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MárioCardoso

dosSantos

eJosé

TorresCampos

Evolução daprodutividade dotrabalho, da remuneraçãoe do emprego na indústriatransformadora*

0 progresso económico do Pais não podedepender, apenas de acções dispersas dos vá-rios agentes económicos — dados a insuficiên-cia da taxa da acréscimo global da produtivi-dade e os acentuados desequilíbrios sectoriaisna capacidade para a criação de empregos.Por isso, há que conjugar a intensificaçãodos esforços de reconversão e formação pro-fissional com uma actuação extensa e eficaz,no sentido de acelerar o crescimento dos ní-veis de produtividade, nomeadamente nos sec-tores que apresentam resultados mais defi-cientes.

1. Introdução. Objectivos e indicadores adoptados

Tem sido ultimamente acrescido o interesse, no nosso País,pela análise comparada de indicadores representativos da evolu-ção das actividades económicas, nomeadamente da Indústria, sec-tor reconhecido como motor de um desenvolvimento económicoe social que se pretende ver acelerado.

No presente trabalho analisa-se para uma amostra constituídapor 15 sectores da nossa indústria transformadora a evolução rela-tiva dos seguintes indicadores:

* A presente nota é baseada nos resultados e nas conclusões de um estudorealizado pelo Serviço de Produtividade do INII sobre o mesmo tema e relativoa uma amostra de quinze sectores da indústria transformadora, no período1953-1965.

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— volume de produção por pessoa;— valor acrescentado por pessoa;— remuneração por pessoa;— emprego.

Os dois primeiros constituem indicadores de produtividade dotrabalho, pois foram obtidos dividindo pelo pessoal empregado asproduções e os valores acrescentados, ambos corrigidos pela apli-cação de índices traduzindo as variações de preços de venda e decompra próprias de cada um dos sectores. Quanto às remunera-ções, construiu-se um índice em que se corrigiu o respectivo valormonetário por um deflacionador do valor da moeda, tendo-se to-mado como mais representativo para este efeito o índice de preçosIÍO consumidor na cidade de Lisboa. Este índice de remuneraçõesrepresenta a evolução entre 1953 e 1965 das remunerações reais(corrigidas) por pessoa trabalhando em cada sector; é, pois, umíndice das remunerações médias. O último indicador é constituídopor um índice simples de volume de pessoal empregado em cadaum dos sectores.

Pretende-se, assim, diagnosticar objectivamente, pelo trata-mento de um número reduzido de indicadores, algumas evoluçõese situações da nossa indústria transformadora, aclarando, simul-taneamente, problemas básicos relacionados com a medida e aevolução da produtividade, suas causas e efeitos, sem a pretensão,portanto, de fornecer um enquadramento imediatamente conclu-sivo e operacional, em termos de orientação do desenvolvimentodos sectores analisados e das soluções específicas a adoptar. Julga--se, porém, que ficam alinhados alguns elementos que se conside-ram contributo apreciável para o melhor conhecimento de umarealidade industrial que necessita ver muito rapidamente reforça-dos os seus aspectos válidos e minimizadas as respectivas carên-cias, com vista a um aumento de poder concorrencial e a umamaior capacidade de retribuição do trabalho. De resto, a análisedinâmica a que se procede de factores tão importantes como aprodutividade do trabalho, o emprego e a remuneração média porpessoa, permite abarcar, de forma integrada e sintética, umaparcela considerável da complexa realidade que é a actividade in-dustrial. Esperamos que se logrará assim, pelo menos, uma maiorconsciencialização da necessidade de ampliar e intensificar inicia-tivas, concertadas e eficazes, visando o mais rápido crescimentodos níveis de produtividade da nossa indústria (cujas deficiências,valores demasiado agregados e menos correctos muitas vezes es-condem), propiciando-se, ainda, a definição de prioridades deactuação quanto à concretização sectorial de medidas adequadasde política industrial, nomeadamente no âmbito das acções deprodutividade, do auxílio às pequenas e médias empresas e doapetrechamento sectorial em estruturas técnicas e assistência, com

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vista à concretização de objectivos adoptados de expansão e demodernização.

Na escolha dos sectores para os quais se procedeu a medidasde produtividade do trabalho, com base em elementos estatísticosdisponíveis e de acordo com uma metodologia específica 1

f tomou--se em consideração as remunerações explicitadas sobre o assuntopela Comissão Económica pçura a Europa e Bureau Internationaldu Travail, tendo, todavia, aquela escolha sido limitada pelos trêsseguintes factores impostos pela fonte estatística utilizada, aEstatística Industrial: para alguns sectores é inexistente informa-ção estatística adequada em parcela importante do período con-siderado (1953-1965); para outros, os dados disponíveis não per-mitiam um tratamento de acordo com a metodologia adoptada;para outros, ainda, es elementos disponíveis revelaram-se eivadosde inexactidões, não eorrigíveis por recurso a outras fontes. Ê porisso que neste primeiro trabalho sobre medidas indirectas deprodutividade a nível sectorial se consideram apenas os quinzeseguintes sectores de actividade da nossa indústria transforma-dora:

Indústria de lacticíniosMoagem de farinhas espoadas-trigoDescasque, branqueamento e glaciagem de arrozRefinação de açúcarRefinação de azeiteFabricação de massas alimentíciasFabricação de malte e cervejaIndústria do tabacoFabricação de artigos de cortiçaIndústria de curtimentaFabricação de sabõesIndústria do vidroFabricação de pregos, parafusos e artigos de arameFabricação de fios e cabos isolados

Trata-se de uma amostra razoavelmente representativa, vistoabarcar, em 1965, mais de 50 000 pessoas empregadas e de 3,2 mi-lhões de contos de valor acrescentado, ou seja cerca de, respecti-vamente, 7 % e 10 % dos correspondentes totais para a indústriatransformadora do Continente, nesse ano.

1 Ver o cap. I d& ob. cit.

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Taxas médias acumuladas de variação anual da produtividadedo trabalho, da remuneração por pessoa e do emprego

(1953 a 1965)

Sectores

Ind. de Lacticínios n. eMoagem de far. esp. — trigo ...Descasque de arrozRefinação de açúcarRefinação de azeiteFab. de massas alimentíciasFab. de malte e cervejaIndústria do tabacoFabricação de artigos de cortiçaIndústria de curtimentaFabricação de sabões, etcIndústria do vidroFabricação de cimentoFabricação de pregos, etcFb. de fios e cabos isolados

Média da amostra

Volume deprodução

por pessoa

— 0,183,451,425,48

— 0,783,707,32

10,224,655,033,297,795,851,308,07

4,44

Valor acres-centado por

pessoa

2,158,021,147,26

— 0,261,006,28

10,774,163,300,866,193,852,056,52

4,22

Remune-ração por

pessoa

5,523,734,296,456,572,626,575,134,064,834,706,004,903,323,28

4,80

Emprego

5,11— 1,60

0,15— 0,66

4,96— 1,07

4,91— 6,11— 0,75—<0,21— 0,26— 0,43

1,104,005,55

0,98

No quadro e no gráfico juntos apresentam-se as taxas médiasacumuladas da variação anual de cada um dos indicadores acimamencionados, para o período 1953-1965, considerando essas taxascomo os indicadores mais representativos, em termos globais, daevolução verificada na referida amostra da nossa indústria trans-formadora.

2, A evolução da produtividade do trabalho

A evolução da produtividade do trabalho, expressa em volumede produção por pessoa e em valor acrescentado corrigido por pes-soa, pode caracterizar-se globalmente pelos dois seguintes aspec-tos:

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— a grande dispersão sectorial dos respectivos ritmos de evo-lução, indo de taxas médias acumuladas de variação anualnegativas (lacticínios, refinação de azeite) a taxas franca-mente boas (tabaco, vidro, fios e cabos isolados);

— o valor médio da amostra relativamente baixo, não alcan-çando, em qualquer dos casos, os 4,5 % de taxa médiaacumulada de variação anual; saliente-se, ainda, a concor-dância das médias para estes quinze sectores (4,44 e 4,22 %)com o valor global, obtido em trabalho anterior2, para atendência da evolução da produtividade do trabalho naindústria portuguesa (4,47%).

Considerando este último valor como uma ordem de grandezadas perspectivas de crescimento natural da produtividade da in-dústria e atendendo às taxas médias apresentadas pelos váriossectores, duas reflexões se podem formular:

— uma, já apresentada em trabalho do INII2 e que é a se-guinte: «Como tendência de longo prazo, o referido valorda taxa de acréscimo de produtividade na indústria— 4,47%— tem de qualificar-se como situado muitoaquém daquilo que seria necessário obter para se ver signi-ficativamente encurtada a distância que nos separa dospaíses mais evoluídos da Europa. Com efeito, num relató-rio elaborado pelo INII em Dezembro de 19663, salientava--se, com base em cálculos que se apresentavam pormenori-zadamente, que seria preciso à nossa indústria atingir,futuramente, uma taxa de acréscimo de produtividade de7 por cento por ano para que o desfazamento existenteentre os níveis absolutos de produtividade no País e naEFTA se viesse a anular no fim do presente século».

— Outra, tomando em consideração as taxas médias apresen-tadas nos quadros anteriores, e que é a de ficar desde jádemonstrada a possibilidade da indústria poder forçar ocrescimento anual da sua produtividade do trabalho, poisindústrias tais como Tabaco, Vidro, Fios e Cabos isolados,conseguem atingir valores de acréscimo francamente satis-fatórios, face a outras indústrias cujos valores anormal-mente baixos poderão e deverão, sem dúvida, ser conside-ravelmente melhorados.

2 —«Evolução da produtividade do trabalho entre 1953 e 1967 — para oconjunto do País e para cada um dos grandes sectores de actividade», INII,série Estudos de Produtividade, n.o 7.

3 No âmbito do subgrupo «Produtividade» do Grupo de Trabalho n.° 3 daC. I. P. I. E., com vista à preparação do III Plano de Fomento.

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3. A evolução das remunerações. A produtividade e os salários

Saliente-se, de resto, que a necessidade da indústria aceleraro crescimento da sua produtividade assume um carácter aindamais imperioso se se atentar na evolução apresentada pelos índicesde remuneração por pessoa. Com efeito, além de, nalguns sectores,o crescimento deste índice ser mais rápido que os de produtivi-dade, criando situações pouco saudáveis, o valor médio, para aamostra, da respectiva taxa média acumulada de variação anual(4,80) é ligeiramente superior ao equivalente para o volume deprodução por pessoa (4,44) e para o valor acrescentado corrigidopor pessoa (4,22). Identifica-se, pois, globalmente, uma acentuadapressão das remunerações, a exigir actuações eficazes para o cres-cimento da produtividade — principalmente nos sectores em queaquele crescimento se revela menos dinâmico — a fim de se melho-rarem as condições de exploração das empresas com vista à obten-ção de margens aceitáveis de rendabilidade e efectivo poder con-correncial. Ao notar que estas considerações se reportam avariações relativas de remuneração, não tendo em conta os res-pectivos níveis absolutos (que são, como se sabe, de uma maneirageral, muito baixos), fica evidenciada uma fragilidade da indústriaem relação a um futuro aumento de níveis salariais, aumento esseque surge como inevitável. Deve acentuar-se que, para além devariações aleatórias de conjuntura, é através de uma melhoria deprodutividade do trabalho que as empresas poderão responder,eficaz e correctamente, a essa subida de salários.

Com efeito, é costume ligar as noções de salários e de produ-tividade do trabalho, acontecendo até que sobre a matéria, aliásbaisfaatnte delicada, se verifica1 existir ceríta confusão. Ê fre-quente, por exemplo, a afirmação de que os salários só devem cres-cer na medida em que cresça a produtividade, ou, doutra formanão totalmente coincidente com a anterior, que os salários e aprodutividade devem variar paralelamente. Ora estas são afirma-ções que consideramos perigosas na medida em que não são váli-das independentemente do contexto em que se inserem. Por outraspalavras, as generalizações não são possíveis: não se pode passarindistintamente do âmbito da empresa para o do conjunto daeconomia, ou deste para o do sector, na suposição de que aquelesditos axiomas se mantêm tal-qual.

Não é nossa intenção tratar profundamente este problema,pois que isso nos obrigaria a uma extensão não compatível comesta nota. Limitar-nos-emos, pois, a umas poucas observações su-mariamente apresentadas.

O índice de remunerações calculado para cada sector servepara comparação com os respectivos índices de produtividade dotrabalho, ficando para apreciação de cada sector as observaçõesque pareçam pertinentes como emergindo dessa comparação.

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Quanto às relações de causa-efeito eventualmente existentesentre salários e produtividade do trabalho, registemos apenas que,se tal relação é, em princípio, lícita ao nível da empresa (normal-mente não em relação à totalidade do salário, mas apenas emrelação aos prémios e outros suplementos salariais) e se é dese-jável que ao nível da nação as respectivas variações não sejamdissemelhantes, não se pode definir uma lei aceitável ao nível dossectores.

As variações de salários devem entender-se sujeitas a umapolítica de salários que se alicerce basicamente numa política dedistribuição de rendimentos, complementada pelos ajustamentosque derivem das flutuações do mercado do trabalho.

Se as variações de salários houvessem que depender exclusi-vamente das variações da produtividade do trabalho a primeirapergunta a fazer seria: qual produtividade do trabalho? Além dasduas que foram apresentadas, podem construir-se outnas, se bemque menos legítimas. Nos exemplos oferecidos pelos sectores indus-triais analisados, poderemos ainda ver que as suas variações estãolonge de ser coincidentes ou mesmo paralelas.

Ê de longe preferível considerar que os salários evoluem eevoluirão de acordo com as condições enunciadas anteriormente eque a produtividade do trabalho fica como que sendo o instrumentopelo qual os empresários aferirão as melhorias de eficiência quedeverão conseguir para que um aumento salarial não degenere eminflação.

Parecendo idêntica à atitude que começamos por criticar,esta última é, na realidade, muito diferente e, sem dúvida, muitomais correcta.

4. A evolução do emprego

Quanto ao emprego, deverá salientar-se que, em cerca demetade dos sectores considerados (8 em 15), as respectivas taxasmédias de variação anual são negativas (algumas correspondendoa decréscimos muito substanciais de pessoal empregado, como éo caso do Tabaco), apresentando a média da amostra um valorque não chega a atingir 1 % de variação anual média.

Quer isto dizer que, a avaliar por estes resultados, não é aescassez de mão-de-obra que tem constituído entrave fundamentalao desenvolvimento da nossa indústria transformadora, na medidaem que os factos acima mencionados demonstram que as exigên-cias quantitativas globais foram relativamente reduzidas. Sobres-saem, sim, mais uma vez, os desequilíbrios sectoriais, apresen-tando-se alguns sectores com maior capacidade relativa para acriação de empregos, salientando-se, assim, toda a problemática

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relacionada com a reconversão da mão-de-obra e a sua formaçãoprofissional.

Reiteram-se, deste modo, reflexões já apresentadas em tra-balho anterior4 com base em dados mais globais e que pareceoportuno aqui lembrar: «A profunda transformação de estruturaspor que estamos a passar e que deverá ser intensificada parece,pois, vir a implicar não muito mais mão-de-obra, mas mão-de-obdamuito mais qualificada e, por isso, reconversões e esquemas deformação profissional muito além do que tem vindo a ser efec-tuado.

5. Conclusão

Sintetizando aspectos salientes das considerações que acabamde ser expressas nos pontos anteriores, poderá afirmar-se que:

— A taxa de acréscimo que a produtividade do trabalho temapresentado na nossa indústria situa-se muito aquém doque seria necessário para se ver significativamente en-curtada a distância que nos separa dos respectivos níveisnos países mais evoluídos.

— Identifica-se, globalmente, uma acentuada pressão das re-munerações, e, ainda, alguns sectores em que o crescimentodo índice de remuneração é mais rápido que o de produti-vidade, ficando evidenciada uma fragilidade da indústria emrelação a um futuro aumento de níveis salariais, que se afi-gura inevitável se se tiver em conta que eles são, como sesabe, de uma maneira geral, muito baixos. As empresas sópoderão corresponder, eficaz e correctamente a este au-mento, através de uma melhoria de produtividade.

— Não é a escassez de mão-de-obra que tem constituído en-trave fundamental ao desenvolvimento da indústria trans-formadora, na medida em que as respectivas exigênciasquantitativas globais têm sido relativamente reduzidas.Sobresisaefrn, sim, acentuados desiequilíbriois sectoriais, apire-sentando-se os diversos ramos de actividade com desigualcapacidade para a criação de empregos.

Parece, pois, poder inferir-se a necessidade que haverá de•conjugar a intensificação dos esforços de reconversão e formaçãoprofissional com uma actuação incisiva extensa e eficaz5 no sen-

4 Ob. cit.5 De estudo, de sensibilização, formação e aperfeiçoamento de quadros

e dirigentes de empresa, de assistência técnica à indústria, de promoção deacções colectivas de reorganização, etc.

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tido de acelerar o crescimento dos níveis de produtividade, nomea-damente nos sectores apresentando resultados mais deficientes,não podendo a Indústria e o País apenas aguardar que as acções,obviamente dispersas, dos vários agentes económicos conduzamaos resultados desejáveis e, mais do que isso, imprescindíveis,atendendo à evolução que acaba de ser identificada.

Lisboa, Abril de 1969.

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