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DEFENSORIA PÚBLICA do Estado de Mato Grosso

2ª. Defensoria Pública de Barra do Garças

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ..... VARA CÍVEL DA COMARCA DE BARRA DO GARÇAS, ESTADO DE MATO GROSSO

MARIA ANEIR PEREIRA DE OLIVEIRA, brasileira, convivente, do lar, portadora do RG n. 1212586-5/SSP-MT e CPF n. 459.861.261-49, neste ato representando seu companheiro e Curatelado SEBASTIÃO CAETANO DA SILVA, brasileiro, convivente, aposentado por incapacidade civil, portador do RG n. 284624-SSP/MT e CPF n. 208.748.631-04, residentes e domiciliados na Rua “13”, n. 228, Jardim Piracema, nesta cidade, telefone 9635-2970, vem, perante Vossa Excelência propor, como proposta tem, a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE ABSOLUTA DE CONTRATO BANCÁRIO C/C INEXISTÊNCIA DE OBRIGAÇÃO DE PAGAMENTO C/C RESTITUIÇÃO DE QUANTIAS PAGAS C/C TUTELA ANTECIPADA Em face de

BANCO DO BRASIL S/A, sociedade de economia mista, na pessoa de seu representante legal, com sede em Brasília-DF, no Setor Bancário Sul, Quadra 04, Bloco C, Lote 32, Edifício Sede III, e agência em Barra do Garças, na pessoa de seu Gerente Geral, com endereço na Praça dos Garimpeiros, Centro, nesta cidade, pelos motivos que passa a expor.

PRELIMINARMENTE

A Sra. MARIA ANEIR PEREIRA DE OLIVEIRA é Curadora do companheiro SEBASTIÃO CAETANO DA SILVA, conforme se vê do termo de compromisso assinado em 14/10/2003, cópia anexa. Daí sua capacidade para estar em juízo defendendo os interesses de seu esposo e curatelado.

Missão: Promover assistência jurídica aos necessitados com excelência, efetivando a inclusão social, respaldada na ética e na moralidade.

Rua Carajás, 946, Centro, Salas 03/09, 1º Andar, Barra do Garças-MT - CEP. 78.600-000 Telefone: (066) 3401-1846 – e-mail: [email protected]

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DOS FATOS

A Suplicante Maria Aneir Pereira de Oliveira vive em união estável com o Sr. Sebastião Caetano da Silva há 23 (vinte e três) anos, sendo que possuem uma filha comum, PAMELA MAIARA PEREIRA DE OLIVEIRA, nascida em 13/04/1987.

No ano de 2000 o Sr. Sebastião Caetano da Silva foi acometido de uma isquemia cerebral que deixou sérias seqüelas, ele ficou surdo, mudo e paralítico. No início do ano de 2001 a Requerente ajuizou ação de Interdição que foi arquivada por incapacidade civil da Autora, ou seja, era apenas companheira. Devido a isso, no ano de 2002 a filha mais velha do Sr. Sebastião ajuizou Interdição, cópias anexas, requerendo fosse a Sra. Maria Aneir nomeada Curadora, o que de fato aconteceu (Termo de Curadoria datado de 14/10/2003).

De lá para cá o Sr. Sebastião Caetano da Silva teve alguma melhora, Graças a Deus e a tratamento intensivo na medicina, e voltou andar com dificuldade, todo torto e manco e a falar enrolado. Porém no dia 20/12/2007 teve outro AVC e agora está em cima de uma cama, sem nenhuma condição de ouvir, falar ou andar.

Mesmo durante o ano de 2006 e 2007 que estava um pouco melhor, era visível seu problema de saúde, pois andava todo torto, falando com muita dificuldade e às vezes sem nexo. Era só a Requerente, Maria Aneir, se descuidar um pouco ele saía de casa andando pelas ruas, mas como é pessoa muito conhecida, traziam-no de volta para casa. A situação era e é triste, pois o Sr. Sebastião quando saía de casa para rua fazia até “xixi” na roupa, ficando todo molhado.

Logo no início deste ano a Requerente percebeu que o valor da aposentadoria do Companheiro estava vindo menor, então procurou o órgão pagador para se informar ficando sabendo que ele tinha empréstimos bancários sendo descontados. A Autora ficou surpresa, pois o companheiro não tem nenhuma condição de fazer empréstimo bancário e o dinheiro que possa ter pego no Banco não foi para sua casa ou usado para sua família, mesmo por quê no dia 20/12/2007 sofreu outro AVC.

A Requerente desesperada procurou o Banco que disse nada poder fazer. Por falta de conhecimento, a Sra. Maria Aneir Pereira de Oliveira acreditou que nada havia a ser feito.



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Contudo, diante da dificuldade financeira que vinha

enfrentando, principalmente por causa do problema de saúde do companheiro, foi aconselhada por terceiros e procurou o Promotor de Justiça no mês de setembro/08 para pedir ajuda, oportunidade em que o Dr. Arnaldo Justino da Silva encaminhou a Sra. Maria Aneir Pereira de Oliveira para a Defensoria Pública solicitando atendimento.

A Requerente foi atendida na Defensoria Pública no dia 02/10/2008, oportunidade em que foi oficiado ao Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal requerendo informação sobre os contratos bancários, ofícios ns. 194 e 195, em anexo. O Banco do Brasil respondeu 15 dias após, documento junto, informando que o Sr. Sebastião Caetano da Silva fez dois empréstimos na Instituição, a seguir descritos: 1) Operação 720101585 – BB Crédito pronto; Data da contratação 16.10.2007; Prazo 24 parcelas mensais consecutivas, sendo a primeira em 10.12.2007 e a última em 10.11.2009; Operação contratada na agência pelos funcionários Fernando Davoli Batista e Anésia Figueiredo Rocha Moro. 2) Operação 720780233 – BB Renovação consignação em folha de pagamento; Data da contratação 10.12.2007; Prazo 48 parcelas mensais consecutivas, sendo a primeira em 20.01.2008 e a última em 20.12.2011; Operação contratada na agência pelo funcionário Anderson Torquato Scorsafava e confirmada pelo funcionário da Prefeitura Sr. Sérgio Augusto. Já a Caixa Econômica Federal só respondeu o ofício em 06/11/2008, cópia em anexo.

Quando a Requerente foi morar com o Sr. Sebastião Caetano da Silva ele já era funcionário público municipal na função de ajudante geral. No ano de 2000 quando sofreu a primeira isquemia cerebral ficou encostado recebendo auxílio doença até quando no início do ano de 2006 passou por perícia médica no BARRAPREV, Previdência do Município de Barra do Garças, e foi definitivamente aposentado por incapacidade, comprovante de pagamento incluso.

O empréstimo do contrato n. 720780233, no valor mensal de R$ 68,15 (sessenta e oito reais e quinze centavos) é descontado direto da fonte pagadora, já constando do holerit do Sr. Sebastião Caetano da Silva. Os descontos tiveram início no mês de janeiro de 2008 e vão até 20/12/2011.

Quanto ao valor de R$ 44,81 (quarenta e quatro reais e oitenta e um centavos), contrato n. 720101585, não vem em folha de pagamento, nem está sendo debitado na conta do Sr. Sebastião Caetano da Silva. Segundo informação do funcionário Sandro Ney Souza Pacheco – Gerente de Conta – o Sr. Sebastião Caetano da Silva só pagou uma parcela desse empréstimo em 10/12/2007, ou melhor, só foi debitada esta parcela pelo Banco na conta do correntista, nada mais.



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A Defensoria Pública está ajuizando ação apenas contra o

Banco do Brasil, pois o foro competente para ações contra a Caixa Econômica Federal é a Justiça Federal, sede Cuiabá-MT, sendo que a Defensoria Pública Estadual não pode ajuizar ações na Justiça Federal.

DA NULIDADE ABSOLUTA DO CONTRATO BANCÁRIO

A nossa legislação civil, que regula os atos jurídicos nulos é bastante clara sobre o assunto e, em momento algum deixa transparecer qualquer dúvida.

Segundo discussão doutrinária, temos os atos jurídicos nulos, anuláveis e inexistentes.

Nas palavras de Maximilianus Cláudio Américo Führer, na obra Resumo de Direito Civil, 27ª edição, editora Malheiros, temos:

“Nulidade é o vício que impede o negócio jurídico de produzir efeitos.A nulidade absoluta caracteriza-se pela falta de algum elemento substancial do

negócio jurídico: livre manifestação da vontade, agente capaz , objeto lícito e forma prevista ou não defesa em lei. Também haverá nulidade nos casos expressamente previstos em lei.

A nulidade relativa (anulabilidade) ocorre por incapacidade relativa do agente ou por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.

A nulidade absoluta é de ordem pública e pode ser argüida a qualquer tempo, por qualquer pessoa, não admite convalidação ou ratificação e não se sujeita a prescrição.

A nulidade relativa, ao contrário, só pode ser reclamada pelo interessado direito. E pode se convalidar com a chegada da prescrição, pela correção do vício, pela revogação da exigência legal ou pela ratificação.

Negócio jurídico inexistente é o que contém um grau de nulidade tão grande e visível, que dispensa ação judicial para ser declarado sem efeito, como um testamento verbal ou o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Na prática, esta categoria não tem muita aplicação, pois, fora dos casos extremos, torna-se geralmente necessário o pronunciamento judicial para a declaração da nulidade. Especialmente se houver necessidade de provas, ou no caso de documentação formal ou aparentemente correta.” (Grifo proposital)

No caso sob testilha, i,é., contratação de empréstimos bancários, o ato jurídico é nulo, pois faltou elemento essencial, qual seja, a capacidade do agente e sua respectiva manifestação livre de vontade, pois que interditado legalmente.

O Código Civil de 2002, trata das nulidades relativas e absolutas, arts. 138 e seguintes, até 184.



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No que tange ao negócio jurídico nulo, a doutrina e

jurisprudência, cuidam do assunto.

No caso do contratante interditado judicialmente, a jurisprudência afirma que é necessária publicação da interdição no Diário Oficial, o que ocorreu nos autos de Interdição n. 316/2002, 2ª Vara Cível, por três vezes, cópias juntas.

Neste sentido, trago à colação julgados dos nossos

Tribunais, que podem ser aplicados por analogia ao caso sub judice:

Número do processo: 1.0024.05.877293-0/002(1) Precisão: 15Relator: ROBERTO BORGES DE OLIVEIRA Tribunal de Justiça Estado de Minas GeraisData do Julgamento: 02/09/2008Data da Publicação: 19/09/2008Ementa:AÇÃO ORDINÁRIA - PRELIMINARES - ILEGIMIDADE ATIVA - CERCEAMENTO DE DEFESA - AFASTADAS - CONTRATO DE MÚTUO FIRMADO COM INTERDITADO, SEM A PARTICIPAÇÃO DO CURADOR - NULIDADE. A existência de prova documental suficiente ao exame da questão fática declinada nos autos, torna despicienda a coleta de prova testemunhal, não havendo que se falar em cerceamento de defesa. O contrato de mútuo celebrado com pessoa interditada, sem a participação do respectivo curador, é nulo, nos termos do art. 166, inciso I, do CC/2002. Preliminares rejeitadas e apelo não provido. (Grifo intencional)

Número do processo: 2.0000.00.426441-9/000(1) Precisão: 14Relator: ELIAS CAMILO Tribunal de Justiça Estado de Minas GeraisData do Julgamento: 17/02/2005Data da Publicação: 09/03/2005Ementa:AÇÃO DE NULIDADE DE ATO JURÍDICO - PROMESSA DE VENDA E COMPRA EFETIVADA POR INTERDITO SEM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL - INVALIDADE. Se a compra e principalmente a venda do imóvel pelo interdito se deu após a sentença de interdição, necessária se faz a autorização judicial especial expressa no artigo 251, parágrafo único, inciso IV, do Código Civil, sob pena de anulação do negócio jurídico.

Número do processo: 1.0145.01.032531-7/001(1) Precisão: 28Relator: JOSÉ ANTÔNIO BRAGA Tribunal de Justiça Estado de Minas GeraisData do Julgamento: 06/05/2008Data da Publicação: 31/05/2008Ementa:AÇÃO DE ANULAÇÃO DE ATO JURÍDICO - NEGÓCIO JURÍDICO PRATICADO POR INTERDITADO - PUBLICIDADE DA INTERDIÇÃO - CHEQUES - PAGAMENTO PRO SOLUTO - AUSÊNCIA DE INTERESSE



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DE AGIR. Para que opere a presunção de que o decreto de incapacidade é de conhecimento geral, é indispensável que seja publicada a sentença de decreto da interdição no órgão oficial. Sendo os cheques emitidos para pagamento do negócio jurídico de natureza pro soluto, extingue-se a obrigação quando perfeita e acabada a transação comercial celebrada entre as partes. Extinta a ação executória com objetivo equivalente ao da ação em julgamento, resta latente a ausência de interesse de agir. (Grifo proposital).

Como se vê, os contratos bancários ns. Operação 720101585 – BB Crédito pronto e Operação 720780233 – BB Renovação consignação em folha de pagamento foram realizados pelo Interditado sem a participação da Curadora, o que os tornam nulos de pleno direito.

DA INEXISTÊNCIA DE OBRIGAÇÃO DE PAGAMENTO

Considerando tratar-se de contratos nulos de pleno direito, por ser o agente incapaz, conforme acima explicitado, diz-se que não produz efeito no mundo jurídico, não se falando em convalidação do ato/negócio, inda mais por quê veio e está vindo em prejuízo do Interditado, Sr. Sebastião Caetano da Silva, pessoa doente que precisa muito do valor de sua aposentadoria para sobreviver.

Assim, a presente ação tem, também, o objetivo de ver declarada a inexistência de obrigação de pagamento pelo Interditando ou sua Curadora dos valores dos contratos - ns. Operação 720101585 – BB Crédito pronto e Operação 720780233 – BB Renovação consignação em folha de pagamento.

DA RESTITUIÇÃO DE QUANTIAS PAGAS



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Utilizando o mesmo fundamento para declarar a nulidade

absoluta dos contratos bancários Operação 720101585 – BB Crédito pronto e Operação 720780233 – BB Renovação consignação em folha de pagamento, apresenta-se necessária a condenação do Banco do Brasil S/A a devolver ao Interditando Sr. Sebastião Caetano da Silva, as quantias que já foram descontadas de sua conta e folha de pagamento, com juros legais e correção monetária.

Da Operação 720101585 – BB Crédito pronto o valor a ser restituído é de apenas uma parcela de R$ 44,81 (quarenta e quatro reais e oitenta e um centavos), a qual deverá ser corrigida a partir de 10/12/2007, data do débito em conta.

Da Operação 720780233 – BB Renovação consignação em folha de pagamento, até esta data foram debitadas em folha de pagamento 11 (onze) parcelas de R$ 68,15 (sessenta e oito reais e quinze centavos), comprovantes juntos, sendo a primeira dia 20/01/08 e as outras sucessivamente, todas deverão ser corrigidas a partir da data do desconto em folha de pagamento.

Somando, sem os juros e a correção monetária, tem-se um valor a restituir pelo Banco do Brasil ao Interditado Sebastião Caetano da Silva, até esta data, de R$ 794,46 (setecentos e noventa e quatro reais e quarenta e seis centavos).

DA CUMULAÇÃO DE PEDIDO

Consoante dispõe o art. 292 da Lei Instrumental:

“É permitida a cumulação, num único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão. § 1º São requisitos da admissibilidade da cumulação: I – que os pedidos sejam compatíveis entre si; II – que seja competente para conhecer deles o mesmo juízo; III – que seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento. § 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, admitir-se-á, se o autor empregar o procedimento ordinário.”.

Da leitura do dispositivo, se extrai o acerto legal da cumulação dos pedidos formulados pela Requerente.



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DA TUTELA ANTECIPADA

O art. 273 do Código de Processo Civil possibilita a antecipação da tutela pretendida no pedido inicial, caso estejam presentes a verossimilhança do alegado e o periculum in mora.

Não há que se discutir a boa-fé da Autora, provada documentalmente nos autos, bem como o prejuízo que o Interditado Sebastião Caetano da Silva e sua família estão sofrendo a cada mês que saiu da aposentadoria dele mais o valor de R$ 68,15 (sessenta e oito reais e quinze centavos).

A prova documental que acompanha o pedido é vasta e prova a nulidade do ato jurídico (contrato bancário) ab initio, não deixando que produza efeito legal. Porém, para impedir que os descontos em folha de pagamento do Interditado continuem é imprescindível o deferimento da liminar em antecipação de tutela.

Por outro lado, vale lembra que, o Requerido não sofrerá nenhum prejuízo com o deferimento da liminar, pois que para ele o valor que deixará, PROVISORIAMENTE, de ser descontado em folha de pagamento é insignificante diante dos milhões de reais que lucra mensalmente.

DO REQUERIMENTO

Ante o exposto, requer seja:

a) a presente ação distribuída, recebida e autuada, nos termos pedidos;

b) o deferimento de LIMINAR em tutela antecipada para o fim de determinar ao Requerido que suspenda, até julgamento final da lide, os descontos das parcelas do empréstimo em folha de pagamento, ou sendo o caso, que autorize o órgão pagador do Interditado – BARRA-PREVI – a suspender os descontos do “Empréstimo Banco do Brasil”, da aposentadoria do Sr. Sebastião Caetano da Silva, até sentença neste processo;

c) a citação do Requerido no endereço constante do preâmbulo para, querendo, apresentar defesa no prazo de lei, sob pena de revelia e confissão acerca da matéria de fato;



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d) a designação de audiência de conciliação, instrução e

julgamento, com oitiva das testemunhas abaixo-arroladas, as quais deverão ser intimadas por Oficial de Justiça;

e) a procedência in totum do pedido, para o fim de ver declarada a nulidade absoluta dos contratos bancários – Operação 720101585 – BB Crédito pronto e Operação 720780233 – BB Renovação consignação em folha de pagamento, via de conseqüência, a inexistência de obrigação de pagamento dos referidos contratos e ainda a obrigação do Requerido em restituir ao Interditado Sr. Sebastião Caetano da Silva todas as quantias já quitadas, conforme acima discriminadas, que deverão ser apuradas por cálculo aritmético do Contador do Juízo, haja vista a parte ser assistida pela Defensoria Pública;

f) na sentença seja confirmada a tutela antecipada deferida liminarmente;

g) seja concedido à parte autora o benefício da assistência judiciária gratuita, tendo em vista que os gastos com as despesas processuais virão em prejuízo de seu sustento (Curadora e Curatelado);

h) seja condenado o Requerido ao pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios, em benefício da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso, nos termos do art. 20 e parágrafos do Código de Processo Civil.

Protesta-se provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos, depoimento pessoal do representante do Requerido, oitiva de testemunhas, cujo rol segue abaixo, juntada de novos documentos e tudo mais quanto for necessário e legal.

Dá-se à causa o valor de R$ 4.346,64 (quatro mil, trezentos e quarenta e seis reais e sessenta e quatro centavos).

N. Termos. P. Deferimento.

Barra do Garças, 28 de novembro de 2008

Lindalva de Fátima Ramos Defensora Pública do Estado



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Maria Aneir Pereira de Oliveira Requerente

ROL DE TESTEMUNHAS

1 – SUELI CAVALCANTE OLIVEIRA, brasileira, convivente, secretária do lar, residente e domiciliada na Rua Basílio Dourado, 1.323, Bairro Serrinha, nesta cidade, telefone 9215-5991;

2 – DALZIRENE ROSA DOS SANTOS VILARINHO, brasileira, viúva, funcionária pública estadual, residente e domiciliada na Rua “D”, Quadra 14, n. 02, Jardim Araguaia, nesta cidade, telefone 9203-6139.



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