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- 1 - 03305-010 - Rua Terra Roxa, 426 Tatuapé São Paulo - SP (11) 2671-0466 email: [email protected] - site: www.ebanataw.com.br/vistorias RMW\ET-16\c:\arquivos\03\WE032.DOC em 18/03/2015 09:00. Excelentíssima Promotora de Justiça Senhora Simone Cristina Schultz Corrêa Permita-me o atrevimento de compartilhar com Vossa Excelência a angústia que sinto toda vez que vejo notícia de mortes nas estradas brasileiras. Como brasileiro e engenheiro, eu tive a honra de participar do projeto de rodovias importantes como a Rodovia dos Imigrantes que liga Santos a São Paulo, caminho trilhado por meus pais quando imigraram a este Novo Mundo com grandes esperanças de uma vida melhor porém receosos de enfrentar adversidades devido a diferenças de língua e cultura. Felizmente se deram bem e conseguiram formar seu filho que, dando continuidade à tenacidade, dedicação e persistência participou do projeto das grandes obras da engenharia nacional como o Sistema Cantareira de Abastecimento de Água, Hidrelétrica de Itaipu, Ilha Solteira e Tucuruí. Aprendi que quando a engenharia elabora o projeto de uma estrada tem diversas preocupações como o traçado, a velocidade, a inclinação da subida, a declividade da descida, o raio de curvatura mas, fundamentalmente, tem a preocupação com a segurança, o conforto e o bem estar do motorista e dos demais ocupantes do veículo. Ajuda o engenheiro nessa empreitada todo o conhecimento científico obtido no curso de graduação como a Mecânica, a Cinemática, a Dinâmica e a Resistência dos Materiais como também normas técnicas emitidas por entidades reguladoras como o DNIT, o antigo DNER, os órgãos estaduais como o DER-SC, o DER-SP e também e principalmente a ABNT, a Associação Brasileira de Normas Técnicas. Particularmente interessante são as Diretrizes para a Concepção de Estradas, comumente identificada pela sigla DCE, emitidas pelo Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina. Classifica as estradas em Categorias A, B, C, D e E conforme sua localização seja em áreas urbanizadas ou fora de áreas urbanizadas. Considera, também, a Função da mesma, desde a Ligação Longa passando pela Interligação de Comunidades e até a Ligação Secundária. Em cada combinação entre Classificação e Função estabelece a Velocidade Admissível, o tipo de pista, se Simples ou Dupla, a convivência entre Veículos Automotores, Bicicletas e Pedestres e a necessidade de componentes segregadores para a garantia da necessária segurança. Diz ainda, as DCE, que o tipo de relevo é decisivo para o traçado da estrada e “Em relevo característico de montanhas, no qual, por exemplo, para se vencer grandes diferenças de cotas (entenda-se altitude) é feito uma traçado em reversão (voltas), o motorista não espera um

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03305-010 - Rua Terra Roxa, 426 – Tatuapé – São Paulo - SP – (11) 2671-0466 email: [email protected] - site: www.ebanataw.com.br/vistorias

RMW\ET-16\c:\arquivos\03\WE032.DOC em 18/03/2015 09:00.

Excelentíssima Promotora de Justiça Senhora Simone Cristina Schultz Corrêa

Permita-me o atrevimento de compartilhar com Vossa Excelência a angústia que sinto toda vez

que vejo notícia de mortes nas estradas brasileiras.

Como brasileiro e engenheiro, eu tive a honra de participar do projeto de rodovias importantes

como a Rodovia dos Imigrantes que liga Santos a São Paulo, caminho trilhado por meus pais

quando imigraram a este Novo Mundo com grandes esperanças de uma vida melhor porém

receosos de enfrentar adversidades devido a diferenças de língua e cultura.

Felizmente se deram bem e conseguiram formar seu filho que, dando continuidade à

tenacidade, dedicação e persistência participou do projeto das grandes obras da engenharia

nacional como o Sistema Cantareira de Abastecimento de Água, Hidrelétrica de Itaipu, Ilha

Solteira e Tucuruí.

Aprendi que quando a engenharia elabora o projeto de uma estrada tem diversas preocupações

como o traçado, a velocidade, a inclinação da subida, a declividade da descida, o raio de

curvatura mas, fundamentalmente, tem a preocupação com a segurança, o conforto e o bem

estar do motorista e dos demais ocupantes do veículo.

Ajuda o engenheiro nessa empreitada todo o conhecimento científico obtido no curso de

graduação como a Mecânica, a Cinemática, a Dinâmica e a Resistência dos Materiais como

também normas técnicas emitidas por entidades reguladoras como o DNIT, o antigo DNER, os

órgãos estaduais como o DER-SC, o DER-SP e também e principalmente a ABNT, a

Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Particularmente interessante são as Diretrizes para a Concepção de Estradas, comumente

identificada pela sigla DCE, emitidas pelo Departamento de Estradas de Rodagem de Santa

Catarina.

Classifica as estradas em Categorias A, B, C, D e E conforme sua localização seja em áreas

urbanizadas ou fora de áreas urbanizadas. Considera, também, a Função da mesma, desde a

Ligação Longa passando pela Interligação de Comunidades e até a Ligação Secundária.

Em cada combinação entre Classificação e Função estabelece a Velocidade Admissível, o tipo

de pista, se Simples ou Dupla, a convivência entre Veículos Automotores, Bicicletas e

Pedestres e a necessidade de componentes segregadores para a garantia da necessária

segurança.

Diz ainda, as DCE, que o tipo de relevo é decisivo para o traçado da estrada e “Em relevo

característico de montanhas, no qual, por exemplo, para se vencer grandes diferenças de cotas

(entenda-se altitude) é feito uma traçado em reversão (voltas), o motorista não espera um

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trecho confortável em termos de trânsito segundo o traçado de relação, mas sim espera um

trecho com uma quantidade relativamente grande de curvas e de trânsito difícil”.

Devo esclarecer que “traçado de relação” é um jargão técnico, um critério em que os raios de

curvatura não sofrem grandes variações pois uma curva de raio curto depois de uma curva de

raio longo induz, no condutor, uma certa precipitação.

Complementa o parágrafo com “Desde que a irregularidade do traçado seja anunciada ao

motorista em tempo hábil, o traçado de relação não precisa ser empregado, em ambos os

casos”.

O anúncio da irregularidade do traçado é feita com placas de Advertência (fundo amarelo) e

pode ser empregada as placas do tipo:

CÓDIGO DESENHO SIGNIFICADO

A2b

Curva à Direita

A1b

Curva Acentuada à Direita

A3b

Pista Sinuosa à Direita

A4b

Curva Acentuada em “S” à Direita

A5b

Curva em “S” à Direita

A20A

Declive Acentuado

A20b

Aclive Acentuado

As escolhas e as distâncias para um “anuncio em tempo hábil” é determinado, caso a caso, para

permitir um desenrolar seguro do tráfego em termos de deslocamento dinâmico, da

movimentação, da visibilidade e da drenagem, relativamente à um veículo individual.

Ainda as DCE, o Capítulo2 esclarece que:

“A concepção de uma estrada, definida como ciclo de trabalho desde a ideia até

a sua implantação, é efetuada em diversas fases, com o resultado de um trabalho

iterativo de progressão, definido para registro através de desenhos, cálculos e

descrição dos projetos.

Estas fases seguem em etapas de desenrolar que se inter-relacionam, nas quais a

documentação se torna cada vez mais detalhada e precisa. Em cada fase são

realizadas decisões de avaliação e decisões intermediárias, as quais devem ser

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documentadas cuidadosamente. Somente assim o desenrolar lógico dos

trabalhos de uma concepção se torna consultável também no final do processo”.

Espero não estar cansando Vossa Excelência com este cansativo romance técnico mas é minha

intenção mostrar que há uma complexa preocupação da engenharia em dotar a estrada de todos

os componentes de segurança para os usuários.

Além da Sinalização Vertical (placas na lateral da pista) e da Sinalização Horizontal (linhas

demarcatórias e setas indicadoras pintadas no piso), a engenharia de estrada se vale de

componentes de segurança como grades, barreiras, picolés e defensas.

Um desses componentes de segurança que deve fazer parte de trechos críticos como passagens

superiores, trechos ao lado de precipícios e curvas fechadas é a Defensa.

O uso de Defensas, tecnicamente chamadas de Barreiras de Concreto, é regulada por normas

do DNIT, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes do Ministério dos

Transportes, DNIT 109/2009-PRO:

É também regulado pela norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR-14.885:

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Trata-se de um componente vital para a segurança do tráfego em trechos críticos e,

especialmente em trechos curvos ao lado de precipícios.

Trafegando por uma via (estrada, avenida ou rua), qualquer veículo, com a manutenção em dia ou não,

corre o risco de ficar desgovernado: O estouro de um pneu, uma pequena distração do motorista que

foi mudar a estação de rádio, um vento lateral repentino, uma mancha de óleo na pista, uma poça

d'água, um buraco, uma criança atrás da bola e muitas outras causas podem desgovernar o veículo,

fazendo com que o motorista perca o controle do mesmo.

Para evitar que o veículo desgovernado:

1 - atinja componentes instalados na lateral da pista como parada de ônibus, banca de jornal,

caixa de correio, poste de iluminação, poste de sinalização, radares, árvores, placas de

orientação, etc;

2 - atravesse para a outra faixa em sentido contrário de tráfego;

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3 - caia para fora de pistas altas localizadas na borda de taludes;

4 - caia para fora de pistas altas localizadas sobre pontes e viadutos;

existe um componente de segurança conhecido genericamente como "DEFENSA" que garante a

segurança, "segurando" o veículo para que as consequências do acidente não sejam catastróficas.

INVENTOR DA DEFENSA:

No mundo, quem primeiro andou estudando esses componentes de segurança foi o Departamento de

Trânsito da cidade de Nova Jersey, nos EUA, desenvolvendo inúmeras pesquisas sobre o

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comportamento de veículos e também de condutores na situação em que ocorre, repentinamente, um

fato inesperado como o estouro de um pneu, uma derrapagem por óleo na pista ou uma simples

distração. Mais tarde, a AASHTO - American Association of Stare Highway and Transportation

Officials tornou obrigatória, as diretrizes e as recomendações de muitas conclusões destes estudos.

Situações críticas ocorrem com maior frequência em vias de longo percurso pois os condutores ficam

submetidos a uma monotonia que produz sonolências.

Outra situação em que ocorrem distrações frequentes é no trânsito urbano de cidades onde o condutor

pode ser sobrecarregado por outras funções, estranhas à função de "conduzir" o veículo, como orientar

passageiros sobre itinerários, pontos de parada, exercer a função de cobrador (ou trocador), controlar

crianças bagunceiras, ajudar o embarque e desembarque de cadeirantes e portadores de deficiências em

geral.

Outra causa bastante frequente de distração são os problemas financeiros, brigas de casais, doenças de

filhos que não deixam a pessoa se concentrar no serviço.

DEFENSA NEY JERSEY:

O componente básico de segurança na via, elaborado pelos estudos em Nova Jersey é a Defensa New

Jersey. Trata-se de um componente rígido, confeccionado com concreto armado de alta resistência e

que tem a seguinte forma padronizada:

A superfície de deslizamento é constituída de três partes:

a) GUIA: um plano vertical cuja função é redirecionar a roda no sentido longitudinal;

b) RAMPA: um plano inclinado que sustenta a roda e o veículo inclinado tende a voltar

para a pista;

c) MURETA: um plano inclinado, quase vertical, que bloqueia o avanço do veículo para

o outro lado.

A escolha desta forma foi feita pois ela permite duas coisas:

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1 - "segura" o veiculo, evitando que saia da pista indo parar na outra pista ou caia em um

ribanceira ou caia de uma ponte ou viaduto;

2 - "devolve" o veículo desgovernado, direcionando as rodas no sentido longitudinal da pista.

Naturalmente, a forma final não foi concebida "logo de cara" sendo proposta diversas formas e após

incansáveis testes em campos de prova a forma final foi sendo aperfeiçoada à medida em que se

adquiria conhecimento sobre os fenômenos envolvidos em uma situação de veículo desgovernado.

Duas situações são previstas para a defesa feita pela Defensa New Jersey:

SITUAÇÃO I - Veículo desgovernado com pequeno ângulo de ataque:

Nesta situação, o veículo sai do alinhamento da rota com um desvio relativamente pequeno. É o

que ocorre, por exemplo, quando o condutor cansado começa a dar pequenos cochilos ao

volante ou o veículo sofre derrapagem (óleo ou água) num trecho reto.

Ao deslocar-se para a lateral, a roda da frente encosta na "GUIA" ´que é a parte baixa da

Defensa, ocasionando o direcionamento da roda para a direção longitudinal. Observe como é

importante a altura de 7,5 centímetros da Guia.

Tachas instaladas junto à guia produzem trepidações no veículo que fazem o motorista

"acordar" do cochilo.

SITUAÇÃO II - Veículo desgovernado com grande ângulo de ataque:

No caso do ângulo de ataque ser maior que 100 (dez graus), a roda da frente "sobe" pela

Defensa e o veículo fica inclinado forçando a volta do veículo para a faixa de rolamento:

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Para evitar que o veículo desgovernado tenha a chance de desenvolver uma rota com ângulos de ataque

excessivamente elevados, deve-se evitar pistas com muitas faixas de rolamento:

Recomenda-se pistas com no máximo 3 faixas de rolamento:

Neste caso, a rodovia ficará segregada em diversas pistas, mesmo que o sentido de direção seja o

mesmo. A pista com poucas faixas não permite o desenvolvimento de trajetórias transversais críticas.

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Nas pontes e viadutos, é importante a existência de DEFENSA para "segurar" veículos que

eventualmente venham a se desgovernar, quer por colapso próprio, quer por fechadas recebidas ou

mesmo por derrapagens na pista.

A Defensa em Pontos de Ônibus dá segurança às pessoas evitando não apenas o avanço de veículos

como também de partes do veículo como rodas que escapando do veículo podem atingir as pessoas no

ponto. A foto seguinte mostra um ponto de ônibus na Via Anhanguera que possui proteção por

Defensa.

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Veja um caso real de um viaduto em curva onde a Defensa apresenta inúmeras marcas de perda de

controle do veículo que, no caso, não resultou em queda pois a Defensa devolveu o veículo

desgovernado para a pista.

DEFENSA BEM SEGURA:

Para desempenhar adequadamente sua função de "segurar" o baque do veículo desgovernado, a

Defensa deve estar firmemente "agarrada" no solo (ou ponte, ou viaduto). As normas da AASHTO

recomendam que armaduras de aço sejam chumbadas na base.

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A bitola da armadura, a sua quantidade e espaçamento devem ser calculadas por um engenheiro civil

com especialidade em Estruturas que leva em consideração a velocidade em que ocorreria o choque

(isso depende se o trecho é de subida, plano ou em declive) e a classe da rodovia que determina a

velocidade diretriz e os tipos de veículos como automóveis, ônibus e caminhões.

A norma brasileira NBR-14885 determina que a Defensa (que a norma chama de Barreira de

Concreto) deve suportar a aplicação de uma força no sentido transversal, de dentro para fora, de no

mínimo 200 kN (quilo Newtons) que quer dizer 20.000 kgf ou 20 toneladas, aplicada no topo da

Defensa e esse esforço deve ser transmitido à estrutura da ponte ou ao solo por meio de componentes

apropriados de transferência horizontal.

É por isso que a Defensa deve ser calculada por Engenheiro Civil com especialização em Estruturas de

Concreto Armado pois deve levar em consideração o peso do veículo, a velocidade e a curvatura da

pista:

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O CASO DA RODIVIA SC-418

Mais uma vez assistimos passivamente a morte trágica de 51 pessoas que, seguindo a crença

religiosa, seguiam para um evento de aproximação com o Senhor.

Mortes trágicas que poderiam ser evitadas, houvesse competência técnica dos homens

responsáveis pela segurança das estradas brasileiras.

No desastre que ocorreu em Borborema e nos anteriores eu trouxe alguns esclarecimentos

técnicos e não deixo de fazer minhas considerações técnicas sobre o trecho da SC-418 que

vitimou mais 51 pessoas.

Elaborei uns desenhos que chamo de Simulação que mostram que se houvesse no local o

Componente de Segurança denominado Defensa New Jersey a queda no desfiladeiro seria

evitada e as mortes poderiam ter sido evitadas.

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O mais interessante nisso tudo é que a Defensa New Jersey, sendo um componente

confeccionado com concreto armado convencional é um componente de baixo custo e sem

nenhuma dificuldade construtiva podendo ser realizado por qualquer empreiteira em qualquer

horário do dia ou da noite.

Senhora Promotora de Justiça:

Na hipótese do trecho da rodovia SC-418 onde ocorreu o acidente tivesse o componente de

segurança conhecido como Defensa New Jersey, este não teria evitado a ocorrência do

acidente mas poderia evitar a queda no precipício e, consequentemente, as mortes pois estas

foram provocadas pelo choque do veículo no fundo do precipício.

Agora é tarde, mas o responsável pela segurança da SC-418 poderá evitar que novas tragédias

venham a ocorrer na Serra da Dona Francisca.

E é para as situações futuras que venho à Vossa Excelentíssima presença, titular da 15ª

Promotoria de Justiça de Joinville, para que chame, como guardião dos direitos da sociedade, à

responsabilidade os responsáveis pela segurança da Rodovia SC-418, a princípio o

Departamento Estadual de Infraestrutura da Secretaria de Estado da Infraestrutura do Governo

do Estado de Santa Catarina.

Este responsável poderá assumir, perante o Ministério Público de Santa Catarina, a seguinte

conduta:

1 – Assumir o compromisso de efetuar um levantamento dos trechos da Rodovia SC-

418 que apresentam condições críticas como pontes, curvas e beira de precipícios;

2 – Encaminhar junto ao Governo do Estado de Santa Catarina pedido de verba, que não

é de valor significativo, havendo até recursos do Governo Federal;

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3 – Elaborar um Cronograma Físico que estabeleça para cada trecho uma data final de

execução.

Com essa, digamos, simples ação estaremos contribuindo para que acidentes como este

ocorrido no dia 14 p.p. não venham mais ocorrer na rodovia SC-418 e a “Dona Francisca”, que

empresta o nome para a Serra poderá dormir tranquila, onde quer que esteja.

Agradeço muito pela atenção e coloco-me, desde já, à inteira disposição do Ministério Público

de Santa Catarina para prestar os esclarecimentos técnicos que venham a ser necessários.

São Paulo, 18 de março de 2015

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Roberto Massaru Watanabe

Brasileiro, Casado

Engenheiro Civil

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Associado Representativo Classificação Engenharia Civil

Rotary Club de São Paulo – Água Rasa

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