excelentíssimo senhor doutor juiz de direito da 2ª vara criminal da comarca xxxxx do estado xx

3
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA XXXXX DO ESTADO XX Autos nº XXXXXX Alessandro, brasileiro, estado civil XXX, profissão XXX, portador do RG XXXX, natural de XXXX, residente e domiciliado na Rua XXXX com 22 anos de idade, vem perante Vossa Excelência por intermédio de seu advogado in fine assinado por meio de procuração anexa, apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO com fato no artigo 396 do código de processo Penal, nos autos do processo que lhe move o Ministério Público do Estado XX conforme passo a expor: 1 – Dos Fatos De acordo com a denúncia, no mês de agosto de 2013, em dia não determinado, Alessandro dirigiu-se à residência de Geisa, ora vítima, para assistir, pela televisão, a um jogo de futebol. Naquela ocasião, aproveitando-se do fato de estar a sós com Geisa, o denunciado constrangeu-a a manter com ele conjunção carnal, fato que ocasionou a gravidez da vítima, atestada em laudo de exame de corpo de delito. Certo é que, embora não se tenha valido de violência ou de grave ameaça para constranger à vítima a com ele manter conjunção carnal, o denunciando aproveitou-se do fato de Geisa ser incapaz de oferecer resistência aos seus propósitos libidinosos assim como de dar validamente o seu consentimento, visto que é deficiente mental, incapaz de reger a si mesma. 3 – Do Direito 3.1. – Preliminar Alessandro admite ter mantido conjunção carnal com Geisa, no entanto, sem saber que a mesma tivesse qualquer tipo de deficiência. Afirma ainda que namorava Geisa já há algum tempo sendo pode provar o alegado com o testemunho de sua avó materna Romilda, e sua mãe Geralda que moram com ele e sabiam do relacionamento entre ele e Geisa inclusive que mantinham relações.

Upload: rafael-henrique

Post on 19-Dec-2015

218 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito Da 2ª Vara Criminal Da Comarca Xxxxx Do Estado Xx

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA

COMARCA XXXXX DO ESTADO XX

Autos nº XXXXXX

            Alessandro, brasileiro, estado civil XXX, profissão XXX, portador do RG XXXX, natural

de XXXX, residente e domiciliado na Rua XXXX com 22 anos de idade, vem perante Vossa

Excelência por intermédio de seu advogado in fine assinado por meio de procuração anexa,

apresentar

RESPOSTA À ACUSAÇÃO

com fato no artigo 396 do código de processo Penal, nos autos do processo que lhe move o

Ministério Público do Estado XX conforme passo a expor:

1 – Dos Fatos

      De acordo com a denúncia, no mês de agosto de 2013, em dia não determinado,

Alessandro dirigiu-se à residência de Geisa, ora vítima, para assistir, pela televisão, a um jogo

de futebol.

  Naquela ocasião, aproveitando-se do fato de estar a sós com Geisa, o

denunciado constrangeu-a a manter com ele conjunção carnal, fato que ocasionou a gravidez

da vítima, atestada em laudo de exame de corpo de delito. Certo é que, embora não se tenha

valido de     violência ou de grave ameaça para constranger à vítima a com ele manter

conjunção carnal, o denunciando aproveitou-se do fato de Geisa ser incapaz de oferecer

resistência aos seus propósitos libidinosos assim como de dar validamente o seu

consentimento, visto que é deficiente mental, incapaz de reger a si mesma.

 

3 – Do Direito

 

3.1. – Preliminar

Alessandro admite ter mantido conjunção carnal com Geisa, no entanto, sem

saber que a mesma tivesse qualquer tipo de deficiência. Afirma ainda que namorava Geisa já

há algum tempo sendo pode provar o alegado com o testemunho de sua avó materna Romilda,

e sua mãe Geralda que moram com ele e sabiam do relacionamento entre ele e Geisa inclusive

que mantinham relações.

 3.2. - Da inépcia da denuncia nos termos do artigo 395 do CPP

Diante do exposto, a defesa alega que falta justa causa para o exercício da ação

penal de acordo com o artigo 395, III do código de processo penal.

Page 2: Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito Da 2ª Vara Criminal Da Comarca Xxxxx Do Estado Xx

Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando:

III – faltar justa causa para o exercício da ação penal.

 3.3. – Mérito

 3.3.1 – Absolvição Sumária, conforme artigo 397, III, Código de Processo Penal.

 Alessandro namorava a vítima jamais imaginando qualquer debilidade. Desse modo, caso a

vitima seja deficiente mental ocorreu à figura de erro de tipo prevista no artigo 20 do código

penal que traz a exclusão do dolo devendo o réu ser absolvido sumariamente nos temos do

artigo 397, III do CPP.

 

Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste

Código, o juiz       deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar:

III – que o fato narrado evidentemente não constitui crime;   4 – Do requerimento de provas  Por fim a defesa requer a vossa excelência, caso todas as teses acima sejam acatadas a        produção das provas: Exame pericial em relação a possível debilidade da vitimaOitiva e intimação das testemunhas abaixo arroladas 

 5 – Dos pedidos

 Diante do exposto, requer a Vossa Excelência;

 Que seja reconhecida a inépcia da denuncia nos termos do artigo 397 do Código de Processo

Penal.

 Subsidiariamente que seja absolvido o réu sumariamente nos termos do artigo 397, III do Código de Processo Penal.

 Que seja deferido o pedido os pedidos de produção de provas 

 LOCAL / DATAAdvogado/ OAB

 

Rol de testemunhas:

1 )  Geralda,brasileira, portadora do RG sob o n ° XXXXXXXXXXXX.

Page 3: Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito Da 2ª Vara Criminal Da Comarca Xxxxx Do Estado Xx

 2 ) Romilda,brasileira, portadora do RG sob o n ° XXXXXXXXXXXX.