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EXERCÍCIO 21: acentuação gráfica; ambiguidade; classificação de orações; concordância verbal; conjunções; gênero reportagem; interpretação de textos; linguagem figurada; modalização; objetivo comunicativo; produção de textos argumentativos; pronomes relativos; referenciação; usos da vírgula. TEXTO I Vidas expostas ao tempo Último Censo de População em Situação de Rua e Migrantes de BH constatou aumento de 57% entre 2005 e 2013, passando de 1.164 para 1.827 pessoas enfrentando o problema Márcia Maria Cruz Publicação: 04/12/2014 04:00 Michele Geziane Freitas, de 28 anos, passou a ocupar uma cabana em calçada no Bairro Floresta, aguardando uma melhor sorte na capital Lona preta, colchões, algumas panelas, peças de roupa e papelão formam a “casa” de Michele Geziane Freitas, de 28 anos, que mora há 10 nas ruas de Belo Horizonte. Ela e o companheiro dividem uma cabana improvisada na Avenida do Contorno, na altura do número 1.205, no Bairro Floresta, Região Leste da capital, local onde passam a maior parte do dia sem nenhuma atividade. A maior responsabilidade é tomar conta de três vira-latas Bob, Tininha e Tomate. Alguns dias juntou-se ao casal Tatiana Cássia Galdino, de 28, que também não tem onde morar. O trio, que costuma cheirar cola para suportar as condições adversas, é o retrato da realidade que se repete em toda a cidade, em especial na Região Centro-Sul. O aumento de habitações precarizadas nas calçadas de BH demonstra a fragilidade das políticas sociais voltadas para a população de rua. Lojistas, entidades de amparo aos moradores de rua e defensores dos direitos humanos são unânimes em dizer que o problema persiste e parece estar longe de ter uma solução. Entre 2005 e 2013, quando foi realizado o último Censo de População em Situação de Rua e Migrantes de BH, verificou-se um aumento de 57%, passando de 1.164 para 1.827 pessoas nessa situação 1 . O crescimento demonstra uma tendência ascendente verificada em 2005, quando houve um aumento de 27% dessa população 2 em relação à aferida em 1998. Publicada em dezembro do ano passado, a Instrução Normativa Conjunta (INC) 01/2013 estabeleceu parâmetros para lidar com a população de rua nos espaços públicos, mas há exato

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EXERCÍCIO 21: acentuação gráfica; ambiguidade; classificação de orações; concordância verbal; conjunções; gênero reportagem; interpretação de textos; linguagem figurada; modalização; objetivo comunicativo; produção de textos argumentativos; pronomes relativos; referenciação; usos da vírgula.

TEXTO I Vidas expostas ao tempo Último Censo de População em Situação de Rua e Migrantes de BH constatou aumento de 57% entre 2005 e 2013, passando de 1.164 para 1.827 pessoas enfrentando o problema

Márcia Maria Cruz

Publicação: 04/12/2014 04:00

Michele Geziane Freitas, de 28 anos, passou a ocupar uma cabana em calçada no Bairro Floresta, aguardando uma melhor sorte na capital

Lona preta, colchões, algumas panelas, peças de roupa e papelão formam a “casa” de Michele Geziane Freitas, de 28 anos, que mora há 10 nas ruas de Belo Horizonte. Ela e o companheiro dividem uma cabana improvisada na Avenida do Contorno, na altura do número 1.205, no Bairro Floresta, Região Leste da capital, local onde passam a maior parte do dia sem nenhuma atividade. A maior responsabilidade é tomar conta de três vira-latas – Bob, Tininha e Tomate. Alguns dias juntou-se ao casal Tatiana Cássia Galdino, de 28, que também não tem onde morar. O trio, que costuma cheirar cola para suportar as condições adversas, é o retrato da realidade que se repete em toda a cidade, em especial na Região Centro-Sul.

O aumento de habitações precarizadas nas calçadas de BH demonstra a fragilidade das políticas sociais voltadas para a população de rua. Lojistas, entidades de amparo aos moradores de rua e defensores dos direitos humanos são unânimes em dizer que o problema persiste e parece estar longe de ter uma solução. Entre 2005 e 2013, quando foi realizado o último Censo de População em Situação de Rua e Migrantes de BH, verificou-se um aumento de 57%, passando de 1.164

para 1.827 pessoas nessa situação1. O crescimento demonstra uma tendência ascendente

verificada em 2005, quando houve um aumento de 27% dessa população2 em relação à aferida

em 1998.

Publicada em dezembro do ano passado, a Instrução Normativa Conjunta (INC) 01/2013 estabeleceu parâmetros para lidar com a população de rua nos espaços públicos, mas há exato

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um ano a paisagem não mudou. “Temos muitas pessoas na rua e os números são maiores do que o censo aponta. A nossa percepção é que muitas questões foram agravadas e outras não foram resolvidas. Algumas não são adequadas, como os albergues, e outras não insuficientes”, afirma Egídia Maria de Almeida Aixe, do Fórum da População de Rua de Belo Horizonte. Para ela, a instrução é falha do ponto de vista da constitucionalidade, pois fere a dignidade humana, e também não são efetivas. “As pessoas de quem os pertences são retiradas ou vão voltar às ruas ou vão se deslocar para outro lugar”, completa.

A avaliação do vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Anderson Rocha, também é semelhante. “É uma questão complexa, que não está resolvida e está próximo de se transformar em algo crônico”, afirmou. Para ele, o problema se agrava pelo fato do crack e outras drogas terem chegado aos moradores de rua. Como integrante do Comitê de Monitoramento e Acompanhamento da Política Municipal para a População em Situação de Rua de BH, Anderson defende o encaminhamento desses moradores para os albergues. “É preciso criar dificuldade para que fiquem na rua e facilidades para que possam ir paras os abrigos”, diz.

Adriano reconhece, no entanto, que nem sempre as condições de funcionamento desses espaços se condicionam a quem está acostumado à indisciplina dos espaços públicos. É o caso de Edmilson Souza de Lima, de 56. Na tarde de ontem, ele aguardava o horário das 17h para entrar no Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua, na Rua Conselheiro Rocha, no Bairro Floresta. Todos os seus

Cearense Emilson Souza Lima, de 47 anos, está nas ruas de BH há 18 anos

pertences cabem em dois sacos pretos que ele leva para onde vai. “Tenho aqui comigo a certidão de nascimento. Meus documentos foram levados. Vou tentar tirar a minha 20ª carteira de identidade”, diz. Natural do Ceará, ele está nas ruas de BH há 18 anos. Nesse tempo, morou em casa alguns meses, mas não conseguiu se adaptar. Hoje, passa os dias perambulando, coleta latas de alumínio para vender e espera a caridade de alguém para que possa ter recurso para almoçar. “A maioria das pessoas na rua usa droga. O meu vício é só uma pinguinha”, garante.

Fatores O exemplo de Edmilson corrobora a percepção de Anderson de que um dos fatores que levaram ao aumento dessa população é o êxodo, com pessoas vindas de outras cidades atraídas pelo crescimento econômico da capital. Integrante de uma das coordenações colegiadas da Pastoral de Rua, Claudecine Rodrigues Lopes defende que, para solucionar o problema, é necessário pôr em prática políticas que também gerem a inserção dessas pessoas no mercado de trabalho. A política de recolhimento dos pertences não pessoais dos moradores de rua, na avaliação de Claudenice, apenas retira a última possibilidade dessas pessoas reconstruírem o espaço de moradia. “A INC 01/13 legaliza a ação da fiscalização, mas desumaniza as pessoas com histórico de rua”, constata. Fenômeno é mundial

A coordenadora do Comitê de Acompanhamento e Monitoramento da Política Municipal para a População em Situação de Rua, Soraya Romino, afirmou que não é possível impedir o aumento de moradores nas ruas de Belo Horizonte neste período do ano. “O crescimento não é um

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fenômeno da capital mineira. É mundial. Nova York (EUA) tem 14 mil moradores de rua; Vancouver (Canadá), 2,5 mil”, avisa Soraya. Segundo ela, cerca de 60% vêm do interior de Minas, da Grande BH e até de outros estados. No período de fim de ano, segundo ela, há uma percepção de aumento, porque muitas pessoas vão pedir doações. “Muita gente passa o dia pedindo e depois volta para a casa”, diz.

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) ainda não tem um balanço dos objetos recolhidos depois da publicação da INC 01/13. A previsão é que o comitê se reúna em janeiro para avaliar as políticas sociais voltados para esse público vulnerável, inclusive a apreensão de objetos. De acordo com Soraya Romino, a instrução normativa permite apenas o recolhimento de objetos que não sejam de uso pessoal. "Já foram apreendidos armários de cozinha, colchão e até cofre." Roupas, documentos, mochilas, carros de material reciclável não podem ser recolhidos. Segundo ela, os colchões têm que ser analisados caso a caso. "Têm que ser avaliado dentro do contexto. Se estiver na porta de uma loja ou obstruindo a via pública pode ser alvo de apreensão", afirma.

Soraya garante que a abordagem é precedida de diálogo. "A gente pede para que separem o que eles têm necessidade e descartem o que estiver obstruindo o espaço público. A INC não é só para os moradores de rua faz parte da gestão do espaço público como um todo", diz. De acordo com ela, BH é referência nacional de atendimento à população de rua. Um dos destaques é o serviço especializado em abordagem social. Cerca de 90 profissionais de serviço social e psicologia fazem a abordagem individual a cada um dos 1.827 pessoas nas ruas nas nove regionais. Outro projeto é o Bolso Moradia que repassa R$ 500 mensais o aluguel de 300 beneficiados. (MMC) Gestantes sem acolhida oficial Sandra Kiefer

Belo Horizonte não dispõe de nenhuma entidade especializada em acolher gestantes usuárias de álcool e drogas, como o crack, desde que a Casa de Atendimento a Grávidas, no Bairro da Gameleira, restringiu o atendimento a mães adolescentes e seus bebês, em 2011. “As ‘mães do crack’ continuam batendo à nossa porta, gritando por socorro. A procura é grande. Sempre indico buscar a prefeitura, que precisa dar jeito de atender a essa demanda”, diz a funcionária, que pede para permanecer no anonimato. Antes de limitar o serviço, por incapacidade de atender os dois públicos, a entidade conseguia resgatar mulheres adictas, que eram, muitas vezes, apresentadas às drogas ao atuarem na prostituição feminina. Há três anos, a única entidade da capital mineira especializada no atendimento às grávidas adictas fechou as portas para esse público. Os bebês que nasceram nesse período já devem estar, com sorte, andando de um lado para o outro, balbuciando as primeiras palavras e largando a chupeta. Isso se não tiverem nascido com sequelas devido à exposição ao crack na barriga da mãe, com malformações, prematuridade e paralisias cerebrais.

Enquanto isso,3 diante das denúncias publicadas nos últimos dias em relação aos 158 ‘órfãos do

crack’, que lotaram quatro abrigos em BH de janeiro a outubro, a cidade recebeu ontem a visita emergencial de representantes da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, que desembarcaram direto de Brasília para checar as denúncias de afastamento compulsório dos bebês e das mães com histórico do uso de crack já nas maternidades. Depois de se informar sobre a gravidade da situação, ficou decidida apenas a criação de um grupo de trabalho envolvendo os diversos interessados na questão para deliberar sobre possíveis medidas a serem tomadas, ainda sem data para se reunir.

“Independentemente do desfechar disso4, até agora não vi uma única instituição se

responsabilizar em relação às mães e aos bebês. Não há nada de concreto, só discursos emocionais. Fica parecendo que o Ministério Público (MP) é o algoz e que população de BH não

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está nem aí para o drama desses bebês5”, desabafou a promotora de Justiça da Infância e da

Juventude Maria de Lurdes Santa Gema. Ela, a colega Matilde Fazendeiro Patente e o promotor Celso Penna Fernandes Júnior estudam fazer uma intervenção pontual nas cenas de crack da capital mineira, verificando a presença de mães desnutridas consumindo pedras, enquanto carregam os filhos na barriga. “É uma contradição tratar dos casos só a partir do parto, permitindo que o bebê seja gerado com problemas”, critica o promotor.

Ao sair de uma reunião fechada com os promotores, os representantes de Brasília pediram a comprovação sobre o destino dos bebês do crack e sobre os trâmites de adoção. “A retirada compulsória dos bebês está julgando todas as mães como incompetentes. A lei pode ser geral, mas a aplicação precisa ser caso a caso”, disse Gracielly Delgado, consultora técnica da Coordenadoria Geral de Saúde de Adolescentes e Jovens do Ministério da Saúde. “Algo bom da recomendação do MP é que nunca se viu uma cidade tão mobilizada em torno de uma questão. Se existem falhas na rede de apoio, elas precisam ser superadas em conjunto”, afirmou. PAMPULHA Segundo a comissão de Brasília, já estava aprovada pela Prefeitura de BH a criação de uma casa de apoio para mães, gestantes e bebês cuja execução, entretanto, foi barrada pelos próprios promotores da Infância e da Juventude. A reportagem do Estado de Minas apurou que o MP considerou inadequada a estrutura da entidade, que seria instalada na chamada Casa do Prefeito, na Região da Pampulha. Além de ser distante de hospitais e de maternidades, o endereço foi vetado pelo MP por ser bastante conhecido pela maioria dos moradores, o que prejudicaria o necessário anonimato do serviço a ser oferecido.

Jornal Estado de Minas, 04 de dezembro de 2014

1ª questão Considerando a função social e os elementos a partir dos quais se estrutura, o texto em análise é A) um artigo de opinião, veiculado com o propósito de socializar uma percepção individual. B) uma notícia, visto que relata um fato de maneira objetiva. C) uma reportagem, estruturada a partir de um trabalho de pesquisa a diferentes fontes. D) uma crônica uma vez que traduz o olhar particular do autor em relação a um fato cotidiano. E) uma entrevista, por ser elaborada a partir de uma sequência de perguntas e resposta. 2ª questão O principal objetivo comunicativo da matéria jornalística em estudo é A) criticar a ação dos políticos em relação ao crescimento do número de moradores de rua em BH. B) denunciar a falta de abrigos para as jovens gestantes usuárias de crack. C) iniciar um movimento em prol dos sem teto. D) informar sobre a precariedade em que vive uma parcela dos brasileiros. E) emitir um julgamento particular acerca da separação dos filhos de mães viciadas em drogas. 3ª questão Observa-se indicação correta quanto à refenciação dos termos emoldurados no texto, em

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A) “Entre 2005 e 2013, quando foi realizado o último Censo de População em Situação de Rua e Migrantes de BH, verificou-se um aumento de 57%, passando de 1.164 para 1.827 pessoas

nessa situação1.”

Censo de População em Situação de Rua e Migrantes de BH entre 2005 e 2013.

B) “O crescimento demonstra uma tendência ascendente verificada em 2005, quando houve um

aumento de 27% dessa população2 em relação à aferida em 1998.”

População brasileira.

C) “Enquanto isso,3 diante das denúncias publicadas nos últimos dias em relação aos 158 ‘órfãos

do crack’, que lotaram quatro abrigos em BH de janeiro a outubro, a cidade recebeu ontem a visita emergencial de representantes da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos” [...]

Enquanto a única entidade da capital mineira especializada no atendimento às grávidas adictas permanece fechada para gestantes usuárias de álcool e drogas.

D) “Independentemente do desfechar disso4, até agora não vi uma única instituição se

responsabilizar em relação às mães e aos bebês. Existência de moradores de rua.

E) “Fica parecendo que o Ministério Público (MP) é o algoz e que população de BH não está nem

aí para o drama desses bebês5”

Bebês nascidos nas ruas.

4ª questão A alternativa em que se apresentam palavras acentuadas em função de uma mesma regra é:

A) há, até, só. B) diálogo, álcool, vulnerável. C) três, até, têm. D) reciclável, órfãos, também. E) atraídas, reúna, aí.

5ª questão Releia o fragmento a seguir com atenção aos usos da vírgula.

“O trio, que costuma cheirar cola para suportar as condições adversas, é o retrato da realidade que se repete em toda a cidade” [...]

A alternativa em que se apresenta um excerto no qual as vírgulas foram empregadas segundo a mesma regra que no fragmento acima é:

A) “Lona preta, colchões, algumas panelas, peças de roupa e papelão formam a “casa” de Michele Geziane Freitas” [...]

B) “Ela e o companheiro dividem uma cabana improvisada na Avenida do Contorno, na altura do número 1.205, no Bairro Floresta, Região Leste da capital, local onde passam a maior parte do dia sem nenhuma atividade.”

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C) “Entre 2005 e 2013, quando foi realizado o último Censo de População em Situação de Rua e Migrantes de BH, verificou-se um aumento de 57%” [...]

D) “Para ele, o problema se agrava pelo fato do crack e outras drogas terem chegado aos

moradores de rua.”

E) “Claudecine Rodrigues Lopes defende que, para solucionar o problema, é necessário pôr em prática políticas que também gerem a inserção dessas pessoas no mercado de trabalho.”

6ª questão TRANSCREVA, do 1º parágrafo do texto, um fragmento descritivo e EXPLIQUE a importância dessa descrição para o texto. 7ª questão AVALIE se a fotografia que ilustra o início da matéria completa ou reproduz a descrição presente no 1º parágrafo. 8ª questão INDIQUE 2 hipóteses que justificariam o fato de Michele Geziane Freitas Freitas não ter um trabalho. 9ª questão PESQUISE sobre quais são os Direitos Humanos e INDIQUE 3 deles aos quais Michele Geziane Freitas não tem tido acesso. 10ª questão EXPLIQUE se o autor utilizou-se da ironia no excerto a seguir.

“Ela e o companheiro dividem uma cabana improvisada na Avenida do Contorno, na altura do número 1.205, no Bairro Floresta, Região Leste da capital, local onde passam a maior parte do dia sem nenhuma atividade. A maior responsabilidade é tomar conta de três vira-latas – Bob, Tininha e Tomate.”

Fragmento para resolução da 11ª, 12ª e 13ª questão.

“O trio, que costuma cheirar cola1 para suportar as condições adversas2, é o retrato da

realidade que se repete em toda a cidade, em especial na Região Centro-Sul.”

11ª questão CLASSIFIQUE as orações 1 e 2. 12ª questão EXPLICITE o ponto de vista que se pode inferir a partir do que se informa na oração 2. 13ª questão

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A oração em negrito é uma subordinada adjetiva que, devido ao fato de não estar separada por vírgulas nos leva a produzir um efeito de restrição em relação à realidade. EXPLIQUE se a inserção de uma vírgula no lugar indicado por uma seta levaria o leitor à percepção de uma situação melhor ou pior que a apresentada pelo jornalista. 14ª questão EXPLIQUE, a partir do que se informa no fragmento a seguir, de quem é a responsabilidade pelas condições precária de habitação de alguns brasileiros.

“O aumento de habitações precarizadas nas calçadas de BH demonstra a fragilidade das políticas sociais voltadas para a população de rua.”

15ª questão

“Lojistas, entidades de amparo aos moradores de rua e defensores dos direitos humanos são unânimes em dizer que o problema persiste e parece estar longe de ter uma solução. Entre

2005 e 2013, quando foi realizado o último Censo de População em Situação de Rua e

Migrantes de BH, verificou-se um aumento de 57%, passando de 1.164 para 1.827 pessoas nessa situação.”

A) INDIQUE, com base no excerto, o que dá legitimidade à declaração dos lojistas, entidades

de amparo aos moradores de rua e defensores dos direitos humanos.

B) CLASSIFIQUE morfologicamente a palavra emoldurada.

16ª questão INDIQUE o valor semântico da conjunção sublinhada no excerto a seguir e EXPLICITE o ponto de vista que se infere a partir de sua presença no excerto.

“Publicada em dezembro do ano passado, a Instrução Normativa Conjunta (INC) 01/2013 estabeleceu parâmetros para lidar com a população de rua nos espaços públicos, mas há exato um ano a paisagem não mudou.”

17ª questão TRANSCREVA do fragmento abaixo uma palavra que indique uma opinião do entrevistado

“A maioria das pessoas na rua usa droga. O meu vício é só uma pinguinha”, garante.” 18ª questão EXPLIQUE se a palavra em destaque no fragmento reproduzido na questão anterior pode ser flexionada no plural sem que as regras de concordância sejam “desconsideradas”. 19ª questão Releia o excerto a seguir com atenção ao advérbio em destaque

“De acordo com Soraya Romino, a instrução normativa permite apenas o recolhimento de objetos que não sejam de uso pessoal. "Já foram apreendidos armários de cozinha,

colchão e até cofre." Roupas, documentos, mochilas, carros de material reciclável não

podem ser recolhidos. Segundo ela, os colchões têm que ser analisados caso a caso. "Têm que ser avaliado dentro do contexto. Se estiver na porta de uma loja ou obstruindo a via pública pode ser alvo de apreensão", afirma.”

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JUSTIFIQUE a presença da palavra em destaque no contexto em que ela se insere.

20ª questão Releia o trecho reproduzido a seguir e EXPLIQUE se o verbo “grita” foi utilizado em seu sentido literal ou figurado.

“As ‘mães do crack’ continuam batendo à nossa porta, gritando por socorro. A procura é grande. Sempre indico buscar a prefeitura, que precisa dar jeito de atender a essa demanda”, diz a funcionária, que pede para permanecer no anonimato.

21ª questão GRIFE no fragmento a seguir uma passagem que esteja em linguagem coloquial e reescreva-o em linguagem formal.

“Independentemente do desfechar disso, até agora não vi uma única instituição se responsabilizar em relação às mães e aos bebês. Não há nada de concreto, só discursos emocionais. Fica parecendo que o Ministério Público (MP) é o algoz e que população de BH não está nem aí para o drama desses bebês”, desabafou a promotora de Justiça da Infância e da Juventude Maria de Lurdes Santa Gema.

22ª questão Atenha-se às relações de sentido presentes no período abaixo.

Ela, a colega Matilde Fazendeiro Patente e o promotor Celso Penna Fernandes Júnior estudam fazer uma intervenção pontual nas cenas de crack da capital mineira, verificando a presença de mães desnutridas consumindo pedras1, enquanto carregam os filhos na barriga.

REESCREVA a oração 1, eliminando o gerúndio e explicitando, por meio de uma conjunção, a relação de sentido existente entre essa oração e a parte do fragmento que a antecede. 23ª questão Atenha-se às relações de sentido presentes no período abaixo.

“‘É uma contradição tratar dos casos só a partir do parto, permitindo que o bebê seja gerado com problemas’, critica o promotor”.2

INDIQUE a relação de sentido que se percebe entre a parte sublinhada e a que a antecede. 24ª questão EXPLIQUE a ambiguidade presente no excerto a seguir.

[...] “a cidade recebeu ontem a visita emergencial de representantes da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, que desembarcaram direto de Brasília para checar as denúncias de afastamento compulsório dos bebês e das mães com histórico do uso de crack já nas maternidades.”

25ª questão A alternativa em que se apresenta uma análise correta em relação aos pronomes relativos é:

A) “Lona preta, colchões, algumas panelas, peças de roupa e papelão formam a ‘casa’ de Michele Geziane Freitas, de 28 anos, que mora há 10 nas ruas de Belo Horizonte.”

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O pronome relativo “que”, nesse período, pode ser substituído pelo “quem”.

B) “O trio, que costuma cheirar cola para suportar as condições adversas, é o retrato da realidade que se repete em toda a cidade, em especial na Região Centro-Sul.”

O pronome relativo “que”, nesse período, pode ser substituído por “onde”.

C) “Alguns dias juntou-se ao casal Tatiana Cássia Galdino, de 28, que também não tem onde morar.”

O pronome relativo “que”, nesse período, pode ser substituído “na qual”.

D) “O exemplo de Edmilson corrobora a percepção de Anderson de que um dos fatores que levaram ao aumento dessa população é o êxodo, com pessoas vindas de outras cidades atraídas pelo crescimento econômico da capital.” A expressão “de que um dos” pode ser substituída por “cujo”.

E) “‘As pessoas de quem os pertences são retirados ou vão voltar às ruas ou vão se deslocar para outro lugar’, completa.”

A expressão “de quem os” pode ser substituída por “cujos”.

26ª questão Os chargistas recorrem, frequentemente, à figuratividade na construção de seus textos, como se observa abaixo.

http://theguardianvalenca.blogspot.com.br/2011/01/nos-bastidores.html Acesso em 10 dez 14.

Ao relacionar a parte verbal à não verbal no texto de Amarildo, percebe-se que, na construção de sua crítica, ele se utiliza, principalmente, da seguinte figura:

A) Comparação. B) Eufemismo. C) Metáfora. D) Metonímia. E) Paradoxo.

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27ª questão

http://chebolas.blogspot.com.br/2013/12/charge-foto-e-frase-do-dia_3.html Acesso em 09 dez. 14.

EXPLICITE a crítica veiculada pela charge e ANALISE se o ponto de vista enunciado aproxima-se ou distancia-se do que se apresenta no TEXTO I.

28ª questão

http://searaurbana.com/?p=703 Acesso em 09 dez.14

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Rock da Cachorra

Eduardo Dusek

Uauuu! Uauuu! Uauuu! Uauuu! Uauuu! Uauuu! Uauuu! Uuuuuu!...

Baptuba! Uap Baptuba! Baptuba! Uap Baptuba! Baptuba! Uau! Uau! Uau! Uau! Uau!...(2x)

Troque seu cachorro Por uma criança pobre (Baptuba! Uap Baptuba!) Sem parente, sem carinho Sem rango, sem cobre (Baptuba! Uap Baptuba!) Deixe na história de sua vida Uma notícia nobre...

Troque seu cachorro (Uauuu!) Troque seu cachorro (Uauuu!) Troque seu cachorro (Uauuu!) Troque seu cachorro (Uauuu!) Troque seu cachorro Por uma criança pobre...

Tem muita gente por aí Que tá querendo levar Uma vida de cão Eu conheço um garotinho Que queria ter nascido Pastor-alemão Esse é o rock despedida

Prá minha cachorrinha Chamada "sua-mãe"...

É prá Sua-mãe! (É prá Sua-mãe!) É prá Sua-mãe! (É prá Sua-mãe!) É prá Sua-mãe! (É prá Sua-mãe!) É prá Sua-mãe! Esse é o rock despedida Prá cachorra "Sua-mãe"...

Seja mais humano Seja menos canino Dê guarita pro cachorro Mas também dê pro menino Se não um dia desse você Vai amanhecer latindo Uau! Uau! Uau!...

Troque seu cachorro Por uma criança pobre (Baptuba! Uap Baptuba!) Sem parente, sem carinho Sem rango, sem cobre (Baptuba! Uap Baptuba!) Deixe na história de sua vida Uma notícia nobre...(2x)

Uauuu! Baptuba, uap baptuba Uauuu! Baptuba, uap baptuba Uauuu! Baptuba Uau! Uau! Uau! Uau! Uau!...(2x)

http://letras.mus.br/eduardo-dusek Acesso em 06 dez 14

POSICIONE-se, em um parágrafo argumentativo, em relação ao ponto de vista enunciado na charge e na letra de música que compõem esta questão.

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29ª questão 07/10/2014 14h00 - Atualizado em 07/10/2014 17h54

CNJ aprova pagamento de auxílio-moradia de R$ 4,3 mil para juízes Órgão administrativo do Judiciário regulamentou benefício aos magistrados.

Ajuda de custos será paga inclusive para juízes que têm residência própria. Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) regulamentou nesta terça-feira (7) o pagamento de auxílio-moradia a todos os juízes do país e fixou em R$ 4.377,73 o valor do benefício para os magistrados – o mesmo previsto para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Por decisão liminar (provisória) do ministro Luiz Fux, da Suprema Corte, todos os juízes federais, estaduais, da Justiça do Trabalho e da Justiça Militar passaram a ter a prerrogativa de receber o auxílio-moradia. Os conselheiros do CNJ, no entanto, entenderam que a concessão do benefício não é retroativa, ou seja, só valerá a partir da primeira liminar concedida por Fux em favor dos magistrados, em 15 de setembro. Apesar de também terem direito à ajuda de custo, nenhum ministro do STF recebe esse benefício atualmente porque eles têm à disposição imóveis funcionais em Brasília. Somente os magistrados que não ocupam apartamentos do Judiciário podem requisitar o valor correspondente ao auxílio-moradia. O benefício será garantido até para juízes que possuem residência própria e para aqueles que atuam em suas cidades de origem. Antes da decisão de Fux, recebiam o valor alguns juízes estaduais, ministros de tribunais superiores e do Supremo. No dia 15 de setembro, Fux estendeu o pagamento do benefício mensal a todos os juízes federais. Um dia após a decisão de caráter liminar, associações que representam magistrados de outras especialidades também ingressaram com pedido para requerer o auxílio. O ministro, então, determinou a liberação mensal do benefício aos demais magistrados do país. Ele pediu que o CNJ regulamentasse os pagamentos e fixou, enquanto isso, o valor do benefício garantido atualmente a ministros do Supremo como referência. Impacto De acordo com a Associação Nacional dos Magistrados do Brasil (AMB), atualmente 10 mil dos 16.429 juízes do Brasil já recebem auxílio-moradia. Isto porque 17 estados já pagavam o benefício para juízes estaduais. Com a decisão do CNJ e as liminares concedidas por Fux, os outros 6,5 mil magistrados de todas as categorias passam a ter direito ao auxílio. O impacto mensal no Orçamento do Judiciário ao estender o benefício será de, pelo menos, R$ 28,45 milhões, de acordo com a associação de magistrados. Orçamento A concessão do auxílio-moradia vai elevar os gastos anuais do Judiciário. A decisão ocorre em meio a uma demanda do Supremo por orçamento maior. No último dia 28 de agosto, os ministros da Suprema Corte avalizaram, em sessão administrativa, uma proposta de aumento dos próprios salários de R$ 29,4 mil para R$ 35,9 mil – alta de 22%.

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Apesar de os poderes terem autonomia constitucional, o Palácio do Planalto reduziu a previsão de gastos de R$ 154 milhões chancelada pelo Supremo para o ano que vem e enviou ao Congresso Nacional uma peça orçamentária que prevê um reajuste salarial de 5% para ministros e servidores do Judiciário.

http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/10/cnj-aprova-auxilio-moradia-de-r-43-mil-para-juizes.html Acesso em 7 dez. 14.

http://professorandregeografia.blogspot.com.br/2009/11/exclusao-social.html Acesso em 08 dez. 14.

ASSOCIE, em um parágrafo argumentativo estruturado a partir da relação de fato/consequência, o texto e a charge que compõem esta questão.

30ª questão

“Enquanto isso, diante das denúncias publicadas nos últimos dias em relação aos 158 ‘órfãos do crack’, que lotaram quatro abrigos em BH de janeiro a outubro, a cidade recebeu ontem a visita emergencial de representantes da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, que desembarcaram direto de Brasília para checar as denúncias de afastamento compulsório dos bebês e das mães com histórico do uso de crack já nas maternidades. Depois de se informar sobre a gravidade da situação, ficou decidida apenas a criação de um grupo de trabalho envolvendo os diversos interessados na questão para deliberar sobre possíveis medidas a serem tomadas, ainda sem data para se reunir.”

KIEFER, Sandra. Gestantes sem acolhida oficial. In Jornal Estado de Minas em 04 dez.14.

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PRODUZA um artigo de opinião, posicionando-se em relação à separação dos filhos de usuárias de crack de suas mães.