exames criminológicos em debate

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 1  Ano XI Número 53 Out | Nov | Dez 2010 Impresso Especial 9912211301/200 8 - DR/RS Conselho Regional de Psicologia 7ª Região CORREIOS Exames Criminológicos em debate Sistema Conselhos, Poder Judiciário e Ministério Público debatem a Resolução n.° 009/2010 do Conselho Federal de Psicologia, que proíbe os psicólogos de realizarem exames criminológicos no Sistema Prisional

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Âmbito do Sistema Prisional

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  • 1Ano XINmero 53

    Out | Nov | Dez 2010

    ImpressoEspecial

    9912211301/2008 - DR/RSConselho Regional de Psicologia 7 Regio

    CORREIOS

    Exames Criminolgicos

    em debateSistema Conselhos, Poder Judicirio e Ministrio Pblico debatem a

    Resoluo n. 009/2010 do Conselho Federal de Psicologia, que probe os psiclogos de realizarem exames criminolgicos no Sistema Prisional

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    oria

    l Voc est recebendo a primeira edio do Jornal EntreLinhas organizada pelo coletivo de psiclogos da gesto ComPosio, que estar frente do CRPRS no perodo de agosto de 2010 a agosto de 2013. Nosso grupo rene psiclogos inseridos em diferentes espaos de atuao profissional que se aproximam a partir de compromissos comuns relativos tica, ao dilogo, ao compromisso social e produo coletiva. Afirmamos a representao da categoria a partir de uma implicao crtica e atenta s demandas contemporneas da sociedade, e, para tanto, buscaremos trazer para discusso da categoria nos prximos trs anos os principais temas tratados no VII Congresso Nacional de Psicologia relativos ao aperfeioamento democrtico do Sistema Conselhos; construo de referncias e estratgias de qualificao para o exerccio profissional em diferentes campos Psicoterapia, Polticas Pblicas, Direitos Humanos, Formao, Avaliao Psicolgica, Mobilidade Humana, Emergncias e Desastres, entre outros; ao dilogo com a sociedade e o Estado.

    Para acionar estas discusses estaremos investindo em di-ferentes estratgias como:

    Ampliao das aes de regionalizao, que promovam a aproximao da gesto do CRPRS s diferentes regies do Esta-do por meio da manuteno da estrutura de funcionamento das subsedes e incentivo participao dos psiclogos nas ativida-des desenvolvidas pelas Comisses e Grupos de Trabalho, bem como incentivo e apoio organizao de coletivos de psiclo-gos em regies onde ainda no esto constitudas as subsedes, favorecendo a descentralizao das aes do Conselho;

    Desenvolvimento gil e qualificado de aes de orienta-o da categoria quanto aos fundamentos ticos e tcnicos esta-belecidos pelo Sistema Conselhos, por meio de divulgao das normativas que orientam os fazeres da Psicologia (publicao de documentos, cadernos de perguntas e respostas), mapeamento das principais demandas da categoria quanto a atribuies tc-nicas, questes ticas e polticas, com vistas s aes de orienta-o e fiscalizao, e aproximao da rea Tcnica do CRPRS s subsedes por meio da presena dos psiclogos fiscais;

    Aproximao do CRPRS dos espaos de formao profis-sional (graduao e ps-graduao) para fortalecer discusses e promover aes conjuntas (seminrios, fruns, encontros de supervisores e preceptores, dentre outras) visando qualifica-o do trabalho dos psiclogos formados e em formao;

    Outra ao de gesto, que se visibiliza na publicao des-te nmero, a nova formatao do Jornal EntreLinhas, que passa a ser organizado em torno de uma temtica central a ser abordada em cada edio. Buscamos assim, oferecer elementos para o aprofundamento do debate sobre os principais temas que fazem questo para a categoria.

    O primeiro tema que compe esta edio o Sistema Pri-sional brasileiro e as prticas do profissional psiclogo neste campo. O Sistema Conselhos, no ano de 2010, trouxe marcos im-portantes para esta discusso, com a publicao da Resoluo n. 009/2010. A referida resoluo veda ao profissional psiclo-go a prtica do exame criminolgico. Esta tomada de deciso resultante de longos anos de reflexo e debates, atendendo aos anseios de ampla parte da categoria, principalmente aque-les que se encontram no dia a dia do trabalho do sistema peni-tencirio. Porm, esta resoluo no foi bem recebida pelo Po-der Judicirio e Ministrio Pblico, que solicitaram ao CFP sua suspenso, sugerindo maior discusso sobre a matria. Neste sentido, a Assemblia das Polticas Administrativas e Finan-ceiras do Sistema Conselhos de dezembro de 2010 deliberou pela prorrogao de sua suspenso at maio de 2011, quando ser novamente avaliada. Com isso, esta edio do EntreLinhas rene e sistematiza os principais acontecimentos e discusses sobre este assunto, alm de trazer a opinio de profissionais es-pecialistas do tema.

    Esperamos que esta publicao contribua para a mobili-zao de avanos na discusso desse tema, pelo conjunto dos psiclogos(as) gachos(as), por entendermos que precisamos reafirmar um posicionamento ativo em relao s produes que se do neste e em outros campos que estaro sendo apre-sentados nos prximos nmeros.

    Boa leitura!

    Publicao trimestral do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul

    Presidente: Vera Lcia PasiniVice-presidente: Vania Roseli Correa de MelloTesoureira: Alexandra Maria Campelo XimendesSecretria: Loiva dos Santos Leite

    Conselheiros: Vera Lcia Pasini, Loiva Leite, Vania Roseli Correa de Mello, Dirce Terezinha Tatsch, Maria de Ftima B. Fischer, Alexandra Maria Campelo Ximendes, Vivian Roxo Borges, Adolfo Pizzinato, Luciana Knijnik, Elisabeth Mazeron Machado, Roberta Fin Motta, Thmis Brbara Antunes Trentini, Sinara Cristiane Tres Soares, Tatiana Baierle, Leda Rubia C. Maurina, Pedro Jos Pacheco, Deise Rosa Ortiz, Nelson Eduardo E. Rivero, Rafael Volski de Oliveira, Melissa Rios Classen, Rosa Veronese, Vnia Fortes de Oliveira, Janana Turcato Zanchin, Lutiane de Lara, Bianca Sordi Stock, Daniela Deimiquei.

    Comisso Editorial: Janana Turcato Zanchin, Maria de Ftima B. Fischer, Melissa Rios Classen.

    Jornalista Responsvel: Jos Antnio Leal / Mtb 10375Estagiria de Jornalismo: Bruna ArndtRedao: Jos Antnio Leal e Bruna ArndtRelaes Pblicas: Belisa Zoehler Giorgis / CONRERP 4-30071Eventos: Adriana BurmannComentrios e sugestes: [email protected]

    Endereos CRPRS:Sede Porto Alegre: Av. Protsio Alves, 2854/301 CEP: 90410-006 Fone/Fax: (51) 3334-6799 [email protected] Caxias do Sul: Rua Moreira Cesar, 2712/33 CEP: 95034-000 Fone/Fax: (54) 3223-7848 [email protected] Pelotas: Rua Flix da Cunha, 772/304 CEP: 96010-000 Fone/Fax: (53) 3227-4197 [email protected]

    Projeto Grfico e Diagramao: Tavane Reichert MachadoImpresso: IdeografTiragem: 15.000 exemplaresDistribuio gratuita

    Cadastre-se no site para receber a newsletterwww.crprs.org.br

    Novo EntreLinhasPsiclogo, o EntreLinhas est de cara nova. Alm de desejarmos uma tima leitura, aguardamos o seu retorno e estamos abertos a contribuies e sugestes.

    Gesto ComPosio

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    ce4 Posse

    11 Psicoterapia

    7 Exames Criminolgicos

    14 Trnsito

    5 Seminrio

    12 Avaliao Psicolgica

    8 Resoluo

    15 Educao

    16 Serra

    17 Sul

    18 Centro-Oeste

    19 CREPOP

    20 Agenda

    6 Exames Criminolgicos

    13 Ttulo de Especialista

    9 Polticas Pblicas

    10 Direitos Humanos

    Gesto ComPosio assume o CRPRS

    Compromisso com a Psicoterapia

    Psiclogos atuantes no Sistema Prisional criticam realizao dos exames

    Pela conscincia cidad no trnsito

    Debates mobilizam a categoria no Seminrio de Psicologia e Polticas Pblicas

    Refletindo sobre a Avaliao Psicolgica

    Resoluo n. 009/2010

    Um alerta aos pais

    O CRPRS na Regio da Serra

    O CRPRS na Regio Sul

    O CRPRS na Regio Centro-Oeste

    Um ano de conquistas

    CRPRS e CFP reforam posio contrria ao exame criminolgico

    Especialidades em debate

    Psicologia e Polticas Pblicas

    A Psicologia e os Direitos Humanos

    26 novos Conselheiros assumem a gesto do prxi-mo trinio no CRPRS

    Diferentes escolas tericas unidas em torno do compromisso com a rea

    Os especialistas Pedro Paulo Bicalho, Cristina Rauter e Mrcia Badar abordaram a questo em encontros promovidos no CRPRS

    A interveno efetiva envolve a congregao da Psicologia com diversos saberes

    O retorno das explicaes organicistas para as difi-culdades de escolarizao so objeto de preocupa-o da Psicologia.

    Psiclogos e estudantes participaram dos encon-tros nos dias 26 e 27 de novembro

    Conhecimento tcnico-cientfico e aspectos ticos fundamentais da Avaliao Psicolgica

    Regulamenta a atuao do psiclogo no Sistema Prisional.

    Os profissionais da Serra esto convidados a parti-cipar das comisses e GTs

    A Subsede Sul o espao de todo psiclogo da regio

    O fortalecimento do Conselho em Santa Maria e regio

    Quatro pesquisas foram desenvolvidas pelo CREPOP em 2010

    A Resoluo n. 009/2010, que regulamenta a atuao dos psiclogos no Sistema Prisional, foi objeto de amplo debate entre a categoria, Poder Judicirio e Ministrio Pblico

    Ampliao das discusses sobre a especialidade em Psicologia

    A Psicologia implicada na construo de uma sociedade de direitos

    O desafio de expandir as discusses junto cate-goria e sociedade

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    Gesto ComPosio assume o CRPRS

    A categoria dos psiclo-gos passar a ser re-presentada por um novo co-

    letivo de conselheiros. Com

    52,44% dos votos nas eleies

    ocorridas em agosto, a Gesto

    26 novos Conselheiros assumem a gesto do prximo trinio no CRPRS

    ComPosio foi escolhida pela

    categoria para estar frente do

    CRPRS no trinio 2010-2013. A

    primeira diretoria da gesto

    composta pela Conselheira

    Presidente Vera Lcia Pasini, a

    Conselheira Vice-Presidente

    Vania Roseli Correa de Mello,

    a Conselheira Tesoureira Ale-

    xandra Maria Campelo Ximen-

    des e a Conselheira Secretria

    Loiva dos Santos Leite.

    Conselheiros Eleitos Trinio 2010/2013Conselheiros efetivos Adolfo Pizzinato Alexandra Maria Campelo Ximendes Dirce Terezinha Tatsch Elisabeth Mazeron Machado Loiva Leite Luciana Kniknik Maria de Ftima B. Fischer Melissa Rios Classen Roberta Fin Motta Thmis Brbara Antunes Trentini Vania Roseli Correa de Mello Vera Lcia Pasini Vivian Roxo Borges

    Conselheiros suplentes Bianca Sordi Stock Daniela Deimiquei Deise Rosa Ortiz Janana Turcato Zanchin Leda Rubia C. Maurina Lutiane de Lara Nelson Eduardo E. Rivero Pedro Jos Pacheco Rafael Volski de Oliveira Rosa Veronese Sinara Cristiane Tres Tatiana Baierle Vnia Fortes de Oliveira

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    ioDebates mobilizam a categoria no Seminrio de Psicologia e Polticas PblicasPsiclogos e estudantes participaram dos encontros nos dias 26 e 27 de novembro.

    Cerca de 50 psiclogos e es-tudantes participaram do Seminrio de Psicologia e Polticas Pblicas promovido pelo Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul (CRPRS) nos dias 26 e 27 de novembro em Porto Alegre (RS).

    O seminrio foi composto por seis mesas: Psicologia, Compromisso Social e Polticas Pblicas, com a Conselheira Presidente do CRPRS Vera Lcia Pasi-ni; Polticas Pblicas na Perspectiva da Garantia de Direitos, com a psicloga Ana Luza Castro; Clnica e poltica, com a psicloga Analice Palombini; O Controle Social como Estratgia de Interlocuo dos Psiclogos com a So-ciedade, com a Conselheira Vice-Pre-sidente Vania Roseli Correa de Mello; A Formao em Polticas Pblicas: Re-flexes Crticas Sobre o Processo, com a psicloga Neuza Guareschi; e Impli-caes do CRP com as Polticas Pblicas: A experincia do CREPOP/RS, com a Assessora Tcnica do Centro de Refe-rncia em Psicologia e Polticas Pbli-cas, Silvia Giugliani.

    Psicologia, Compromisso Social e Polticas Pblicas O incio do semi-nrio foi encaminhado pela Conselhei-ra Presidente Vera Lcia Pasini: Muitas das polticas pblicas podem se mate-rializar a partir do nosso trabalho, o que enfatiza a importncia da nossa insero neste espao. As concepes da Psico-logia sobre sade, bem-estar, famlia, felicidade, sade, doena, entre outras questes, devem ser colocadas no con-texto das polticas pblicas.

    Vera props algumas das ques-tes para a discusso no decorrer do evento: Que lugar esse que a Psi-cologia tem construdo no campo das polticas pblicas? Que critrios ns temos usado para orientar as nossas tcnicas? Que efeitos as nossas tcni-cas tm produzido neste lugar?.

    Polticas Pblicas na Perspectiva da Garantia de Direitos A psicloga Ana Luza Castro reforou a importncia do engajamento da Psicologia no com-

    bate a qualquer forma de discriminao. Colaborar na construo de uma nova sociedade, em relaes de confraterni-dade, igualdade, justia social e de res-peito a todas as diversidades, deve ser o nosso norte, reforou.

    Para Ana Luza, a responsabilida-de dos profissionais no campo das po-lticas pblicas no pode ser ignorada: Por meio de prticas psicolgicas e polticas pblicas que respeitem as diferenas e em consonncia aos di-reitos humanos, a Psicologia deve as-sumir como pressuposto o combate a qualquer forma de discriminao.

    Clnica e poltica A psicloga Analice Palombini abordou a necessida-de de uma nova postura dos profissionais diante de seus pacientes: necessrio que opere um modelo na base do esta-belecimento de uma relao de confian-a, em que as responsabilidades sejam compartilhadas e possam circular, no com submisso, mas negociao.

    A necessidade de reinveno foi reforada: necessrio abrir espao para que o usurio tenha cada vez mais autonomia. Diante do usurio, partici-pante, protagonista do Sistema nico de Sade, o psiclogo, tanto quanto o psiquiatra, o terapeuta ocupacional, o assistente social, entre outros profissio-nais, precisam se reinventar.

    O Controle Social como Estratgia de Interlocuo dos Psiclogos com a Sociedade A Vice-Presidente do CRPRS Vania Roseli Correa de Mello falou sobre outras possibilidades de atuao no es-pao da sade pblica: Precisamos re-fletir sobre outras formas de cuidado em relao sade mental, repensar nossa prpria prtica clnica enquanto profis-sionais da sade, e, por consequncia, qual a concepo de clnica que temos desenvolvido nestes espaos.

    O Controle Social uma das grandes conquistas que temos com a aplicao do Sistema nico de Sade, possibilitando o exerccio da cidada-nia, reforou. Vania ainda assinalou a necessidade do dilogo entre o Con-

    selho e os profissionais que atuam no campo das polticas pblicas.

    A Formao em Polticas Pbli-cas: Reflexes Crticas Sobre o Pro-cesso A psicloga Neuza Guareschi apresentou uma pesquisa desenvolvida pelas principais universidades de Porto Alegre, com o objetivo de mapear as reas da Psicologia mais exploradas nos cursos de graduao. Segundo Neuza, as polticas pblicas so pouco desen-volvidas em comparao a outras reas como a clnica e a avaliao psicolgica.

    Para Neuza, a interveno da Psico-logia pode introduzir diferenas impor-tantes s prticas no campo da sade. No momento que a Psicologia entra na sade, tende a se transformar ou se igualar quelas reas tradicionais, as bio-mdicas. No podemos esquecer que a Psicologia pertence rea das cin-cias humanas, e tem a possibilidade de transformar a concepo dura das bio-mdicas em relao sade que reinou durante mais de dois sculos, enfatizou.

    Implicaes do CRP com as Po-lticas Pblicas: A experincia do CREPOP/RS A psicloga e Assessora Tcnica do CREPOP/RS, Slvia Giugliani, encerrou a sequncia das mesas abor-dando a ao do CREPOP junto aos pro-fissionais do setor pblico: A proposta de ao do CREPOP estabelecer uma permanente comunicao com os profis-sionais que atuam com as polticas pbli-cas. Nossas pesquisas desenvolvem-se neste sentido, abordando temas como a atuao da Psicologia junto Assistncia Social, s polticas de defesa da diversi-dade sexual, entre outros campos.

    Para Silvia, compreender a inser-o dos psiclogos nos espaos de sade pblica fundamental quan-do se considera a realidade do pas. Apenas 15% da populao brasileira tem condies de acessar as prticas psicolgicas na clnica privada. Desta forma, a imensa maioria da popula-o apenas pode receber os servios psicolgicos por meio das polticas pblicas, salientou.

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    ao CRPRS e CFP reforam posio

    contrria ao exame criminolgicoA Resoluo n. 009/2010, que regulamenta a atuao dos psiclogos no Sistema Prisio-nal, foi objeto de amplo debate entre a categoria, Poder Judicirio e Ministrio Pblico.

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    O Presidente do Conselho Federal de Psicologia, Humberto Verona, e a Con-selheira Coordenadora do Grupo de Trabalho do Sistema Prisional do CRPRS, Maria de Ftima Bueno Fischer, participaram em 9 de de-zembro da Audincia Pblica sobre a Resoluo n. 009/2010, que regulamenta a atuao dos psiclo-gos no Sistema Prisional e veda a esses a realizao de exames criminolgicos. O Presidente do Con-selho Federal de Psicologia, Humberto Verona, e a Conselheira Coordenadora do Grupo de Trabalho do Sistema Prisional do CRPRS, Maria de Ftima Bueno Fischer, participaram em 9 de dezembro da Audincia Pblica sobre a Resoluo n. 009/2010, que regulamenta a atuao dos psiclogos no Sis-tema Prisional e veda a realizao de exames cri-minolgicos (confira ntegra do texto na pgina 8).

    A audincia, promovida pelo Ministrio P-blico Federal, teve como objetivo a realizao de debates sobre os fundamentos da resoluo e os meios de aprimoramento da atuao dos psic-logos no sistema penitencirio nacional. A reso-luo atualmente encontra-se suspensa pelo CFP at maio de 2011 para possibilitar o aprofunda-mento dos debates visando ao aperfeioamento da regulamentao.

    A Conselheira Federal Deise Maria do Nascimento afirmou que a proibio dos exames no uma questo terica, mas reflexo das consequncias ticas e polticas de sua realizao. O laudo no pode desconsiderar o ambiente em que o apenado est recolhido, destacou.

    A vice-coordenadora da Pastoral Carcerria, Petra Silvia Pfaller, questionou a seriedade dos exames: H a iluso de que possvel prever se o indivduo voltar a infringir a lei. uma questo impossvel de ser respondida por qualquer cin-cia. Na realidade, os juzes esto jogando a res-ponsabilidade do julgamento sobre a Psicologia.

    A Coordenadora do GT Sistema Prisional, Ma-ria de Ftima Bueno Fischer, reforou a posio a favor da resoluo. No vamos aceitar o redu-cionismo do trabalho dos psiclogos, que podem atuar de forma ampla na promoo da sade dos apenados, a apenas a realizao dos exames cri-minolgicos, criticou. Ftima chamou a ateno para o foco do debate: Esta questo no se resu-me quantidade de casas prisionais ou de psic-logos que trabalham no Sistema Prisional. A no aceitao dos exames como prtica do psiclogo uma questo tica, e no tcnica.

    Perspectivas Aps a audincia, os repre-sentantes das instituies assumiram o compro-misso de uma nova reunio, no incio de 2011, para a construo de um acordo que contemple os interesses dos psiclogos do Sistema Prisional e as demandas do Poder Judicirio.

    Alm da participao do Sistema Conselhos, tambm estiveram presentes na audincia o Pro-curador da Repblica Alexandre Gavronski, o Pro-motor de Justia Fabiano Dallazen, a Juza da Vara de Execues Criminais de Porto Alegre Adriana da Silva Ribeiro e representantes da Superintendncia dos Servios Penitencirios do Rio Grande do Sul.

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    Psiclogos atuantes no Sistema Prisional criticam realizao dos examesOs especialistas Pedro Paulo Bicalho, Cristina Rauter e Mrcia Badar abordaram a questo em encontros promovidos no CRPRS.

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    Vis ticoEm palestra promovida no dia 24 de novembro no

    CRPRS, o psiclogo e professor do Instituto de Psico-logia da Universidade Federal do Rio de Janeiro Pe-dro Paulo Bicalho assinalou a necessidade de a dis-cusso sobre os exames criminolgicos no se dar pelo vis tcnico.

    Na verdade, quando abordamos o exame crimi-nolgico, ns precisamos colocar esta discusso no como uma discusso tcnica, mas precisamos debater a existncia do exame criminolgico pelo vis poltico, tico e epistemolgico, ressaltou. Para o psiclogo, o problema do exame criminolgico no a ausncia de carter cientfico do instrumento: A questo que no entendemos como tica esta relao de poder que ar-ticulada quando a Psicologia tenta produzir algum tipo de prognstico sobre o apenado.

    O profissional criticou o Poder Judicirio por repas-sar a responsabilidade pelo julgamento aos psiclogos. Grande parte dos juzes acredita que a principal fun-o dos psiclogos no Sistema Prisional a realizao desses exames, mas ignora-se a possibilidade de ou-tros posicionamentos, como o acompanhamento e a promoo da sade dentro daquele espao, afirmou.

    Alm das ressalvas apresentadas realizao dos exames, Bicalho tambm mostrou preocupao com o lugar do Sistema Prisional no contexto das Polticas Pblicas. O grande problema achar que as polticas pblicas do sistema prisional so as polticas pblicas

    de priso. Pelo contrrio, as polticas pblicas de edu-cao, de sade, de desenvolvimento, todas tambm devem atentar para o Sistema Prisional. A priso no pode ser uma poltica pblica parte, alertou.

    Outras possibilidades para a PsicologiaAs psiclogas Mrcia Badar e Cristina Rauter par-

    ticiparam como palestrantes no Frum Regional Desa-fios para a Resoluo sobre a atuao do psiclogo no sistema prisional, que ocorreu em 5 de novembro na sede do Conselho.

    Mrcia contextualizou o processo de construo da Resoluo n 009/2010. A regulamentao foi re-sultado da demanda de grande parte da categoria, em um trabalho que se estendeu pelos ltimos 10 anos, ressaltou. A psicloga explicou que os psiclogos de-vem ter a autonomia para decidir sobre o seu exerccio profissional. O sistema de justia penal est baseado no exame criminolgico. Em vez de reforar a lgica punitiva, o que a Psicologia pode oferecer em termos de tratamento para aqueles indivduos?, questionou.

    Cristina Rauter, com experincia profissional e acadmica na rea de Psicologia Jurdica, questionou as expectativas depositadas sobre o exame crimino-lgico. O exame visa a prever se o apenado voltar a cometer algum delito. Ser que mistificaes e precon-ceitos que atravessam toda a sociedade no acabam se reproduzindo neste espao revestidos por uma roupa-gem cientfica?, perguntou.

    Alm das palestras, os psiclogos Pedro Paulo Bicalho, Cristina Rauter e Mrcia Badar tambm gravaram entrevista na sede do CRPRS sobre a atuao dos profissionais no Sistema Prisional. Assista ntegra no site www.youtube.com/crprsvideos

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    ao Resoluo n. 009/2010

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    O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuies legais e regimentais, que lhe so conferidas pela Lei n 5.766, de 20/12/1971;

    CONSIDERANDO o disposto no Art. 6, letra c, da Lei n 5.766 de 20/12/1971, e o Art. 6, inciso V, do Decreto n 79.822 de 17/6/1977;

    CONSIDERANDO que a Constituio Federal. em seu Art. 196, bem como os princpios e diretrizes preconizados pelo Sistema nico de Sade (SUS), definem que a sade direito de todos e dever do Estado;

    CONSIDERANDO as Regras Mnimas para Tratamento do Preso no Brasil (Resoluo n 14 de 11/11/1994), resultante da recomendao do Comit Permanente de Preveno do Cri-me e Justia Penal da ONU, que estabelece em seu Art. 15 a assistncia psicolgica como direito da pessoa presa;

    CONSIDERANDO publicao elaborada pelo Ministrio da Justia, Departamento Penitencirio Nacional (Depen) e o Con-selho Federal de Psicologia (CFP): Diretrizes para atuao e formao dos psiclogos do sistema prisional brasileiro;

    CONSIDERANDO que as questes relativas ao encarce-ramento devem ser compreendidas em sua complexidade e como um processo que engendra a marginalizao e a exclu-so social;

    CONSIDERANDO que a Psicologia, como Cincia e Pro-fisso, posiciona-se pelo compromisso social da categoria em relao s proposies alternativas pena privativa de liber-dade, alm de fortalecer a luta pela garantia de direitos huma-nos nas instituies em que h privao de liberdade;

    CONSIDERANDO os princpios ticos fundamentais que norteiam a atividade profissional do psiclogo contidos no Cdi-go de tica Profissional do Psiclogo;

    CONSIDERANDO que os psiclogos atuaro segundo os princpios ticos da profisso, notadamente aqueles que se fundamentam no respeito e na promoo da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, con-forme a Declarao Universal dos Direitos Humanos;

    CONSIDERANDO o processo de profcua interlocuo com a categoria, e com o objetivo de produzir referncias tcnicas para a prtica profissional do psiclogo no sistema prisional;

    CONSIDERANDO a necessidade de referncias para subsidiar a atuao do psiclogo no sistema prisional e a produo qualificada de documentos escritos decorrentes de sua interveno;

    CONSIDERANDO deciso deste Plenrio em reunio rea-lizada no dia 18 de junho de 2010,

    RESOLVE:Art. 1. Em todas as prticas no sistema prisional, o psic-

    logo dever respeitar e promover:a) Os direitos humanos dos sujeitos em privao de liber-

    dade, atuando em mbito institucional e interdisciplinar;b) Processos de construo da cidadania, em contrapo-

    sio cultura de primazia da segurana, de vingana social e de disciplinarizao do indivduo;

    c) Desconstruo do conceito de que o crime est re-lacionado unicamente patologia ou histria individual, en-fatizando os dispositivos sociais que promovem o processo de criminalizao;

    d) A construo de estratgias que visem ao fortaleci-mento dos laos sociais e uma participao maior dos sujeitos por meio de projetos interdisciplinares que tenham por objetivo o resgate da cidadania e a insero na sociedade extramuros.

    Art. 2. Em relao atuao com a populao em privao de liberdade ou em medida de segurana, o psiclogo dever:

    a) Compreender os sujeitos na sua totalidade histrica, social, cultural, humana e emocional;

    b) Promover prticas que potencializem a vida em li-berdade, de modo a construir e fortalecer dispositivos que estimulem a autonomia e a expresso da individualidade dos envolvidos no atendimento;

    c) Construir dispositivos de superao das lgicas maniquestas que atuam na instituio e na sociedade,

    Regulamenta a atuao do psi-clogo no sistema prisional.

    principalmente com relao a projetos de sade e reinte-grao social;

    d) Atuar na promoo de sade mental, a partir dos pressupostos antimanicomiais, tendo como referncia fun-damental a Lei da Reforma Psiquitrica, Lei n 10.216/2001, visando a favorecer a criao ou o fortalecimento dos laos sociais e comunitrios e a ateno integral;

    e) Desenvolver e participar da construo de redes nos servios pblicos de sade/sade mental para as pessoas em cumprimento de pena (privativa de liberdade e restritiva de direitos), bem como de medidas de segurana;

    f) Ter autonomia terica, tcnica e metodolgica, de acor-do com os princpios tico-polticos que norteiam a profisso.

    Art. 3. Em relao atuao como gestor, o psiclogo dever: a) Considerar as polticas pblicas, principalmente no

    tocante sade, assistncia social e direitos humanos no siste-ma prisional, nas propostas e projetos a ser implementados no contexto prisional;

    b) Contribuir na elaborao e proposio de modelos de atuao que combatam a culpabilizao do indivduo, a ex-cluso social e mecanismos coercitivos e punitivos;

    c) Promover aes que facilitem as relaes de articu-lao interpessoal, intersetorial e interinstitucional;

    d) Considerar que as atribuies administrativas do cargo ocupado na gesto no se sobrepem s determinaes contidas no Cdigo de tica Profissional.

    Art. 4. Em relao elaborao de documentos escritos:a) Conforme indicado nos Art. 6 e 112 da Lei n

    10.792/2003 (que alterou a Lei n 7.210/1984), vedado ao psi-clogo que atua nos estabelecimentos prisionais realizar exame criminolgico e participar de aes e/ou decises que envolvam prticas de carter punitivo e disciplinar, bem como documento escrito oriundo da avaliao psicolgica com fins de subsidiar deciso judicial durante a execuo da pena do sentenciado;

    b) O psiclogo, respaldado pela Lei n 10792/2003, em sua atividade no sistema prisional somente dever realizar atividades avaliativas com vistas individualizao da pena quando do ingresso do apenado no sistema prisional. Quando houver determinao judicial, o psiclogo deve explicitar os limites ticos de sua atuao ao juzo e poder elaborar uma declarao conforme o Pargrafo nico.

    Pargrafo nico. A declarao um documento objetivo, informativo e resumido, com foco na anlise contextual da situ-ao vivenciada pelo sujeito na instituio e nos projetos tera-puticos por ele experienciados durante a execuo da pena.

    Art. 5. Na atuao com outros segmentos ou reas, o psi-clogo dever:

    a) Visar reconstruo de laos comunitrios, sociais e familiares no atendimento a egressos e familiares daqueles que ainda esto em privao de liberdade;

    b) Atentar para os limites que se impem realizao de atendimentos a colegas de trabalho, sendo seu dever apon-tar a incompatibilidade de papis ao ser convocado a assumir tal responsabilidade.

    Art. 6. Toda e qualquer atividade psicolgica no sistema prisional dever seguir os itens determinados nesta resoluo.

    Pargrafo nico A no observncia da presente norma constitui falta tico-disciplinar, passvel de capitulao nos dispositivos referentes ao exerccio profissional do Cdigo de tica Profissional do Psiclogo, sem prejuzo de outros que possam ser arguidos.

    Art. 7. Esta resoluo entrar em vigor na data de sua pu-blicao.

    Art. 8. Revogam-se as disposies em contrrio.

    Braslia, 29 de junho de 2010.

    ANA MARIA PEREIRA LOPES Conselheira-Presidente

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    taPsicologia e Polticas PblicasA Psicologia implicada na construo de uma sociedade de direitos.

    polt

    icas

    pb

    licas

    A insero no campo das Polticas Pblicas demanda o desafio de ul-trapassar uma compreenso sim-plista de seu significado, capaz de explorar e atribuir-lhe novos sentidos. Resgatar a di-menso da coletividade e do agir coletivo, presentes na concepo da plis grega, ten-siona para uma anlise a respeito dos modos de insero e de interveno, que coloca em anlise o compromisso tico-poltico das di-ferentes categorias profissionais.

    A Psicologia tem, na atualidade, uma atu-ao expressiva e importante em diversas aes vinculadas s Polticas Pblicas desen-volvidas no Brasil, com uma participao bas-tante reconhecida na Assistncia Social, na Segurana Pblica, nos Direitos Humanos, no Sistema Prisional, na Sade e especialmente na Sade Mental, entre outras reas. Nesse sentido, qualificar nossos fazeres e a produ-o de saberes que se desenvolvem nestes cenrios de prticas cada vez mais uma exigncia colocada para os psiclogos.

    O Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul tem propiciado a experimen-tao de espaos coletivos de dilogo e refle-xo que buscam incidir de modo efetivo na construo de Polticas Pblicas eticamente implicadas com o compromisso social e com a garantia de direitos.

    Neste contexto, a Comisso de Polticas Pblicas do CRPRS tem o desafio de fazer valer sua responsabilidade enquanto espao de referncia que promova uma discusso qualificada e permanentemente capaz de produzir reflexes e aes neste campo.

    A participao de todos que se sentem convocados com esta temtica muito bem--vinda para que possamos, coletivamente, ampliar o debate e produzir novas formula-es que qualifiquem a presena dos psic-logos no campo das Politicas Pblicas.

    O CRPRS tem propiciado a experimentao de espaos coletivos de dilogo e reflexo que buscam incidir de modo efetivo na construo de Polticas Pblicas implicadas com o compromisso social e com a garantia de direitos.

    Comisso de Polticas Pblicas

    Conselheira presidente: Vania Roseli Cor-rea de Mello

    Conselheiros participantes: Alexandra Ma-ria Campelo Ximendes, Loiva dos Santos Leite, Vera Pasini, Melissa Classen

    Colaboradores: Silvia Giugliani, Cristiane Bens Pegoraro, Carolina dos Reis

    A Comisso de Polticas Pblicas rene-se to-das as quartas-feiras, s 19h, na sede do CRPRS.

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    dire

    itos

    hum

    anos A Psicologia e os Direitos Humanos

    O desafio de expandir as discusses junto categoria e sociedade.

    A Comisso Regional de Direitos Huma-nos do Rio Grande do Sul (CRDH) foi constituda a partir dos debates reali-zados nos Congressos Nacionais de Psicologia (CNP), que recomendaram que cada regional mantivesse, em carter permanente, uma CRDH. Com a atribuio de consolidar as discusses so-bre as necessrias relaes entre Psicologia e Di-reitos Humanos, a Comisso coloca-se como um espao que transversaliza temas, problemticas e aes com as demais comisses do Conselho.

    Tomando o desafio de expandir nossas discus-ses com a categoria e com a sociedade, partici-pamos do IX Congresso de Sade Mental e Direi-tos Humanos, promovido pela Associao Madres da Praa de Maio, abordando a problemtica da criminalizao dos movimentos sociais no Brasil.

    O Brasil pode se orgulhar, porm, de ter sido bero de diversos movimentos sociais organiza-dos, ativos e propositivos. Grupos como o Movi-mento de Trabalhadores Sem Terra (MST), Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro, Movimento dos Sem Teto, Movimento de Luta Antimanicomial, e tantos outros, afirmam suas lutas inventando mo-dos de ser e estar no mundo.

    O que pode a Psicologia neste cenrio? Quais os efeitos da nossa prtica profissional? Com quem podemos coletivizar? Essas e tantas outras ques-tes tm sido trazidas para pauta de discusso e agenda de atividades das Comisses de Direitos Humanos do Sistema Conselhos. Nossa participa-o no Congresso, realizada em conjunto com a CRDH do Rio de Janeiro (RJ), mostrou que a luta pelos direitos de negros, loucos, presos, pobres, ultrapassa fronteiras. O que une os mais diversos sotaques e idiomas o compromisso social dos psiclogos pautados pela tica e pelos direitos humanos. Como disse Hebe de Bonafini, uma das Madres da Praa de Maio: Asumimos la responsa-bilidad de levantar las mismas banderas de nuestros hijos, exigir trabajo salud, vivenda dignos [...]. A ellos los tiraron vivos al mar, quemaron sus cuerpos, los enteraron, pero no pudieron com sus ideas, no pu-dieron porque sus madres seguimos y comenzamos a darle vida a sus sueos [...] porque viven em cada persona que reclama, exige, pelea.

    Comisso de Direitos Humanos

    Conselheira presidente: Luciana Knijnik

    Conselheiros participantes: Bianca Sordi Stock, Rafael Wolski de Oliveira e Pedro Jos Pacheco.

    Psicloga assessora tcnica: Lucia Regina Cogo

    Colaboradores: Aline Reis Calvo Hernandez, Marlos Tadeu Bezerra de Mello, Priscila Pavan Detoni e Maria Josefina Franchini Torres.

    Informe-se sobre os horrios das reunies entran-do em contato com o CRPRS pelo telefone (51) 3334.6799.

    O que pode fazer a Psicologia pela luta dos Direitos Humanos? Quais os efeitos da nossa prtica profissional? Com quem podemos coletivizar?

    A criminalizao dos movimentos sociais his-trica na Amrica Latina. O Brasil, por sua vez, um pas de dimenses continentais que, desde a coloni-zao, passou a implementar a poltica de concen-trao de terras e renda nas mos de poucos. H um enorme contingente de trabalhadores rurais, alm dos povos indgenas que lutam pelo direito de ter sua terra para viver, plantar, colher e existir.

    Nas grandes cidades, as profundas desigual-dades no acesso aos direitos bsicos no mais im-pressionam. Com o fortalecimento do capitalismo o econmico segue sobrepondo-se aos mritos sociais, culturais e ambientais. Deste modo, para garantir os interesses de seletos grupos economi-camente dominantes, a violncia de Estado torna--se prtica cotidiana e naturalizada.

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    psic

    oter

    apiaCompromisso com a Psicoterapia

    Diferentes escolas tericas unidas em torno do compromisso com a rea.

    Comisso de Psicoterapia

    Conselheira presidente: Elisabeth Ma-zeron Machado

    Conselheira participante: Vnia Fortes

    Psiclogo assessor tcnico: Lucio Fer-nando Garcia

    Informe-se sobre os horrios das reunies entrando em contato com o CRPRS pelo te-lefone (51) 3334.6799.

    A Comisso de Psicoterapia um es-pao para a reflexo e discusso acerca das prticas do psicotera-peuta. Desde 2009 Ano da Psicoterapia, di-versos temas que envolvem o fazer do psic-logo esto sendo discutidos. Destacam-se a constituio das psicoterapias como campo interdisciplinar, a formao do psicoterapeu-ta, os princpios ticos e tcnicos, a relao com outros profissionais, a relao com o Sis-tema Conselhos e com a Associao Brasileira de Psicoterapia (ABRAP) e a clnica ampliada.

    Na atualidade, um dos temas trazidos discusso para os psiclogos, em relao Psicoterapia, o da regulamentao de sua prtica. Este tema, considerando o campo interdisciplinar em que a Psicoterapia se in-sere, traz tona a necessidade de estabele-cermos dilogos com nossos colegas e com as demais categorias profissionais de todas as regies do Estado que desenvolvem estas prticas, nos quais possamos refletir acerca das implicaes ticas, tcnicas e polticas que atravessam o exerccio da Psicoterapia.

    Nosso objetivo, para os trs anos de ges-to, manter um grupo de psicoterapeutas, das mais diferentes escolas tericas, unidos

    em torno do compromisso com a Psicotera-pia. Visamos a dar continuidade ao trabalho j realizado e, sobretudo, pretendemos am-pliar o debate sobre a Psicoterapia entre os psiclogos. Convidamos todos os interessa-dos a se unirem ao nosso grupo.

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    aval

    ia

    o ps

    icol

    gic

    a Refletindo sobre a Avaliao PsicolgicaConhecimento tcnico-cientfico e aspectos ticos fundamentais da Avaliao Psicolgica.

    com grande satisfao que so iniciados os trabalhos da gesto 2010/2013 do CRPRS na Comisso de Avaliao Psico-lgica. Atualmente, com as mudanas no cenrio

    da Psicologia e com a ampliao do campo de atu-

    ao do psiclogo, no foram poucas as mudanas

    e as reflexes necessrias em todas as reas. Desta

    forma, a rea de Avaliao Psicolgica, em espe-

    cial, vem passando por muitos questionamentos. A

    importncia da reflexo refletiu-se na deciso da

    ltima Assembleia das Polticas Administrativas e

    Financeiras do Sistema Conselhos (APAF), ocorri-

    da em dezembro, de definir o ano de 2011 como o

    Ano da Avaliao Psicolgica.

    Nesta perspectiva, a Comisso de Avaliao Psi-

    colgica apresenta as seguintes questes, julgadas

    pertinentes reflexo de todo profissional desta

    rea: para que avaliar? A servio de quem e de qu

    est um processo de avaliao? Qual a contribuio

    para o sujeito que est sendo avaliado? Como ava-

    liar na atualidade?

    Essas so questes necessrias ao contexto

    da Avaliao Psicolgica hoje, principalmente

    quando se faz um resgate do sujeito, deixando a

    tcnica como um dispositivo de trabalho e no

    como um fim em si mesma. nesta perspectiva

    que a Comisso deseja enfocar a constante refle-

    xo proposta para esses trs anos de trabalho.

    So muitos os temas e as inquietaes que

    se pretende abordar na Comisso, chamando

    os psiclogos para o debate nesta rea, trocan-

    do experincias e construindo, juntos, um novo

    jeito de se trabalhar com Avaliao Psicolgica,

    envolvendo o conhecimento tcnico-cientfico

    (mtodos, tcnicas, instrumentos) necessrio e

    os aspectos ticos fundamentais envolvidos no

    exerccio profissional, sempre resgatando a im-

    portncia dessa ferramenta.

    Ao longo dos anos, a sociedade solicitou um

    posicionamento da Psicologia em relao rea de

    Avaliao Psicolgica, e com base nesse que ser

    construdo o trabalho dentro da Comisso. Alguns

    temas j tm sido pauta de nossas discusses, e vo

    ao encontro das legislaes do Conselho Federal

    de Psicologia: Avaliao Psicolgica em concursos

    pblicos, Avaliao Psicolgica para porte de arma,

    Avaliao Psicolgica e questes ticas, elaborao

    de documentos decorrentes do processo de avalia-

    o e a formao nesta rea.

    Assim, esto convidados todos os psiclogos

    a participarem da Comisso e ajudarem efetiva-

    mente nesta construo, pois teremos muito tra-

    balho pela frente. Alm das reunies da Comisso,

    acompanhe pelo site do CRPRS a programao de

    eventos. Participe, traga a sua experincia e va-

    mos refletir sobre Avaliao Psicolgica!

    Comisso de Avaliao Psicolgica

    Conselheira presidente: Vivian Roxo Borges

    Conselheira participante: Sinara Cristina Tres

    Psicloga assessora tcnica: Adriana Dal Orsoletta

    Colaboradores: Cristina Armani Madeira, Gabriela Quadros de Lima, Mariana da Cos-ta Junkes, Miriam Siminovich, Neusa Chardo-sim, Valria Gonzatti

    A Comisso de Avaliao Psicolgica rene-se na segunda tera-feira de cada ms, das 19h s 21h, na sede do CRPRS.

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    taEspecialidades em debateAmpliao das discusses sobre a especialidade em Psicologia.

    Comisso de Anlise para a Concesso do Registro do Ttulo de Especialista

    Conselheira presidente: Lutiane de Lara

    Conselheiros integrantes: Adolfo Pizzinato, Vera Pasini, Vnia Fortes e Roberta Motta

    Psiclogo assessor tcnico: Lucio Fernando Garcia

    Colaboradores: Mariana Calesso Moreira

    A Comisso de Anlise para a Concesso do Registro do Ttulo de Especialista rene-se nas segundas-feiras, s 9h, na sede do CRPRS.

    A Comisso de Anlise para a Con-cesso do Registro do Ttulo de Especialista responsvel por re-ceber os pedidos, examinar e conceder, por meio do Conselho Federal de Psicologia, o Ttulo de Especialista aos Psiclogos regular-mente inscritos no Sistema Conselhos fazendo cumprir a Resoluo CFP n. 014/2000, que institui o Ttulo de Especialista em Psicologia.

    O objetivo da gesto ComPosio para este campo aproximar o CRPRS dos espaos de formao profissional (graduao e ps-gra-duao) para fortalecer discusses e promover aes conjuntas (seminrios, fruns, encontro de supervisores e preceptores, dentre outras) vi-sando qualificao da formao de psiclogos.

    CLNICAESPORTE TRABALHO

    TRNSITO PSICOMOTRICIDADE

    ESCOLAR

    PSICOPEDAGOGIANEUROPSICOLOGIA

    PSICOLOGIA SOCIAL

    Os pedidos podem ser realizados de trs formas: comprovando experincia profissio-nal na rea da especialidade (na vigncia de prazo aberto para reconhecer a especialida-de), concurso pblico ofertado pelo sistema conselhos e concluso de curso de especiali-zao credenciado pelo CFP.

    O intuito durante os trs anos de gesto , alm de seguir com os trabalhos da Co-misso, tambm ampliar o debate entre os psiclogos sobre a especialidade em Psi-cologia, principalmente quanto aos efei-tos da concesso de especialidades para a profisso. Nesse sentido, os interessados esto convidados a participarem das reu-nies da Comisso.

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    trn

    sito Pela conscincia

    cidad no trnsitoA interveno efetiva envolve a congrega-o da Psicologia com diversos saberes.

    Os diferentes modos de circulao hu-mana proporcionam s pessoas vrias situaes nas quais estabelecem uma multiplicidade de interaes e relaes sociais. Esse transitar humano causa impactos diversos naqueles que esto envolvidos na circulao, tanto no espao urbano, quanto nas estradas e rodovias. Os nmeros das estatsticas apre-sentadas relativas ao trnsito so preocupan-tes pelo que representam, pois demonstram o nmero de vidas que so ceifadas ou passam por limitaes importantes devido acidentali-dade ou, utilizando um termo mais apropriado da rea, sinistralidade. Os fatores envolvidos na elevao desses ndices so muitos, incluindo questes de educao, conscincia cidad, si-nalizao, legislao, dentre outros.

    levando em considerao essa multipli-cidade de fatores que contribuem para a pro-blemtica do trnsito na atualidade que a Co-misso de Trnsito e Mobilidade Humana do CRPRS se rene periodicamente. Consideran-do a complexidade que envolve o fenmeno trnsito, entende-se que para intervir de forma efetiva necessria a congregao de diferen-tes saberes. Desse modo, entendemos o trn-sito e a mobilidade humana de forma global e ampliada, compreendendo o quo importante realizar um dilogo que abranja questes como avaliao psicolgica para candidatos a condutores, educao para o trnsito, esforo legal, engenharia de trfego, etc. Visamos es-sencialmente discutir e criar estratgias de en-frentamento para essa realidade to complexa do trnsito e das questes de mobilidade hu-mana, buscando dialogar sobre o papel que o psiclogo do trnsito pode assumir diante dis-so, contribuindo com os demais saberes.

    Atualmente a nossa comisso composta por representantes da EPTC, DETRAN, Polcia Rodoviria Federal, SEST/SENAT, Comando

    Rodovirio da Brigada Militar, Fundao Thia-go Gonzaga, Instituto Zero Acidente, Instituto Ande Bem, psiclogos que atuam em CFCs e Plural Psicologia e Consultoria.

    Convidamos todos os psiclogos envolvi-dos com estas questes e que tm interesse e disponibilidade para fazer parte da Comis-so a participar e contribuir para essa cons-truo coletiva de um trnsito que nos pos-sibilite fluidez, acessibilidade e segurana. A participao dos interessados sempre bem vinda para solidificarmos novos olha-res e aprimorarmos discusses que resultem em possibilidades reais de transformao do contexto trnsito e suas convergncias.

    Comisso de Trnsito e Mobilidade Humana

    Conselheira presidente: Sinara Cristiane Tres Soares

    Conselheiras integrantes: Janana Zanchin e Vivian Roxo Borges

    Psiclogo assessor tcnico: Lucio Fernando Garcia

    Colaboradores: Psiclogos que atuam em CFCs, representantes da EPTC, DETRAN/RS, SEST/SENAT, Instituto Zero Acidente, Movimen-to Gacho pelo Trnsito Seguro MGTS, Brigada Militar, Polcia Rodoviria Federal, SIPERGS, Fun-dao Thiago de Moraes Gonzaga, Ande Bem - Instituto de Psicologia do Trnsito e Instituto de Desenvolvimento para Educao no Trnsito.

    A Comisso de Trnsito e Mobilidade Humana rene-se na primeira tera-feira de todo ms, s 14h30, na sede do CRPRS.

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    educ

    ao

    A volta das explicaes organicistas para solucionar problemas educacionais: um alerta aos pais

    A promoo de debates sobre a medicalizao na educao vem sendo uma das principais frentes de ao do Grupo de Trabalho da Educao da Subsede Serra. O GT, coordenado pela Conselheira Rosa Veronese e colaboradores, foram respon-sveis por promover na regio da Serra dois encontros no ms de outubro enriquecidos pela contribuio de psiclogos, pe-dagogos, mdicos, entre outros profissionais envolvidos com a questo: o Seminrio Medicalizao e Educao: Pensando sobre a Realidade Atual, em Caxias do Sul, e o Espao Psi, em Vacaria, com o tema Medicalizao na Educao.

    Cientes de que o debate deve ser ampliado a todos os envolvidos com a educao de crianas e adolescentes, o GT Educao abre este espao para que a psicloga e conselheira do CFP Marilene Proena compartilhe algu-mas das reflexes sobre o tema.

    Marilene Proena*

    Grupo de Trabalho da Educao

    Conselheira presidente: Rosa VeroneseColaboradores: Simone Fragoso Courel, Marlete Susin Rodrigues, Simone Muller Cardoso, Iria Ja-coby Oliveira, Viviane da Costa Pinheiro, Mnica Fernanda Neukamp Wille

    Informe-se sobre os horrios das reunies entran-do em contato com a Subsede Serra pelo telefone

    (54) 3223.7848.

    A partir dos anos 80, a Psicologia e a Psi-cologia Escolar tm chamado a ateno para as explicaes a respeito dos cha-mados problemas de aprendizagem na escola. O alerta da Psicologia Escolar permitia considerar que no era mais possvel depositar sobre as crian-as, adolescentes e suas famlias, as causas dos altos ndices de repetncia e de evaso escolares. Para a Psicologia necessrio entender o no aprendizado analisando o sistema escolar, as prticas pedaggi-cas, as relaes escolares e institucionais, as ques-tes que comparecem no interior da escola a fim de compreender em que contexto educacional alunos, professores e gestores esto inseridos e como tais contextos influem no processo de escolarizao.

    com grande surpresa e preocupao que as-sistimos a partir de 2000 o retorno das explicaes organicistas centradas em distrbios e transtornos no campo da educao para explicar dificuldades de crianas na escolarizao. O avano das expli-caes organicistas para a compreenso do no aprender retoma os velhos verbetes to questiona-dos por setores da Psicologia, Educao e Medici-na, a saber: dislexia, disortografia, disgrafia, dislalia, transtornos de dficit de ateno, com hiperativida-de, sem hiperatividade e hiperatividade (TDAH).

    Segundo dados da ANVISA, o nmero de cai-xas de medicamentos para diagnstico de TDAH subiu entre 2003-2004 51%. Internacionalmente, as vendas segundo a IMS-PMB, entidade sua que contabiliza a venda de medicamentos, dos medicamentos para TDAH subiram de 71 mil cai-xas em 2000 para 739 mil em 2004 e pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa dos Usurios de Me-dicamentos, com dados de 2009, a venda de me-dicamentos com metilfenidato (base da Ritalina e do Conserta) subiu de 71.000 caixas vendidas em 2000 para 1.147.000 em 2008.

    Portanto, ter dificuldade de leitura e escrita no mais questiona a escola, o mtodo, as condies de

    aprendizagem e de escolarizao, mas busca na criana as causas das dificuldades de leitura, es-crita, clculo e acompanhamento dos contedos. O que mais perverso nesse processo que os de-fensores das explicaes organicistas apresentam a patologizao da criana como um direito de ser medicada, atendida e diagnosticada.

    Este quadro que se apresenta ainda no conjun-to da educao brasileira, leva-nos a nos voltarmos para o interior da escola, revendo nossas polticas educacionais, nossa prtica docente, nossas polti-cas de formao docente, nossos mtodos de ensi-no e as prticas poltico-pedaggicas. Trabalhar a servio da melhoria da qualidade da escola e dos seus benefcios impe uma prtica profissional que desloca sua ateno das patologias para atu-ar na interface Educao Instituio Escolar, com os temas que vo desde a vida escolar, as prticas educacionais, as relaes institucionais na escola, os processos de estigmatizao escolares, as dife-renas de classe social na escola, as questes de gnero, e tantos outros aspectos.

    * Graduada em Psicologia pela Universidade de So Paulo (1978). Mestrado e Doutorado em Psicologia Escolar e do De-senvolvimento Humano pela USP. Coordenadora e pesquisadora do Programa de Ps-Graduao em Psicologia Escolar e do De-senvolvimento Humano no Instituto de Psicologia da USP.

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    serr

    a O CRPRS na Regio da SerraOs profissionais da Serra esto convidados a participar das comisses e GTs.

    A Subsede Serra do CRPRS, fundada em 1998 na cidade de Caxias do Sul (RS), teve como primeiro trabalho mapear quais eram os psiclogos atuantes na regio e suas demandas, visando a aproximar aqueles profissionais do Conselho. Desde ento, sua atu-ao vem se fortalecendo em prol da congrega-o dos profissionais da Psicologia da regio da Serra em torno do seu compromisso social.

    Entre as diversas aes promovidas pela subsede, destacam-se as reunies mensais das comisses, em que j foram discutidos temas como direitos humanos, educao, vio-lncia domstica, sade do trabalhador, ass-dio moral do trabalho, entre outras diferentes pautas para as quais a Psicologia possa levar sua contribuio.

    Outro campo diz respeito articulao en-tre a subsede e os diversos espaos acadmi-cos da regio, como nos eventos promovidos pelo Grupo de Trabalho da Educao, visando participao crtica e reflexiva da Psicologia no espao educacional, alm de um laboratrio de escuta dos estudantes da rea, em que so feitas pesquisas sobre as expectativas profissionais, o mercado de trabalho, entre outras discusses.

    Outro importante espao de congregao o Espao Psi, que dever ser ampliado para todo o Estado em 2011, sempre trazendo de-bates multidisciplinares sobre temas de inte-resse geral.

    A Subsede Serra convida todos os psi-clogos e estudantes a participarem das reunies de suas comisses e GTs.

    A Subsede Serra do CRPRS, fundada em

    1998 na cidade de Caxias do Sul (RS),

    teve como primeiro trabalho mapear

    quais eram os psiclogos atuantes na

    regio e suas demandas.

    CRPRS Subsede Serra

    Conselheiras responsveis: Elisabeth Mazeron Machado e Rosa Veronese

    Colaboradores: Loiva Maria De Boni Santos (Conselho de Entorpecentes), Maria Marlene Faria (Conselho de Sade do Trabalhador), Miriam Minotto (Conselho da Mulher)

    A Subsede Serra est na rua Moreira Csar, 2712/33, em Caxias do Sul (RS), telefone (54) 3223.7848

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    sul

    O CRPRS na Regio SulA Subsede Sul o espao de todo psiclogo da regio.

    CRPRS Subsede Sul

    Conselheiras responsveis: Melissa Classen e Deise Ortiz

    Colaboradores: Ana Maria Pereira Porto (Conselho de Assistncia Social), Isane Larrosa Cardoso (Con-selho Municipal de Sade), Maria Josefina Franchini Torres (Conselho da Mulher), Maria Rosane Quevedo Lerpio (Conselho Municipal de Sade), Melissa Rios Classen (Conselho Regional de Sade), Rosamaris de Moraes (Conselho do Idoso), Simone Rosana Amaral Parodes (Conselho da Criana e Adolescente).

    A Subsede Sul est na rua Flix da Cunha, 772/304, Pelotas (RS), telefone (53) 3227.4197

    A Subsede Sul, situada em Pelotas (RS), iniciou seus trabalhos em 1996 e, nestes quase quinze anos, muitos colaboradores j deixaram suas con-tribuies para o fortalecimento deste espao, bem como ajudaram no avano de debates propos-tos pelo Conselho Regio-nal de Psicologia do Rio Grande do Sul.

    Atualmente, os Conselheiros respon-sveis pela Subsede Sul, Melissa Classen e Deise Ortiz, e o gru-po de Colaboradores renem-se quinzenal-mente para a discusso de pautas tratadas pelo CR-PRS, a elaborao coletiva de propostas que possam contribuir para o desenvolvimento da profisso e a apro-ximao com a sociedade, assim como o en-frentamento de questes pontuais que digam respeito Psicologia na cidade e na regio.

    O Controle Social pauta constante nos encontros, e nossa representatividade se d em diversos espaos: Conselho Municipal de Sade, Conselho Municipal de Assistncia Social, Conselho Municipal dos Direitos da Criana e Adolescente, Conselho Municipal dos Direitos do Idoso, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e Conselho Regional de Sade. No ano de 2010, a Subsede este-

    ve fortemente engajada na organizao da III Conferncia Municipal de Sade Mental Intersetorial e segue colaborando com este tema estando presente na Comisso Munici-

    pal de Sade Mental.Neste mesmo ano, a Subsede ofereceu en-

    contros temticos abertos no s aos

    psiclogos, mas a toda sociedade interessada em discutir os mais variados assun-tos. Estes encon-

    tros tero sequn-cia no ano de 2011

    com datas ainda a serem confirmadas.Como forma de apro-

    ximao e de chamar os novos psiclogos s discusses da catego-

    ria, a Subsede Sul realiza tambm a Cerim-nia de Entrega das Carteiras de Identidade Profissional aos recm formados, em um co-quetel intimista onde os novos profissionais recebem sua habilitao para o trabalho.

    A Subsede Sul o espao de todo o psi-clogo e as reunies do grupo so abertas queles que querem participar e contribuir com suas idias, sugestes e crticas. im-portante que os profissionais se apoderem deste espao e se aproximem das temticas que envolvem a categoria.

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    cent

    ro-o

    este O CRPRS na Regio Centro-Oeste

    O fortalecimento do Conselho em Santa Maria e regio.

    O Grupo de Trabalho do Centro--Oeste iniciou suas atividades em julho de 2008, quando ocorreu um encontro com integrantes da Gesto Plural Psi no Plenrio da Cmara de Vereadores de Santa Maria. Compareceram diversos psi-clogos de diferentes municpios da regio, com insero em diferentes reas de atuao.

    Nesta ocasio, os psiclogos presentes discutiram sobre a possibilidade de uma maior aproximao com o CRPRS e, ao mes-mo tempo, identificar as prticas e as neces-sidades de discusso da cidade e regio.

    Devido ao fato de a maioria dos psiclo-gos atuar nas Polticas Pblicas e Psicotera-pia, estes foram os temas apontados para as discusses iniciais no grupo.

    Deste modo, o GT tem como objetivo fa-vorecer a articulao e a organizao dos profissionais da Psicologia da regio centro--oeste do Rio Grande do Sul, trabalhando nas

    perspectivas da descentralizao e regiona-lizao das aes polticas e discusses tc-nicas do CRPRS. Todas as aes tm como foco a mobilizao da categoria na regio centro-oeste, visando implantao de uma Subsede na cidade de Santa Maria.

    Nossos encontros ocorrem nas primeiras quintas-feiras de cada ms no Hotel Morotin (Rua ngelo Uglione, 1629, Centro). Alm dis-so, mantemos um grupo de discusso on line a fim de aproximar os psiclogos, discutir temas pertinentes, divulgar cursos, entre outros.

    Para o prximo ano, pretende-se desen-volver encontros temticos, os quais deno-minamos Rodas de Conversa, sempre com a presena de um convidado. Esses encontros visam a oportunizar a discusso de questes contemporneas relaciona-das profisso, assim como proporcionar a aproximao dos psiclogos da regio Centro-Oeste.

    Todas as aes tm como foco a mobilizao

    da categoria na regio centro-oeste, visando

    implantao de uma Subsede na cidade de

    Santa Maria.

    GT Centro-Oeste

    Conselheiras responsveis: Vnia Fortes de Oliveira, Roberta Fin Motta

    Colaboradores: Adriane Rubio Roso, Camila dos Santos Gonalves, Felix Miguel Nascimento Guazina, Guilherme Corra, Ramiro Brger Schnardie, Bruna da Silva Osrio, Ariana Leite Gress.

    O GT Centro-Oeste rene-se nas primeiras quinta-feiras do ms, s 19h, no Hotel Morotin (Rua ngelo Uglione, 1629, em Santa Maria (RS).

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    crep

    opUm ano de conquistasQuatro pesquisas foram desenvolvidas pelo CREPOP em 2010

    Estamos encerando mais um ano de trabalho. Muito mais que atividades, realizamos verdadeiros encontros que provocaram e ampliaram nossas refle-xes sobre a Psicologia e as Polticas Pbli-cas. Em 2010, quatro pesquisas foram reali-zadas pelo CREPOP:

    - Hospitais que atendem Sistema nico de Sade- Centros de Ateno de Assistncia So-cial - CRAS/SUAS- Diversidade Sexual- EsporteEntendemos e trabalhamos para que cada

    processo de pesquisa seja vivido como um ponto de partida, incio ou retomada de um canal de dilogo com o CRPRS. Um incio ou amadurecimento de espaos coletivos que registrem e compartilhem as prticas desen-volvidas pelos profissionais que atuam nos diferentes campos das Polticas Pblicas, nas suas fragilidades bem como nas suas fortale-zas, lembrar e celebrar prticas profissionais que poderiam permanecer invisveis caso nenhum de ns propusesse uma troca, um (re)conhecimento sobre as atividades desen-volvidas e especialmente provocasse uma re-flexo sobre as sustentaes legais, tcnicas, ticas e polticas que atravessam nossa pre-sena no campo pesquisado e especialmente no campo das Polticas Pblicas.

    O ano de 2010 certamente ocupar um lugar especial em nossa memria, pois, para alm de nossas atividades diretas, estivemos presentes, a partir de diferentes oportunida-des e espaos de interveno, nos processos preparatrios IV Conferncia Nacional de Sade Mental Intersetorial.

    Certamente carregar esta lembrana nos impulsionar a permanecer ativos e propo-

    sitivos em nossas atividades e prticas pro-fissionais. Cabe tambm destacar mais uma das conquistas de 2010 vivida pelo CREPOP: queremos registrar nosso imenso reconheci-mento e valorizao por todos profissionais que permanecem prximos, seja pela pro-ximidade presencial, seja pela manuteno ativa de nossos canais virtuais de comunica-o, trazendo questes que so de todos ns e por ns devem ser respondidas, refletidas e, quando necessrio, produzam encaminha-mentos e aes concretas.

    Encerramos ressaltando a implantao de um espao de debate Conversando sobre a Psicologia e o SUAS originado a partir das pesquisas do CREPOP junto poltica de Assistncia Social e que, ao se constituir, fica articulado na Comisso de Polticas Pblicas, frum permanente do CRPRS. Desde outubro de 2010 j foram realizados dois encontros, e nosso prximo est agendado para 14 de janeiro s 14h na sede do CRPRS. A reunio est direcionada aos profissionais que atuam no SUAS, mas como trabalhamos de forma transversal, este convite est estendido a to-dos profissionais que trabalham direta ou in-diretamente com o SUAS.

    Agradecemos a todos por contriburem com o avano da Psicologia no campo das Po-lticas Pblicas e convidamos a todos a per-manecerem cada vez mais prximos e propo-sitivos. O CREPOP se fortalece a cada novo contato, a cada nova conversa, mas tambm pelo conjunto de pesquisas j desenvolvidas e as muitas que ainda sero realizadas.

    Abrao forte e um feliz, produtivo e aco-lhedor 2011!

    Silvia Giugliani e Carolina dos Reis Equipe CREPOP/CRPRS

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    agen

    da CursosClnica Psicanaltica Instituto Wilfred BionMaro de 2011Informaes: (51) 3319.7665 / 3384.2765www.institutowilfredbion.com.br

    Formao em Psicanlise Adulto e Infantil ConstructoInformaes: (51) [email protected]

    A Psicologia do Adulto Jovem e do Adulto MaduroPsicoterapeutas de Grupos para Adulto Jovem e Adulto Maduro CLAMInformaes: (51) 3328.0622www.clam.emed.com.br

    Reduo de Danos: ferramenta para atuao no campo das drogas UFSMInformaes: [email protected]

    Ps-Graduao em Psicologia Organizacional IDGRSAbril de 2011Informaes: www.idgrs.com.br

    Cuidando dos Cuidadores Casa DivinaAbril e junho de 2011Informaes: [email protected]

    Curso de Psiclogo Perito Examinador de Trnsito Belo Horizonte/MG Informaes: (31) [email protected] www.posgraduar.com.br

    Especializao em PsicoterapiaFormao em Psicoterapia Psicanaltica de CrianasAperfeioamento em PsicopedagogiaGrupo de Estudos Psicanlise dos VnculosGrupo de Estudos TCC - Terapia Cognitivo--Comportamental - Instituto Cyro Martins Informaes: (51) [email protected] www.cyromartins.com.br

    Especializao em Psicoterapia de Orienta-o PsicanalticaEspecializao em Psicoterapia Psicanaltica de Crianas e Adolescentes IEPPInformaes: (51) 3333.4801www.iepp.com.br

    Formao em Psicoterapia de Orientao Psicanaltica - Adulto / Infncia e Adolescncia - ITIInformaes: (51) 3311.3008 / [email protected] www.itipoa.com.br

    Ps-Graduao em Psicologia HospitalarHospital Moinhos de VentoInformaes: (51) [email protected]/pos

    A Arte de Vincular em Psicoterapia22 de janeiro de 2011Coral Tower Trade Hotel - Av. Protsio Alves, 2966Informaes: www.cognicci.com.br

    Formao em Psicanlise CPRSMaro de 2011Informaes: (51) [email protected] http://www.cbp.org.br/cprs

    Congressos, Jornadas, SimpsiosJornada da Sociedade de Psicologia do Rio Grande do SulO Ato como Linguagem 26, 27 e 28 de maio de 2011 Auditrio da SogipaInformaes: (51) 3331.8586Rua Felipe Neri, 414/2 andar Porto Alegre/RS

    V Congresso Brasileiro de Avaliao Psicolgica Bento Gonalves/RS Informaes: http://www.congressoibap.com.br

    II Simpsio Sul-Brasileiro de Psicologia Jurdica Hotel Continental - Porto Alegre/RS Informaes: (51) [email protected] http://www.projecto-psi.com.br

    7 Congresso Norte Nordeste de Psicologia11 a 14 de Maio de 2011Informaes: http://www.conpsi7.ufba.br