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Evoluo do pensamentoeconmico
Evoluo do pensamentoeconmico
UNIDADE
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Curso de Graduao em Administrao a Distncia
Objetivo
Nesta Unidade, voc vai conhecer as principais Escolas do
Pensamento Econmico para que possa ter uma leitura da
formao da base dessa enorme estrutura em que nos
encontramos instalados e estar mais seguro na profisso
para as tomadas de decises.
Mdulo 3
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O pensamento econmico naAntigidade Clssica
Caro Estudante!
Estamos iniciando nossa ltima Unidade. Voc vai acom-panhar a evoluo histrica da Economia. Para tanto, estu-daremos as contribuies das principais correntes do pen-samento econmico, tendo como ponto de partida a fasepr-cientfica, que vai da agricultura primitiva, passandopelos tempos bblicos at chegar aos mercantilistas e, da,aos pensadores clss icos, marxistas, neoclss icos,keynesianos e ps-keynesianos.
Leia com ateno e realize as atividades que esto indicadasno final da Unidade. Sua leitura, a realizao das atividadese os contatos com seu tutor e os professores tm um sobjetivo: ajud-lo no processo de construo do conheci-mento e no desenvolvimento de habilidades que caracteri-zaro seu novo perfil profissional ao final deste curso.
Bem-vindo histria da dinmica econmica!
A histria da Economia evoluiu pari passu com os perodos que
caracterizam a histria da humanidade.
desnecessrio dizer da importncia da histria econmica da
humanidade, tanto pr-clssica quanto a mais atual, para os economis-
tas. Entretanto, somente entendendo a dinmica da histria econ-
mica das civilizaes que voc poder compreender toda a complexi-
dade que domina a cincia econmica e a sociedade atuais.
Desde Moiss at os mercantilistas, a sociedade mundial viveu
em complexidades. E foi dessa complexidade que, um sculo depois,
aps o fim dos ideais mercantilistas do sculo XVII, o mundo perce-
beu a necessidade de ter economistas.
Esse perodo da Antigidade Clssica, em sua primeira fase,
abrange os anos 4000 a 1000 antes da Era de Cristo. Os povos predo-
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Curso de Graduao em Administrao a Distncia
GLOSSRIO*Excedente parteda riqueza produzidaque excede a consu-mida, ao longo doprocesso produtivo.Fonte: Wikipdia(2007).
*Teocrtico vemde teocracia e signi-fica uma forma degoverno no qual deo povo controladopor um sacerdote oulder religioso quegoverna, suposta-mente, segundo o de-sejo de uma divinda-de. A teocracia podeser tambm regimepoltico ou religio.Fonte: Wikipdia(2007).
minantes eram os da China, ndia, Assria, Babilnia, Mesopotmia,
Egito, e outros da Antigidade Oriental e Ocidental. Nesse perodo,
no se podia cogitar que a atividade econmica fosse sofisticada. Longe
disso. Predominava a economia de subsistncia e o autoconsumo. As
sociedades, por sua vez, ainda eram desestruturadas, sem caractersti-
cas, inclusive, de sociabilidade. Predominava o nomadismo tribal.
Aps essa fase inicial, o homem comeou a pensar em se fixar
em algum lugar. Teve incio, assim, a fixao dos primeiros agrupa-
mentos humanos na sociedade patriarcal, surgindo o conseqente di-
reito de propriedade na economia agrria. O trabalho nessas sociedades
era do tipo escravo, sendo raro ou reduzido o comrcio entre os diferen-
tes agrupamentos, prevalecendo uma economia de subsistncia ou de
autoconsumo, sem a preocupao da formao de sobras ou exce-
dente* destinado s trocas ou ao escambo. Tudo o que se produzia ten-
dia a ser consumido. Ningum pensava em lucro, em riqueza, em capi-
talismo ou em se capitalizar. Muitos menos em globalizao.
Os regimes, nessas civilizaes da Antigidade, eram, em geral,
teocrticos*, e obedientes frrea disciplina e ao controle total do
comrcio pelos seus dirigentes. Embora existindo um intercmbio eco-
nmico rudimentar (trocas entre pessoas e pequenos povoados), e a
moeda, como facilitadora das trocas, tivesse j evoludo para as suas
caractersticas mais sensveis, com a utilizao j de alguns metais, os
fatos econmicos ainda no mereciam estudos especiais, o mesmo
ocorrendo com a atividade econmica.
Nesse perodo, ainda no havia um clima propcio para o surgi-
mento de uma Cincia Econmica. Os fatos e fenmenos econmicos
estavam adstritos s cincias filosficas, religiosas e jurdicas, moral
e poltica, tambm no totalmente estruturadas.
Mdulo 3
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Contribuies da civilizao greco-romana
para o pensamento econmico
A partir da civilizao greco-ro-
mana, no ano 1000 a.C., nota-se uma
preocupao mais concreta com os fa-
tos econmicos, surgindo estudos em-
brionrios sobre riqueza, valor econ-
mico e moeda.
Xenofonte, pensador grego, es-
creveu a obra Os econmicos, discor-
rendo sobre a utilidade e as riquezas
econmicas, sobre a agricultura e sua
importncia econmica, e afirmava que
a riqueza estava intimamente relaciona-
da com as necessidades humanas.
Plato e Aristteles tambm deram a sua
contribuio para a Economia. Plato,
alis, delineou um Estado a ser gover-
nado por filsofos. Tambm aprovava
a escravido e preconizava a diminui-
o das populaes por uma depurao
da raa. Foi um autntico precursor de Malthus, acentuava a impor-
tncia da diviso do trabalho ou da especializao de funes, e res-
saltava o papel de destaque a ser emprestado s elites culturais.
Da civilizao grega, ficaram muitos ensinamentos. De Plato,
ficou o Comunismo Utpico, em sua Repblica, e seus escritos sobre
a produo, e a riqueza e os seus limites; e de Aristteles, suas anlises
sobre a sociedade privada, declarando que a propriedade comunal,
preconizada por seu mestre Plato, retiraria o incentivo produo.
Procedeu a profundas anlises sobre a Teoria do Dinheiro, as trocas e
o valor, e sobre as funes da moeda.
Para saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber mais*Xenofonte (427355 a.C.) discpulo de Scrates,
conhecido por seus escritos sobre a histria do seu
prprio tempo, pelos discursos de Scrates e sobre a
Grcia. A dissertao histrica que Xenofonte faz na
obra Anabasis um dos mais antigos exemplos de
anlise de carter de um lder feita por um historia-
dor. Esse tipo de anlise se tornou conhecido nos
dias de hoje como a Teoria dos Grandes Homens.
Fonte: Wikipdia (2007).
*Thomas Robert Malthus (17661834) economis-
ta britnico, cujas obras exerceram influncia em
vrios campos do pensamento e forneceram a chave
para as teorias evolucionistas de Darwin e Wallace.
Defendia que qualquer melhoria no padro de vida de
grande massa temporria, pois ela ocasiona um ine-
vitvel aumento da populao, que acaba impedindo
qualquer possibilidade de melhoria. Escreveu Princpios
de Economia Poltica (1820) e Definies em Econo-
mia Poltica (1827). Fonte: Wikipdia (2007).
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O Imprio Romano e sua contribuio ao
pensamento econmico
Gastaldi (1999) assinala que, na histria da civilizao de Roma,
se encontram muitos dos elementos que caracterizam o moderno capi-
talismo. Os romanos foram os principais estadistas, juristas e constru-
tores de imprios. Entretanto, embora a histria romana tenha se evi-
denciado por lutas de conquistas, construindo em seu primeiro estgio
uma Repblica e depois um Imprio mundial, dominando toda a rea
do Mediterrneo, incluindo a sia Menor, o norte da frica, a Frana
(Glia), a Espanha, abrangendo partes da Europa Central at o Rio
Danbio e chegando Inglaterra e Esccia, suas contribuies cul-
turais no podem ser subestimadas, ainda que no possam ser compa-
radas s da Grcia, que enriqueceu muito mais a civilizao.
Um dos traos da civilizao romana foi a expanso agrcola,
que favoreceu a sua economia e, notadamente, a sua agricultura, e que
foi um dos determinantes da expanso do poderio poltico do Imprio.
De uma outra forma, o declnio de sua agricultura foi a principal causa
de sua queda. Agressiva foi a poltica de expanso comercial de Roma,
que proporcionou vultosos lucros, ao mesmo tempo em que despertou
a rivalidade com o poder comercial de outros povos, notadamente de
Cartago. Isto posto, os acordos comerciais foram substitudos pelos
conflitos armados.
Com o Imprio Romano:
consolidava-se a expanso comercial;
consolidavam-se as funes do dinheiro;
criavam-se os impostos mais elevados;
aumentavam as despesas do governo.
Tambm foi no Imprio Romano que nasceu a agiotagem*, e a
riqueza passou a se concentrar nas mos de uma minoria. As economi-
GLOSSRIO*Agiota a pes-soa que faz prticada usura, ou seja,empresta dinheiro aoutra no mercadoinformal, sem a de-vida autorizao le-gal para isso. Fonte:Wikipdia (2007).
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as dos pases subdesenvolvidos, tal como o Brasil, apresentam seme-
lhanas com a histria do Imprio Romano. De um lado, h pessoas
abastadas e profundamente ricas. De outro, h pessoas pobres, abso-
lutamente pobres. As magnficas obras do Imprio refletiam, apenas,
o consumo ostensivo dos grupos mais ricos ou do Estado sempre mais
poderoso.
Toda essa situao de decadncia do Imprio conduziu o povo a
uma elevada crise de escassez, quando aumentaram, e muito, as ne-
cessidades urbanas em alimentos. Podemos apontar as causas econ-
micas do declnio do Imprio Romano:
grande concentrao das riquezas por grupos minoritrios;