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Aula 00 Execução Orçamentária e Financeira p/ TCU - Técnico Professor: Giovanni Pacelli 00000000000 - DEMO

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    Execuo Oramentria e Financeira p/ TCU - TcnicoProfessor: Giovanni Pacelli

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  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Teoria e exerccios comentados

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    AULA 00: Programao, execuo e controle de

    recursos oramentrios e financeiros.

    SUMRIO PGINA 1.Apresentao 1 2.Cronograma das aulas 3 3.Ciclo Oramentrio e etapa de execuo oramentria e financeira

    4

    4.Decreto de programao oramentria e financeira 20 4.1.Elaborao da Programao Financeira 20 4.2.Contedo da Programao Financeira 21 4.2.1.Crditos Adicionais 24 4.2.2.Restos a pagar 26 4.2.3.Restituies de receitas ressarcimento em espcie a ttulo de incentivo ou benefcio fiscal

    27

    4.2.4.Despesas no Exterior 27 4.2.5.Anulao de Despesas 28 5.Entrega de recursos do executivo aos demais poderes 29 6.Descentralizao de crditos e de recursos 31 7.Controles existentes sobre a programao oramentria e financeira: rgos e mecanismos 38

    7.1. Mecanismo de limitao de empenho e movimentao financeira

    41

    8.Questes comentadas 45 9.Lista das questes apresentadas 55 1. APRESENTAO

    Pessoal tudo bem? Meu nome Giovanni Pacelli e JUNTOS (eu e

    voc concurseiro/concurseira) desenvolveremos o aprendizado da

    GLVFLSOLQDExecuo Oramentria e FinanceiraYROWDGDSDUDo cargo de Tcnico Federal de Controle Externo para o prximo concurso do TCU cuja autorizao j foi publicada.

    Antes, porm vou me apresentar. Sou analista de finanas e

    controle da Controladoria Geral da Unio e professor de Contabilidade

    Pblica e de Administrao Financeira e Oramentria em cursos

    preparatrios de Braslia (efetivo no IGEPP, com participao eventual

    em outros cursos como Cathedra, CEPEGG, IMP e Diplomata), So Paulo

    (UNIEQUIPE) e Fortaleza (Master Concursos).

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    J fui professor de Introduo Contabilidade no Departamento de

    Cincias Contbeis e Atuariais da UnB. Sou oficial da reserva do Exrcito

    Brasileiro. Fui aprovado no concurso da Controladoria Geral da Unio

    (ESAF), no concurso da ANTAQ (Cespe/UnB) e, em primeiro lugar, no

    concurso do Tribunal de Contas do Estado do Cear (FCC). Sou bacharel

    em Cincias Militares, pela Academia Militar, e em Administrao de

    Empresas, pela Universidade Estadual do Cear, ps-graduado em

    operaes militares, e doutorando e mestre em Cincias Contbeis pela

    UnB.

    Deu para notar que j estive a do outro lado como aluno. Naquela

    poca de concurseiro o que mais queria e EXIGIA dos professores era

    APRENDER TUDO que j caiu em concursos na disciplina em questo.

    Porm, o mais importante e que sempre julguei crucial para obter sucesso

    nos certames era SABER DE ONDE VINHAM AS QUESTES, pois

    sempre tive a percepo que se em dado certame cobrado hoje a alnea

    D GR DUW GH GHWHUPLQDGR QRUPDWLYR DPDQKm SRGH VHU cobrada a DOLHQDE Durante as aulas resolveremos as questes disponveis da banca

    Cespe sobre o tema. Porm, quando houver poucas questes da banca,

    incluirei a resoluo de questes outras bancas que possuem o edital

    similar.

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    2. CRONOGRAMA DAS AULAS

    A seguir apresento o cronograma das aulas que contm os itens do

    edital:

    Aula Item do edital Data de

    disponibilizao

    00 Programao, execuo e controle de

    recursos oramentrios e financeiros. 13/07/2014

    01 Receita: classificaes, etapas e estgios. 20/07/2014

    02 Despesa: classificaes, etapas e estgios

    (empenho, liquidao e pagamento). 27/07/2014

    03

    Lei n 4.320/64: principais tpicos. Controle

    e pagamento de restos a pagar e de

    despesas de exerccios anteriores.

    03/08/2014

    04

    Noes de SIAFI e CPR Contas a Pagar e a Receber. Guia de Recolhimento da Unio

    (GRU).

    10/08/2014

    05 Conformidade diria e documental. Rol de

    responsveis. 17/08/2014

    06 Reteno e recolhimento de tributos

    incidentes sobre bens e servios. 24/08/2014

    07 Lei de Responsabilidade Fiscal (LC n

    101/2000): principais tpicos. 31/08/2014

    Adianto que sero algumas aulas sero extensas com a de lei 4320

    e a aula de LRF. 0HVPRDVVLPLQFOXLRWHUPRtpico como uma reserva, pois no vou comentar todos os artigos, mas sim os que j caram nas

    provas anteriores da banca, bem como aqueles que eu considero

    essenciais ao entendimento do contedo.

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    3. CICLO ORAMENTRIO E ETAPA DE EXECUO ORAMENTRIA

    E FINANCEIRA

    Antes de se fazer consideraes sobre a programao,

    execuo e controle de recursos oramentrios e financeiros,

    deve-se inserir a mesma no ciclo oramentrio. Assim, vamos identificar o

    que o ciclo oramentrio e suas respectivas etapas.

    O ciclo oramentrio composto por 4 etapas ilustradas na Figura

    1.

    Figura 1: Ciclo Oramentrio da Lei Oramentria Anual (LOA)

    A Figura 2 ilustra as principias datas no ciclo oramentrio da Unio.

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    Figura 2: Ciclo Oramentrio da LOA 2012 na Unio

    2011

    31.08

    Envio doPLOA 2012

    Aprovao do PLOA

    2012

    2012 2013

    01.01

    Publicao da LOA

    2012

    31.01

    Publicao do Decreto de

    Programao Financeira da

    LOA 2012

    Incio do EF

    02.02

    Abertura da sesso

    legislativa

    05.04 15.09

    Envio da Prestao de Contas do PR

    ao CN da LOA 2012

    Publicao do Relatrio de

    Avaliao da LOA 2012

    22.12

    Legenda: considerei que entre 02.02.2013 e 05.04.2013 existem 60 dias; LDO (Lei de Diretrizes Oramentrias); PPA (Plano plurianual).

    Fazendo uma anlise sobre o ciclo oramentrio da Unio, observa-se que em ambos os entes a etapa de

    Elaborao e a etapa de Discusso, Votao e Aprovao ocorrem em 2011, enquanto que a etapa de

    Execuo Oramentria Financeira ocorre em 2012.

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    Apesar da etapa de Controle e Avaliao vir em 4 lugar, a mesma

    pode ser observada em todas as etapas, haja vista termos trs tipos de

    controle: prvio, concomitante e subsequente1. A seguir apresento

    exemplos de controles que existem nas etapas da LOA considerando todo

    o ciclo oramentrio.

    Quadro 1: Exemplos de controles durante o ciclo oramentrio da

    LOA a ser executada em 2012

    Exemplo Em que consiste Etapa em

    que ocorre Ano

    Controle sobre as

    propostas

    oramentrias dos

    demais Poderes.

    Caso as propostas do Judicirio

    esteja em desacordo como os

    limites da LDO, o Executivo

    efetuar os ajustes dentro dos

    limites da LDO2.

    1 Etapa -

    Elaborao 2011

    Exame sobre a

    admissibilidade de

    emendas na

    Comisso Mista de

    Oramento.

    No so aceitas emendas, por

    exemplo, que estejam

    incompatveis como o PPA e a

    LDO3.

    2 Etapa Discusso,

    Votao e

    Aprovao

    2011

    Atuao do controle

    interno ou externo

    sobre editais (antes

    da execuo da

    despesa).

    Os Tribunais de Contas e os

    rgos integrantes do sistema de

    controle interno podero solicitar

    para exame, at o dia til

    imediatamente anterior data

    de recebimento das

    propostas, cpia de edital de

    licitao j publicado, obrigando-

    se os rgos ou entidades da

    Administrao interessada

    adoo de medidas corretivas

    pertinentes que, em funo desse

    exame, lhes forem determinadas4.

    3 Etapa Execuo

    Oramentria e

    Financeira

    2012

    1 Art. 77 da lei 4320/1964. 2 4 do Art. 99 da CF/1988 3 Inciso I do 3 do Art. 166 da CF/1988.

    4 2o do art. 113 da lei 8666/1993.

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    Prestao de

    Contas do

    Presidente da

    Repblica

    At 60 dias aps a abertura da

    sesso legislativa o Presidente

    da Repblica deve enviar a

    prestao de contas ao

    Congresso Nacional 5.

    4 Etapa Controle e

    Avaliao

    2013

    Quanto tema da aula de hoje programao e controle de recursos oramentrios e financeiros REVHUYH TXH o mesmo se insere na terceira etapa da LOA (Execuo Oramentria e Financeira).

    nessa etapa que focaremos nosso estudo sobre os controles dos

    recursos financeiros e oramentrios.

    Inicialmente, lembro que o exerccio financeiro no Brasil

    coincide com o ano civil6.

    No confunda exerccio financeiro com o tempo de durao do ciclo

    oramentrio.

    Enquanto o primeiro igual a um ano, o segundo superior a um

    ano (sendo bem criterioso superior a dois).

    1R HQWDQWR D HWDSD GD /2$ ([HFXomR2UoDPHQWiULD H )LQDQFHLUDcoincide com o exerccio financeiro que de um ano.

    Na Figura 2 observamos que quando a LOA publicada no dia 1 de

    janeiro, o decreto de programao oramentria e financeira tem

    at 30 dias para ser publicado. Essa diretriz deve ser observada por

    todos os entes haja vista estar prescrita na lei complementar 101/2000

    (LRF):

    5 Inciso XXIV do art. 84 da CF/1988. 6 Art. 34 Lei 4320/1964.

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    Art. 8 At trinta dias aps a publicao dos oramentos, nos termos

    em que dispuser a lei de diretrizes oramentrias e observado o

    disposto na alnea c do inciso I do art. 4, o Poder Executivo

    estabelecer a programao financeira e o cronograma de

    execuo mensal de desembolso.

    Nessa leitura inicial, pode-se ficar com a impresso de que compete

    apenas ao Executivo a programao financeira da LOA. Porm, vejamos o

    que prescreve a LDO (lei 12.919/2013).

    Art. 50. Os Poderes, o Ministrio Pblico da Unio (MPU) e a Defensoria

    Pblica da Unio (DPU) devero elaborar e publicar por ato prprio, at

    trinta dias aps a publicao da Lei Oramentria de 2014, cronograma

    anual de desembolso mensal, por rgo, nos termos do art. 8 da Lei de

    Responsabilidade Fiscal, com vistas ao cumprimento da meta de

    supervit primrio estabelecida nesta Lei.

    Assim, entende-se que cada poder e o MPU a DPU publicam sua

    respectiva programao financeira. Alm, disso a programao financeira

    deve ter por objetivo compatibilizar o cronograma de desembolso com as

    metas de resultado primrio.

    Vamos as nossas duas questes iniciais.

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    1. (Cespe/2013/MPU/Analista) A programao financeira de desembolso,

    que o instrumento bsico do planejamento da Unio, ajusta o ritmo de

    execuo do oramento-programa ao fluxo provvel de ingressos de

    recursos.

    2. (Cespe/MPU/2010/Tcnico de Apoio/Oramento) O ciclo oramentrio

    compreende um perodo de tempo que se inicia antes do exerccio

    correspondente quele em que o oramento deve entrar em vigor, sendo

    necessariamente superior a um ano.

    COMENTRIOS QUESTO

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    1. CERTO, o Brasil utiliza o oramento-programa e a programao

    oramentria-financeira contempla o cronograma de desembolso que

    deve estar alinhado com o supervit financeiro.

    2. CERTO, o ciclo oramentrio maior que um ano, conforme consta na

    Figura 2.

    Considerando situaes de ordem prtica, e que podem ser

    cobradas em concurso, posto a seguinte enquete: E se a LOA no for

    sancionada at o dia 31 de dezembro do ano anterior etapa de

    Execuo, o que ocorre? Como fica a programao oramentria e

    financeira?

    De fato recorrente, a situao de se iniciar o ano sem a LOA

    publicada. A lei LDO para a LOA 2014 estabelece que7 se o Projeto de Lei

    Oramentria de 2014 no for sancionado pelo Presidente da Repblica

    at 31 de dezembro de 2013, a programao dele constante poder ser

    executada para o atendimento de:

    I - despesas com obrigaes constitucionais ou legais da Unio

    relacionadas no Anexo III da LDO, inclusive daquelas a que se refere o

    anexo especfico previsto no art. 808 desta Lei;

    7 Art. 53 da lei 12.919/2013. 8 Art. 80. Para fins de atendimento ao disposto no inciso II do 1 do art. 169 da Constituio

    Federal, observado o inciso I do mesmo pargrafo, ficam autorizadas as despesas com pessoal relativas

    concesso de quaisquer vantagens, aumentos de remunerao, criao de cargos, empregos e funes,

    alteraes de estrutura de carreiras, bem como admisses ou contrataes a qualquer ttulo, de civis ou

    militares, at o montante das quantidades e dos limites oramentrios constantes de anexo especfico da Lei

    Oramentria de 2014, cujos valores devero constar da programao oramentria e ser compatveis com os

    limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.

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    II - bolsas de estudo no mbito do Conselho Nacional de Desenvolvimento

    Cientfico e Tecnolgico - CNPq, da Fundao Coordenao de

    Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior - CAPES e do Instituto de

    Pesquisa Econmica Aplicada - IPEA, bolsas de residncia mdica e do

    Programa de Educao Tutorial - PET, bolsas e auxlios educacionais dos

    programas de formao do Fundo Nacional de Desenvolvimento da

    Educao - FNDE, bolsas para aes de sade da Empresa Brasileira de

    Servios Hospitalares EBSERH e Hospital de Clnicas de Porto Alegre - HCPA, bem como Bolsa-Atleta e bolsas do Programa Segundo Tempo;

    III - pagamento de estagirios e de contrataes temporrias por

    excepcional interesse pblico na forma da Lei no 8.745, de 9 de dezembro

    de 1993;

    IV - aes de preveno a desastres classificadas na subfuno Defesa

    Civil;

    V - formao de estoques pblicos vinculados ao programa de garantia

    dos preos mnimos;

    VI - realizao de eleies e continuidade da implantao do sistema de

    automao de identificao biomtrica de eleitores pela Justia Eleitoral;

    VII - importao de bens destinados pesquisa cientfica e tecnolgica,

    no valor da cota fixada no exerccio financeiro anterior pelo Ministrio da

    Fazenda;

    VIII - concesso de financiamento ao estudante;

    IX - aes em andamento decorrentes de acordo de cooperao

    internacional com transferncia de tecnologia;

    X - dotaes destinadas aplicao mnima em aes e servios pblicos

    de sade, classificadas na Lei Oramentria com o Identificador de Uso 6

    (IU 6); e

    XI - outras despesas correntes de carter inadivel, at o limite de um

    doze avos do valor previsto para cada rgo no Projeto de Lei

    Oramentria de 2014, multiplicado pelo nmero de meses decorridos

    at a sano da respectiva Lei.

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    Quando a LOA no sancionada at 31 de dezembro ocorrem trs

    situaes: (i) algumas despesas so executadas integralmente

    (todos os itens anteriores listados exceto as despesas correntes de

    carter inadivel); (ii) algumas despesas esto limitadas a 1/12

    avos mensais at a aprovao da LOA; (iii) as demais despesas

    no enquadradas nas duas situaes anteriores no podem ser

    executadas. Nos dois primeiros casos a referncia o PLOA enviado e

    que se encontra no Congresso Nacional.

    3. (Cespe/2013/TRT 17 Regio) Se o projeto de lei oramentria anual

    no for sancionado at 31 de dezembro, ser possvel adotar a prtica,

    autorizada em cada lei de diretrizes oramentrias, de execuo

    contnua de algumas despesas constantes da proposta, o que, no caso

    de despesas correntes consideradas inadiveis, no poder exceder, a

    cada ms, um duodcimo do valor previsto de cada ao.

    COMENTRIOS QUESTO

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    CERTO, conforme vimos na LDO/2013.

    Porm, ainda resta um esclarecimento. Se a LOA ainda no foi

    publicada, existe uma programao financeira intermediria com

    base no PLOA 2011 (supondo que se chegou em 31/12/2010 sem

    a sano da LOA 2011) at a publicao LOA e a publicao

    subsequente da programao financeira? Dependendo do lapso

    temporal, sim. Vejamos as Figuras 3 e 4 em que o lapso temporal foi

    GHFLVLYRSDUDSXEOLFDomRGHXPGHFUHWRLQWHUPHGLiULRHRGHILQLWLYRHDFigura 5 em que o lapso temporal no foi decisivo para publicao de um

    GHFUHWR LQWHUPHGLiULR PDV DSHQDV R GHILQLWLYR (LOA 2012). O termo GHILQLWLYR Vignifica que apesar dele ser o Decreto conforme a LOA publicada, o mesmo pode sofrer alteraes durante o exerccio.

    Figura 3: Decreto de Programao Financeira 2011 at a publicao da LOA

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    Figura 4: Decreto de Programao Financeira 2011 aps a publicao da LOA

    Figura 5: Decreto de Programao Financeira 2012 aps a publicao da LOA

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    No mbito do Poder Executivo, esse decreto ficou conhecido

    como Decreto de Contingenciamento, que, normalmente,

    detalhado por portaria interministerial (MP e MF), evidenciados os

    valores autorizados para movimentao e empenho e para pagamentos

    no decorrer do exerccio. O Quadro 2 contm os objetivos desse

    mecanismo conforme o MTO 2014.

    Quadro 2: Objetivos da programao financeira conforme o MTO 2014

    1

    Estabelecer normas especficas de execuo oramentria e

    financeira para o exerccio.

    2 Estabelecer um cronograma de compromissos (empenhos) e de

    liberao (pagamento) dos recursos financeiros para o Governo.

    3 Cumprir a legislao oramentria (LRF, LDO etc).

    4

    Assegurar o equilbrio entre receitas e despesas ao longo do

    exerccio financeiro e proporcionar o cumprimento da meta de

    resultado primrio.

    Aps a publicao da LOA e a decretao das diretrizes de

    programao financeira, tem incio a execuo oramentria, a partir de

    1 de janeiro9.

    . As Unidades Oramentrias podem, a partir da, efetuar a

    movimentao dos crditos, independentemente da existncia de

    saldos bancrios ou recursos financeiros.

    Compete ao rgo central do Sistema de Programao

    Financeira (a Secretaria do Tesouro Nacional) a aprovao do limite

    global de pagamentos de cada Ministrio ou rgo, tendo em vista o

    montante de dotaes e a previso do fluxo de caixa do Tesouro Nacional.

    Quando da alterao dos limites globais de pagamentos

    devero ser observados o quantitativo das dotaes oramentrias e

    o comportamento da execuo oramentria.

    9 Isso o que prescreve o Manual SIAFI, porm vimos na prtica que no se inicia exatamente em 1 de

    janeiro.

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    Fizemos meno no pargrafo anterior sobre as Unidades

    Oramentrias, porm qual a diferena entre UG, UO e UA?

    A Secretaria do Tesouro Nacional estabelece que:

    UNIDADE GESTORA (UG) Unidade oramentria ou administrativa que realiza atos de gesto oramentria, financeira e/ou patrimonial.

    UNIDADE ORAMENTRIA - Segmento da administrao direta a

    que o oramento da Unio consigna dotaes especificas para a

    realizao de seus programas de trabalho e sobre os quais exerce o

    poder de disposio.

    UNIDADE ADMINISTRATIVA - Segmento da administrao direta

    ao qual a lei oramentria anual no consigna recursos e que depende de

    destaques ou provises para executar seus programas de trabalho.

    Quando da alterao dos limites globais de pagamentos devero ser

    observados o quantitativo das dotaes oramentrias e o

    comportamento da execuo oramentria.

    Alm da LRF, a programao oramentria e financeira est

    suportada pela lei 4320/196410. Conforme a referida lei, imediatamente

    aps a promulgao da Lei de Oramento e com base nos limites nela

    fixados, o Poder Executivo aprovar um quadro de cotas trimestrais

    da despesa que cada unidade oramentria fica autorizada a utilizar11. A

    fixao das cotas atender aos seguintes objetivos expostos no Quadro 3.

    10 A lei 4320/1964 formalmente ordinria e material complementar. 11 O Quadro de cotas trimestrais no utilizado atualmente pela Unio, mas alguns Estados e Municpios ainda

    o utilizam.

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    Quadro 3: Objetivos da programao da despesa pela lei 4320/1964

    Objetivos das cotas

    trimestrais

    Assegurar s unidades oramentrias, em

    tempo til a soma de recursos necessrios

    e suficientes a melhor execuo do seu

    programa anual de trabalho.

    Manter, durante o exerccio, na medida do

    possvel o equilbrio entre a receita

    arrecadada e a despesa realizada, de modo

    a reduzir ao mnimo eventuais

    insuficincias de tesouraria.

    Ressalta-se que as cotas trimestrais podero ser alteradas durante o

    exerccio, observados o limite da dotao e o comportamento da

    execuo oramentria12. Isso refora que a programao financeira

    inicialmente aprovada conforme a LOA, pode sofrer alteraes.

    Por fim, a LRF estabelece que os recursos legalmente

    vinculados a finalidade especfica sero utilizados exclusivamente

    para atender ao objeto de sua vinculao, ainda que em exerccio

    diverso daquele em que ocorrer o ingresso13.

    Dessa forma, se for arrecadada uma receita do Imposto de Renda

    em 31/12/2011 no valor de R$ 100 reais: R$ 23,50 devem ser destinados

    ao FPM (Fundo de Participao dos Municpios) e R$ 21,50 devem ser

    destinados ao FPE (Fundo de Participao dos Estados). Isso porque no

    importa o momento do ingresso (pois poderia se pensar que no

    haveria mais tempo hbil para utilizar aquele recurso nas finalidades

    previstas ainda em 2011), mas sim a qual finalidade especfica na

    qual deve ser aplicado o recurso.

    12 Art. 50 da lei 4320/1964. 13 Pargrafo nico do art. 8 LRF.

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    Ressalta-se que devido a esta imposio da LRF, foi instituda a

    classificao por fonte de recursos14 que promove o atendimento das

    vinculaes legais desde o planejamento da fixao despesa e

    estimativa das receitas at a arrecadao da receita e pagamento

    da despesa.

    Vamos fazer mais 3 questes.

    4. (STM/2011/Especialista em Contabilidade) A partir da publicao da

    Lei de Meios e a decretao das diretrizes de programao financeira, as

    unidades oramentrias podem efetuar a movimentao dos crditos,

    independentemente da existncia de recursos financeiros.

    5. (Cespe/2013/TJ-AC) As cotas trimestrais das despesas destinadas a

    cada unidade oramentria no podero ser alteradas durante o

    exerccio, uma vez que j foram aprovadas e fixadas na lei

    oramentria.

    6. (Cespe/2013/IBAMA) Considere que determinado recurso tenha sido

    vinculado, no exerccio financeiro vigente, manuteno e ao

    desenvolvimento do ensino e destinado a determinado municpio para a

    realizao de reformas de escolas pblicas municipais. Nessa situao,

    correto afirmar que, caso esse recurso no seja transferido para o

    municpio at o final do ano por falta da documentao necessria, a

    Unio poder destin-lo a outro municpio no exerccio seguinte, contudo

    ser obrigada a manter a vinculao manuteno e ao

    desenvolvimento do ensino.

    COMENTRIOS S QUESTES

    14 Esse item ser explorado nas duas aulas seguintes.

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    4. (STM/2011/Especialista em Contabilidade) A partir da publicao da

    Lei de Meios e a decretao das diretrizes de programao financeira, as

    unidades oramentrias podem efetuar a movimentao dos crditos,

    independentemente da existncia de recursos financeiros.

    CERTO, para se movimentar crditos e efetuar o empenho, no se

    necessita de recurso financeiro. Porm, veremos mais a frente que se

    aps um bimestre o valor que deveria ter sido arrecadado no cobrir o

    que fora autorizado a gastar no perodo, deve realizar o controle sobre

    os gastos nos 30 dias subsequetentes.

    5. (Cespe/2013/TJ-AC) As cotas trimestrais das despesas destinadas a

    cada unidade oramentria no podero ser alteradas durante o

    exerccio, uma vez que j foram aprovadas e fixadas na lei

    oramentria.

    ERRADO. As cotas trimestrais constam na lei 4320/1964 e apesar no

    serem aplicadas na Unio, guardam semelhana com o decreto de

    programao oramentria e financeira. Diante do exposto, tanto o

    decreto, quanto s cotas podem ser reajustadas ao longo da

    execuo oramentria e financeira.

    6. (Cespe/2013/IBAMA) Considere que determinado recurso tenha sido

    vinculado, no exerccio financeiro vigente, manuteno e ao

    desenvolvimento do ensino e destinado a determinado municpio para a

    realizao de reformas de escolas pblicas municipais. Nessa situao,

    correto afirmar que, caso esse recurso no seja transferido para o

    municpio at o final do ano por falta da documentao necessria, a

    Unio poder destin-lo a outro municpio no exerccio seguinte, contudo

    ser obrigada a manter a vinculao manuteno e ao

    desenvolvimento do ensino.

    CERTO, o importante que se um recurso for vinculado para o

    ensino ou outra rea do gasto, ele deve permanecer vinculado ao

    ensino nos exerccios seguintes.

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    4. DECRETO DE PROGRAMAO FINANCEIRA E ORAMENTRIA

    Vimos at aqui onde se insere a programao oramentria e

    financeira no ciclo oramentrio, bem como a base legal para existncia

    da mesma.

    4.1. Elaborao da programao financeira

    Aps a aprovao da LOA, a Secretaria do Tesouro Nacional do

    Ministrio da Fazenda, por meio de fita magntica elaborada pela

    Secretaria de Oramento Federal SOF do Ministrio do Planejamento, registra no SIAFI os limites oramentrios da

    dotao inicial e crditos adicionais, com reflexo automtico nas

    contas dos OSPF (rgos superiores de programao financeira), onde

    contabilizada a cota a programar, em funo do crdito oramentrio

    autorizado.

    No Executivo os rgos Superiores de Programao Financeiras so

    representados pelas SPOA (Subsecretaria de Planejamento, Oramento e

    Administrao) ou DGI (Diretoria de Gesto Interna) dos Ministrios.

    A solicitao de recursos financeiros dos OSPF ao rgo Central se

    realiza mediante registro especfico, no SIAFI, da Proposta de

    Programao Financeira - PPF, por meio da transao PF.

    De posse das PPF dos OSPF, a COFIN/STN, elabora a Proposta

    de Programao Financeira consolidada, com observncia dos

    critrios indicados a seguir, por ordem de prioridade:

    (i) Volume de arrecadao dos recursos, de forma que o montante a ser

    liberado fique limitado ao efetivo ingresso dos recursos no caixa do

    Tesouro Nacional;

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    (ii) Existncia de dotao oramentria nas categorias de gasto, para

    utilizao dos recursos nos OSPF;

    (iii) Vinculaes constitucionais e legais das receitas arrecadadas, bem

    como os respectivos prazos legais de repasse dos recursos;

    (iv) Prioridade de gasto, previamente estabelecida no Decreto de

    Programao Financeira;

    (v) Demanda apresentada pelos rgos, Ministrios e Entidades;

    (vi) Sazonalidade de alguns gastos; e

    (viii) Poltica fiscal estabelecida para o perodo (dficit ou supervit fiscal).

    As diretrizes gerais da programao financeira da despesa

    autorizada na Lei de Oramento anual sero fixadas em decreto,

    cabendo Secretaria do Tesouro Nacional, em ato prprio, aprovar o

    limite global de saques de cada Ministrio ou rgo, tendo em vista o

    montante das dotaes e a previso do fluxo de caixa do Tesouro

    Nacional15.

    Na alterao do limite global de saques, observar-se-o o

    quantitativo das dotaes oramentrias e o comportamento da execuo

    oramentria.

    4.2. Contedo da Programao Financeira

    Nesse tpico apresentarei o contedo do decreto de programao

    oramentria e financeira.

    A lei 4320/1964 estabelece que a programao da despesa

    oramentria levar em conta os crditos adicionais e as operaes

    extraoramentrias16.

    O decreto de programao financeira deve conter:

    - os crditos adicionais;

    - as restituies de receitas e o ressarcimento em espcie a ttulo

    de incentivo ou benefcio fiscal;

    - os restos a Pagar;

    - as despesas autorizadas na Lei de Oramentria Anual.17

    15 Art. 9 do Decreto 93.872/1986. 16 Art. 49 da lei 4320/1964.

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    7. (Cespe/TCE-RN/2009/Assessor Tcnico de Controle e Administrao)

    Na fixao da programao financeira, devem ser considerados os

    crditos adicionais e as operaes extraoramentrias, em especial os

    restos a pagar.

    COMENTRIOS QUESTO

    17 2 Art. 9 do Decreto 93.872/1986.

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    CERTO, conforme vimos anteriormente.

    Os Ministrios, rgos da Presidncia da Repblica e dos Poderes

    Legislativo e Judicirio, dentro do limite global de saques fixado e de

    acordo com o fluxo dos recursos do Tesouro Nacional, aprovaro o

    limite de saques de cada unidade oramentria, tendo em vista o

    cronograma de execuo dos projetos e atividades a seu cargo, dando

    cincia ao Tribunal de Contas da Unio18.

    Depois, de fixao o limite global, a unidade oramentria

    poder partilhar seu limite financeiro entre as unidades

    administrativas gestoras, quando conveniente e necessrio,

    observadas as normas legais pertinentes.

    Toda atividade dever ajustar-se programao

    governamental ao oramento anual, e os compromissos

    financeiros, inclusive quando financiados por operaes de crdito

    internas ou externas, ficam subordinados aos limites estabelecidos na

    programao financeira de desembolso aprovada19.

    As transferncias para entidades supervisionadas, inclusive

    quando decorrentes de receitas vinculadas ou com destinao

    especificada na legislao vigente, constaro de limites de saques

    aprovados para a unidade oramentria qual os crditos sejam

    atribuveis, de acordo com o cronograma aprovado20. Os limites de

    saques aprovados pela UO destinados as despesas de

    transferncias s entidades supervisionadas e para as despesas

    de fundos especiais custeados com o produto de receitas prprias, s

    podero ser efetuados aps a arrecadao da respectiva receita e

    de seu recolhimento conta do Tesouro Nacional.

    18 Art. 10 do Decreto 93872/1986. 19 Art. 11 do Decreto 93872/1986. 20 Art. 12 do Decreto 93872/1986.

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    4.2.1. Crditos adicionais

    So crditos adicionais, as autorizaes de despesa no

    computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Oramento21.

    importante destacar que os crditos adicionais ocorrem apenas

    durante a 3 etapa da LOA Execuo Oramentria e Financeira. Existem 3 tipos de crditos adicionais: suplementares, especiais e

    extraordinrios.

    Os crditos adicionais classificam-se em22:

    -Suplementares, os destinados a reforo de dotao oramentria;

    -Especiais, os destinados a despesas para as quais no haja dotao

    oramentria especfica;

    -Extraordinrios, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em

    caso de guerra, comoo intestina ou calamidade pblica.

    A lei 4320/1964 estabelece ainda que os crditos suplementares

    e especiais sero autorizados por lei e abertos por decreto

    executivo23.

    Ressalta-se que a abertura dos crditos suplementares e

    especiais depende da existncia de recursos disponveis para

    ocorrer a despesa e ser precedida de exposio justificativa24. J os

    crditos extraordinrios sero abertos por decreto do Poder

    Executivo, que deles dar imediato conhecimento ao Poder

    Legislativo25.

    Os crditos adicionais tero vigncia adstrita ao exerccio

    financeiro em que forem abertos, salvo expressa disposio legal em

    contrrio, quanto aos especiais e extraordinrios26.

    Por fim, o ato que abrir crdito adicional indicar a

    importncia, a espcie do mesmo e a classificao da despesa, at

    onde for possvel27.

    21 Art. 40 Lei 4.320/1964. 22 Art. 41 Lei 4.320/1964. 23 Art. 42 Lei 4.320/1964. 24 Art. 43 Lei 4.320/1964. 25 Art. 44 Lei 4.320/1964. 26 Art. 45 Lei 4.320/1964.

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    Vimos at aqui o posicionamento sobre os crditos adicionais

    conforme prescrito na Lei 4320/1964 e na CF/1988.

    A lei oramentria anual no conter dispositivo estranho previso

    de receita e fixao da despesa, no se incluindo na proibio a

    autorizao para abertura de crditos suplementares e contratao

    de operaes de crdito, ainda que por antecipao de receita, nos

    termos da lei.

    Refora-se ainda que so vedados a abertura de crdito

    suplementar ou especial sem prvia autorizao legislativa e sem

    indicao dos recursos correspondentes. Por fim, que os crditos

    especiais e extraordinrios tero vigncia no exerccio financeiro

    em que forem autorizados, salvo se o ato de autorizao for

    promulgado nos ltimos quatro meses daquele exerccio, caso em

    que, reabertos nos limites de seus saldos, sero incorporados ao

    oramento do exerccio financeiro subseqente.

    O Quadro 4 resume as caractersticas dos crditos adicionais.

    Quadro 4: Crditos adicionais

    Caractersticas Suplementar Especial Extraordinrio

    Autorizao Projetos de Lei (PL) No requer PL Abertura Decretos do Poder Executivo

    Vigncia Exerccio

    Financeiro (EF)

    EF. Se promulgado nos 4 ltimos meses do EF, pode ser reaberto no

    EF seguinte

    Finalidade Reforo de Dotao

    Nova dotao

    especfica

    Despesas urgentes e imprevisveis

    Recursos Requer a indicao de recursos

    disponveis para a abertura

    Dispensa a indicao de recursos na

    abertura

    27 Art. 46 Lei 4.320/1964.

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    4.2.2. Restos a pagar

    Os restos a pagar constituiro item especfico da

    programao financeira, devendo o seu pagamento efetuar-se dentro

    do limite de saques fixado.28

    Os restos a pagar integram a dvida flutuante cujo pagamento

    independe de autorizao oramentria. Consideram-se Restos a Pagar as

    despesas empenhadas, mas no pagas at o dia 31 de dezembro

    distinguindo-se as processadas das no processadas.

    Os restos a pagar se subdividem:

    -Restos a pagar processados: despesas empenhadas e liquidadas e

    no pagas;

    -Restos a pagar no processados: despesas empenhadas, no

    liquidadas e no pagas.

    Quanto ao registro dos restos a pagar, o mesmo, far-se- por

    exerccio e por credor distinguindo-se as despesas processadas das

    no processadas.29

    Voltaremos com mais detalhes de restos a pagar na aula referente

    lei 4320/1964.

    28 Art. 15 Decreto 93872/1986 29 Art. 92 da lei 4.320/1964 e art. 67 do Decreto 93.872/1986.

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    4.2.3. Restituies de receitas ressarcimento em espcie a ttulo

    de incentivo ou benefcio fiscal

    A restituio de receitas oramentrias, descontadas ou

    recolhidas a maior30, e o ressarcimento em espcie a ttulo de

    incentivo ou benefcio fiscal31, dedutveis da arrecadao, qualquer

    que tenha sido o ano da respectiva cobrana, sero efetuados como

    anulao de receita, mediante expresso reconhecimento do direito

    creditrio contra a Fazenda Nacional, pela autoridade competente, a qual,

    observado o limite de saques especficos estabelecido na

    programao financeira de desembolso, autorizar a entrega da

    respectiva importncia em documento prprio32.

    A restituio de rendas extintas ser efetuada com os recursos

    das dotaes consignadas na Lei de Oramento ou em crdito adicional,

    desde que no exista receita a anular33.

    4.2.4. Despesas no exterior

    Os limites financeiros para atender a despesas no exterior constaro

    de programao financeira de desembolso de forma destacada34.

    Somente mantero contas correntes bancrias no exterior: as

    unidades sediadas fora do Pas.

    Ser considerada como transferncia financeira a remessa de

    moeda estrangeira para as unidades sediadas no exterior, que ser

    realizada atravs de fechamento de contrato de cmbio pelo Ministrio ou

    rgo ao qual se subordinam essas unidades.

    30 Um bom exemplo de restituio de receita a restituio do imposto de renda. 31 Um bom exemplo de ressarcimento em espcie a ttulo de incentivo ou benefcio seria a devoluo de

    recursos financeiros do programa nota legal de So Paulo. 32 Art. 18 da Lei n 4.862/65 e art. 5 do Decreto-lei n 1.755/1979. 33 1 do art.18 da Lei n 4.862/1965. 34 Art. 13 do Decreto 93872/1986.

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    O registro das despesas realizadas por unidades sediadas no

    exterior considerar a data em que efetivamente ocorreram. Neste caso

    o contravalor em moeda nacional das despesas indicadas ser calculado

    utilizando-se a taxa cambial mdia das transferncias financeiras

    efetivamente realizadas.

    Ainda nessa situao, o saldo em moeda estrangeira disponvel no

    incio do exerccio ser considerado utilizando-se a taxa cambial

    vigente no primeiro dia do exerccio.

    O pagamento de despesas no exterior de conta de unidades

    sediadas no Pas far-se- atravs de fechamento, pela prpria unidade, de

    contrato de cmbio especfico para cada despesa. Neste caso, o registro

    da despesa ser feito na data da liquidao do respectivo contrato de

    cmbio, pelo valor em moeda nacional efetivamente utilizado, inclusive

    eventual diferena de taxa, comisso bancria e demais despesas com a

    remessa.

    4.2.5. Despesas anuladas

    Revertem dotao a importncia da despesa anulada no

    exerccio, e os correspondentes recursos financeiros conta do Tesouro

    Nacional, caso em que a unidade gestora poder pleitear a recomposio

    de seu limite de saques; quando a anulao ocorrer aps o

    encerramento do exerccio, considerar-se- receita oramentria do

    ano em que se efetivar.

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    5. ENTREGA DE RECURSOS DO EXECUTIVO AOS DEMAIS PODERES

    Vimos nas sees anteriores que cada pode possui sua programao

    financeira que deve estar compatvel com a LOA aprovada. Porm, a fim

    de dar efetividade a respectiva programao os poderes devem receber

    os recursos financeiros do Executivo.

    Os recursos correspondentes s dotaes oramentrias,

    compreendidos os crditos suplementares e especiais, destinados aos

    rgos dos Poderes Legislativo e Judicirio, do Ministrio Pblico

    e da Defensoria Pblica, ser-lhes-o entregues at o dia 20 de cada

    ms, em duodcimos, na forma da lei complementar a que se refere o

    artigo 165, 9, da Constituio Federal 35.

    A execuo oramentria e financeira identificar os beneficirios de

    pagamento de sentenas judiciais, por meio de sistema de contabilidade e

    administrao financeira, para fins de observncia da ordem cronolgica

    determinada no art. 100 da Constituio36.

    8. (Cespe/ABIN/2010/Oficial de inteligncia/Cincias Contbeis) A

    autorizao para a realizao da despesa por duodcimos, quando h

    atraso na aprovao do oramento, fere frontalmente o princpio da

    anualidade.

    COMENTRIO QUESTO

    35 Art. 168 CF/1988. 36 Art. 10 LRF.

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    8. (Cespe/ABIN/2010/Oficial de inteligncia/Cincias Contbeis) A

    autorizao para a realizao da despesa por duodcimos, quando h

    atraso na aprovao do oramento, fere frontalmente o princpio da

    anualidade.

    ERRADO, os duodcimos devem ser entregues at o dia 20 de

    cada ms, independente da aprovao do oramento. Tal

    procedimento no considerado nas normas e na doutrina como

    exceo ao princpio da anualidade como so reabertura dos crditos

    especiais e extraordinrios.

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    6. DESCENTRALIZAO DE CRDITOS E DE RECURSOS

    6.1. Consideraes Iniciais

    Inicialmente gostaria de apresentar as etapas das receitas e das

    despesas as quais constam no Quadro 5.

    Quadro 5: Etapas da receita e da despesa

    Fonte: Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico - MCASP (2012)

    Assim, observamos que na administrao pblica conforme

    estabelecido pela STN (rgo central de contabilidade) as etapas da

    receita e da despesa so as mesmas. A diferena est nos estgios

    que esto dentro de cada etapa.

    Algumas questes, porm, podem ainda trabalhar com os

    estgios da receita e da despesa antes da publicao do MCASP. O

    Quadro 6 mostra os estgios.

    Quadro 6: Estgios da receita e da despesa

    Observa-se que o Quadro 5 mais completo que o Quadro 6, dessa

    forma, deve-se ter total ateno quanto nomenclatura utiliza na prova.

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    9. (Cespe/TRF 1 Regio/2001/Analista Judicirio) As etapas a que se

    submetem as despesas, desde a fixao at seu pagamento, devem

    necessariamente observar a seguinte seqncia:

    a) empenho, licitao, ordem de pagamento, liquidao.

    b) licitao, liquidao, empenho, ordem de pagamento.

    c) empenho, licitao, liquidao, ordem de pagamento.

    d) licitao, empenho, ordem de pagamento, liquidao.

    e) licitao, empenho, liquidao, ordem de pagamento.

    COMENTRIO QUESTO

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    Apesar da questo ser antiga ela traz a noo importante de que a

    licitao precede ao empenho conforme vimos no Quadro 1. Assim, a

    resposta correta a letra E.

    Nas duas aulas seguintes vamos tratar sobre os estgios da

    execuo da receita e da despesa, porm neste primeiro momento quero

    que voc guarde duas informaes:

    1 A descentralizao de crdito ocorre antes do empenho.

    2 A descentralizao de recursos ocorre aps a liquidao e antes

    do pagamento.

    6.2. As descentralizaes propriamente ditas

    As descentralizaes de crditos oramentrios ocorrem

    quando for efetuada movimentao de parte do oramento,

    mantidas as classificaes institucional, funcional, programtica e

    econmica, para que outras unidades administrativas possam executar a

    despesa oramentria.

    As descentralizaes de crditos oramentrios no se

    confundem com transferncias e transposio, pois: no modificam

    a programao ou o valor de suas dotaes oramentrias (crditos

    adicionais); e no alteram a unidade oramentria (classificao

    institucional) detentora do crdito oramentrio aprovado na lei

    oramentria ou em crditos adicionais.

    Quando a descentralizao envolver unidades gestoras de

    um mesmo rgo tem-se a descentralizao interna, tambm

    chamada de PROVISO. Se, porventura, ocorrer entre unidades

    gestoras de rgos ou entidades de estrutura diferente, ter-se-

    uma descentralizao externa, tambm denominada de DESTAQUE.

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    Para a Unio, de acordo com o inciso III do 1 do art.1 do Decreto n

    6.170/2007, a descentralizao de crdito externa depender de

    termo de cooperao, ficando vedada a celebrao de convnio

    para esse efeito.

    Na descentralizao, as dotaes sero empregadas obrigatria

    e integralmente na consecuo do objetivo previsto pelo

    programa de trabalho pertinente, respeitadas fielmente a

    classificao funcional e a estrutura programtica. Portanto, a nica

    diferena que a execuo da despesa oramentria ser realizada por

    outro rgo ou entidade. A Figura 6 ilustra a descentralizao de crditos

    na Unio.

    Figura 6: Descentralizao de crditos na Unio

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    Posteriormente a descentralizao de crdito, ocorrer a

    descentralizao de recursos. Quando a descentralizao envolver

    unidades gestoras de um mesmo rgo tem-se a descentralizao

    interna, tambm chamada de SUB-REPASSE. Se, porventura, ocorrer

    entre unidades gestoras de rgos ou entidades de estrutura

    diferente, ter-se- uma descentralizao externa, tambm

    denominada de REPASSE. A Figura 7 ilustra a descentralizao de

    recursos na Unio.

    Figura 7: Descentralizao de recursos na Unio

    Assim, podemos concluir que:

    Um subrepasse est associado a uma

    proviso anteriormente concedida,

    enquanto que um repasse est

    associado a um destaque anteriormente

    concedido.

    Por fim, a Figura 8 ilustra a comparao entre a descentralizao de

    crdito e de recursos na Unio.

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    Figura 8: Descentralizao de crditos e recursos na Unio

    10. (MPU/2010/Atuarial) A movimentao dos recursos entre as

    unidades do sistema de programao financeira executada por meio de

    cota, repasse e sub-repasse. A cota a movimentao intra-SIAFI dos

    recursos da conta nica do rgo central para o setorial de programao

    financeira, enquanto o repasse a liberao de recursos do rgo

    setorial de programao financeira para entidades da administrao

    indireta.

    11. (Cespe/STM/2011) A unidade administrativa se distingue da unidade

    oramentria, porque depende de destaques ou provises para executar

    seus programas de trabalho.

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    COMENTRIOS QUESTO

    10. CERTO. H uma pegadinha nesse tema. Se houver uma

    movimentao de crdito do Ministrio para uma entidade da

    administrao indireta supervisiona pelo prprio Ministrio, esse evento

    d-se o nome de destaque. Se estivssemos tratando de recursos, seria

    repasse.

    11.CERTO.

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    7. CONTROLES EXISTENTES SOBRE A PROGRAMAO

    ORAMENTRIA E FINANCEIRA: RGOS E MECANISMOS

    A programao oramentria e financeira consiste na

    compatibilizao do fluxo dos pagamentos com o fluxo dos

    recebimentos, visando ao ajuste da despesa fixada s novas

    projees de resultados e da arrecadao.

    Durante o perodo de execuo oramentria, mais precisamente

    quando da execuo da programao existem rgos e mecanismos para

    se aferir se a mesma est atendendo aos ditames legais.

    Quanto aos rgos de controle a CF/1988 estabelece que a

    fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e

    patrimonial da Unio e das entidades da administrao direta e indireta,

    quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das

    subvenes e renncia de receitas, ser exercida pelo Congresso

    Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle

    interno de cada Poder37.

    De acordo com a lei 4320/1964 o controle da execuo

    oramentria compreender:

    I- a legalidade dos atos de que resultem a arrecadao da receita ou a

    realizao da despesa, o nascimento ou a extino de direitos e

    obrigaes;

    II - a fidelidade funcional dos agentes da administrao, responsveis

    por bens e valores pblicos;

    III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos

    monetrios e em termos de realizao de obras e prestao de servios.

    O Poder Executivo exercer os trs tipos de controle citados

    anteriormente, sem prejuzo das atribuies do Tribunal de Contas ou

    rgo equivalente.

    A verificao da legalidade dos atos de execuo oramentria

    ser prvia, concomitante e subseqente.

    37 Art. 70 CF/1988.

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    Alm da prestao ou tomada de contas anual, quando instituda

    em lei, ou por fim de gesto, poder haver, a qualquer tempo,

    levantamento, prestao ou tomada de contas de todos os responsveis

    por bens ou valores pblicos.

    O controle da execuo oramentria, pelo Poder Legislativo, ter

    por objetivo verificar a probidade da administrao, a guarda e

    legal emprego dos dinheiros pblicos e o cumprimento da Lei de

    Oramento.

    12. (MPU/2010/Tcnico de Apoio/Oramento) O controle da execuo

    oramentria, como item do ciclo oramentrio, executado apenas pelo

    controle interno, consoante previso constitucional.

    (Cespe/SESA/2011) A respeito da aplicao prtica do oramento pblico

    e do ciclo oramentrio no Brasil, julgue o item que se segue.

    13. Caso a Controladoria-Geral da Unio realize inspeo na Receita

    Federal do Brasil, para verificar se a tributao dos bens includos na

    bagagem de passageiros brasileiros oriundos de pases estrangeiros est

    de acordo com a lei pertinente, essa inspeo ser considerada ato de

    controle da execuo oramentria.

    14. (Cespe/2013/ANTT) A prestao ou tomada de contas daqueles que

    sejam responsveis por bens ou valores pblicos poder ser realizada a

    qualquer tempo, mesmo antes do encerramento do exerccio financeiro.

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    12. (MPU/2010/Tcnico de Apoio/Oramento) O controle da execuo

    oramentria, como item do ciclo oramentrio, executado apenas

    pelo controle interno, consoante previso constitucional.

    ERRADO, o controle da execuo oramentria realizado pelo

    Executivo (controle interno e rgos de oramento) e pelo

    controle externo (Congresso Nacional e Tribunal de Contas da

    Unio).

    (Cespe/SESA/2011) A respeito da aplicao prtica do oramento pblico

    e do ciclo oramentrio no Brasil, julgue o item que se segue.

    13. Caso a Controladoria-Geral da Unio realize inspeo na Receita

    Federal do Brasil, para verificar se a tributao dos bens includos na

    bagagem de passageiros brasileiros oriundos de pases estrangeiros est

    de acordo com a lei pertinente, essa inspeo ser considerada ato de

    controle da execuo oramentria.

    CERTO, questo interessante. O controle interno pode conforme a

    lei 4320/1964 efetuar o controle da legalidade dos atos de que

    resultem a arrecadao da receita.

    14. (Cespe/2013/ANTT) A prestao ou tomada de contas daqueles que

    sejam responsveis por bens ou valores pblicos poder ser realizada a

    qualquer tempo, mesmo antes do encerramento do exerccio financeiro.

    CERTO, no necessrio esperar o encerramento do exerccio para se

    exigir a prestao de contas.

    Sobre os mecanismos e instrumentos especficos de controle da

    execuo oramentria alguns se destacam:

    1) Mecanismo de limitao de empenho e movimentao financeira;

    2) O Relatrio Resumido de Execuo Oramentria;

    3) O Relatrio de Gesto Fiscal.

    Estes dois ltimos instrumentos sero tratados com detalhe na aula

    de Lei de Responsabilidade Fiscal.

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    7.1. Mecanismo de limitao de empenho e movimentao

    financeira

    Durante o exerccio podem ocorrer situaes que ensejem a

    limitao dos empenhos e das movimentaes financeiras. Porm, como

    este processo ocorre?

    Se houver frustrao da receita estimada no oramento,

    dever ser estabelecida limitao de empenho e movimentao

    financeira, com objetivo de atingir os resultados previstos na LDO e

    impedir a assuno de compromissos sem respaldo financeiro, o que

    acarretaria uma busca de socorro no mercado financeiro, situao que

    implica em encargos elevados.

    Assim, verificando-se ao final de um bimestre que a realizao da

    receita poder no comportar o cumprimento das metas de

    resultado primrio ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas

    Fiscais, os Poderes e o Ministrio Pblico promovero, por ato

    prprio e nos montantes necessrios, nos trinta dias

    subseqentes, limitao de empenho e movimentao financeira,

    segundo os critrios fixados pela lei de diretrizes oramentrias38.

    Se for necessrio efetuar a limitao de empenho e movimentao

    financeira, o Poder Executivo apurar o montante necessrio e informar

    a cada rgo oramentrio dos Poderes Legislativo e Judicirio, do

    Ministrio Pblico da Unio e da Defensoria Pblica da Unio, at o

    vigsimo segundo dia aps o encerramento do bimestre.

    No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que

    parcial, a recomposio das dotaes cujos empenhos foram limitados

    dar-se- de forma proporcional s redues efetivadas.

    38 Art. 9 LRF.

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    No sero objeto de limitao as despesas que constituam

    obrigaes constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas

    destinadas ao pagamento do servio da dvida39, e as ressalvadas pela

    lei de diretrizes oramentrias.

    O montante da limitao a ser promovida pelo Poder Executivo e pelos

    rgos referidos no caput ser estabelecido de forma proporcional

    participao de cada um no conjunto das dotaes oramentrias iniciais

    classificadas como despesas primrias discricionrias, identificadas na

    Lei Oramentria de 2014, excludas as:

    I - atividades dos Poderes Legislativo e Judicirio, do Ministrio

    Pblico da Unio e da Defensoria Pblica da Unio constantes do

    Projeto de Lei Oramentria de 2014; e

    II - custeadas com recursos de doaes e convnios.

    A excluso das despesas de que trata o inciso I aplica-se

    integralmente no caso de a estimativa atualizada da receita primria

    lquida de transferncias constitucionais e legais, ser igual ou superior

    quela estimada no Projeto de Lei Oramentria de 2014, e

    proporcionalmente frustrao da receita estimada no referido

    Projeto, no caso de a estimativa atualizada ser inferior.

    39 Juros e amortizao do principal.

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    No caso federal existe a previso de que caso os Poderes Legislativo e

    Judicirio e o Ministrio Pblico no promovam a limitao no prazo

    estabelecido no caput, o Poder Executivo est autorizado a limitar os

    valores financeiros segundo os critrios fixados pela lei de diretrizes

    oramentrias. (Vide ADIN 2.238-5)

    Este artigo, porm, no est sendo aplicado tendo em vista a ao direta

    de inconstitucionalidade. Assim, o Executivo no pode limitar o

    empenho dos demais poderes, ainda que esses no o faam no

    prazo previsto.

    Ressalta-se o agente que deixar de expedir ato determinando a limitao

    de empenho e movimentao financeira, nos casos e condies

    estabelecidos da LRF, ter que pagar Multa de 30% dos vencimentos

    anuais40.

    40 Inciso III do art. 5 da Lei 10.028/2000.

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    15. (Cespe/IPEA/2008) Quando for necessrio promover a limitao de

    empenho, por insuficincia de receita, a LDO pode autorizar os poderes

    da Repblica a excluir da limitao a totalidade dos recursos previstos

    para tipos de despesa especficos.

    16. (Cespe/2013/MPU) permitido ao Ministrio Pblico, sem prejuzo

    dos critrios fixados pela Lei de Diretrizes Oramentrias, promover, por

    ato prprio, limitao de empenho nos trinta dias subsequentes ao

    bimestre em que a realizao da receita demonstre que poder no

    comportar o cumprimento das metas de resultado primrio estabelecidas

    no anexo de metas fiscais.

    17. (Cespe/IPEA/2008) No esto sujeitas a limitao de empenho e

    movimentao financeira as despesas relativas s atividades dos Poderes

    Legislativo e Judicirio e do Ministrio Pblico da Unio, exceto no caso

    de frustrao da receita estimada, caracterizada por ser a estimativa

    atualizada da receita inferior receita estimada na prpria proposta

    oramentria.

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    15. (Cespe/IPEA/2008) Quando for necessrio promover a limitao de

    empenho, por insuficincia de receita, a LDO pode autorizar os poderes

    da Repblica a excluir da limitao a totalidade dos recursos previstos

    para tipos de despesa especficos.

    CERTO, como as despesas custeadas com recursos de doaes e

    convnios.

    16. (Cespe/2013/MPU) permitido ao Ministrio Pblico, sem prejuzo

    dos critrios fixados pela Lei de Diretrizes Oramentrias, promover, por

    ato prprio, limitao de empenho nos trinta dias subsequentes ao

    bimestre em que a realizao da receita demonstre que poder no

    comportar o cumprimento das metas de resultado primrio estabelecidas

    no anexo de metas fiscais.

    CERTO, cada poder deve providenciar sua limitao de empenho.

    17. (Cespe/IPEA/2008) No esto sujeitas a limitao de empenho e

    movimentao financeira as despesas relativas s atividades dos Poderes

    Legislativo e Judicirio e do Ministrio Pblico da Unio, exceto no caso

    de frustrao da receita estimada, caracterizada por ser a estimativa

    atualizada da receita inferior receita estimada na prpria proposta

    oramentria.

    CERTO, vimos que se no houver a reestimativa das receitas para

    menos, os demais poderes no sofrero limitao de empenho.

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    8. LISTA DAS QUESTES COMENTADAS

    Nada como fazer umas questes enquanto se espera a prxima

    semana de aula.

    1. (Cespe/2011/EBC/Contador) A programao financeira do governo

    federal iniciada pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), com o

    registro, no SIAFI, da Proposta de Programao Financeira.

    ERRADO, a STN, por meio de fita magntica elaborada pela

    Secretaria de Oramento Federal - SOF, registra no SIAFI os

    limites oramentrios da dotao inicial e crditos adicionais, com

    reflexo automtico nas contas dos OSPF (rgos superiores de

    programao financeira), onde contabilizada a cota a programar, em

    funo do crdito oramentrio autorizado.

    A proposta a COFIN/STN elabora a Proposta de Programao

    Financeira somente aps o recebimento dos Pedidos de

    Programao Financeira os rgos Superiores de Programao

    Financeira.

    (Cespe/STM/2011/Analista Judicirio) Acerca da programao

    oramentria, crditos adicionais e programao financeira no mbito da

    administrao pblica federal, julgue os itens subsequentes.

    2. Alm das despesas autorizadas na lei oramentria, os crditos

    adicionais devero ser considerados na execuo da programao

    financeira.

    CERTO.

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    3. Os compromissos financeiros, exceto aqueles financiados por

    operaes de crdito internas e externas, ficam subordinados aos limites

    fixados na programao financeira de desembolso aprovada pela

    Secretaria do Tesouro Nacional.

    ERRADO, Os compromissos financeiros, inclusive aqueles financiados

    por operaes de crdito internas e externas, ficam subordinados aos

    limites fixados na programao financeira de desembolso aprovada pela

    Secretaria do Tesouro Nacional.

    4. A partir da publicao da Lei de Meios e a decretao das diretrizes de

    programao financeira, as unidades oramentrias podem efetuar a

    movimentao dos crditos, independentemente da existncia de

    recursos financeiros.

    CERTO, o que estabelece o Manual SIAFI.

    5.(Cespe/DETRAN/2010/Contador) O decreto de programao

    oramentria e financeira, tambm conhecido como decreto de

    contingenciamento, deve ser obrigatoriamente elaborado com a finalidade

    de detalhar os valores autorizados para movimentao e empenho e para

    pagamentos no decorrer do exerccio.

    CERTO, o que estabelece o Manual SIAFI.

    6.(Cespe/ DETRAN/2010/Contador) No podem ser objeto de limitao as

    despesas destinadas ao pagamento do servio da dvida.

    CERTO, o que estabelece a LRF.

    7. (Cespe/ABIN/2010/Oficial de Inteligncia/Contabilidade) A Secretaria

    de Planejamento, Oramento e Administrao da ABIN a unidade

    incumbida dos assuntos da programao financeira e, portanto, est

    sujeita orientao normativa e superviso tcnica da Secretaria do

    Tesouro Nacional.

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    CERTO, as SPOA representam os rgos superiores de programao

    financeira.

    8.(Cespe/ABIN/2010/Oficial de Inteligncia/Contabilidade) A fixao das

    quotas trimestrais para efeito de programao da despesa visa, entre

    outras finalidades, a que o ente pblico mantenha um comportamento

    regular na utilizao de seus recursos. Estes devero ser os necessrios e

    suficientes para a execuo tempestiva do programa anual de trabalho.

    CERTO, o que estabelece a lei 4320/1964.

    9.(Cespe/2010/MPU/Analista Atuarial) A movimentao dos recursos

    entre as unidades do sistema de programao financeira executada por

    meio de cota, repasse e sub-repasse. A cota a movimentao intra-

    SIAFI dos recursos da conta nica do rgo central para o setorial de

    programao financeira, enquanto o repasse a liberao de recursos do

    rgo setorial de programao financeira para entidades da administrao

    indireta.

    CERTO, corresponde ao que vimos na seo 7.

    10.( Cespe/2010/MPU/Analista de Oramento) Os OSPF solicitam SOF a

    liberao dos recursos financeiros para pagamento de despesas das suas

    unidades gestoras, mediante o registro, no SIAFI, da proposta de

    programao financeira, por meio da nota de programao financeira.

    ERRADO, os OSPF solicitam STN.

    (Cespe/2010/MPU/Controle Interno) Julgue os itens subsequentes,

    que versam acerca da LOA, dos crditos adicionais e da conta nica.

    11. A vigncia de todo crdito adicional est restrita ao exerccio em que

    esse crdito foi aberto. A prorrogao da vigncia permitida somente

    para os crditos especiais e extraordinrios, quando autorizados em um

    dos quatro ltimos meses do exerccio.

    CERTO. Veremos isso com maior detalhe na aula sobre a lei 4320/1964.

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    12. Os crditos adicionais so somente aqueles destinados a

    autorizaes de despesas includas na LOA que no foram suficientemente

    dotadas.

    ERRADO, este conceito corresponde ao crdito suplementar. Existe

    ainda os crditos suplementares e extraordinrios.

    13. Os crditos suplementares e especiais devem ter autorizao

    prvia obrigatoriamente includa na prpria LOA.

    ERRADO, apenas os crditos suplementares podem vir a ter

    autorizao prvia na prpria LOA.

    14. Quanto finalidade, os crditos suplementares so reforos para a

    categoria de programao contemplada na LOA, enquanto os crditos

    especiais e os extraordinrios atendem a despesas imprevisveis e

    urgentes.

    ERRADO, apenas os extraordinrios atendem a despesas

    imprevisveis e urgentes.

    15. (Cespe/2010/MPU/Tcnico de Controle Interno) Se um rgo federal

    tiver parte de seu oramento bloqueado em virtude da limitao de

    empenho decorrente de insuficincia de receita, ele s poder dispor

    desses recursos no caso de restabelecimento da receita originalmente

    prevista.

    CERTO, uma vez realizada a limitao de empenho por frustrao de

    arrecadao, a recomposio se dar quando houve restabelecimento das

    metas bimestrais de arrecadao.

    16. (Cespe/2010/MPU/Tcnico de Controle Interno) Considere que

    determinado montante de crditos oramentrios tenha sido transferido

    de um ministrio para outro, mas verificou-se depois a necessidade de

    anulao do crdito. Nesse caso, o ato de anulao cabe exclusivamente

    ao ministrio que concedeu originalmente a transferncia.

    CERTO.

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    17. Em carter excepcional e mediante decreto do presidente da

    Repblica, o exerccio financeiro para a administrao pblica pode ser

    diferente do ano civil.

    ERRADO, no h exceo para que o exerccio financeiro no

    coincida com o civil.

    18. A fixao dos limites aplicveis s propostas oramentrias

    elaboradas pelas unidades oramentrias deve obedecer ao decreto de

    programao oramentria e financeira.

    ERRADO, os limites da propostas oramentrias obedecem s

    propostas oramentrias setoriais, ainda na 1 etapa da LOA, que

    no foi bem o foco da aula. Porm, observa-se que as propostas

    oramentrias no integram o decreto de programao oramentria, que

    contm os pedidos de programao financeira dos OSPF, e que ocorre na

    3 etapa da LOA.

    19. (Cespe/2010/IPAJM/Contador) A movimentao de crdito efetuada

    entre unidades gestoras de diferentes rgos da administrao constitui

    destaque.

    CERTO.

    20. (Cespe/AGU/2010/Contador) A fixao dos limites aplicveis s

    propostas oramentrias elaboradas pelas unidades oramentrias deve

    obedecer ao decreto de programao oramentria e financeira.

    ERRADO, os limites da propostas oramentrias obedecem s

    propostas oramentrias setoriais, ainda na 1 etapa da LOA, que

    no foi bem o foco da aula. Porm, observa-se que as propostas

    oramentrias no integram o decreto de programao oramentria, que

    contm os pedidos de programao financeira dos OSPF, e que ocorre na

    3 etapa da LOA.

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    (Cespe/TCE-RN/2009/Inspetor de Controle Externo) Acerca da

    programao, da execuo e do controle de recursos oramentrios e

    financeiros, julgue os itens a seguir.

    21. Na fixao da programao financeira, devem ser considerados os

    crditos adicionais e as operaes extraoramentrias, em especial os

    restos a pagar.

    CERTO, conforme vimos na seo 4.

    22. O cronograma de execuo mensal de desembolsos pode ser alterado

    durante o exerccio, tendo em vista modificaes nas prioridades e no

    comportamento da arrecadao da receita.

    CERTO, conforme vimos na seo 7 podem ocorrer reajuste nos casos de

    frustrao da arrecadao.

    23. As descentralizaes de crditos oramentrios ocorrem quando

    efetuada movimentao de parte do oramento para que outras unidades

    administrativas possam executar a despesa. Nessa etapa, a

    classificao econmica pode ser alterada, devendo ser mantidas as

    classificaes institucional, funcional e programtica.

    ERRADO, no podem ser alteradas, as classificaes econmica,

    institucional, funcional e programtica.

    24. A verificao das prestaes de contas, realizada pelos rgos de

    controle, classificada como preventiva, em virtude das

    recomendaes a serem expedidas posteriormente.

    ERRADO, prestao de contas um controle a posteriori.

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    25. (Cespe/TCE-RN/2009/Inspetor de Controle Externo) Segundo o

    Manual de Despesa Nacional, a etapa de controle e avaliao da despesa

    compreende a fiscalizao realizada pelos rgos de controle e pela

    sociedade.

    CERTO, veremos isso com maior detalhe na aula de estgios da despesa.

    26.(Cespe/ANTAQ/2009/Analista) O destaque, que a descentralizao

    das disponibilidades financeiras vinculadas ao oramento, compete

    aos rgos setoriais de programao financeira, que transferem tais

    disponibilidades para outro rgo ou ministrio.

    ERRADO, o destaque a descentralizao de crdito vinculados ao

    oramento aprovado.

    (IBRAM/2009) A Unio elaborou seu oramento contendo todos os

    oramentos, exceto os das estatais e da seguridade social. No oramento

    do Poder Executivo, figura tambm a previso de novos cargos pblicos

    para o ano subsequente. No foi previsto nessa proposta oramentria,

    em virtude da crise econmica, nenhum tipo de repasse para outros entes

    federais (estados, Distrito Federal (DF) e municpios). Antes de ser

    aprovado, o oramento foi rejeitado uma vez e, aps a realizao de

    algumas modificaes, foi aprovado. J durante a execuo do

    oramento, foi realizado o remanejamento de recursos de uma

    programao para outra e parte do oramento fiscal foi utilizado para

    cobrir o dficit de uma empresa pblica. A partir da situao hipottica

    acima, julgue os itens a seguir.

    27. Antes da aprovao do oramento, o Poder Legislativo dever

    tambm estabelecer, por intermdio de um decreto legislativo, a

    programao financeira e o cronograma de execuo mensal do

    desembolso.

    ERRADO, a programao financeira e o cronograma sero publicados

    at 30 dias aps a publicao da LOA.

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    (TCU/2009/TCFE) Com base em conceitos e na legislao pertinente a

    programao, execuo e controle de recursos oramentrios e

    financeiros, julgue os itens a seguir.

    28. Os recursos correspondentes s dotaes oramentrias

    destinadas ao pagamento de pessoal e encargos sociais do

    TCU sero entregues em duodcimos de igual valor, at

    o dia 20 de cada ms.

    ERRADO, vimos que os duodcimos so entregues ao Poderes, o

    TCU faz parte do Legislativo, mas no o Poder Legislativo. Alm,

    disso pessoal e encargos esto fora dessa regra.

    29. Constatando-se, aps a aprovao e publicao do

    oramento, a impossibilidade de arrecadao da receita prevista no

    exerccio, a alternativa de que dispe o governo

    para cumprir a programao aprovada a obteno de

    emprstimos a ttulo de antecipao da receita oramentria.

    ERRADO, nos casos de frustrao de receita a alternativa estabelecida

    pela LRF a limitao de empenhos.

    30. (TCU/2012/TCFE) O controle interno realizado pelo Poder Executivo

    ser feito sem prejuzo das atribuies do TCU, devendo o Poder

    Legislativo, na realizao do controle externo da execuo oramentria,

    verificar a probidade da administrao e o cumprimento da lei

    oramentria.

    CERTO, conforme vimos no tpico 7.

    31. (Cespe/MJ/2013) O estabelecimento da meta de resultado fiscal

    deve ocorrer em at trinta dias aps a publicao da Lei Oramentria

    Anual.

    ERRADO, a meta fiscal estabelecida na LDO e na LOA. A

    programao deve estar alinhada com a meta fiscal.

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    32. (Cespe/ANTT/2013) A execuo financeira representa o fluxo de

    recursos financeiros necessrios para a realizao efetiva dos gastos

    pblicos, com vistas a permitir a realizao dos programas de trabalho

    definidos.

    CERTO.

    33. (Cespe/ANTT/2013) A programao financeira deve ser realizada em

    conjunto com a elaborao do plano plurianual, quando so

    realizadas estimativas do fluxo de recursos financeiros para os

    prximos quatro anos.

    ERRADO, a programao financeira realizada em conjunto com a

    LOA e no PPA. Alm disso, ela limitada a um exerccio

    financeiro.

    34. (Cespe/ANTT/2013) Um recurso legalmente vinculado manter sua

    destinao especfica mesmo em exerccio diverso de sua arrecadao.

    CERTO.

    35. (Cespe/CPRM/2013) De acordo com a regra vigente, o Poder

    Executivo o responsvel por estabelecer a programao financeira,

    devendo o orador, ao fixar a programao da cota de desembolso

    mensal, incluir os crditos adicionais, as operaes extraoramentrias e,

    em especial, os restos a pagar.

    CERTO.

    Gabarito das questes comentadas

    1-Errado 2- Certo 3- Errado 4- Certo 5- Certo 6- Certo 7- Certo 8- Certo 9-Certo 10- Errado 11- Certo 12- Errado 13- Errado 14- Errado 15- Certo 16- Errado 17- Certo 18- Errado 19-Certo 20- Errado 21- Certo 22- Certo 23- Errado 24- Errado 25- Certo 26- Errado 27- Errado 28-Errado 29-Errado 30-Certo 31-Errado 32- Certo 33- Errado 34-Certo 35-Certo

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    10. LISTA DAS QUESTES APRESENTADAS

    Nada como fazer umas questes enquanto se espera a prxima

    semana de aula.

    1. (Cespe/2011/EBC/Contador) A programao financeira do governo

    federal iniciada pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), com o

    registro, no SIAFI, da Proposta de Programao Financeira.

    (Cespe/STM/2011/Analista Judicirio) Acerca da programao

    oramentria, crditos adicionais e programao financeira no mbito da

    administrao pblica federal, julgue os itens subsequentes.

    2. Alm das despesas autorizadas na lei oramentria, os crditos

    adicionais devero ser considerados na execuo da programao

    financeira.

    3. Os compromissos financeiros, exceto aqueles financiados por

    operaes de crdito internas e externas, ficam subordinados aos limites

    fixados na programao financeira de desembolso aprovada pela

    Secretaria do Tesouro Nacional.

    4. A partir da publicao da Lei de Meios e a decretao das diretrizes de

    programao financeira, as unidades oramentrias podem efetuar a

    movimentao dos crditos, independentemente da existncia de

    recursos financeiros.

    5.(Cespe/DETRAN/2010/Contador) O decreto de programao

    oramentria e financeira, tambm conhecido como decreto de

    contingenciamento, deve ser obrigatoriamente elaborado com a finalidade

    de detalhar os valores autorizados para movimentao e empenho e para

    pagamentos no decorrer do exerccio.

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    6.(Cespe/ DETRAN/2010/Contador) No podem ser objeto de limitao as

    despesas destinadas ao pagamento do servio da dvida.

    7. (Cespe/ABIN/2010/Oficial de Inteligncia/Contabilidade) A Secretaria

    de Planejamento, Oramento e Administrao da ABIN a unidade

    incumbida dos assuntos da programao financeira e, portanto, est

    sujeita orientao normativa e superviso tcnica da Secretaria do

    Tesouro Nacional.

    8.(Cespe/ABIN/2010/Oficial de Inteligncia/Contabilidade) A fixao das

    quotas trimestrais para efeito de programao da despesa visa, entre

    outras finalidades, a que o ente pblico mantenha um comportamento

    regular na utilizao de seus recursos. Estes devero ser os necessrios e

    suficientes para a execuo tempestiva do programa anual de trabalho.

    9.(Cespe/2010/MPU/Analista Atuarial) A movimentao dos recursos

    entre as unidades do sistema de programao financeira executada por

    meio de cota, repasse e sub-repasse. A cota a movimentao intra-

    SIAFI dos recursos da conta nica do rgo central para o setorial de

    programao financeira, enquanto o repasse a liberao de recursos do

    rgo setorial de programao financeira para entidades da ad