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1 Excertos da obra em edição digital (eBook) : Fraternidade Rosacruz Max Heindel

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    Excertos da obra em edio digital (eBook) : Fraternidade Rosacruz Max Heindel

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    Para glria do

    Grande Arquitecto do Universo

    e para bem das quatro ondas de vida

    (Reino Mineral, Reino Vegetal, Reino

    Animal e Reino Hominal ) que involuem e

    evoluem nesta pequena areia do Cosmo.

    O Autor

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    N O T A S P R V I A S

    A Rosa que a tua viso exterior contempla

    floriu, assim, no Criador, desde o Princpio.

    Angelus Silesius

    Do nada, nada vem; nem nada se cria.

    Face a esta realidade, evidente que, ao concebermos este trabalho, num

    esquema sinttico, para a concretizao dos Ideais, mais ou menos ntimos em cada ser

    humano, servimo-nos de vrios estudos e arqutipos anteriormente expostos.

    Na nossa essncia existem profundas aspiraes e ideais que, em grande parte,

    tm norteado a nossa vida.

    Por isso, obras, como A Repblica de Plato; A Cidade do Sol de

    Campanella; a Utopia de Thomas More; e outras, desde cedo, nos mereceram uma

    ateno mui especial.

    Mais tarde, fomos descobrir maravilhosas concepes nas obras de Comnio,

    nas de Paracelso e noutros destacados membros da Escola Rosacruz.

    O mesmo sucedeu com vrias leituras do Fausto de Goethe, tambm este

    outro arauto desta Escola de Pensamento.

    Da que, ao longo de dezenas de anos de estudos, tenhamos publicado vrios

    artigos em jornais e revistas editadas em Portugal, como em algumas de outros pases,

    apontando para reformas estruturais nas vrias reas da vida humana, incluindo sobre a

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    construo da Unio Europeia e acerca do longo caminho para o futuro Governo

    Mundial.

    Com mente aberta, e numa concepo pansosta, procurmos unir os elementos

    desta Escola com outras faces da Verdade, designadamente de um Gandhi, de Bertrand

    Russell e de mais alguns.

    Dentro desta dinmica somos autor de alguns trabalhos publicados sob

    pseudnimos desde Rosmide a Domingo de la Rosa.

    Agora, surge esta modesta obra de acordo com a viso, a nossa concepo sobre

    o caminho mais curto para a concretizao das antiqussimas aspiraes a que lhe

    demos o nome de: A QUINTA VIA RUMO CIDADE DA ROSA.

    Dentro das nossas potencialidades, procurmos acrescentar algo de novo,

    original, fazendo uso da epignese.

    Cabe a cada caro leitor analis-la, melhor-la, dado que todos temos o dever e o

    direito de participar na construo de um Mundo melhor, que s o poder ser, se o for

    para todos.

    Sabemos que das aspiraes at s concretizaes h um longo caminho a

    percorrer, mas h que segui-lo, cada qual no seu ritmo.

    Com pensamento positivo, com pacincia e persistncia, e, acima de tudo, com

    servio amoroso e humilde, conseguiremos viver nessa maravilhosa cidade onde a

    Paz, a Segurana, a Justia Amorosa, a Sade, a Luz, a Beleza e a Fraternidade sero

    realidades.

    Delmar Domingos de Carvalho

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    B R E V E E S Q U E M A

    D A

    C I D A D E D A R O S A

    Constituda por l2 grandes CASAS, a CIDADE DA ROSA uma

    incomensurvel roscea com l2 ptalas.

    Na sua forma vemos o ponto, a linha e o crculo.

    L esto o pentgono e o pentagrama.

    A aco em 5 actos desenvolve-se desde as Terras de Jaso at ao Reino dos

    Monstros.

    Em cada grande rea percorre-se 5 degraus.

    PERSONAGENS PRINCIPAIS:

    No l e no 2 acto, l2, ou sejam: Senhor da Luz, Hermes, Madalena, Lcifer,

    Zeus, Mo Dura, Senhora da Forma, Alquimista, Rafael, Senhor do Fogo,

    Cristina e Tefilo.

    No 3 acto juntam-se Cristfilo e Rosa da Luz; a todos estes surgem

    Vitria e Miguel no 4acto.

    Finalmente, no 5 acto, as personagens vo surgindo, at que atingem a cifra

    l44 OOO.

    NOTA: O leitor tambm actor.... tal como a leitora actriz....

    PARTICIPE.

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    PRELDIO

    Que smbolo fecundo

    Vem na aurora ansiosa?

    Na cruz morta do Mundo

    A Vida ,que a ROSA.

    Fernando Pessoa

    A aco desenvolve-se em l2 ESPAOS incomensurveis, cada qual dividido

    em vrios planos e regies, que se interpenetram e se interligam.

    Doze so as personagens que neles e nelas se movimentam, as quais

    multiplicadas por l2 nos do l44, o nmero simblico da Humanidade.

    Chama-se Cidade da Rosa. Porqu?

    Rosa, smbolo de Liberdade, de Fraternidade, de Luz, de Paz, de Beleza, de

    Virtude; smbolo que est no Princpio, que encontramos com todos aqueles

    significados nas mais diversas etimologias dos idiomas da Torre de Babel, desde a persa

    at ao grego e s lnguas latinas, germnicas e anglo-saxnicas e outras.

    Ela smbolo mtico, ligado a cultos antiqussimos, como s Escolas de

    Iniciao; ela smbolo mstico e esotrico de profundo significado.

    E porqu a QUINTA VIA?

    Porque o nmero 5 est ligado ao pentgono onde est encerrada a seco urea

    ou a divina proporo.

    Ele o smbolo da Vida expressada nas diversas formas da criao e do ser

    humano que aspira libertao; ele est na estrela de 5 pontas, o pentagrama.

    Este nmero igual a l + 4, ou seja: l, smbolo da Unidade, do Esprito, da Vida,

    que anima todas as formas que involuem e evoluem na Terra e que esto crucificadas,

    como Plato tinha j observado.

    Com efeito, quatro so os elementos, que encontramos na cruz, com quatro

    ramos, ou direces, ou sejam as letras INRI que foram colocadas no cimo da cruz do

    Glgota.

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    I , primeira letra do elemento gua, em hebraico, Iam; N, de Nour, fogo; R

    de Rach,, ar; e I de Iabeshah, gua.

    Se observarmos a ligao destes nmeros com o alfabeto grego, por exemplo,

    pois temos o n l, ligado primeira letra, alfa, e 4 quarta, ou seja, D, Delta, que tem a

    forma de um tringulo, ela a terceira consoante neste alfabeto.

    No alfabeto hebraico e noutros antigos o E era consoante; no grego, psilo, ela

    a quinta.

    Temos aqui mais elementos para uma profunda anlise os quais muito

    comunicam se os interligarmos.

    Da que o nmero cinco seja de grande valor simblico em todas as civilizaes

    do Oriente ao Ocidente.

    Por isso, ele foi o escolhido como smbolo do caminho mais rpido para a

    construo da Cidade da Rosa.

    Rosacea da Catedral de Florena, Itlia.

    Foto do autor, 1996.

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    1 FASE

    Nesta fase, ou acto, eis que cada ser humano, individual, que de novo veio ao

    mundo no sexo masculino, simbolizado em Tefilo, se encontra desiludido no s da

    v cincia como das religies populares.

    Depois de as ter estudado, seguido, aspira a faces mais elevadas da Verdade.

    Como um Tannhauser deseja sair da Gruta de Vnus, elevar-se pela linha recta.

    Enfim, ele um aprendiz de Fausto na procura do desvendar os mistrios da

    Vida.

    E tal como Einstein ele reconhecer que esto aqui as mais belas experincias.

    Isso acontece com todo o ser humano, que desta vez veio de novo ao mundo no

    sexo feminino, simbolizado em Cristina.

    Tambm ela, tambm todas elas, aps muito estudo e trabalho, reconhecem que

    os ensinamentos da cincia materialista e das religies dogmticas no as satisfazem,

    pelo que acabam por procurar algo mais profundo que as ajudar a libertarem-se e

    serem verdadeiramente iguais, nesta diversidade maravilhosa, incluindo no campo

    fsico.

    No fundo, o primeiro acto, deciso, em tomar parte activa e consciente na

    construo desta Cidade.

    Roscea no Convento de So Francisco de Assis Itlia 1996

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    Relgio em Praga, Tchecoslovquia.

    em que os mostradores tm as 12 casas e os 12 signos.

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    Do Centro de uma Alvinitente Rosa de cinco ptalas surge, em todo o Seu

    esplendor, o Senhor da Luz.

    Senhor da Luz.- Eis a Cidade da Rosa! Bela e misteriosa.

    Num espao em forma oval vibram, em perfeita harmonia, l2 incomensurveis

    caixas de ressonncia.

    Nas terras de Jaso, a tnica r bemol maior. Daqui emanou o impulso inicial

    para a manifestao da Vida.

    Percorrendo as restantes 1l, chegamos ao Reino dos Monstros, onde o si maior

    a primeira nota da escala.

    Tefilo.- Mui vago e simblico esquema, Senhor da Luz !

    Clarifique essa construo; explique-nos toda a sua dinmica .

    Basta de f cega e de dogmas, aspiramos descobrir as prolas existentes em

    alguns mitos e smbolos na ardente busca da verdade. Minha mente necessita de

    explicaes lgicas como o corpo de po e de gua .

    Cristina.- Que diremos ns ...?! Pertencemos outra metade do todo ADM.

    Somente a outra, de que faz parte o Tefilo, tem procurado exercer o domnio em todas

    as reas...

    Contudo, chegou a Hora de todo o mundo aprender a trabalhar, a participar

    numa nova e superior civilizao.

    Devido a esses factores e a tantos outros, entendemos o vosso esquema,

    carssimo Senhor da Luz.

    Qui, por intuio? Talvez, por imaginao? Ou pelo raciocnio lgico? Ou

    ainda pela investigao....Ou por tudo juntamente?

    Madalena.- Oh! Caro Tefilo! continuas um aspirante a aviador...

    Desce... vem comigo at Gruta.

    Quanto a ti, Cristina, carssima amiga, l por teres asas na lapela, entra na minha

    concha, perfuma-te com as minhas essncias de rosa e ters o domnio sobre o ferro do

    Tefilo.

    Senhora da Forma. - Oh! Madalena, ele est cada vez mais positivista, frio. Por

    este caminho vai congelar as emoes e cristalizar o seu corpo fsico.

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    Quanto a Cristina, ora quer ser como o Tefilo, ora aspira subir at Zeus.

    Hermes.- Dou- vos os meus laboratrios, os meus centros de investigao

    espacial onde grandes descobertas esto sendo realizadas e dos quais se produzem altas

    tecnologias.Com eles podereis ser os senhores da Terra, e no s, da Lua, de

    Marte...Vosso poder, riqueza e fama sero reconhecidos mundialmente.

    Tefilo vacila. A confuso impera em sua mente. O orgulho intelectual e os

    preconceitos escravizam- no.

    Aspira fama e ao poder ... e ao mesmo tempo sente as suas iluses.

    Por sua vez, Cristina trava a sua luta interna contra numerosos monstros.

    Aps alguns tormentosos dias de reflexo, meditao, anlise e discernimento,

    eis que Cristina e Tefilo conseguem captar as mensagens do Senhor da Luz,

    desligando os seus receptores das emisses negativas de Madalena, Senhora da Forma e

    de Hermes.

    Cristina.- Vamos dar um passeio pelos bosques de Orion. Que dizes?

    Tefilo.- Tambm sinto a mesma necessidade. Vamos a isso.

    Num pice, surge-lhes uma enorme serpente e ao mesmo tempo o Senhor da

    Luz, irradiando 88 notas musicais.

    Tefilo, sorrindo- Obrigado pela incomensurvel Harmonia que Vs nos estais

    dando.

    Cristina, com mais calor e gratido- Palavras, para qu?

    Senhor da Luz.- Ao longo das vossas vidas tendes estudado de tudo um pouco.

    Quantas experincias, xitos e fracassos, e com todos aprendendo.

    Agora, aspirais , como Fausto, a outras fontes de saber, mais ntimas. No fundo,

    desejais seguir o caminho ascensional, a pulso.

    Para isso h uma condio sine qua non: possurem esprito de menino, isto

    , terem a vossa mente sempre aberta, pronta a aprender e a libertar-se de convenes,

    dogmas, sejam eles quais forem, preconceitos e de tudo o que vos possa escravizar.

    Tefilo.- A tarefa difcil, mas reconheo que ser o melhor caminho.

    Cristina.- Estou pronta para essa batalha prioritria.

    Senhor da Luz.- Sendo assim, e porque o desejais, vou procurar explicar-vos,

    mui sucintamente, o que so esses l2 Espaos da Grande Morada, onde, afinal, todos os

    que na Terra involuem e evoluem tm o seu ser.

    Nas terras de Jaso ou Jason encontrareis o Velo de Oiro, guardado por um

    drago. Aqui aprendereis as lies para serdes sbios Argonautas.

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    E porque tudo est em constante movimento, passareis pela ilha de Creta e pela

    Aglida.

    As experincias nesta rea, devidamente aprendidas, ajudar-vos-o a vencerem o

    Minotauro e dessa feita, conseguiro sair do labirinto em que vos encontrais.

    Avanai...vedes, agora, as estrelas Castor e Plux...ptria do nosso amigo

    Hermes, isto sucede, aps terem percorrido as terras da vossa amiga Madalena.

    A est Leda no seu ovo.

    Cristina.- Ah! Como gostaria voar como um cisne, livre das cascas do ovo!

    Senhor da Luz.- Tudo tem o seu tempo; antes, vs tendes de desvendar muitos

    segredos ocultos na Creche, nas terras da Senhora da Forma, mais precisamente em

    Acubene.

    Um desses problemas reside nos meios em como transmutar a mente

    subconsciente.

    Desamos um pouco. Vamos at ao Reino de Jud onde domina o Leo de

    Nemeia.

    Se regenerarem esta zona, ipso facto todas as outras melhoraro.

    Alis, tal acontece com tudo, embora haja locais que exercem maior influxo.

    Continuando, estamos em terras dos Elesis, bem conhecidas por Ccero, onde

    tendes de aprender a servir com amor e humildade. Logo a seguir, a esto os domnios

    de Eros e Adnis, nos montes do Lbano. uma rea de vosso agrado, onde tendes

    aprendido grandes lies, especialmente no campo das associaes e entre elas, a do

    matrimnio.

    Tefilo.-E de novo estamos nos bosques de Orion.

    Senhor da Luz.- Certo.

    Aqui tereis duros combates com Lucfer e o Senhor do Fogo, lies profundas de

    regenerao. Uma vez vencidas, podereis apontar a seta para o alto, aspirando a voos

    mais altos nas cincias, religies, filosofias e nos meios financeiros, incluindo

    intercmbios com outros povos.

    Continuando, estaro perante Herodes, em que surgem lies na rea das

    cincias polticas, como seja a construo do Governo Mundial e outras, antes de

    chegarem a esse estado supranacional.

    Para que tudo possa ser devidamente resolvido, usai as guas das Musas, no

    Monte de Hipocrene onde os cavalos campeiam.

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    Se Vs vos sintonizardes com as vibraes do amigo Alquimista, encontrareis

    solues avanadas para os problemas actuais e outros

    Finalmente, estaremos no Reino dos Monstros, onde h que aprender a

    libertarem-se da cegueira do poder efmero, do orgulho intelectual, da fama ilusria e

    das honras mundanas, ajudando a humanidade a obter a verdadeira sade e a viver em

    segurana, no uso devido da preciosa liberdade.

    Esta a casa de Rafael, a oitava de Hermes.

    Cristina e Tefilo regressam aos bosques de Orion. A noite j vai avanada; a

    escurido os invade.

    De repente eis que surge no ar uma seta flamgera lanada por Lcifer. A seu

    lado estava Madalena, em sua bela nudez, numa concha, e Mo Dura, com ar severo ,

    segurando algemas em suas mos.

    Zeus assiste impvido....enquanto o Alquimista lhes d um forte abrao. A

    escurido era cada vez maior....at que surge Rafael que lhes oferece um belo farol para

    que o usem na iluminao do caminho.

    Rafael.- Obrigado, caro amigo.

    Cristina.- J viste que o farol s ilumina se a nossa mente teleptica estiver

    livre de dogmas, preconceitos, e fanatismos?!

    Tefilo.- verdade, temos de sintoniz-lo com a nica Fonte de Luz. Olha, ali,

    a Senhora da Forma envolta em negro breu! E o Senhor do Fogo est no meio de um

    iceberg!!!

    Lcifer aproveita para lanar mais setas, dizendo: Tefilo, olha bem para a tua

    querida amiga Cristina...como ela est cada vez mais bela!!!

    Ides at gruta da Madalena, mergulhai nas suas guas, vossos corpos sero

    envolvidos com espumas perfumadas das Ninfas e a Senhora da Forma vos ajudar a

    repovoar a Terra.

    Madalena.- Vede como est bela a minha gruta! Alguma vez Rafael conseguiu

    pintar com tanta beleza!? Estais na boa companhia de Eros que mais desejais?

    De repente, Madalena aproxima-se de Tefilo e abrao-o, cobrindo-o de

    ardentes beijos, sob a cara de Cristina.

    As chamas comeam a devorar o bosque de Orion, quando chega o Senhor da

    Luz.

    Senhor da Luz.- A escolha Vossa.

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    Tefilo e Cristina, cruzam os seus olhares, e, com o uso do farol, conseguem

    apagar as chamas.

    O silncio invade os bosques de Orion. Lentamente, a luz do dia comea a

    vencer as trevas da noite; ouve-se o chilrear dos pssaros, em seus cnticos matinais,

    quais hinos de louvor ao Criador.

    Tefilo acorda exausto....; a seu lado dormia Cristina sobre as peles de animais

    selvagens que Diana lhe tinha oferecido. Acorda sobressaltada.

    Levantam-se, despem-se e mergulham num lago com essncias de rosas.

    Aps limparem-se e vestirem-se, sentam-se debaixo dum carvalho frondoso e

    centenrio.

    Cruzam os olhares, os pensamentos e os sentimentos... num silncio, apenas

    interrompido pelos sons harmnicos dos Silfos e das Ninfas.

    Cristina.- Ento j decidiste, caro Tefilo?

    Tefilo.- E tu, cara amiga?

    Cristina.- Sinto-me esgotada, doente, desiludida com os prazeres que durante

    mirades de anos experimentei nas profundezas da gruta de Madalena.

    Mo Dura vedou-me o caminho, usou a vara com tanta fora que quase fiquei

    sem livre arbtrio.

    Aps tantas experincias, depois de seguir vrios caminhos, creio que encontrei,

    agora, o mais curto, qui o mais difcil, mas certamente o melhor, o da quinta via rumo

    Cidade da Rosa.

    Tefilo.- Cara amiga, encontro-me, mais ou menos, no mesmo estado s que

    ainda tenho algumas dvidas que me atormentam.

    Contudo, tambm j decidi, vou procurar subir a pulso.

    Cada vez mais reconheo que nada acontece por acaso, nem existem

    coincidncias.

    Cristina.- E do nada tambm nada poder surgir.

    Tefilo e Cristina vo deixando o bosque; aqui e alm saboreiam frutos

    silvestres. Tm que meter uma terceira para subirem uma pequena encosta, rodeados de

    pombas e de serpentes, at que chegam a um pequeno planalto, onde encontram o

    Senhor da Luz.

    Tefilo.- Vou iniciar o caminho que Fausto seguiu.

    Cristina.- No meu ritmo irei fazer o mesmo.

    Senhor da Luz.- Quereis ser a Elsa de Lohengrin?-

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    Cristina.- Sim, caro Amigo; s que daqui at l um longo caminho terei de

    percorrer.

    Senhor da Luz.- Carssimos Amigos, sejam dignos de que, assim, vos trate.

    Como nefitos, leite vos ser dado; com o tempo e a vossa aprendizagem que s

    depende de cada um de vs, ireis receber alimentos mais slidos

    Vamos ento primeira lio.

    Num pice, a Senhora da Forma enche a imaginao de Tefilo e de Cristina de

    ideias cristalizadas; Lucfer incita-os guerra; Hermes envia-lhes sementes de orgulho;

    Zeus, a vaidade; o Alquimista e o Rafael magia negra; e o Senhor do Fogo incita-os a

    competir sem escrpulos; Madalena derrama espuma afrodisaca; por sua vez Mo Dura

    esfregando as mos de contente, prepara a sua vara.

    Cristina.- Tu, Lcifer, envia as tuas chamas de fogo para cima; quanto ao resto

    vou procurar sintonizar-me com as vossas vibraes positivas.

    Tefilo.- Podes guardar a tua vara Mo Dura.

    Cristina e Tefilo procuram conceber novos arqutipos de sistemas mais

    avanados para os diversos domnios da actividade humana.

    Nessa dinmica usam o raciocnio lgico, desenvolvem a concentrao,

    observam com rigor e mente aberta, usam o discernimento com humildade, e assim se

    sintonizam com as vibraes superiores de Hermes, Mo Dura e de Zeus.

    Como finalidade: apenas o bem de toda a criao.

    Tefilo e Cristina sobem um pouco mais at casa do Aguadouro.

    Senhor da Luz.- O vosso laboratrio est dentro de vs e em toda a Natureza,

    dado que a vida se expressa numa dinmica pansosta.

    Nesse laboratrio aprendereis a transmutar os vis metais em ouro eterno.

    Como base prioritria, o consabido mas muito esquecido, conhece-te a ti mesmo.

    Na medida em que progredirem, descobrireis ntimas relaes entre os diversos

    Microcosmos com o Macrocosmo.

    Que espcie de conhecimento o vosso se nele no houver sabedoria? Que

    frutos e efeitos que esto vindo dessa origem?

    Bem, por agora, vamos ser breve na apresentao esquemtica dessas relaes.

    No actual estado evolutivo o Universo divide-se em 7 Mundos ou 7 estados de

    matria. No mais elevado est o de Deus que interpenetra todos os outros at ao fsico.

    A finalidade da evoluo transformar as latentes potencialidades divinas em

    criadoras, dinmicas.

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    Da que um Dia obras maiores do que Ele fez, vs as fareis! E, ento, em que

    grau evolutivo que estar esse Grande Amigo?

    Tefilo.- Tudo isso novo... para mim.

    Cristina.- Estamos na mesma, contudo cada vez aumenta mais o meu desejo de

    beber de outras fontes, desde que as guas sejam cristalinas.

    Tefilo.- Falou-nos em Deuses... mas as grandes religies ocidentais ensinam o

    monotesmo.

    Senhor da Luz.- No Absoluto - Ser Supremo- tudo existe; nEle evoluem Seres

    de Incomensurvel Sabedoria e Omniconscincia. Eles tero comeado a sua involuo

    no primeiro Dia no incio da primeira manifestao.

    Cristina.- A temos o Big Bang, essa enorme exploso de massa de

    hidrognio...

    Senhor da Luz.- Isso uma das faces da verdade da teoria materialista, que a

    seu tempo ser corrigida.

    O que vos posso informar que os quinze ou vinte bilies de anos que ela

    defende quase nada perante a realidade temporal da vida manifestada.

    Tefilo.- Nesse caso, quando o nosso sistema solar foi formado j muito antes

    outros seres evoluram a tal grau que reuniam condies para o criar, no por acaso,

    pois esse no existe, nem do nada, como sabemos.

    Senhor da Luz.- Os senhores com mente orgulhosa, materialistas, quando no

    sabem ( e todos somos mais ou menos ignorantes) idealizam concepes como foi por

    acaso, ou criam a lei dos saltos, quando na sbia Natureza no existe tal dinmica;

    confundem formas degeneradas de cada onda de vida com os elos de ligao entre os

    diversos reinos que involuem e evoluem na Terra. Os antropides, por exemplo, no so

    os vossos antepassados mas sim seres da vossa onda de vida que degeneraram.

    Por outras palavras os antropides usam formas atrofiadas daquelas que vs j

    usastes h alguns milhes de anos.

    Se continuarem a retrogradar perdero este comboio evolutivo; nesse caso tero

    que aguardar outro Dia de Manifestao reduzidos apenas ao esprito com os tomos

    sementes dos seus corpos. Vs j passastes pelos estados animal, vegetal e mineral, mas

    em outros dias evolutivos.

    Quanto palavra do Texto Bblico Elohim que foi traduzido por Deus j

    Voltaire e no s reconheceu que estava no plural.

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    Em primeiro lugar no h uma nica linha do texto original do Antigo

    Testamento. Este foi escrito no hebreu antigo em que as palavras estavam unidas umas

    s outras e as vogais quase no existiam.

    Vem a a Hora de surgir uma nova traduo do Texto Bblico, livre de censuras,

    concebido com mente aberta e espiritualizada.

    Voltemos palavra Elohim. Sua raiz Eloh. A letra h indica-nos que nome

    feminino. A ela foi-lhe acrescentado o sufixo im, indicador do plural masculino.

    Por outras palavras estamos perante seres divinos com poderes criadores de dois

    plos: masculino e feminino.

    Da a aluso bblica que vs fostes concebidos nossa imagem ... macho e

    fmea.

    O mesmo poderemos dizer de outros erros de traduo, como, no caso da costela

    de Ado, smbolo de Humanidade, quando clula diviso efectuada nesse perodo,

    necessria para o novo estado evolutivo e tantos outros, incluindo no Novo Testamento,

    abrangendo ainda a pontuao.

    Por hoje ficamos por aqui. Cabe a cada um de vs analisar, estudar, discernir e

    concluir.

    Sejam livres em vossos estudos, no se sujeitem a nenhum ensinamento,

    incluindo estes, sem verem por vs se lgico ou no.

    Neste estado evolutivo em que vos encontrais nenhuma transmisso de

    conhecimento infalvel ou absoluta.

    At os prprios Elohim tambm erram!!!

    Sabeis qual a causa dos cometas?

    Tefilo - As teorias so vrias mas nenhuma me satisfaz.

    Cristina Dou razo a Scrates: S sei que nada sei.

    Senhor da Luz Tambm h clculos errados no incio da criao da nebulosa

    central, base para um novo sistema solar e depois... a esto eles deriva... at se

    desintegrarem.

    Tefilo e Cristina, cada qual com o seu ritmo, com as especificidades,

    individuais continuam os seus estudos.

    Cada um seguia por si o seu prprio caminho at que, ao fim de doze meses, se

    encontraram num maravilhoso jardim de rosas situado no monte Hipocrene.

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    Tefilo, em tom exclamativo: - Longos meses passaram sem a tua acolhedora

    companhia sem contemplar esse formoso rosto de Madona!

    Cristina Por acaso ters visto alguma Musa por estas paragens ou bebeste

    gua das bilhas de Ganimedes!?

    Tefilo Olha que o acaso no existe, s mui formosa dama e ests cada vez

    mais Uraniana.

    Cristina Sim, tambm tu, carssimo amigo, regeneraste, rejuvenesceste, qual

    Apolo reencarnado.

    Tefilo Reencarnado... essa uma das questes que h muito me atormentava:

    Como que, sendo Deus amor, infinitamente sbio , omnipotente, poderia criar um ser

    demente e outro um gnio? Esse deus se existisse seria ou no um monstro? Fizemos

    Deus nossa imagem quando ns que fomos criados Sua.

    Cristina verdade. Como que algum poderia ser feliz, estando para sempre

    nos Cus, havendo outros seres, seus irmos, no Inferno, eternamente, quando no plano

    csmico nem uma gota de gua se perde.

    Hermes, pleno de orgulho, gritou:

    - S h matria fsica e nada mais...

    Por sua vez, a Senhora da Forma aproxima-se de Cristina e murmura-lhe aos

    ouvidos: deixa-te de investigaes e estudos, lembra-te do que te ensinaram: foste

    criada do nada; o renascimento no existe. Se continuares nessas heresias sers

    castigada severamente.

    Tefilo captara os sussurros da Senhora da Forma. Ambos ouviram bem o

    desespero de Hermes.

    Cristina.- triste e leda, retorquiu: - Chega de crenas infantis, sem lgica alguma,

    contrrias at s descobertas cientficas.

    Por toda a parte a Vida se manifesta de forma cclica e em espiral, desde o ADN ao

    ciclo do cido tricarboxlico e ao do fosfoglicerato nos glbulos vermelhos dos

    organismos humanos, at aos ciclos da gua, aos ciclos do estro e outros. Da que a Lei

    dos Renascimentos nela se enquadra perfeitamente; da, tambm, que muitas das

    pessoas, que por obras valorosas da Lei da Morte se libertaram, tenham defendido

    essa Lei, antes e depois de Cristo, desde Scrates, Plato, Pitgoras, Empdocles,

    Virglio, Ovdio, Flon, Orgenes, S. Gregrio Taumaturgo, Eusbio de Cesareia,

    Paracelso, Cames, Bacon, Shakespeare, A. Russel, Alexandre Dumas, Vtor Hugo,

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    Dante, Swedenborg, Goethe, Gandhi, Lincoln, Pessoa, e tantos e tantos outros,

    incluindo Jesus Cristo.

    Mesmo com o actual Texto Bblico e, se houver mente aberta, esto l aluses a essa

    Lei, algumas indelevelmente, como no caso do paraltico de Betesda - S. Joo, Cap.V,

    que estava h 38 anos, naquele estado e por Ele curado graas ao seu poder magntico,

    fora do pensamento positivo do enfermo, e aps lies aprendidas pelo nosso irmo

    de Betesda.

    Ora, se somarmos essa idade aos 7 anos at qual no somos

    responsveis...como se justificam as palavras de Cristo: No tornes a errar para que

    no te acontea pior!?

    Tefilo.- Ele foi bem claro que o que semeamos, colhemos.

    Portanto, Deus no castiga ningum. Jamais. Ele Amor. O que nos acontece,

    individualmente e tambm no colectivo, produto da Lei da Causa e do Efeito,

    resultado do que pensamos, sentimos e fazemos desde que temos mente. A

    responsabilidade nossa.

    certo que, como disse Cames, vemos os bons sofrer e os maus gozar. S que

    cuidado com essas divises entre bons e maus, alm de que tudo tem o seu tempo.

    A evoluo lenta ... por vezes s na vida seguinte ou at noutras que

    chegaro os efeitos das nossas aces de h centenas ou milhares de anos. Na nossa

    ignorncia e malvadez culpamos os outros, os pais, os genes, ou a Deus, etc, etc.

    Por outro lado se usarmos devidamente o nosso livrearbtrio, a epignese, a Lei

    do Amor, libertamo-nos dos efeitos nocivos.

    Cristina.- Goethe bem afirmou : que o esprito como a gua, circula no mundo

    fsico nos rios, mares, etc. evapora-se, subindo a planos menos densos; l se condensa e

    de novo volta Terra fsica nela circulando novamente .

    Tefilo.- Como sabe, h casos j comprovados cientificamente, especialmente

    por uma autoridade idnea, prof. Doutor Ivan Stewenson, e por outros investigadores.

    Envolto em branca luz, e numa forma ovide, chega o Senhor da Luz:

    Ol ! Caros Amigos Cristina e Tefilo, tenho-vos acompanhado, tal como o ar que vos

    envolve e em vs existe.

    Colocai esses ensinamentos em prtica , porque o Mundo precisa de bons

    servidores, muito mais do que bons tericos.

    Ireis receber novos ensinamentos que, por agora, no devero ser comunicados

    publicamente, pelo que sede fiis e prudentes.

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    Tefilo.- sempre com alegria que Vos escutamos; uma honra a Vossa

    presena.

    Cristina.- Obrigado, pela paz que nos comunicais. Esta, sim, a verdadeira Paz!

    Senhor da Luz.- Desamos ao reino dos monstros.

    Tefilo.- Quando ser que nos libertaremos destas influncias?

    Senhor da Luz.- Cada vez sero mais fracas, tudo dependendo da forma como

    cada qual se sintonizar com as vibraes csmicas.

    Devido ao movimento de precesso dos equincios, a Terra ir receber

    profundas influncias aquarianas, especialmente a partir do sculo XXVII. At l, tudo

    passar por grandiosas mutaes.

    Se analisarmos a evoluo das religies, verificaremos que ela est ligada a esse

    movimento. Cada passagem por cada constelao zodiacal demora 2 150 anos. Por isso,

    quando as influncias eram oriundas de Taurus, a Humanidade adorava o Touro- Boi

    pis; quando Cristo esteve no plano fsico estvamos a 7 graus de ries, pelo que j

    tnhamos atravessado 23 graus desde que Moiss foi incumbido de substituir o culto de

    Touro pelo Cordeiro. A partir do sculo V d.C. entrmos plenamente sob a Era de

    Peixes, da haver simbologias ligadas a esta dinmica, desde o smbolo dos primitivos

    cristos como a prescrio do uso do peixe em vez de carne em certos dias.

    Contudo, ainda existem reminiscncias em muitas tradies religiosas, cultos

    mais ou menos cristalizados, como algumas prticas escravizantes que urge saber

    vencer.

    Cristina.- Certamente que, ao longo da prxima Idade do Aqurio, sero

    concretizadas as grandes aspiraes da Humanidade desde a Fraternidade Liberdade.

    Senhor da Luz.- Muito j est sendo realizado, embora pouco divulgado pelos

    meios de comunicao social e tambm pelas pessoas, cuja tendncia tem sido para

    divulgar os negativos e menosprezar os positivos.

    H muitos cidados mais ou menos desconhecidos que j fizeram profunda

    renovao de mentalidades e esto servindo com altrusmo e humildade, contribuindo

    para criarem uma nova civilizao onde muitos problemas que, agora, vos atormentam,

    tero solues adequadas.

    Bem, descansemos um pouco sombra desta azinheira; isto se ,assim., o

    desejarem.

    Cristina .- Com todo o prazer.

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    Tefilo.- Gosto imenso de descansar e meditar sombra das nossas irms

    rvores.

    Aps alguns momentos de profundo silncio, apenas interrompidos pelas

    brincadeiras dos Silfos na frondosa copa da azinheira, Tefilo desabafou:-

    Chegou a hora de subir mais um degrau na Quinta Via rumo Cidade da Rosa.

    Cristina.- Vou tambm seguir este caminho, ou antes continu-lo, pois at, hoje,

    aquele onde encontrei mais Luz cristalina.

    Senhor da Luz.- A escolha vossa e s vossa.

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    4 F A S E

    Chegmos concretizao dos Ideais da Quinta Via.

    Eis que a Cidade da Rosa florescer.

    Cada actriz e cada actor num total de 72 000.... ser como um Parsifal ,

    aprendendo a usar altruisticamente e com humildade todo o seu Poder.

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    Um dos Elohim, regente das foras csmicas da Senhora da Forma, Senhor das

    Terras de Acubene, rene com os Seus Co- regentes.

    Elohim.- Esperam-vos novas e profundas mudanas na construo da Cidade da

    Rosa. Isso exige melhores templos fsicos para cada Ego.

    Assim, a Cristina, o Tefilo, a Rosa da Luz e o Cristfilo escolheram a Vitria e

    o Miguel?

    Coro de Anjos.- Por muito bem fazer, eles podem escolher.

    Cristina... Tefilo.- Escolhemos Vitria e Miguel que vivem no Monte de

    Hipocrene.

    Aps vrios meses de viagem desde as Terras de Acubene at s Terras de Jaso,

    eis que os nossos amigos Cristina ... Tefilo ...chegaram com intervalos de alguns

    minutos a casa de Vitria e de Miguel que, entretanto, tinham mudado de Hipocrene

    para as reas de Jaso.

    Na Casa Museu de Vitria e Miguel, a luminosidade do Senhor da Luz entrava

    por 7 janelas, as quais encerravam a proporo da seco dourada, tal como toda a

    habitao.

    Como revestimento, a l de oiro puro.

    Com a vinda de Rosa da Luz, Tefilo, Cristina e Cristfilo, redobrara a alegria

    nos coraes de Miguel e Vitria.

    Todo o ambiente fora melhorado. No exterior, as plantas rebentaram iniciando

    novo ciclo; as aves faziam os seus ninhos, chilreando a cada canto, em hinos de louvor

    ao Criador.

    De repente tudo floria, a atmosfera carregada de novos fluidos, de aromas

    vitalizantes, convidava a passeios pela me natura, o Selo de Deus.

    Miguel, possuidor de grande experincia nas diversas artes e ofcios, construa

    novos utenslios, com capacidade epigensica, em sintonia com as Leis da Natureza.

    Tudo o que dele saa e dos seus colaboradores, no s respeitava o meio

    ambiente como eram preciosos elementos para melhorar os nveis socioeconmicos,

    como artsticos, cientficos e educacionais.

    Vitria e os seus colaboradores contactavam com todo o mundo por meio de um

    idioma universal.

    Aps percorrerem vrias vezes as 12 Casas da Cidade da Rosa, aprendendo, tal

    como todo o mundo, diversas experincias eis que se fixaram por alguns tempos nos

    bosques de Orion.

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    Lucfer, cego de dio e de raiva, vendo que estava perdendo terreno, investe

    com toda a fora.

    Dirige-se a casa de Vitria, de Miguel e do quarteto , e apresenta a sua proposta:

    Dar-vos ei todas as Terras do Reino de Herodes, onde todas as pessoas vos

    prestaro vassalagem; dar-vos-ei ainda os domnios de Eros onde podereis escolher as

    mais belas e formosas damas.

    Dou-vos estas prolas e diamantes.

    Todo o mundo vos admirar pela vossa fortuna e poder.

    Mo Dura.- No isso que desejais : Fama, Fortuna e Poder?

    Madalena.- Sero senhores da Gruta, da Creche como de todas as Terras e dos

    Mares.

    Alquimista.- Ouve, Miguel, deixa-te de idealismos, de dedicao ao prximo,

    de trabalho construtivo e edificante, original... Vive a libertinagem!

    E, tu, Rosa da Luz, para que queres a tua oficina, se podes ter fortuna, sem

    trabalhares, basta saberes explorar o filo da raposa...?

    Madalena- olhando para Tefilo - : E, tu que esperas?

    Avana....

    Olha para o teu lado, no vs estas belas damas, profundamente apaixonadas por

    ti!!!

    Qual delas a mais formosa?

    Zeus.- Cristfilo! Vamos dar-te o cargo de Rei dos Centauros, senhor de

    milhes de seres humanos, crentes em ti, que te seguiro sem levantarem problemas,

    questes....

    Hermes.- Tefilo deixa de seres to puro.

    Porque no obteres fortuna, explorando os outros, usando os meios

    maquiavlicos?

    Se assim fizeres, obters altos cargos, para ti, para os teus familiares, como ainda

    para todos os compadres e para todas as comadres...

    Rafael.- Cristina s a nova pitonisa do 3 Milnio...

    O silncio impera....

    De repente, setas flamgeras atacam Vitria, Miguel e o quarteto.

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    Ondas de 9 metros os envolvem....

    A luta enorme....a escurido os invade....

    Ansiosos, esgotados...procuram descansar....

    Sonhos e mais sonhos...pesadelos e mais pesadelos....

    Tefilo acorda cansado.

    Ao reconhecer que tem tido ansiedade em cumprir e que tal atitude altamente

    prejudicial, decide trabalhar com calma e saber dar tempo ao tempo.

    Cristfilo.- Nada dormi...vou procurar gozar a vida....

    Vitria.- Caro amigo, tu, como todos ns que escolhemos o caminho a seguir.

    Contudo, no olvides que o que semeamos, colheremos.

    Cristfilo.- Tens razo...mas vou at casa de Madalena.

    A cavalo num centauro, sem seta, eis que chega sua gruta.

    Olha e somente v belas mulheres....aproxima-se de uma delas e logo fica

    rodeado por 7, oriundas dos 5 continentes.

    Sente-se como um pavo...beijos e mais beijos, abraos e mais

    abraos...elogios...e assim por diante....at que resolve regressar a casa.

    Miguel.- Vens perfumado...

    Cristfilo.- Profundamente triste e revoltado comigo mesmo, desabafa: so

    apenas perfumes fugazes, ilusrios.

    Afinal, continuo na mesma: vejo o que melhor e aprovo, mas sigo o invs...

    Senhor da Luz.- Procura o bem em tudo, tal como em cada pessoa. O mal o

    comeo do bem.

    Cristfilo.- Agora que no tenho dvidas sobre o caminho mais curto para a

    libertao.

    Rosa da Luz.- Aprendemos com a experincia.

    Vamos at s Terras do Leo de Nemeia.

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    Montados num Centauro, com seta, ei-los percorrendo serras, florestas,

    atravessando rios, vencendo obstculos, ora em ambientes buclicos, cheios de flores,

    desde roseirais humilde erva; at aos mais agrestes e ngremes, em que o amigo Hlio

    no entrava.

    Enfim, aps duros meses de caminhada, ei-los em Terras do Senhor da Luz.

    Sentaram-se sombra de uma oliveira, carregada de verde azeitona. Por fim,

    encostaram-se ao seu tronco.

    Ao redor imperava o Silncio e a Paz; a Energia flua com fora herclea.

    - Enfim, ss!- disse a Rosa da Luz.

    - Ss...? inquiriu , Cristfilo.

    Compreendes o que disse respondeu a Rosa.

    Cristfilo.- A propsito de ss , voei at ao Universo por meio do man e a

    est a grande interrogao que domina muitas pessoas: Estaremos ss? Ser que s a

    Terra habitada? Ser que s aqui h formas que vivem?

    Continuamos a olhar para o umbigo...

    Pitgoras e outros , antes dele, j sabiam que a Terra que girava ao redor do

    Sol; todavia, todo o mundo, considerava-a como o centro... Tudo girava volta da

    Terra, ou antes nossa volta...

    Quando esta teoria caiu, muito mudou ... S que continuamos a observar esse

    palcio maravilhoso, incomensurvel, o Infinito Absoluto, como obra de um acaso, de

    exploso e assim por diante; ou ento, que foi criado do nada.

    Rosa da Luz.- Sim, vivemos num minsculo planeta que pertence a um

    pequenssimo sistema solar.

    mais que evidente que a vida to grandiosa e misteriosa que ns, por meio de

    um pequeno culo, com viso materialista, somente enxergamos o que est na ponta do

    nariz, e mal, por vezes distorcidamente, mesmo que as mais desenvolvidas tecnologias

    levem essa ponta at ao Espao.

    Cristfilo.- Tens razo, por este caminho no conseguiremos desvendar os

    verdadeiros mistrios da vida e da morte... embora nele tambm exista algo de valor que

    devemos aproveitar.

    Contudo, h outro caminho mais curto e mais seguro.

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    Rosa da Luz.- Temos muita informao; todavia, qui, nunca, como hoje, as

    pessoas sentem-se ss, no comunicam, antes, isolam-se e da tantos problemas

    psicolgicos e emocionais.

    Procuramos resolver os problemas, atacando os efeitos, e os resultados so

    evidentes.

    A poluio domina.

    A conversao feita com frequncia sob os rudos das televises at de outros

    aparelhos.

    Sem darmos por isso, consumimos as energias e as suas fontes, algumas beira

    de se esgotarem; desperdiamos as nossas com conversas fteis , intrigas, maledicncia,

    e tantas outras interferncias que no permitem uma real comunicao.

    Para comunicar preciso amor e humildade ; pacincia e pureza.

    Senhor da Luz.- Estivemos ouvindo-vos com muita ateno.

    Contudo, nem vos elogiaremos, nem julgaremos.

    Permitam-nos que vos lembre que a Vida sempre existiu e existir. Como plo

    positivo da Sempre Essncia Existncia galvaniza todas as diversas formas

    manifestadas, fsicas e supra-fsicas, as quais so o Seu plo negativo.

    A questo reside, pois, no modo como cada qual concebe a Vida.

    Nunca ser demais recordar que o ser humano jamais criar vida, mas sim

    formas que vivem ou vivero.

    Tanto a onda de vida a que chamais Humanidade, como todas as restantes desde

    a mineral at Outras de Incomensurvel Sabedoria e Omniconscincia, so Chispas da

    nica Vida, na qual tudo se movimenta e tem o seu ser, que tudo interpenetra tal como

    o ar em vs.

    Todo o que quiser ser membro activo da Cidade da Rosa ter de saber respeitar

    todas as formas de vida, investigar e trabalhar com elas e para elas.

    E como sabeis, sem altrusmo e humildade, jamais haver xito no trabalho.

    Cristfilo.- Por isso todo o que procura glria mundana, fama terrena, riquezas

    materialistas, que, apenas, v matria e mais matria, o que produz um conhecimento

    profundamente imperfeito, tal como tecnologias que no respeitam as sbias Leis da

    Natureza.

    E os resultados so evidentes.

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    Se os fanticos religiosos so responsveis por guerras monstruosas, por

    numerosas mortes e tantas injustas perseguies, muitos cientistas, tal como as suas

    estruturas, so os grandes responsveis pela criao de meios to poderosos mortferos,

    desde as bombas atmicas at outros sob a capa de muita solidariedade e at altrusmo

    hipcrita....

    Senhor da Luz.- Mais uma vez lembramos que a melhor forma de vencer o mal

    procurar o Bem em tudo. Aquele, a seu tempo, ser transmutado em algo positivo.

    E a uma velocidade superior da Luz desapareceu, envolto numa urea

    luminosa em forma ovide.

    Rosa da Luz.- Porque nos deixastes?

    Cristfilo.- Compete a cada qual trabalhar por si, investigar, sem ajudas

    externas....mas sabendo usar o Poder Interno, parte da nica Vida.

    Vamos edificar o nosso laboratrio em terras onde esto numerosas fontes das

    quais brotam deliciosas e cristalinas guas que nos matam a sede.

    Entretanto, Tefilo e Cristina tinham ido at terras de Simen e Lev . Ele

    trabalhava em vrias associaes culturais; ela dedicava-se mais rea da comunicao

    social.

    Tefilo sentia-se esgotado.

    Cristina, que j tinha observado que ele estava precisando de descanso,

    perguntou-lhe:

    Caro Tefilo no achas que estamos necessitando de irmos visitar os nossos

    amigos Rosa da Luz e Cristfilo?

    Tefilo.- Vamos embora. Faamos as malas....

    Cristina.- Malas!!! Basta um saquito....

    Bem, no dia seguinte, a vo os nossos amigos at terras de Ganimedes.

    Quando chegaram fonte de Hipocrene, pararam para beber um pouco daquela

    famosa gua.

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    De repente sentiram uma rajada de vento.

    Tefilo.- Temos mudana brusca de tempo. O melhor irmos para casa dos

    nossos amigos.

    Cristina.- No h problemas que conheo bem o nosso irmo vento, como tu, a

    irm gua.

    Quanto aos irmos do fogo....Lcifer no quer nada connosco.

    Dum momento para o outro chovia ces e gatos, caiam raios e coriscos.

    Com prudncia, mas serenos e confiantes, l iam Tefilo e Cristina at aos

    laboratrios dos seus amigos.

    Cristfilo.- Sejam bemvindos, caros amigos.

    Tirai a roupa que estais como uns pintainhos...

    Rosa da Luz.- J vos espervamos, mesmo com este tempo, pois sabemos que

    nada temeis.

    Tefilo.- Foste consultar o orculo....rindo-se...

    Rosa da Luz.- Continuas satrico...sabes perfeitamente que nada queremos com

    falsos mestres nem com os vendilhes de cincias sagradas.

    Cristfilo.- Olhem, vm a os nossos grandes amigos Vitria e Miguel.

    Tefilo.- ptimo, que melhor uma reunio fraterna a seis para analisarmos o

    estado de coisas nesta era de profundas mudanas?

    Rosa da Luz.- H muito que no estvamos juntos em corpo fsico, que no

    sentamos o vosso calor altrusta.

    Vitria.- Que melhor que a s amizade neste mundo, Cara Amiga.

    Miguel.- Amigos, como Vs, contam-se pelos dedos.

    Rosa da Luz.- Entrem.

    Tefilo.- E porque no ficarmos aqui no vosso jardim das rosas?

    Cristfilo.- Boa ideia - local ideal para debatermos todos os 12 Sectores da

    Construo da Cidade da Rosa, onde desejamos que todo o mundo venha a viver.

    Miguel.- Olha - que belas rosas!

    Rosa da Luz.- So da famlia das floribundas a que lhes deram o nome de

    Fellowship- Fraternidade.

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    Aquelas ali, mais simples, mas muito belas foram baptizadas com o nome de

    Goethe

    Cristfilo.- J chega de variedades. Vamos ao trabalho.

    Miguel.- De acordo.

    Rosa da Luz.- Concordo.

    Vitria.- Sim, precisamos de aproveitar o tempo.

    Cristina.- Porque o tempo dinheiro...

    Tefilo.- E porque no reunirmo-nos no teu laboratrio?

    Miguel.- L ests com as tuas mudanas algo repentinas.

    Tefilo.- Tens razo.

    Senhor da Luz.- E porque no comearem pelas Terras de Jaso?

    Os seis renem-se junto a uma Tvola- Redonda.

    Cristfilo.- Em trabalho de grupo vamos edificar esta importante fase da Cidade

    da Rosa.

    Para comearmos, no ser melhor seguirmos a opinio do Senhor da Luz?

    Rosa da Luz.- Como essa rea est ligada ao primeiro compartimento, logo

    comecemos pela base, por bons alicerces.

    - Vamos a isso responderam, em unssono, os restantes amigos.

    Hermes.- Prioridade das prioridades, fomentar tudo o que contribua para um

    profundo conhecimento de ns mesmos, numa viso real da Vida que se manifesta

    pansoisticamente.

    S deste modo que conheceremos Deus....

    Alquimista.- Contai com a nossa ajuda para vencerem as caducas convenes,

    os preconceitos, os dogmas sejam eles quais forem.

    Usai a vossa capacidade epigensica para criarem algo de novo, em sintonia com

    as vibraes positivas aquarianas, entre elas, uso correcto da liberdade, amizade s e

    pura, leal, ideais progressistas em todas as reas desde as artes s cincias, fomentando

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    novas formas, incluindo na poltica, rumo a uma profunda unio entre os povos,

    que conduza, no mais curto espao de tempo, vivncia da Fraternidade Universal.

    Rafael.- Para isso h que desvendar muitos mistrios, procurando as prolas

    ocultas como um Fausto, mas seguindo a nossa luz interna.

    Dois arados devemos saber usar: orar cientificamente e servir com amor e

    humildade. Aquela ter de ser altrusta, sintonizada com as vibraes superiores

    csmicas.

    Paralelamente h que observar correctamente, discernir com clareza, usando a

    analogia, meditar profundamente, saber examinar-se a si mesmo, contemplar

    activamente e adorar em obras.

    Senhora da Forma.- Nunca ser demais lembrar que a regenerao, base para

    as grandes transformaes internas e externas comea na mente subconsciente, ligada

    imaginao e memria.

    Lcifer.- Enviar-vos-ei a energia dinmica oriunda do Senhor da Luz, nica e

    inesgotvel fonte para a actividade.

    Os ideais construtivos sero a nota constante, aliados a uma coragem capaz de

    mover montanhas.

    Mo Dura.- Em todo este movimento, tero a nossa ajuda, designadamente

    sendo mais prudentes, mais diplomticos, profundamente honestos e metdicos e

    usando magistralmente o maravilhoso poder da concentrao.

    Madalena.- Face ao estado de poluio geral, face a milhes de anos de gruta de

    Vnus, vibrai nas minhas notas positivas desde os vossos regimens alimentares,

    libertando-se das carnes e dos peixes, tal como das bebidas alcolicas, usando a

    temperana.

    Nas relaes sociais as notas esto na harmonia, na pureza, na beleza superior,

    na s amizade, no respeito por si mesmo e pelos outros.

    Zeus.- Com uma mente confiante, optimista, com serena alegria, com boa

    capacidade de discernimento, obtero bons resultados das experincias da Universidade

    da Vida.

    Desta arte, irradiaro sabedoria destilada.

    Senhor do Fogo.- Ao vibrarem positivamente com as diversas oitavas

    inferiores, podero ascender a lies mais profundas.

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    Alm disso, ao viverem em muito melhor sintonia com o plano csmico, os

    vossos emunctrios, desde o aparelho respiratrio at pele, ajudaro a possuir um

    corpo so e puro, o que proporcionar um templo mais maravilhoso e belo, um corpo

    vivificado, onde a Luz brilhar, irradiando a verdade libertadora.

    Senhor da Luz.- Ao sintonizarem-se com as mensagens elevadas dos 7

    Ministros ou Logos e mais as duas oitavas superiores de Hermes e de Lcifer, obtereis

    um templo do deus interno pleno de vitalidade e de elevadssimo grau vibratrio, que

    far da vossa casa mais antiga, um santurio de pedras preciosas, o qual, a seu tempo, se

    transformar num belo pentagrama dourado, o elixir da eterna juventude.

    Durante l2 dias os nossos seis amigos ouviram e analisaram tudo mui

    atentamente e cada qual por si extraiu as suas concluses.

    Aps mais l2 dias de vida serena e meditativa, cada qual expressou o seu ponto

    de vista.

    Tefilo.- H muito que mudar e criar...

    Mos obra.

    Cristina.- Sim, mas cada qual com a sua especificidade trplice, com o seu

    ritmo.

    Cristfilo.- Cada qual ter de fazer o que lhe compete, sem estar espera de

    lderes, de muletas ou de ordens.

    Rosa da Luz.- Sim, mas com modstia e para bem de todos, sejam eles quais

    forem.

    Vitria.- Como a base reside em conhecermo-nos melhor a ns mesmos, ponto

    de vista antigo e cada vez mais actual, comecemos por mudar os mtodos educativos e

    tudo o que est relacionado com eles.

    Miguel.- No fundo precisamos de renovar tudo.

    Neste momento lembrei-me das sbias palavras de Goethe: enquanto no

    tivermos pais educados, no teremos filhos devidamente formados.

    Da a necessidade da educao permanente. E esta tem de se basear numa

    filosofia profunda, numa dinmica pansofista.

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    Rosa da Luz.- Porque no irmos percorrer a p os l2 quilmetros das matas

    desta cidade ?

    Excelente ideia concordam.

    Comeam subindo uma encosta, a meio da vertente, ouvem belas melodias

    saindo de uma cascata que caa at um lago onde formosos cisnes flutuavam.

    Cristfilo.- Lembrar-me que o nosso corpo fsico se reduz quase a gua e como

    tudo isto est poludo!!!

    Tefilo.- Despoluir - nota chave.

    Rosa da Luz.- Comeando por ns, pelo nosso interior, desde os pensamentos

    at s emoes e aos actos, e ao mesmo tempo todo o meio externo.

    Miguel.- Tudo ir respeitar as Leis da Natureza, o selo divino; mas tudo...desde

    a educao criao, nos tratamentos mdicos e paramdicos, enfim tudo, tudo...

    Cristina.- Temos de ir s causas para cessarem os efeitos.

    Vitria.- J os latinos diziam: Subiata causa, tollitur effectus , isto , somente

    suprimindo as causas que cessaro os efeitos, ou por outras palavras no h efeito sem

    uma causa , pois nada sucede por acaso, nem do nada, nada vem.

    Da o Mestre afirmar que o que semeamos, colhemos.

    Hermes.- Vejam bem...olhem que tudo uma questo gentica...

    Cristfilo.- Voltaste s vibraes inferiores do Plnio o Velho e companhia

    limitada...que ir ser cada vez mais limitada at desaparecer perante a Verdade

    Libertadora.

    Tefilo.- Cada vez h mais cientistas que questionam se os problemas esto nos

    genes ou se afinal estes so to s os efeitos de algo que ainda no descobrimos, at

    porque o que hoje pensamos que est certo, poder amanh vir a ser considerado como

    um grande erro.

    Temos andado a ver por meio de uma lente obscura, materialista e os resultados

    esto bem vista. S os cegos que no querem ver....

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    Afinal, onde residiro as causas das diferenas genticas, dos problemas mais

    ou menos graves nessa rea como noutras...? Nos progenitores? Os culpados so os

    outros!!!

    Se Mozart, desde tenra idade, era famoso violinista, foi devido ao seu genoma?

    Ou ele, ao longo da evoluo desenvolvera j vrias potencialidades, algumas geniais

    nesta rea artstica, de tal forma que os tomos sementes do seu trplice corpo atraram

    materiais supra-fsicos e fsicos que lhe proporcionaram a sua capacidade prodigiosa e

    nica, especfica.

    Os genes apenas reflectem os efeitos de causas anteriores.

    Entretanto, cucuritou um galo.

    Senhor da Forma.- Ofereo-vos este belo exemplar para o vosso almoo.

    Cristfilo.- Todos ns seguimos Hipcrates.

    Lcifer.- No necessitais de um chefe para vos orientar?

    Vitria.- Chefes, lderes e assim por diante, isso do passado.

    Aqui, nesta fase da Cidade da Rosa, no os h; entre ns, reina o domnio de ns

    prprios.

    Rosa da Luz.- Cultos de personalidade, dolos, fazem parte do teu reinado... s

    que nesta cidade reina a tua oitava, que se expressa em trabalho de grupo sem lderes, na

    construo de uma sociedade sem opressores nem oprimidos.

    Cristina.- Nesta cidade cada ser humano no esmaga nem uma larva, mas

    tambm no rasteja perante os poderes efmeros.

    Miguel.- Conscientes que o meio social influencia poderosamente a

    personalidade de cada qual, designadamente na meninice e na adolescncia; conscientes

    da enorme influncia das imagens, decide melhor-lo em todos os aspectos.

    Na Cidade da Rosa o exemplo a nota chave e tudo roda sob esprito

    construtivo, harmnico, criador, belo e amoroso.

    Para ns a concepo de crianas bem nascidas, est ligada a pais e lares de

    elevado carcter, sem termos em conta a posio social dos progenitores.

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    Tefilo.- Aqui s temos produtos alimentares criados de acordo com as Leis da

    Natureza; avanamos nas criaes das formas vegetais com esprito de religiosidade

    cientfica, jamais pensando em lucros ou glrias, mas para bem da sua involuo.

    O que importa o que assimilamos, mais que o que comemos, sabemos que o

    valor alimentar, incluindo a sua parte vitalizadora, purificadora, reside no ter qumico

    do corpo vital da planta; este assimilado pelo nosso corpo pituitrio, regido pelo nosso

    amigo Alquimista.

    Da que como os produtos so ingeridos crus, frutos, vegetais, plenos de

    clorofila, de essncias, os nossos corpos so mais puros e mais etreos.

    E essa mudana est em sintonia com as transformaes no planeta, cada vez

    mais etreo.

    Outrora, foi necessria a carne e o peixe; como mais tarde foi acrescentado o

    vinho; agora, urge saber escutar os ventos csmicos.

    Os sumos de frutos contm gua purificadora, revitalizante, at porque eles so

    oriundos de rvores e de plantas criadas com respeito pela sbia me natura.

    Os mdicos, enfermeiros, fisioterapeutas, de todas as diversas reas e concepo,

    seguem os ideais neo-hipocrticos tudo fazendo para Bem dos seus pacientes e no para

    si.

    Profundamente espiritualistas procuram ser verdadeiros canais do Grande

    Mdico, para o qual no existe nenhuma doena que seja incurvel.

    Miguel.- J, agora, reparem para as pessoas que vivem na Cidade da Rosa;

    alegres, saudveis, simpticas, amorosas, modestas.

    Os seus corpos expressam beleza na proporo ideal divina 1,617.

    Lucfer.- Olhem. Olhem isso faz-me lembrar os meus amigos que desejaram

    criar uma raa superior, especial.

    Miguel.- Nada tem a ver com isso; nada, nada.

    Na Cidade da Rosa respeitam-se integralmente todas as formas de vida; aqui os

    que apresentam maiores imperfeies ( e todos ns ainda as temos; perfeito, qui s o

    Absoluto) so mais ajudados.

    Aqui no h esprito algum de superioridade ou de inferioridade, mas servio

    fraterno.

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    Todavia, devido ao caminho que seguiram e que o resto da Humanidade ir

    percorrer, de acordo com o seu ritmo e a sua prpria personalidade, os corpos fsicos

    expressam elevada beleza e Amor Harmonia.

    Como espiritualistas pansostas trabalhamos, orando.

    Usamos a energia sagrada para gerar e regenerar de acordo com as Leis

    Csmicas.

    Devido a todos esses factores trabalhamos activamente, com serenidade, sem

    estresse, para Bem de toda a Criao.

    Cristfilo.- Como todos sabem, as artes tm um papel preponderante na

    regenerao, na cura e na criao de melhores arqutipos para futuros corpos.

    Por isso, vamos aprofundar toda esta rea, desde a msica, que inclui o bailado,

    at aos ofcios.

    Cristina.- Sim, vamos criar, cada vez mais objectos e msicas originais,

    aquarianas, com poder libertador ainda superior que nos legaram os nossos grandes

    amigos Bach a Mozart e a tantos outros dos cinco continentes.

    Tefilo.- Tarefa grandloqua e difcil.

    Miguel.- Contudo, necessria e possvel.

    Tefilo.- Para o Poder Interno nada ser impossvel.

    Rosa da Luz.- Nas nossas hospedarias, nos nossos Templos de Cura cada vez

    mais temos irmos com problemas srios, mentais , emocionais e fsicos.

    Todos no somos demais, nesta actividade de cumprirmos o preceito: curar os

    enfermos.

    Cristfilo.- A Hora de edificar a renovao profunda. Se olharmos para o

    passado evolutivo da Humanidade, era de esperar muitas lies dolorosas e difceis.

    Mas, aprendidas e porque, no Plano Csmico, a nota- chave o Amor, todos se

    iro libertar dos seus problemas fsicos e emocionais pelos mtodos neo-hipocrticos.

    Miguel.- Aqui est uma irm com um problema difcil no crebro.

    Cristfilo.- Como descobriste se no usaste as nossas avanadas tecnologias?

    Vitria.- Para o Miguel basta-lhe usar o seu poder clarividente interno,

    voluntrio, para analisar o interior e exterior .

    Cristfilo, nada disse.

    Tefilo.- Uns evoluram rpida e seguramente j trabalham e vivem na Cidade

    da Rosa; outros cristalizaram, a tal ponto que usam formas degeneradas da nossa onda

    de vida, caso dos antropides.

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    Cristfilo.- verdade, em cada onda de vida ou se avana ou se retrgrada.

    Mas, nada se perder para sempre, pois nem uma gota de gua se perde, quanto

    far o esprito, parte do Absoluto- Esse sim, o Ser Uno onde tudo existe e evolui.

    Vamos avanar e melhorar todos os diagnsticos e os mtodos de cura que nos

    possam ajudar mais e melhor na libertao de todas as enfermidades.

    Cristina.- E de maneira a que cessem as doenas.

    Rosa da Luz.- Na Cidade da Rosa j no haver enfermidades.

    Ns aqui temos mais um elemento; outrora recebemos a albumina, quando

    descemos ainda mais ao mundo denso, o que aconteceu h milhes de anos.

    E para que esse elemento ligado ao grego pir fogo, luz que a raiz da

    palavra es- pir- ito, seja assimilado imprescindvel trabalhar de acordo com as Leis

    Divinas.

    Por isso, aqui se vive na Luz como Filhos da Luz.

    Lucfer.- Olhem que a minha luz d mais prazer. Que dizes Madalena ? E tu

    Hermes?

    Senhor da Luz.- A escolha deles de cada qual.

    Cristfilo.- J faltou mais para recuperares... e ento estars ao servio de Jav.

    Lucfer.- E tu ests tratando enfermos com graves problemas na tiride?

    Cristfilo.- Estamos e estaremos at que os 144.000- nmero da Humanidade-

    se libertem.

    Miguel.- Que dizem, face ao estado do 1 compartimento, no ser melhor

    passarmos ao 2 ?

    Vitria.- Vamos at Creta melhorar, aperfeioar. Em cada ciclo espiralado, a

    Cidade da Rosa ficar cada vez mais formosa.

    Tefilo.- Olha! Aqueles e aquelas s pensam em acumular bens terrenos,

    grandes contas bancrias; e aqueles outros como exploram as pessoas, tratam-nas como

    escravos.

    Cristfilo.- Procura o Bem em cada pessoa, em tudo. L chegar o tempo, em

    que eles sero tambm obreiros na Cidade da Rosa.

    J te esqueceste do teu passado?

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    Tefilo.- Tens razo. Cada qual livre de seguir o seu caminho... mas, ser que

    somos assim to livres ?

    Cristina.- Bem, o melhor reunirmo-nos na casa da Madalena.

    Madalena.- Sejam bemvindos aos meus aposentos.

    Cristina.- Tu, quando vibras, no plano positivo, s maravilhosa.

    Tefilo.- Maravilhosa ! Se Rafael a visse como ela est neste momento,

    escolhia-a j para modelo da mais bela, entre as Essnias.

    Madalena.- Continuas galanteador...

    Tefilo.- Admirar a beleza no pecado.

    Cristina.- Lembrei-me agora do preceito no roubars.

    Rosa da Luz.- Melhor ser concentrarmo-nos pela positiva. Assim, pensemos

    no que devemos fazer.

    No roubar importante, todavia, pouco.

    Quando se explora algum, quando no pagamos os devidos salrios, que

    consequncias viro destes actos?

    Quando levamos juros e mais juros, o que estaremos a semear?

    Neste campo quantas perguntas no poderamos acrescentar?

    Da que, actuando pela positiva, no s pagamos devidamente os trabalhos

    executados, como ajudaremos os mais necessitados com a esquerda sem que a direita o

    saiba.

    Miguel.- Porque apenas somos donos da nossa conscincia, porque os valores

    terrenos nos so entregues para lhes darmos um fim til a ns e aos outros, no fundo

    eles somente esto nossa responsabilidade, pois quando nascermos para o santo

    etreo monte nem sequer o corpo fsico levamos, h que saber realizar perfeitos

    intercmbios socioeconmicos

    Cristina.- Vamos comear a renovao pelos meios que temos usado para os

    criar e manter.

    Essa transmutao deve comear no nosso interior, melhorando a mente

    subconsciente, os sentimentos e emoes do corpo de desejos e cultivando bons hbitos

    no dia a dia.

    Miguel.- Tens razo.

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    Face a essa realidade, o que criaremos dever estar em sintonia com os

    arqutipos divinos do Mundo do Pensamento.

    Cristfilo.- Sim, mas usando a originalidade no mximo das nossas

    capacidades.

    Miguel.- Pelo meu lado tenho de saber usar a concentrao, evitando ainda a

    disperso, como melhorar e muito a capacidade da imaginao criadora.

    Cristfilo.- Como ests conhecendo-te a ti mesmo, ptimo, meio caminho

    para progredires mais e melhor.

    Tefilo.- Porque possumos capacidades latentes, incomensurveis, algumas j

    as dinamizmos, eis que urge libert-las para bem de toda a Humanidade e para glria

    de Deus.

    Cristina.- Por exemplo, no domnio da mente consciente temos o dever e o

    direito de usar o raciocnio unindo-o ao corao, ou seja, cultivar uma mente positiva e

    um corao nobre.

    Ao criarmos, e como bem lembraste, no devemos desejar glria alguma, nem

    sequer gratido, porque esperarmos mesmo um simples obrigado j revelamos algo de

    egosmo e no s.

    Isso no quer dizer que cada ser humano no deva desenvolver a gratido, um

    nobre sentimento, muito presente nesta Cidade, s que jamais devemos estar espera de

    recompensas.

    Faamos o Bem por amor ao Bem e tudo o resto vir por acrscimo.

    Rosa da Luz.- Usemos os bens terrenos para a construo da Cosmocracia em

    que imperar a Lei do Amor.

    Eles so elementos de intercmbio entre todas as pessoas, numa dinmica

    fraterna onde mora a igualdade na diversidade.

    Tefilo.- Vemos, assim, que temos dois aspectos da conscincia, um ligado

    circulao intercmbio, eles so para circular como o sangue e de forma pura para

    evitar doenas sociais e problemas; outro ao nvel do servio, trabalhando com a direita

    sem que a esquerda saiba e vice- versa.

    Cristfilo.- Temos j um quadro bem claro e amplo de trabalho para

    melhorarmos todo este compartimento de grande valor para a construo da Cidade da

    Rosa e libertao da Criao.

    Entretanto, surge Madalena cheia de jias, casacos de pele, vestida com roupas

    extravagantes, com andar arqueado pela cintura.

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    Madalena.- Oh, Cristina, Vitria e Rosa da Luz que dizeis a esta minha

    indumentria e aos meus ricos e luxuosos adornos?

    Cristina.- J os usei h milnios, agora... prefiro tecer o traje dourado.

    Madalena.- Ah. Afinal continuas a querer ouro!

    Cristina.- No me refiro a esse ouro mas a outro.

    Vitria.- Aqui as construes so das mais belas que at agora foram edificadas

    e no usamos o martelo...

    Rosa da Luz.- Nem sequer penso se o que fao produz algum efeito no traje

    nupcial fao por amor ao prximo e nada mais.

    Tefilo.- Na Cidade da Rosa todo o mundo tem o que precisa para cada dia.

    H beleza, mas simplicidade; bom gosto, originalidade.

    Lucfer.- Pelo que vejo j no consigo nada de vs.

    Nos cus surge Zeus.

    Zeus.- Convido-vos a visitarem os meus aposentos onde sereis recebidos com

    todas as honras e vassalagens.

    Tambm tereis maravilhosas oportunidades para obterdes fortunas fabulosas.

    Cristfilo.- J experimentei todas essas situaes, j desfrutei de todos esses

    prazeres mundanos.

    De tudo guardo a experincia, muitas frustraes, numerosas iluses,

    congestionamentos emocionais, desarmonias internas e externas, guerras, invejas,

    cimes, assaltos e assim por diante.

    Tefilo.- Obrigado, mas j ultrapassmos essa face das vs glrias, famas e

    fortunas .

    Cristina.- Na Cidade da Rosa os bens so essencialmente espirituais, valores

    eternos.

    Eles esto encerrados no Banco da Vida, o qual tem sete portas; de cada uma

    delas irradiam belos perfumes.

    Rosa da Luz.- Que vm das sete rosas, floridas sobre a cruz.

    Madalena resolve visitar a Cidade.

    Antes, porm, resolve ir at ao 8 compartimento onde deixa as jias e tudo o

    resto que lhe dava beleza efmera.

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    Madalena.- Que paz se sente em Vossa Cidade! Quo bela e maravilhosa!

    Nunca imaginei tanta beleza nem que sentisse um prazer to profundo!

    Miguel.- Esta que a Madalena que amo e admiro. Vestida como ests com

    simplicidade, com bom sentido esttico, que te torna muito e muito mais bela.

    Tefilo.- Posso dar-te um grande abrao?

    Madalena.- Com prazer e quantos quiseres, pois somente sinto por vs uma

    profunda amizade e o amor da minha oitava.

    Todo o mundo abraava calorosamente a Madalena renascida.

    Vitria.- Vamos at s Terras de Hermes e reconstruir o 3 compartimento.

    Vamos embora para a 3 ptala... onde muito h que modificar neste Mundo

    sempre a mudar - disseram todos em unssono.

    Cristfilo.- Estamos numa rea em que muito h que renovar, melhorar,

    aperfeioar, inovar.

    Neste sector, alis como em todos, mas aqui muito mais, a Verdade tem que

    estar acima de tudo.

    Tefilo.- No campo da comunicao e seja ela qual for, use os meios que usar,

    ter como nota chave o Amor.

    Rosa da Luz.- Sem colocarmos a cabea debaixo da areia, contudo,

    comuniquemos somente o que positivo, belo, libertador.

    Cristina.- Nesta rea da Cidade da Rosa jamais entraro as intrigas, as

    manipulaes, censuras e tudo o que se expressa nas vibraes negativas de Hermes.

    Miguel.- Comecemos pelas relaes entre irms e irmos consanguneas, onde a

    Harmonia e o Altrusmo sero o dueto vibratrio.

    Os laos familiares cada vez mais sero diludos, fundidos na nica famlia : a

    Humanidade

    Da que os filhos apenas tero nomes prprios, no mximo at 5.

    Deixar-se-o de usar os apelidos consanguneos desde Aguiares at Vilhenas tal

    como Robertsons, Strauss, Villa Lobos, Stravinskys , Scarlattis, Mendelssohne, Fallas e

    assim por diante em todos os povos.

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    Vitria.- Como disseste e bem Caro Miguel, devero ser assim as relaes

    consanguneas, extensivas ao prximo, aos vizinhos, a todas as pessoas, numa dinmica

    fraterna.

    Cristfilo.- E porque no aproveitarmos para fazer algumas visitas aos nossos

    amigos que habitam em terras de Zeus, desenvolvendo laos fraternos entre os diversos

    povos?

    Vitria.- Como sabes aqui apenas o domnio das viagens curtas, pelo que

    primeiro h que conhecer melhor a nossa localidade, a regio onde estamos inseridos e

    depois, sim, que avanaremos.

    Cristfilo.- Tens razo, at porque s assim que poderemos estabelecer laos

    mais fortes, como comparaes, melhores e mais eficazes intercmbios.

    Tefilo.- Tudo bem...s que estamos vivendo na Cidade da Rosa onde j no

    existem fronteiras separatistas.

    Cristina.- Sim, o nosso passaporte de cidad do Mundo.

    Miguel.- Sim, em nosso Bilhete de Identidade consta: Cidado Universal.

    Rosa da Luz.- Para viajar, no meu caso, nem preciso de passaporte...!!!

    Por isso, vamos procurar melhorar as estruturas nas terras da Senhora da Forma.

    Cristfilo.- Por onde que iremos comear?

    Cristina.- Pode ser pela Colmeia....

    Tefilo.- Mas tu, cara amiga, tens cintura de vespa....e estas no se do l

    muito bem com as abelhas....

    Cristina.- Brincalho....

    Tefilo.- Como vou seguir Rafael....j te escolhi para modelo do minha primeira

    madona.

    Quem como tu, tem um belo e anglico rosto? Quem como tu, irradia alegria,

    luz, beleza, desde os teus olhos da cor de um azul celestial, at ao formato oval algo

    amndoa do teu rosto, s linhas venusianas e uranianas dos teus lbios, aos ondulantes e

    dourados cabelos quais raios solares....

    Cristina.- No digas mais....no me ponhas no altar, pois no sou nenhuma

    deusa....

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    Rosa da Luz.- Ainda bem que no temos cimes nem inveja....Mas Cristina

    tudo isso e ainda mais...

    Cristfilo.- De acordo.

    Voltemos ao local. E por que no em Acubene?

    Tefilo.- Acho melhor, nesse recanto secreto.

    Miguel.- Vamos ao trabalho, comeando por melhorar a nossa imaginao

    criadora, colocando-a em prtica, investigando as diversas reas para que possamos

    construir mais belas e funcionais habitaes, em sintonia com a Natureza, e urbanizar

    tendo em considerao todos os elementos que dispomos para que tudo fique

    devidamente enquadrado no plano csmico desde a rota solar s dos ventos.

    E no esqueamos que dentro do possvel seja utilizada a urea proporo.

    Vitria.- V-se bem que o teu forte geometria, matemtica....

    Rosa da Luz.- E ainda a Msica!

    Miguel.- Bem, sou o que sou; cada qual o que . No preciso ser especialista

    em geometria, como sabeis, j Fdias, o escultor grego, usou este nmero de ouro, 1,618

    a tal proporo que existe em tudo o que tem vida.

    Alis, as 5 Sedes do Governo Mundial da Cidade da Rosa esto construdas

    nessa proporo.

    Rosa da Luz.- Nos locais domiciliares reinar a Harmonia, Sons meldicos,

    Comunicao perfeita, ambiente de Paz e de Amor, edificante, para que os nossos caros

    filhos e as nossas caras filhas renovem a sua mente subconsciente, base da regenerao.

    Vamos colaborar o melhor que soubermos com os Anjos Arquivistas para a

    construo de ambientes propcios a uma evoluo ascensional seguida por Salomo,

    Hiro, Paracelso, Francisco, Dante e tantos outros.

    Cristina.- Todas as reas so importantes, mas esta aquela a que dou um

    especial valor.

    Tefilo.- Pois no, ou no fosses educadora, pediatra ...

    Vitria.- E me pura, como Maria.

    Miguel.- Da o seu Templo externo reflectir a razo urea.

    Cristina.- Andas sempre a observar as medidas ... Queres que ela te sirva como

    modelo ?

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    Miguel.- Esse arqutipo est na minha mente, no prximo compartimento

    vers...

    Cristfilo.- Permitam-me lembrar a valiosa rea da educao .

    Vamos usar os mtodos paracomenianos e parasocrticos, libertadores,

    pansficos.

    Ela ser permanente, desde a preparao dos progenitores at passagem para

    outros planos.

    Os primeiros anos sero os mais importantes, da as Escolas para Pais.

    Na denominada 3 Idade continua o ensino com as chamadas Escolas do Saber

    experimentado, pois todo o mundo aprende com as pessoas com mais experincia.

    Da essa mxima, algo olvidada, da Lusa-Atenas que vale mais um ano de

    tarimba que quatro em Coimbra ?

    A todos os nveis haver intercmbios entre os diversos grupos etrios dado que

    aprendemos todos uns com os outros.

    Em caso de doena, e seja em que idade for, a esto os Templos de Cura.

    Lares para a denominada 3 Idade no existem, porque os sistemas

    socioeconmicos e de sade permitem uma salutar integrao e libertao, tal como um

    prolongamento da vida com qualidade.

    Por outro lado, h especializaes na rea da gerontologia que auxiliam as

    pessoas a encararem o nascimento para o santo etreo monte sem medos, e at com

    conhecimento sobre o ingresso na Universidade Celeste.

    Tefilo.- Muito bem...mas faltou-te focar o valor das artes em toda esta

    dinmica.

    E a propsito, sabem que acabo de criar uma srie de contos, inspirados na

    Beleza Interna da nossa amiga, Rosa da Luz?

    Rosa da Luz.- Ento, esqueceste-te de Cristina?

    De qualquer forma, j agora gostaria de os ler...

    Tefilo.- Vs que escolhestes voltar de novo no sexo feminino sois a expresso

    da beleza uraniana que nos eleva; com isto no quero dizer que tambm esse raio do

    Belo no exista no sexo masculino...mas....

    Todavia, convir focar que neste caso a vossa beleza cantada e aproveitada

    para elevar, jamais sob qualquer meio de explorao, manipulao ou de lucro.

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    Quanto a leituras, falta-me ainda dar os retoques....s depois.

    Cristfilo.- No foquei a rea das artes porque temos aqui grandes defensores e

    mestres das mais diversas expresses de Apolo; mas nunca esqueo o seu enorme valor

    na libertao das potencialidades internas.

    Vitria.- O nosso amigo Tefilo andar a pensar em algum concurso de Beleza?

    Olha que isso pertence ao passado; nesta fase somente importa a beleza real, no a

    efmera ou a artificial.

    Tefilo.- Acho que fui bem claro....

    Tambm tu, Vitria, s fonte de inspirao...tal como outras 36 OOO que vivem

    nesta Cidade....

    Neste caso foi a Rosa da Luz num hino de louvor aos seus olhos castanhos de

    encantos infindveis; para a prxima, sero os teus lindos olhos verdes cuja Beleza de

    longe superior da esmeralda; e depois ser os de alguma irm com olhos pretos, pois

    para mim todas as cores, sejam dos olhos ou da pele, so expresses do deus interno,

    parte do Deus nico.

    Cristfilo.- Parece-me que Cames voltou de novo ao mundo....

    Quanto a cores de pele, nesta fase, elas so to diversas e belas, dado que j

    houve numerosos intercmbios entre os povos, quantos e quantos casamentos entre

    pessoas das mais diversas cores de pele, que estamos beira de novas e melhores

    expresses coloridas em nossos corpos fsicos, j quase etreos.

    Tefilo.- De acordo.

    Vitria.- Voltemos ao trabalho pois h muito a fazer nesta rea.

    Miguel.- Foram tantas as mutaes porque passaram, nos tempos passados,

    ainda muitos delas recentes, que urge renovar com profundidade e com originalidade.

    Cristfilo.- Tudo ter de ser edificado com melhores materiais, com ligas onde a

    economia, a durao, a beleza, o meio ambiente, a segurana, sejam mais respeitados.

    Cristina.- Penso que devemos comear pelos locais onde vivem os que mais

    necessitam; onde se movimentam os marginalizados.

    Tefilo.- Vou-lhes oferecer um exemplar das minhas obras...

    Miguel.- Cada qual d o que tem, mas nestes casos temos de comear por criar

    condies para no s viverem mais e melhor, como Templos de Cura para a

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    regenerao, locais para trabalho e para renovao de forma a serem totalmente

    integrados e senhores do seu destino, livres e libertadores.

    Aqui no pode haver nem oprimidos nem opressores.

    Tefilo.- Tens razo, mas aqui tambm no h lderes...e tu pareces que queres

    continuar com tal funo...?

    Olha, vou levar a minha arte e cincia de Hipcrates a todos quantos o desejarem

    e sem esperar qualquer recompensa.

    Miguel.- Penso que fazes muito bem

    Cristina.- Nesta Cidade, todas as reas so usadas para a regenerao pelos

    mtodos comenianos.

    As artes e ofcios so cultivados em espaos prprios e em zonas livres.

    A cada canto h espaos verdejantes, floridos, onde, vontade, circulam os

    seres da onda de vida animal.

    Senhor da Luz.- Caros amigos, espero-vos em meus aposentos.

    Cristina.- Mas o Vosso Reino no est em todo o sistema solar?

    Senhor da Luz.- Sim, todavia h reas mais especficas .

    Continuai aprendendo as lies do amor, livre de paixes; com afecto, mas sem

    desejos de posse; cooperando sem dominar nem subordinar, aumentando os

    intercmbios culturais entre as pessoas e os povos de todo o mundo, sem perda

    recproca da liberdade de pensamento e de aco.

    Tefilo.- Obrigado, muito obrigado.

    Cristfilo.- Eis- nos na casa onde tudo o que se fizer se repercute em todas as

    outras e em toda a criao..

    Cristina.- Isso acontece com todas.

    Cristfilo.- Sim, mas esta tem funes especficas.

    Aqui aprenderemos como usar o poder sagrado criador, seja para gerar como

    para regenerar.

    Aqui aprenderemos como transmutar alquimicamente esse poder, seja de forma

    transversal ou vertical..

    Vitria.- Eis as provas mais difceis. J assim eram nos Templos iniciticos da

    pirmide de Giz.

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    Temos aprendido a criar algo de novo em todas as artes desde a msica ao

    teatro, passando pela pintura, escultura, enfim, em todas as actividades artsticas, todas

    elas de grande valor.

    Construir uma cadeira, um sof que melhor cumpra a sua funo e se adapte

    perfeitamente ao nosso corpo, ao trabalho e ao repouso, to grandloquo, como pintar

    ou construir, ou esculpir, ou escrever, ou criar peas musicais.

    Miguel.- Sim, vamos melhorar todos os objectos de uso quotidiano, evitando os

    suprfluos, de acordo com as sbias Leis da Natureza: economia, simplicidade,

    funcionalidade, utilidade, beleza.

    Nesta actividade usemos em sintonia a mente, o corao e as mos.

    Rosa da Luz.- Estamos trabalhando numa nova coreografia para bailado em que

    Isadora Ducan ser uma das bailarinas e com outras irradiaro msica, beleza, somente

    pelos movimentos harmnicos e meldicos de seus corpos.

    Cristina.- Quando que a estreia?

    Rosa da Luz.- Amanh, dia de Zeus e na hora do Senhor da Luz.

    Vitria.- Em que local?

    Rosa da Luz.- No teatro com doze faces.

    Tefilo.- Contem comigo.

    Rosa da Luz .- H 144 lugares.

    Nessa hora e nesse dia com pontualidade inglesa, o pano foi erguido e o bailado

    surgiu num cenrio buclico onde as paredes e o tecto estavam cobertos de rosas e onde

    num lago deslizavam os cisnes, esvoaando de vez em quando.

    s seis formosas bailarinas juntaram-se seis apolinrios bailarinos.

    Numa perfeita simbiose entre a cooperao e a liberdade individual os voos

    sucediam-se; os corpos entrelaavam-se com intervalos de bailado a s, em ciclos, onde

    dominava a originalidade, a libertao, a expanso, a exaltao, o ritmo livre de

    convenes e ainda a devoo.

    No final deste espectculo inolvidvel, Cristfilo sentia-se algo confuso.

    Na sua imaginao era quase omnipresente a beleza de uma das bailarinas.

    Sai... volta a entrar , dirigindo-se donzela. Cumprimenta-a respeitosamente.

    Por sua vez, a nobre dama sente uma forte unio magntica.

    Ao convite de Cristfilo para darem um passeio at gruta de Madalena,

    respondeu:- Com todo o prazer.

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    entrada, l estavam a Senhora da Forma e Lucfer.

    Lucfer.- Sejam bemvindos.

    Cristfilo, perturbado com tanta beleza, beija-a; esta responde-lhe abraando-o.

    Olham um para o outro com respeito e admirao e separam-se.

    Entretanto, ao longe ouvem belos sons musicais e logo se apressam a segui-los

    at que entram num grandioso templo onde um coro e orquestra ecoavam sublimes

    melodias.

    Cristfilo.- Um enorme prazer superior enche o meu corao.

    Como os sons musicais nos comunicam tantas emoes?

    Bailarina.- No admira...ontem, como hoje, cada vez mais se comprova que os

    prazeres oriundos das artes, e entre elas da msica, so os mais salutares, duradoiros e

    libertadores, curativos.

    Contudo, conservo ainda a emoo de vosso beijo....

    Muito perto estava a nossa amiga Vitria.

    Cristfilo e a bailarina, absortos nos sublimes sons musicais, no davam pela sua

    presena.

    Por sua vez, Vitria, a partir do momento que os viu entrar, estava mais

    concentrada no par do que na msica... e resolve acercar-se ainda mais no final do

    concerto.

    Vitria.- Ora vivam, Caros amigos.

    E dirigindo-se para Cristfilo:- ainda no me apresentas-te a tua amiga...

    Cristfilo.- Acabo de a conhecer no Teatro das l2 Faces, onde bailava como um

    astro no Espao.

    Vitria.- E como se chama?

    Cristfilo.- Olhe, parece impossvel, mas ainda no lhe perguntei....

    Vitria.- Seu nome Elsa!

    Bailarina.- Como sabe?

    Vitria.- Isso pouco interessa....apenas vos quero lembrar que as pessoas

    somente avanaro se subirem os seus nveis de AMOR.

    Um beijo pode ser sinal desse Amor, pode e deve expressar sentimentos nobres e

    no os inferiores venusianos de posse e no s.

    Bailarina.- Isso depende do grau evolutivo de cada qual.

    Cristfilo.- A nossa carssima amiga, Vitria, j s usa o ter da vida para gerar

    ou regenerar....

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    Vitria.- Olha que Cristina capaz de investigar o que andas-te fazendo....e,

    embora no te julgue, nem condene, capaz de ficar algo triste.

    Cristina que tinha captado tudo...eis que chega ao p dos nossos trs amigos.

    Cristina.- Dirige-se para a bailarina e apresenta-se....Esta fica com as faces

    coradas...e beija-a, a que Cristina corresponde com um abrao fraterno.

    Olha para Cristfilo....e este dirige-se a ela, abraando-a calorosamente. As

    lgrimas caem pela face....

    Chega-nos o exame de retrospeco, logo noite.

    Creio que obtivemos mais uma grande amiga, a nossa cara Elsa.

    Elsa.- Sim, para mim ser uma grande honra pertencer vossa Fraternidade.

    Quanto ao resto...Salomo, que foi Salomo e mais tarde Jesus, alm de sbio rei

    ainda teve de aprender lies diversas.

    Vitria.- Como todos ns. Ateno que ningum vos criticou, antes de

    braos abertos a recebemos.

    No dia seguinte, Cristfilo tinha bem gravado em si mesmo que ns somos

    donos do nosso corpo e jamais do corpo seja de quem for, pelo que desejar possuir o

    corpo de outra pessoa faz parte do passado....aqui, neste estado, o acto gerador feito

    com pureza....

    Cristfilo.- Ainda continuo a ver o que melhor, somente sigo o que sigo...

    Elsa.- No meu caso, ento, ao ver Cristfilo na primeira fila, fiquei logo

    apaixonado por ele, desejando-o para esposo, pouco importando se era casado ou no,

    ou se apenas estaria comprometido....

    Face vossa grande amizade, face a tudo o que senti convosco, decidi seguir o

    caminho ascensional e j fiz at esta noite o exame de conscincia.

    Vitria.- Est segura e consciente que muito ter de deixar para o poder seguir?

    Elsa.- Sim... o futuro o dir...

    Miguel que tambm tinha captado todo o enredo dirige-se at aos nossos 4

    amigos.

    Miguel.- A cada momento est aumentando o nmero de aderentes ao caminho

    recto.

    Neste caso aderiu mais uma artista de valor.

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    Vamos aumentar os espaos para as artes e ofcios, vamos fazer da Terra um

    jardim florido onde imperem as notas positivas, harmnicas, construtivas, sem

    marginalizaes.

    Cristfilo.- J criei espao para muitos poderem expor os seus trabalhos,

    especialmente os que no tm meios financeiros, os que esto no comeo da carreira

    artstica e assim por diante.

    Nada pagam.

    Tefilo.- Por mim e com outros amigos crimos uma editora para os novos

    escritores.

    E o que mais interessante que quase todos nem sequer des