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Airton Camilo Leite Munhoz ADVOCACIA José Maria Ribeiro Soares

Leonardo Arruda Munhoz

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO.

DEJANIRA DA SILVA, nascida em 20,04.15A, brasileira, solteira, funcionária pública, portadora do RG 4.557.897 - SSP/SP, do CPF 052.297.698-07, da CTPS n° 26.192, série 00112 e inscrita no PIS/PASEP sob n° 10704054717, filha de DINÁ BASTOS DA SILVA, residente à Rua Reliquia, 647 — casa 2 — Casa Verde - São Paulo - SP — CEP 02517-001;

MARCOS LUIZ ALVES DE OLIVEIRA, nascido em 23.10.1957, brasileiro, casado, funcionário público, portador do RG 8.118.768 - SSP/SP, do CPF 906.677.278-68, da CTPS n° 75.744, série 383 e inscrito no PIS/PASEP sob n° 10620665375, filho de MARIA MARTINS DE OLIVEIRA, residente à Rua: Campo Largo, 156 — apto. 11 — Vila Bertioga — São Paulo - SP — CEP 03186-010 e

VANilDE DA SILV), DOS SANTOS;nascida em 21.10.1947, brasileira, separada, funcionária pública, portadora do RG 9.887.9611-7 - SSP'SP, do CPF 054.599.868-93. da CTPS n° 76.648, série 00080 e inscrita i_o PIS/PASEP sob n° 10390249553, filha de MARIA ANDRADE DA SILVA, residente à Rua Miguel Borges Leal, 25 — Cidade Nova Heliopolis - São Paulo - SP — CEP 04235-080;

por seus procuradores que a esta subscrevem, estabelecidos nesta Capital, na Rua Barão de Itapetininga, 297 - 8° andar - cj. 802, - CEP 01042-001, para onde requerem sejam enviadas as notificações, vêm à presença de V.Exa. para propor a presente reclamação trabalhista, pelo RITO ORDINÁRIO, em face da FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO, inscrita no CNPJ sob n° 71.584.833/0002-76, com sede em São Paulo — Capital, na Rua Pamplona, 226 — 5° andar — CEP 01405-000, peie, :ativos de fato e de direito a seguir expostos:

Rua Barão de Itapetininga, 297- 8°Andar - Conjunto 802 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fone — Fax: (011) 32.31-24.79 — 32.31-28.11 - 32.31-51.29 - munhoo@adkoalismargbr

Airton C a rabo Leite Munhoz ADVOCACIA Jos.5 Maria Ribeiro Soares


1. Os reclamantes, são servidores públicos estaduais, contratados pelo regime da C.L.T. desde 17.12.1986, 06.10.1980 e 28.10.1987, respectivamente, pertencentes ao quadro da SECRETARIA DA SAÚDE, em São Paulo — SP, onde exercem as funções de Oficial Administrativo, Digitador III e Auxiliar de Serviços;

1.1. —As cópias dos demonstrativos de pagamentos anexos, comprovam a contratação dos reclamantes, pelo regime da C.L.T.

PRELIMINARMENTE

Como previsto no Estatuto do Funcionário 1: tiblico do Estado de São Paulo, as reclamantes, são considerados SERVIDOP ES PÚBLICOS.

O artigo 205 da Lei Complementar n° 180/78 — Estatuto do Funcionário Público Estadual - é claro ao estabelecer:

LEI COMPLEMENTAR N° 180178

Artigo 205 — Para os fins desta lei complementar, passam a ser considerados servidores:

II- III- . IV - os servidoras admitidos nos termos da legis.ação trabalhista. (grifou-se)

Assim, diante do referido dispositivo legal estadual, não existe nenhuma dúvida que os reclamantes são servidores públicos estaduais, para todos os efeitos legais.

DO DIREITO PLEITEADO

a) INTEGRAÇÃO DO PRÊMIO INCENTIVO

Pretendem perceberem as diferenças do 13° Salário e Férias, incorretamente calculados em razão da não inclusão do Prêmio de Incentivo em suas bases de cálculo.

b) DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO (QÜINQÜÊNIO)

Pretendem receber as diferenças decorrentes do correto cálculo da vantagem do ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO (QÜINQÜÊNIO) com a inclusão das

Rua Barão de Itapetiningu, 297 - 812 Andar - Conjunto 802 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fones— Fax: (011) 32.31-24.79 — 32.31-28.11 - 32.31-51.29 - e-mail: [email protected]

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gratificações e demais vantagens não eventuais, nos termos do artigo 129 da Constituição Estadual, observada a situação funcional de cada reclamante, a ser devidamente apurada em futura fase de liquidação de sentença.

A inclusão das vantagens percebidas pelos reclamantes Dl base de cálculo do

Adicional por Tempo de Serviço é iateimmente devida não só por expressa

determinação do artigo 129 da Constituição Estadual, mas também pela

verdadeira natureza jurídica das vantagens, eis que absolutamente integram os vencimentos / proventos.

c) DA LICENÇA PRÊMIO

Pretendem obter a declaração do direito à vantagem da licença-prêmio, corr- nondendo a 90 (noventa) dias a cada 5 (cinco) anos trabalhados, com a mesma igualdade dos servidores efetivos extranumerárinp

d) DA VANTAGEM DA SEXTA PARTE

Pretendem o recebimento da verba denominada SEXTA-PARTE, inclusive com a inclusão das gratificações e demais vantagens adicionais, não eventuais nos termos do artigo 129 da Constituição Estadual.

DA INTEGRAÇÃO DO PRÊMIO INCETIVO NOS 13° SALÁRIOS E 1/3 DAS FÉRIAS

DOS FATOS E FUNDAME 110S JURÍDICOS

2. Devido à relevância de suas funções, todos os servidores públicos da área da Saúde, tiveram o reconhecimento por parte do Governo do Estado de São Paulo, com a concessão do Prêmio de Incentivo, instituído pela Lei n° 8.975/94.

3. A Lei n° 8.975/94, ao instituir o Prêmio de Incentivo, assim dispôs:

LEI N° 8.975, DE 25 DE NOVEMBRO DE 1994.

Dispõe sobre a concessão de Prêmio de Incentivo aos servidores em exercício na Secretária da Saúde, nas condi; 5es que especifica:

Rua Barão de Itapetininga, 297 - 8° Andar - Conju..to 862 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fones — Fax: (011) 32.31-24.79 — 32.31-28.11 - 32.31-51.29 - e-mail: [email protected]

ADVOCACIA Airton Camilo Leite Munhoz

José Maria Ribeiro Soares Leonardo Arruda Munhoz


Maria Ribeiro Soares -Leonardo Arruda Munhoz

Artigo 1° - Poderá ser concedido, em caráter experimental e transitório, pelo prazo de 12 (doze) meses, Prêmio de Incentivo aos servidores em exercício na Secretária da Saúde, objetivando o incremento da produtividade e o aprimoramento da qualidade dos serviços prestados na área da saúde, mediante avaliação dos seguintes fatores:

Artigo 4° O Prêmio de Incentivo não se incorporará aos vencimentos ou salários para nenhum efeito, e sobre ele não incidirão vantagens de qualquer natureza, bem como os descontos previdêncithios e de aFsistência médica.

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§ único — O valor do Prêmio de Incentivo não será computado no cálculo do décimo terceiro salário a que se refere a Lei Complementar n° 644, de 26 de dezembro de 1989. (grifou-se)

4. Conforme demonstrado na própria lei que instituiu o Prêmio de Incentivo - apesar de ser pago de forma habitual e permanente - ficou excluído o seu cômputo no décimo terceiro salário.

5. Posteriormente, houve a prorrogação do pagamento do Prêmio de Incentivo pela Lei n° ç5/95 e finalmente através da Lei n° 9.463/96, foi concedido por tempo indeterminado, mantendo também i não inclusão de tal verba ao cálculo do 13° salário.

6. O Prêmio de Incentivo para os servidoi,s da Secretaria da Saúde foi regulamentado pelo Decreto n° 41.794/97 e alterado pelo Decreto n° 42.955/98, sendo importante à transcrição do seguinte trecho:

DECRETO N° 42.955, DE 23 DE MARÇO DE 1998.

Artigo 1° - Os dispositivos adiantes mencionados do Decreto n° 41.794, de 19 de maio de 1997, passam a vigorar com a seguinte redação:

I — o artigo 3°:

"Artigo 3° - O Prêmio de. Incentivo será pago mensalmente e terá cc_ao composição percentual máxima o que se segue: ... (grifou-se)

7. Ocorre que, apesar do Prêmio de Incentivo ser vantagem que integra de forma definitiva e permanente os vencimentos de todos os servidores da área da Saúde, a

Rua Barão de Itapetininga, 297- 80 Andar - Conjunto 802 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fones — Fax: (011) 32.31-24.79 — 32.31-28.11 - 32.31-51.29 - e-mail: [email protected]



reclamada em total desrespeito a Constituição Federal, não vem computado o mesmo na base de cálculo do 13° Salário.

8. Pcir outro lado, apesar da reclamada efetuar o pagamento do Prêmio de Incentivo nas férias de todos os servidores da área da Sa,,11e, também ICIO vem creditando o acréscimo de 1/3, assegurado pelo inciso XVII do tinigo 7° da Cana Magna.

9. Entretanto, tal conduta não pode prevalecer.

10. Com efeito, a natureza jurídica do Prêmio de Incentivo, instituído pela referida Lei, demonstra incontestavelmente, a característica de vantagem que absolutamente integra aos vencimentos, eis que, paga todo mês, desde sua instituição até a presente data, não se justificando, portanto, sua exclusão no cálculo do pagamento do 13° Salário e no 1/3 das férias.

11. O fato fundamental, é que o "Prêmio de Incentivo", trata-se na verdade de autr ..1 o de vencimentos em caráter geral, uma vez que, é pago a todos os servidores em atividade, sem qual :J.1er especificação de função ou local ele trabalho.

DO 13° SALÁRIO PAGO SOBRE A REMUNERAÇÃO INTEGRAL ARTIGO 7°, VIII DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

12. Com efeito, o 13° salário é um direito social devendo ser pago com base na remuneração integral ou sobre o valor da aposentadoria, assegurado pela Constituição Federal em seu artigo 7°, VIII, abaixo transcrito:

Artigo 7° - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

VIII — décimo te..t:eiro salurE com base rir: remuneração integral ou no valor da aposentadoria."(grifou-se)

13. Frise-se que, a norma constitucional é clara, quando determina que o 13° Salário seja pago com base na remuneração integral.

14. Tal direito igualmente é assegurado pelo § 3 do artigo 124 da Constituição Estadual.

15. O 13° Salário pago aos servidores estaduais é regulado também pela Lei Complementar n° 644/89, que igualmente determina o seu pagamento com base na remi rciução integral ou no valor dos proventos de aposentadoria, na qual transcreve abaixo:

Rua Barão de Itapetininga, 297 - 8° Andar - Conjunto 802 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fones — Fax: (011) 32.31-24.79 — 32.31-28.11 - 32.31-51.29 - e-mail: inunhazgadv.oabsp.org.br

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LEI COMPLEMENTAR N° 644/89

"Dispõe sobre o pagamento do 13° Salário aos Servidores Públicos do Estado, e dá providências correlatas.

Artigo 1° - O 13° Salário de que trata o artigo 39, § 2° combinado com o artigo 7°, inciso VIII da Constituição Federal, será pago anualmente, em dezembro, a todos os servidores públicos civis e militares do Estado, devendo ser calculado c'm base na remuneração integral ou nc vale r dos proventos de aposentadoria ou reforma a que fizerem jus naquele mês.

§ 1° Para os fins desta Lei Complementar, entende-se por remuneração integral a soma de todos os valores percebidos pelo servidor em caráter permanente compreendendo:

§ 4° Para fins de cálculo do 13° salário, não serão considerados os valores pagos sob quaisquer dos seguintes títulos: 1 — indenização de qualquer natureza; 2 — pagamento atrasados não pertinentes ao exercício; 3 — acréscimo de 1/3 terço) à retribuição mensal de servidor, de que trata o artigo 39, § 2°, combinado com o artigo 7°, inciso XVII, da Constituição Federal; 4 — créditos do Programa de Integração Social e do Programa de Assistência ao Servidor Público Estadual; 5 — diárias e ajusta de custo; 6 — auxílio-transporte; 7 — aplicação dos itens 1 e 2, do § 3°, do artigo 7°, da Lei Complementar n° 567, de 20 de juho de 1988; 8 — salário-família e salário-esposa; e 9 — outros que não sejam pertinentes à remuneração ou aos proventos. (grifou-se)

16. Observe-se que conforme o artigo 1° § 4°, :,aluem-se somente as absolutamente transitórias, como auxilio transporte, diárias, ajuda de custo, é outras, totalmente diferente do Prêmio de Incentivo que é vantagem paga mensalmente, integrando os vencimentos/proventos com habitualidade desde o ano de 1994, sem interrupção, o que justifica o seu cômputo no 13° Salário a exemplo das demais vantagens, nos tennos do art. 457, § 1° da CLT.

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Airton Camilo Leite Munhoz Jose Maria Ribeiro Soares

Leonardo Arruda Munnoz ADVOCACIA

ADVOCACIA

DO ACRÉSCIMO DE 1/3 SOBRE AS FÉRIAS ARTIGO 7°, XVII, DA CARTA DA REPÚBLICA

Airton Camilo Leite Munhoz José Maria Ribeiro Soares


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17, om relação à reclamada efetuar o pagamento do Prêmio de Incentivo nas Férias, entretanto, sem creditar o acréscimo de 1/3 (um terço), igualmente não pode prevalecer.

18. Com efeito, o acréscimo de 1/3 (um terço) sobre as férias, é devidamente assegurado pelo inciso XVII do artigo 7° da Carta Magna, "in verbis":

Artigo 7° -

XVII — gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal. (grifou-se)

19. Assim, inteiramente devido o pagamento do acréscimo de 1/3 das férias sobre o Préri de Incentivo.

20. Para que não paire dúvidas quanto à integração do "Prêmio" no 13° Salário e do acréscimo de 1/3 (um terço) das férias, vab conferir a lição do Ilustre Professor Sergio Pinto Martins em sua Obra "Direito do Trabalho", 9' edição, editora Atlas, pág. 225, "in verbis":

"...A natureza jurídica do prêmio decorre de fatores de ordem pessoal relativos ao trabalhador, ou seja, seria uma espécie de salário vinculado a certa condição Havendo pagamento habitual, terá natureza salarial, integrando as demais verbas trabalhistas pela média. ..." (grifou-se)

21. rdo o 13° Salário e férias com acréscimo de um terço, vantagens trabalhistas, pagas a todos os funcionários púbicos ou de errr-sas privzmas - por força do § 3° do artigo 39 da Constituição Federal -, pede-se Vida para transcrever trechos de Acórdãos proferidos pelo E. Tribunal Regional do Trabalho, que trata de matéria idêntica, isto é, a integração do prêmio no salário para todos os fins:

RECURSO ORDINÁRIO N° 11173/93 ACÓRDÃO N° 14125/94 — 3' TURMA

EMENTA: PRÊMIO-PRODUÇÃO. HABITUALIDADE. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO.

Relevando a parcela paga sob o título de "prêmio- produção" contornos de natureza nitidamente salarial, caracterizando-se, em realidade, uma gratificação

Rua Barão de Itapetininga, 297- 8° Andar Conjunto 802 - atro - São Paulo SP - rep.. C1042-601 Fones — Fax: (011) 32.31-24.79 — 32.31-28.11 - 32.31-51.29 - e-mail: nuenhm,@odv.oabsp.org.nr

ADVOCACI Airton Camilo Leite Munhoz

José Maria Ribeiro Soares Lieonarao A truda Munhoz

ajustada, deve ser ela integrada ao salário do reclamante, para todos os efeitos legais, nos termos do art. 458, parágrafo 1°, da CLT.

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Os demonstrativos de pagamento de fls. 332/353 também colaboram no descobrimento da verdade, pois, neles se constata o pagamento, mês após mês, da parcela ora em questão, o que vem a caracterizar a sua habitualidade.

A doutrina do eminente jurista Arnaldo Susseking, na obra Institti'ções de Direito do Trabalho, é bem aproveitada aqui. Pois bem, citado autor nos b.iria com os seguintes dizeres acerca 'est.. questão:

"Revela ponderar, todavia, que, se os proventos pagos sob o falso título de prêmio correspondem, realmente, à contraprestação de serviços prestados pelo empregado, atinente à relação de emprego, deverão ser conceituados corno salário. É que o rótulo com que são concedidos não concerne à sua verdadeira natureza jurídica. E., como salário, não poderão ser alterados por ato unilateral do empregador. Aliás, no Brasil, algumas empresas já instituíram o que denominam de prêmio-produção, como complemento de um salário básico garantido, que nada mais representa do c-ie a contraprestação do trabalho executado pelo emprcgado, propaiional à produção obtida. Como ensina Maurice Dobb, inúmeros são os sistemas de remuneração que resultam da combinação de salários por unidade de tempo e por unidade de obra ou serviço. São os regimes de salários mistos, nos quais, além da retribuição alusiva ao tempo de trabalho, percebe o empregado proventos complementares proporcionais à sua produção individual ou à produção coletiva do grupo, seção ou estabelecimento a que pertence". (In ob. Cit., Editora LTr, 12° Edição, Vol. I, pág. 358).

Entendo, pois, que, em realidade, o "prêmio-produção" mascarava uma gratificação e, sendo pago de forma habitual, deve ser _degrado na remuneração do autor, para todos os efeitos Lgais. (grifou-se)

RECURSO DE REVISTA N° 355490/97

Rua Barão de Itapetininga, 297 - 80 Andar - Conjunto 802 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fones — Fax: (011) 32.31-24.79 — 32.31-28.11 - 32.31-51.29 - e-mail: [email protected]



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... A discussão presente nestes autos diz respeito à integração ou não do prêmio maquinista ao salário do empregado .

A verba era paga mensalmente, de forma ininterrupta, tendo nítido caráte'r salarial e caraf:teristica de direito adquirido

Dessa forma, não há como afastar-se a natureza salarial da verba, devendo esta integrar o salário para todos os efeitos legais conforme consignado na decisão ora recorrida. (grifou-se)

DO DESRESPEITO AO PRINCIPIO DA IGUALDADE

22. _ • fim, registre-se que a reclamada não efetuando o pagamento do 13° Salário e do acréscimo de 1/3 (um terço) -das férias sopre o Prêmio de Incentivo percebidos pelos servidores da Secretaria da Saúde viola també-_,1 o princípio da igualdade.

23. Realmente, os servidores pertencentes à Secretaria da Fazenda, percebem mensalmente o Prêmio de Incentivo à Qualidade — PIQ, que é computado não só no pagamento do 13° Salário, mas também no acréscimo de 1/3 (um terço) das férias, consoante determina o artigo 7° da Lei Complementar n° 887/2000 (doc. 24).

24. Ora, o Prêmio de Incentivo (servidores da Saúde) e o Prêmio de Incentivo a Qualidade (servidores da Fazenda) são muito parecidos, eis que pagos a todos os servidores das respectivas Secretarias, sem qualquer requisito especial, bastando estar em exercício para percebê-los, e assim, nítido o desrespeito ao princípio da igualdade.

25. iA •ssa forma, verifica-se que é devida a inclusão do Prêmio de Incentivo no cálculo de pagamento do 13° Salário e no acréscimo de 1/..3 (um terço) das férias, sob pena de violação do "capta" do artigo 5° e dos incisos VIII e XVII do artigo 7° da Constituição Federal e artigo 457 § 1° da CLT.

DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO (QÜINQÜÊNIO)

DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS

Rua Barão de Itapetininga, 297- 8° Andar - Conjunto 802 - entro - São Paulo i SP - Cep: o1042-001 Fones — Fax: (011) 32.31-24.79 — 32.31-28.11 - 32.3i-51.29 - e-mail: nninhozetedv.oabsp.org.br

Airton Camilo Leite Munhoz ADVOCACIA

José Maria Ribeiro Soares J eonardo A rrida Munhoz

26. As reclamantes, são servidores pertencentes à Secretaria da Saúde, todos com mais de 5 (cinco) anos de efetivo exercício, e conseqüentemente, percebendo no mínimo 1 (um) Adicional por Tempo de Serviço, conforme comprovam os documentos em anexo.

27. Nos termos do artigo 127 da Lei 10.261/68 e posteriormente o artigo 129 da Constituição Estadual, é devido ao servidor estadual, a cada cinco anos de trabalho, um Adicional por Tempo de Serviço, calculado à razão de 5% (cinco por cento) sobre os vencimentos.

28. orre que, o Governo do Estado de São Paulo, nos últimos anos, tem adotado política salarial incompatível e totilmente equivocada, uma .v,:z que com o artificio de "reajustes", vem concedendo gratificações/adir'onais com as mais diversas nomenclaturas, sem a devida incidência no cálculo do Adicional por Tempo de Serviço (qüinqüênio).

29. No presente caso, os reclamantes objetivam a incidência de vantagens efetivas e permanentes na base de cálculo do Adicional por Tempo de Serviço (Qüinqüênio), urna vez que pela sua verdadeira natureza, absolutamente integram os vencimentos/proventos.

30. Realmente, essas gratificações, pela efetividade e permanência, se caracterizam corno política de complementação do salário base, integrando nos vencimentos / proventos, e assim, a composição dos vencimentos passou a ser Salário Base + Gral :.,ações.

DAS CARACTERÍSTICAS DAS VANTAGENS EM TELA

30.1. Gratificação por Trabalho Noturno - GTN Instituída pela Lei Complementar n° 506/87 Vigência a partir de 28/02/1987

30.2. Gratificação Especial de Atividade - GEA Instituída pela Lei Complementar n° 674/92 Vigência a partir de: 01/03/1992

30.3. Gratificação Especial por Ativi ..aJe Prioritária e Estratégica GEAPE Instituída pela Lei Complementar n° 674/92 Vigência a partir de 01/03/1992

30.4. Gratificação Especial por Atividade Hospitalar em Condições Especiais de Trabalho - GEAH

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30.5. Gratificação de Função '-ctituida pela Lei n° 8482/93 Vigência a partir de: 01/07/1993

30.6. Gratificação Fixa Instituída pela Lei Complementar n° 741/98 Vigência a partir de: 01/09/1993

30.7. Gratificação Extra Instituída pela Lei Complementar n° 788/94 Vigência a partir de: 01/09/1994

30.8. Gratificação Executiva Instituída pela Lei Complementar n° 802/95 Vigência a partir de: 01/03/1995

30.9. Piso Salarial — Reajuste Complementar Vigência a partir de: 1997

30.10. Gratificação por Atividade de Apoio à Pesquisa Instituída pela Lei Complementar n° 849/98

Vigência a partir de: 01/10/1994

30.11. Adicional de Insalubridade Instituída pela Lei Complementar n° 432/85

30.12. Artigo 26 da DCT - CE

30.13. Artigo 133 — CE — Diferenças de Vencimentos

30.14. Gratificação de Assistência e Suporte à Saúde - GASS Instituída pela Lei Complementar n° 8/1/C0 Vigência a partir de: 01/06/2000

30.15. Gratificação Geral Instituída pela Lei Complementar n° 901/01 Vigência a partir de: 01/08/2001

31. Conforme se verifica acima, evidencia-se, que apesar das referidas vantagens possuírem o "nomear iuris" de "Gratificação", não passam na verdade de aumento de vencimentos de caráter geral, uma vez que são pagas

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Rua Barão de Itapetininga, 297 - 8° Andar - Conjunto 80: - Lanara - São Paul , / SP - Cep: 01042-001 Fones—Fax: (011) 32.31-24.79-32.31-28.11 - 32.31-51 - e-mail: man:[email protected]



Instituída pela Lei Complementar n° 674/92 Vigência a partir de 01/03/1992 T

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indiscriminadamente a todos os servido es, sem qualquer especificação de função ou atividade exercida.

32. O mesmo ocorre com as demais vantagens descritas acima, que por sua própria natureza, efetividade e permanência, se caracterizam como política de complementação do salário base, integrando nos vencimentos / proventos.

33. De fato, as Leis que instituíram as mencionadas vantagens, não especificaram qualquer função ou condição para o exercício do trabalho, bem como vem sendo paga aos reclamantes, desde sua instituição, até a presente data, ininterruptamente, mês a mês.

34. Ademais, o fato das vantagens em tela serem pagas a todos os aposentados e pensionistas, bem como terem sido incluídas Pr base de cálculo dos descontos previdenciários e de assistência inédita e para o pagamento do 13° Salário, afastaram seu caráter precário e transitório, e portanto, inteiramente devida, sua incidência no cálculo do Adicional por Tempo de Serviço (Qüinqüênio).

35. Aliás, as verdadeiras naturezas jurídicas das vantagens em tela, já foram analisadas pelo E. Tribunal de Justiça de São Paulo, consoante se verifica das inclusas cópias de Acórdãos, na qual transcreve o seguinte trecho:

APELAÇÃO CÍVEL N° 341.519-5/4 1a Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça

APELAÇÃO. FUNCIONÁRIO PÚBLICO ESTADUAL. Pai 'sionistas. Gratificação de Assistência e Suporte à Saúde — GASS. Aumento disfarçado de vencimentos. Extensão aos inativos. Art. 40, parágrafo 8° da Constituição Federal e art. 126, parágrafos 2° e 4° da Constituição Estadual. Admissibilidade. Recursos improvidos.

A gratificação em apreço, consoante se vê dos termos da lei que a instituiu, foi concedida à generalidade dos servidores da ativa, sem a estipulação de quaisquer condições especiais de trabalho a justifica-la.

Em prime1ro lugal, as razões da ré são a própria confissão da ilegalidade do procedimento da Administração. Ora, "gratificação" pelo exercício da atividade nada mais é do que salário. Todos funcionários ganham seus

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salários porque exercem uma atividade. Não pode a administração gratifica-los por isso. Na verdade, a atividade administrativa é mera tentativa, alias sem nenhuma criatividade, de conceder aumento aos funcionários da ativa scin estende-los aos inetitos.(grifou-se)

APELAÇÃO CÍVEL N° 29.875-5/2 9' Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça

Servidor Público Inativo — Gratificações da Saúde concedidas aos servidores em atividade — Leis Complementares n° 674/92 e 755/94 — Extensão aos inativos — Sexta-Parte e adicionais que incidem sobre os vencimentos integrais nestes incluídas as gratificações —Sentença que :-'.e.,,retava a procedência parcial da ação — Recurso C..,s autores provido, considerado interposto o recurso oficial, ao qual se nega provimento.

Assim, não se vislumbra como as vantagens instituídas pelas Leis Complementares n°s 674/92 (art. 13) e 755/94 (art. 19), possam ser enquadradas como de caráter individual ou relativa a natureza ou local de trabalho, visto que concedidas a diversas classes de servidores pelo exercício de suas atividades ordinárias, nas mesmas condições em que os inativos a exerceram antes da aposentação.

Trata-se, na realidade, de vantagens concedidas em caráter geral a todos que se encontravam em atividade.

Em conseqüência, os autores que, quando em atividade, pertenceram à mesma classe de servidores ativos beneficiados com o direito ao recebimento das "gratificações" previstas nas Leis Complementares n°s 674/92 (art. 19) e 755/94 (art. 13), também terão direito a elas, nas mesmas condições dos servidores em atividade, dado o seu caráter geral visto que a exclusão

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dos inativos viola o sistema de tratamento paritário entre proventos de aposentadoria e a remuneração dos servidores em atividade estabelecido pelos arts. 40, § 4°, da Constituição Federal, e 129, § 4°, da Constituição Estadual, nos termos do pedido.

Enfim, o caráter genérico com que foram criadas as mencionadas gratificações não poderia levar à exclusão dos inativos, sob pena de se criar discriminação, pois, desse modo, as referidas gratificações, representam ula aumento de vencimentos disfarçado, apenas aos servidores da ativa.

Incidem, pois, a sexta-parte e os adicionais sobre os vencimentos integrais dos autores, nestes incluídas as gratificações percebidas. (grifou-se)

DO LEGITIMO DIREITO ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL

36. De fato, a reclamada não incluindo as mer.:Ionadas vailtagens na base de cálculo do Adicional por Tempo de Serviço, está desrespeitando a regra contida no artigo 129 da Constituição Estadual, que dispõe:

Artigo 129 — Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço concedido no mínimo por qüinqüênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no art. 115, XVI, desta Constituição.(grifou-se)

37. A norma acima é clara ao determinar que o cálculo do Adicional por Tempo de Serviço deva ser elaborado com base nos vencimentos / proventos integrais.

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38. De igual forma, estabelece o artigo 11 da Lei Complementar n° 712/93, determinando que o adicional por tempo de serviço seja calculado sobre o valor dos vencimentos.

39. a finalidade de corroborar com a pretensão dos autores, vale conferir a lição do Ilustre Hely Lopes Meirelles em sua obra "Dir'ito Administrativo Brasileiro", 15' Edição — Editora Revista dos Tribunais, pág. 392:

"Vencimentos — Vencimento, em sentido estrito, é a retribuição pecuniária devida ao servidor pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao padrão fixado em lei; vencimento, em sentido amplo, é o padrão com as vantagens pecuniárias auferidas pelo servidor a título de adicional ou gratificação.

Quando o Legislador pretende restringir o conceito ao padrão do servidor emprega o vocábulo no singular —vencimento; quando quer abranger as vantagens conferidas ao servidor usa o termo no plural —vencimentos" (grifo,

40. Impende ressaltar, que os reclamantes não objetivam qualquer efeito "cascata" ou incidência "repique" de cálculos, nem contrário ao disposto no artigo 115, XVI da Carta Estadual e artigo 37, XIV da Constituição Federal, mas única e exclusivamente o cumprimento puro e simples do artigo 129 da Constituição Estadual, calculando-se o Adicional por Tempo de Serviço sobre as vantagens de caráter pennanente, nos tennos do artigo 457, § 1° da CLT.

41. Como a reclamada efetua o cálculo apenas sobre o salário base, a importância paga a menor aos reclamantes, mensalmente, resulta exatamente da não inclusão das verbas abaixo relacionadas, a título exemplificativo — eis que o mesmo ocorre com relacrio aos demais reclamantes — o que pode ser comprovado pelos demonstrativos anex::

Códigos Verbas 04020 GEA — GRAT. ESPECIAL DE ATIVIDADE 04065 GRATIFICAÇÃO EXTRA 04074 GRATIFICAÇÃO EXECUTIVA 04.105 GASS — GRAT. ASSISTENCIA SUPORTE SAUDE 04.117 GRATIFICAÇÃO GERAL 12007 ADIC. INSALUBRIDADE

DA JURISPRUDÊNCIA

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"Adicional qüinqüenal. Funcionário público celetista. Incidência. Sendo o salário do funcionário público, inclusive o contratado pela CLT, fixado por lei estadual e, a corrosão causada pela inflação, protegida pela concessão de gratificação que se incorporam à remuneração, até a edição de nova lei que regulamente os salários não pode esse adicional restringir-se ao salário-base, mas sim incidi-lo sobre a remuneração efetivamente percebida pelo trabalhador. Acrescente-se que o artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo veda a limitação dessa benesse". (gr' %u-se)

Processo 02990344653, Acórdão 20000396898, 8" Turma, Relator(A) José Mechango Antunes, julgado em 31.07.00, publicado no DOE em 05.09.00, in Ementário Eletrônico Via Internet de Jurisprudência Trabalhista do Tribunal Regional do Trabalho da 2' Região.

"SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. CELETISTA. QÜINQÜÊNIOS E SEXTA-PARTE. DEVIDOS. A expressão "servidor público" adotada pelo art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo, em sentido "lato" é utilhada pela Constituição Federal para designar as pessoas físicas que nrestam n•icos em prol da Administraçí."-■ Pública, direta e indireta, com habitualidade, onerosidade e "intuito personae". O empregado público é espécie do gênero servidor público. Recurso a que se dá provimento" (grifou-se).

Processo 02498-2003-033-02-00-6, Acórdão 20050721610, r Turma, Relator(A) Maria Aparecida Pellegrina, julgado em 13.10.05, publicado no DOE em 08.11.05, in Ementário Eletrônico Via Intemet de Jurisprudência Trabalhista do Tribunal Regional do Trabalho da 2' Região.

"SERVIDOR CELETISTA DE AUTARQUIA DO ESTADO DE SÃO P \ULO. O Servidor que presta serviços sob regime da CLT a Autarquia do Estado de São Paulo apenas faz jus aos Qüinqüênios e a Licença Premio, posto que expressamente previstos em lei Estadual. No que pertine a "Sexta Parte" dependera do

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42. A respeito do assunto, assim já decidiu nossos Tribunais Trabalhistas.


Leonardo Arruda Munhoz ( o

regime jurídico único e planos de carreira a serem o instituídos (art. 39 da CF). Quanto a possibilidade de extensão deste direito aos servidores exercentes de funções atividades perante as autarquias" (grifou-se).

Processo 02900268774, Acórdão 02930001660, T Turma, Relator(A) Gualde Formica, julgado em 09.12.92, publicado no DOE em J8.11.05, in Lmentario Eletrônico Via Internet de Jurisprudência Trabalhista do Tribunal Regional do Trabalho da 2' Região.

43. Também o Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo em casos como o presente, vem assim se manifestando:

Apelação Cível n° 317.065-5/0-00 r Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça

SERVIDOR PÚBLICO — Adicional por tempo de serviço — Incidência sobre os vencimentos integrais (C Art. 129J — Dispositivo constitur;onr! auto-aplicável — Emprego da expressão "vencimentos" no plural, acrescido do adjetivo "integrais", sem caráter restritivo — Aplicação da regra sendo a qual ubi lex non distinguit nec nos distinguere debemus —Ressalva das verbas eventuais, que constituem parcelas transitórias. (grifou-se)

44. Vale conferir também, a decisão proferida nos autos do Incidente de Un?-.--lização de Jurisprudência, que apesar de tratar sobre a Sexta-Parte, é inteiramente aplicável "in caso", cin razão do artigo 129 da Carta Estadual, cuja cópia segue em anexo, na qual transcreve os seguintes trechos:

Incidente Uniformização Jurisprudência n° 193.485-1/6-03

SERVIDOR PÚBLICO — SEXTA-PARTE —Incidência sobre todas as parcelas componentes dos vencimentos, entendendo-se por vencimentos integrais o padrão mais as vantagens adicionais efetivamente

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recebidas, salvo is eventuait — Uniformizaçãc de Jurispi udência neste sentido. 8

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45. Portanto, claro está o direito ao cálculo do Adicional por Tempo de Serviço (qüinqüênio), com a inclusão das gratificações, adicional de insalubridade e demais vantagens não eventuais, sob pena de violação ao artigo 129 da Constituição Estadual, artigos 5°, "caput" (princípio da igualdade) e inciso XXXVI (direito adquirido) e 37, "caput" (princípio da moralidade) ambos da Constituição Federal e artigo 457 § 1° da CLT.

DA LICENÇA PRÊMIO


46. Os reclamantes são servidores estaduais admitidos pelo regime da CLT, possuindo pelo menos 5 (cinco) anos de efetivo exercício e conforme documentação que acompanha a presente, e requereram administrativamente a concessão da Licença-Prêmio.

47. Referido pedido não foi concedido administrativamente, sob a alegação de não serem servidores públicos. o que contraria frontalmente o disposto no artigo 205 da Lei Complementar 180/78 — Estatuto do funcionário Público — que equiparou os com ;.....dos pelo regime da CLT, aos servidores públicos.

48. Referido dispositivo legal, é suficientemente claa, ao estabelecer:


Artigo 205 — Para os fins desta lei complementar, passam a ser considerados servidores:

II - III - IV - os servidores admitidos nos termos da legislação trabalhista. (grifou-se)

49. Entretanto, totalmente equivocada a Administração Estadual, uma vez que devidamente assegurado o direito dos reclamantes de perceberem a vantagem da Licença-Prêmio.

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50. Com efeito, a licença-prêmio é uma bonificação concedida aos servidores, em razão da assiduidade e idoneidade funcional correspondente a 90 (noventa) dias em cada período completado (5 anos de efetivo exercício), nos termos do artigo 209 do Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo, "ir: verbis":

Artigo 209 — O funcionário terá direito, como prêmio de assiduidade, à licença de 90 (noventa) dia" Ern cadc período de 5 (cinco) anos de exercício ininterrupto, em que não haja sofrido qualquer penalidade administrativa.

Parágrafo único — O período de licença será considerado de efetivo exercício para todos os efeitos legais, e não acarretará desconto algum no vencimento ou remuneração. (grifou-se)

51. Conforme se verifica, a norma acima transcrita não faz qualquer distinção entre funcionários públicos, ocupantes de cargos, e servidores que exercem função-atividade, e nem poderia ser diferente, sob pena de violar dispositivos constitucionais, tais como artigo 5°, da Constituição Federal.

52. Por outro lado, o artigo 205 da Lei Complementar 180/78 — Estatuto do Funcionário Público do Estado de São Parlo — nassou a considerar corno SERVIDOR PÚBLICO, também os contratados pelo regime da CLT, corno é o caso dos reclamantes.

53. E ainda, conforme estabelece nossa legislação e pacífica jurisprudência, não há qualquer dúvida que os autores também são considerados servidores públicos.

54. Vale transcrever alguns dispositivos que alicerçam a pretensão dos reclamantes:

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Artigo 5° - Tocos são iguais perante a lei, sem distinção qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residente no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

55. O próprio artigo 129 da Constituição Estadual assegura, o direito aos adicionais por tempo de serviço, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais (vantagens

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Airton Camilo Leite Munhoz ADVOCACIA José Maria Ribeiro Soares 1P—


devidas em razão do efetivo exercicio), a exemrla .1a licença-prêmio, que estão sendo concedidas a todos os servidores e não somente aor- ihncionários eletivos.

56. Frise-se que, a nossa legislação e jurisprudência, não fazem qualquer distinção entre funcionários públicos, ocupantes de cargos, e servidores que exercem função atividade.

57. Vale conferir também, a lição do Ilustre Celso Antonio Bandeira de Mello, em sua obra "O Regime Constitucional dos Servidores da Administração Direita e Indireta", pág. 32, RT, 1990:

"... A expressão servidor público, na Constituição, é designativo genérico de todos os que, sob regime de cargo ou emprego, estão vinculados por relação de caráter profissional à Administs içá° direta, indireta ou fundacional, em quaisquer dog Puderes, ou órbitas do governo. Não é, pois, denominação restrita aos agentes titulares de cargo ou apenas dos que estejam ligados a entidades de direito público. ..."

58. Ora, a licença pleiteada, tem como objetivo premiar a assiduidade e a idoneidade funcional, não se admitindo, que as autoras, que preenchem referidos requisitos, não percebam tal vantagem.

59. Dessa fonna, devido o reconhecimento do direito dos reclamantes de perceberem a vantagem da licença-prêmio.

DA FORMA DE CONCESSÃO / PAGALENTO DA LIGAVA-PRÉMIO

60. Quanto a forma de concessão / pagamento da Licença-Prêmio pleiteada, deverá ser apurada somente em fase de liquidação de sentença, assegurando-se assim, não somente às reclamantes, mas também a reclamada, que não sofram qualquer prejuízo.

61. De fato, somente em finura fase de liquidação, é que deverá verificar se as reclamantes irão usufruir o beneficio em gozo ou em pecúnia, uma vez que até o trânsito em julgado desta ação, algumas das autoras poderão se aposentar ou não estarem mais trabalhando, e conseqüentemente não terão oportunidade de usufruir tal direito, não restando outra alternativa, senão o pagamento dos valores correspondentes.

62. cumpre ainda salientar, que em caso de eventual alegação de prescrição, com relação a licença prêmio, a mesma somente )odeá sei ,3nsiderada após a aposentadoria do funcionário público, como já decidido pelo Superior Tribunal de Justiça:

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ADVOCACIA

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Airton Camilo Leite Munhoz SC José Maria Ribeiro Soares


AgRg no Recurso Especial n° 813.694 - SP Relator: Ministro Felix Fischer Agravante : Estado de São Paulo Agravado : Adélia Nishikawa e Outros D.J. 1210612006

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AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. LICENÇA-PRÊMIO PREõCRIÇÃO. TERMO INICIAL. APOSENTADORIA. O termo inicial para a contagem do prazo prescricional, no caso de pedido de indenização de licença-prêmio não gozada, é a data da aposentadoria. Portanto, persistindo a relação entre os agravados e a administração pública, não há que se cogitar na suscitada prescrição. Agravo regimental desprovido.

O EXMO. SR. MINISTRO FELIX FISCHER (Relator): Trata-se de agravo regimental interposto peio ESTADO nE SÃO PAULO contra.- ecis:ão que negou seguimento ao recurso especial, sob os seguintes fundamentos:

Decido. O recurso não merece trânsito. Com efeito, o e. Tribunal de origem decidiu em consonância com o entendimento pacificado desta Corte no sentido de que o termo a quo para a contagem do prazo prescricional, no caso de pedido de indenização de licença-prêmio não gozada, é a data da aposentadoria.

Dessa forma, persistindo a relação entre os recorridos e a administração pública, não há que se cogitar na suscitada prescrição.

O EXMO. SR. MINISTRO FELIX FISCHER (Relator): A decisão deve ser mantida por seus próprios fundamentos.

É que conforme dito anteriormente, é pacifico o entendimento nesta Corte no sentido de que o termo inicial para a contagem do prazo prescricional, no caso de

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pedido de in !erilzacão de licença-prêmio não gozada, é a data da aposentadoria.

Portanto, persistindo a relação entre os agravados e a administração pública, não há que se cogitar na suscitada prescrição.

'ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. LICENÇA-PRÊMIO. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. APOSENTADORIA. PRECEDENTES. AGRAVO DESPROVIDO. 1. Mantida a relação com a Administração, o Servidor Público poderá usufruir do gozo da licença-prêmio a qualquer tempo. 2. Agravo regimental deopiovido" (AgRq no Ag 693715 / SP, 5a Turma, Rel. Min. Laurita Jaz, DJIJ 03.04.2006).

Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. (grifou-se)

DA JURISPRUDÊNCIA

63. A respeito do assunto, assim já decidiram nossos Tribunais Trabalhistas:

"Licença Prêmio. Direito Arlquirid Tendo a empregada requerido a ct rices:ão da licença-prêmio, na vigência do pacto laborai, cujo usufruto foi negado pela empregadora, outra alternativa não resta, senão de transforma-la em pecúnia, porquanto impossível de outra fonna, em face de sua aposentadoria".

Processo 02900208593, Acórdão 02910037295, 23 Turma, Relator(A) Maria Aparecida Duenhas, julgado em 11.03.91, publicado no DOE em 26.03.91, in Ementário Eletrônico Via Internet de Jurisprudência Trabalhista do Tribunal Regional do Trabalho da 2' Região.

"LICENÇA-PRÊMIO — ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO — LEI MUrICIFAL (LEI N° 1.169/70) QUE DISPÔS SGSRL O REGIME JURIDICO DO MUNICÍPIO — AUSÊNCIA DE DISTINÇÃO ENTRE EMPREGADO PÚBLICO E SERVIDOR PÚBLICO —

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PAGAMENTO DEVIDO: Devidos o adicional por tempo de serviço e a licença-prêmio ao empregado público, ainda que esses beneficios estejam previstos em regime jurídico próprio (Lei n° 1.169/70), já que genérico o conceito de "funcionário público" dado pelo legislador municipal, além de os artigos 29, § 1° e 31 § 1° da mencionada lei, de forma expressa, asseguram esses beneficios "seja qual for a forma de provimento" o que só pode levar à conclusão de que não hz.,uve qualquer intenção de restringir esses direitos aos servidores estatutários".

TRT 15' Região, Decisão 036942/2006-PATR — Processo 02040-2004-010-15-00-3, Publicado em 10/08/06, In Jurisprudência via Intemet.

DA SEXTA PARTE


64. Os reclamantes, são servidores estaduais admitidos pelo regime da C.L.T., possuindo mais de 20 (vinte) anos de efetivo exercício e conforme documentação que acompanha a presente, requereu administrativamente a concessão da Vantagem da Sexta-Parte, nos termos do artigo 129 da Carta Paulista.

65. Referido pedido não foi concedido administrativamente, sob a alegação de não ser servidora pública estatutária (doc. Anexo).

66. Entretanto, totalmente equivocada a Administração Estadual, uma vez que devidamente assegurado o direito da reclamante de perceber a Vantagem da Sexta-Parte.

67. Com efeito, o direito a percepção da va .1.aem da sexta--parte, surge para os servidores ao atingirem 20 (vinte) anos de exercíciJ no Serviço Publico, nos termos do artigo 129 da Constituição Estadual, "in verbis:"

Artigo 129 — Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por qüinqüênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais concedida aos vinte anos de efetivo exercício que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no art. 115, XVI, desta Constituição.(grifou-se)

R ,. liarão de Itapetininga, 297 - 8° Andar - Conjunto 802 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fones— Fax: (011) 32.31-24.79 — 32.31-28.11 - 32.31 51.'9 - e-nu ll: [email protected]

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68. Conforme se verifica, a norma acima transcrita não faz qualquer distinção entre funcionários públicos, ocupantes de cargos, e servidores que exe rcem função-atividade, e muito menos dos contratados pelo re -ime da CLT, como é o presente caso, e nem poderia ser diferente, sob pena de violarem dispositivos constitucionais, inclusive o artigo 205 da Lei Complementar 180/78, que determina expressamente que os contratados pelo regime da CLT, também são considerados como funcionários públicos.

69. E ainda, conforme estabelece nossa legislação e pacífica jurisprudência, não há qualquer dúvida que a reclamante também é considerada servidora pública.

70. Vale transcrever alguns dispositivos que alicerçam a pretensão das reclamantes:


Artigo 20t: — Para os fins desta lei complementar, passam a ser considerados servidores:

II - III - IV - os servidores admitidos nos termos da legislação trabalhista. (grifou-se)

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Artigo 5° - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros res'lento no Pai:. a inviolabilidade do direito à vija, à liberdade, à igualdade. à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

71. Vale conferir também, a lição do Ilustre Celso Antonio Bandeira de Mello, em sua obra "O Regime Constitucional dos Servidores da Administração Direita e Indireta", pág. 32, RT, 1990:

.. A expressão servidor público, na Constituição, é designativo genérico de todos os que, sob regime de cargo ou emprego, estão vinculados por relação de caráter profissional à Administração direta, indireta ou fundacional, em quaisquer dos Poderes, ou órbitas do governo. Não é, pois, denominação restrita aos agentes titulares de cargo ou apenas dos que estejam liudcis a entidade:: de direito público. ..."

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72. Sobre o assunto, assim também já se manifestou o E. Tribunal Regional da 2' Região:



"SEXTA PARTE. SERVIDOR CELETISTA. DIREITO RECONHECIDO. O artigo 129 da Constituição Estadual possui eficácia plena e aplicabilidade direta e imediata, já que delimitou o objeto da norma: - o direito à incorporação da sexta parte dos vencimentos integrais após vinte anos de efetivo exercício; beneficitrios desse direito: - os servidores públicos estacivais, e o destinatário da obrigação: - a Administi,,ção Pública Estadual. Ao assegurar o beneficio em tela "ao servidor estadual", a Constituição Paulista não fez distinção quanto ao regime jurídico do servidor, do que resulta sua aplicabilidade aos admitidos sob o regime da CLT. No mesmo sentido a Súmula n° 4 desta Corte, recentemente editada, que adoto, sem reservas e que trata da matéria em foco, nos seguintes moldes: "SÚMULA N° 04 — SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL —SEXTA PARTE DOS VENCIMENTOS — BENEFÍCIO QUE ABRANGE TODOS OS SERVIDORES E NÃO APENAS OS ESTATUTÁRIOS. (RA n° 02/05 — DJE 25/10/05) — O art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo ao fazer referência a Servidor Público Estadual, não distingue o regime jurídico para efeito de aquisição de direito". Recurso do IAMSPE 3 que se nega provimento. (grifou-se)

Processo 02445-2002-073-02-00-3, Acórdão 20060093280, 4a Turma, Relator(A) Ricardo Artur Costa e Trigueiros, julgado em 21.02.06, publicado no DOE em 10.03.06, in Ementário Eletrônico Via Internet de Jurisprudência Trabalhista do Tribunal Regional do Trabalho da 2a Região.

"Servidor Público Municipal. Sexta-parte e Qüinqüênios —acúmulo permitido. Os preceitos da Lei Orgânica do Município de São Paulo, notadamente o disposto em seu art. 97 que trata do pagamento da "sexta-parte", é aplicável ao servidor contratado por Autarquia Municipal pelo regime celetista. "Sexta-parte" não se confunde com "qüinoflênios", embora se baseiem em tempo de serviço do servidor, pois que o próprio art. Q7 citado, determina o pagamento de ambas as vantagens, que se incorporação aos vencimentos para todos os efeitos". (grifou-se)

Processo 02113-2003-079-02-00-7, Acórdão 20060056260, r Turma, Relator(A) Décio Sebastião Daidone, julgado em 14.02.06, publicado no DOE em 08.11.05, in Ementário Eletrônico Via Internet de Jurisprudência Trabalhista do Tribunal Regional do Trabalho da r Região.

"SEXTA PARTE. SERVIDOR CELETISTA. DIREITO RECONHECIDO. O artigo 129 da Constituição Estadual

Po • Barão de Itapetininga, 297- 8° Andar - Conjunto 802 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 shes — Fax: (011) 32.31-24.79 — 32.31-28.11 - 32.31-51.29 - e-mail: [email protected]



possui eficácia plena e aplicabilidade direta e imediata, já que delimitou o obje,,:, ua norma: - o direito à incorporação da sexta parte dos vencimentos integrais após virote anos de efetivo exercício; os beneficiários desse direito: - os servidores públicos estaduais; e o destinatário da obrigação: a Administração Pública Estadual. Ao assegurar o beneficio em tela "ao servidor estadual", a Constituição Paulista não fez distinção quanto ao regime jurídico do servidor, do que resulta sua aplicabilidade aos admitidos sob o regime da CLT. Recurso a que se nega provimento".

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Processo 00426-2003-021-02-00-4, Acórdão 20060093190, 4a Turma, Relator(A) Ricardo Artur Costa e Trigueiros, julgado em 21.02.06, publicado no DOE em 10.03.06, in Ementário Eletrônico Via Internet de Jurisprudência Trabalhista do Tribunal Regional do Trabalho da 2' Região.

73. Com efeito, o TRT da 2' Região unifonnfzando sua Jurisprudência fez editar a Súmula de n° 4, a qual reconhece expressamente que a sexta-parte é um direito adquirido de todos os servidores públicos e não apenas dos estatutários:

SÚMULA it 4

SÚMULA DE JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2a REGIÃO

"N° 004: SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - SEXTA-PARTE DOS VENCIMENTOS - BENEFÍCIO QUE ABRANGE TODOS OS SERVIDORES E NÃO APENAS OS ESTATUTÁRIOS. O ART. 12:' DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO, AO FAZER REFEI<ENCIA A SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL, NÃO DISTINGUE O REGIME JURÍDICO PARA EFEITO DE AQUISIÇÃO DE DIREITO." [grifou-se]

74. Ainda nesse sentido, é o entendimento de nossos Tribunais:

Apelação Cível n° 21.291-5/9 9' Cãmara de Direito Público do Tribunal de Justiça

Servidores Públicos Inativos. Contratação sob o regime da Lei n° 500/74. Sexta-Parte. Admissibilidade. Exegese do art. 129, da C. Paulista. Auto-Aplicabilidade. Benefício extensivo a todos os servidores. Estabilidade adquirida. Art. 18, do ADCT da Constituição do Estado. Recursos improvidos.

O regime jurídico dr::: servidores admitidos em serviços de caráter temporário, entre eles os contratados sob a égide da Lei n° 500/74 é a Lei Complementar n° 180, de 1° de maio de 1978 (art. 205, inc. I), explicitando no art.

Rua Barão de Itapetininga, 297 - 8" Andar - Conjunto 802 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fones — Fax: (011) 32.31-24.79 — 32.31-28.11 - 32.31-51.29 - 'ranhoat dv.oabsp.orgár



178, a forma de cálculo para a incidência da vantagem relativa à sexta-parte.

Se tal não bastasse, induvidosa a incidência da norma prevista no art. 129, da Constituição Paulista, auto-aplicável, assegurando ao servidor público estadual, além do adicional por tempo de serviço, já auferido pelos autores, a sexta-parte da remuneração, após vinte anos de efetivo exercício.

O benefício Gd sexta-parte, em face do texto constitucinnal, tornou-se extensivo a todos os servidores, abrangendo os funcionários efetivo e em funções-atividades, qualquer que tenha sido o modo de sua admissão nos quadros da Administração. (grifou-se)

75. Por outro lado, cumpre ressaltar que ao ser concedida a Sexta-Parte, esta deverá ser calculada nos exatos termos do artigo 129 da Constituição Estadual, ou seja, a sua incidência não apenas sobre o salário base, mas também sobre as gratificações e demais vantagens não eventuais percebidas pelas reclamantes.

76. Realmente, as gratificações percebidas pela reclamante habituahnente, em todos os mest .s e assim, pela efetividade e permanência, se caracterizam como política de complementação do salario base, e integram a sr9 remuneração.

77. Portanto, inteiramente devido que as gratificações e demais vantagens não eventuais incidam sobre o calculo da Sexta-Parte, nos exatos termos do artigo 129 da Constituição Estadual, que assim estabelece:

Artigo 129 — Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por qüinqüênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no art. 115, XVI, desta Constitu:Au.(grifou-se)

78. Conforme se verifica, a norma acima é clara ao determinar que o cálculo da Sexta-Parte deve ser elaborado com base nos vencimentos / proventos integrais.

79. Com a finalidade de corroborar com a pretensão da reclamante, vale conferir a lição do Ilustre Hely Lopes Meirelles em sua obra "Direito Administrativo Brasileiro", 15' Edição — Editora Revista dos Tribunais, pág. 392:

"Vencimentos — Vencimento, em sentido estrito, é a retribuição pecuniária devida ao servidor pelo efetivo exercício do cargo,

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Thnes — Fax: (011) 32.31-24.79 — 32.31-28.11 - 32.31-51.29 - e-mail: [email protected]

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correspondente ao padrão fixado em lei; vencimento, em sentido amplo, é o i.:,9drão com as vantagens pecuniárias auferidas pelo servidor a titulo de adicional ou gratificação.



Quando o Legislador pretende restringir o conceito ao padrão do servidor emprega o vocábulo no singular - vencimento; quando quer abranger as vantagens conferidas ao servidor usa o termo no plural — vencimentos" (grifou-se)

80. Aliás, é o que tem entendido o Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo, conforme se verifica da inclusa cópia de Acórdão, do qual transcrevem-se os seguintes trechos:

Apelação Cível n° 091.351-5/04W r Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça

SERVIDOR PÚBLICO. Sexta-parte. Incidência sobre vencimentos integrais. Base de cálculo composta pelo padrão gratificai-Oen, adicionais e vantagens, enquanto

constantes dos demonstrativos da -aqamento. Exclusão. todavia, clz . verbas eventuais. Entendimento do art. 129 da Constituição Estadual. Jurisprudência predominante sobre a questão. Mantida a r. sentença de primeiro grau.

Ressalte-se que o legislador constitucional empregou a expressão vencimentos no plural e ainda esclareceu que estes são integrais, para que não pairasse qualquer dúvida sobre a questão. E como se sabe, onde a lei não distingue não é dado ao intérprete estabelecer distinções. (grifou-se)

81. Assim, inequívoco o direito da reclamante em receber a vantagem da SEXTA PARTE, devendo sua base de cálculo ser composta pelo salário base, acrescido das gicm.-..:..ções e adicionais constantes nos demonstrativos de pagamento, com a exclusão apenas das verbas de caráter even,this.

DA JUSTIÇA GRATUITA

82. Os reclamantes não tem condições financeiras ou econômicas de assumir quaisquer despesas, sem o prejuízo do seu sustento e de sua família, motivo pelo qual, requerem os benefícios da Justiça Gratuita, nos termos da Lei 1.060/50 e Súmula n° 5 do E. TRT da 2' Região.

DOS PEDIDOS

Rua Barão de Itapetininga, 297 - 8° Andar - Conjunto 802 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fones - Fax: (011) 32.31-24.79 - 32.31-28.11 - 32.31-51.29 - e-mail: mu [email protected]



83. Do exposto, requerem a citação da reclamada, para responder aos tennos da presente, até final, quando aguardam seja a mesma julgada PROCEDENTE, condenando-a:

83.1. Ao pagamento das diferenças, vencidas e vincendas, dos 13° salários e 1/3 sobre as férias, decorrentes da inclusão do Prêmio de Incentivo, pago mensalmente as autch s,

83.2. Ao pagamento dos reflexos dos 13° _cirna, no FGTS;

83.3. Ao pagamento das diferenças salariais vencidas e vincendas, decorrentes da

apuração do Adicional por Tempo de Serviço (qüinqüênio) sobre a totalidade dos

vencimentos, com a inclusão das gratificações, adicional de insalubridade e demais

vantagens não eventuais, percebidas, além das que forem instituídas no curso da

lide, de caráter permanente, nos exatos termos do artigo 129 da Constituição

Estad 121;

83.4. Ao pagamento dos reflexos das difrenças ao Adicional por Tempo de Serviço

(qüinqüênio), nos 13° salários, férias + 1/3 e FGTS;

83.5. Declaração do direito das reclamantes de perceberem a vantagem da licença-

prêmio correspondente a 90 (noventa) dias a cada 5 (cinco) anos trabalhados, sem a

ocorrência de mais de 30 (trinta) dias de falta em cada qüinqüênio, e sem terem sofrido penalidade administrativa;

83.6 ", concessão do beneficio em gozo ou pagamento em pecúnia das respectivas Licenças-Premio, que deverá ser apurado somente em fase de liquidação de sentença, pelos motivos explicitados nos itens 60/62 da preseate.

83.7. Ao pagamento da vantagem da SEXTA PARTE, vencidas e vincendas,

considerando em sua base de cálculo, a totalidade dos vencimentos, com a inclusão das

gratificações, adicional de insalubridade, o reajuste complementar e demais vantagens

não eventuais, percebidas, além das que forem instituídas no curso da lide, de caráter permanente, nos exatos tennos do artigo 129 da Constituição Estadual,

Rua Barão de Itapetininga, 297 - 8°Andar - Conjunto 802 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 rimes — Fax: (011) 32.31-24.79 — 32.31-28.11 - 32.31-51.29 - [email protected]

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83.8. Ao pagamento dos reflexos da Sexta Parte I•C.; 13° salários, férias + 1/3 e FGTS;



83.9. Ao apostilamento do decidido, para que prevaleça no futuro, o direito pleiteado

nesta ação.

83.10. Requerem ainda, sejam concedidos os beneficios da Justiça Gratuita no caso

de eventual condenação no pagamento de quaisquer despesas no presente processo,

conforme declarações em anexo, assinadas por seus patronos, nos tennos da Súmula

005 do Tribunal Regional do Trabalho da r Região.

84. Requerem ainda, para fins de preques'.iuhamento, que Vossa Excelência se manifeste expressamente sobre as violações aos dispositivos legais e constitucionais referidos, especialmente os artigos 5°, "caput" e 7°, VIII e XVII da Constituição Federal e artigo 124, § 3°, artigo 129 da Constituição Estadual, art. 457, § 1° da CLT e artigo 205 da Lei Complementar Estadual 180/78.

85. Requerem finalmente, que todas as publicações e notificações referentes ao presente processo, sejam feitas EXCLUSIVAMENTE em nome de seu procurador, Airton Camilo Leite Munhoz.

86. Protestam provar o alegado, por todos os meios de provas em direito admitidos, esmenQ1mente depoimento pessoal do representante da reclamada, oitiva de testeintinhas, juntadas documentos, expedição de oficios, inicias, etc.

Dá-se a causa o valor de R$ 16.000,00, paiTh:- de alçada

Nestes termos e.deferimento

São Paulo, 10 de julho de 2007. r ,

Airton Camilo Leite Munhoz OAB/SP - 65.444

José/Maria Ribeiro Soares / OAB/SP - 104.546

Rua Barão de ltapetininga, 297 - 8° Andar - Conjunto 802 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fones — Fax: (011) 32.31-24.79 — 32.31-28.11 - 32.31-51.29 - [email protected]

ATENÇÃO - Texto meramente informativo, sem caráter intimatório, citatório ou notificatório para fins legais.

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho - 2' Região

Número Único: 01487005920075020011 (01487200701102005) Comarca: São Paulo Vara: 11a Data de Inclusão: 12/03/2008 Hora de Inclusão: 10:49:58

Processo 01487.2007.011.02.00-5

Aos três dias do mês de março do ano dois mil e oito, às 16:20 horas, segunda-feira, na sala de audiências desta Vara, por ordem da MM. Juíza do Trabalho CELITA CARMEN CORSO, foram apregoados os litigantes: DEJANIRA DA SILVA, MARCOS LUIZ ALVES DE OLIVEIRA e VANILDE DA SILVA DOS SANTOS (reclamantes) e FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO (reclamada). As partes não se fizeram presentes, resultando prejudicada a proposta conciliatória. Submetido o processo a julgamento foi proferida a seguinte:

SENTENÇA:

DEJANIRA DA SILVA, MARCOS LUIZ ALVES DE OLIVEIRA e VANILDE DA SILVA DOS SANTOS, qualificados às fls.03, moveu reclamação trabalhista em face de FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO, qualificada nos autos. Alegaram, os reclamantes, que são servidores públicos estaduais, contratados pelo regime da CLT desde 1712.1986, 06.10.1980 e 28.10.1987, respectivamente, pertencentes ao quadro da Secretaria de Estado da Saúde, onde exercem a função de oficial administrativo, digitador III e auxiliar de serviços, respectivamente. Pretendem receber: a) diferenças de 13° salário e do terço sobre férias porque calculadas incorretamente, sem a integração do prêmio de incentivo; b) diferenças de adicional por tempo de serviço (qüinqüênio), com a inclusão das gratificações e adicional de insalubridade na base de cálculo; c) licença prêmio correspondente a 90 (noventa) dias e cada 5 (cinco) anos trabalhados em igualdade de condições dos servidores efetivos e extranumerários; d) adicional denominado sexta parte, com a inclusão das gratificações e demais vantagens adicionais, nos termos do artigo 129 da Constituição Estadual e reflexos respectivos. Atribuíram à causa o valor de R$ 16.000,00. Juntaram procuração e documentos (fis.33/114). Defendeu-se a reclamada (fls.136/158) e, em preliminar, argüiu exceção de incompetência absoluta da Justiça do Trabalho ao argumento de que os autores foram contratados pela Lei 500/74 para o exercício de suas funções na Secretaria da Saúde, não sendo, portanto, empregados na acepção da CLT, já que seu vinculo é estatutário, embora com as restrições e modificações previstas naquela lei. Argüiu prescrição. No mérito alegou que o prêmio incentivo é verba de caráter transitório, cujo pagamento é feito com repasse de recursos intergovernamentais ao Fundo Estadual da Saúde, nos termos da Lei Complementar n° 204/78; o adicional por tempo de serviço é pago sobre o vencimento e não sobre a remuneração; os qüinqüênios incidem somente sobre o salário base em igualdade de condições aos funcionários legalmente investidos em cargo público e não incidem sobre gratificação especial de atividade, gratificação fixa, gratificação extra, gratificação executiva, gratificação suporte saúde, gratificação geral, adicional de tempo de serviços e adicional de insalubridade; não

têm direito à licença prêmio e ao adicional sexta-parte porque não são servidores estatutários estrito senso. Impugnou os demais itens e pediu a improcedência. Juntou documentos (fls.159/199). Manifestação dos reclamantes (fls.201/220), acompanhada de cópia da CTPS dos reclamantes (fls.221/236. Encerrada a instrução processual (fls.135). Conciliação rejeitada. É o relatório.

DECIDE-SE:

1. Exceção de incompetência:

A reclamada argüiu exceção de incompetência ao argumento de que os reclamantes foram contratados pela Lei 500/74 para o exercício de suas funções na Secretaria da Saúde, não sendo, portanto, empregados na acepção da CLT, já que seu vínculo é estatutário, embora com as restrições e modificações previstas naquela lei.

Sem razão a reclamada.

Os documentos acostados aos autos demonstram que os três reclamantes foram admitidos para trabalhar junto á Secretaria de Estado da Saúde pelo regime da CLT, portanto, o regime jurídico a que estão submetidos não é o estatutário, mas o celetista, motivo pelo qual a competência para conhecer e julgar o pedido é desta Justiça, consoante previsto no inciso Ido artigo 114 da Constituição Federal, assim redigido:

Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Artigo alterado pela Emenda Constitucional n° 45, de 08/12/2004)

I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (Inciso acrescentado pela Emenda Constitucional n° 45, de 08/12/2004) (Obs.: suspensão da interpretação para estatutários - liminar ADI 3395)

Rejeito.

2. Prescrição:

Argüida no momento processual oportuno, reconheço e declaro a prescrição dos direitos que eventualmente vierem a ser deferidos ao autor, relativamente às parcelas exigíveis anteriormente a 24.07.2002, nos termos do artigo 7°, inciso XXIX, da Constituição Federal.

3. Diferenças de 13° salário e de 1/3 sobre as férias pela inclusão, na base de cálculo, do prêmio de incentivo:

O

o O prêmio incentivo insfitu ido pela Lei Estadual 8.975/94, de inicio, possuía caráter transitório, já que sua duração ficou condicionada ao período de 12 meses, entretanto, a partir do 42.955/98 passou a ser devido por prazo indeterminado, adquirindo, assim, natureza jurídica salarial, nos moldes do § 1° do artigo 457 da CLT, já que se refere a contraprestação.

Neste contexto, acolho o pedido para condenar a reclamada a pagar aos autores diferenças de 13° salário e 1/3 sobre as férias, pela inclusão do prêmio incentivo na base de cálculo, prestações vencidas a partir de 24.07.2002 e vincendas, sendo devidos também os reflexos do 13° salário nos depósitos fundiários.

4. Diferenças de adicional por tempo de serviço (qüinqüênio) decorrentes da inclusão das gratificações e adicional de insalubridade na base de cálculo e reflexos respectivos:

O adicional por tempo de serviço é disciplinado pelo art. 18 da Lei Estadual n° 6.628/89 que assim dispõe: "O adicional por tempo de serviço de que trata o artigo 129 da Constituição Estadual será calculado na base de cinco por cento por qüinqüênio de serviço sobre o valor dos vencimentos, do salário ou da remuneração, não podendo ser computado nem acumulado para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento, nos termos do inciso XVI do artigo 115 da Constituição do Estado". Assim, não há dúvida de que sua base de cálculo deve ser composta não somente pelos vencimentos (salário base), mas pela remuneração mensal que compreende também as gratificações e adicional de insalubridade. Assim sendo, os autores fazem jus ao recebimento de diferenças de adicional por tempo de serviço, as quais devem ser calculadas com base na remuneração mensal que inclui adicional de insalubridade e gratificações, com reflexos em férias, acrescidas de um terço, 13° salário e depósitos fundiários, parcelas vencidas a partir de 24.07.2002 e vincendas.

5. licença prêmio :

Pugnam os reclamantes, servidores públicos estaduais, regidos pela CLT há mais de cinco anos, pelo reconhecimento do direito à licença-prêmio.

Não tem razão os autores, visto se tratar de beneficio exclusivo dos funcionários públicos estatutários, não existindo previsão legal que o estenda aos servidores contratados pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho.

A análise da questão deve partir da correta interpretação da norma contida no artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo promulgada em 05.10.89, perquirindo-se se tal dispositivo prevê o beneficio perseguido pelos reclamantes.

Aludido dispositivo tem a seguinte redação:

"Art. 129. Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por qüinqüênio, e vedada sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no artigo 115, XVI, desta Constituição."

A norma retro transcrita é complementada pelo artigo 20 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que assim prescreve:

"Artigo 20. O pagamento do adicional por tempo de serviço e da sexta-parte, na forma prevista no artigo 129, será devido a partir do primeiro dia do mês seguinte ao da publicação desta Constituição, vedada sua acumulação com vantagem já percebida por esses títulos.

Diferentemente do adicional por tempo de serviço e da sexta-parte, aos quais os reclamantes fazem referência, a discussão não tem sede no alcance da expressão servidor público estadual empregada no texto constitucional paulista, que abrange todos os servidores públicos, independentemente do regime jurídico a que estejam

O n r -o o 1.s.)

vinculados, mas sim se há previsão legal para pagamento de licença-prêmio aos servidores celetistas.

Esclareça-se, inicialmente, que a licença-prêmio ora em debate não está prevista na Constituição do Estado de São Paulo, mas sim no Estatuto do Servidor Público do Estado de São Paulo, Lei Estadual n° 10.261/68, no artigo 209, razão pela qual a abrangência contida no dispositivo constitucional deve ser aplicada apenas quando implementadas as condições para percepção dos benefícios ali previstos.

Não se pode olvidar que os reclamantes foram admitidos após a edição da Lei no 200/74, que excluiu expressamente os direitos do regime estatutário aos empregados contratados sob o celetista.

Também não socorre os autores o disposto na Lei Complementar Estadual n° 180/78 já que esta não equiparou os servidores estatutários aos servidores celetistas, apenas considerou servidor público o empregado regido pela Consolidação das Leis do Trabalho.

Nesse sentido há também decisões proferidas por nosso Tribunal Regional do Trabalho — r Região:

"Licença-prêmio. Servidor regido pela CLT. Inaplicabilidade. A licença-prêmio prevista em lei em favor do funcionário público não se aplica aos servidores regidos pelo regime da CLT, salvo se a norma dispuser em sentido contrário." (TRT 2' Região, RO 02467-2004-064-02-00-4, Rel. Juiz Luiz Edgar Ferraz de Oliveira, 9' T, D.O. 17/03/2006)

"RECURSO EX-OFFICIO E ORDINÁRIO. LICENÇA PRÉMIO. SERVIDOR CELETISTA. Os servidores contratados sob o regime da CLT não fazem jus ao beneficio da licença-prêmio por falta de expressa disposição de lei estadual nesse sentido, eis que a Lei 10.261/68 - Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo - em cujo art. 209 está previsto o beneficio da licença-prêmio, somente se aplica aos servidores estatutários, não cabendo combinar vantagens da legislação trabalhista com aquelas exclusivas dos estatutários sem que haja, para isso, expressa disposição legal nesse sentido. De outra parte, o obreiro foi admitido, sob o regime da CLT, após a vigência da Lei 200, de 13.05.74, que revogou expressamente todas as disposições, gerais ou especiais, que concedessem vantagens de qualquer natureza, pelo Estado, aos empregados sob o regime da legislação trabalhista, ressalvando apenas os direitos dos empregados admitidos até a data da sua vigência da lei, o que não é o caso do impetrante, uma vez que foi admitido após 13.05.74." (TRT 2' Região, RO 02545-2005-039-02-00-1, Rel. Juiz Marcelo Freire Gonçalves, 12a T, D.O. 01/12/2006)

"Não há direito adquirido à licença prêmio por assiduidade para serviço prestado sob o regime celetista, uma vez que tal beneficio foi excluído, expressamente, pela Lei 200/74, ressalvados os casos previstos pelo parágrafo único da mesma." (TRT r Região, RO 20000063708/2000, Rela. Juiza Laura Rossi, r T, D.O. 14/08/2001)

A norma jurídica que rege a relação de trabalho ora em debate é a Consolidação das Leis do Trabalho não se podendo estender os direitos previstos no estatuto dos funcionários públicos sem lei que autorize a Administração Pública a proceder dessa forma, sob pena de violação ao principio da legalidade, previsto no artigo 37, "capul" da Constituição Federal, pelo qual, a Administração só pode fazer ou deixar de fazer alguma coisa em virtude de lei.

Neste contexto, diante da ausência de expressa previsão legal estendendo a licença-prêmio aos servidores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho, os pedidos contidos nos itens 83.5 e 83.6 são rejeitados.

6. Sexta parte:

Pretendem os reclamantes o recebimento do denominado adicional sexta parte previsto no artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo.

A reclamada contesta, aduzindo que o direito tem como destinatários exclusivamente os funcionários públicos estatutários, não existindo previsão legal que o estenda aos demais servidores não submetidos àquele regime.

O cerne da questão reside na interpretação do artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo promulgada

O n r -o o 1-sJ

em 05.10.89, perquirindo-se se abrange ou não os servidores públicos regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho.

Aludido dispositivo tem a seguinte redação:

"Art. 129. Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por qüinqüênio, e vedada sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no artigo 115, XVI, desta Constituição."

A norma retro transcrita é complementada pelo artigo 20 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que assim prescreve:

"Artigo 20. O pagamento do adicional por tempo de serviço e da sexta-parte, na forma prevista no artigo 129, será devido a partir do primeiro dia do mês seguinte ao da publicação desta Constituição, vedada sua acumulação com vantagem já percebida por esses títulos.

A discussão tem sede no alcance da expressão servidor público estadual empregada no texto constitucional paulista, de modo a definir se a mesma abrange todos os servidores públicos, independentemente do regime juridico a que estejam vinculados, ou se fica restrita ao servidor público estatutário.

É consabido que doutrinariamente os administrativistas se debruçam sobre o estudo do tema, sendo certo que não há consenso, na conclusão, notadamente após o advento da Constituição Federal vigente.

Uns entendem que servidores públicos são todas as pessoas físicas admitidas pelo Estado para a prestação de serviços de natureza permanente, mediante remuneração e disciplinamento estatutário.

Outros consideram servidores públicos aqueles que se enquadram na definição acima, bem como os contratados pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho e aqueles admitidos por tempo determinado para atender a necessidades temporárias de excepcional interesse público.

Outros, por sua vez, entendem que à luz do comando constitucional, servidor público é conceito lato, abrangendo os servidores públicos propriamente, pertencentes à Administração direta, às autarquias e às fundações públicas, independentemente do regime a que se vinculam, e também os empregados das empresas públicas e sociedades de economia mista.

Em uma visão genérica, o Juízo comunga com o entendimento perfilhado pelos primeiros, entendendo que os agentes públicos contratados pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho constituem uma categoria distinta da de servidores públicos, denominada empregados públicos, incluindo-se nesta os empregados das empresas públicas e das sociedades de economia mista, pois resta indiscutível que os direitos e deveres disciplinados pelos dois regimes são distintos; o foro para dirimir os conflitos decorrentes do vinculo são distintos e o ente público que acolhe o regime estatutário como único não pode contratar pelo regime da legislação geral do trabalho.

Entretanto, nada obsta que a legislação especifica atribua aos empregados públicos direitos assegurados aos servidores públicos, ou que equiparem aqueles a estes para determinados fins, como ocorre para os efeitos penais e de responsabilidade civil.

No caso concreto, tudo conduz à ilação no sentido de que o legislador paulista, ao elaborar a norma contida no artigo 129 da Constituição Estadual, utilizou a expressão servidor público estadual visando abranger todos os agentes administrativos, incluindo-se aí tanto os servidores públicos propriamente ditos quanto os empregados públicos, incluindo aqueles vinculados às sociedades de economia mista. É o que deflui das interpretações lógica, teleológica e histórica, tendo em vista que o beneficio já existia a favor exclusivo do servidor estatutário, nos termos do artigo 130 da Lei Estadual 10.261/68.

Ora, não seria lógico outorgar "status" constitucional ao benefício se a pretensão fosse a de manter a restrição, visando apenas modificar o tempo de serviço, uma vez que a alteração das condições para sua aquisição poderia ser objeto de modificação da lei infra-constitucional que regia a matéria.

Do mesmo modo, não faria sentido a norma prevista no artigo 20 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, porquanto ao estabelecer que o pagamento do adicional por tempo de serviço seria devido a partir do primeiro dia do mês seguinte ao da publicação da Constituição, só se pode conceber sua existência, tendo como escopo alcançar aqueles que já possuíam o tempo de serviço necessário para a aquisição do benefício mas não o receberam porque estavam excluídos pela legislação anterior.

E quem seriam esses beneficiários? Evidente, que os contratados pelo regime celetista.

Como se isso não bastasse, no caso concreto a discussão doutrinária sofre manifesta limitação, tendo em vista que a Lei Complementar 180 de 12.05.1978, (que dispõe sobre a instituição do Sistema de Administração de Pessoal relativo aos funcionários públicos civis e servidores da Administração Centralizada e das Autarquias do Estado), estabelece em seu artigo 205 que são considerados servidores: os admitidos em caráter temporário nos termos do artigo 10 da Lei 500 de 13 de novembro de 1974; os atuais extranumerários; os atuais funcionários interinos; os servidores admitidos nos termos da legislação trabalhista.

Como se vê, o legislador paulista expressamente considerou o empregado público na expressão servidor público. E o fez consciente, já que no parágrafo 3o do mesmo artigo estabeleceu que aos servidores admitidos nos termos da legislação trabalhista não se aplicariam os beneficios que já estivessem assegurados pela legislação federal.

Neste contexto, a conclusão mais acertada é a de que os benefícios assegurados pelo artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo são devidos a todos os servidores públicos estaduais, independentemente do regime a que estejam vinculados, porque este foi o espírito da lei, notadamente em razão das normas contidas no artigo 20 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e no artigo 205 da Lei Complementar Estadual 180/78.

Nesse mesmo sentido vem caminhando a jurisprudência do nosso Tribunal Regional, consoante ementa que ora é transcnta:

SEXTA PARTE. SERVIDOR CELETISTA. DIREITO RECONHECIDO. O artigo 129 da Constituição Estadual possui eficácia plena e aplicabilidade direta e imediata, já que delimitou o objeto da norma: - o direito à incorporação da sexta parte dos vencimentos integrais após vinte anos de efetivo exercício; os beneficiários desse direito: - os servidores públicos estaduais; e o destinatária da obrigação: - a Administração Pública Estadual. Ao assegurar o beneficio em tela 'ao servidor público estadual', a Constituição Paulista não fez

— distinção quanto ao regime jurídico do servidor,do que resulta sua aplicabilidade aos admitidos sob o regime da CLT. Recurso a que se nega provimento. TRT/SP - 02511200203402002 - RE - Ac. 4aT 20050807182 - Rel. RICARDO ARTUR COSTA E TRIGUEIROS - DOE 25/11/2005.

Ante o exposto, acolho o pedido de pagamento do adicional da sexta parte (artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo), calculado sobre os vencimentos integrais, incluindo adicional de insalubridade e gratificações, com reflexos nos 13° salários, férias, acrescidas de um terço e depósitos fundiários.

7. Beneficios da justiça gratuita:

Os reclamantes apresentaram os documentos de fls.46/48, através do qual declararam sua impossibilidade de arcar com os custos do processo, sem prejuizo do próprio sustento e de sua familia.

Com fundamento naquelas declarações e nos permissivos contidos no § 3o do artigo 790 da Consolidação das Leis do Trabalho, com a redação que lhe foi dada pela lei 10.537 de 27 de agosto de 2002, concedo-lhes os benefícios da justiça gratuita.

8. Da correção monetária — época própria:

A época própria para correção monetária, nos termos da Súmula n° 381 do Colendo Tribunal Superior do Trabalho (anterior Orientação Jurisprudencial n° 124 da SDI-1, convertida através da Resolução 129/2005 — DJ 20.04.2005), é o primeiro dia do mês subseqüente ao da prestação.

9. Das contribuições fiscais e previdenciárias:

As contribuições fiscais e previdenciárias devem ser suportadas pelo titular do direito da obrigação.

No caso, aos reclamantes cabe arcar com o pagamento do imposto de renda, bem como á sua parcela da contribuição previdenciária.

O § 5° do artigo 33 da Lei 8212/91 trata de situação diversa, referindo-se a situações em que o empregador procede ao desconto, mas não os repassa ao órgão público arrecadador.

Há que ser ressaltado, ainda, que os valores retidos a título de imposto de renda se submetem a ajuste fiscal anual, como ocorre com os demais contribuintes, com eventual devolução de recolhimento a maior em observância à capacidade contributiva do sujeito passivo da obrigação tributária.

Os descontos devem ser processados na forma prevista no Provimento 01/96 da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho e Súmula 368 do Tribunal Superior do Trabalho.

POSTO ISSO, a 11a Vara do Trabalho de São Paulo julga PROCEDENTE EM PARTE a presente ação para o fim de condenar FAZENDO DO ESTADO DE SÃO PAULO a pagar a DEJANIRA DA SILVA, MARCOS LUIZ ALVES DE OLIVEIRA e VANILDE DA SILVA DOS SANTOS, nos termos da fundamentação supra, que integra o presente dispositivo, bem como a prescrição das parcelas exigíveis anteriormente a 24.07.2002, os seguintes títulos: a) diferenças de 13° salário e 1/3 sobre as férias, pela inclusão do prêmio incentivo na base de cálculo, prestações vencidas a partir de 24.07.2002 e vincendas, sendo devidos também os reflexos do 13° salário nos depósitos fundiários. b) diferenças de adicional por tempo de serviço, as quais devem ser calculadas com base na remuneração mensal que inclui adicional de insalubridade e gratificações e seus reflexos em férias, acrescidas de um terço, 13° salário e depósitos fundiários, parcelas vencidas a partir de 24.07.2002 e vincendas. c) adicional da sexta parte (artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo), calculado sobre os vencimentos integrais, incluindo adicional de insalubridade e gratificações, com reflexos nos 13° salários, férias, acrescidas de um terço e depósitos fundiários.

O montante será apurado em liquidação de sentença, devendo ser compensados os valores quitados por títulos iguais aos deferidos, desde que a comprovação tenha vindo aos autos na fase de conhecimento.

Correção monetária nos termos da Súmula 381 do Tribunal Superior do Trabalho e, por ser a ré Fazenda Pública, os juros de mora são os da Lei 9469/97.

Contribuições fiscais e previdenciárias conforme consta do item 9° da fundamentação, incidindo as previdenciárias sobre diferenças de 13° salários, diferenças de adicional por tempo de serviço e reflexos em em 13° salários e adicional da sexta parte e seus reflexos em 13° salários.

A reclamada comprovará nos autos, no prazo de dez dias, contados do trânsito em julgado desta decisão, os recolhimentos previdenciários e fiscais, sob pena de execução, bem como o apostilamento dos direitos ora reconhecidos.

Custas processuais a cargo da reclamada, calculadas sobre o valor da condenação, ora arbitrado em R$ 30.000,00, no importe de R$ 600,00.

Intimem-se.

Após o decurso do prazo para interposição de recurso voluntário, remetam-se os autos ao Egrégio Tribunal Regional desta r Região, em cumprimento ao disposto no inciso V do artigo 1° do Decreto-Lei n° 779 de 21 de agosto de 1969

Nada Mais.

CEUTA CARMEN CORSO Juíza do Trabalho

DÉBORA AGRUMI BAUERFELDT DIRETORA DE SECRETARIA

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Poder Judiciário Federal Justiça do Trabalho

Tribunal Regional do Trabalho da r Região

ACÓRDÃO N°: 20080900431 N° de Pauta:168 PROCESSO TRT/SP N°: 01487005920075020011 (01487200701102005) RECURSO EX-OFFICIO E ORDINARIO - 11 VT de São Paulo RECORRENTE: 1. VT E Fazenda do Estado de Sao Paulo 2. Dejanira da Silva

ACORDAM os Magistrados da 6° TURMA do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região em: por unanimidade de votos, conhecer dos recursos ordinários, e, por maioria de votos, vencido o Desembargador Valdir Florindo, que defere a licença prêmio, negar provimento àquele interposto pelos reclamantes e, por igual votação, vencido o Desembargador Valdir Florindo, que mantém a condenação às diferenças do adicional por tempo de serviço, dar provimento parcial àquele interposto pela reclamada, para o fim de afastar a condenação no pagamento de diferenças do adicional por tempo de serviço, excluir as integrações do prémio incentivo e determinar que a apuração dos juros observe o limite de 6% ao ano por força da Lei 9494/97. Em razão do reexame, por maioria de votos, vencido o Desembargador Valdir Florindo, que fixa os vencimentos como base de apuração da sexta-parte, necessário limitar o cálculo da sexta-parte ao vencimento base, com amparo no artigo 37, XIV da CF.

São Paulo, 07 de Outubro de 2008.

VALDIR FLORINDO PRESIDENTE

ROBERTO BARROS RELATOR

()MANA MARIA DZIURA BOLDO PROCURADORA (CIENTE)

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Consulta a Acôrfflos Turnos - página 111

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Recurso ordinário - 6° Turma

Proc. 01487200701102005

RECORRENTE: VT, FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO, DEJANIRA DA SILVA E OUTROS 2

RECORRIDO: OS MESMOS

11 °Vara do Trabalho de São Paulo

RELATÓRIO

Recurso ordinário interposto pelos reclamantes às fls.250, para a reforma da r. sentença de origem (fls. 237/247), no que concerne à licença prêmio. Ao reexame necessário somam-se as razões de apelo voluntário da reclamada (fls.262) para a reformar da r. decisão de origem quanto à sexta-parte, ao adicional por tempo de serviço e ao prêmio incentivo. Contra-razões às fls.286/315 pela autora. A ré não contra-arrazoou. Parecer do Ministério Público às fls. 317/320.

VOTO

Admissibilidade

Conheço do apelo, eis que presentes os requisitos legais de admissibilidade.

Recurso ordinário dos reclamantes

Não merece prosperar o inconformismo dos autores. Contratados sob o regime da CLT não fazem jus ao benefício da licença-prêmio, 9, ual restou instituído pela Lei Estadual 10.261/68 em prol dos funci públicos estatutários, que ocupam cargos efetivos. Cabe ressalta ue

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após a edição da Lei 200/74 está vedada a concessão de vantagens típicas dos funcionários do Estado aos servidores contratados pela CLT. Não se beneficiam, portanto, do quanto estabelecia a Lei Estadual 4.819/58. Já a Lei Complementar Estadual n° 180/78 apenas cuidou de esclarecer que também aquele ocupante de emprego público, contratado pelo regime da consolidação, é considerado servidor público. Tal situação, todavia, não os equipara ao funcionário estatutário a ponto de autorizar a concessão do título em tela. Tal circunstância não viola o princípio insculpido no "caput" do artigo 5° da CF, porque os autores e os funcionários públicos não se encontram em idêntica situação. Não se pode tratar da mesma forma aqueles que se encontram em situações distintas. Frise-se que o artigo 129 da Constituição Bandeirante nada alude à concessão da licença prêmio a todos os servidores públicos, independente do regime de contratação.

Mantenho, pois, a r. decisão de origem é tenho por prequestionados os dispositivos legais invocados no apelo.

Recurso ordinário da reclamada

No que concerne à sexta parte não assiste integralmente razão à recorrente.

O artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo reconhece a todos os servidores públicos, independente do regime jurídico de sua contratação, o direito à sexta parte dos vencimentos, após alcançados 20 anos de efetivo exercício. Não há a alegada limitação do benefício ao funcionário público estatutário. Ademais, verifica-se pela leitura das fichas financeiras dos autos (fls.65) que as autoras vêm percebendo normalmente o pagamento do adicional por tempo de serviço, verba esta também prevista no mesmo artigo da Carta Magna do Estado. Nada justifica, portanto, a exclusão do direito dos recorridos à sexta-parte. Inexiste violação ao que estabelece o artigo 169 da Constituição Paulista, haja vista que não se pretende a concessão de acréscimo salarial aos autores. Há, tão somente, o reconhecimento de direito garantido ao empregado pela lei, não satisfeito no momento oportuno pela recorrente. Correta, pois, a r. sentença de origem neste particular.

No que concerne ao adicional por tempo de serviço assiste razão à reclamada, já que este não pode ser apurado sobre o total da remuneração.

A Lei complementar 712/93, em seus artigos 9° e 11, I, im acolhimento da pretensão.

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O artigo 9° faz referência a "vencimentos ou salários" dos servidores reportando-se às escalas de vencimentos e respectivos níveis ou classes.

O artigo 11 e inciso I, estabelecem que, além dos vencimentos ou salários, a retribuição pecuniária dos servidores também será composta do "adicional por tempo de serviço de que trata o art. 129 da constituição do Estado, que será calculado na base de 5% (cinco por cento) por qüinqüênio de serviço sobre o valor dos vencimentos, não podendo essa vantagem ser computada nem acumulada para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento, nos termos do inciso XVI do art. 115 da mesma constituição".

Já o artigo 129 da constituição do Estado de São Paulo dispõe, in verbis:

"Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por qüinqüênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta parte dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observando o disposto no artigo 115 XVI, desta constituição".

Verifica-se do acima exposto que o artigo supra não assegura a incidência do adicional por tempo de serviço sobre a remuneração.

Por outro lado, o artigo 37, XIV, da Constituição Federal, estabelece:

"os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores".

Sendo assim, diante do acima declinado, conclui-se que a r. sentença de origem merece ser reformada, porque o critério de pagamento do _Z adicional por tempo de serviço adotado pela recorrente está em conformidade com as determinações legais aplicáveis à espécie.

Ressalto por oportuno o teor da OJ 60 da SDI-I do C.TST.

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Também assiste razão à recorrente no que concerne às incidências do prêmio incentivo. De fato, a Lei Estadual n° 8975/94 ao instituir o prêmio em tela disse claramente no artigo 4° que este não poderia ser utilizado para fins de integração para quaisquer efeitos. No parágrafo único do referido artigo esclareceu que também em relação ao 13° salários não há que se falar em repercussões.

Em sendo assim, obrigatória a reforma da r. decisão de origem para afastar os reflexos deferidos.

Os juros moratórios serão aqueles previstos pela Lei 9494/97 que estabeleceu o limite destes a 6% ao ano. Vale ressaltar que decisões recentes do E. STF vêm reconhecendo a constitucionalidade da presente norma.

Reexame de ofício

Ao nível de reexame necessário faço consignar que a sexta-parte deferida aos reclamantes será calculada exclusivamente sobre o salário, ante o previsto no inciso XIV do artigo 37 da C.F., que impede a acumulação de acréscimos pecuniários.

CONCLUSÃO

Posto isto, conheço dos recursos ordinários, sendo que nos termos da fundamentação supra, nego provimento àquele interposto pelos reclamantes e dou provimento parcial àquele interposto pela reclamada, para o fim de afastar a condenação no pagamento de diferenças do adicional por tempo de serviço, excluir as integrações do prêmio incentivo e determinar que a apuração dos juros observe o limite de 6% ao ano por força da Lei9494/97. Em razão do reexame necessário limito o cálculo da sexta-parte ao vencimento base, com amparo no artigo 37, XIV da CF. Nada mais.

ROBERTO BARROS DA SILVA

Juiz Relator

Odes

Consulta a Acórdãos - Turmas

ACÓRDÃO N°: 20090247292 264-ED

PROCESSO TRT/SP N°: 01487005920075020011 (01487200701102005)

EMBARGOS DECLARATÓRIOS - 11 VT de São Paulo

EMBARGANTE: 1. Dejanira da Silva 2. Dejanira da Silva

EMBARGADO: V. ACÓRDÃO N° 20080900431 DA E. 6a TURMA

ACORDAM os Magistrados da 6a TURMA

do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região em:

por unanimidade de votos, rejeitar os embargos de declaração

opostos pelos autores, por infringentes.

São Paulo, 31 de Março de 2009.

VALDIR FLORINDO

PRESIDENTE

ROBERTO BARROS

RELATOR

OKSANA MARIA DZIURA BOLDO

PROCURADORA (CIENTE)

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Embargos de declaração — 6' Turma Proc.01487200701102005 o

EMBARGANTE: DEJANIRA DA SILVA E OUTROS 2 -o o

EMBARGADO: ACÓRDÃO N° 20080900431

11' Vara do Trabalho de São Paulo

RELATÓRIO

Embargos de declaração opostos pelos reclamantes, apontando omissões e contradições no Acórdão prolatado às fls.321/328.

VOTO

Tempestivos, conheço dos embargos.

A omissão que enseja o oferecimento de embargos de declaração é aquela que se refere à falta de manifestação acerca das questões em sentido estrito existentes no processo, ou seja, acerca das matérias ou pontos controversos, sejam estes relativos aos fatos ou ao direito a ser aplicado, sobre as quais deveria ter se pronunciado o órgão julgador. Desta forma, não configura omissão a falta de manifestação expressa deste colegiado sobre todas as alegações trazidas pelas partes, ou sobre todos os elementos probatórios constantes nos autos, ou ainda sobre todas as teses levantadas no decorrer da instrução, bastando, portanto, que tenham sido decididas todas as questões postas na lide, com a devida fundamentação, conforme previsto no artigo 93, inciso IX da Constituição Federal.

Já a contradição prevista no artigo 897-A da CLT é aquela que se verifica no interior da própria decisão, nos casos em que proposições mutuamente excludentes estão presentes no acórdão, dificultando ou impossibilitando sua compreensão. Ou seja, as contradições que ensejam a oposição de embargos são as que decorrem de proposições inconciliáveis existentes na motivação ou na parte decisória, ou de incoerência entre as assertivas existentes nas razões de decidir e o dispositivo do decisum, ou ainda de incongruências entre a ementa e o corpo do acórdão. Em todo caso, são sempre contradições internas do julgado, sendo que a oposição de embargos visa aclarar-lhe o sentido. Contudo, a dissonância entre a norma legal e o julgamento do colegiado, alegada pela ora embargante, não está entre as matérias que ensejam a oposição do presente recurso, pois necessita de reexame probatório, vedado em sede de embargos.

No caso em comento, tenho que a decisão ora atacada não padece de qualquer dos vícios acima descritos. Ao contrário, as questões referentes à integração do prêmio incentivo, à forma de pagamento do adicional por tempo de serviço e à concessão da licença prêmio ao empregado público estadual foram devidamente dirimidas, conforme se observa da fundamentação lançada às fls.323/326. Evidente que o objetivo dos embargantes é a reforma da decisão, sendo certo que a tanto não se prestam os embargos declaratórios.

CONCLUSÃO

Posto isto, REJEITO os embargos de declaração opostos pelos autores, por infringentes. Nada mais.

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Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho

PROCESSO N° TST-RR-148700-59.2007.5.02.0011 C/J PROC. N° TST-AIRR-148740-41.2007.5.02.0011

Recorrentes: DEJANIRA DA SILVA E OUTROS

Advogado Dr. Airton Camilo Leite Munhoz

Recorrida : FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO Procurador : Dr. Paulo Gonçalves Silva Filho

DESPACHO

Contra o acórdão proferido às fls. 323-327 e complemen-

tado às fls. 357-358 os Reclamantes interpõem recurso de revista

(fls. 369-422).

Não foram apresentadas contrarrazees ao apelo.

O Ministério Público do Trabalho opina às fls. 457-461.

É o relatório.

DECIDO

Atendidos os pressupostos comuns de admissibilidade,

passo ao exame dos pressupostos específicos do recurso de revista.

No tocante aos reflexos do prêmio incentivo, o Regional

assentou que o art. 4° da Lei Estadual 8.975/95 estabeleceu que a

mencionada verba não pode ser utilizada para fins de integração para

nenhum efeito. Registrou, ainda, que o "parágrafo único do referido

artigo esclareceu que também em relação ao 13° salários não há que

se falar em repercussões" (fl. 326).

Desse modo, em que pese o art. 457, § 10, da CLT dispor

que "integram o salário, não só a importância fixa estipulada, como

também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias

para viagens e abonos pagos pelo empregador", não há como se consi-

derar o prêmio incentivo em comento como parcela salarial, diante da

expressa disposição no art. 4° da referida Lei Estadual, posto que a

Administração Pública deve ater-se ao princípio da legalidade ins-

culpido no art. 5°, II, da CF, razão porque a Lei Estadual deve ser

interpretada restritivamente. Nesse sentido temos os seguintes pre-

cedentes: TST-RR-1.119/2003-057-15-00.0, Rel. Min. Alberto Brescia-

ni, 3a Turma, DEJT de 30/04/09; TST-AIRR-3.621/2002-902-02-00.0,

Rel. Min. Caputo Bastos, 7a Turma, DEJT de 06/03/09; TST-RR-

395/2005-071-02-00.0, Rel. Min. Aloysio Corrêa da Veiga, 6a Turma,


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DEJT de 12/12/08; TST-RR-2.458/2004-042-02-00.6, Rel. Min. Albe rto

Bresciani, 3a Turma, DEJT de 05/12/08; TST-RR-980/2004-018-02-00 .0,

Rel. Min. Vieira de Mello Filho, la Turma, DJ de 12/09/08; TST- RR-

1.331/2003-025-02-00.3, Rel. Min. Dora Maria da Costa, 8a Turma, DJ

de 16/05/08; TST-E-A-RR-454/2002-003-02-00.9, Rel. Min. Vieira de

Mello Filho, SBDI-1, DJ de 17/08/07, atraindo o óbice da Súmula 333

do TST.

Quanto ao pleito atinente às licenças-prêmio, observa--se

que os Reclamantes alicerçam a sua irresignação nos arts. 5°, 'ca

put", da CF, 209 do Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de

São Paulo, 205 da Lei Complementar Estadual 180/78, 84 da Lei Esta-

dual 8.666/93 e 129 da Constituição do Estado de São Paulo. Cont do,

verifica-se que o Regional, ao decidir sobre a matéria, limitou-de a

afirmar que os Autores e os funcionários públicos não se encontram

em idêntica situação e que a licença-prêmio perseguida pelos Recla-

mantes, prevista na Lei Estadual 10.261/68, não encontrava amparo na

Constituição Estadual, motivo pelo qual não fariam jus ao referido

benefício. Desse modo, não tendo o acórdão regional emitido tese ex-

plícita sobre os dispositivos indicados, incidente o óbice da Sib;aula

297, I, do TST. Ademais, o princípio da isonomia, albergado generi-

camente pelo art. 5°, "caput", da CF, que anatematiza a discrimina-

ção, tem suas limitações intrínsecas de ordem prática e teórica: ad

mito tratar desigualmente os desiguais, na medida das suas desigual-

dades. Nesses termos, não há possibilidade de sua violação de forma

direta, podendo esta eventualmente ocorrer apenas pela via ref'- exa

ou indireta, não autorizando, portanto, o processamento da revi ta.

Já no que tange às normas estaduais invocadas, o apelo esbarr no

óbice do art. 896, "c", da CLT.

Também pelo prisma do dissenso pretoriano o apelo não

logra trânsito quanto ao tema em análise. Com efeito, o pri eiro

aresto de fl. 406 e o segundo de fl. 407, revelam-se inespeci ecos

(Súmula 296, I, do TST), pois este retrata situação jurídica em que

a lei, de forma expressa, assegura o benefício aos servidores, inde-

pendentemente da forma de provimento de seus cargos, o que não evi-


PROCESSO N° TST-RR-148700-59.2007.5.02.0011

C/J PROC. N° TST-AIRR-148740-41.2007.5.02.0011

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da verba denominada "sexta-parte", sobre os vencimentos integrais

dos Autores.

Pelo exposto, louvando-me nos arts. 557, "caput"

§ 1°-A, do CPC e 896, § 5°, da CLT:

a) nego seguimento ao recurso de revista quanto aos re-

flexos do prêmio incentivo, às licenças-prêmio e à base de cálculo

do adicional por tempo de serviço;

b) dou provimento ao recurso de revista quanto à base de

cálculo da "sexta-parte" para, reformando o acórdão regional, nc

particular, determinar a incidência da verba denominada "sexta -

parte", sobre os vencimentos integrais dos Autores.

Publique-se.

Brasília, 11 de jun oi de 2010.

MDN/jrb/fn

MARIA IDO ICE NOVAES Juíza Con orada Relatora

Despacho relativo à divulgação no DEJT de 21/06/2010 e considerado publicado em 22/06/2010, nos termos do art. 4°, ,§ 3°, da Lei n°,11.419/2006

Júlio César Moreira MarrneLvi Analista Judiciário - SETR7

fl Poder Judiciário Justiça do Trabalho

' Tribunal Superior do Trabalho

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denciada na espécie, e aquele aborda situação em que houve conve

do regime dos servidores, hipótese distinta daquela verificada

autos. Já o paradigma colacionado às fls. 406-407 revela-se inse

vel, à luz do art. 896, "a", da CLT, por ser proveniente de turm

TST.

Já no que tange à base de cálculo da parcela denomi

"sexta-parte", a revista obreira merece ser conhecida, por diver

eia jurisprudencial. o aresto colacionado às fls. 435-443 acolhe

tendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido ao sufragar

tese de que o art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo "asse-

gura ao servidor público estadual a concessão do beneficio intitqla-

do 'sexta-parte' sobre os vencimentos integrais".

A jurisprudência desta Corte Superior se desenvolveu no

sentido de que o artigo 129 da Constituição Estadual de São Paulo

assegura aos servidores estaduais dois benefícios distintos, quais

sejam adicional por tempo de serviço e "sexta-parte", estabelecendo

a base de cálculo sobre os vencimentos integrais quanto à "sexta-

parte". Todavia, no que concerne ao adicional por tempo de serviço

(quinquênio) é aplicável o salário básico como base de cálculo, a

teor da Orientação Jurisprudencial Transitória 60 da SBDI-1 do TST.

Nesse sentido são os seguintes precedentes: TST-AIRR-836/2005-066-

15-40.1, Rel. Min. Lelio Bentes Corrêa, la Turma, DEJT de 07/04/09r

TST-AIRR-898/2006-153-15-40.6, Rel. Min. Vantuil Abdala, 2a Turma,

DEJT de 06/03/09; TST-ED-RR-513/2004-066-15-00.2, Rel. Min. Alberto

Bresciani, 3a Turma, DEJT de 07/04/09; TST-RR-2.117/2005-040 02-

00.9, Rel. Min. Barros Levenhagen, 4a Turma, DJ de 29/08/08; TST ED-

RR-11.663/2002-900-02-00.2, Rel. Min. Kátia Arruda, Sa Turma, EJT

de 20/03/09; TST-RR-672/2005-042-15-00.8, Rel. Min. Aloisio Co rea

da Veiga, 6a Turma, DEJT de 07/04/09; TST-ED-RR-12.230/2002-900T02-

00.4, Rel. Min. Caputo Bastos, 7a Turma, DEJT de 19/12/08; TSTTED-.

AIRR e RR-814767/2001.2, Rel. Min. Maria Cristina Peduzzi, 8a Tu ma,

DEJT de 27/03/09.

No mérito, a pretensão recursal deve ser acolhida, p ra,

reformando o acórdão regional, no aspecto, determinar a incidência

são

nos

vi-

do

ada

ên-

en-

c:o co

o

148

70

05

92

00

75020011

Aírton Camilo tette XunRoz ,

ADVOCACIA Ceenaroo Armila Xunhoz

K"- EXCELENTÍSSIMA MINISTRA RELATORA DRA. MARIA DORA1_,Ir NOVAES DO C. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO.

illt 102107/ 2010 6

Processo TST-RR-148700-59.2007.5.02.0011 Reclamada Fazenda do Estado de São Paulo Assunto Embargos de Declaração

DEJANIRA SILVA E OUTRAS, por seu procurador, que a esta subscréV- t, nos autos do processo em epígrafe, vêm, respeitosamente, à presença de V. E)thi., com fundamento no artigo 241 do Regimento Interno deste C. Tribunal, interpor EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ao r. despacho que negou seguimento ao recurso de revista interposto pelos ora embargantes, apenas com relação a INTEGRAÇÃO DO PRÉMIO INCENTIVO, para cálculo dos 13° salários e do terço sobre as férias, pelos motivos a seguir expostos:

0 DA OFENSA AO DISPOSTO NO ARTIGO 7°, INCISOS VIII e XVI DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

—

Com relação aos reflexos nos 13° salários e no terço sobre as férias — AMBAS PREVISTAS CONSTITUCIONALMENTE, assim constou nas razões de recurso:

"Ocorre que, apesar do Prêmio de Incentivo ser

vantagem que integra de forma definitiva e permanente

os vencimentos dos recorrentes, a recorrida em total

desrespeito a Constituição Federal, não vem

computando o mesmo na base de cálculo do 13° Salário,

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ADVOCACIA Airton Camilo tette Xtmãoz

Ceonarbo Ârruba 3funhoz -5 :Parada Arruela Munhoz

assim como para pagamento do acréscimo de 1/3 sobre as férias, este último assegurado pelo inciso XVII do

artigo 7° da Carta Magna.

Quanto ao 13° salário, este é um direito social, devendo ser pago com base na remuneração integral ou sobre o valor da aposentadoria, assegurado pela Constituição Federal em seu artigo 7°, VIII, abaixo transcrito:

Artigo 7° - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

VIII — décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria."(grifou-se)"

Apesar de constar expressamente nas razões de recurso de revista, ainda assim, o r. despacho de fl. , foi omisso a respeito do assunto.

DA DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL DO E. TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15' REGIÃO — INTEGRAÇÃO DO PRÊMIO INCENTIVO NOS 13° SALÁRIOS E NO TERÇLO SOBRE AS FÉRIAS

Além do desrespeito ao texto CONSTITICIONAL nas revista, os embargantes- demonstraram a DIVERGÊNCIA sobre as quais não houve nenhuma referência a respeito.

A DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL CITADA nas revista foram as seguintes:

razões de recurso de JURISPRUDENCIAL,

razões de recurso de

"No mesmo sentido, ao analisar a integração dos PRÊMIOS DE INCENTIVO, também tem decidido o E. Tribunal da 15' Região, conforme trechos transcritos a seguir, destacados dos acórdãos na integra, cujos acórdãos encontram-se anexos:

o 01

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ADVOCACIA

-747,7:7-tc AárfonComif o Leite Xunhoz

Leonora° Arruaa Munhoz-7 Yairtcía Arruaa Munhoz o

PROC. TRT/15a REGIÃO N° 01171-2006-017-15-00-0 o

RECURSO ORDINÁRIO DA 1° VARA DO TRABALHO DE

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

RECORRENTE: ANTONIO MOREIRA VICENTE

RECORRIDO: FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

PUBLICADO: 09.11.2007 NO DOE

JUIZ RELATOR: LUÍS CARLOS CÂNDIDO MARTINS

SOTERO DA SILVA

'VOTO

Do prêmio incentivo - requisitos - natureza jurídica -

incorporação

O reclamante pretende a reforma da r. sentença para ver

condenada a Fazenda Pública ao pagamento da

incorporação do "prêmio incentivo" ao 13° salário e 1/3

de férias, com o reconhecimento da sua natureza

salarial.

Com efeito, a questão não é nova e encontra sólido

posicionamento jurisprudencial nessa Corte Trabalhista e,

especialmente, nessa Colenda Câmara Revisora, como se

observa do ilustrativo julgamento do Proc. TRT/15a Reg. n°

01119-2003-057-15-00-0 REO-RO, Acórdão n°

032223/2005, publicado em 15/07/2005, votação unânime,

relator Juiz Paulo de Tarso Salomão, remessa oficial e

recurso originário da Vara do Trabalho de Presidente

Venceslau, tendo como partes: Edivaldo Rocha do

Nascimento, reclamante e Superintendência de Controle de

Endemias - SUCEN, reclamada, em que se decidiu, in

verbis:

"02.01. Prêmio de incentivo. FUNDES. Previsão legal. Habitualidade.

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G-)

Airton Camilo Leite Xunnoz

Ceonarao Arruba 2vtun6oz 5 g Patricia Arruact Mtulfin% '77

O reclamante foi admitido pela Reclamada, uma / autarquia estadual, no dia 13.03.1991 (fl. 10), pelo regime da CLT (fls. 10/11), com contrato de trabalho devidamente anotado na CTPS (fl. 10), sendo que o recurso não questiona a validade do ajuste, nem alega a não aprovação prévia em concurso público Na inicial, o Reclamante alegou ter recebido o prêmio de incentivo aos servidores em exercício na Secretaria de Saúde e autarquias a ela vinculadas, desde a sua instituição pelo Decreto n° 41.794, de 19.05.97 (fl. 3). A reclamada, em sua defesa, não negou o pagamento do referido prêmio de Incentivo, mas ressaltou que ele deriva da Lei n° 8975/94 e decorre do cumprimento de alguns requisitos pelo empregado, previamente estipulados, como "integralidade da assistência ministrada, grau de resolutividade da assistência ministrada, universidade do acesso e igualdade do atendimento, racionalidade dos recursos para manutenção e funcionamento dos serviços e crescente melhoria do Sistema Único de Saúde — SUS/SP" (fl. 35), além da assiduidade ao serviço e do seu caráter transitado e experimental (fl. 37), não podendo ser incorporado aos vencimentos ou salários, conforme expressamente previsto no seu artigo 4° (fls. 32/42). A Lei Estadual n° 8.975, de 25 de novembro de 1994, com as alterações introduzidas pela Lei n° 9.185/95, dispõe sobre a concessão do "Prêmio Incentivo" "aos servidores em exercício na Secretaria da Saúde", e prevê o pagamento do beneficio somente "mediante avaliação", dispondo, ainda, que "não incorporará aos vencimentos ou salários para nenhum efeito, e sobre ele não incidirão vantagens de qualquer natureza, bem como os descontos previdenciários e de assistência médica" (art. 4°) e "não será computado no cálculo do décimo terceiro salário" (art 5° - fl 51). Os documentos de fls. 16/18 e 83/165 comprovam que a reclamada efetuava o recolhimento das contribuições previdenciárias e aqueles correspondentes ao FGTS dos seus empregados, levando em consideração o "Prêmio Incentivo", o que demonstra que ela admitia a sua natureza remuneratória, em

ADVOCACIA

Rua Barão de ltapetininga, 297 - 4°Andar - Conjt° 403/406 - Centro - Seio Pauto / SP - Cep: 01042-001 Fone/fax : (11) 3259-2414 - 3258-3246 - 3231-5129 - 3231-2479 - e-nzail: [email protected]

detrimento do disposto no artigo 4° da Lei n° 8.975/94 (fl. 51). Por outro lado, não houve controvérsia sobre o pagamento desse benefício ao reclamante, o que afasta qualquer discussão sobre a necessidade, ou não, do obreiro se submeter prévia "avaliação", para fazer jus ao "Prêmio Incentivo" já recebido, e a questão de sua transitoriedade perde qualquer sentido prático, na medida em que ele vem sendo pago desde 1997. Assim, como o "Prêmio Incentivo" foi pago com habitualidade ao reclamante, ele deve integrar a sua remuneração, refletindo no cálculo das férias e de 13° salários. Ademais, o "Prêmio Incentivo" está previsto expressamente na Lei n° 8.975, de. 25 de novembro de 1994, e, apesar da sua alegada "transitoriedade",. está sendo pago há mais de 10 (dez) anos, com a finalidade de remunerar o servidor pelo trabalho executado, na área da saúde pública, levando em conta a assiduidade, a "racionalidade para a manutenção e funcionamento dos serviços" e "a crescente melhoria do Sistema Único de Saúde —SUS/SP", dentre outras justificativas (fl. 51). Não obstante as divergências doutrinárias respeito das eventuais diferenças entre as verbas pagas a título de "gratificação" e "prêmio", a jurisprudência predominante do Colendo Tribunal Superior do Trabalho já firmou entendimento de que, ajustada de forma expressa ou tácita, e presentes a habitualidade, periodicidade e uniformidade do pagamento respectivo, a natureza salarial é plena, conforme se extrai da seguinte ementa:

"PRÊMIO — BONIFICAÇÃO — NATUREZA JURÍDICA SALARIAL — PRESSUPOSTOS DE SUA EXIGIBILIDADE (PRODUÇÃO E ASSIDUIDADE NO CURSO DO MÊS) — Sem prejuízo da terminologia usada, bonificação, o fato é que a referida verba tem natureza prêmio e como tal identifica-se como salário, de vez que se originou do contrato de trabalho e sempre foi paga como retribuição e incentivo, respectivamente, á produção e assiduidade do reclamante ao serviço no curso do mês. Desde que determinada verba seja ajustada de forma expressa ou tácita, presentes nesta última

ADVOCACIA Airton Camtfo tette Xunhoz

Ceonarôo Arntact Munioz ,Patricia iMuniioz

Rua Boião de Itapetininga, 297 - 4° Andar - Confie 403/406 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fone/fax : (11) 3259-2414 - 3258-3246 - 3231-5129 - 3231-2479 - e-mail: [email protected]

Aírton Camilo Leite Xunfitoz

Ceonareo daruba Xunfirá -ceit

Patricia Arruact Munanz o hipótese a habitualidade, a periodicidade e a

uniformidade de seu pagamento, e objetive o

remunerar o emprego pelo trabalho executado, 0-1

sua natureza salarial manifesta-se plena. Este é o entendimento que prevalece na Colenda Seção Especializada em Dissidios Individuais deste Tribunal, no sentido de que pelo fato de a parcela bonificação ter sido paga como um prémio ao empregado, pela sua produtividade e assiduidade, não altera a natureza jurídica de saláno. (TST — RR 368943 — 3' T. — Rel. Min. Carlos Alberto Reis de Paula — DJU 06.09.2001 — p. 622 — também transcrita nas razões recursais - fls. 1242)".

ADVOCACIA

A mesma questão também já foi decidida pela Egrégia 7' Turma do Colendo Tribunal Regional do Trabalho da 2' Região, por ocasião do julgamento do processo TRT/2' Região n° 20030636293, relatado pela Juíza Anélia Li Chum, dele extraindo-se a seguinte ementa:

"PRÊMIO INCENTIVO — HABITUALIDADE —SUPRESSÃO — INTEGRAÇÃO NAS DEMAIS VERBAS SALARIAIS — Restando provado nos autos que a obreira percebeu por dois anos habitual e mensalmente o "prêmio incentivo", ilegal é sua supressão, devendo o mesmo integrar as verbas salariais para todos os efeitos. Aplicação do § 1° do artigo do art. 457 e ao caput do art 468, ambos da CLT. Recurso da reclamado a que se nega provimento sob esse aspecto. (TRT 2' Região — RO 00284 —(20030636293) — 73 Turma — Relatora Juíza Anelia Lr Chum — DOESP 05.12 2003)".

Por último, não se pode perder de vista, casos semelhantes já decididos por nossos Tribunais, onde se discutia a questão da natureza salarial da gratificação paga pelo Estado, nos casos de convênio com a União, para o desenvolvimento de sistemas integrados de combate e erradicação da "dengue", sobrevindo o entendimento esboçado por meio da Orientação Jurisprudencial n° 43, da SDI-1 Transitória, no seguinte sentido:

"43. SUDS. GRATIFICAÇÃO CONVÊNIO DA UNIÃO COM ESTADO. NATUREZA SALARIAL ENQUANTO PAGA. (conversão da Orientação

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/-/ Airton Camilo Leite 2t(unhoz

Ceonarbo Arruaa 2t(unaoz

,Pcáricia Arruaa Munfioz ---- o

Jurisprudencial N° 168 da SDI-1, DJ -o 20.04.2005). A parcela denominada o

"Complementação SUDS" paga aos servidores em virtude de convênio entre o Estado e a União Federal tem natureza salarial, enquanto paga, pelo que repercute nos demais créditos trabalhistas do empregado. (ex-OJ N° 168 da SDI-1 - inserida em 26.03.99)".

ADVOCACIA

Portanto, correta a r. sentença de origem que condenou a reclamada a pagar ao reclamante "os reflexos dos prêmios nos 13°s. salários e férias com acréscimo de 1/3, tanto em relação aos já pagos (dentro do período não prescrito) quanto aos que ainda vierem a ser pagos (parcelas vincendas)", assim como determinou a observância de que a época própria, para fins de aplicação da correção monetária, deverá ser o mês do efetivo pagamento, quando a parcela passa a ser exigível (fl. 1197)."

O caso sub iudice é idêntico àquele ora reproduzido,

sendo certo que a habitualidade do pagamento do

prêmio de incentivo está suficientemente comprovada

pelos documentos de fls. 13/20, não impugnados pela

Fazenda Pública recorrida, devendo incidir na base de

cálculo do 13° salário e 1/3 de férias.

Dessa feita, dou provimento ao recurso para determinar

que o valor pago à título de prêmio incentivo incida no

cálculo do 13° salário e 1/3 de férias, deferindo as

diferenças postuladas e seus reflexos, respeitado o

período prescricional declarado em primeira instância,

nos estritos termos do pedido, julgando-se a ação

procedente em parte.

POSTO ISSO, nos termos da fundamentação, DECIDO

: conhecer do apelo; DAR-LHE PROVIMENTO para,

julgando parcialmente procedente a reclamação trabalhista,

deferir diferenças vencidas e vincendas da integração

do valor pago à titulo de prêmio incentivo no cálculo do

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G-)

Aírton Camifo tette Nunfioz—liat." ,-- -59 Ceonarbo Arruaa Xunfioz • efi Palrícía Arroba Munginz

13° salário e 1/3 de férias observando-se o período

prescrito declarado em origem..." (grifou-se)

ADVocAcia

ACÓRDÃO N°.

TRT/15'.REGIÃO - CAMPINAS

PROCESSO N.° 01084-2005-10145-00-4 RO

RECURSO ORDINÁRIO DA 2'VT DE MARILIA

RECORRENTES: APARECIDA DE LOURDES CANALLI GONÇALVES, JANDIRA GUIMARÃES SANTOS ANDRADE, MARLI APARECIDA MANTOVANELLI

NEVES, ROSANE DE SOUZA GONÇALVES, ROSANE MARCELINO ZULIANI

RECORRIDO: FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PUBLICADO EM: 10.11.2006, no DOE

JUIZA RELATORA: LUCIANE STOREL DA SILVA

Conheço o recurso voluntário, porque preenchidos os requisitos legais.

Pretendem os Reclamantes a integração do prêmio de

incentivo, previsto na Lei Estadual n° 8975/94, pago habitualmente, aos seus vencimentos e conseqüentes reflexos.

Prêmios são parcelas contraprestativas pagas ao empregado em

razão de algum fato considerado pelo empregador relevante ou

conveniente, vinculado a fatores de ordem pessoal do obreiro ou grupo destes, como produtividade e eficiência.

Desta forma, na qualidade de contraprestação, o prêmio tem

natureza jurídica de salário-condição ou seja, se não preenchidas as condições que ensejam o pagamento do

prêmio, a parcela pode deixar de ser paga, porém, no período

em que for habitualmente paga, integra o salário, produzindo,

por conseguinte, reflexos, conforme entendimento preconizado pela Súmula 209, STF.

Com a devida veria ao posicionamento esposado pelo MIN/Juizo de origem e na esteira do parecer da D Procuradoria, não obstante a Lei

Estadual n° 8.975/94, que instituiu o prêmio de incentivo, tenha

determinado sua não incorporação aos vencimentos e salários dos

trabalhadores, a restrição aos reflexos não produz efeito algum, á

vista de expressa disposição constitucional acerca da competência

ivativa da União para legislar sobre Direito do Trabalho (art. 22, inciso I).

Da análise dos demonstrativos de pagamentos encartados às fls. 21/94, verifico a habitualidade no pagamento do prêmio de

Rua Barão de Itapetiningu 297 - 4°Andar - Conjt° 403/406 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fone/fax : (11) 3259-2414 - 3258-3246 - 3231-5129 - 3231-2479 - [email protected]

Tha

Airton Camilo Ui Xunnoz ç/. fgonarho Arruas; 2iCunhoz Patricia Armila iltunfinz

incentivo, conseqüentemente, são devidos os reflexos no 13° salário e terço constitucional, conforme o art. 457, CLT, nos limites objetivos do pedido(art. 460, CPC).

As verbas devidas serão apuradas em regular liquidação de Sentença, observando-se a evolução mensal de salários, os valores pagos sob o mesmo título, juros a partir do ajuizamento, correção monetária nos moldes da Súmula 381, C.TST, recolhimentos previdenciários e fiscais, na forma da lei, ressaltando a natureza salarial das verbas da condenação, observado o Prov. CGJT 01/96.

ADVOCACIA

Isto posto, decido conhecer o recurso voluntário interposto para dar-lhe provimento, julgando procedente em parte a reclamação trabalhista, para condenar a Reclamada ao pagamento de reflexos do prêmio de incentivo no 13° salário e terço constitucional juros, correção monetária, recolhimentos previdenciários e fiscais, na forma da lei e da fundamentação, parte integrante deste dispositivo, inclusive para fins de liquidação, mantendo-se, no mais, a R. Sentença de origem. Custas em reversão pela Reclamada, calculadas sobre o valor da condenação ora arbitrado em R$ 9.000,00, inclusive para os fins da IN 03/93, do C.TST, item II, "c", no importe de R$ 180,00, das quais fica isenta, na forma do art. 790-A,CLT.

ACÓRDÃO

PROCESSO TRT 15' R,EGIÁO N° 00926-2005-103-15-00-3 RO

RECURSO ORDINÁRIO

RECORRENTE : FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÁO PAULO RECORRIDOS : 1° APARECIDA IZABEL POLTRONIERI ZAMPAR 2° HELOÍSA FELICIANO GOMES 3° LILIANE MARIA RODRIGUES BARION 4° MARIA APPARECIDA MARTINS FERREIRA 5° MARIA LUIZA DOS SANTOS DOSSI 6° MARLENE PINEIS DE ARAÚJO 7° TEREZA LUCIA STAVARE LEAL 8° VERA LUCIA AVANSO FRANZO

ORIGEM - 3' VARA DO TRABALHO DE ARAÇATUBA PUBLICADO EM 17.08.2007 no DOE

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ADVOCACIA

Airton Camilo Leite 21tunnoz Ceonaroo ekrruaa Nunhoz 'Paitleía Amiba ifunaoz

JUIZA RELATORA: ANA MARIA DE VASCONCELLOS

-o o 01

"VOTO

Conheço do recurso interposto, já que presentes os requisitos de admissibilidade.

Razão não assiste à recorrente.

Resulta dos autos o inconformismo da reclamada no que toca à natureza jurídica do prêmio de incentivo pago às reclamantes, instituído pela Lei Estadual n.° 8.975/1994 e, conseqüentemente, sua integração ou não aos salários.

Verifica-se que a lei que dá ensejo ao pedido, de n.° 8.975, de 25/11/1994, instituiu a concessão de Prêmio de Incentivo aos servidores em exercício na Secretaria da Saúde (fls. 102/109) e, muito embora contenha expressa disposição quanto ao caráter precário da verba, (art. 1°, caput), além da previsão de não incorporação dos salários (art.4°) é certo que foi pago por anos a fio (vide os documentos de fls. 20 e seguintes). Tal atitude patronal deixa clara a inexistência de "transitoriedade" no pagamento da referida verba, atingindo caráter remuneratório, passível de integração aos salários e consectários contratuais.

É de se pontuar, por fim, que a Administração Pública, ao contratar funcionários pelo regime celetista, equipara-se ao empregador comum. Logo, fica adstrita ao disposto na Consolidação das Leis do Trabalho (Decreto-lei n° 5.452/43) e legislação pertinente, in casu, mais precisamente, os termos do art. 457, 41° do mencionado diploma legal.

Mantenho a decisão de origem.

Diante do exposto, decido conhecer do iecurso e, no mérito, negar-lhe provimento, para manter integralmente a decisão original, tudo nos termos da fundamentação.

Custas na forma da lei." (grifou-se)

Também a respeito do assunto, assim já decidiram os E. Tribunais Regionais da 12' e 15' Regiões:

EMENTA "PRÊMIOS E GRATIFICAÇÕES — NATUREZA SALARIAL — REFLEXOS. OS PRÊMIOS E

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Airton Camilo Leite Nunaoz • Ceonarao dkrruôa Nunnoz Paérícía AtillaCt Minket

GRATIFICAÇÕES DE PRODUTIVIDADE GOZAM DE NATUREZA SALARIAL E, PELA HABITUALIDADE, INTEGRAM A BASE DE CÁLCULO DAS DEMAIS VERBAS TRABALHISTAS." (grifou-se)

ADVOCACIA

o o, o

TRT 15' Região, Decisão 050992/2001-SPAJ —Processo 01652-1999-070-15-00-4, Publicado em 03/12/01, In Jurisprudência via Internet.

EMENTA "PRÊMIOS — NATUREZA SALARIAL. Prêmios recebidos pelo trabalhador como contraprestação por serviços prestados gozam de natureza salarial, justificando seus reflexos nas demais parcelas trabalhistas, devidas ao empregado." (grifou-se)

TRT 15' Região, Decisão 020861/2001-SPAJ —Processo 00086-1996-023-15-00-3, Publicado em 04/06/01, In Jurisprudência via Internet.

EMENTA "PRÊMIOS. NATUREZA SALARIAL. INTEGRAÇÃO. HABITUALIDADE. Os prêmios pagos pelo empregador embora gozem de natureza salarial, somente justificam sua incidência nas demais verbas trabalhistas quando percebidos com habitualidade." (grifou-se)

TRT 15' Região, Decisão 005323/2004-PATR —Processo 0006 2-2003-062-15-00-7, Publicado em 05/03/04, In Jurisprudência via Internet.

"PRÊMIO-INCENTIVO". NATUREZA SALARIAL. INCORCORAÇÀO. Até prova em contrário, as verbas consignadas em recibos salariais têm natureza salarial, sobremaneira quando pagas com habitualidade. Logo, se a defesa alega que o "prêmio-incentivo" decorria da participação nos

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Airton Camilo Ceife XunRoz ( ltiu>.- Ceonarao Arruda %unRoz

Patrícia Armila Munhoz o resultados da empresa, cumpria-lhe comprovar o

alegado, sob pena de ser reconhecida a natureza salarial o a, da verba em apreço e, por conseguinte, determinada 'a sua incorporação à remuneração do obreiro." (grifou-se)

ADVOCACIA

TRT 12' Região, Acórdão-2aT-N° 00442/2002 — TRT/SC/RO-V 5765/2001, Publicado em 05/03/04, In Jurisprudência via Internet.

Assim, as jurisprudências que atendem ao disposto no alínea "A" do artigo 896 da CLT, devem obrigatoriamente serem oriundas de outro tribunal regional, o que ocorreu com as jurisprudências citadas nas razões de recurso que são do E. Tribunal Regional da 15' Região.

Ante o disposto, perfeitamente justificável a divergência jurisprudencial apontada nas razões de recurso, eis que oriunda de tribunal de outro regional.

Como a divergência jurisprudencial apontada nas Razões de Recurso de Revista atende expressamente ao disposto na alínea "A" do artigo 896 da CLT, demonstrado está o equivoco da fundamentação do r. despacho que negou seguimento ao recurso.

Diante de todo o exposto, demonstrada a omissão no r. despacho quanto A OFENSA AO DISPOSTO NO ARTIGO 7°, INCISOS VIII e XVI DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, e quanto a DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL apontada, motivos pelos quais requerem a V.Exa. digne-se de esclarecer o r. despacho, para reconsidera-lo e reformá-lo para RECEBER o Recurso de Revista interposto, em razão da OFENSA AOS REFERIDOS DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS e A DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL demonstrada nos termos da alínea "A" do artigo 896 da CLT.

Pelo exposto, requerem a V.Exa. digne-se de conhecer e dar provimento aos presentes embargos, para receber e determinar o julgamento do Recurso de Revista interposto, ante a ofensa aos citados artigos constitucionais e a divergência jurisprudencial demonstrada nos termos legais.

Rua Barão de Itapetininga, 297 - 4° Andar - Conjt° 403/406 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fone/fax : (11) 3259-2414 - 3258-3246 - 3231-5129 - 3231-2479 - [email protected]

11 Aírton Camilo Leite Xunnoz 6

Leonarbo Arruda Xunfi Pai/vicia ~In Munhoz o

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PEDIDO ALTERNATIVO - AGRAVO

Não sendo este o entendimento de V.Exa. e para não perder a oportunidade

processual, requerem Seja o presente recebido como AGRAVO, pelas razões acima expostas, com fulcro no artigo 239, incisos I e II c/c artigo 241, § único, ambos do REGIMENTO INTERNO DO C. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO.

Diante de todo o exposto, demonstrado está o equívoco do r. despacho que denegou seguimento ao recurso de revista dos recorrentes, sobre o tema em questão.

Desta forma, demonstrado está que a decisão, ora agravada, contraria o disposto na alínea "A" do artigo 896 da CLT, devendo ser acolhido o presente AGRAVO para reformar o r. despacho denegatório de fl. e determinar o processamento do Recurso de Revista interposto, apenas com relação a integração do Prêmio Incentivo, como medida de Justiça.

Nestes termos e.deferimento

São Paulo, 24 de junho de 2010.

Airton Camilo Leite Munhoz OABSP - 65.444

' Rua Barão de Itapetininga, 297 - 4° Andar - Confie 403/406 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fonedax : (11) 3259-2414 - 3258-3246 - 3231-5129 - 3231-2479 - e-nzail: [email protected]

Este documento foi assinado digitalmente através do Sistema EDOC da

Justiça do Trabalho, com as seguintes informações:

Nome: AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ

CPF: 59192488820

Número de protocolo: 1849581

Número do processo 1487005920075020011

Esta tarja não vale como recibo.

Tribunal Superior do Trabalho SIJ - Sistema de Informações Judiciárias Módulo de Recebimento de Petições Eletrônicas

Comprovante Interno de Recebimento de Petição Eletrônica

Data de recebimento da Petição: 24/06/2010 13:44 Número de Protocolo: 1849581 Processo: 1487005920075020011

Tipo: Embargos DeclaratOrios Assinada digitalmente por: AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ (CPF 59192488820J

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO e R . MINISTRA MARIA DORALICE NOVAES

LATORA DO AIRR N° 148.700-59.2007.5.02.0011 ■

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o as TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

111 1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 106736/ 2010- 4

O ESTADO DE SÃO PAULO, representado pela

Procuradora do Estado que esta subscreve, nos tenuos do disposto no artigo

99 da Constituição do Estado de São Paulo, dispensada de apresentar

instrumento de mandato nos termos dos artigos 132 da Constituição Federal

e 12 do Código de Processo Civil, nos autos em epígrafe, vem à presença de

Vossa Excelência para, tomando conhecimento da respeitável decisão de

fls., apresentar-lhe, data maxima vertia, AGRAVO, com base no artigo 557

§1°, do CPC e no disposto no Regimento Interno desta Corte, combinado

com o art. 1°, III, do Decreto Lei 779/69 e demais disposições aplicáveis à

espécie, pelas razões que seguem.

nwprouss ;AcnaEl

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO ei -41321" 91

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a9 rn

Ressalte-se ainda a tempestividade do recurso em

do recesso forense (Art. 11 do RITST, c/c art. 66, § 1°, LOMAN).

Em decisão monocrática, restou decidido dar parcial

provimento ao recurso de revista no tocante a base de cálculo da sexta-

parte.

Porém ao assim decidir acabou por incorrer em

violação ao artigo 37, XIV da Constituição Federal.

Ora, não há como reconhecer os vencimentos integrais

como base de cálculo da sexta parte sem com que incorra em violação ao

artigo 37, XIV da CF, que veda a incidência cumulativa de adicionais.

Verifica-se também que se faz necessária a

interposição dos presentes embargos apenas com a finalidade de

prequestionamento para poder assim acessar a via extraordinária.

A especificação da base de cálculo da sexta parte é de

especial importância, considerando-se que apesar da Constituição Estadual

fazer referência em seu artigo 129, a "vencimentos integrais", menciona

também uma ressalva da previsão do artigo 115, XVI, que reza:

"os acréscimos pecuniários percebidos por

servidor públicos não serão computados nem

acumulados para fins de concessão de acréscimos

ulteriores sob o mesmo titulo ou idêntico

fundamento".

2

GroctIG,2nwa2 GrsctimU

Esta regra também consta expressamente do artigo 37,

XIV da Constituição Federal:

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO ,

\

•

"os acréscimos pecuniários percebidos por

servidor público não serão computados nem

acumulados para fins de concessão de acréscimos

ulteriores".

Além disso, é crucial o exame do feito, à luz dos

mencionados preceitos constitucionais para que o ora embargaste satisfaça

o requisito do prequestionamento viabilizador da instância extraordinária.

Por fim, considerando-se o teor das súmulas 278 e 353

do TST, bem como o artigo 243 do Regimento Interno deste TST, possível

e viável atribuição de efeitos infringentes aos presentes embargos, sanando-

se as omissões apontadas.

O Supremo Tribunal Federal já reconheceu tratar-se a

questão da interpretação do artigo 37, XIV da Constituição Federal de

matéria de repercussão geral nos autos do RE 563.708, especialmente

porque na atual redação do dispositivo, restou vedada a incidência

cumulativa geral de adicionais, não havendo mais a ressalva quanto .1 terem

a mesma natureza.

Diante de tal quadro, espera o recorrente pelo

provimento do presente, para se negar provimento ao recurso de revista da

reclamante, mantendo a decisão regional. Roga também pelo exame do

3

Capta= ITPCUmG

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO

4tk

e C- °nados, para que se viabilize o acesso à instância extraordinária.

feito sob o enfoque dos dispositivos constitucionais já

Termos em que

pede deferimento.

Brasília, 02 de julho de 2010.

Telma Berardo

Procuradora do Estado de São Paulo

OAB 179.718/SP

4

unbaventa


fl.

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o

PROCESSO N° TST-Ag-ED-RR-148700-59.2007.5.02.0011

Ante a interposição do Agravo, e

oposição dos Embargos de Declaração, faço

os autos conclusos à Ex." Juíza Convocada

Relatora.

Brasília, 16 de julho de 2010.

JÚLIO CÉSAR MOREIRA MARINO

Supervisor da Seção de Publicação de Despachos

Secretaria da 7a Turma

Visto. À Pauta.

Em

Juíza Convocada Relatora

K WESPACJICKCONCLO505- Agrave .1CMON.dar

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PROCESSO N° TST-RR-148700-59.2007.5.02.0011 - FASE ATUAL: Ag-ED C/J PROC. N° TST-AIRR-143740-41.2007.5.02.0011 - FASE ATUAL: ED

Agravante e Embargado FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO Procurador Dr. Paulo Gonçalves Silva Filho Agravado DEJANIRA DA SILVA E OUTROS Advogado Dr. Airton Camilo Leite Munhoz

DESPACHO

À Secretaria da la Turma desta Corte para providenciar

a reautuação do presente feito como Agravo em Recurso de Revista

(Ag-RR), em vez de Agravo em Embargos de Declaração em Recurso de

Revista (Ag-ET-RR), em face do disposto no item 11 da Sumula 421

do TST, considerando que os Reclamantes pleiteiam o efeito

modificativo do julgado.

Deverão constar como Agravantes FAZENDA PÚBLICA DO

ESTADO DE SÃO PAULO e =PIRA. DA SILVA E OUTROS e como Agravados OS

MESMOS.

Após, volta-me as autos conclusos.

Pobligue-se.

Brasília, 10 da agosto 9010.

tlKiA D bOVXES Juíza Cr nvo daaa Relato ra

MTN/jrb/fn

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PROCESSO TST N.° Ag-RR-148700-59.2007.5.02.0011

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao despacho de fl. 485, procedi à reautuação dos presentes autos.

SETR7, 16 de agosto de 2010.

Júlio César Moreira Marino Supervisor da Seção de Despachos

CONCLUSÃO

Cumprido o despacho de fl. 485, faço conclusos os presentes autos a Ex.' Juíza Convocada Relatora.

SETR7, 18 de agosto de 2010.

Vanessa Urres Soares Chagas Secretária da Sétima Turma

Visto. À Pauta.

Brasília, A 1,-de x de 20

/ 1 Juiza Convocada Relatora


PROCESSO N.° TST- Ag-RR-148700-59.2007.5.02.0011

TERMO DE ENCERRAMENTO

Certifico que em cumprimento ao

determinado na Consolidação dos Provimentos da

Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho, Título XI,

artigo 24, encerrei o 2° volume destes autos à fl. 486 e

abri o 3° volume à fl. 487.

SETR7, 05 de novembro de 2010.

CECY GONÇALVES DE MATOS SOUZA Supervisora da Seção de Recursos - SETR7

K \RECURSOS \Certidão \ 4-RE \ CERT07-Termo de encerramento de Volume doe

Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho Coordenadoria de Recursos

PROC. n.° TST_ I ) - ' fk l-n )

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2. ) -)-7 )

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - TST Coordenadoria de Recursos - CREC

CERTIDÃO

Certifico que, até o dia 15/02/2011, não houve apresentação de

CONTRARRAZÕES ao recurso extraordinário.

CREC, 21 de fevereiro de 2011.

ROSEM 'it—DE-L1MA PEIXOTO Supervisora da Seção de Tramitação de Processos - CREC

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - TST Coordenadoria de Recursos - CREC

CONCLUSÃO

Cumpridos os procedimentos cabíveis no âmbito da Coordenadoria de

Recursos, faço os presentes autos conclusos ao Ex me Ministro Vice-Presidente desta

Corte.

CREC, 21 de fevereiro de 2011.

ALBERTO FEdiDO DA OLHA CARNEIRO Coordenador de Re rsos - CREC

K ,STPR,nKKIKNáo nou.e apeseniação de cena ,rip=e Cenduz.la ae GVP iose ed


PROCESSO N° TST-RR-148700-59.2007.5.02.0011 - FASE ATUAL: Ag C/J PROC. N° TST-AIRR-148740-41.2007.5.02.0011 - FASE ATUAL: ED

Recorrente Procurador Procuradora Recorridos Advogado JOD/crp

FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO Dr. Paulo Gonçalves Silva Filho Dra. Telma Berardo

: DEJANIRA DA SILVA E OUTROS : Dr. Airton Camilo Leite Munhoz

DESPACHO

Cuida-se de Recurso Extraordinário interposto pela

Reclamada em que se discute o seguinte tema: "parcela denominada sexta

parte - base de cálculo".

Sucede, no entanto, que o Excelso Supremo Tribunal

Federal, em hipótese idêntica à dos presentes autos, reconheceu a

existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada no

Recurso Extraordinário n° 563.708 RG/MS (Rel. Min. Cármen Lúcia, DJ-e

de 22/08/2008), ainda pendente de julgamento do mérito.

Impende esclarecer, a propósito, que a solução

emprestada pelo STF para os temas "adicional por tempo de serviço - base

de cálculo", "sexta parte - base de cálculo" e "sexta parte - extensão

aos empregados de empresa pública ou sociedade de economia mista" é

idêntica, por versarem sobre matéria referente à interpretação do art.

37, inciso XIV, da Constituição da República, após a alteração feita pela

Emenda Constitucional 19/1998.

Corroborando tal assertiva, registro que os processos

remetidos ao Supremo Tribunal Federal, em que se debatem os aludidos

temas, têm sido devolvidos ao TST para os fins do disposto no art. 543-B

do Código de Processo Civil, com base no precedente de repercussão geral

constante do Recurso Extraordinário n° 563.708 RG/MS.

A titulo de exemplo, menciono os seguintes processos

devolvidos pelo STF: AIRE-51841-63.2010.5.00.0000 (Rel. Min. Ricardo

Lewandowski); AIRE-30241-83.2010.5.00.0000 (Rel. Min. Gilmar Mendes);

AIRE-47322-45.2010.5.00.0000 (Rel. Min. Gilmar Mendes);

Firmado por assinatura digital em 23/02/2011 pelo sistema AssineJos da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

fls .2 Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho

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AIRE-21650-35.2010.5.00.0000 (Rel. Min. Ricardo Lewandowski);

AIRE-41362-11.2010.5.00.0000 (Rel. Min. Ricardo Lewsandowski);

AIRE-31574-70.2010.5.00.0000 (Rel. Min. Ricardo Lewandowski); e AIRE

42191-89.2010.5.00.0000 (Rel. Min. Gilmar Mendes).

Ante o exposto, com fundamento no art. 543-B, § 1°,

do CPC, determino o sobrestamento do presente Recurso Extraordinário,

até que sobrevenha decisão final do Supremo Tribunal Federal sobre a

matéria.

Publique-se.

Brasília, 23 de fevereiro de 2011.

Firmado por assinatura digital (NP 2.200-2/2001)

JOÃO ORESTE DALAZEN Ministro Vice-presidente do TST

TST-Ag-RR-1418700-59.2007.5.02.0011 CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO

CERTIFICO que o mteno teor do despacho retro/supra 103

divulgado no DE.1T do dia 15/03/2011, cuia pub3wação oeoi reu no

dia 16/03/201 3, nos termos da Lei-11.439/2006.

CREC, 16 de março de 2011

c.)-)

Ruo XANBEWDOS REIS Cupeened~~~1~

Firmado por assinatura digital em 23/02/2011 pelo sistema Assinejus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO COORDENADORIA DE CLASSIFICAÇÃO, AUTUAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE PROCESSOS

PROCESSO-N°-TST-Ag-RR - 148700-59.2007.5.02.0011

CERTIDÃO

Certifico que os presentes autos foram digitalizados neste Tribunal, motivo pelo qual

faço remessa ao Tribunal Regional de origem, nos termos do artigo 17 do Ato SEJUD.GP if 342/2010.

Brasília, 02/08/2012

Firmado por Assinatura Eletrônica

Ronaldo Eustáquio de Andrade Coordenador da Coordenadoria de Classificação, Autuação e Distribuição de Processos

Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho - TST Coordenadoria de Recursos - CREC E_TST_

6C: CREC

Processo n." TST-RE-Ag-RR-148700-59.2007.5.02.0011

CONCLUSÃO

Ante a decisão proferida nos autos do processo n° TST-RE-ED-

AIRR-148740-41.2007.5.02.0011, que corre junto a estes autos, faço os autos

conclusos à Ex.' Ministra Vice-Presidente desta Corte.

CREC, 30 de maio de 2012. Assinado ee lema digdal pai ALBERTO

ALBERTO FERNANDO FDENR eNntr„%.„ROECEE-1 AN AC''„R0N DA°„"c3H2A

DA ROCHA CARNEIRO 6532 soBR oolCo Brasal ousAUTORIDADE CERTIFICAOORA DA

CARNEIRO 6532 JUSDCA AC JUS Mahvo Sou autos despe documenta Dados 2017 05. 30 17 05 AS 0300

ALBERTO FERNANDO DA ROCHA CARNEIRO Coordenador de Recursos

COORDENADORIA DE RECURSOS — CRCC

Setor de Administraçáo Federal Sul -SNFS, Quadra 8, Lote 1, Bloco "A", Mennolo

las 27-8

Brasil Ia-DF- 20070-600 Telefones (61) 3043 9362, 3043 4392 e 3043 9885

G COORDFNADOR ) CONCLUSÃO Conclusão ao G)11' virtual doe

Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho 8

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Recorrente : FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO Procurador : Dr. Paulo Gonçalves Silva Filho Procuradora : Dra. Telma Berardo Recorridos : DEJANIRA DA SILVA E OUTROS

Advogado : Dr. Airton Camilo Leite Munhoz

MCP/jmd

DESPACHO

Foi determinado o sobrestamento do Recurso Extraordinário, co

fundamento no art. 543-B, § 1', do CPC, consignando-se que o E. STF, no

autos do RE n° 563.708, reconhecera a repercussão geral das questae

atinentes à base de cálculo do adicional por teimo de serviço de servidor

público, discutidas à luz do art. 37, XIV, da Constituição da República.

O Recurso Extraordinário discute especificamente o tema "sext6.

parte - art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo - base de cálculo".

O E. Supremo Tribunal Federal, nos autos do AI n° 839.496/SP

(Rel. Min. Cezar Peluso, DJe de 1/9/2011), decidiu que não há repercussão

geral na questão relativa à base de cálculo da parcela intitulada "sexti

parte", tendo em vista que "o deslinde da controvérsia é resolvido com

fundamento exclusivamente no art. 129 da Constituição estadual, de forma

que eventual violação da Constituição Federal seria indireta". Eis a

ementa do precedente:

RECURSO. Agravo de. instrumento convertido e Extraordinário. Inadmissibilidade deste. Adicional de "sexta parte". Integralidade dos vencimentos. Incidência. Servidor público estadual celetista. Tema infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresent a repercussão geral recurso extraordinário que, tendo p• r objeto a incidência do adicional de "sexta parte" sobre a integralidade dos vencimentos de servidor público estadua 1 celetista, versa sobre tema infraconstitucional.

O precedente é mais específico em relação ao mencionada

anteriormente, que vinha sendo aplicado pelo E. STF a hipóteses análoga-

à dos autos.

Por estarem superados os motivos que determinaram

sobrestamento do feito, em razão do novo precedente, torno sem efeit

Firmado por assinatura digital em 12/06/2012 pelo sistema AssaneJus da Justiça do Trabalho, nos termo a Lel n° 11 419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Publicas Brasileira.

•


§

fls.2 2'71

PROCESSO N° TST-RR-148700-59.2007.5.02.0011 - FASE ATUAL: Ag

C/J PROC. N° TST-AIRR-148740-41.2007.5.02.0011 - FASE ATUAL: ED

o despacho anterior e passo ao exame de admissibilidade do Recurso

Extraordinário.

Como visto, o E. STF decidiu que a matéria discutida no Recurso

Extraordinário não tem repercussão geral.

Nos termos dos arts. 593-A, § 5°, do CPC e 326 do RISTE, a

decisão do Supremo Tribunal Federal que nega a existência de repercussão

geral é irrecorrivel e estende-se a todos os recursos que tratam de

questão idêntica. Confira-se:

Art. 513-A.[...] [...] § 5° Negada a existência da repercussão geral, a

decisão valerá para todos os recursos sobre matéria idêntica, que serão indeferidos liminarmente, salvo revisão da tese, tudo nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. (destaques acrescentados)

Art. 326 - Toda decisão de inexistência de repercussão geral é irrecorrivel e, valendo para todos os recursos sobre questão idêntica, deve ser comunicada, pelo(a) Relator(a), à Presidência do Tribunal, para fins do artigo subsequente e do art. 329. (destaques acrescentados)

Ante o exposto, com fundamento no art. 513-A, § 5°, do CPC,

acrescentado pela Lei n° 11.918/2006, c/c o art. 326 do RISTE, nego

seguimento ao Recurso Extraordinário.

Publique-se.

Brasília, 12 de junho de 2012.

Firmado por assinatura digital (Lel n° 11 419/2006)

MARIA CRISTINA IRIGOYEN PEDUZZI Ministra Vice-Presidente do TST

Firmado por assinatura digital em 12/06/2012 pelo sistema Assine-Jus da Justiça do Trabalho, nos termos da Lel n° 11.419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Supenor do Trabalho

PROCESSO N° TST-Ag-RR-148700-59.2007.5.02.0011

CERTIDÃO

Certifico que o inteiro teor do despacho foi divulgado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho em 19 de junho de 2012, sendo considerado publicado em 20 de junho de 2012, nos termos do art. 4°, § 3°, da Lei n° 11.919/06.

Brasília, 20 de junho de 2012.


EDUARDO XAVIER DOS REIS Coordenadorra de Recursos

Firmado por assinatura eletrônica em 19/06/2012 por EDUARDO XAVIER DOS REIS, Supervisor De Seção, pelo Sistema de Informações Judiciárias, nos termos da Lei ri° 11 419/2006

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PROCESSO N° TST-Ag-RR - 148700-59.2007.5.02.0011

CERTIDÃO

Certifico que até o dia 09/08/2012 não houve interposição de recurso contra a

decisão proferida nestes autos.

'Brasília, 21 de agosto de 2012.


ROSEMARY DE LIMA PEIXOTO

TÉCNICO JUDICIÁRIO

Firmado por assinatura eleti 'quica em 21/08/2012 peio(a) TÉCNICO JUDICIÁRIO, ROSEMARY DE LIMA PEIXOTO por meio do Sistema de Informações Judiciárias, nos termos da Lei n° 11.419/2006

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- PROCESSO N° TST-Ag-RR - 148700-59.2007.5.02.0011

TERMO DE REMESSA AO TRT

Nesta data, faço a remessa dos presentes autos ao Tribunal Regional do Trabalho de origem, para as providências cabíveis.

Brasília, 21 de agosto de 2012.

Fino edo por A se inatura El etrônica

Alberto Fernando da Rocha Carneiro

Coordenador de Recursos

Firmado por assinatura eletrônica em 21/08/2012 pelo(a) TÉCNICO JUDICIÁRIO, ROSEMARY DE LIMA PEIXOTO

por meio do Sistema de Informações Judiciárias, nos termos da Lei n° 11.419/2006.

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Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tnbunal Superior do Trabalho

PROCESSO N° EST-Ag-RR - 148700-59.2007.5.02.0011

CERTIDÃO DE ORIGEM DE DOCUMENTO ELETRÔNICO

Certifico, nos termos do § 2° do art. 3° do Ato.Conjunto 11° 10/2010 - TST.CSJT, que o presente arquivo foi gerado por esta Corte para lemessa eletrônica ao Tribunal Regional do Trabalho de origem.

Brasília, 21 de agosto de 2012.


Alberto Fernando da Rocha Carneiro

Coordenador de Recursos

Firmado por assinatura eletrônica em 21/08/2012 pelo(a) TÉCNICO JUDICIÁRIO, ROSEMARY DE LIMA PEIXOTO,

por meio do Sistema de Informações Judiciárias, nos termos da Lei n° 11.419/2006.

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Nesta data, faço remessa dos presentes autos ao MM Juízo de origem.

São PauloS1\-• de outubro de 2012.

SECRETARIA DE APOIO JUDICIÁRIO DIGITALIZAÇÃO

REMESSA

11 Vara do Trabalho de São Paulo - Capital

Processo n° 1487/2007

coo

01

CONCLUSÃO

Nesta data, faço os autos conclusos à MM Juíza Titular, Dra Mara Regina Bertini, diante do retomo dos autos do E. T.R.T., com a sentença parcialmente modificada, conforme certidão de folhas, 464 - verso.

SP, 27/11/2012.

Katia Carvalho Xavier Diretora de Secretaria

Vistos, etc. Intime-se o reclamante para que, no prazo de quinze dias,

apresente seus cálculos de liquidação, nos termos do V.Acórdão. No silêncio, aguarde-se provocação no Arquivo Geral. SP, 27/11/2012.

Mara Regina Bertini Juíza Titular de Vara do Trabalho

(Pág 1/1)

lla Vara do Trabalho de São Paulo - Capital

PROCESSO No' 01487005920075020011 AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO) (01487200701102005)

Autor(es) : Dejanira da Silva (+ 2)

Réu(s) : Fazenda do Estado de Sao Paulo

Despacho : Intimação Apresentar Cálculos

Opção : Para o(s) Autor(es)

: Intimação: Apresentar cálculos de liquidação em 15 dias.

65444 /SP-D AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ

Publicado no D.O.E. em 30/11/2012

Solicitado por Katia Carvalho Xavier em 28/11/2012 às 14:28 hs.

Solicitação n° 5436 Edição n° 2482

Texto

Advogado(s):

V0CACLA Airton Camilo f.te,?e Xunnoz

Jose Momo 7416etro Soares teonarê Arrak ›Cunhoz

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA lia VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO - SP.

Processo n° 1487/2007 J. Manifeste-se a reclamada, no prazo de 10 dias.

'SP, 23/02/2013 D1 a. Mara Redna Bertini

Juíza Titulai- de Vara do Trabalho

Processo 0148700-59.2007.5.02.00:1 Código 1212 Assunto Manifestar sobre despacho

DEJANIRA DA SILVA + 2, reclamantes já qualificadas nos autos do processo-em epígrafe, que movem em face de FAZENDA DO ESTADO DE SY O PAULO, vêm por seu procurador que a esta subscreve, à presença de V. Excelência, em atendimento ao r. despacho de fls., para informar e requerer o seguinte:

Inicialmente cumpre informar que a reclamada ainda não cumpriu sua obrigação de fazer, consistente no apostilamento nos apontamentos da reclamante e - INCLUSÃO em folha de pagamento da verba deferida, conforme determinado na r. se itença e já transitada em julgado, cujo prazo foi fixado em 10 dias;

Assim requer desde logo a V. Excelência digne-se de determinar a intimação da reclamada para que cumpra a "Obrigação de Fazer integralmente, com o apostilamento do decido nos apontamentos das reclamantes, bem como INCLUSÃO da verba deferida na FOLHA DE PAGAMENTO, determinando ainda, afixação de multa pelo nãci- cumprimento de referido pra/ i, nos termos do artigo Si. do CPC;

Portanto, a reclamada deve ser intimada para cumprir a Obrigação de Fazer, nos do artigo 632 do CPC, para, soinente depois de tal cumprimento, as reclamantes apresentarem seus cálculos de liquidação;

Face ao exposto, é a presente para requerer desde logo a V. Excelência digne-se de determinar à reclamada que apostile o decidido nos apontamentos das reclamantes, bem como INCLUSÃO

Rua Barão de Itapetininga, 297 - 4° Andar --Centro - São Paulo I - Cep: 01042-001 Fones - Fax: (011) 32.31-24.79 - 32.31-51.29 -32.31-28.11 - e-nuw: [email protected]

SISDOC - Provimento GP/CR n° 14/2006 Assinatura Eletrôr ica Documento eletrônico enviado pela OAB 104546/SP - JOSE MARIA RIP IRO SOARES -

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ADVOCÃ Airton Camilo Ui Munhoz

Jose Maria RiBeiro Soares teenartio alomba Munhoz

em folha de pagamento da verba deferida na presente demanda, nos termos dos princípios de economia, celeridade e efetividade processuais;

Nestes termos, Pede deferimento_

São Paulo, 06 de dezembro de 2012.

José Maria Ribeiro Soares OAB/SP n° 104.546

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SISDOC - Provimento Gr'/CR n° 14/2006 Assinatura Eletrônica Documento eletrônico enviado pela OAB 104546/SP - JOSE MARIA RIBEIRO SOARES -

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho - TRT 2a Região

11a Vara do Trabalho de São Paulo -' Capital

PROC. 01487005920075020011' INT/CIT.N0 1699/2013 EM MAOS (01487200701102005)

Destinatário: Fazenda do Estado de Sao Paulo Endereço : Rua Pamplona,226

50 ANDAR- Jardim Paulista Município : São Paulo - SP CEP : 01405-000

Autor: Dejanira da Silva (+ 2) Réu : Fazer(da do Estado de Sao Paulo

Fica V. Sa. NOTIFICADO quanto ao despacho proferido: Manifeste-se a reclamada, no prazo de 10 dias.

Local : AV MARQUÊS DE SAO VICENTE, 235 BLOCO "A' - 60 ANDAR

CEP/Cidade : 01139-001 - SÃO PAULO

Em 01/03/2013

p/ Diretor - ALESSANDRA DA COSTA OLIVEIRA

INT/CIT. No 1699/2013 EM MÃOS

Carta

REMETENTE:

lla Vara do Trabalho de São Paulo - Capital AV MARQUÊS DE SAO VICENTE, 235 BLOCO "A" - 60 ANDAR 01130-001 - SÃO PAULO-SP

Fazenda do Estado de Sao Paulo

Rua Pamplona,226

50 ANDAR- Jardim Paulista

01405-000 - São Paulo - SP APÓS A 3a TENTATIVA DE ENTREGA DEVOLVER AO REMETENTE

01/03/2013 - 12:51:00 R.CARPROA - Pag. 511

lla Vara do Trabalho de São Paulo - Capital

Comprovante de Carga

Processo 01487005920075020011 (01487200701102005) Volume(s): 3

Autor(es)

Dejanira da Silva (+ 2) Réu(s)

Fazenda do Estado de Sao Paulo

Nesta data, fiz a entrega do processo, com 510 folhas, a Fazenda do Estado de Sao Paulo, telefone (0000) ..

São Paulo - Capital , 01/03/2013

ALESSANDRA DA COSTA OLIVEIRA

Ciente da devolução até 08/03/2013.

Fazenda do Estado de Sao Paulo - Réu Endereço Rua Pamplona,226

50 ANDAR- Jardim Paulista CEP O São Paulo, SP

Devolvido em / /

Funcionãrio

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO Procuradoria Judicial

ILMA. SRA. PROCURADORA DO ESTADO CHEFE DA PJ 7

Ref. Obrigação de Fazer

Autos judiciais n° 0148700-59.2007.5.02.0011

Banca 72E PJ/Ano: 14370/2007

RECLAMANTE: DEJANIRA DA SILVA e VANILDE DA SILVA DOS SANTOS

RECLAMADO: FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO E

Solicito seja remetido o presente expediente para a Secretaria de Saúde, a fim de que dê cumprimento à obrigação de fazer.

Anexo as cópias da inicial, sentença e acórdãos, com destaque para o acórdão do TST, que deu provimento ao Recurso de Revista dos reclamantes apenas para "determinar a incidência da verba denominada "sexta-parte", sobre os vencimentos integrais dos Autores".

Os demais pedidos foram julgados improcedentes pelo TRT, de modo que apenas deverá ser implantada a sexta-parte sobre os vencimentos integrais dos reclamantes, conforme deferido pelo C. TST.

Solicito o retorno do expediente com a comprovação de atendiment , no máxim. 10 dias.

ão Paulo, 12 de março e 2013.

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OAB/SP 302.014

Rua Maria Paula, n° 67, 11° andar, Centro, São Paulo-SP - Telefone: 3101-6064

Página 1 de 1

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO Procuradoria Judicial

Pasta PJ n° 14370/2007 Interessado: Dejanira da Silva e outros Processo número: 01987005920075020011

SECRETARIA DA SAÚDE

OBRIGAÇÃO DE FAZER - URGENTE

Considerando os Lermos da manifestação da Procuradora oficiante, encaminhe-se à Secretaria acima citada com tramitação pela respectiva Consultoria Juridica, se necessário -solicitando a adoção das providências necessárias para o cumprimento da obrigação de fazer, nos termos da representação retro.

São Paulo, 12 de março de 2013.

Maria Cecilãa ta Saez

Procuradora do Estado C da 7a Subprocuradoria (De ordem do Sr. Procurador Chefe da PJ)

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PROCESSO N°. OaVOC 010o ,2(1-5 -3-71) / 3

TERMO DE APENSAMENTO

NESTA DATA, FOI APENSANDO O PROCESSO NR Ca-PLIC3-1/0CUStill

0,2 . 03, /3 frPfr-te,'

Afaria h Glória Saraiva RG 12)354 877

DATA ASSINATURA

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO

CENTRAL DE PROTOCOLO EXPEDIÇÃO E ARQUIVO

Diretor 1

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

CONSULTORIA JURÍDICA

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N° DO PROCESSO---001/0941/000.251/2013

DATA DE ENTRADA :----02/04 /2013..

DISTRIBUIDO AO DR (a) NUHAD

EM 02 / 04 / 2013--

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

CONSULTORIA JURÍDICA

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Processo n° 001/0941/000.251/2013 (Apenso 001/0001/002.941/2007). Interessado: DEJANIRA DA SILVA E OUTRO.

(Reclamação Trabalhista n° 0148700.59.2007.5.02.0011 da 11 a Vara do Trabalho/SP — Banca: 72-E).

Ao GGP-NAA,

para cumprimento da OBRIGAÇÃO DE FAZER, em

caráter de URGÊNCIA, devendo ser a eles juntados todos os elementos hábeis à defesa do

Estado em Juízo, inclusive cópias de todos os documentos, processos ou expedientes

referentes ao assunto.

C.J., em 02 de abril de 2013.

NUHAD SAID OLIVER Procuradora do Es ado Chefe da

Consultoria /Jurídica

sb

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS

GRUPO DE GESTÃO DE PESSOAS CENTRO DE LEGISLAÇÃO DE PESSOAL

PROCESSO N°. 001/0941/000.251/2013 (AP N°. 001/0001/002.941/2007)

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GGP/CLP

INTERESSADO: DEJANIRA DA SILVA E OUTROS

ASSUNTO: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

Encaminhem-se os autos ao Centro de Controle de

Recursos Humanos para que seja providenciada a competente Portaria, DECLARANDO, à

vista da decisão judicial transitada em julgado, constante do Processo n°.

0148700.59.2007.5.02.0011 (11' Vara do Trabalho de São Paulo — TRT 2' Região), PJ/F n°.

0251/13, PJ/V n°. 14.370/2007 e AP n°. 001/0001/002.941/2007, em nome de DEJANIRA

DA SILVA E OUTROS, em cumprimento ao v. acórdão prolatado pela Sétima Turma do

Tribunal Superior do Trabalho em sede de Recurso de Revista, que os interessados (contra

capa) fazem jus à "concessão da vantagem da sexta-parte dos vencimentos integrais, a

partir de quando foram completados vinte anos de efetivo serviço público, na forma do

artigo 129 da Constituição Estadual, com reflexos em 13° salário, férias mais 1/3 e

FGTS, estando prescritos os direitos anteriores a cinco anos da datada propositura da

ação, qual seja, 24/07/2002".

CLP, em 19 de abril de 2013

NYS? ENE ASTANHO DIRETOR TÉCNICO H

SUBSTITUTO

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excelentíssimo senhor doutor juiz federal · pdf filedos fatos e fundame 110s...

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