eventos híbridos

12
TRADUÇÃO: EVENTOS HÍBRIDOS Profissionais de eventos empregam tecnologias de eventos híbridos para compartilhar conteúdo, ideias e experiências com participantes através de diversas localidades geográficas e fusos horários, mas muitos ainda se opõem às falhas tecnológicas e o pontecial fim dos eventos presenciais. Enquanto as preocupações tecnológicas são críveis, a pesquisa MPI mostra que ansiedades em volta da degeneração de eventos presenciais são infundadas. Dados sugerem que o número de participantes aumenta ou se mantêm quando outras audiências se juntam, já que a maior parte dos participantes prefere ir pessoalmente aos eventos. Eventos híbridos ainda é uma mídia emergente, e a maioria dos profissionais em eventos ainda não tem experiência no modelo, e aqueles que têm experiência em híbrido são mais propensos a exceder seus objetivos. Enquanto organizadores de eventos continuam experimentando com eventos híbridos, eles encontram novas oportunidades novos tipos de hospitalidade e logística, bem como novos serviços de gestão de conteúdo. Por Jenise Fryatt | Rosa Garriga Mora | Ruud Janssen Richard John | Samuel J. Smith

Upload: grupo-alatur

Post on 30-Mar-2016

237 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Eventos Híbridos - Instituto Alatur

TRANSCRIPT

Page 1: Eventos Híbridos

1

TRADUÇÃO:

EVENTOS HÍBRIDOS

Profissionais de eventos empregam tecnologias de eventos híbridos para compartilhar conteúdo, ideias e experiências com

participantes através de diversas localidades geográficas e fusos horários, mas muitos ainda se opõem às falhas tecnológicas

e o pontecial fim dos eventos presenciais.

Enquanto as preocupações tecnológicas são críveis, a pesquisa MPI mostra que ansiedades em volta da degeneração de

eventos presenciais são infundadas. Dados sugerem que o número de participantes aumenta ou se mantêm quando outras

audiências se juntam, já que a maior parte dos participantes prefere ir pessoalmente aos eventos.

Eventos híbridos ainda é uma mídia emergente, e a maioria dos profissionais em eventos ainda não tem experiência no

modelo, e aqueles que têm experiência em híbrido são mais propensos a exceder seus objetivos. Enquanto organizadores de

eventos continuam experimentando com eventos híbridos, eles encontram novas oportunidades – novos tipos de

hospitalidade e logística, bem como novos serviços de gestão de conteúdo.

Por Jenise Fryatt | Rosa Garriga Mora | Ruud

Janssen Richard John | Samuel J. Smith

Page 2: Eventos Híbridos

2

tiva (CSR) e sustentabilidade

não são consideradas como

fatores importantes em eventos

híbridos. Profissionais de even-

tos raramente usam CSR, ações

“verdes” ou sustentáveis como

justificativa para aumentar o uso

de eventos híbridos.

Profissionais de eventos acredi-

tam que eventos híbridos são

caros. Eles frequentemente

levantam a questão do preço, que

conflita com o potencial de

redução de custos. Existem

poucas indicações de que profis-

sionais de eventos estejam

pesando os custos totais de

produção contra despesas.

Eventos híbridos requerem

novas maneiras de apresentar

conteúdo e envolvimento. A

maior parte dos profissionais de

eventos desconhece os avanços

feitos por experts em e-learning

(aprendizado online) para aumen-

tar a efetividade do aprendizado

virtual.

Audiência remota normalmente

é posicionada negativamente

comparada à presencial. A

maioria dos que participa

remotamente o faz por algum

motivo negativo (tempo, custo).

Apenas 15% dizem ser uma

escolha positiva. Isso sugere que

essa forma de participação tem

conotações negativas, que audiên-

cia remota é uma experiência

menor e que promover encontros

remotos falha em refletir as

necessidades dos participantes

para quem elas poderiam ser uma

boa solução.

Formatos de eventos híbridos

Existem quatro formatos

principais de eventos híbridos. Enquanto 62% dos entrevistados

indicam que seus eventos

híbridos são simples transmissões

para participantes remotos, ainda

existem três tipos de eventos

híbridos – aqueles que a)

conectam escritórios remotos ao

evento principal, b) incluem

palestrantes remotos e c)

conectam múltiplos locais ao

estúdio de transmissão.

Não existe um modelo único

para eventos híbridos. Avanços

tecnológicos permitiram aos

profissionais serem criativos em

como configuram a audiência.

SAP, Cisco, TED e outros

combinaram participação remota

e experiências presenciais de

várias maneiras diferentes.

Eventos híbridos criam um

legado pós-evento. 50% dos

entrevistados dizem gravar o

conteúdo da conferência para

acesso sob demanda. Empresas

reconhecem o valor de compar-

tilhar conteúdo com pessoas que

não podem ir ao evento. “Eu acho

que um grande evento híbrido

deixa um ‘legado’. Isso significa

que a informação compartilhada e

trocara no evento é facilmente

acessada após.” – Um executivo

sênior de Convention Bureau.

Organizadores de eventos não

estão indo de encontro às

necessidades dos participantes. A maioria dos participantes

preferiria que a experiência de um

evento híbrido fosse similar a um

talk show ou outro formato

televisivo, mas os organizadores

de eventos produzem palestras

em formatos tradicionais.

Seleção do fornecedor de tecnologia

Tecnologia confiável é uma

preocupação para organizado-

res de eventos híbridos; parti-

cipantes estão mais preocupa-

dos com conteúdo atraente. Organizadores de eventos expe-

rimentam frustração com as

limitações tecnológicas dos even-

tos híbridos. E tecnologia é um

complemento para os participan-

tes, que dizem que conteúdo e

envolvimento são o mais impor-

tante.

Tecnologia é o item híbrido

mais caro. Os custos vêm em

forma de plataforma virtual,

PRINCIPAIS CONCLUSÕES

Eventos híbridos

Eventos híbridos serão uma

parte importante do futuro do

setor. 70% dos respondentes

sentem que eventos híbridos serão

uma parte importante do futuro dos

eventos, embora análises revelem

que profissionais ainda estão se

tornando familiares com esse meio.

O movimento de eventos híbridos

não ganhou massa crítica. 50%

dos entrevistados nunca organiza-

ram um evento híbrido, e outros

25% nunca foram a um evento

híbrido ou ajudaram a organizar

um.

Tecnologia não é o único fator de

sucesso de um evento híbrido. Enquanto muitos profissionais

citam a tecnologia como uma

barreira para o sucesso de um

evento híbrido, outros também

apontam para pessoas, processos e

formatos. “Meu conselho é que a

tecnologia seja a última coisa a ser

decidida” – Lynn Randall, sócia

diretora na Randall Insights LLC.

Profissionais de eventos que

organizam eventos híbridos pre-

cisam reconhecer suas audiências

diversas, com necessidades dife-

rentes. Participantes no espaço

principal, outros assistindo em

locais e online, experimentam o

mesmo conteúdo de formas dife-

rentes. A maioria dos profissionais

de eventos ainda está tentando

entender esse conceito.

Começar com o fim em mente

aumenta significantemente o

sucesso de um evento híbrido. Empresas que pró-ativamente

inserem antecipadamente elemen-

tos híbridos geram resultados mais

fortes do que aquelas que inserem

componentes híbridos mais tarde

durante o processo. Essas empresas

veem os elementos híbridos como

uma forma de superar desafios

existentes em eventos presenciais. Responsabilidade social corpora-

Page 3: Eventos Híbridos

3

transmissão ao vivo, produção

audiovisual e serviços de internet.

Profissionais de eventos encon-

tram desafios na falta de padrão

dos preços para eventos híbridos. Eles enfatizam o quão desafiador é,

especialmente na primeira vez,

escolher fornecedores que aparen-

temente fornecem serviços que não

são comparáveis. Preços diferentes

torna mais difícil entender a

proposta dos fornecedores.

“Existem muitos fornecedores hoje

em dia e muitos preços. A pesquisa

para achar um fornecedor demora

muito e algumas dessas empresas

não conseguem justificar porque

estão cobrando preços tão altos se

comparados com seus concor-

rentes.” – Kimberly Patterson,

CTA, presidente da Destinations

Elements LLC.

A maior parte dos locais de

eventos não está equipada para

acomodar eventos híbridos. Os

organizadores de eventos destacam

a importância de usar um espaço

que tenha experiência em eventos

híbridos. Muitos locais têm poten-

cial, mas falta know-how para

abordar as questões essenciais

relativas à conectividade e

capacidade.

Eventos híbridos criam desafios

no processo de compra. Profissio-

nais de eventos geralmente terceiri-

zam tecnologia e fazem demandas

de conectividade cedo, antes de

saber as necessidades exatas, o que

significa que, às vezes, o contrato

com o espaço e provedores de

serviços não suporta suas necessi-

dades.

Montando uma equipe de evento

híbrido

Profissionais de eventos devem

ser familiares com tecnologia

relevante e experiência com

eventos híbridos. Eventos híbridos

é terreno novo para profissionais de

eventos, mas já existem pessoas e

empresas com expertise. Alguns

estão buscando referências em

outros setores, como televisão, para

trazer proficiência às suas

transmissões.

Profissionais reconhecem que

novas habilidades são necessá-

rias para realizar eventos

híbridos. Eles normalmente

citam conforto com tecnologia

em eventos e compreensão das

necessidades das audiências

remotas como áreas obrigatórias

de conhecimento.

Uma boa liderança é ainda mais

importante. Já que organizar um

evento híbrido é quase o equiva-

lente a organizar dois eventos,

profissionais do setor precisam se

esforçar mais para coordenar

equipe e parceiros, da produção

até gerentes dos espaços.

A curva de aprendizado para

eventos híbridos pode ser

íngreme. Algumas empresas

levam anos para perceberem os

benefícios do híbrido, apesar de

verem as vantagens imediatas.

Profissionais de eventos recebem

a maior parte de sua educação em

eventos híbridos dos fornecedo-

res, embora um aprendizado entre

pares possa encurtar a curva

consideravelmente.

Preparando conteúdo

Nem todo conteúdo apresen-

tado em eventos ao vivo é

apropriado para audiências

remotas. Profissionais de eventos

com experiência em criar eventos

híbridos dizem estar adaptando o

conteúdo do evento presencial às

necessidades da audiência remo-

ta, oferecendo, por exemplo,

sessões mais curtas. Organizado-

res híbridos normalmente procu-

ram reduzir os custos de produção

transmitindo apenas as sessões

mais populares. Outros limitam o

que será oferecido à audiência

remota como uma forma de

encorajar mais pessoas a partici-

parem do evento.

Participantes remotos preferem

conteúdos mais curtos. Dados de

respostas à pesquisa e especialis-

tas em e-learning sugerem que

sessões transmitidas não deve-

riam ser mais longas que 20

minutos.

Os eventos híbridos mais efica-

zes se parecem com shows de

TV. Profissionais enfatizam o uso

de entrevistas de rua, talk shows e

formato de jornal como meios

mais cativantes de passar

conteúdo do que um palestrante

atrás do pódio. Esses formatos

dão aos profissionais de eventos

novas ferramentas para desenhar

e passar conteúdo.

Muitos profissionais reconhe-

cem a necessidade de estar

envolvido na criação de con-

teúdo atraente, mas continuam

a passar a responsabilidade ao

“pessoal de conteúdo”. Profis-

sionais de eventos reconhecem a

necessidade de estarem mais

envolvidos no desenvolvimento e

entrega de conteúdo. No entanto,

quando perguntados sobre deci-

sões de conteúdo, muitos delegam

para pessoas que podem não

entender como as informações

precisam ser apresentadas em um

ambiente híbrido.

Audiências ao vivo e remotas

têm necessidades diferentes. Enquanto encontros híbridos

ainda estão no estágio de desen-

volvimento, está claro que todos

os stakeholders precisam ser

lembrados que audiências remo-

tas têm necessidades diferentes,

que precisam ser abordadas regu-

larmente. Como participantes

remotos podem perder alguns

aspectos emocionais e experi-

mentais do evento, profissionais

precisam procurar por novas

técnicas de garantir envolvi-

mento.

Desenvolvendo uma experiência

cativante para o usuário

Conteúdo atraente é mais

essencial do que os profissionais

de eventos pensam. Participantes

valorizam mais um conteúdo atra-

Page 4: Eventos Híbridos

4

ente do que os profissionais de

eventos. Como distrações são

infinitas para participantes virtuais,

o conteúdo precisa ser relevante e

entregue de forma cativante.

“Conteúdo é o que faz as pessoas

entrarem pela porta, engajamento é

o que as prende lá e faz com que

voltem para mais.” – Emilie Barta,

organizadora de eventos híbridos/

MC virtual.

Criar um sentimento de pertenci-

mento é importante para partici-

pantes remotos. Profissionais de

eventos e especialistas em e-

learning enfatizam os benefícios de

reconhecer a audiência virtual,

respondendo suas perguntas e até

fornecendo conteúdo exclusivo.

Alguns eventos híbridos de sucesso

também estão usando mestres de

cerimônias virtuais e facilitadores.

Preparando e treinando palestran-

tes

É mais importante treinar pales-

trantes para eventos híbridos do

que para eventos presenciais. Como o tempo de atenção dos

participantes remotos é mais curto,

por isso, palestrantes devem ser

mais cativantes. Precisam reconhe-

cer os participantes remotos e olhar

para a câmera. A perda de conexão

física exige que palestrantes

desenvolvam novas habilidades

para engajar. “A câmera é sua

amiga. Você deve cuidar disso e

lembrar que existem pessoas

interessadas em seu evento do

outro lado.” – Tony Lorenz,

fundador da bXb Online.

Canibalização do presencial

A canibalização é um mito. Considerando tempo e budget, par-

ticipantes ainda preferem encontros

presenciais.

Mas empresas continuam assus-

tadas. Aproximadamente 37% dos

profissionais de eventos enfrentam

ceticismo dos stakeholders que

pensam que o híbrido vai devorar

eventos presenciais, o que mostra a

necessidade de mais educação e

benchmarking.

Mensuração

Profissionais de eventos estão

mensurando eventos híbridos

da mesma forma que eventos

tradicionais. As métricas

incluem inputs (número de

espectadores, interação com redes

sociais) e satisfação dos partici-

pantes, ambas mais fáceis de

coletar online do que presen-

cialmente. No entanto, ferramen-

tas digitais permitem a coleta de

dados mais profundos que, se

usados eficazmente, pode facilitar

métricas mais voltadas a

resultados. “As pessoas ficam

presas em análises de cliques e

views. Bom, ótimo. Se seu maior

objetivo para o evento era

aumentar a lucratividade, cliques

e views não vão te ajudar a fazer

isso.” – Dannette Veale, engaja-

mento digital e estratégias tecno-

lógicas na Cisco.

É difícil entender os dados

comportamentais fornecidos

por fornecedores de platafor-

mas. Tudo que acontece em um

evento virtual é registrado, mas é

assustador conduzir uma análise

complexa nesses dados crus.

Departamentos de marketing

ligam os participantes a seu

sistema CRM para análise de

vendas. Empresas combinam

dados de seus participantes

virtuais e presenciais para repor-

tar contribuição para a lucrativi-

dade.

Algumas empresas usam even-

tos híbridos para obedecer a

requisitos legais, tributários e

financeiros. Alguns profissionais

veem o híbrido como a solução

para requisitos legais que abor-

dam acesso e transparência finan-

ceira. Esses são benefícios pode-

rosos que fornecedores não estão

promovendo eficazmente.

Principais impulsionadores in-

cluem alcance, envolvimento e

adaptação. 82% dos profissio-

nais de eventos com experiência

em híbrido dizem que seu

principal objetivo é expandir o

alcance da audiência e o

envolvimento e 58% procura

“expandir educação, retransmitir

um evento ou adaptar o

conteúdo”.

Existem disparidades entre

objetivos e custos perceptíveis. 93% dos profissionais alcançam

ou ultrapassam seus objetivos ao

organizar eventos híbridos. Ainda

assim, os stakeholders percebem

o elemento híbrido como caro.

Monetização e modelos de receita

Profissionais de eventos estão

tentando encontrar o melhor

modelo de receitas para eventos

híbridos. Tradicionalmente, os

profissionais cobram menos pela

participação híbrida, pois

acreditam que participantes

online estão perdendo um

elemento vital. Pesquisas indicam

que organizadores de eventos

estão tentando determinar a

proposição de valor certa para

seus eventos híbridos. Eles estão

tentando diferentes fórmulas, de

oferecer todo o conteúdo de graça

a cobrar por uso sob demanda ou

por inscrição no evento.

Profissionais de eventos preci-

sam de mais informações sobre

oportunidades de patrocínio

para eventos híbridos. Eles não

estão cientes da alameda

adicional de patrocinadores que

eventos híbridos criam. Apenas

18% acreditam que a porção

virtual oferece novas oportuni-

dades de patrocínio, e somente

30% sente que patrocinadores

existentes irão abraçar a nova

plataforma. Muitos outros respon-

deram “Não se aplica”.

Page 5: Eventos Híbridos

5

baseado na web no qual documentos e

planilhas podem ser criados, editados

e armazenados online.

Pod: Um grupo de participantes de

eventos híbridos que se reúne e parti-

cipa remotamente.

Skype: Um software que permite

usuários fazerem ligações de voz ou

chats de vídeo pela internet.

Streaming: A transmissão de dados

(vídeo, áudio, slides) através de uma

rede de computadores como uma

corrente continua.

Síncrono: Uma troca de informações

que acontece em tempo real.

OS RESULTADOS

Finalmente, todos os eventos irão se

adaptar às plataformas híbridas, de

acordo com a maioria dos profissio-

nais de eventos. Daqueles que organi-

zam eventos híbridos, 66% diz que

menos de um quarto de seus eventos

são híbridos. Apenas 2,5% dizem que

a maioria (75%) de seus eventos é

híbrido. Aqueles que abraçam a

tecnologia optam por eventos básicos,

como webinars com elementos ao

vivo.

Os 10% de respondentes que descre-

METODOLOGIA

Um time de pesquisadores na Europa e

América do Norte conduziu uma

pesquisa de janeiro a maio de 2012

usando tecnologia virtual através de

nove fusos horários, durante eventos

presenciais e híbridos, através de

tecnologias incluindo Skype, Central

Desktop, Google Docs e Dropbox.

A pesquisa inicial usou uma ferramen-

ta web customizada e foi enviada aos

membros MPI e para uma base de

dados do apoiador da pesquisa, Sonic

Foundry. Essa base totalizava 55 mil

contatos e gerou 1.794 respostas de um

mix de compradores, fornecedores,

educadores, especialistas em tecnolo-

gia e estudantes. A maior parte das

respostas (90%) vieram da América do

Norte.

Os pesquisadores também realizaram e

gravaram entrevistas pessoais uma a

uma com 37 profissionais de eventos,

fornecedores de tecnologia e consul-

tores. Algumas dessas entrevistas

fizeram parte da pesquisa primaria, e

outras clarearam as respostas à

pesquisa.

DEFINIÇÕES

Assíncrono: Uma troca de informa-

ções que não ocorre em tempo real.

Participantes podem interagir a qual-

quer momento.

Audience Response System (ARS): Sistema de resposta da audiência. Uma

ferramenta que cria interatividade

entre apresentadores e suas audiências.

Sistemas para plateias presenciais

combina equipamentos wireless com

software de apresentação, e sistemas

para plateias remotas podem usar

telefones ou votação pela web.

Catalogo: Para fornecedores de

streaming, catálogos listam sessões/

palestras capturadas que os participan-

tes podem ver sob demanda.

Central Desktop: Desktop central.

Um site habilitado para software de

colaboração social e compartilhamento

de arquivos.

Google Docs: Um aplicativo gratuito

Page 6: Eventos Híbridos

6

vem seus eventos como “outros”

podem ter dificuldades em entender a

definição de um evento híbrido. A

confusão sobre elementos chave apre-

senta obstáculos adicionais para

profissionais, stakeholders e partici-

pantes.

Quais são seus objetivos para pro-

duzir eventos híbridos? Profissionais

de eventos estão cientes das oportuni-dades que eventos híbridos propor-

cionam. A grande maioria dos respon-

dentes cita audiência crescente e com-

prometimento como seus objetivos

principais. Educação expandida, re-

transmissões e conteúdo sob demanda

são altos entre os objetivos secun-

dários. 40% procuram expandir a vida

do evento presencial. Outros 24%

dizem que seu objetivo é “gerar mais

receita”.

Respondentes mencionaram outros

impulsionadores chave – barreiras de

viagens, captura de conteúdo, econo-

mia, “demanda do cliente”, todos que

poderiam, por sua vez, ser impulsio-

nados por fatores como acessibilidade,

cortes do budget ou sustentabilidade.

Alguns profissionais veem o híbrido

como uma solução para obter benefí-

cios tributários e satisfazer requeri-

mentos legislativos e abordar transpa-

cos e a afirmação de que alcançam

seus objetivos, profissionais de

eventos ainda veem eventos híbridos

como caros. Uma tendência de

procurar o departamento de TI por

informação pode exacerbar isso.

Outras preocupações incluem menos

suporte de patrocinadores, percepção

dos consumidores, aprendizado inefi-

ciente e palestrantes relutantes

(sessões webcast).

Apenas 18% dos profissionais acredi-

tam que plataformas virtuais oferecem

novas oportunidades de patrocínio, e

30% sentem que patrocinadores

existentes vão abraçá-las – mas muitos

pensam que isso não se aplica.

Ainda assim, quase todas as empresas

“virando híbridas” têm a oportunidade

de explorar novas oportunidades de

patrocínio.

Quanto você cobra pela partici-

pação em seu evento híbrido? Mais

da metade (58%) dos profissionais

cobram por seus eventos híbridos. Os

que cobram, dividem-se mais ou

menos igualmente em termos de preço

rência.

Apenas um profissional de eventos fez

referência aos “estilos de aprendiza-

gem”, o que pode ser visto como

indicativa da discrepância entre orga-

nização e conteúdo do evento.

Agências e organizações sem fins

lucrativos responderam mais frequen-

temente que seus objetivos são gerar

receita adicional ou se igualar aos

concorrentes. Profissionais com gran-

de proporção de eventos híbridos em

seus portfólios tendem a identifi-

carem “estender a vida de um evento

presencial” como objetivo chave. No

total, 93% dos profissionais afirmam

que eles “alcançam a maior parte ou

todos ou superam seus objetivos

quando organizando eventos híbri-

dos.”.

Que barreiras eles encontram

quando implementam eventos híbri-

dos? Profissionais têm problemas para

vender o case de eventos híbridos a

seus líderes. Isso pode indicar uma

necessidade por mais educação e

assistência de fornecedores de tecno-

logia para eventos híbridos e associa-

ções do setor.

Apesar dos impulsionadores econômi-

Page 7: Eventos Híbridos

7

na comparação com eventos presen-

ciais.

Formas de transmissão que

participantes gostam versus aquelas

que os profissionais utilizam. Tanto

profissionais quanto participantes

identificaram “talk show” como o

formato mais eficiente e desejado. Os

profissionais de eventos veem as

palestras virtuais como o menos

efetivo, mesmo sendo o segundo

formato mais popular. Essa

desconexão pode ser devido ao grau

de familiaridade (por experiência em

eventos ou um ambiente de

aprendizado anterior) ou porque essa

abordagem é vista como uma das

formas de eventos híbridos mais

simples, econômicas e confiáveis

tecnologicamente. Profissionais de

eventos também podem se ver presos

às preocupações dos stakeholders e as

necessidades dos participantes.

Qual dessas técnicas é a mais

eficiente para assegurar o envolvi-

mento da plateia híbrida? A adoção

de eventos híbridos requer que o papel

do organizador de eventos evolua para

incluir a familiaridade tanto com

tecnologia digital quanto criação de

conteúdo; apenas fornecer logística

não é mais o suficiente. E deixar que o

TI controle a agenda tecnológica não é

a solução. Seu papel deve ser garantir

compatibilidade e oferecer o suporte

necessário.

Na verdade, organizadores de eventos

parecem depender demais de profis-

sionais de TI, pois tem medo que a

tecnologia seja, de certa maneira,

altamente complexa. Na realidade, os

últimos anos viram avanços

tecnológicos gigantes e reduções

substanciais de preço, juntamente com

uma superabundância de fornecedores

hábeis e sistemas confiáveis e fáceis

de usar.

Tanto essa pesquisa quanto a pesquisa

da MPI em eventos virtuais

(www.mpiweb.org/virtual) mostram

que profissionais recebem treinamento

e conhecimento de fornecedores, e não

fontes independentes. A falta de

conhecimento pode levar profissionais

de eventos a favorecerem fornecedores

de tecnologia como as figuras mais

importantes em seus eventos híbridos.

Entrevistas sugerem que, como

produtores de eventos têm mais

familiaridade com produções de

grande porte, eles ficam mais confor-

táveis quando identificam a equipe de

suporte mais necessária para produzir

eventos híbridos de sucesso.

Page 8: Eventos Híbridos

8

Como você mede a eficácia de seu

evento híbrido? Profissionais enten-

dem tanto a importância do ROI e a

capacidade de oportunidades de acesso

web-based para assegurar métricas

valiosas. No entanto, ainda existe

confiança nos questionários tradi-

cionais que são enviesados para

permitir aos organizadores medir o

sucesso de sua logística, mais do que o

sucesso dos objetivos do evento.

De que tipo de eventos híbridos você

participou virtualmente? Apenas

uma minoria de profissionais de

eventos já participou de eventos

híbridos complexos (o contrário de

webinars,/webcasts). No entanto, um

grande número reconhece que a

necessidade de um mestre de cerimô-

nias virtual versus um apresentador

“tradicional” é promissora.

Profissionais de eventos dizem que a

necessidade de um bom conteúdo,

interação e assistência de um mestre

de cerimônias hábil são coisas suma-

rias. Mas quando retornam ao dia a

dia, eles muitas vezes falham em

vender isso para clientes ou stake-

holders.

Porque você participou de um

evento virtual ao invés de

presencial? Para participantes, os

motivos principais para a participação

remota são normalmente transmitidos

em termos negativos, como custos,

falta de tempo, falta de autorização e

os rigores da viagem. Menos de um

em cinco optou como sua preferência.

Page 9: Eventos Híbridos

9

APOIADO POR:

Mediasite Events é um líder de mercado para conferências webcasting, eventos híbridos e

soluções de gestão de vídeo. Alimentado pela plataforma de webcasting patenteada Mediasite,

nossos técnicos especialistas fornecem experiência de webcasting de alta qualidade para

empresas que procuram complementar seus eventos transmitindo-o para espectadores em

qualquer computador, tablet ou equipamento mobile. A Mediasite Events capacita profissionais

de eventos para alcançarem novas plateias, construir arquivos instantâneos de apresentações em

vídeo e explorar novas receitas online. Visite www.events.sonicfoundry.com para saber mais.

TNOC|The New Objective Collective traz ideias para a nossa vida, usando comunicação

digital ao vivo. TNOC foi fundada em março de 2009 na Holanda para oferecer gestão inovativa

de comunidades e serviços de Professional Conference Organizer (PCO – Organizadores

Profissionais de Conferências) para eventos ao vivo, híbridos e virtuais. Os colaboradores da

Collective utilizam técnicas modernas para fornecer serviços focados em objetivos. Os projetos

são gerenciados em espaços online de colaboração, permitindo que equipes espalhadas

geograficamente e sua cadeia de fornecedores, cada qual com um nicho de especialidade,

colaborem. Sempre que possível, a Collective usa métodos de código aberto (open source) e

parcerias inovadoras para deliberar e fornecer experiências ao vivo e digital para corporações,

associações e comunidades open source.

Interactive Meeting Technology, LLC é uma consultoria em tecnologia para eventos que cria

experiências digitais interativas que transformam a plateia em participantes ativos. Ela ajuda

seus clientes a desenvolverem estratégias em volta de suas iniciativas digitais. Então, traz sua

visão à vida. A empresa trabalha com eventos web, mobile, social, digitais e híbridos.

The Meeting Support Institute é uma associação para empresas e indivíduos com produtos ou

serviços do lado do conteúdo dos eventos, oferecendo uma vasta gama de ferramentas de arte à

tecnologia, áudio visual à facilitação, conhecimento à ciência. Seu objetivo é ajudar

profissionais a desenharem o conteúdo dos eventos. O instituto informa e educa sobre

ferramentas disponíveis no mercado através de sua base de conhecimento, apresentações,

jantares e conferências. Aqui, fornecedores e clientes se conhecem.

The University of Derby Corporate é a divisão de treinamento e desenvolvimento corporativo

da Univerity of Derby. A escola trabalha com uma grande variedade de empresas para entregar

programas de estudos baseados em trabalho e qualificações aprovadas que melhoram

capacidades chave, como serviço, inovação, liderança e resolução de problemas.

Page 10: Eventos Híbridos

10

OS AUTORES

Jenise Fryatt

Fryatt tem experiência em jornalismo e comunicações e mais de 20 anos em eventos como a co-

proprietária da empresa americana de audiovisual Icon Presentations. Uma blogueira ávida do

setor, consultora em mídias sociais e ex-gestora de comunidades para a Engage365.org, Fryatt

também tem vasta experiência em liderar discussões virtuais, criar e distribuir conteúdo online e

estudar as experiências de participação em eventos virtuais.

Ruud W. Janssen, CMM

O nômade digital Ruud Janssen, CMM, é um especialista em colaboração e novas mídias, além

de palestrante e instrutor. Com um passado sólido em organização profissional de eventos e

marketing de hospitalidade, tem curiosidade e apetite por slow food e mídias rápidas. Vivendo

na Basiléia, Suíça, ele é o fundador da TNOC.ch, um coletivo não convencional de marketing,

especializado na elaboração de experiências ao vivo, híbridas e virtuais para membros

internacionais de organizações. Ele também é fundador e curador do TEDx e co-fundador do

Event Camp Europe.

Richard John

Graduado em desenvolvimento da força de trabalho pela Universidade de Derby, John trás

perspectiva acadêmica ao projeto. A universidade faz um simulador de eventos virtuais, o eAPL

(Accreditation of Prior Learning – Reconhecimento de estudos anteriores) e um corpo de

pesquisa disponível à equipe. John é diretor de curso para o Chartered Institute of Marketing e

um professor convidado em programas de gestão de eventos em universidades no Reino Unido

e Alemanha. Seus artigos sobre comunicação presencial apareceram em mais de 50 revistas, e

ele é colunista regular de várias revistas MICE.

Rosa Garriga Mora

Rosa é consultora em ROI para eventos e trabalha como gestora de marketing e mídias no

Evento ROI Institute. Ela é mestre em gestão de eventos internacionais pela Universidade de

Stenden, na Holanda e pela London Metropolitan University. Ela é certified meeting architect e

editora do livro The Tweeting Meeting (O evento tuitador). Atualmente vive em Barcelona,

Espanha, onde também trabalha em projetos relacionados a meeting design.

Samuel J. Smith

Smith é um líder de ideias, palestrante e inovador ganhador de prêmios em inovação e

tecnologia para eventos. Em 2011, a revista BizBash o nomeou como uma das pessoas mais

inovadoras no setor de eventos. Em 2010, Smith co-fundou a Event Camp Twin Cities, um

laboratório de inovação para eventos que reescreveu as regras de engajamento dos participantes

em eventos híbridos. Smith é jurado da premiação anual EIBTM Worldwide Event Technologi

Watch Awards, em Barcelona, Espanha.

STAFF MPI

Marj Atkinson, gerente de pesquisas.

Jessie States, editora, setor de eventos.

Jason Judy, designer gráfico.

Page 11: Eventos Híbridos

1

Meeting Professionals International

Headquarters

3030 LBJ Freeway, Suite 1700

Dallas,TX 75234-2759

Tel +1-972-702-3000

Fax -1-972-702-3089

Europe/Africa

28, Rue Henri VII

L-1725 Luxenbourg

Grand Duchy of Luxenbourg

Tel +352-2610-3610

Fax +352-2687-6343

Middle East

PC5 Offices

Education City,

Doha, Qatar

Tel +974-454-8000

Fax +974-454-8047

Canada

6519-B Mississauga Road

Mississagua, Ontario

L5N 1A6

Canada

Tel +905-286-4807

Fax +905-567-7191

Sobre a MPI Foundation

A MPI Foundation está comprometida a trazer visão e prosperidade para a comunidade global

de eventos investindo em iniciativas orientadas por resultados que moldam o futuro e trazem

sucesso para a comunidade de eventos. Para mais informações, visite www.mpifoundation.org.

Sobre a MPI

A entidade funciona desde o final da década de 1970 e, atualmente, está em operação em 65

países e tem mais de 20 mil associados. Procura agregar representantes de toda a cadeia

produtiva envolvida na preparação de um evento e, principalmente, ser um polo disseminador

de conhecimento e boas práticas no mercado. “Todos têm a ganhar com a chegada da MPI no

país. Empresas, agências especializadas, profissionais de marketing, gestores de viagens e de

eventos, entre outros, vão poder saber em primeira mão quais são as tendências do setor e como

tornar um evento ainda mais produtivo.”, diz Ricardo Ferreira, um dos membros fundadores da

MPI no Brasil e sócio da Alatur, uma das maiores agências de viagens corporativas do país.

Recursos e oportunidades valiosas para todos os mercados

Desenvolvimento profissional para melhorar sua carreira

Oportunidades comerciais no mercado de compradores e fornecedores

Inclusão de novos profissionais

A MPI possibilita crescimento profissional por meio de recursos estratégicos e metodologias

específicas a partir de grandes conferências educativas em âmbito regional, nacional e

internacional.

MPI no Brasil

Nos últimos anos, a MPI recebeu membros brasileiros de forma esporádica. A partir de 2006,

inicia-se a participação mais efetiva, com a presença de um membro – Ricardo Ferreira – na

conferência global, número que passou a três em 2007. Nesse mesmo ano ocorreram iniciativas

mais organizadas para a constituição do capítulo brasileiro: em 29 de março houve uma

Page 12: Eventos Híbridos

2

apresentação sobre a entidade e uma palestra de Jack Phillips, autor do livro Providing the value

of meetings and events – how and why to measure ROI. Oito novos membros se inscreveram e,

com Ferreira, constituíram o grupo de voluntários para trabalhar em prol da entidade.

Realizaram-se reuniões bimensais que resultaram num plano de ações para a divulgação da

entidade no mercado brasileiro: tradução do livro sobre ROI, realização de pesquisa sobre o uso

estratégico de eventos nas empresas brasileiras e proposta para um evento em março de 2008.

Alinhado à missão e à visão da MPI, o Brazil Chapter objetiva tornar bem sucedidos os

profissionais brasileiros, por intermédio da construção de conexões entre pessoas e

conhecimentos/ideias, relacionamentos e mercados, numa via de mão dupla com o organismo

internacional.

MPI Brazil Chapter é entidade legalmente constituída no Brasil, criada em novembro de 2007,

com sede em São Paulo.