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1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DE CURITIBA (PR) CÍVEL DE CURITIBA (PR) “Rito Especial” – Força nova – CPC, art 924 “Rito Especial” – Força nova – CPC, art 924 [ “Formula-se pedido de [ “Formula-se pedido de medida liminar medida liminar ”] ”] CENTRO ESCOLAR PEDRO DE TAL LTDA CENTRO ESCOLAR PEDRO DE TAL LTDA , pessoa jurídica de direito privado, com sua sede na Rua X, pessoa jurídica de direito privado, com sua sede na Rua X, nº. 0000, em Curitiba (PR), inscrita no CNPJ(MF) sob o nº. nº. 0000, em Curitiba (PR), inscrita no CNPJ(MF) sob o nº. 00.333.444/0001-55, comparece, com o devido respeito à 00.333.444/0001-55, comparece, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, intermediada por seu presença de Vossa Excelência, intermediada por seu mandatário ao final firmado -- mandatário ao final firmado -- instrumento procuratório acostado instrumento procuratório acostado -- causídico inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, -- causídico inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil,

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1

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DE CURITIBAEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DE CURITIBA

(PR)(PR)

“Rito Especial” – Força nova – CPC, art 924“Rito Especial” – Força nova – CPC, art 924

[ “Formula-se pedido de [ “Formula-se pedido de medida liminarmedida liminar”]”]

CENTRO ESCOLAR PEDRO DE TAL LTDACENTRO ESCOLAR PEDRO DE TAL LTDA, pessoa jurídica, pessoa jurídica

de direito privado, com sua sede na Rua X, nº. 0000, em Curitiba (PR), inscrita no CNPJ(MF) sobde direito privado, com sua sede na Rua X, nº. 0000, em Curitiba (PR), inscrita no CNPJ(MF) sob

o nº. 00.333.444/0001-55, comparece, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência,o nº. 00.333.444/0001-55, comparece, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência,

intermediada por seu mandatário ao final firmado -- intermediada por seu mandatário ao final firmado -- instrumento procuratório acostadoinstrumento procuratório acostado -- --

causídico inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Paraná, sob o nº. 332211, comcausídico inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Paraná, sob o nº. 332211, com

seu endereço profissional consignado no timbre desta, onde, em atendimento à diretriz do art.seu endereço profissional consignado no timbre desta, onde, em atendimento à diretriz do art.

39, inciso I, da Legislação Instrumental Civil, indica-o para as intimações necessárias, onde vem39, inciso I, da Legislação Instrumental Civil, indica-o para as intimações necessárias, onde vem

ajuizar, com fulcro nos ajuizar, com fulcro nos art. 926 e segs. c/c art. 924, da Legislação Adjetiva Civil art. 926 e segs. c/c art. 924, da Legislação Adjetiva Civil e e art. 1210art. 1210 do Código Civildo Código Civil, a presente , a presente

AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSEC/C

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INDENIZAÇÃO E PEDIDO DE “MEDIDA LIMINAR”

contra contra

( 01 )( 01 ) LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS ZETA LTDA, pessoa jurídica de direito

privado, estabelecida na na estabelecida na na Av. Y, nº. 0000, em Curitiba (PR) – Av. Y, nº. 0000, em Curitiba (PR) – CEPCEP nº. 33444-555 nº. 33444-555,,

inscrita no CNPJ(MF) sob o nº. 33.444.555/0001-66 inscrita no CNPJ(MF) sob o nº. 33.444.555/0001-66

em decorrência das justificativas de ordem fática e de direito abaixo delineadas.em decorrência das justificativas de ordem fática e de direito abaixo delineadas.

(1) – DO QUADRO FÁTICO

A Autora adquiriu da Ré, na data de 11/22/333, o imóvel sito na RuaA Autora adquiriu da Ré, na data de 11/22/333, o imóvel sito na Rua

X, nº. 000, em Curitiba (PR), objeto da matrícula de registro imobiliário nº. 3344. Pelo referidoX, nº. 000, em Curitiba (PR), objeto da matrícula de registro imobiliário nº. 3344. Pelo referido

bem, a Promovente pagara, em moeda corrente nacional, a quantia de bem, a Promovente pagara, em moeda corrente nacional, a quantia de R$ 00.000,00 ( .x.x.x. )R$ 00.000,00 ( .x.x.x. ), o, o

que comprova-se pela cópia da escritura pública e certidão de registro de imóvel, já devidamenteque comprova-se pela cópia da escritura pública e certidão de registro de imóvel, já devidamente

registrado em nome da Autora. (registrado em nome da Autora. (docs. 01/02docs. 01/02) Referido valor compreende o ) Referido valor compreende o preço totalpreço total do imóvel do imóvel

em questão.em questão.

Da escritura pública, supra mencionada, constata-se que há cláusulaDa escritura pública, supra mencionada, constata-se que há cláusula

de transferência da posse e propriedade, mediante o pagamento final do valor acertado:de transferência da posse e propriedade, mediante o pagamento final do valor acertado:

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“Cláusula 17 – Com o pagamento do preço acertado, transferem-se à adquirente a“Cláusula 17 – Com o pagamento do preço acertado, transferem-se à adquirente a

posse e propriedade do imóvel descrito na cláusula 2. posse e propriedade do imóvel descrito na cláusula 2.

§ 1º - Anue a adquirente que a vendedora ficará no imóvel por prazo não superior a 30§ 1º - Anue a adquirente que a vendedora ficará no imóvel por prazo não superior a 30

(trinta) dias, contados da data do pagamento acima mencionado. “ (trinta) dias, contados da data do pagamento acima mencionado. “

Todavia, superado o prazo contratualmente ajustado, a Ré nãoTodavia, superado o prazo contratualmente ajustado, a Ré não

entregara o imóvel adquirido à Autora, em que pese, como dito, haver recebido o preço total daentregara o imóvel adquirido à Autora, em que pese, como dito, haver recebido o preço total da

avença. avença.

Em conta deste fato, a Autora notificou a Ré a entregar o imóvelEm conta deste fato, a Autora notificou a Ré a entregar o imóvel

adquirido no prazo de 10 (dez) dias úteis, sob pena de sofrer ação judicial e pagar indenizaçãoadquirido no prazo de 10 (dez) dias úteis, sob pena de sofrer ação judicial e pagar indenização

pelo período de utilização indevida do imóvel. (pelo período de utilização indevida do imóvel. (doc. 03doc. 03))

Contudo, decorrido o prazo concedido, a Ré quedou-se inerte,Contudo, decorrido o prazo concedido, a Ré quedou-se inerte,

permanecendo, injustamente, na posse do imóvel. permanecendo, injustamente, na posse do imóvel.

Por tudo isso, não restou à Autora outra alternativa senão buscarPor tudo isso, não restou à Autora outra alternativa senão buscar

seus direitos por meio da presente Ação de Reintegração de Posse. (CPC, art. 3º)seus direitos por meio da presente Ação de Reintegração de Posse. (CPC, art. 3º)

(2) – DO DIREITO

(2.1.) – DA COMPETÊNCIA

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Urge asseverar, primeiramente, que o Autor promove a presenteUrge asseverar, primeiramente, que o Autor promove a presente

ação ação no foro territorial competenteno foro territorial competente, visto que o imóvel em liça situa-se na Rua X, nº. 000, nesta, visto que o imóvel em liça situa-se na Rua X, nº. 000, nesta

Capital. Capital.

CÓDIGO DE PROCESSO CIVILCÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 95 - Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis Art. 95 - Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foroé competente o foro

da situação da coisada situação da coisa. Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou. Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou

de eleição, não recaindo o litígio sobre direito de propriedade, vizinhança,de eleição, não recaindo o litígio sobre direito de propriedade, vizinhança,

servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova.servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova.

(2.2.) – DO RITO PROCESUAL DESTA DEMANDA

Destaca-se que a presente ação fora ajuizada no dia 11/22/3333. DeDestaca-se que a presente ação fora ajuizada no dia 11/22/3333. De

outro bordo, a notificação da Ré para desocupar o imóvel – outro bordo, a notificação da Ré para desocupar o imóvel – portanto, o esbulhoportanto, o esbulho – ocorrera no dia – ocorrera no dia

22/33/1111. (22/33/1111. (doc. 03doc. 03) O ) O ritorito, destarte, é , destarte, é especialespecial, uma vez que a ofensa ao direito da Autora, uma vez que a ofensa ao direito da Autora

ocorrera em ocorrera em menos de ano e diamenos de ano e dia ( (posse novaposse nova). ).

A propósito, vejamos os seguintes julgados:A propósito, vejamos os seguintes julgados:

PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DECLARATÓRIOS COM EFEITOS INFRINGENTES.PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DECLARATÓRIOS COM EFEITOS INFRINGENTES.

OMISSÃO VERIFICADA. EXISTÊNCIA, NOS AUTOS, DE PROVA DA DATA DOOMISSÃO VERIFICADA. EXISTÊNCIA, NOS AUTOS, DE PROVA DA DATA DO

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ESBULHO. POSSE NOVA. REQUISITOS PARA O DEFERIMENTO DA LIMINARESBULHO. POSSE NOVA. REQUISITOS PARA O DEFERIMENTO DA LIMINAR

PREENCHIDOS. EMBARGOS ACOLHIDOS. DECISÃO REFORMADA COM EFEITOSPREENCHIDOS. EMBARGOS ACOLHIDOS. DECISÃO REFORMADA COM EFEITOS

MODIFICATIVOS. MODIFICATIVOS.

1 1 Consoante sumariamente anunciado, a decisão ora atacada negou Consoante sumariamente anunciado, a decisão ora atacada negou

provimento a agravo de instrumento sob o argumento que inexistiriam nestesprovimento a agravo de instrumento sob o argumento que inexistiriam nestes

autos, prova da data do esbulho, o que, ainda segundo a decisão, ensejaria aautos, prova da data do esbulho, o que, ainda segundo a decisão, ensejaria a

presunção de que este ocorreu em período superior àquele que autoriza opresunção de que este ocorreu em período superior àquele que autoriza o

deferimento da medida liminar (um ano e um dia). deferimento da medida liminar (um ano e um dia).

2 2 Todavia, na oportunidade em que foi ofertada a contestação, em primeiro Todavia, na oportunidade em que foi ofertada a contestação, em primeiro

grau, os próprios invasores confessaram a data em que se deu o esbulho, agrau, os próprios invasores confessaram a data em que se deu o esbulho, a

saber, março de 2007. (fl. 260 destes autos). saber, março de 2007. (fl. 260 destes autos).

3 3 Desta forma, tendo sido a actio originária proposta em setembro de 2007, Desta forma, tendo sido a actio originária proposta em setembro de 2007,

menos de um ano e um dia da data do esbulho, resta preenchido o requisitomenos de um ano e um dia da data do esbulho, resta preenchido o requisito

elencado no inciso III, do art. 9271, CPC, c/c art. 9242 do mesmo diploma. elencado no inciso III, do art. 9271, CPC, c/c art. 9242 do mesmo diploma.

4 4 Os demais requisitos, quais sejam, a posse da companhia promovente, o Os demais requisitos, quais sejam, a posse da companhia promovente, o

esbulho praticado pelos réus e a perda da posse, restam também preenchidos, eesbulho praticado pelos réus e a perda da posse, restam também preenchidos, e

não foram sequer rechaçados pelos agravados, na contestação da açãonão foram sequer rechaçados pelos agravados, na contestação da ação

originária. 5 originária. 5 Em verdade, o indeferimento da medida liminar de reintegração Em verdade, o indeferimento da medida liminar de reintegração

teve como único fundamento o suposto não atendimento da condição temporal,teve como único fundamento o suposto não atendimento da condição temporal,

o que, conforme já demonstrado, restou superado. o que, conforme já demonstrado, restou superado.

6 6 Estando presentes os requisitos autorizadores da medida reintegratória Estando presentes os requisitos autorizadores da medida reintegratória

liminar, o seu deferimento é medida que se impõe. liminar, o seu deferimento é medida que se impõe.

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7 7 Por fim, tenho que merece especial atenção a forma que deverá ser realizada Por fim, tenho que merece especial atenção a forma que deverá ser realizada

a reintegração em comento. É que, tratandoa reintegração em comento. É que, tratandose de questão social, cujos reflexosse de questão social, cujos reflexos

exorbitam a ordem patrimonial, a presente causa enseja o condicionamento daexorbitam a ordem patrimonial, a presente causa enseja o condicionamento da

execução da medida reintegratória. execução da medida reintegratória.

8 8 A prudência e a razoabilidade nos orienta a garantir que a reintegração seja A prudência e a razoabilidade nos orienta a garantir que a reintegração seja

condicionada ao prévio remanejamento das famílias realmente necessitadas condicionada ao prévio remanejamento das famílias realmente necessitadas

condição a ser preliminarmente aferida por assistente social condição a ser preliminarmente aferida por assistente social para outro local a para outro local a

ser providenciado pela empresa promovente, ora embargante, junto ao Governoser providenciado pela empresa promovente, ora embargante, junto ao Governo

do Estado do Ceará, visto que este foi admitido como assistente. do Estado do Ceará, visto que este foi admitido como assistente.

9 9 Ademais, deverá ser disponibilizado o transporte necessário para a Ademais, deverá ser disponibilizado o transporte necessário para a

desocupação da área e o remanejamento das famílias. desocupação da área e o remanejamento das famílias.

10 10 Por fim, mas não menos importante, todo o processo de cumprimento desta Por fim, mas não menos importante, todo o processo de cumprimento desta

decisão deve ser acompanhado por assistentes sociais e pelo necessáriodecisão deve ser acompanhado por assistentes sociais e pelo necessário

policiamento. policiamento.

11 11 Embargos conhecidos e acolhidos com efeitos infringentes. Decisão Embargos conhecidos e acolhidos com efeitos infringentes. Decisão

reformada para dar provimento ao agravo de instrumento interposto pelareformada para dar provimento ao agravo de instrumento interposto pela

Companhia de Desenvolvimento do Ceará, deferindo a liminar reintegratória.Companhia de Desenvolvimento do Ceará, deferindo a liminar reintegratória.

((TJCETJCE - EDcl 7780 - EDcl 778008.2007.8.06.0000/1; Quarta Câmara Cível; Rel. Des. Teodoro08.2007.8.06.0000/1; Quarta Câmara Cível; Rel. Des. Teodoro

Silva Santos; DJCE 03/05/2012; Pág. 41)Silva Santos; DJCE 03/05/2012; Pág. 41)

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AGRAVO DE INSTRUMENTO. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. INVASÃO DE LOTEAGRAVO DE INSTRUMENTO. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. INVASÃO DE LOTE

RURAL. CLANDESTINIDADE. POSSE NOVA. JUSTIFICAÇÃO PRÉVIA REALIZADA.RURAL. CLANDESTINIDADE. POSSE NOVA. JUSTIFICAÇÃO PRÉVIA REALIZADA.

RETOMADA ORDENADA. MANUTENÇÃO. RETOMADA ORDENADA. MANUTENÇÃO.

Comprovada através de audiência de justificação prévia que a posse dosComprovada através de audiência de justificação prévia que a posse dos

requeridos é nova e clandestina, é cabível a concessão de liminar pararequeridos é nova e clandestina, é cabível a concessão de liminar para

determinar a imediata desocupação da área e sua devolução à posseira primeva.determinar a imediata desocupação da área e sua devolução à posseira primeva.

((TJROTJRO - AI 0013340-42.2011.8.22.0000; Rel. Des. Moreira Chagas; Julg. - AI 0013340-42.2011.8.22.0000; Rel. Des. Moreira Chagas; Julg.

27/03/2012; DJERO 03/04/2012; Pág. 74)27/03/2012; DJERO 03/04/2012; Pág. 74)

(2.3.) – PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL (CPC, art. 927)

2.3.1. Prova da posse – “2.3.1. Prova da posse – “Cláusula constitutiCláusula constituti” – CPC, art. 927, inc. I” – CPC, art. 927, inc. I

É consabido que a aquisição da posse se dá também pela É consabido que a aquisição da posse se dá também pela cláusulacláusula constituticonstituti inserida em escritura pública de compra e venda de imóvel, o que autoriza, à luz da inserida em escritura pública de compra e venda de imóvel, o que autoriza, à luz da

Legislação Adjetiva Civil, o manejamento de ações possessórias pelo adquirente. ImportaLegislação Adjetiva Civil, o manejamento de ações possessórias pelo adquirente. Importa

ressalvar, mais, que isso se dá mesmo que este nunca tenha exercido atos de ressalvar, mais, que isso se dá mesmo que este nunca tenha exercido atos de posse diretaposse direta

sobre o bem almejado. sobre o bem almejado.

A propósito, vejamos as lições colhidas da doutrina de A propósito, vejamos as lições colhidas da doutrina de CarlosCarlos Roberto GonçalvesRoberto Gonçalves: :

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““ Cláusula Cláusula constituti constituti não se presume. Deve constar expressamente do ato ounão se presume. Deve constar expressamente do ato ou

resultar de estipulação que a pressuponha. Por ela a posse desdobra-se em direta eresultar de estipulação que a pressuponha. Por ela a posse desdobra-se em direta e

indireta. O primitivo possuidor, que tinha posse plena, converte-se em possuidorindireta. O primitivo possuidor, que tinha posse plena, converte-se em possuidor

direto, enquanto o novo proprietário se investe na posse indireta, em virtude dodireto, enquanto o novo proprietário se investe na posse indireta, em virtude do

acordo celebrado. O comprador só adquire a posse indireta, que lhe é transferida semacordo celebrado. O comprador só adquire a posse indireta, que lhe é transferida sem

entrega material da coisa, pela aludida cláusula. entrega material da coisa, pela aludida cláusula.

No constituto possessório o possuidor de uma coisa em nome próprio passa aNo constituto possessório o possuidor de uma coisa em nome próprio passa a

possuí-la em nome alheio. No momento em que o vendedor, por uma declaração depossuí-la em nome alheio. No momento em que o vendedor, por uma declaração de

vontade, transmite a posse da coisa ao comprador, permanecendo, no entanto, na suavontade, transmite a posse da coisa ao comprador, permanecendo, no entanto, na sua

detenção material, converte-se, por um ato de sua vontade, em fâmulo da posse dodetenção material, converte-se, por um ato de sua vontade, em fâmulo da posse do

comprador. De detentor em nome próprio, possuidor que era, converte-se emcomprador. De detentor em nome próprio, possuidor que era, converte-se em

detentor detentor pro alienopro alieno.” (GONÇALVES, Carlos Roberto. .” (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil BrasileiroDireito Civil Brasileiro. São Paulo:. São Paulo:

Saraiva, 2006, vol. 5. Pág. 93)Saraiva, 2006, vol. 5. Pág. 93)

Nesta mesma ordem de entendimento, por prudência colacionamosNesta mesma ordem de entendimento, por prudência colacionamos

alguns julgados:alguns julgados:

DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL.DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. Agravo de instrumento contra decisão que Agravo de instrumento contra decisão que

defere liminar de reintegração de posse, após realização de audiência dedefere liminar de reintegração de posse, após realização de audiência de

justificação. Comprovação da posse anterior e do esbulho. Imóvel adquirido pelajustificação. Comprovação da posse anterior e do esbulho. Imóvel adquirido pela

autora, ora agravante, através de contrato de compra e venda que continha aautora, ora agravante, através de contrato de compra e venda que continha a

cláusula constituti. Possibilidade e legitimidade para defender a posse através dacláusula constituti. Possibilidade e legitimidade para defender a posse através da

ação reintegratória. Agravo a que se nega provimento. (ação reintegratória. Agravo a que se nega provimento. (TJPETJPE - AI 0000307- - AI 0000307-

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1

23.2011.8.17.0000; Sexta Câmara Cível; Rel. Des. Eduardo Augusto Paura Peres;23.2011.8.17.0000; Sexta Câmara Cível; Rel. Des. Eduardo Augusto Paura Peres;

Julg. 08/03/2012; DJEPE 16/03/2012; Pág. 112)Julg. 08/03/2012; DJEPE 16/03/2012; Pág. 112)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. AQUISIÇÃO DE IMÓVEL.APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. AQUISIÇÃO DE IMÓVEL.

CLÁUSULA CONSTITUTI. INTERDITOS POSSESSÓRIOS. RECURSO NÃO PROVIDO. CLÁUSULA CONSTITUTI. INTERDITOS POSSESSÓRIOS. RECURSO NÃO PROVIDO.

O adquirente de imóvel com cláusula constituti passa a exercer a posse indireta,O adquirente de imóvel com cláusula constituti passa a exercer a posse indireta,

a qual pode ser defendida através dos interditos possessórios. (a qual pode ser defendida através dos interditos possessórios. (TJMSTJMS - AC- - AC-

ProcEsp 2011.037324-4/0000-00; Rio Brilhante; Segunda Câmara Cível; Rel. Des.ProcEsp 2011.037324-4/0000-00; Rio Brilhante; Segunda Câmara Cível; Rel. Des.

Julizar Barbosa Trindade; DJEMS 31/01/2012; Pág. 21)Julizar Barbosa Trindade; DJEMS 31/01/2012; Pág. 21)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE MANUTENÇÃO DE POSSE. CONSTITUTOAPELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE MANUTENÇÃO DE POSSE. CONSTITUTO

POSSESSÓRIO. CLÁUSULA NÃO EXTENDIDA. POSSE PRECÁRIA. AÇÃO DEPOSSESSÓRIO. CLÁUSULA NÃO EXTENDIDA. POSSE PRECÁRIA. AÇÃO DE

REINTEGRAÇÃO DE POSSE. EXTINÇÃO DO PRAZO PARA EXERCÍCIO DA POSSE.REINTEGRAÇÃO DE POSSE. EXTINÇÃO DO PRAZO PARA EXERCÍCIO DA POSSE.

PRECARIEDADE. PRECARIEDADE.

1. É precária e de má-fé a posse direta do bem por acordo judicial que ultrapassa1. É precária e de má-fé a posse direta do bem por acordo judicial que ultrapassa

o prazo limite fixado pelas partes, através do instituto chamado constitutoo prazo limite fixado pelas partes, através do instituto chamado constituto

possessório, rotineiramente nominado como cláusula constituti, que na prática,possessório, rotineiramente nominado como cláusula constituti, que na prática,

altera a titularidade da posse, de modo que, a pessoa que a possuía em nomealtera a titularidade da posse, de modo que, a pessoa que a possuía em nome

próprio, torna-se possuidor em nome alheio. próprio, torna-se possuidor em nome alheio.

2. Após findar-se o prazo do acordo judicial que autorizava a posse através do2. Após findar-se o prazo do acordo judicial que autorizava a posse através do

constituto possessório, o possuidor direto passa a ter a posse precária do bemconstituto possessório, o possuidor direto passa a ter a posse precária do bem

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imóvel, sendo legítimo o pedido de reintegração de posse pelo possuidorimóvel, sendo legítimo o pedido de reintegração de posse pelo possuidor

indireto, em razão da configuração do esbulho, nos termos do art. 927, II doindireto, em razão da configuração do esbulho, nos termos do art. 927, II do

CPC, e improcedente o pedido de manutenção da posse, pois esta se dava aCPC, e improcedente o pedido de manutenção da posse, pois esta se dava a

título injusto quando do ajuizamento da ação, não havendo que se falar emtítulo injusto quando do ajuizamento da ação, não havendo que se falar em

turbação. Apelação cível conhecida e desprovida. Sentença reformada de ofício.turbação. Apelação cível conhecida e desprovida. Sentença reformada de ofício.

((TJGOTJGO - AC 444776-19.2008.8.09.0000; Goiânia; Rel. Des. Helio Mauricio de - AC 444776-19.2008.8.09.0000; Goiânia; Rel. Des. Helio Mauricio de

Amorim; DJGO 16/01/2012; Pág. 162)Amorim; DJGO 16/01/2012; Pág. 162)

Na espécie, as partes avençaram a cláusula em estudo nosNa espécie, as partes avençaram a cláusula em estudo nos

seguintes termos:seguintes termos:

“Cláusula 17 – Com o pagamento do preço acertado, transferem-se à adquirente a“Cláusula 17 – Com o pagamento do preço acertado, transferem-se à adquirente a

posse e propriedade do imóvel descrito na cláusula 2. posse e propriedade do imóvel descrito na cláusula 2.

§ 1º - Anue a adquirente que a vendedora ficará no imóvel por prazo não superior a 30§ 1º - Anue a adquirente que a vendedora ficará no imóvel por prazo não superior a 30

(trinta) dias, contados da data do pagamento acima mencionado. “ (trinta) dias, contados da data do pagamento acima mencionado. “

2.3.2. Do 2.3.2. Do esbulhoesbulho praticado pela Ré – CPC, art. 927, inc. II praticado pela Ré – CPC, art. 927, inc. II

O quadro fático em enfoque representa nítido O quadro fático em enfoque representa nítido ato de esbulhoato de esbulho, não de, não de

turbaçãoturbação. É que, segundo melhor doutrina, na turbação, em que pese o ato molestador, o. É que, segundo melhor doutrina, na turbação, em que pese o ato molestador, o

possuidor conserva-se na posse do bem, em que pese clandestinamente. Não é o caso, lógico.possuidor conserva-se na posse do bem, em que pese clandestinamente. Não é o caso, lógico.

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Sem maiores dificuldades verificamos que a Ré pratica ato de Sem maiores dificuldades verificamos que a Ré pratica ato de

posse precária, posse precária, como a propósito lecionam como a propósito lecionam Cristiano Chaves de FariasCristiano Chaves de Farias e e Nelson RosenvaldNelson Rosenvald::

““b.3. Posse precáriab.3. Posse precária: resulta do abuso de confiança do possuidor que: resulta do abuso de confiança do possuidor que

indevidamente retém a coisa além do prazo avençado para o término da relaçãoindevidamente retém a coisa além do prazo avençado para o término da relação

jurídica de direito real ou obrigacional que originou a posse. Inicialmente, ojurídica de direito real ou obrigacional que originou a posse. Inicialmente, o

precarista era qualificado com o proprietário ou possuidor, conduzindo-seprecarista era qualificado com o proprietário ou possuidor, conduzindo-se

licitamente perante a coisa. Todavia, unilateralmente delibera manter o bem emlicitamente perante a coisa. Todavia, unilateralmente delibera manter o bem em

seu poder, além do prazo normal de devolução, praticando verdadeiraseu poder, além do prazo normal de devolução, praticando verdadeira

apropriação indébita. “(FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nélson.apropriação indébita. “(FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nélson.

Direitos ReaisDireitos Reais. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010. Pág. 85). 6ª Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010. Pág. 85)

Uma vez que Uma vez que posse é precáriaposse é precária, na medida que houve a abuso de, na medida que houve a abuso de

confiança e a retenção do bem é indevida, constata-se a figura jurídica do confiança e a retenção do bem é indevida, constata-se a figura jurídica do esbulhoesbulho. .

CÓDIGO CIVILCÓDIGO CIVIL

Art. 1200 - É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.Art. 1200 - É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.

Novamente levamos a efeito a doutrina dos jurisconsultos acimaNovamente levamos a efeito a doutrina dos jurisconsultos acima

mencionados:mencionados:

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““12.5.3.1. Reintegração de Posse12.5.3.1. Reintegração de Posse

É o remédio processual adequado à restituição da posse àquele que a tenhaÉ o remédio processual adequado à restituição da posse àquele que a tenha

perdido em razão de um perdido em razão de um esbulhoesbulho, sendo privado do poder físico sobre a coisa. A, sendo privado do poder físico sobre a coisa. A

pretensão contida na ação de reintegração de posse é a reposição do possuidor àpretensão contida na ação de reintegração de posse é a reposição do possuidor à

situação pregressa ao ato de exclusão da posse, recuperando o poder fático desituação pregressa ao ato de exclusão da posse, recuperando o poder fático de

ingerência socioeconômica sobre a coisa. Não é suficiente o incômodo ou perturbação;ingerência socioeconômica sobre a coisa. Não é suficiente o incômodo ou perturbação;

essencial é que a agressão provoque a perda da possibilidade de controle e atuaçãoessencial é que a agressão provoque a perda da possibilidade de controle e atuação

material no bem antes possuído. material no bem antes possuído.

( . . . )( . . . ) Frise-se que o esbulho não apenas consequente a um ato de força ou ameaçaFrise-se que o esbulho não apenas consequente a um ato de força ou ameaça

contra a pessoa do possuidor ou de seus detentores. Seu espectro é mais amplo econtra a pessoa do possuidor ou de seus detentores. Seu espectro é mais amplo e

abarca as situações em que a posse é subtraída por qualquer dos vícios objetivos,abarca as situações em que a posse é subtraída por qualquer dos vícios objetivos,

enumerados no art. 1.200 do Código Civil. Vale dizer, enumerados no art. 1.200 do Código Civil. Vale dizer, violência, precariedade violência, precariedade ee

clandestinidade. clandestinidade. “ (“ (Ob. e aut. cits. Pág. 126)Ob. e aut. cits. Pág. 126)

Neste sentido:Neste sentido:

AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. EXISTÊNCIA DE LITISPENDÊNCIA E COISAAÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. EXISTÊNCIA DE LITISPENDÊNCIA E COISA

JULGADA. JULGADA.

Imóvel que já foi objeto de ação precedente de manutenção de posseImóvel que já foi objeto de ação precedente de manutenção de posse

promovida pelos ora réus. Sentença transitada em julgada que reconheceu apromovida pelos ora réus. Sentença transitada em julgada que reconheceu a

posse dos apelados. Possibilidade de rediscussão em ação de reintegração deposse dos apelados. Possibilidade de rediscussão em ação de reintegração de

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posse. Preliminares rejeitadas. Prova produzida na ação de usucapião promovidaposse. Preliminares rejeitadas. Prova produzida na ação de usucapião promovida

pelos réus e por estes juntadas com a contestação. Desnecessidade de produçãopelos réus e por estes juntadas com a contestação. Desnecessidade de produção

de outras provas nesta demanda. Prosseguimento do julgamento nos termos dode outras provas nesta demanda. Prosseguimento do julgamento nos termos do

artigo 515, § 3º, do código de processo civil. Presença dos requisitos do artigoartigo 515, § 3º, do código de processo civil. Presença dos requisitos do artigo

927 do código de processo civil. Prova testemunhal corroborada por927 do código de processo civil. Prova testemunhal corroborada por

documentos que comprovam o efetivo exercício da posse indireta dos autores.documentos que comprovam o efetivo exercício da posse indireta dos autores.

Pais do réu que ingressaram no imóvel em razão de contrato firmado com oPais do réu que ingressaram no imóvel em razão de contrato firmado com o

anterior proprietário para extração de madeira. Posse precária. Ausência deanterior proprietário para extração de madeira. Posse precária. Ausência de

animus domini. Esbulho possessório. Recurso conhecido e provido. Viável aanimus domini. Esbulho possessório. Recurso conhecido e provido. Viável a

rediscussão em ação de reintegração de posse, de matéria definitivamenterediscussão em ação de reintegração de posse, de matéria definitivamente

julgada em ação precedente de manutenção de posse, porquanto, o pedido e ajulgada em ação precedente de manutenção de posse, porquanto, o pedido e a

causa da pedir da presente demanda não são idênticos ao da ação anterior, nacausa da pedir da presente demanda não são idênticos ao da ação anterior, na

qual os réus resultaram vencedores. Comprovados pelos autores os requisitosqual os réus resultaram vencedores. Comprovados pelos autores os requisitos

configuradores da ação de reintegração de posse, quais sejam, a sua posse, oconfiguradores da ação de reintegração de posse, quais sejam, a sua posse, o

esbulho praticado pelos réus e a perda da posse, impõe-se a procedência doesbulho praticado pelos réus e a perda da posse, impõe-se a procedência do

pedido para restabelecer os autores no imóvel em litígio. (pedido para restabelecer os autores no imóvel em litígio. (TJSCTJSC - AC - AC

2009.010952-5; Bom Retiro; Terceira Câmara de Direito Civil; Rel. Des. Saul Steil;2009.010952-5; Bom Retiro; Terceira Câmara de Direito Civil; Rel. Des. Saul Steil;

Julg. 15/05/2012; DJSC 24/05/2012; Pág. 215)Julg. 15/05/2012; DJSC 24/05/2012; Pág. 215)

REINTEGRAÇÃO DE POSSE. COMODATO. NOTIFICAÇÃO PARA DESOCUPAÇÃO.REINTEGRAÇÃO DE POSSE. COMODATO. NOTIFICAÇÃO PARA DESOCUPAÇÃO.

POSSE PRECÁRIA. ESBULHO. CARACTERIZADO. POSSE PRECÁRIA. ESBULHO. CARACTERIZADO.

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Extinto o comodato, a permanência do comodatário no imóvel após notificaçãoExtinto o comodato, a permanência do comodatário no imóvel após notificação

extrajudicial de desocupação do bem caracteriza esbulho, impondo-se aextrajudicial de desocupação do bem caracteriza esbulho, impondo-se a

reintegração da posse em favor do comodante. (reintegração da posse em favor do comodante. (TJROTJRO - APL 0248078- - APL 0248078-

40.2009.8.22.0001; Rel. Des. Alexandre Miguel; Julg. 02/05/2012; DJERO40.2009.8.22.0001; Rel. Des. Alexandre Miguel; Julg. 02/05/2012; DJERO

09/05/2012; Pág. 100)09/05/2012; Pág. 100)

APELAÇÃO CÍVEL. POSSE (BENS IMÓVEIS). AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE.APELAÇÃO CÍVEL. POSSE (BENS IMÓVEIS). AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE.

ESBULHO. OCORRÊNCIA. REQUISITOS DO ARTIGO 927 DO CÓDIGO DEESBULHO. OCORRÊNCIA. REQUISITOS DO ARTIGO 927 DO CÓDIGO DE

PROCESSO CÍVIL DEVIDAMENTE DEMONSTRADOS. SENTENÇA MANTIDA. PROCESSO CÍVIL DEVIDAMENTE DEMONSTRADOS. SENTENÇA MANTIDA.

I. Para a procedência da pretensão de reintegração da posse, cabe a parteI. Para a procedência da pretensão de reintegração da posse, cabe a parte

autora a demonstração do cumprimento dos requisitos insculpidos no artigo 927autora a demonstração do cumprimento dos requisitos insculpidos no artigo 927

do CPC, quais sejam: A) posse anterior; b) o esbulho praticado pelo réu; c) datado CPC, quais sejam: A) posse anterior; b) o esbulho praticado pelo réu; c) data

do esbulho; d) a perda da posse. do esbulho; d) a perda da posse.

II. No caso dos autos, o bem objeto da pretensão reintegratoria foi emprestadoII. No caso dos autos, o bem objeto da pretensão reintegratoria foi emprestado

pela família do autor à municipalidade que, por sua vez, o cedeu a área à políciapela família do autor à municipalidade que, por sua vez, o cedeu a área à polícia

rodoviária federal para a instalação de posto policial. O demandado/apelante,rodoviária federal para a instalação de posto policial. O demandado/apelante,

policial federal que lá atuava, obteve permissão da corporação para residir napolicial federal que lá atuava, obteve permissão da corporação para residir na

parte dos fundos do bem. Desativado o posto policial e, por consequência, oparte dos fundos do bem. Desativado o posto policial e, por consequência, o

empréstimo da área, permaneceu o policial residindo no imóvel, dando ensejo àempréstimo da área, permaneceu o policial residindo no imóvel, dando ensejo à

pretensão reintegratória. Demonstrada documentalmente a posse anterior dopretensão reintegratória. Demonstrada documentalmente a posse anterior do

autor e a posse precária do demandado, decorrente da mera permissão de usoautor e a posse precária do demandado, decorrente da mera permissão de uso

do bem, de ser mantida hígida a sentença de procedência da ação dedo bem, de ser mantida hígida a sentença de procedência da ação de

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reintegração de posse. À unanimidade, negaram provimento ao apelo. (reintegração de posse. À unanimidade, negaram provimento ao apelo. (TJRSTJRS - AC - AC

457439-11.2011.8.21.7000; Dom Pedrito; Décima Sétima Câmara Cível; Relª457439-11.2011.8.21.7000; Dom Pedrito; Décima Sétima Câmara Cível; Relª

Desª Liege Puricelli Pires; Julg. 12/04/2012; DJERS 30/04/2012)Desª Liege Puricelli Pires; Julg. 12/04/2012; DJERS 30/04/2012)

2.3.3. Da data do 2.3.3. Da data do esbulhoesbulho – CPC, art. 927, inc. III – CPC, art. 927, inc. III

Temos que o Réu fora cientificado do esbulho na data deTemos que o Réu fora cientificado do esbulho na data de

11/22/3333, 11/22/3333, data fixada na notificaçãodata fixada na notificação para desocupação do imóvel. ( para desocupação do imóvel. (doc. 03doc. 03))

Quanto à data para efeito de esbulho, ainda sob a égide das liçõesQuanto à data para efeito de esbulho, ainda sob a égide das lições

de de Carlos Roberto GonçalvesCarlos Roberto Gonçalves, temos que:, temos que:

““ O prazo começa a contar-se, em regra, no momento em que se dá a violação daO prazo começa a contar-se, em regra, no momento em que se dá a violação da

posse. O esbulhador violento obtém a posse da coisa mediante o uso da coação físicaposse. O esbulhador violento obtém a posse da coisa mediante o uso da coação física

ou coação moral; o clandestino, de modo sub-reptício, às escondidas. No último caso,ou coação moral; o clandestino, de modo sub-reptício, às escondidas. No último caso,

o prazo de ano e dia para o ajuizamento da ação possessória terá início a partir doo prazo de ano e dia para o ajuizamento da ação possessória terá início a partir do

momento em que o possuidor tomou conhecimento da prática do ato. momento em que o possuidor tomou conhecimento da prática do ato.

( . . . )( . . . )

Nos casos do esbulho pacífico, o prazo de ano e dia se conta da data em que oNos casos do esbulho pacífico, o prazo de ano e dia se conta da data em que o

possuidor direto deveria restituir a coisa ao possuidor indireto. Se aquela possuía apossuidor direto deveria restituir a coisa ao possuidor indireto. Se aquela possuía a

coisa por tempo determinado, a contagem se inicia a partir de seu vencimento,coisa por tempo determinado, a contagem se inicia a partir de seu vencimento,

segundo a regra segundo a regra dies interpellat pro hominedies interpellat pro homine. Se, todavia, a posse direta era exercida. Se, todavia, a posse direta era exercida

por prazo indeterminado, a possuidor deve ser constituído em mora mediantepor prazo indeterminado, a possuidor deve ser constituído em mora mediante

notificação prévia, com fixação do prazo para devolução da coisa, como condição paranotificação prévia, com fixação do prazo para devolução da coisa, como condição para

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o ajuizamento do interdito. Vencido o prazo da notificação, inicia-se a contagem doo ajuizamento do interdito. Vencido o prazo da notificação, inicia-se a contagem do

mencionado prazo de ano e dia. “(mencionado prazo de ano e dia. “(Ob. e aut. cits. Págs. 136-137)Ob. e aut. cits. Págs. 136-137)

(2.4.) – DO PLEITO DE ‘MEDIDA LIMINAR’ (CPC, art. 928)

A Autora faz jus à A Autora faz jus à medida liminar de reintegração de possemedida liminar de reintegração de posse inauditainaudita altera partealtera parte. (. (CPC, art. 928CPC, art. 928))

A presente peça vestibular encontra-se devida instruída provaA presente peça vestibular encontra-se devida instruída prova

documental robusta, prova esta pertinente aos pressupostos estatuídos no documental robusta, prova esta pertinente aos pressupostos estatuídos no art. 927 e seusart. 927 e seus incisos do Estatuto de Ritosincisos do Estatuto de Ritos. .

Frise-se, mais, que na hipótese em vertente não que se falar emFrise-se, mais, que na hipótese em vertente não que se falar em

periculum in morapericulum in mora. É que, como consabido, não estamos diante de pleito com função cautelar.. É que, como consabido, não estamos diante de pleito com função cautelar.

Pelo contrário, aqui debruça-se acerca do direito objetivo material. Pelo contrário, aqui debruça-se acerca do direito objetivo material.

Neste diapasão, Neste diapasão, provados o esbulho e sua dataprovados o esbulho e sua data (força nova), há de (força nova), há de

ser concedido a ser concedido a medida liminarmedida liminar, independentemente da oitiva preliminar da parte promovida., independentemente da oitiva preliminar da parte promovida.

Não há que se falar, portanto, em ato discricionário quanto à concessão desta medida judicial. Não há que se falar, portanto, em ato discricionário quanto à concessão desta medida judicial.

A propósito, vejamos as lições de A propósito, vejamos as lições de Humberto Theodoro JúniorHumberto Theodoro Júnior::

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““ Costuma-se encontrar em alguns acórdãos a afirmativa de que o juiz teriaCostuma-se encontrar em alguns acórdãos a afirmativa de que o juiz teria

grande autonomia ou poder discricionário para solucionar o pedido de mandadogrande autonomia ou poder discricionário para solucionar o pedido de mandado

liminar nas ações possessórias. A tese, porém, não merece guarida. A lei confere aoliminar nas ações possessórias. A tese, porém, não merece guarida. A lei confere ao

possuidor o direito à proteção liminar de sua posse, mas o faz subordinando-o a fatospossuidor o direito à proteção liminar de sua posse, mas o faz subordinando-o a fatos

precisos, como a existência da posse, a moléstia sofrida na posse e a data em queprecisos, como a existência da posse, a moléstia sofrida na posse e a data em que

tenha ocorrido.tenha ocorrido.

Logo, reunidos os pressupostos da medida, não fica ao alvedrio do juiz deferi-laLogo, reunidos os pressupostos da medida, não fica ao alvedrio do juiz deferi-la

ou não, o mesmo ocorrendo quando não haja a necessária comprovação. “(THEDOROou não, o mesmo ocorrendo quando não haja a necessária comprovação. “(THEDORO

JÚNIOR, Humberto. JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual CivilCurso de Direito Processual Civil . 42ª Ed. Rio de Janeiro: Forense,. 42ª Ed. Rio de Janeiro: Forense,

2010, vol. 3. Pág. 119)2010, vol. 3. Pág. 119)

Neste sentido:Neste sentido:

EMBARGOS DECLARATÓRIOS NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DEEMBARGOS DECLARATÓRIOS NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE

REINTEGRAÇÃO DE POSSE. OMISSÃO INEXISTENTE. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. OMISSÃO INEXISTENTE.

I. Na ausência de omissão, obscuridade ou contradição, não há que se falar emI. Na ausência de omissão, obscuridade ou contradição, não há que se falar em

admissibilidade dos embargos opostos, até mesmo para os fins deadmissibilidade dos embargos opostos, até mesmo para os fins de

prequestionamento. prequestionamento.

II. Comprovando-se nos autos os elementos necessários à concessão da medidaII. Comprovando-se nos autos os elementos necessários à concessão da medida

liminar em ação de reintegração de posse, quais sejam, a posse anterior doliminar em ação de reintegração de posse, quais sejam, a posse anterior do

autor, o esbulho praticado pelo réu, a perda da posse e a data do esbulho, háautor, o esbulho praticado pelo réu, a perda da posse e a data do esbulho, há

que ser mantida a decisão que deferiu a liminar pleiteada, nos termos doque ser mantida a decisão que deferiu a liminar pleiteada, nos termos do

disposto no art. 928 do CPC. Embargos declaratórios rejeitados. (disposto no art. 928 do CPC. Embargos declaratórios rejeitados. (TJGOTJGO - EDcl-AI - EDcl-AI

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426757-57.2011.8.09.0000; Caçu; Rel. Juiz Roberto Horacio de Rezende; DJGO426757-57.2011.8.09.0000; Caçu; Rel. Juiz Roberto Horacio de Rezende; DJGO

03/05/2012; Pág. 230)03/05/2012; Pág. 230)

PROCESSUAL CIVIL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. PEDIDO DE LIMINAR.PROCESSUAL CIVIL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. PEDIDO DE LIMINAR.

DEFERIMENTO. REQUISITOS DOS ARTS. 927 E 928 DO CPC. POSSIBILIDADE. DEFERIMENTO. REQUISITOS DOS ARTS. 927 E 928 DO CPC. POSSIBILIDADE.

I - Em sede de ação de reintegração de posse pelo rito especial a concessão deI - Em sede de ação de reintegração de posse pelo rito especial a concessão de

liminar fica condicionada à observância do requisito temporal do esbulho, qualliminar fica condicionada à observância do requisito temporal do esbulho, qual

seja a prática do ato há pelo menos ano e dia, o que se denomina ação de forçaseja a prática do ato há pelo menos ano e dia, o que se denomina ação de força

nova, e ainda, à demonstração da posse e da turbação praticada pelo réu,nova, e ainda, à demonstração da posse e da turbação praticada pelo réu,

ocorrida há menos de uma ano e um dia. ocorrida há menos de uma ano e um dia.

II - Os autos demonstram que o agravante disponibilizou em favor de uma filhaII - Os autos demonstram que o agravante disponibilizou em favor de uma filha

um imóvel residencial que compõe o acervo patrimonial dos seus falecidosum imóvel residencial que compõe o acervo patrimonial dos seus falecidos

genitores, e deixou, contudo, de efetuar pagamentos relativos ao bem, taisgenitores, e deixou, contudo, de efetuar pagamentos relativos ao bem, tais

como taxas condominiais, IPTU, ocasionando dívidas para a universalidade,como taxas condominiais, IPTU, ocasionando dívidas para a universalidade,

capaz de gravar os demais bens inventariados. capaz de gravar os demais bens inventariados.

III - Constitui dever do inventariante zelar pela higidez do acervo patrimonial aIII - Constitui dever do inventariante zelar pela higidez do acervo patrimonial a

ser, futuramente, partilhado entre os herdeiros, zelando por eles como se seusser, futuramente, partilhado entre os herdeiros, zelando por eles como se seus

fossem, segundo prevê o art. 991, II, do CPC. fossem, segundo prevê o art. 991, II, do CPC.

lV - O recorrente, ao dar posse de um dos imóveis pertencentes ao espólio à sualV - O recorrente, ao dar posse de um dos imóveis pertencentes ao espólio à sua

filha, destinou a coisa comum a estranhos e sem o consenso dos demaisfilha, destinou a coisa comum a estranhos e sem o consenso dos demais

herdeiros, exercendo direito incompatível com a indivisão do bem e praticandoherdeiros, exercendo direito incompatível com a indivisão do bem e praticando

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esbulho, cuja data atribuída foi a do dia 08/09/2004, sendo a lide reintegratóriaesbulho, cuja data atribuída foi a do dia 08/09/2004, sendo a lide reintegratória

proposta no início de dezembro de 2004, não distando de um ano e um dia.proposta no início de dezembro de 2004, não distando de um ano e um dia.

Houve violação aos arts. 1.723 e seu § único e 1.314 e seu § unitário. Houve violação aos arts. 1.723 e seu § único e 1.314 e seu § unitário.

V - A reintegração de posse e a sua medida liminar é possível quando presentesV - A reintegração de posse e a sua medida liminar é possível quando presentes

os requisitos dos arts. 927 e 928 do código de processo civil, quandoos requisitos dos arts. 927 e 928 do código de processo civil, quando

demonstrada a posse do bem - Pertencente ao espólio, o esbulho - Invasão dodemonstrada a posse do bem - Pertencente ao espólio, o esbulho - Invasão do

imóvel para moradia da filha de um dos herdeiros, a data do esbulho - E, por fim,imóvel para moradia da filha de um dos herdeiros, a data do esbulho - E, por fim,

que se trata de ação de força nova. Recurso conhecido, porém improvido. (que se trata de ação de força nova. Recurso conhecido, porém improvido. (TJCETJCE

- AI 7674-75.2009.8.06.0000/0; Segunda Câmara Cível; Rel. Des. Ademar Mendes- AI 7674-75.2009.8.06.0000/0; Segunda Câmara Cível; Rel. Des. Ademar Mendes

Bezerra; DJCE 05/07/2011; Pág. 19)Bezerra; DJCE 05/07/2011; Pág. 19)

Destarte, pede a Autora seja deferida Destarte, pede a Autora seja deferida medida liminarmedida liminar de de reintegração de posse no imóvel descrito nesta peça proemial, sem a outiva prévia dareintegração de posse no imóvel descrito nesta peça proemial, sem a outiva prévia da parte contrária, a ser cumprida por dois oficiais de justiça, facultando-lhes a utilização departe contrária, a ser cumprida por dois oficiais de justiça, facultando-lhes a utilização de força policial e ordem de arrombamentoforça policial e ordem de arrombamento. .

SucessivamenteSucessivamente ( (CPC, art. 289CPC, art. 289), caso assim não entenda Vossa), caso assim não entenda Vossa

Excelência, o que se diz apenas por argumentar, de já a Autora destaca o rol de testemunhas,Excelência, o que se diz apenas por argumentar, de já a Autora destaca o rol de testemunhas,

na eventual hipótese de audiência prévia de justificação. (na eventual hipótese de audiência prévia de justificação. (CPC, art 928, CPC, art 928, segunda partesegunda parte))

1) Fulano das Quantas, casado, corretor de imóveis, residente e domiciliado na Rua Xista,1) Fulano das Quantas, casado, corretor de imóveis, residente e domiciliado na Rua Xista, nº. 4455, em Curitiba (PR);nº. 4455, em Curitiba (PR);

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2) Beltrano das Quantas, casado, corretor de imóveis, residente e domiciliado na Rua2) Beltrano das Quantas, casado, corretor de imóveis, residente e domiciliado na Rua Xista, nº. 4455, em Curitiba (PR);Xista, nº. 4455, em Curitiba (PR);

Requer-se, ainda no importe do pleito sucessivo, a Requer-se, ainda no importe do pleito sucessivo, a citação da Récitação da Ré para comparecer à audiência de justificação (para comparecer à audiência de justificação (CPC, art. 928, CPC, art. 928, segunda partesegunda parte) e a intimação das) e a intimação das

testemunhas também para esta finalidade processual e, ademais, provado o quadro fático oratestemunhas também para esta finalidade processual e, ademais, provado o quadro fático ora

narrado, de logo pleiteia-se o deferimento da narrado, de logo pleiteia-se o deferimento da medida liminar de reintegração de possemedida liminar de reintegração de posse. (. (CPC,CPC, art. 929art. 929))

(2.5.) – PEDIDO CUMULADO DE INDENIZAÇÃO (CPC, art. 921, inc. I)

De outro contexto, a Ré fora cientificada na notificação que, a títuloDe outro contexto, a Ré fora cientificada na notificação que, a título

de indenização, pagaria à Autora a quantia mensal de R$ 0.000,00 (.x.x.x.), valor estede indenização, pagaria à Autora a quantia mensal de R$ 0.000,00 (.x.x.x.), valor este

correspondente ao valor de aluguel de imóveis na região. Tal conduta fora feita por analogia aocorrespondente ao valor de aluguel de imóveis na região. Tal conduta fora feita por analogia ao

que preceitua o que preceitua o art. 582 do Código Civilart. 582 do Código Civil, uma vez que a Ré figura, , uma vez que a Ré figura, grosso modogrosso modo, como, como

comodatária quando nada paga em retribuição à utilização do imóvel. comodatária quando nada paga em retribuição à utilização do imóvel.

Tal pedido não contém qualquer óbice legal, maiormente naTal pedido não contém qualquer óbice legal, maiormente na

cumulação de procedimentos:cumulação de procedimentos:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. SENTENÇA QUEAPELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. SENTENÇA QUE

EXCLUIU UM DOS RÉUS DA DEMANDA. EXCLUIU UM DOS RÉUS DA DEMANDA.

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Afastada a preliminar de legitimidade passiva do réu excluído. Pedido deAfastada a preliminar de legitimidade passiva do réu excluído. Pedido de

majoração do quantum fixado a título de perdas e danos. Possibilidade.majoração do quantum fixado a título de perdas e danos. Possibilidade.

Comprovantes de gastos nos autos. Não impugnação por parte dos réus.Comprovantes de gastos nos autos. Não impugnação por parte dos réus.

Desnecessidade de ajuizamento de ação autônoma. Inteligência do artigo 921,Desnecessidade de ajuizamento de ação autônoma. Inteligência do artigo 921,

inciso I, do código de processo civil. Alegada litigância de má-fé. Nãoinciso I, do código de processo civil. Alegada litigância de má-fé. Não

configuração das causas do artigo 17 do código de processo civil. Correçãoconfiguração das causas do artigo 17 do código de processo civil. Correção

monetária (índice CGJ-SC) e juros de mora (taxa selic) contados a partir domonetária (índice CGJ-SC) e juros de mora (taxa selic) contados a partir do

arbitramento. Precedentes desta corte. Sentença reformada em parte. Apeloarbitramento. Precedentes desta corte. Sentença reformada em parte. Apelo

conhecido e parcialmente provido. O ordenamento jurídico permiteconhecido e parcialmente provido. O ordenamento jurídico permite

expressamente e não há nenhuma incompatibilidade com a cumulação dosexpressamente e não há nenhuma incompatibilidade com a cumulação dos

pedidos de reintegração de posse e indenização por perdas e danos (AC n.pedidos de reintegração de posse e indenização por perdas e danos (AC n.

2002.003402-9, de tubarão, Rel. Des. Henry petry Junior, j. Em 8-1-2008). Não há2002.003402-9, de tubarão, Rel. Des. Henry petry Junior, j. Em 8-1-2008). Não há

falar em litigância de má-fé quando ausente conduta processual ilícita efalar em litigância de má-fé quando ausente conduta processual ilícita e

qualquer das hipóteses elencadas no artigo 17 do código de processo civil.qualquer das hipóteses elencadas no artigo 17 do código de processo civil.

Precedentes do Superior Tribunal de Justiça. (Precedentes do Superior Tribunal de Justiça. (TJSCTJSC - AC 2009.044308-7; - AC 2009.044308-7;

Navegantes; Sexta Câmara de Direito Civil; Rel. Des. Jaime Luiz Vicari; Julg.Navegantes; Sexta Câmara de Direito Civil; Rel. Des. Jaime Luiz Vicari; Julg.

01/02/2012; DJSC 13/02/2012; Pág. 165)01/02/2012; DJSC 13/02/2012; Pág. 165)

AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE COM PEDIDO DE LIMINAR CUMULADAAÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE COM PEDIDO DE LIMINAR CUMULADA

COM PERDAS E DANOS E DESFAZIMENTO DAS CONSTRUÇÕES. COM PERDAS E DANOS E DESFAZIMENTO DAS CONSTRUÇÕES.

Antena de telefonia celular. Caso em que a sentença apelada mostra-seAntena de telefonia celular. Caso em que a sentença apelada mostra-se

contraditória, pois ao mesmo tempo em que julgou parcialmente procedente ocontraditória, pois ao mesmo tempo em que julgou parcialmente procedente o

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pedido reintegratório, pela ainda existência de estruturas de suporte de antena,pedido reintegratório, pela ainda existência de estruturas de suporte de antena,

o que confirma a continuidade do esbulho, decidiu pela prescrição do pleito deo que confirma a continuidade do esbulho, decidiu pela prescrição do pleito de

perdas e danos decorrentes exatamente deste esbulho. Aliás, percebe-se que aperdas e danos decorrentes exatamente deste esbulho. Aliás, percebe-se que a

prescrição declarada não se encontra devidamente fundamentada, pois seprescrição declarada não se encontra devidamente fundamentada, pois se

limitou a dizer da sua ocorrência, inclusive a base legal, mas olvidando-se delimitou a dizer da sua ocorrência, inclusive a base legal, mas olvidando-se de

manifestar-se especificamente quanto ao caso concreto. Ademais, se a práticamanifestar-se especificamente quanto ao caso concreto. Ademais, se a prática

de esbulho permanecia e o art. 921, I, do CPC, prevê cumular-se ao pedidode esbulho permanecia e o art. 921, I, do CPC, prevê cumular-se ao pedido

possessório o de condenação em perdas e danos, não há que se falar empossessório o de condenação em perdas e danos, não há que se falar em

esgotamento do prazo para postulá-los. Valor da indenização a ser apurado emesgotamento do prazo para postulá-los. Valor da indenização a ser apurado em

fase de liquidação de sentença, por arbitramento, conforme determinado nestafase de liquidação de sentença, por arbitramento, conforme determinado nesta

decisão, afastado o critério pretendido pelo recorrente. Apelo parcialmentedecisão, afastado o critério pretendido pelo recorrente. Apelo parcialmente

provido. (provido. (TJRSTJRS - AC 475672-56.2011.8.21.7000; Teutônia; Décima Sétima Câmara - AC 475672-56.2011.8.21.7000; Teutônia; Décima Sétima Câmara

Cível; Relª Desª Elaine Harzheim Macedo; Julg. 10/11/2011; DJERS 22/11/2011)Cível; Relª Desª Elaine Harzheim Macedo; Julg. 10/11/2011; DJERS 22/11/2011)

SubsidiariamenteSubsidiariamente a Autora requer que Vossa Excelência estipule a Autora requer que Vossa Excelência estipule

valor de aluguel mensal, ou um outro valor diário, a título de indenização pela utilização dovalor de aluguel mensal, ou um outro valor diário, a título de indenização pela utilização do

imóvel em apreço. imóvel em apreço.

( 3 ) – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

POSTO ISTO,POSTO ISTO,

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estando a inicial devidamente instruída, a Autora solicita que Vossa Excelência se digne deestando a inicial devidamente instruída, a Autora solicita que Vossa Excelência se digne de

tomar as seguintes providências:tomar as seguintes providências:

a) Requer, após cumprida a medida liminar em ensejo, a) Requer, após cumprida a medida liminar em ensejo, a citação da Réa citação da Ré por por mandado para, no prazo de cinco dias, responder aos termos da presentemandado para, no prazo de cinco dias, responder aos termos da presente demanda (CPC, art. 930);demanda (CPC, art. 930);

b) pede, mais, sejam julgados procedentes os pedidos formulados nab) pede, mais, sejam julgados procedentes os pedidos formulados na presente ação, confirmando-se por definitivo a medida liminar antespresente ação, confirmando-se por definitivo a medida liminar antes conferida e reintegrando na posse a Autora, condenando a parte Ré a pagarconferida e reintegrando na posse a Autora, condenando a parte Ré a pagar indenização correspondente a aluguel mensal de R$ 0.000,00 ( .x.x.x. ), até aindenização correspondente a aluguel mensal de R$ 0.000,00 ( .x.x.x. ), até a efetiva entrega do imóvel. Sucessivamente, pleteia indenização a ser definidaefetiva entrega do imóvel. Sucessivamente, pleteia indenização a ser definida por Vossa Excelência, ou em liquidação de sentença;por Vossa Excelência, ou em liquidação de sentença;

c) pede, outrossim, seja a Ré condenada ao pagamento de honoráriosc) pede, outrossim, seja a Ré condenada ao pagamento de honorários advocatícios e custas processuais;advocatícios e custas processuais;

d) requer a estipulação de penalidade à Ré, em face de eventuais e novosd) requer a estipulação de penalidade à Ré, em face de eventuais e novos atos de ilícitos possessórios (CPC, art. 921, inc. II);atos de ilícitos possessórios (CPC, art. 921, inc. II);

e) entende a Autora que o resultado da demanda prescinde de produção dee) entende a Autora que o resultado da demanda prescinde de produção de provas, tendo em conta a prova documental colacionada aos autos.provas, tendo em conta a prova documental colacionada aos autos. Todavia, ressalva a mesma que, caso este não seja o entendimento deTodavia, ressalva a mesma que, caso este não seja o entendimento de Vossa Excelência, protesta provar o Vossa Excelência, protesta provar o alegado por todos os meios de provaalegado por todos os meios de prova em direitos admitidos, por mais especiais que sejam, sobretudo com aem direitos admitidos, por mais especiais que sejam, sobretudo com a

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oitiva de testemunhas, perícia, depoimento pessoal do(s) representante(s)oitiva de testemunhas, perícia, depoimento pessoal do(s) representante(s) legal(is) da Ré, o que desde já requer, sob pena de confissão.legal(is) da Ré, o que desde já requer, sob pena de confissão.

Concede-se à causa o valor de Concede-se à causa o valor de R$ 00.000,00 ( .x.x.x. ).R$ 00.000,00 ( .x.x.x. ).

Respeitosamente, pede deferimento.Respeitosamente, pede deferimento.

Curitiba(PR), 00 de junho de 0000.Curitiba(PR), 00 de junho de 0000.

P.p P.p Fulano de TalFulano de Tal Advogado - OAB(PR) 332211Advogado - OAB(PR) 332211