, optantes pelo sistema

tributário “Simples Nacional” e que exercem

as atividades tributadas na forma prevista nos

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 104

Anexos IV e V da Lei Complementar

nº 123/2006 (cuja alíquota comum do

“Simples Nacional” não contempla a

Contribuição Previdenciária Patronal (CPP),

que deverá ser recolhida segundo a legislação

prevista para os demais contribuintes),

deverão efetuar as declarações das

informações em Guia de Recolhimento do

Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e

Informações à Previdência Social (GFIP).

Em suma, a IN nº 1.730/2017 determinou os

seguintes critérios para os recolhimentos das

contribuições previdenciárias devidas pelas

microempresas e empresas de pequeno porte:

(i) Até a competência maio de 2016, a GPS

gerada pelo SEFIP deverá ser

desprezada, e os valores de INSS

efetivamente devidos (incluindo a

incidência sobre o aviso prévio

indenizado e 13º salário indenizado)

deverão ser preenchidos manualmente

na GPS e recolhidos.

(ii) A partir de junho de 2016, a GPS gerada

pelo SEFIP poderá ser utilizada para o

recolhimento do INSS, não devendo ser

computada no cálculo da contribuição

devida a incidência sobre o aviso prévio

indenizado.

Para efeito de informação em GFIP, ocorreram

as seguintes alterações:

(i) Até a competência maio de 2016, os

valores de aviso prévio indenizado

deverão ser informados na competência

em que o empregado for desligado,

somadas as demais verbas rescisórias, e

deverão compor a base de cálculo das

contribuições previdenciárias.

(ii) A partir de junho de 2016, o aviso prévio

indenizado não deverá compor a base de

cálculo das contribuições previdenciárias,

exceto na base de cálculo das

contribuições incidentes sobre o 13º

salário, pelo valor correspondente a 1/12

do valor do aviso prévio indenizado.

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 105

pós inúmeras discussões acerca da

“guerra fiscal” e de como solucioná-

la, foi publicada em 8 de agosto de

2017 a Lei Complementar nº 160.

Essa Lei dispõe sobre convênio que

permite aos Estados e ao Distrito Federal

deliberarem sobre a remissão dos créditos

tributários, constituídos ou não, decorrentes

das isenções, dos incentivos e dos benefícios

fiscais ou financeiro-fiscais instituídos fora do

âmbito do Conselho Nacional de Política

Fazendária (CONFAZ), e a reinstituição das

respectivas isenções, incentivos e benefícios

fiscais ou financeiro-fiscais.

Para tanto, os Estados deverão publicar em

seus respectivos diários oficiais a relação de

todos os atos normativos relativos aos

benefícios concedidos de forma irregular e

apresentar a documentação comprobatória

correspondente aos seus respectivos atos

concessivos, sob pena de revogação dos

incentivos concedidos que não cumpram com

a citada exigência. Essa informação será

publicada no Portal Nacional da Transparência

Tributária instituído pelo CONFAZ.

Desse modo, em 180 dias da publicação da

citada Lei será editado um convênio para

convalidar esses incentivos. Tal convênio

deverá ser aprovado e ratificado com o

quórum reduzido de 2/3 dos Estados, sendo

1/3 de cada Região. Não será mais necessário

que um Estado obtenha concordância unânime

de todos os membros do CONFAZ para

conceder um incentivo fiscal, como dispunha a

Lei Complementar nº 24/75.

A concessão de novos incentivos fiscais, bem

como a prorrogação dos incentivos vigentes

que forem devidamente ratificados por meio

do Convênio, só poderão ter vigência por um

prazo máximo de 15 anos, em virtude do

setor de negócios beneficiado:

Até 15 anos Atividades agropecuária e industrial, inclusive agroindustrial, e investimento em infraestrutura rodoviária, aquaviária, ferroviária, portuária, aeroportuária e de transporte urbano

Até 8 anos Manutenção ou incremento das atividades portuária e aeroportuária vinculadas ao comércio internacional, incluída a operação subsequente à da importação, praticada pelo contribuinte importador

Até 5 anos Manutenção ou incremento das atividades comerciais, desde que o beneficiário seja o real remetente da mercadoria

Até 3 anos Operações e prestações interestaduais com produtos agropecuários e extrativos vegetais in natura

Até 1 ano Demais setores

A

A Lei Complementar nº 160/2017 e a “Guerra Fiscal”

Por Douglas Lopes, sócio da área de Consultoria Tributária da Deloitte, com colaboração de Vanessa Teixeira, gerente da área de Consultoria Tributária da Deloitte

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Assuntos tributários

Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 106

Após a edição do Convênio, os Estados

poderão revogar ou modificar internamente os

benefícios fiscais vigentes antes do termo final

de fruição. Todavia, essa alteração não poderá

resultar em um incentivo fiscal em valor

superior ao concedido anteriormente.

Há ainda a possibilidade de extensão dos

benefícios convalidados pelo Convênio a

outros contribuintes estabelecidos em seu

território, sob as mesmas condições e nos

prazos-limite de fruição; ou de adesão, por

outros Estados, dos incentivos válidos

concedidos por outra Unidade Federada da

mesma Região.

Além da convalidação dos benefícios fiscais

concedidos pelos Estados, a citada Lei

Complementar dispõe em seu Art. 5º que o

perdão dos créditos tributários relacionados a

incentivos concedidos fora do âmbito do

CONFAZ e devidamente validados pelo

Convênio a ser editado afasta as penalidades

do Art. 8º da Lei Complementar nº 24/1975 e

é retroativo à data original de concessão do

benefício fiscal. Entretanto, ficam vedadas a

restituição e a compensação de tributo, assim

como a apropriação de crédito extemporâneo

por sujeito passivo.

Isso significa que as autuações realizadas com

base em glosa de crédito de mercadoria

adquirida de fornecedor com benefício

irregular perante o CONFAZ e cujo benefício

seja convalidado na sistemática apresentada

pela Lei Complementar nº 160/2017 serão

canceladas e os créditos fiscais perdoados.

Porém, aqueles que deixaram de apropriar o

crédito correspondente ao incentivo fiscal não

podem aproveitá-lo de forma extemporânea.

Por outro lado, considerando que a concessão

dos benefícios fiscais pode ser convalidada

pelo CONFAZ de forma mais simples do que a

sistemática anterior, não poderá mais haver

restrição aos créditos decorrentes da aquisição

de mercadorias beneficiadas com incentivos

estaduais válidos.

Perante o exposto, a nova Lei Complementar

representa um marco em relação à “guerra

fiscal” e à concessão de benefícios no âmbito

do ICMS e traz uma maior segurança jurídica

aos contribuintes diante do processo mais

simples e transparente de aprovação dos

incentivos fiscais.

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Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 107

Contabilidade internacional

Normas contábeis norte-americanas

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Contabilidade internacional

Normas contábeis norte-americanas

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 108

Os projetos individuais do Financial Accounting

Standards Board (FASB) e do International

Accounting Standards Board (IASB), estão

apresentados nas próximas páginas, refletindo

as revisões de agendas e cronogramas do

FASB e IASB e o progresso ocorrido nesses

projetos desde a emissão da última

publicação.

Projetos Individuais do FASB

Estrutura Conceitual – Elementos

Status: deliberações iniciais.

O objetivo do projeto é desenvolver uma

estrutura conceitual aprimorada que forneça

uma base sólida para o desenvolvimento

futuro de padrões contábeis. Essa estrutura é

essencial para cumprir o objetivo do Board de

desenvolver padrões baseados em princípios,

internamente consistentes e que levem a

relatórios financeiros que forneçam

informações que os provedores de capital

precisam para tomar decisões. A nova

estrutura do FASB se baseará na estrutura

existente.

O Board discutiu as definições de receitas e

despesas, que estão atualmente definidas no

FASB Concepts Statement nº 6, Elementos

das Demonstrações Financeiras, e a relação

dessas definições com as definições de ganhos

e perdas. O Board apresentou as seguintes

tendências tentativas e reações às definições:

Manter a frase “ou outras atividades” nas

definições de receitas e despesas para

garantir que os termos sejam

suficientemente inclusivos.

Excluir a frase “executando” das definições

de trabalho como melhoria.

Não remover a frase “que constitui as

operações principais ou centrais da

entidade” nas definições neste momento.

Próximos passos: o staff continuará a

desenvolver conceitos relacionados a

elementos das demonstrações financeiras.

Estrutura Conceitual – Mensuração

Status: deliberações iniciais.

O Board decidiu o seguinte relacionado à

mensuração inicial:

1. Existem três categorias de mensurações

iniciais:

a) Preço de entrada

b) Preço de saída

c) Fluxos de caixa futuros estimados.

2. O preço de saída é apropriado como um

valor contábil inicial de um ativo quando a

mensuração subsequente do ativo será

pelo preço de saída.

3. Para as transações nas quais algo

diferente de caixa é trocado, a

mensuração inicial de um ativo pode ser

baseada no preço de saída do ativo

transferido.

4. O objetivo geral na identificação dos

custos a serem incluídos no valor contábil

inicial de um ativo pelo preço de entrada

deve ser a captura dos custos incorridos

para levar o bem à localização e às

condições necessárias para que ele seja

capaz de operar.

5. As seguintes categorias ajudam a

identificar os tipos de custos que devem

ser incluídos em um valor contábil inicial

consistente com o objetivo descrito no

item 4:

a) Taxas impostas pelo governo.

b) Custos de serviços relacionados à

aquisição do ativo e preparação do

ativo para uso.

c) Custos para participar no mercado do

ativo.

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Contabilidade internacional

Normas contábeis norte-americanas

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 109

6. Os ganhos e as perdas em hedges de

fluxo de caixa não fazem parte do preço

de entrada dos ativos nem um custo a ser

incluído nos valores contábeis iniciais de

ativos com base no objetivo e nas

categorias descritos nos itens 4 e 5,

respectivamente.

O Board direcionou o staff a desenvolver um

plano de projeto revisado para abordar os

elementos das demonstrações financeiras

(que atualmente estão definidos no FASB

Concepts Statement nº 6, Elementos das

Demonstrações Financeiras) em simultâneo

com conceitos de apresentação e medição.

Próximos passos: o staff continuará a

desenvolver conceitos relacionados ao

estabelecimento de padrões para a

determinação da mensuração.

Estrutura Conceitual - Apresentação

Status: deliberações sobre o exposure draft.

Em 11 de agosto de 2016, o Board emitiu o

capítulo FASB Concepts Statement nº 8,

Estrutura Conceitual para Relatórios

Financeiros - Capítulo 7, Apresentação. O

prazo para recebimento de cartas-comentários

foi 9 de novembro de 2016.

Em reunião ocorrida no dia 3 de maio de

2017, o Board discutiu o projeto geral e

adicionou à sua agenda técnica um projeto

sobre elementos. O Board também discutiu os

comentários recebidos das cartas-comentários

no capítulo proposto da FASB Concepts

Statement sobre apresentação.

Próximos passos: o Board começará as

delibações no capítulo proposto em uma

próxima reunião.

Estrutura de Apresentação – Processo de

Decisão do Board

Status: deliberações sobre o exposure draft.

O Processo de Decisão do Board destina-se a

auxiliar o FASB na identificação de divulgações

a serem consideradas no estabelecimento de

requisitos de divulgação para padrões

contábeis individuais e avaliar os requisitos de

divulgação existentes. Uma divulgação que

pode ser considerada pelo FASB não será

automaticamente requerida. Esse processo

envolve o FASB e seu staff a avaliar os custos,

as consequências negativas e os benefícios

associados a cada potencial divulgação no

nível padrão de forma contínua.

Próximos passos: o staff planeja continuar a

deliberar questões relacionadas ao processo

de decisão do Board. Além disso, o Board

deliberará sobre a materialidade no contexto

da Estrutura Conceitual e do FASB Accounting

Standards Codification.

Distinguindo Passivo de Patrimônio

Líquido (Incluindo Dívidas Convertíveis)

Status: deliberações iniciais.

O Board decidiu adicionar à sua agenda um

projeto sobre distinção dos passivos e do

patrimônio líquido com o objetivo de melhorar

a compreensão e reduzir a complexidade (sem

perda de informações para os usuários) que

se concentraria na indexação e liquidação (no

contexto da exceção do escopo derivado),

dívida convertível, divulgações e ganhos por

ação.

Próximos passos: o Board instruiu o staff a

pesquisar e elaborar um plano técnico que se

concentrasse na indexação e liquidação (no

contexto da exceção do escopo do derivativo),

dívida convertível, divulgações e ganhos por

ação.

Seguros: Melhorias Específicas para a

Contabilização de Contratos de Longa

Duração

Status: deliberações sobre o exposure draft.

O objetivo do projeto é melhorar e simplificar

os requisitos das demonstrações financeiras

para contratos de longa duração emitidos por

seguradoras, proporcionando aos usuários das

demonstrações financeiras informações úteis

sobre montantes, tempestividade e incerteza

dos fluxos de caixa relacionados com

contratos de longa duração.

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Contabilidade internacional

Normas contábeis norte-americanas

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 110

Em reunião ocorrida em 4 de outubro de

2017, o Board discutiu temas como

participação em contratos de seguro, custos

de aquisição diferidos e transição, entre

outros.

Próximos passos: os próximos tópicos que

serão discutidos nas futuras reuniões do Board

são benefícios de risco de mercado,

apresentação e divulgação e data efetiva.

Melhorias na Codificação

Status: período de comentários do exposure

draft.

O objetivo deste projeto é fornecer

atualizações e melhorias regularmente ao

FASB Accounting Standards Codification com

base nos comentários recebidos das partes

interessadas.

Em 3 de outubro de 2017, o Board emitiu a

proposta de Accounting Standards Update,

Melhorias de Codificação.

Próximos passos: o Board considerará o

feedback recebido nas Atualizações Propostas

de Padrões Contábeis em uma próxima

reunião.

Arranjos Colaborativos – Melhorias

Direcionadas

Status: deliberações iniciais.

O objetivo deste projeto é realizar melhorias

direcionadas para a orientação no Tópico 808,

Arranjos Colaborativos, para esclarecer

quando as transações entre os participantes

em um acordo colaborativo estão dentro do

escopo da orientação de receita. O projeto

também inclui pesquisas sobre um potencial

modelo de “não receita” que melhoraria e

alinharia o relatório financeiro de transações

que não estão dentro do escopo da orientação

de receita.

Em reunião ocorrida em 11 de outubro de

2017, o Board realizou as seguintes decisões:

Escopo de receita

1. Certas transações entre participantes

colaborativos que não estão relacionados

a vendas a terceiros fora da colaboração

podem resultar em receita sob o Tópico

606.

2. O Tópico 606 deve ser aplicado às

unidades contábeis identificadas quando o

participante colaborativo é um cliente (no

contexto da unidade contábil).

3. Quando as unidades contábeis

identificadas entre participantes

colaborativos são consideradas dentro do

escopo do Tópico 606, uma entidade é

obrigada a aplicar todo o modelo contábil

no Tópico 606, incluindo requisitos de

reconhecimento, mensuração e

divulgação.

4. Uma entidade está impedida de

apresentar uma transação com um

participante colaborativo como receita se

não atender ao escopo a ser contabilizado

no Tópico 606.

O Board decidiu tentativamente não fornecer

orientação de implementação adicional para

esclarecer os conceitos do Tópico 606 de

transferência de controle e cliente no contexto

de acordos colaborativos. No entanto, o Board

solicitou ao staff que discuta a necessidade de

orientação de implementação com as partes

interessadas.

Unidade contábil

O Board decidiu expandir o escopo do projeto

para abordar a orientação para a unidade

contábil no Tópico 808 para ser consistente

com a orientação de produtos ou serviços

distintos no Tópico 606.

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Contabilidade internacional

Normas contábeis norte-americanas

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 111

Modelo de “não receita”

O Board solicitou ao staff que discuta um

modelo “não receita” com as partes

interessadas para obter feedback sobre os

potenciais impactos do modelo na prática

atual e para discutir possíveis desafios

operacionais com a aplicação do referido

modelo.

Próximos passos: o Board direcionou o staff a

realizar reuniões com várias partes

interessadas para discutir o modelo proposto

de “não receita”. Na próxima reunião, o staff

planeja apresentar ao Board os resultados de

discussões com as partes interessadas e

também discutir transição, data efetiva e

custo/benefício.

Reorganização de Consolidação e

Melhorias Direcionadas

Status: período de comentários do exposure

draft.

O objetivo deste projeto é reorganizar a

orientação no Tópico 810, Consolidação. O

Board identificou pelas partes interessadas

que o Tópico 810, da forma atualmente

organizada, é difícil de navegar e é

reorganizado na orientação ao profissional

para auxiliar os profissionais e preparadores

em sua aplicação. Além disso, algumas partes

interessadas indicaram que existem certos

termos e conceitos que são excessivamente

complexos e poderiam ser esclarecidos.

Em reunião realizada no dia 21 de junho de

2017, o Board confirmou sua decisão sobre os

requisitos de transição, decidiu que os

benefícios das alterações na atualização

proposta justificariam os custos relacionados e

decidiu que o período de comentários para a

atualização proposta deve ser de 75 dias.

Próximos passos: o Board considerará o

feedback recebido sobre as Atualizações

Propostas de Padrões Contábeis em uma

reunião futura.

Melhorias Direcionadas de Consolidação

para Orientação de Partes Relacionadas

para Entidades de Interesse Variável

Status: deliberações sobre o exposure draft.

Após o Board ter decidido adicionar à sua

agenda técnica um projeto sobre

reorganização de consolidação e melhorias

direcionadas em sua reunião de 2 de

novembro de 2016, o Board direcionou o staff

a pesquisar questões relacionadas à aplicação

do modelo de entidade de interesse variável

(VIE) às entidades sob controle comum. O

staff pesquisou alternativas que reduziriam o

custo e a complexidade de aplicar a

orientação, mantendo informações úteis para

os usuários das demonstrações financeiras.

Em reunião realizada no dia 8 de maio de

2017, o Board discutiu assuntos como

determinação se um controle comum existe,

aplicação do modelo VIE em uma entidade

que não mais pode aplicar a alternativa

contábil de companhia privada, data de

vigência e transição.

Próximos passos: o Board considerará o

feedback recebido sobre as Atualizações

Propostas de Padrões Contábeis em uma

reunião futura.

Contabilidade do Cliente para Custos de

Implementação Incorridos em um

Arranjo de Computação na Nuvem que é

Considerado um Contrato de Serviço

Status: deliberações iniciais.

Em abril de 2015, o FASB emitiu o Accounting

Standards Update 2015-05, que fornece

orientação sobre a contabilização de taxas

pagas em um arranjo de computação em

nuvem (também conhecido como um arranjo

de hospedagem). A premissa geral dessa

orientação é que uma entidade deve avaliar

um arranjo de computação em nuvem para

determinar se o arranjo fornece à entidade o

controle de uma licença para o software de

uso interno.

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Contabilidade internacional

Normas contábeis norte-americanas

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 112

Em cartas-comentários sobre o exposure draft

que resultaram no Update 2015-05, várias

partes interessadas expressaram

preocupações sobre o alcance das alterações e

solicitaram orientação adicional sobre a

contabilização dos custos de implementação

associados aos arranjos de computação em

nuvem que não atendam aos critérios listados

anteriormente e, portanto, são considerados

contratos de serviço. As partes interessadas

expuseram que, sem orientação explícita, a

diversidade na prática continuaria em relação

à contabilização desses custos de

implementação. Os custos de implementação

incluem a configuração e outras taxas iniciais

para obter o arranjo pronto para uso. Outros

custos de implementação podem incluir

treinamento, criação ou instalação de uma

interface, reconfiguração de sistemas

existentes e reformatação de dados. As

entidades analisaram diferentes áreas da

Codificação para obter orientações sobre como

contabilizar esses outros custos de

implementação incorridos em um arranjo de

computação em nuvem que é considerado um

contrato de serviço porque atualmente não há

orientação explícita sobre eles.

Próximos passos: o Emerging Issues Task

Force (EITF) irá discutir a questão na reunião

de 12 de outubro de 2017.

Melhorias de Contabilização para

Aquisição de Ativos e Combinação de

Negócios (Fase 3 da Definição do Projeto

de Negócios)

Status: deliberações iniciais.

O objetivo deste projeto (Fase 3) é melhorar a

contabilização de aquisições de ativos e

combinações de negócios alinhando a

contabilização do reconhecimento e

desreconhecimento de ativos e negócios.

Em reunião realizada no dia 2 de agosto de

2017, o Board decidiu que o projeto deveria

abordar as diferenças na contabilização de

aquisições de ativos e de negócios em vez de

abordar diferenças na contabilização de

vendas ou desreconhecimento de ativos e de

negócios. Foi decidido também que o projeto

se concentraria em certas áreas dentro dos

modelos de aquisição, especificamente a

contabilização de custos de transação,

pesquisa e desenvolvimento de processos e

consideração contingente.

O Board também recomendou que o staff

considerasse se certas exceções na

contabilização de combinações de negócios

deveriam ser estendidas à contabilização de

aquisições de ativos, incluindo a reavaliação

de determinados contratos (como

arrendamentos) e as exceções de mensuração

associadas aos direitos adquiridos, ativos de

indenização e arrendamentos.

Próximos passos: o staff irá realizar uma

pesquisa para ser apresentada ao Board

durante as deliberações.

Melhorias na Contabilização de

Pagamentos Baseados em Ações para

Não Empregados

Status: deliberações sobre o exposure draft.

O objetivo do projeto é reduzir o custo e a

complexidade e melhorar a contabilização da

concessão de pagamentos baseados em ações

para não empregados emitidos por empresas

públicas e privadas.

Em reunião ocorrida no dia 30 de novembro

de 2016, o Board discutiu os comentários

recebidos de revisores externos e concordou

em reter os requisitos de transição

previamente acordados pelo Board e em

solicitar feedback sobre a operacionalidade

dos requisitos através da exposição e para

postergar a discussão sobre a interação da

data efetiva com o Tópico 606, Receita de

Contratos com Clientes, até a exposição das

alterações propostas.

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Contabilidade internacional

Normas contábeis norte-americanas

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 113

O Board decidiu exigir o uso do termo

contratual como um item para a mensuração

de transações de pagamentos baseados em

ações para não empregados. O Board também

concluiu que recebeu informações e análises

suficientes sobre as próximas emendas

propostas sobre o tema para tomar uma

decisão sobre as questões apresentadas e que

os benefícios esperados justificam os custos

relacionados.

Próximos passos: o Board irá considerar os

feedbacks recebidos sobre as Atualizações

Propostas de Padrões Contábeis em uma

reunião futura.

Reconhecimento de Receita de

Subvenções e Contratos por Entidades

sem Fins Lucrativos

Status: período de comentários do exposure

draft.

O objetivo deste projeto é melhorar e clarificar

a orientação existente sobre o reconhecimento

de receita de subvenções e contratos por

entidades sem fins lucrativos.

Em reunião realizada no dia 7 de junho de

2017, o Board discutiu: (1) comentários de

revisores externos sobre um rascunho das

Atualizações Propostas de Padrões Contábeis

para esclarecer o escopo e a orientação

contábil no Tópico 958, Entidades sem Fins

Lucrativos, para as contribuições recebidas e

as contribuições feitas; e (2) quaisquer

questões restantes, incluindo custos e

benefícios, e tomou as seguintes decisões: o

Board decidiu remover a frase “evento futuro

e incerto” da definição de uma condição

imposta pelo doador e que o prazo para o

período de comentários deve ser de 90 dias a

partir da data de emissão da atualização

proposta.

O staff elaborará uma proposta de

Atualizações de Padrões Contábeis para

votação.

Próximos passos: o Board irá considerar os

feedbacks recebidos sobre as Atualizações

Propostas de Padrões Contábeis em uma

reunião futura.

Correções e Melhorias Técnicas

Status: deliberações sobre o exposure draft.

O objetivo deste projeto é fornecer

atualizações regulares e melhorias ao FASB

Accounting Standards Codification com base

em reações das partes interessadas.

Próximos passos: o Board irá considerar os

feedbacks recebidos sobre as Atualizações

Propostas de Padrões Contábeis em uma

reunião futura.

Estrutura de Divulgação – Revisão de

Divulgação: Planos de Benefícios

Definidos

Status: deliberações sobre o exposure draft.

O objetivo e foco primário da Estrutura de

Divulgação é melhorar a eficácia das

divulgações em notas explicativas das

demonstrações financeiras comunicando

claramente a informação que é mais

importante para os usuários das

demonstrações financeiras de cada entidade.

Alcançar o objetivo de melhorar a eficácia

exigirá o desenvolvimento de uma estrutura

que promova decisões consistentes sobre os

requisitos de divulgação pelo Board e o

exercício apropriado do poder discricionário

por parte da entidade.

Em reunião realizada no dia 13 de julho de

2016, o Board discutiu um resumo dos

comentários recebidos sobre as Atualizações

Propostas de Padrões Contábeis – Benefícios -

Benefícios de Aposentadoria - Planos de

Benefícios Definidos - Geral (Subtópico 715-

20): Mudanças nos Requisitos de Divulgação

para Planos de Benefícios Definidos. O Board

não tomou decisões técnicas; no entanto,

orientou o staff a realizar pesquisas sobre

aspectos específicos da atualização proposta.

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Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 114

Próximos passos: o staff planeja realizar

pesquisas sobre aspectos específicos da

atualização proposta.

Estrutura de Divulgação – Revisão de

Divulgação: Mensuração do Valor Justo

Status: deliberações sobre o exposure draft.

Em reunião realizada no dia 1º de junho de

2016, o Board analisou um resumo dos

comentários recebidos sobre as Atualizações

Propostas de Padrões Contábeis, Mensuração

do Valor Justo (Tópico 820), Estrutura de

Divulgação - Mudanças nos Requisitos de

Divulgação para a Mensuração do Valor Justo.

O staff planeja realizar atividades de

divulgação com investidores e outros usuários

de demonstrações financeiras na atualização

proposta. O Board não tomou nenhuma

decisão técnica.

Próximos passos: o staff planeja realizar

atividades de divulgação com investidores e

outros usuários de demonstrações financeiras

na atualização proposta.

Estrutura de Divulgação – Revisão de

Divulgação: Impostos sobre o Lucro

Status: deliberações sobre o exposure draft.

Em reunião realizada no dia 25 de janeiro de

2017, o Board discutiu um resumo dos

comentários recebidos sobre as Atualizações

Propostas de Padrões Contábeis – Impostos

sobre o Lucro (Tópico 740), Estrutura de

Divulgação: Mudanças nos Requisitos de

Divulgação para os Impostos sobre o Lucro.

Nenhuma decisão técnica foi tomada nessa

reunião.

Próximos passos: em 6 de junho de 2017, o

Board irá se reunir com o Investor Advisory

Committee para discutir a apresentação do

projeto de padrões. Após a reunião, o staff irá

desenvolver e apresentar um plano para

deliberações.

Estrutura de Divulgação – Revisão de

Divulgação: Estoques

Status: deliberações sobre o exposure draft.

Em reunião realizada no dia 21 de junho de

2017, o Board discutiu um resumo dos

comentários recebidos sobre as Atualizações

Propostas de Padrões Contábeis – Estoques

(Tópico 330), Estrutura de Divulgação:

Mudanças nos Requisitos de Divulgação para

os Estoques. Nenhuma decisão técnica foi

tomada nessa reunião.

Próximos passos: conforme solicitado pelo

Board, o staff realizará pesquisas adicionais

sobre os requerimentos de divulgação

propostos para mudanças no saldo do

estoque. O Board também solicitou ao staff

que considerasse a aplicação dessas

divulgações propostas às companhias cujo

negócio seja de fabricação e venda em

atacado e as necessidades dos usuários das

demonstrações financeiras nessas indústrias.

O staff apresentará um plano para

deliberações coletivamente com os outros

projetos em uma reunião futura.

Estrutura de Divulgação – Divulgação:

Reportes Intermediários

Status: deliberações iniciais.

Em reunião ocorrida em 7 de janeiro de 2015,

o Board continuou as deliberações acerca do

FASB Concepts Statement, Estrutura

Conceitual para Relatórios Financeiros –

Capítulo 8: Notas Explicativas às

Demonstrações Financeiras, com foco nos

relatórios intermediários. Como um próximo

passo em suas deliberações, o Board

direcionou o staff a analisar como a Estrutura

Conceitual proposta afetaria as divulgações

intermediárias existentes relacionadas à

mensuração do valor justo e ao

reconhecimento de receita no Tópico 270,

Relatórios Interinos.

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Normas contábeis norte-americanas

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 115

Próximos passos: em uma reunião futura, o

Board discutirá uma análise do staff de

requisitos de divulgação que devem ser

incluídos no Tópico 270, que considera o

feedback recebido do FASB Concepts

Statement, Estrutura Conceitual para

Relatórios Financeiros – Capítulo 8: Notas

Explicativas às Demonstrações Financeiras.

Estrutura de Divulgação – Divulgação:

Processo de Decisão da Entidade

Status: deliberações sobre o exposure draft.

Em reunião ocorrida no dia 14 de dezembro

de 2016, o Board revisou um sumário dos

comentários recebidos nas Atualizações

Propostas de Padrões Contábeis, Notas

Explicativas às Demonstrações Financeiras

(Tópico 235): Avaliando se as Divulgações São

Materiais, e as alterações propostas ao FASB

Concepts Statement, Estrutura Conceitual

para Relatórios Financeiros – Capítulo 3:

Características Qualitativas de Demonstrações

Financeiras Úteis. O Board também discutiu os

objetivos para uma reunião pública sobre a

estrutura de divulgação.

Próximos passos: em 6 de junho de 2017, o

Board irá se reunir com o Investor Advisory

Committee para discutir a divulgação do

projeto. Após essa reunião, o staff irá produzir

e apresentar um plano para deliberação.

Divulgações por Entidades Comerciais

sobre Assistência Governamental

Status: deliberações sobre o exposure draft.

O objetivo deste projeto é desenvolver

requisitos de divulgação sobre assistência

governamental que aprimorem o conteúdo, a

qualidade e a comparabilidade de informações

financeiras e demonstrações financeiras e que

respondam às questões emergentes no

ambiente econômico e financeiro no qual as

entidades operam.

Em reunião realizada no dia 8 de junho de

2016, o Board deliberou sobre temas como

escopo, divulgações e restrições.

Próximos passos: o Board irá continuar as

deliberações em uma próxima reunião.

Relatório de Desempenho Financeiro -

Desagregação de Informações de

Desempenho

Status: deliberações iniciais.

O objetivo deste projeto é melhorar a utilidade

para tomada de decisão da demonstração do

resultado através da desagregação da

informação de desempenho.

Em reunião realizada no dia 20 de setembro

de 2017, o Board decidiu adicionar um projeto

à agenda técnica para se concentrar na

desagregação das informações de

desempenho, seja através da apresentação na

demonstração do resultado ou divulgação nas

notas explicativas. O Board decidiu basear o

projeto em desagregação das linhas funcionais

em componentes naturais.

Próximos passos: o staff elaborará um plano

de projeto para discussão em uma reunião

futura.

Reporte de Segmentos

Status: deliberações iniciais.

O objetivo deste projeto é realizar melhorias

nos critérios de agregação de segmentos e

divulgações para fornecer aos usuários

informações mais úteis para a decisão sobre

os segmentos reportáveis de uma entidade

pública.

Em reunião realizada no dia 20 de setembro

de 2017, o Board decidiu adicionar um projeto

à agenda técnica sobre relatórios de segmento

que se concentrará em melhorias nos critérios

de agregação de segmentos e requisitos de

divulgação.

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Normas contábeis norte-americanas

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 116

Para os critérios de agregação de segmentos,

o Board decidiu que poderia:

1. Mover os limites do segmento reportável

para ser parte da orientação de

agregação, ou seja, desenvolver um limite

claro para a agregação.

2. Remover os critérios de agregação, mas

reter a orientação do limite prático.

O Board direcionou o staff a realizar atividades

adicionais com empresas públicas de médio e

pequeno portes para entender o efeito das

alternativas acima.

Para os requerimentos de divulgação de

segmentos, foram consideradas três

alternativas. O Board poderia:

1. Adicionar peças individuais de informações

de segmento à lista de divulgações

requeridas.

2. Exigir as divulgações no Tópico 280,

Reporte de Segmentos, a serem

reportadas em uma tabela.

3. Exigir uma tabela de informações

regularmente revisadas baseada em como

elas se relacionam com as linhas nas

demonstrações financeiras.

Os membros do Board expressaram

preferência pelas alternativas 1 e 2, mas

solicitaram ao staff que realizasse uma

pesquisa adicional para entender o custo de

implementar todas essas abordagens.

Próximos passos: o staff elaborará um plano

de projeto que incorpore os feedbacks do

Board para avaliar os próximos passos.

Simplificação da Classificação de Dívida

no Balanço

Status: norma final.

O objetivo deste projeto é fornecer

orientações que irão reduzir o custo e a

complexidade da determinação da

classificação da dívida entre circulante e não

circulante.

Em reunião ocorrida em 13 de setembro de

2017, o Board finalizou as deliberações acerca

do Accounting Standards Update, Dívida

(Tópico 470): Simplificação da Classificação de

Dívida em um Balanço Classificado (Circulante

versus Não Circulante).

Entre outras, o Board realizou as seguintes

decisões:

O Board confirmou as alterações propostas de

que a dívida e outros instrumentos dentro do

escopo do Accounting Standards Update final

devem ser classificados como passivos não

circulantes em um balanço classificado se um

dos seguintes critérios for cumprido a partir

da data do balanço:

1. O passivo é contratualmente obrigado a

ser liquidado em mais de um ano (ou ciclo

operacional, se for mais) após a data do

balanço.

2. A entidade possui um direito contratual de

diferir a liquidação do passivo por pelo

menos um ano (ou ciclo operacional, se

for mais) após a data do balanço.

Próximos passos: o Board direcionou o staff a

realizar um rascunho do Accounting Standards

Update final para votação.

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Contabilidade internacional

Normas contábeis norte-americanas

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 117

Sumário das principais atualizações de normas norte-americanas

(Accounting Standard Updates (ASU))

Emitidas em 2017

Referência Título Vigência

ASU 2017-13 Reconhecimento de Receita (Tópico 605), Receita de Contratos

com Clientes (Tópico 606), Arrendamentos (Tópico 840) e

Arrendamentos (Tópico 842): Emendas aos Parágrafos da SEC de

Acordo com o Staff Announcement de 20 de Julho de 2017 e

Rescisão de Comentários Prévios

Vide ASU 2017-13 para as

diferentes datas de vigência

ASU 2017-12 Derivativos e Hedging (Tópico 815): Melhorias Direcionadas para

a Contabilização de Atividades de Hedging

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2018

ASU 2017-11 Lucro por Ação (Tópico 260); Distinguindo Passivos do

Patrimônio Líquido (Tópico 480); Derivativos e Hedging (Tópico

815): (Parte I) Contabilização de Determinados Instrumentos

Financeiros com Recursos de Down Round, (Parte II)

Substituição do Diferimento Indefinido por Instrumentos

Financeiros Obrigatórios e Resgatáveis de Certas Entidades Não

Públicas e Determinados Interesses de Não Controladores com

uma Exceção de Escopo

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2018

ASU 2017-10 Disposições de Concessão de Serviços (Tópico 853):

Determinando o Cliente dos Serviços de Operação (um Consenso

da Força-tarefa de Assuntos Emergentes do FASB)

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2017

ASU 2017-09 Compensação – Compensação de Ações (Tópico 718): Escopo da

Contabilidade de Modificação

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2017

ASU 2017-08 Recebíveis - Taxas Não Reembolsáveis e Outros Custos

(Subtópico 310-20): Amortização de Prêmio em Títulos de Dívida

Exigíveis Comprados

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2018

ASU 2017-07 Compensação - Benefícios de Aposentadoria (Tópico 715): Melhorando a Apresentação do Custo da Previdência Líquida

Periódica e do Custo do Benefício Pós-aposentadoria Líquido

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2017

ASU 2017-06 Contabilidade do Plano: Planos de Pensão de Benefício Definido

(Tópico 960), Planos de Pensão de Contribuição Definida (Tópico

962), Planos de Benefícios de Saúde e Bem-estar (Tópico 965): Plano de Benefício do Funcionário (um Consenso da Força-tarefa

de Assuntos Emergentes)

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2018

ASU 2017-05 Outras Receitas - Ganhos e Perdas do Desreconhecimento de

Ativos Não Financeiros (Subtópico 610-20): Esclarecimento do

Escopo da Orientação de Desreconhecimento de Ativos e

Contabilização de Vendas Parciais de Ativos Não Financeiros

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2017

ASU 2017-04 Intangíveis - Ágio e Outros (Tópico 350): Simplificando o Teste

de Impairment

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2019

ASU 2017-03 Alterações Contábeis e Correções de Erros (Tópico 250) e

Investimentos - Método de Equivalência Patrimonial e Joint

Ventures (Tópico 323): Emendas aos Parágrafos da SEC, de

Acordo com os Staff Announcements nas Reuniões do EITF de 22

de Setembro de 2016 e de 17 de Novembro de 2016 (SEC

Update)

Vide ASU 2017-03 para as

diferentes datas de vigência

ASU 2017-02 Entidades sem Fins Lucrativos - Consolidação (Subtópico 958-

810): Esclarecer quando uma Entidade sem Fins Lucrativos que é

um Sócio Geral ou um Sócio Limitado Deve Consolidar uma

Parceria Limitada com Fins Lucrativos ou uma Entidade Similar

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2016

ASU 2017-01 Combinações de Negócios (Tópico 805): Clarificando a Definição

de um Negócio

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2017

Page 118: Exercício de 2017 - deloitte.com · Alterações à IFRS 12 incluídas nas Melhorias Anuais ao Ciclo de IFRSs 2014-2016 ( Aplicáveis para períodos anuais iniciados em ou após

Contabilidade internacional

Normas contábeis norte-americanas

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 118

Emitidas em 2016

Referência Título Vigência

ASU 2016-20 Correções Técnicas e Melhorias para o Tópico 606, Receita de

Contratos com Clientes

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2016

ASU 2016-19 Correções Técnicas e Melhorias Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2016

ASU 2016-18 Demonstração dos Fluxos de Caixa (Tópico 230):

Caixa Restrito

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2017

ASU 2016-17 Consolidação (Tópico 810): Participações Detidas por Meio de

Partes Relacionadas que Estão sob Controle Comum

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2016

ASU 2016-16 Imposto sobre a Renda (Tópico 740): Transferências de Ativos

entre Intraentidades

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2017

ASU 2016-15 Demonstração dos Fluxos de Caixa (Tópico 230): Classificação de

Certos Recebimentos e Pagamentos em Caixa

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2017

ASU 2016-14 Entidades sem Fins Lucrativos (Tópico 958): Apresentação das

Demonstrações Financeiras das Entidades sem Fins Lucrativos

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2017

ASU 2016-13 Instrumentos Financeiros - Perdas de Créditos (Tópico 326):

Mensuração das Perdas de Créditos em Instrumentos Financeiros

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2019

ASU 2016-12 Receita de Contratos com Clientes (Tópico 606):

Melhorias de Âmbito Restrito e Expedientes Práticos

As considerações dessa

atualização afetam a orientação do ASU 2014-09,

que ainda não é efetiva

ASU 2016-11

Reconhecimento de Receita (Tópico 605) e Derivativos e Hedging

(Tópico 815): Revogação da Orientação Emitida pela SEC Devido

à Atualização das Normas Contábeis 2014-09 e 2014-16

Conforme os Anúncios do Staff em 3 de Março de 2016

Válido desde sua emissão

ASU 2016-10 Receita de Contratos com Clientes (Tópico 606): Identificando

Obrigações de Performance e Licenciamento

As considerações dessa

atualização afetam a

orientação do ASU 2014-09,

que ainda não é efetiva

ASU 2016-09 Compensação - Compensação em Ações (Tópico 718): Melhorias

na Contabilização de Pagamento com Base em Ações de

Empregados

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2016

ASU 2016-08 Receita de Contratos com Clientes (Tópico 606): Considerações

sobre Principal versus Agente

As considerações dessa

atualização afetam a

orientação do ASU 2014-09,

que ainda não é efetiva

ASU 2016-07 Investimentos - Método de Equivalência e Empreendimentos em

Conjunto (Tópico 323): Simplificando a Transição para a

Contabilização Via Método de Equivalência

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2016

ASU 2016-06 Derivativos e Hedging (Tópico 815): Opções de Venda e Compra

Contingentes em Títulos de Dívida

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2016

ASU 2016-05 Derivativos e Hedging (Tópico 815): Efeito da Renovação de

Contrato de Derivativo em Relações de Hedge Accounting já

Existente

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2016

ASU 2016-04 Passivos - Extinção de Passivos (Subtópico 405-20):

Reconhecimento de Quebra para Certos Produtos Armazenados

Pagos Antecipadamente

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2017

ASU 2016-03

Intangíveis - Ágio e Outros (Tópico 350)

Combinação de Negócios (Tópico 805)

Consolidação (Tópico 810)

Derivativos e Hedging (Tópico 815)

Válido desde sua emissão

ASU 2016-02 Arrendamentos (Tópico 842) Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2018

ASU 2016-01

Instrumentos Financeiros - Termos Gerais

(Subtópico 825-10): Reconhecimento e

Mensuração de Ativos e Passivos Financeiros

Períodos anuais que iniciam

após 15 de dezembro de 2017

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Índices de mercado

2017 e 2016

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 119

Índices de mercado

2017 e 2016

Page 120: Exercício de 2017 - deloitte.com · Alterações à IFRS 12 incluídas nas Melhorias Anuais ao Ciclo de IFRSs 2014-2016 ( Aplicáveis para períodos anuais iniciados em ou após

Índices de mercado

2017 e 2016

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 120

Taxas de câmbio (Fonte: BACEN)

Dólar norte-americano x real

2017 2016

Compra Venda Médio Compra Venda Médio

Janeiro 3,1264 3,1270 3,1966 4,0422 4,0428 4,0524

Fevereiro 3,0987 3,0993 3,1042 3,9790 3,9796 3,9737

Março 3,1678 3,1684 3,1279 3,5583 3,5589 3,7039

Abril 3,1978 3,1984 3,1362 3,4502 3,4508 3,5658

Maio 3,2431 3,2437 3,2095 3,5945 3,5951 3,5393

Junho 3,3076 3,3082 3,2954 3,2092 3,2098 3,4245

Julho 3,1301 3,1307 3,2061 3,2384 3,2390 3,2756

Agosto 3,1465 3,1471 3,1509 3,2397 3,2403 3,2097

Setembro 3,1674 3,1680 3,1348 3,2456 3,2462 3,2564

Outubro 3,2763 3,2769 3,1912 3,1805 3,1811 3,1858

Novembro (*) (*) (*) 3,3961 3,3967 3,3420

Dezembro (*) (*) (*) 3,2585 3,2591 3,3523

Euro x real

2017 2016

Compra Venda Médio Compra Venda Médio

Janeiro 3,3743 3,3759 3,3944 4,3805 4,3824 4,4010

Fevereiro 3,2741 3,2753 3,3060 4,3224 4,3234 4,4034

Março 3,3883 3,3896 3,3447 4,0529 4,0539 4,1213

Abril 3,4834 3,4850 3,3624 3,9470 3,9484 4,0470

Maio 3,6436 3,6449 3,5513 4,0018 4,0039 4,0029

Junho 3,7736 3,7750 3,7036 3,5401 3,5414 3,8468

Julho 3,7010 3,7027 3,6934 3,6163 3,6183 3,6228

Agosto 3,7415 3,7435 3,7225 3,6103 3,6116 3,5974

Setembro 3,7410 3,7430 3,7330 3,6474 3,6484 3,6520

Outubro 3,8126 3,8140 3,7500 3,4798 3,4811 3,5106

Novembro (*) (*) (*) 3,5988 3,6002 3,6000

Dezembro (*) (*) (*) 3,4374 3,4384 3,5333

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Índices de mercado

2017 e 2016

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 121

Índices de inflação

Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M)

2017 2016

Mês

(%)

Ano

(%)

12 meses

(%)

Mês

(%)

Ano

(%)

12 meses

(%)

Janeiro 0,64 0,64 6,65 1,14 1,14 10,96

Fevereiro 0,08 0,72 5,38 1,29 2,44 12,09

Março 0,01 0,73 4,86 0,51 2,97 11,57

Abril (1,10) (0,38) 3,37 0,33 3,31 10,64

Maio (0,93) (1,30) 1,57 0,82 4,15 11,09

Junho (0,67) (1,97) (0,78) 1,69 5,91 12,22

Julho (0,72) (2,67) (1,66) 0,18 6,10 11,65

Agosto 0,10 (2,57) (1,71) 0,15 6,26 11,51

Setembro 0,47 (2,12) (1,45) 0,20 6,48 10,68

Outubro 0,20 (1,92) (1,41) 0,16 6,65 8,80

Novembro (*) (*) (*) (0,03) 6,62 7,14

Dezembro (*) (*) (*) 0,54 7,17 7,17

Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI)

2017 2016

Mês

(%)

Ano

(%)

12 meses

(%)

Mês

(%)

Ano

(%)

12 meses

(%)

Janeiro 0,43 0,43 6,02 1,53 1,53 11,65

Fevereiro 0,06 0,49 5,26 0,79 2,33 11,93

Março (0,38) 0,11 4,41 0,43 2,78 11,07

Abril (1,24) (1,13) 2,74 0,36 3,15 10,46

Maio (0,51) (1,64) 1,07 1,13 4,32 11,26

Junho (0,96) (2,58) (1,51) 1,63 6,02 12,32

Julho (0,30) (2,87) (1,42) (0,39) 5,61 11,23

Agosto 0,24 (2,64) (1,61) 0,43 6,07 11,27

Setembro 0,62 (2,04) (1,04) 0,03 6,10 9,74

Outubro 0,10 (1,94) (1,07) 0,13 6,24 7,99

Novembro (*) (*) (*) 0,05 6,29 6,77

Dezembro (*) (*) (*) 0,83 7,18 7,18

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Índices de mercado

2017 e 2016

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 122

Índice de Preços ao Consumidor - Disponibilidade Interna/

Fundação Getúlio Vargas (IPC - DI/FGV)

2017 2016

Mês

(%)

Ano

(%)

12 meses

(%)

Mês

(%)

Ano

(%)

12 meses

(%)

Janeiro 0,69 0,69 5,05 1,78 1,78 10,59

Fevereiro 0,31 1,00 4,58 0,76 2,55 10,36

Março 0,47 1,48 4,55 0,50 3,07 9,37

Abril 0,12 1,60 4,17 0,49 3,57 9,24

Maio 0,52 2,13 4,04 0,64 4,23 9,15

Junho (0,32) 1,80 3,44 0,26 4,51 8,55

Julho 0,38 2,19 3,45 0,37 4,89 8,38

Agosto 0,13 2,32 3,25 0,32 5,23 8,48

Setembro (0,02) 2,30 3,16 0,07 5,30 8,11

Outubro 0,33 2,64 3,15 0,34 5,66 7,65

Novembro (*) (*) (*) 0,17 5,84 6,19

Dezembro (*) (*) (*) 0,33 6,77 6,77

Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (INPC/IBGE)

2017 2016

Mês

(%)

Ano

(%)

12 meses

(%)

Mês

(%)

Ano

(%)

12 meses

(%)

Janeiro 0,42 0,42 5,44 1,51 1,51 11,31

Fevereiro 0,24 0,66 4,69 0,95 2,47 11,08

Março 0,32 0,98 4,57 0,44 2,93 9,91

Abril 0,08 1,06 3,99 0,64 3,58 9,83

Maio 0,36 1,43 3,35 0,98 4,60 9,82

Junho (0,30) 1,12 2,56 0,47 5,09 9,49

Julho 0,17 1,30 2,08 0,64 5,76 9,56

Agosto (0,03) 1,27 1,73 0,31 6,09 9,62

Setembro (0,02) 1,24 1,63 0,08 6,18 9,15

Outubro 0,37 1,62 1,83 0,17 6,36 8,50

Novembro (*) (*) (*) 0,07 6,43 7,39

Dezembro (*) (*) (*) 0,14 6,58 6,58

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Índices de mercado

2017 e 2016

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017 123

Taxas de juros

Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP)

TJLP (% ao ano)

2013 2014 2015 2016 2017

Janeiro 5,00 5,00 5,50 7,50 7,50

Fevereiro 5,00 5,00 5,50 7,50 7,50

Março 5,00 5,00 5,50 7,50 7,50

Abril 5,00 5,00 6,00 7,50 7,00

Maio 5,00 5,00 6,00 7,50 7,00

Junho 5,00 5,00 6,00 7,50 7,00

Julho 5,00 5,00 6,50 7,50 7,00

Agosto 5,00 5,00 6,50 7,50 7,00

Setembro 5,00 5,00 6,50 7,50 7,00

Outubro 5,00 5,00 7,00 7,50 7,00

Novembro 5,00 5,00 7,00 7,50 7,00

Dezembro 5,00 5,00 7,00 7,50 7,00

Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC)

SELIC (% ao ano)

2013 2014 2015 2016 2017

Janeiro 7,25 10,50 12,25 14,25 13,75

Fevereiro 7,25 10,75 12,25 14,25 13,00

Março 7,25 10,75 12,75 14,25 12,25

Abril 7,50 11,00 12,75 14,25 11,25

Maio 8,00 11,00 13,25 14,25 11,25

Junho 8,00 11,00 13,75 14,25 10,25

Julho 8,50 11,00 14,25 14,25 10,25

Agosto 9,00 11,00 14,25 14,25 9,25

Setembro 9,00 11,00 14,25 14,25 8,25

Outubro 9,50 11,25 14,25 14,00 8,25

Novembro 10,00 11,25 14,25 14,00 (*)

Dezembro 10,00 11,75 14,25 13,75 (*)

(*) Dados públicos não disponíveis até a data de preparação deste material.

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O conteúdo desta publicação não tem como objetivo esgotar todas as questões relacionadas às preparações das demonstrações financeiras e às IFRSs e não deve ser utilizado como base na tomada de decisões. O conteúdo dos artigos assinados pelos articulistas e colaboradores não reflete necessariamente as opiniões da Deloitte. O site www.iasplus.com da Deloitte fornece, gratuitamente, informações completas sobre a emissão de relatórios financeiros internacionais e as atividades do IASB em particular.

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