exemplos de aplicação das leis de newton e conservação do ... · exemplos de aplicação das...
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Cálculo de resultante I Considere um corpo sobre o qual atual três forças distintas. Calcule a força resultante.
30
𝑭𝟏= 10 N
𝑭𝟐= 5 N
𝑭𝟑= 8 N
Passo 1: definir o sistema de coordenadas a ser utilizado. Pela simetria do problema, vamos definir um sistema de eixos composto por um eixo na horizontal e outro na vertical da figura. x
y
Passo 2: calcular as componentes de cada força ao longo dos eixos de coordenadas escolhido.
Neste caso, as forças F2 e F3 estão , respectivamente ao longo dos eixos x e y. A força F1 tem parte de sua ação ao longo do eixo x (F1x) e parte de sua ação ao longo do eixo y (F1y). Podemos escrever então, que:
𝐹𝑟𝑥 = 𝐹2 + 𝐹1𝑥 𝐹𝑟𝑦 = 𝐹3 + 𝐹1𝑦
Cálculo de Resultante II
Passo 3: vamos calcular as componentes da força F1 ao longo de cada um dos eixos: 𝐹1𝑥 = 𝐹1 cos 330 = 10 × 0,87 = 8,7 𝑁
𝐹1𝑦 = 𝐹1 sen 330 = 10 × (−0,5) = −5 𝑁
Logo, as componentes da força resultante serão dadas por:
𝐹𝑟𝑥 = 𝐹2 + 𝐹1𝑥 = 8,7 𝑁 + 5𝑁 = 13,7𝑁 𝐹𝑟𝑦 = 𝐹3 + 𝐹1𝑦 = 8𝑁 − 5𝑁 = 3𝑁
Portanto, a força resultante será escrita como:
𝐅𝑟 = 13,7𝐢 + 3𝐣
Cálculo de força resultante II O Plano inclinado
m
P
N
α
Queremos calcular a força resultante sobre o bloco de massa m. Neste caso, a simetria do problema sugere a orientação dos eixos conforme a figura.
O principal problema aqui é visualizar o ângulo que a força peso faz com a vertical. Um pouco de geometria nos mostra que:
α
π/2 -α
α
𝑃𝑥 = 𝑃𝑠𝑒𝑛(α) = 𝑚𝑔𝑠𝑒𝑛(α) 𝑃𝑦 = −𝑃𝑐𝑜𝑠 α = − 𝑚𝑔𝑐𝑜𝑠(α)
Cálculo de força resultante II O Plano inclinado
Portanto, as componentes da força resultante serão dadas por:
𝐹𝑟𝑥 = 𝑃𝑥 = mg sin 𝛼
𝐹𝑟𝑦 = 𝑁 + 𝑃𝑦 = 𝑁 − 𝑚𝑔 cos 𝛼=0 N
Logo, a força resultante tem somente componentes na direção x:
𝐅𝑟 = mg sin 𝛼 𝐢
T2 T1
Cálculo de força resultante Usando a ação e reação
Considere dois blocos ligados da maneira mostrada na figura. Sobre o bloco 1 atua uma força F. Calcule a aceleração sobre os dois blocos considerando que a corda que liga os dois é inextensível.
m1 m2
F Neste caso, temos duas forças formando um par de ação e reação.
Observe que a única força que age no bloco de massa m1 é a força T2 devida ao bloco 2.
Cálculo de força resultante Usando a ação e reação
Vamos equacionar as forças atuando nos dois blocos:
𝐹𝑟1 = 𝑇2 = 𝑚1𝑎 𝐹𝑟2 = 𝐹 − 𝑇1 = 𝑚2𝑎
Corda inextensível implica iguais
acelerações nos dois blocos
Vamos usar agora o fato de que as duas forças T1 e T2 formam um par de ação e reação: T1 = T2.
𝐹𝑟1 = 𝑇1 = 𝑚1𝑎 𝐹𝑟2 = 𝐹 − 𝑇1 = 𝑚2𝑎
Isolando agora para a aceleração:
𝑎 =𝐹
𝑚2 + 𝑚1
Peso aparente Considere a seguinte situação: uma pessoa está dentro de um elevador que desce a uma velocidade de 10, 0 m/s e leva 25 m para parar. Considere que a massa da pessoa seja de 70 kg e a massa do elevador de 730 kg. Calcule a aceleração com a qual o elevador é levado ao repouso e o peso que uma balança marcaria para o peso da pessoa dentro do elevador.
Balança Pe
N
Pp
Primeiro, vamos calcular a aceleração do conjunto, sob a hipótese de que a aceleração foi constante. Neste caso, podemos usar a equação de Torricelli para calcular a aceleração:
2 2
22 2
2 2
2 ( )
0 10 /
2( ) 2 (0 25)
100/ 2 /
50
f i f i
f i
f i
v v a y y
v v m sa
y y
a m s m s
y
a
Peso aparente Vamos agora calcular o peso aparente da pessoa sobre o elevador. Sobre a pessoa atuam duas forças:
1) O peso da pessoa;
2) A força de reação da balança sobre ela, chamada de Normal.
Observe que a Normal é, em módulo, igual à força que a pessoa aplica sobre a balança que é o peso medido pela balança.
Logo:
2
2
( )
70 (2 9,81) /
70 11,81 /
826,7
y
y
ma N mg
N m a g
N kg m s
N kg m s
N N
rF = P N
Peso medido pela balança.
Interregno – Energia cinética e conservação da energia
Definimos a Energia Cinética de uma partícula de massa m e velocidade de módulo v por:
𝐸𝑐 =1
2𝑚𝑣2
Esta quantidade nos indica quanto de movimento uma partícula tem. Ela é relacionada com a distância na qual uma força agiu para levar a partícula de uma situação na qual a velocidade da partícula era zero até a situação na qual a velocidade da partícula é v.
Posição na qual a velocidade é v.
m F
Posição inicial (v=0).
Distância percorrida sob a ação da força F
Interregno – Conservação da Energia
Em um sistema fechado a energia total, entendida como a soma das energias de todas as partículas é conservada.
Em sistemas fechados, em qualquer processo, a energia total antes de o processo ocorrer é a mesma depois de o processo ocorrer.
Hipótese: o choque é completamente elástico: a energia não é perdida de forma alguma.
Princípios que podemos aplicar:
•Conservação do momento;
•Conservação da energia.
Problema: qual serão as velocidades das duas bolas após a colisão?
ti tfP P
ti tfE E
Situação antes do choque Situação depois do choque
m, v1i = 0 M, V2i
Posição do choque
m, v1f
M, V2f
Posição do choque
Eq. 1
Colisões em uma dimensão
Colisões em uma dimensão
1 2
1 2
1 2
tf f f
tf f f
tf f f
m M
P mv MV
P p p
P v V
O momento linear total do sistema após o choque é dado por:
Portanto, podemos escrever a partir da conservação do momento linear:
2 1 2
2 2 1
1 2 2
ti tf
i f f
i f f
f i f
P P
MV mv MV
MV MV mv
Mv V V
m
Estamos no caso unidimensional
O momento linear total do sistema antes do choque é dado por:
1 2
1 2
1 2 2
ti i i
ti i i
ti i i i
m M
P mv MV MV
P p p
P v V
Da conservação da energia temos:
Vamos agora isolar a velocidade final da partícula que estava inicialmente em
repouso, vf em função da velocidade da partícula que estava inicialmente em
movimento:
2 2 2
2 1 2
2 2 2
2 2 1
2 2 2
2 2 1
2 2 2
2 2 1
2
2 2 2 2 1
1 1 1
2 2 2
1 1 1
2 2 2
1 1
2 2
i f f
i f f
i f f
i f f
i f i f f
MV mv MV
MV MV mv
M V V mv
mV V v
M
mV V V V v
M
2 2 2
2 1 2
1 1 1
2 2 2
ci cf
i f f
E E
MV mv MV
Colisões em uma dimensão
Colisões em uma dimensão Usando agora a Eq. 1:
2
2 2 2 2 2 2
2
2 2 2 2 2 2
2 2 2 2
2 2
2 2
2 2
1 1
i f i f i f
i f i f i f
i f i f
f i
f i
f i
m MV V V V V V
M m
MV V V V V V
m
MV V V V
m
M MV V
m m
m M M mV V
m m
M mV V
M m
1 2 2
1 2 2
1 2
1 2 2
1 2
1
2
2
f i f
f i i
f i
f i i
f i
Mv V V
m
M M mv V V
m M m
M M mv V
m M m
M M m M m M mv V V
m M m m M m
Mv V
M m
Usando agora esta expressão, podemos obter a velocidade final da partícula inicialmente em repouso:
Colisões em uma dimensão
Colisões em uma dimensão – casos limite
i) Massas iguais: M = m
Nesse caso:
1 2 2 2 2
2 2 2
2 2 22
0
f i i i i
f i i
M m mv V V V V
M m m m m
M m m mV V V
M m M m
Há uma transferência completa de momento da partícula que se movimenta para aquela que está parada !
Colisões em uma dimensão – casos limite ii) Massa da partícula alvo é muito menor que a massa da partícula projétil: M >> m (Projétil pesado)
Agora temos:
O momento do projétil não é praticamente modificado !
1 2 2 2
2 2 2
2 2 2f i i i
f i i
M Mv V V V
M m M
M mV V V
M m
Colisões em uma dimensão – casos limite
iii) Massa da partícula alvo é muito maior que a massa da partícula projétil: m >> M (Alvo pesado)
1 2 2
2 2 2 2
2 2 1f i i
f i i i
M Mv V V
M m m
M m mV V V V
M m m
Nesse caso a partícula projétil inverte simplesmente a sua velocidade e a partícula alvo se move com velocidade muito pequena para a frente.