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Reproduo Proibida. Art. 184 do cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.2c u r s o p r - v e s t i b ul arL i v r o 1l i t e r a t u r a 7 Ide! tendes estradas,Tendes jardins, Tendes canteirosTentes ptrias, tentes tetos,E tendes regras, e tratados, e flsofos, e sbios.Eu tenho a minha Loucura!Levanto-a como um facho a arder na noite escura,E sinto espuma, e sangue, e cnticos nos lbios...Jos Rigio 8 As quaresmas abriam a for depois do carnaval, os ips em junho.Raquelde Queiroz 9 Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando. 10Na terra, tanta guerra, tanto enganoCames11Gente inimiga era tanta, tantas bandeiras no cu,que o sol baixando atrs delas,Como que se escureceu...CamesOb arrOcO O fnal do sculo XVI, em Portugal, era vivido num clima de insatis-fao e intranqilidade. A Igreja, inconformada com a expanso do pro-testantismo, se armou para contra-atacar com a contra-Reforma. O Esta-do portugus, que no incio do sculo vivera seu perodo de maior glria com as conquistas ultramarinas e o sucesso do comrcio com o Oriente, via-se, nessa poca, em plena decadncia,noperodomais negro de sua histria. nesseperodode inquietaesetensesque veremossurgiroBarroco, estilo que ser praticado por todas as formas de arte.EmPortugal,oBarro-co teve incio em 1580, com aunifcaodaPennsula Ibrica em razo do desapa-recimentodeD.Sebastio, reidePortugal,nabatalha deAlccer-Quibir,nonor-tedafrica.OBarrocose estenderat1756,coma fundao da Arcdia Lusita-na em pleno sculo XVIII.NoBrasil,oBarroco teveinciocomapublica-odeProsopopia,de BentoTeixeira,em1601, umadasmuitasimitaes deCamesnaliteratura brasileira.Ofnaldo Barrocoocorrerem 1768 com a fundao daArcdiaUltrama-rina e a publicao do livroObrasPoticas, deCludioManuel daCosta.Obarroco, portanto,foresceu entredoisclassicis-mos: o do sculo XVI (Renascimento) e o do sculo XVIII (Arcadismo).Desde o comeo da reforma luterana, a Europa vivia em permanente tenso. Nunca as questes religiosas tiveram tanta importncia. Foi uma poca em que muitos morreram perseguidos por crenas e religies.Os pases que adotaram outras religies romperam com a Igreja Catlica,interessadosnoapenasnasquestesreligiosas,mas,tam-bm, na econmia. Ao manifestarem sua independncia, eles puseram as mos em muitos dos bens da Igreja em seu territrio.A Igreja, que j perdia infuncia desde o Renascimento comercial, resolveunotolerarmaisestaafrontaecontra-atacouemduasfrentes: no Conclio de Trento (1545 a 1563) e com a Companhia de Jesus (1534). A Companhia de Jesus, por meio de seus jesutas, tornou-se inimiga da sociedade burguesa, das monarquias absolutas, dos protestantes e judeus. Foram cem anos de batalhas religiosas em que muitos foram mortos em revoltas e nas fogueiras da Inquisio. O comrcio portugus com as ndias encontrava-se em declnio e Portugal, que se endividara pensando exclusi-vamente nessas conquistas, no tinha outra atividade que lhe rendesse o necessrio (a agricultura tinha sido completamente abandonada).Para piorar ainda mais o quadro econmico, surgiu um problema poltico:D.Sebastio,reidePortugal,desapareceraemAlccer-Qui-bir, deixando o trono sem herdeiros portugueses que o substitussem. Temos, ento, a unifcao da Pennsula Ibrica sob o comando do rei espanhol Henrique II.Sob o domnio da Espanha, rapidamente chegava a Portugal e ao Brasil a infuncia da Escola Espanhola ou Barroca.No Brasil, aconteciam a invaso dos holandeses, o apogeu e a de-cadncia do ciclo da cana-de-acar.Marcadopelaslutasreligiosasepelacriseeconmica,surgiao Barroco,combatendoaformaabstrata,idealizadoraeequilibradado Renascimentoecolocandoemcenaalutaentreplosopostos:oho-mem e Deus, o pecado e o perdo, a religiosidade medieval e o paganis-mo renascentista, o material e o espiritual. Tentando fugir da realida-de, o autor barroco sobrecarrega a poesia de fguras como a metfora, a anttese, a hiprbole e a alegoria. A arte assume, ento, uma tendncia sensualista, que se traduz num exagerado rebuscamento.O termo barroco denominou todas as manifestaes artsticas do scu-lo XVII e XVIII: a literatura, a msica, a pintura, a escultura e a arquitetura.A origem da palavra remete-nos a vrios sentidos:Forma de raciocnio em que, de duas premissas iniciais, se in-fere uma concluso;Ex. I) todos os homens so mortaisII) Pedro homemIII) logo, Pedro mortal.Prola defeituosa, de formao irregular;Terreno desigual, assimtrico.Nossa Senhora das Dores AleijadinhoIgreija do Interior de Minas Gerais, estilo BarrocoNossa Senhora das Dores Aleijadinhoc u r s o p r - v e s t i b ul arReproduo Proibida. Art. 184 do cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.2l i t e r a t u r aL i v r o 1Qualquer desses signifcados bom e estabelece relaes com a est-tica barroca, a qual apresenta jogo de idias, rebuscamento, assimetria.Mesmo considerando o Barroco como o primeiro movimento liter-rio e Gregrio de Matos nosso primeiro poeta realmente brasileiro, ainda nosepodeisolaroBrasildePortugal.ComoafrmaAlfredoBosi:No Brasil,houveecosdoBarrocoeuropeuduranteossculosXVIIeXVIII: Gregrio de Matos, Botelho de Oliveira, Frei Itaparica e as primeiras aca-demiasrepetirammotivoseformasdobarroquismoibricoeitaliano. Alm disso, os dois principais autores do Barroco, Gregrio de Matos e Pa-dre Vieira, tiveram a vida dividida entre Portugal e Brasil. Por essas razes, no estudaremos separadamente o Barroco portugus e brasileiro.Cul ti smoeconcepti smoPodemosnotardoisestilosnobarrocoliterrio:oCultismo e o Conceptismo.Cultismooestilobarrococaracterizadopelalinguagemre-buscada, culta, extravagante; pela valorizao do pormenor mediante jogosdepalavras,comvisvelinfunciadopoetaespanholLusde Gongora;daoestiloserconhecido,tambm,porGongorismo.Eiso soneto mais famoso desse estilo:Enquanto, em vo, de ouro bunido brilharO sol j suplantado em seu cabelo,E tua branca fronte, enquanto a um lrioArdente mira ao prado, mas sem v-lo, E enquanto aos lbios teus seguindo voMais do nalva ao cravo muitos olhos,E enquanto anula com desdm louoCristais sem par seu desdenhoso colo,Goza o cabelo, o colo, o lbio, a fronte, Antes que enfm no s tua era dourada,Tu tambm, mais cravo e sol luzenteEm prata se envelheam, for de ontemE disso ainda caias transformadaEm fumo, em terra, em p, em sombra, em nada Lus de GongoraParf raseEnquantoosolbrilhatentandocompetircomseuscabelos;Enquanto a brancura do teu rosto olha com desprezo a brancura do lrio, porque o seu rosto mais branco;Enquanto teus lbios vermelhos so cobiados por mil olhares e do inveja ao cravo da manh que ningum v;Enquanto teu colo ofusca o brilho do cristalEnquanto,moa,tenstodaessabeleza,aproveitaantesquete transformes em terra, em fumo, em p, em sombra, em nada.Conceptismo o estilo barroco marcado pelo jogo de idias, de conceitos, seguindo um raciocnio lgico, racionalista, que utiliza uma retricaaprimorada.UmdosprincipaisseguidoresdoConceptismo foi o espanhol Quevedo.uma CrtiCa ConCePtista ao estiLo CuLtistaSegostasdaafetaoepompadepalavrasedoestiloquechamam de culto, no me leias.Quando este estilo forescia, nasceram as primeiras verduras do meu; mas valeu-me tanto sempre a clareza, que s porque me entendiam comecei a ser ouvido. (...) Este desventurado estilo que hoje se usa, os que o querem honrarchamam-lhedeculto,osqueocondenamchamam-lhedeescuro, mas ainda lhe fazem muita honra. Oestilo culto no escuro, negro, e ne-gro boal e muito cerrado. possvel que somos portugueses, e havemos de ouvir um pregador em portugus, e no havemos de entender o que diz?!Padre Antonio VieiraA t i v i d A d e sSobre o Barroco, responda: 1 A inquietao e o inconformismo do Barroco eram um refexo do que acontecia na sociedade da poca. O que acontecia na sociedade da poca do Barroco? 2 Por que o Barroco penetrou facilmente em Portugal? 3 O Barroco, como manifestao artstica, aplicava-se unicamente Literatura? Justifque. 4 D os limites temporais (incio e fm) do Barroco em Portugal e no Brasil. 5 PodemosidentifcardoisestilosnoBarrocoliterrio.Queestilos so esses? Caracterize-os. 6 QuaisforamosgrandesrepresentantesdoBarrocoportuguse brasileiro? 7 Indique as principais caractersticas do Barroco literrio.Gregrio de Matos Guerra foi a fgura mais importante do Bar-roco colonial. Escreveu poesia lrica, religiosa e satrica. Cultivou tanto o estilo cultista como o conceptista, apresentando jogos de palavras e raciocnios sutis, alm do uso abusivo de fguras de linguagem.Nasceu na Bahia, provavelmente a 20 de dezembro de 1633, e foi o primeiro poeta brasileiro. Aps os primeiros estudos no Colgio dos Jesutas, vai para Coimbra, onde se forma em Direito. Vive, depois de formado, alguns anos em Lisboa, exercendo a profsso. Por causa de suas stiras, obrigado a voltar para a Bahia, onde passa a trabalhar comosjesutascomotesoureiro-mor.Novamente,porcausadesuas stiras,degredadoparaAngola.Anosmaistarde,jmuitodoente, volta ao Brasil sob duas condies: no pisar na Bahia e no fazer mais stiras. Morreu no Recife em 1696.Sobre Gregrio de Matos, Jos Miguel Wisnik diz o seguinte: H quem insista em fxar alguns gestos como imagem da sua exorbitncia: umacabeleirapostia,umcoletedepelica,umavontadedefcarnu, um escritrio adornado de bananas.GregriodeMatosfcouconhecidocomoBocadoInfernopor causa de suas stiras. Assimse defniu na poesia Aos vcios:Eu sou aquele que os passados anosCantei na minha lira maldizenteTorpezas do Brasil vcios e enganos.Seus versos satricos atacavam padres, polticos, portugueses, frei-ras e a elite baiana. Rebaixando os outros, tambm se dizia um rebaixado. visvel, em seus poemas, um sentimento nativista, de orgulho do Brasil, quando ele separa o que brasileiro do que explorao lusitana.Reproduo Proibida. Art. 184 do cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.30c u r s o p r - v e s t i b ul arL i v r o 1l i t e r a t u r aNapoesialricaereligiosa,deixaclaroumcertoidealismore-nascentista ao lado do confito entre o pecado e o perdo, ao mesmo tempo buscando a pureza da f e se entregando vida mundana, per-feitamente identifcado com a esttica barroca.Lei turaa Jesus Cristo nosso senhorPequei, Senhor; mas no porque hei pecado,Da vossa alta clemncia me despidoPorque, quanto mais tenho delinqido,Vos tenho a perdoar mais empenhado.Se basta a vos irar tanto pecado,A abrandar-vos sobeja um s gemido:Que a mesma culpa, que vos h ofendido,Vos tem para o perdo lisonjeado.Se uma ovelha perdida e j cobradaGlria tal e prazer to repentinoVos deu, como afrmais na sacra histria,Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,Cobrai-a; e no queirais, pastor divino,Perder na vossa ovelha a vossa glria.Gregrio de Matos, In: Wisnik, Jos Miguel, org.Poemas escolhidos. So Paulo, Cultrix, 1976.p.297. 8 Transcreva algumas expresses religiosas do poema. 9 Por que o poeta espera ser perdoado?10 Por que razo o poema conceptista?11 Aponte trs antteses usadas por Gregrio de Matos.12 O homem barroco vive em confito. Justifque essa afrmao com elementos presentes no soneto acima.13 H, no poema, um jogo de raciocnio que brinca com uma concep-o religiosa. Explique-a.Padre antni Ovi e i r a Vieira foi um escritor cuja genialidade assombra at mesmo os leito-res de hoje. Foi um homem do seu tempo, participante no s dos proble-mas da religio, mas, tambm, da poltica e dos acontecimentos em geral.NasceuemLisboa,em1608,emorreuemSalvadorem1697. Com sete anos veio para a Bahia. Entrou para a Companhia de Jesus. Foi pregador rgio, conselheiro de D. Joo IV, embaixador na Frana, na Holanda e em Roma. Para defender o capitalismo judaico e os cris-tos-novos, tinha contra si a pequena burguesia crist e a Inquisio; por defender o monoplio comercial, irritou os pequenos comercian-tes;pordefenderosndios,tevequeircontraosadministradorese colonos.Peladefesadosjudeusecristosnovosfoicondenadopela Inquisio e fcou preso de 1665 a 1667.Vieira falava para o mundo e seu estilo estava ainda acima do barro-quismo de seus contemporneos. Ele via a histria como ela deveria ser...A defnio do Pregador a vida, e o exemplo. Ter nome de Pregador ou ser Pregador de nome no importa nada: as aes, a vida, o exemplo, as obras, so as que convertem o mundo. O melhor conceito que o Pregador leva ao pl-pito, qual cuidais que ? o conceito que de sua vida tm os ouvintes. Antiga-mente, convertia-se o mundo: hoje, por que no se converte ningum? Porque hoje pregam-se palavras e pensamentos, antigamente pregavam-se palavras e obras. Palavras sem obras so tiros sem bala, atiram mas no ferem. Sermo pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda.Vieiraescreveuprofecias,entreelasaquepreviaoretornode D.Sebastio a Portugal; Cartas sobre o relacionamento entre Portugal e Holanda, sobre os cristos novos, a Inquisio e a situao da Col-nia; e os sermes, suas melhores obras. Seus melhores sermes foram:o Sermo pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda;o Sermo de Santo Antonio aos peixes;e o Sermo da Sexagsima.Lei turasermo da sexagsimaSer porventura o estilo que hoje se usa nos plpitos? Um es-tilo to difcultoso, um estilo to afetado, um estilo to encontrado a toda arte e a toda natureza? Boa razo tambm esta. O estilo h de ser muito fcil e muito natural. Por isso, Cristo comparou o pregar ao semear. Compara Cristo o pregar ao semear, porque semear uma arte que tem mais de natureza do que de arte.J que falo contra os estilos modernos, quero alegar por mim o estilodomaisantigopregadorquehouvenoMundo.Equalfoiele? O mais antigo pregador que houve no Mundo foi o Cu. Suposto que oCupregador,devetersermesedeveterpalavras.Equaisso estessermeseestaspalavrasdoCu?_Aspalavrassoasestrelas, ossermessoacomposio,aordem,aharmoniaeocursodelas. O pregar h de ser como quem semeia, e no como quem ladrilha ou azuleja. No fez Deus o cu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o xadrez de palavras. Se de uma parte est branco, de outra h de estar negro; se de uma parte est dia, de outra h de estar noite? Se de uma parte dizem luz; da outra ho de dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, da outra ho de dizer subiu. Basta que nohavemos de ver num sermo duas palavras em paz? Todas ho de estar sempre em fronteiras com o seu contrrio?Masdir-me-eis:Padre,ospregadoresdehojenopregamdo Evangelho,nopregamdasSagradasEscrituras?Poiscomonopre-gam a palavra de Deus: _ Esse o mal. Pregam palavras de Deus, mas no pregam a Palavra de Deus.Padre Antnio Vieira, Vieira Sermes.2ed. Rio de Janeiro, Agir, 1960. p.107.A t i v i d A d e s P r o b l e m A t i z A d o r A s 1 ObserveoestiloutilizadopeloPadreVieiranodesenvolvimen-todoseusermo:constantesinterrogaesparapermitir-lheas vrias respostas, encadeando as idias; a adequao de passagens bblicasaotemadosermo;umaretricaaprimorada.Comoera chamado este estilo no perodo barroco? c u r s o p r - v e s t i b ul arReproduo Proibida. Art. 184 do cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.31l i t e r a t u r aL i v r o 1 2 NofezDeusocuemxadrezdeestrelas,comoospregadores fazem o sermo em xadrez de palavras. Qual o estilo criticado por Vieira na frase acima? Justifque sua resposta. 3 Diaxnoite;luzxsombra;brancoxnegro;subiuxdesceu.Vieira est criticando o uso de qual fgura? 4 Observa-se que, em todo o fragmento apresentado, Vieira critica o jogo de palavras, mas, ao fnal, quando mais contundente a sua crtica, ele faz um jogo de palavras com a palavra palavra (usada com maiscula e com minscula). Explique. 5 Que os brasileiros so bestas, e estaro a trabalhar toda a vida por mantermanganos de Portugal.Comente a viso de Gregrio de Matos sobre a colonizao por-tuguesa no Brasil. 6 me falou que o mal bom e o bem cruelQual a fgura usada por Caetano Veloso no verso acima? 7 JustifqueocognomedeBocadoInferno,dadoaGregriode Matos Guerra. 8 (FAAP-SP)Eu sou aquele que os passados anos cantei na minha lira maldizente torpezas do Brasil, vcios e enganosAssim se apresenta na sua obra satrica esse poeta baiano do s-culo XVII, autor tambm de poesia lrica e de poesia sacra. Trata-se de ...., cuja obra ilustra bem o estilo de poca......... 9 Duas atitudes diferentes, dois diferentes processos: a atitude sensual de rebuscado mais pulcro e fulgurante para o encanto dos olhos; a atitu-de intelectual, que formula o conceito engenhoso, para deliciado pasmo do esprito dialtico.De comum, apenas o objetivo de surpreender pela singularidade espantosa.Hernani CidadeQuaissoosdoisprocessosaqueserefereocrticoportugus, respectivamente? Explique-os.10(F.C.CahgasBA)Assinaleotextoque,pelalinguagemepelasidias, podeserconsideradocomorepresentantedacorrentebarroca:a)Brando e meigo sorriso se deslizava em seus lbios; os negros cara-cis de suas belas madeixas brincavam, merc do zfro, sobre suas faces... e ela tambm suspirava.b)Estradasamveisiluminavaminstantesdecus,ruasmolhadas de pipilos nos arbustos dos squares. Mas a abbada de garoa desa-bava os quarteires.c)Os sinos repicavam numa impacincia alegre. Padre Antnio con-tinuou a caminhar lentamente, pensando que cem vezes estivera a cair, cedendo fatalidade da herana e infuncia do meio que o arrastavam para o pecado.d)De sbito, porm, as lancinantes incertezas, as brumosas noites pe-sadas de tanta agonia, de tanto pavor de morte, desfaziam-se, desa-pareciam completamente como os tnues vapores de um letargo...e)Ah! Peixes, quantas invejas vos tenho a essa natural irregularidade! A vossa bruteza melhor que o um alvedrio. Eu falo, mas vs no ofen-deisaDeuscomaspalavras:eulembro-me,masvsnoofendeisa Deus com a memria: eu discorro, mas vos no ofendeis a Deus com o entendimento: eu quero, mas vs no ofendeis a Deus com a vontade. 11 Que s terra homem, e em terra hs de tornar-te Te lembra hoje Deus por sua IgrejaDe p te faz espelho, em que se vejaA vil matria de que quis formar-te.Pelascaractersticasdoquartetoacima,podemosdizerqueele se enquadra no:a)Barrocob)Arcadismoc)Romantismod)Parnasianismoe)Modernismo12(FUVEST-SP)ArespeitodoPadreAntnioVieira,pode-seafrmar:a)EmboravivessenoBrasil,porsuaformaolusitananoseocu-pou de problemas locais. b)Procuravaadequarostextosbblicossrealidadesdequetratava.c)Dadaasuaespiritualidade,demonstravadesinteresseporassun-tos mundanos.d)EmfunodeseuzeloparacomDeus,utilizava-oparajustifcar todos os acontecimentos polticos e sociais.e)Mostrou-se tmido diante dos interesses dos poderosos. 13 Por suas atividades literrias, Gregrio de Matos faz parte do se-guinte grupo:a)Grupo Mineirob)Grupo Pernambucanoc)Grupo Baianod)Grupo do Nortee)Grupo do Sul14Assinale a incorreta:O Barroco surgiu como reao aos ideais da Idade Mdia e valoriza-o demasiada da Antigidade Clssica, apresentando:a)a fuso do teocentrismo com o antropocentrismob)predomnio do equilbrio em todas as formas artsticasc)estilo rebuscado como manifestao de angstiad)predomnio de forma, cor e riqueza, em detrimento do contedoe)a fuso do pecado com o perdo15O barroco literrio apresenta, basicamente, dois estilos: Cultismo e Conceptismo. Associe: (1) Cultismo( ) raciocnio lgico(2) Conceptismo( ) linguagem rebuscada ( ) retrica aprimorada( ) estilo utilizado por Vieira( ) valorizao do pormenor( ) estilo utilizado por Gregrio de MatosReproduo Proibida. Art. 184 do cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.32c u r s o p r - v e s t i b ul arL i v r o 1l i t e r a t u r a16(FUVEST-SP) Nasce o sol, e no duras mais que um dia, Depois da luz, se segue a noite escura,Em tristes sombras morre a formosura,Em contnuas tristezas, a alegria.Assinale a alternativa que indica o nome do autor dos versos aci-ma e uma fgura literria caracterstica do movimento a que pertence:a)Cludio Manuel da Costa / aliteraob)Frei Jos de Santa Rita Duro / elipsec)Toms Antnio Gonzaga / hiprbatod)Gregrio de Matos Guerra / anttesee)Antnio Gonalves Dias / onomatopia17Aponte a alternativa incorreta sobre o Sermo da Sexagsima:a) O autor desenvolve dialeticamente a seguinte tese: A semente a palavra de Deus.b) O estilo barroco e privilegia a corrente conceptista de composio.c)O orador discute, no sermo, cinco causas possveis que no permiti-ram a entrada da palavra de Deus no corao dos homens.d)Vieira baseia-se em parbolas bblicas, e sua linguagem se vale de estruturas retricas clssicas.e)Pela sua capacidade de argumentao, Vieira consegue, neste ser-mo, convencer os indgenas a se converterem.arc adi s mOOune Oc L as s i c i s mO OsculoXVIIIvemmani-festarumcansaoenormeem relaoaoBarroco,arteligada Contra-Reformaearistocracia decadente e intil. A arte barroca parecia, agora, escura e asfxiante, de um rebuscamento que beirava o mau gosto e em tudo lembrava a inutilidade da nobreza.Aburguesia,fnalmente, secansaradesustentaroluxo deumanobrezaquenoservia paranadaeexercia,nasocieda-de,umpapelmeramentedeco-rativo.Agoraconscientedasua fora,aburguesiapassavaalu-tar pelo poder poltico, ainda em mos da nobreza. Donos do dinheiro e j muito instrudos, lutavam para ocupar espaos na sociedade e nas artes. A frivolidade aristocrtica dava lugar ao gosto burgus.Surge, ento, o Arcadismo ou Neoclassicismo nas artes, com um esprito nitidamente reformista, pretendendo reformular o ensino, os hbitos, as atitudes sociais. Entrava em cena a manifestao artstica de um novo tempo, uma nova ideologia. No sculo XVI, Portugal foi in-fuenciado pela cultura italiana, no sculo XVII pela cultura espanhola, no sculo XVIII a inferncia vinha da Frana, cuja burguesia havia se emancipado com a Revoluo Francesa.Odesenvolvimentodocomrcioedaindstria,principalmentena Frana e na Inglaterra, transformara as cidades em locais desagradveis, agi-tados, sujos e poludos. A ordem, agora, era voltar-se para a natureza tran-qila e serena dos campos, onde reinavam a paz, a justia e a harmonia.Asatividadesreligiosasforam revistassobaticautilitaristadabur-guesia.OscolgiosdaCompanhiade Jesus foram fechados em vrios pases. EmPortugal,osjesutassaramdas ctedras diretamente para o crcere ou paraoexlio.OministroMarqusde Pombalexpulsouosjesutastambm das colnias. Promovia-se uma reforma no ensino, agora defnitivamente desli-gado da infuncia jesutica.Essa nova ideologia obrigou a poesia a realizar seu papel na nova sociedadequesepretendiacons-truir. A poesia tinha que ser ntida (comoalgica),til(comoatcnica)eracional(comoanatureza). Devia-se exaltar o trabalho e a natureza.Nabasedoarcadismoestumquadrogeraldaculturaeuropia:Novos pensadores: Montesquieu, Voltaire e Rousseau;A edio da Enciclopdia (1751-80);A Revoluo Francesa (1789);A Revoluo Industrial na Inglaterra;A fundao das Arcdias ou Academias Neoclssicas;O despotismo esclarecido;A independncia dos Estados Unidos (1776);A conjurao mineira (1789);A volta das regras de Aristteles (384 a.C. 322 a. C.);O marqus de Pombal torna-se ministro de D.Jos I;No Brasil, ocorre uma importante mudana: o centro econmico transfere-se do nordeste para a regio das Minas Gerais e do Rio de Ja-neiro. Junto com as mudanas econmicas vm as mudanas polticas, sociais e culturais. Minas Gerais, particularmente Vila Rica, torna-se o palco dos mais importantes acontecimentos no sculo XVIII: a minera-o, a Inconfdncia, os poetas do Arcadismo e o gnio de Aleijadinho.Os poetas reuniram-se nas Arcdias, segundo omodelo da Aca-demia da Arcdia, criada na Itlia em 1690. A Arcdia era uma regio da Grcia onde viviam pastores. Seguindo as regras aristotlicas, pro-curavam, na poesia, imitar a natureza, que era um mundo justo, real e bom.Apoesiatornava-seagrria,buclica,compastoresnumidlio amoroso, cercados por ovelhas e cabras, ao som de sanfonas. O novo estilorcade.Oarcadismoeraclssico,opunha-seaoBarroco, complicado, imperfeito e falso; e apoiava-se nos seguintes princpios:Fugere urbem (evitar o mundo urbano);Inutilia truncal (cortar o que suprfuo);aurea mediocritas (o meiotermo de ouro);locus amoenus (lugar prazeroso);Os poetas fliados ao novo estilo tinham que assumir o compro-misso tico-esttico dos rcades: adotar os campos, as ninfas, os rega-tos,asfautaseosamorescampestreseos nomesdepastores.Em Portugal, Bocage ser Elmano Sadino: no Brasil, Toms Antnio Gon-zaga ser Dirceu e Critelo; Cludio Manuel da Costa ser o Glauceste Saturnio e o Doroteu; Baslio da Gama, o Termindo Siplio.Constrangidospelasregrasdeferrodoarcadismo,muitospoetas fcaram divididos entre o disfarce e a rebeldia, como foi o caso dos poetas inconfdentes: Cludio Manuel da Costa e Toms Antnio Gonzaga.Oarcadismo,emPortugalenoBrasil,seguiuainfunciaeuro-pia: a volta aos padres clssicos da Antigidade e do Renascimento; A Familia do Duke de OsunaGoya, Francisco deThe Canary Jean-Baptiste-Simon chardin, c u r s o p r - v e s t i b ul arReproduo Proibida. Art. 184 do cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.33l i t e r a t u r aL i v r o 1a simplicidade; a poesia buclica, pastoril; o fngimento potico e o uso de pseudnimos. Quanto forma, tivemos o soneto, os versos decass-labos, a rima optativa e a tradio da poesia pica.Dentreosautoresrcades,osmaisimportantesforam:Manuel Maria du Bocage, Cludio Manuel da Costa, Toms Antnio Gonzaga e Baslio da Gama.Manuel Mari aBarbosaduBocageFoiomaisimportantepoetaportugusdoArcadismo,sendoo mais lido e o mais admirado. Nasceu em 1765 e teve uma vida muito agitada, com lances dramticos. Aos catorze anos, estava na Marinha, desertouem1789.Foipresoe,nacadeia,traduziupoetasfrancesese latinos.Durantealgunsanos,viveunascolnias,percorrendoquase que o mesmo caminho de Cames. Adotou o pseudnimo pastoril de Elmano Sadino (Elmano anagrama de Manuel e Sadino relativo ao rio Sado, que corta Setbal, terra natal do poeta). Bocage escreveu poe-sia lrica e satrica. Como poeta lrico, adotou o Arcadismo apenas como postura, pois, de fato, foi um poeta pr-romntico. Bocage foi rcade no apuro formal (foi excelente sonetista).Num certo gosto pelo Renascimento (notadamente por Cames, que considerava seu mestre) e na postura pastoril (da seu pseudnimo Elmano Sadino), seu tom refetia a sua vida bomia. Ao contrrio dos rcades que tm voz discreta, Bocage oratrio, exclamativo, incorpo-rando aos seus poemas seu modo de ser turbulento e desatinado.Comopoetapr-romntico,debate-seentreaRazoeoSen-timento:Razo, de que me serve o teu sorriso?Mandas-me amar, eu ardo, eu amo;Dizes-me que sossegue, eu penso, eu morro.Noutros momentos, compe uma poesia confessional de um so-frimentoprofundodeabandono...Usa,ento,umtomnoturno,for-masmacabrasembuscadamortecomosoluoparaosproblemas. Antecipava o que fariam os romnticos tempos depois.Ah! No me roubou tudo a negra sorte: Inda tenho esteabrigo, ainda me restaO pranto, a queixa, a solido e a morte.Ou ainda:O retrato da Morte, morte amigaPor cuja escurido suspiro a tanto!Comopoetasatrico,Bocageironizavadocleronobrezadeca-dente. Elogiado pelo estilo repentista, era muito criticado pelo modo obsceno com que ridicularizava seus desafetos. Um escrivo fez um roubo:Diz-lhe o juiz: Que razoTeve para fazer isto?Responde:Ser escrivo.A morte foi sensualQuando ainda era menina:Co pecado originalTeve cpula carnalE pariu a Medicina!Lei turaTexto 1 (*) Meu ser evaporei na lida insanaDo tropel das paixes, que me arrastava;Ah! Cego eu cria, ah! Nsero eu sonhava Em mim quase imortal a essncia humana.De que inmeros sis a mente ufavaExistncia falaz me no dourava!Mas eis sucumbe Natureza escravaAo mal que a vida em sua origem dana.Prazeres, scios meus e meus tiranos!Esta alma que sedenta em si no coube,No abismo vos sumiu dos desenganos.Deus, oh! Deus! ... Quando a morte a luz me roube, Ganhe um momento o que perderam anos, Saiba morrer o que viver no soube.M.M. Barbosa. Op.cit. p.207 (*) segundo os bigrafos de Bocage, este texto foi escrito momentos antes de sua morte.Texto 2 (**) Cames, grande Cames, quo semelhanteAcho teu falado ao meu, quando os cotejo!Igual causa no fez, perdendo o Tejo,Arrostar coo sacrlego gigante;Como tu, junto ao Ganges sussurrante,Da penria cruel no horror me vejo;Como tu, gostos vos, que em vo desejo,Tambm carpindo estou, saudoso amante.Ludbrio como tu, da sorte duraMeu fm demando ao Cu, pela certezaDe que s terei paz na sepultura.Modelo meu tu s... Mas, oh tristeza!...Se te imito nos transes da Ventura,No te imito nos dons da Natureza.Bocage M.M. Barbosa du. Op.cit, p.117(**)SobreestesonetoearelaoCames/Bocage,assimescreveEloydoAmaralemseulivroBocage(Ed. Ulisseia, Lisboa, 1965, p.150-1):Cames e Bocage. Neste soneto o poeta faz o paralelo de suas vidas. Na realidade podemos encontrar nelas uma curiosa semelhana: gnio, in-fortnioemisria.Foramsoldados,entraramnumabatalha,tiveramnos seus amores uma Natrcia. Sofreram por muito amar. Foram ndia, a Ma-cau,conheceramaprisoeoterrvelAdamastor.Sofreramumnaufrgio, salvaram a nado os seus versos...Texto 3 (***)Eu deliro, Gertrria, eu desesperoNo inferno de suspeitas e temores.Eu da morte as angstias e os horroresPor mil vezes sem morrer tolero.Pelo cu, por teus olhos te asseveroQue ferve esta alma em cndidos amores;Longe o prazer de ilcitos favores!Quero o teu corao, mais nada quero.Reproduo Proibida. Art. 184 do cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.3c u r s o p r - v e s t i b ul arL i v r o 1Ah! No sejas tambm qual comigoA cega divindade, a sorte dura,A vria Deusa que me nega abrigo!Tudo perdi: mas valha-me a ternuraAmor me valha, e pague-me contigoOs roubos que me fez a m ventura.Bocage, M.M. Barbosa du. Sonetos. Lisboa, Livraria Bertrand, s/d. p.67(***)Gertrria:pseudnimodeGertrudes,segundoseusbigrafosoverdadeiroamordopoeta.Aoque parece, Bocage tinha uma relao amorosa com Gertrudes, anterior sua viagem ao Oriente. Ao voltar, con-sumido pela saudade e vivendo em um inferno de suspeitas e temores, encontra-a casada com seu prprio irmo, Gil Francisco Barbosa du Bocage.c L udi Omanue L dacOs ta ( GL auc e s t e s at rni O/ dOrOt e u)Cludio Manuel da Costa nasceu nas proximidades de Mariana, Minas Gerais, em 1729; realizou seus primeiros estudos com os jesutas, no Brasil, e, depois, foi Coimbra (Portugal) para estudar Direito. Vive algum tempo em Lisboa, depois de formado, e l entra em contato com a poesia rcade. Em 1768, volta a Vila Rica e lana seu livro Obras Poticas funda a Arcdia Ultramarina nos mesmos moldes da Arcdia Lusitana em Portugal. Embora seus sonetos fossem perfeitos na forma, eram superfciais no contedo. Per-cebe-se neles uma certa infuncia de Cames quando faz refexes morais ou trata das contradies da vida. Fiel ao estilo rcade, cultivou a poesia pas-toril, em que a natureza aparece como um refgio.Foi preso como um dos participantes da Inconfdncia Mineira e morreu na priso.Quem deixa o trato pastoril amadoPela ingrata civil correspondncia,Ou do retiro a paz no tem provado.Que bem ver nos campos transladadoNo gnio do pastor, o da inocncia!E que mal no trato, e na aparnciaVer sempre o corteso dissimulado!Ali respira amor, sinceridade;Aqui sempre a traio seu rosto encobre;Um s trata a mentira, outro a verdade.Ali no h fortuna que soobre;Aqui quanto se observa variedade:Oh ventura do rico! Oh bem do pobre!A t i v i d A d e s 1 Faaumaanlisedosonetoapartirdasanttesesapresentadas. Comosugesto,faaumacolunarelacionandoaspalavrasque caracterizam o campo, e outra para as que caracterizam a cidade. Comente todas as oposies. 2 Diga qual a medida dos versos deste poema e se as rimas no fnal dos versos so paralelas ou intercaladas. 3 Este poema um soneto. Por qu?Reproduo Proibida. Art. 184 do cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.LIT L i v r o 1Q u e s t e s v e s t i b u l a r l i t e r a t u r a 1 (FUVEST)Profisso de fTorce, aprimora, alteia, lima, A frase; e, enfm, No verso de ouro engasta a rima, Como um rubim.Quero que a estrofe cristalina,Dobrada ao jeito Do ourives, saia da ofcinaSem um defeito.(Olavo Bilac)Nosversosacima,aatividadepoticacomparadaaolavordo ourives porque, para o autor: a)a poesia preciosa como um rubi. b)o poeta um burilador. c)na poesia no pode faltar rima.d)o poeta no se assemelha a um arteso.e)o poeta emprega a chave de ouro. 2 (FUVEST) Uma andorinha no faz vero.Nem tudo que reluz ouro.Quem semeia ventos colhe tempestades.Quem no tem co caa com gatos.As idias centrais dos provrbios acima so, na ordem:a)solidariedade aparncia vingana dissimulao.b)cooperao aparncia punio adaptao. c)egosmo ambio vingana falsifcao.d)cooperao ambio conseqncia dissimulao. e)solido prudncia punio adaptao. 3 (UFSC) Leia os textos a seguir, assinale as alternativas corretas e, depois, some os valores atribudos:a) Eu fao versos como quem choraDe desalento... de desencanto...Fecha o meu livro, se por agoraNo teus motivo nenhum de pranto.(Manuel Bandeira) b) Recebi os trocados a que tinha direito e fquei procurando um novo emprego, noutro ramo.(Bento Silvrio)c) Um primeiro sobressalto de pnico apertou-lhe a garganta... Padre Estevo! falou, alto, pensando que talvez houvesse algum ali, em alguma parte.(Antnio Callado)01. Os versos do fragmento a apresentam caractersticas lricas. 02. O fragmento b est escrito em prosa, que tem, como unidade de composio bsica, o pargrafo. 04. O fragmento c est impregnado de caractersticas dramticas. 08. A estrofe a unidade de composio bsica da prosa. 16. A prosa presta-se para a confsso amorosa, pessoal... e a poesia, para a criao de personagens e a estruturao de longas narrativas. 4 (FUVEST) Qual a diferena mais signifcativa entre a poesia lrica e a pi-ca. O tipo de verso empregado ou o contedo? Justifque sua resposta. Asprximas3questestomamporbaseumacantigado trovador galego Airas Nunes, de Santiago (sculo XIII), e o poe-ma Confessor Medieval, de Ceclia Meireles (1901-1964).Cantiga Bailemos ns j todas trs, ai amigas,So aquestas avelaneiras frolidas,E quem for velida, como ns,velidas,Se amigo amar,So aquestas avelaneiras frolidasVerr bailar.Bailemos ns j todas trs, ai irmanas,So aqueste ramo destas avelanas,E quem for louana, como ns, louanas,Se amigo amar,So aqueste ramo destas avelanasVerr bailar:Por Deus, ai amigas, mentral non fazemos,So aqueste ramo frolido bailemos,E quem bem parecer, como ns parecemosSe amigo amar,So aqueste ramo so lo que bailemosVerr bailar.(Airas Nunes, de Santiago. In: SPINA, Segismundo. Presena da Literatura Portuguesa I. Era Medieval. 2 ed. So Paulo:Difuso Europia do livro, 1966.)(frolidas = fotidas)(velida = formosa)(aquestas = estas)(verr = vir)(irmanas = irms)(aqueste = este)(louana = formosa)(avelanas = avelaneiras)(mentral = enquanto outras coisas)(bem parecer = tiver belo aspecto)Confessor medieVaL (1960)Irias bailia com teu amigo,Se ele no te dera saia de sirgo?Se te dera apenas um anel de vidroIrias com ele por sombra e perigo?Iras bailia sem teu amigo,Se ele no pudesse ir bailar contigo?(sirgo = seda)Reproduo Proibida. Art. 184 do cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.LITc u r s o p r - v e s t i b ul arL i v r o 1Q u e s t e s v e s t i b u l a r l i t e r a t u r a 5 UNESP-SP Tanto na cantiga como no poema de Ceclia Meireles verifcam-se diferentes personagens: um eu-poemtico, que assu-me a palavra, e um interlocutor ou interlocutores a quem se dirige. Com base nesta informao, releia os dois poemas e, a seguir,a)indique o interlocutor ou interlocutores do eu-poemtico em cada um dos textos.b)identifque,emcadapoema,combasenafexodosverbos,a pessoagramaticalutilizadapeloeu-poemticoparadirigir-seao interlocutor ou interlocutores. 6 UNESP-SPAleituradacantigadeAirasNunesedopoema ConfessorMedieval,deCecliaMeireles,revelaqueestepoema, mesmotendosidoescritoporumapoetamodernista,apresenta intencionalmente algumas caractersticas da poesia trovadoresca, como o tipo de verso e a construo baseada na repetio e no pa-ralelismo. Releia com ateno os dois textos e, em seguida,a)considerandoqueoefeitodeparalelismoemcadapoemasetorna possvel a partir da retomada, estrofe a estrofe, do mesmo tipo de fra-se adotado na estrofe inicial (no poema de Airas Nunes, por exemplo, aretomadadafraseimperativa),aponteotipodefrasequeCeclia Meireles retomou de estrofe a estrofe para possibilitar tal efeito.b)estabelea as identidades que h entre o terceiro verso da cantiga de Airas Nunes e o terceiro verso do poema de Ceclia Meireles no que diz respeito ao nmero de slabas e s posies dos acentos. 7 UNESP-SPAscantigasquefocalizamtemasamorosos apresentam-seemdoisgnerosnapoesiatrovadoresca:as cantigasdeamor,emqueoeu-poemticorepresentaafi-guradonamorado(oamigo),eascantigasdeamigo,em queoeu-poemticorepresentaafiguradamulheramada(a amiga)falandodeseuamoraoamigo,porvezesdirigin-do-seaeleoudialogandocomele,comoutrasamigasou, mesmo,comumconfidente(ame,airm,etc.).Deposse desta informao,a)classifque a cantiga de Airas Nunes em um dos dois gneros, apre-sentando a justifcativa dessa resposta.b)identifque, levando em considerao o prprio ttulo, a fgura que o eu-poemtico do poema de Ceclia Meireles representa. 8 (MACK-SP) Marque a alternativa incorreta a respeito do Huma-nismo: a)poca de transio entre a Idade Mdia e o Renascimento. b)O teocentrismo cede lugar ao antropocentrismo. c)Ferno Lopes o grande cronista da poca. d)GarciadeResendecoletouaspoesiasdapoca,publicadasem 1516 com o nome de Cancioneiro Geral. e)A Farsa de Ins Pereira a obra de Gil Vicente cujo assunto reli-gioso, desprovido de crtica social. 9 (FUVEST-SP) Aponte a alternativa correta em relao a Gil Vi-cente: a)Comps peas de carter sacro e satrico. b)Introduziu a lrica trovadoresca em Portugal. c)Escreveu a novela Amadis de Gaula. d)S escreveu peas em portugus. e)Representa o melhor do teatro clssico portugus 10UNICAMP - SP Leia agora as seguintes estrofes, que se encontram em passagens diversas de A farsa de Ins Pereira de Gil Vicente: Ins:Andar! Pero Marques seja!Quero tomar por esposoquem se tenha por ditosode cada vez que me veja.Por usar de siso mero,asno que leve quero,e no cavalo folo;antes lebre que leo,antes lavrador que Nero.(nota: folo, no caso, signifca bravo, fogoso)Pero:I onde quiserdes irvinde quando quiserdes vir,estai quando quiserdes estar.Com que podeis vs folgarque eu no deva consentir?a)A fala de Ins ocorre no momento em que aceita casar-se com Pero Marques,apsomalogradomatrimniocomoescudeiro.Hum trecho nessa fala que se relaciona literalmente com o fnal da pea. Que trecho esse? Qual o pormenor da cena fnal da pea que ele est antecipando?b)A fala de Pero, dirigida a Ins, revela uma atitude contrria a uma caracterstica atribuda ao seu primeiro marido. Qual essa carac-terstica?c)Considerando o desfecho dos dois casamentos de Ins, explique por que essa pea de Gil Vicente pode ser considerada uma stira moral. 11UNICAMP Leia os dilogos abaixo da pea O velho da Horta de Gil Vicente:(Mocinha) Ests doente, ou que haveis?(Velho) Ai! no sei, desconsolado,Que nasci desventurado.(Mocinha) No choreis;mais mal fadada vai aquela.(Velho) Quem?(Mocinha) Branca Gil.(Velho) Como?(Mocinha) Com centaoutes no lombo,e uma corocha por capela*.E ter mo:leva to bom corao,**como se fosse em folia. que grandes que lhos do!**** (corocha) cobertura para a cabea prpria das alcoviteiras; (por capela) por grinalda.** caminha to corajosa*** que grandes aoites que lhe do!a)A qual desventura refere-se o Velho neste dilogo com a Mocinha?b)A que se deve o castigo imposto a Branca Gil?c)Diante do castigo, Branca Gil adota uma atitude paradoxal. Por qu?c u r s o p r - v e s t i b u l a rReproduo Proibida. Art. 184 do cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.LIT L i v r o 1Q u e s t e s v e s t i b u l a r l i t e r a t u r a 12(FESL-SP) Em Os Lusadas, Cames: a)narra a viagem de Vasco da Gama s ndias. b)temporobjetivocriticaraambiodosnavegantesportugueses que abandonam a ptria merc dos inimigos para buscar ouro e glria em terras distantes. c)afasta-sedosmodelosclssicos,criandoaepopialusitana,um gnero inteiramente original na poca. d)lamentaque,apesardeterdomadoosmaresedescobertonovas terras, Portugal acabe subjugado pela Espanha. e)tem como objetivo elogiar a bravura dos portugueses e o faz atravs da narrao dos episdios mais valorosos da colonizao brasileira. 13(UFPa-PA) Pode-se afrmar que o velho do Restelo : a)personagem central de Os Lusadas. b)o mais fervoroso defensor da viagem de Gama. c)smbolo dos que valorizam a cobia e a ambio. d)smbolo das foras contrrias s investidas martimas lusas. e)a fgura que incentiva a ideologia expansionista. INSTRUO: As prximas 3 questes tomam por base um poe-ma do clssico portugus Lus Vaz de Cames (1524?-1580) e a letra dofoxtroteVocs...mente,escritapelomsicobrasileiroNoelde Medeiros Rosa (1910-1937).troVasa uma fama que lhe jurarasempre por seu olhos.Quando me quer enganara minha bela perjura,para mais me confrmaro que quer certifcar;05pelos seus olhos mo jura.Como meu contentamentotodo se rege por eles,imagina o pensamenteque se faz agravo a eles10no crer to gro juramento.Porm, como em casos taisando j visto e corrente,sem outros certos sinais,quanto me ela jura mais15tanto mais cuido que mente.Ento, vendo-lhe ofenderuns tais olhos como aqueles,deixo-me antes tudo crer,s pela no constranger20a jurar falso por eles.(CAMES, Lus de. Lrica. Belo Horizonte: Editora Itatiaia;So Paulo: Editora da Universidade de So Paulo, 1982, p. 56-57.)VoC s... menteNo espero mais voc,Pois vo no aparece,Creio que voc se esqueceDas promessas que me faz...05E depois vem dar desculpasInocentes e banais. porque vo bem sabeQue em voc desculpoMuito coisa mais...10O que sei somente que voc um enteQue mente inconscientemente,Mas fnalmente,No sei por que 15Eu gosto imensamente de voc.E invariavelmente,Sem ter o menos motivo,Em um tom de voz altivo,Voc, quando fala, mente20Mesmo involuntariamente,Fao cara de contente,Pois sua maior mentira dizer genteQue voc no mente.25O que sei somente que voc um enteQue mente inconscientemente,Mas fnalmente,No sei por que30Eu gosto imensamente de voc.(In: Noel pela primeira vez. Coleo organizada por Miguel Jubran.So Paulo: MEC/FUNARTE/VELAS, 2000, Vol. 4, CD 7, faixa 01.) 14UNESPSPAmentiraconstituiumdostemasmaisrecor-rentes nos poemas de amor de todos os tempos, variando porm omodocomoospoetasafocalizam,negando-a,rejeitando-aou aceitando-a em nome do amor. Em Trovas e em Voc s... mente abordadootemadamentiranoamor.Depoisdeobservaro desenvolvimento desse tema em ambos os poemas,a)apresente a justifcativa lgica da concluso a que chega o eu-poe-mtico nos ltimos cinco versos do poema de Cames;b)demonstre o carter irnico do emprego do vocbulo inocentes no sexto verso da letra de Noel Rosa. 15UNESP SP Os homnimos homfonos e homgrafos, ou seja, vocbulos que apresentam a mesma pronncia e a mesma grafa, socomunsnaLnguaPortuguesa.Noversopelosseusolhos mojura,ovocbulojuraumverboempregadocomoncleo dopredicadoverbal;maspodemosconstruirafraseEleque-brousuajuraefoiparalongeemqueohomnimojuraem-pregado como substantivo em funo de ncleo do objeto direto. Com base nesta informao, releia os dois poemas e, em seguida, a)estabeleaaclassedepalavraaquepertencegro,nod-cimoversodopoemadeCameseescrevaumafraseemque apareaumhomnimohomfonoehomgrafodessapalavra; b)aponteoefeitoexpressivo,relacionadocomotemaecoma rima,queoempregodeadvrbioscomosomente,inconsciente-mente, etc., produz na letra de Noel Rosa. 16UNESPSPAlmdoeu-poemtico,queserevelaformalmente pelo emprego do pronome pessoal do caso reto eu e correspon-dentes pronomes oblquos, como tambm pelas fexes verbais de Reproduo Proibida. Art. 184 do cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.LITc u r s o p r - v e s t i b u l a rL i v r o 1Q u e s t e s v e s t i b u l a r l i t e r a t u r aprimeira pessoa do singular, surge em Trovas e em Voc s... men-te outra personagem: a pessoa amada. Depois de observar atenta-mente as marcas da presena desta personagem nos dois textos,a)demonstre, com base em exemplos, como a pessoa amada se revela formalmente em Trovas;b)explique por que razo no se pode determinar o sexo da pes-soa amada em Voc s... mente 17FUVEST-SP Tu, s tu, puro amor, com fora crua,Que os coraes humanos tanto obriga,Deste causa molesta morte sua,Como se fora prfda inimiga.Se dizem, fero Amor, que a sede tuaNem com lgrimas tristes se mitiga, porque queres, spero e tirano,Tuas aras banhar em sangue humano.(Cames, Os Lusadas episdio de Ins de Castro)Molesta = lastimosa; funesta.Prfda = desleal; traidora.Fero = feroz; sanguinrio; cruel.Mitiga = alivia; suaviza; aplaca.Ara = altar; mesa para sacrifcios religiosos.a)Considerando-se a forte presena da cultura da Antigi-dadeClssicaemOsLusadas,aquesepodereferiro vocbulo Amor, grafado com maiscula, no 5 verso?b)Explique o verso Tuas aras banhar em sangue humano, relacio-nando-o histria de Ins de Castro. 18FUVEST-SP Entende-se por literatura informativa no Brasil: a)o conjunto de relatos de viajantes e missionrios europeus sobre a natureza e o homem brasileiros; b)a histria dos jesutas que aqui estiveram no sculo XVI; c)as obras escritas com a fnalidade de catequese do indgena; d)os poemas do Padre Jos de Anchieta; e)os sonetos de Gregrio de Matos. 19(UFPI-PI)Quandosefalaemliteraturacolonial,operodo abarcado por essa expresso corresponde: a)ao sculo XVI, quando se escreveram os primeiros relatos sobre a terra a ser colonizada; b)ao sculo XVII, quando se intensifcou a produo de uma literatu-ra voltada para a catequese dos ndios e colonos; c)aosculoXVIII,quandosetornoupresenteemmuitasobrasum sentimento de revolta contra a condio colonial; d)sobretudo aos trs primeiros sculos de nossa Histria, j que no incio do sculo XIX o Brasil se tornou independente; e)sobretudoaosdoisprimeirossculosdenossaHistria,jque no sculo XVIII a literatura brasileira estava livre de infuncias externas. 20(ESAM-RN) As manifestaes literrias nos trs primeiros scu-los da nossa Histria sugerem uma lenta passagem: a)da pura inteno informativa para a expresso nativista; b)da pura expresso nativista para uma literatura de informao; c)da pura expresso nativista para a propagao dos ideais nacio-nalistas; d)da propagao dos ideais nacionalistas para uma completa eman-cipao cultural. e)dapuraintenoinformativaparaumacompletaemancipao cultural. 21ESAL-MG Assinale a alternativa que contm caractersticas in-compatveis com o estilo de poca conhecido por Barroco: a)contradies, sobrenatural humanizado, cu e terra ligados. b)gostopelapolmica,pelopanfeto,colisodecoreseexcessode relevos. c)sentido de universalidade, racionalismo e objetividade. d)as coisas, pessoas e aes no so descritas mas apenas evocadas e refetidas atravs da viso das personagens. e)largo sentimento de grandiosidade e esplendor, de pompa e grande-za herica, expressos na tendncia ao exagero e nos hiperblico. 22(UFU-MG)Leiaosonetoaseguir,deautoriadeGregriode Mattos:Pequei, Senhor, mas no porque hei pecado,Da vossa piedade me despido,Porque quanto mais tenho delinqido,Vos tenho a perdoar mais empenhado.Se basta a vos irar tanto pecado,A abrandar-vos sobeja um s gemido,Que a mesma culpa, que vos h ofendido,Vos tem para o perdo lisonjeado.Se uma ovelha perdida, e j cobradaGlria tal e prazer to repentinovos deu, como afrmais na Sacra Histria:Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,Cobrai-a, e no queiras, Pastor divino,Perder na nossa ovelha a vossa glria.(Gregrio de Matos Guerra)Assinale a alternativa INCORRETA:a)Nojogodeantteses,opoetav-secomoculpado,mastambm ovelha indispensvel ao Pastor Divino.b)O argumento do poeta, arrependido, contri-se pelo jogo de idias, ou seja, o cultismo.c)Opoetarecorreaotextobblicoparajustifcar,peranteDeus,a necessidade de ser perdoado.d)Segundo o poeta, o perdo de sua culpa favorecia a ambos: tanto ao culpado, quanto ao Pastor Divino.e)O poeta busca, em sua linguagem dualista, conciliar, poeticamen-te, f e razo.c u r s o p r - v e s t i b u l a rReproduo Proibida. Art. 184 do cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.LIT L i v r o 1Q u e s t e s v e s t i b u l a r l i t e r a t u r aa maria dos PoVos, sua futura esPosaDiscreta, e formosssima Maria,Enquanto estamos vendo a qualquer hora,Em tuas faces a rosada Aurora,Em teus olhos e boca o Sol, e o dia:Enquanto com gentil descortesiaO ar, que fresco Adnis te namora,Te espalha a rica trana voadora,Quando vem passear-te pela fria:Goza, goza da for da mocidade,Que o tempo trata a toda ligeireza,E imprime em toda for sua pisada.Oh no aguardes, que a madura idade,Te converta essa for, essa beleza,Em terra, em cinza, em p, em sombra, em nada.(MATOS, Gregrio de. Poemas escolhidos - Seleo de Jos MiguelWisnik. 2a ed. So Paulo: Cultrix, [s.d.]) 23Ufrj2006Opoemaseconstripormeiodaoposioen-tredoiscampossemnticos,especialmentenocontrasteentre a primeira e a ltima estrofes. Explicite essa oposio e retire, dessasestrofes,doisvocbuloscomvalorsubstantivoumde cadacamposemntico,identifcandoaquecampocadavoc-bulo pertence. 24Ufrj 2006 O primeiro verso da 3 estrofe apresenta-se como conseqnciadeumaspectocentraldavisodemundobarroca. Justifque essa afrmativa com suas prprias palavras.25(UFU-MG)Considereosfragmentoseasafrmativasquese seguem:a maria dos PoVos, sua futura esPosaDiscreta, e formosssima Maria,Enquanto estamos vendo a qualquer hora,Em tuas faces a rosada Aurora,Em teus olhos e boca o Sol, e o dia:Goza, goza da for da mocidade,Que o tempo trata a toda ligeireza,E imprime em toda a for sua pisada.(Gregrio de Matos, Poesias selecionadas)CanoNo te fes do tempo nem da eternidadeque as nuvens me puxam pelos vestidos,que os ventos me arrastam contra o meu desejo!Apressa-te, amor, que amanh eu morro,que amanh morro e no te vejo!(Ceclia Meireles, Poesia completa)I.Emboratraontidoeomaisdistintivodoespritobarroco,a conscincia da transitoriedade da vida aponta em todas as pocas literrias.II.Nos versos de Ceclia Meireles percebe-se o aspecto da ansiedade, que est relacionado insegurana do ser humano quanto ao amanh.III.Gregrio de Matos fala do tempo que passa e destri a beleza, con-vidando a amada a desfrutar do amor sem demora.IV.Nos versos de Gregrio de Matos a natureza entra como metfora da beleza feminina; nos versos de Ceclia Meireles no h metforas.V.Ceclia Meireles e Gregrio de Matos fazem parte de uma mesma poca literria.Assinale:a)Se todas as afrmativas forem corretas.b)Se apenas as afrmativas I, II e III forem corretas.c)Se apenas I for correta.d)Se apenas I e IV forem corretas.e)Se apenas I e V forem corretas 26(FUVEST-SP) A respeito de Pe. Antnio Vieira, pode-se afrmar: a)EmboravivessenoBrasil,porsuaformaolusitananoseocu-pou de problemas locais. b)Procurava adequar os textos bblicos s realidades de que tratava. c)Dada sua espiritualidade, demonstrava desinteresse por assuntos mundanos. d)EmfunodeseuzeloparacomDeus,utilizava-oparajustifcar todos os acontecimentos polticos e sociais. e)Mostrou-se tmido diante dos interesses dos poderosos. 27PUC-RIO julho 2006 Texto 1: 1 Navegava Alexandre em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a ndia, e como fosse trazido sua presena um pirata que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em to mau ofcio; porm, ele, que no era medroso nem lerdo, respondeu assim. Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladro, e vs, porque roubais em uma armada, sois imperador? 8Assim.Oroubarpoucoculpa,oroubarmuitograndeza;o roubarcompoucopoderfazospiratas,oroubarcommuito,os lexandres. Mas Sneca, que sabia bem distinguir as qualidades e interpretar as signifcaes, a uns e outros defniu com o mesmo nome: Eodem loco pone latronem et piratam, quo regem animumlatronisetpirataehabentem.SeoReideMace-dnia,ouqualqueroutro,fzeroquefazoladroeopirata,o ladro,opirataeorei,todostmomesmolugar,emerecemo mesmo nome. [fragmento do sermo do bom ladro, de Pe. antnio Vieira] 28PUC-RIO julho 2006 Uma das mais importantes caractersti-cas da obra do Padre Antnio Vieira refere-se presena constante emseussermesdasdimensessocialepoltica,somadasreli-giosa. Comente esta afrmativa em funo do texto acima. 29PUC-RIO julho 2006 a)EmseulivroIntroduoRetrica,OlivierRebouldefne fguradesentidocomoumrecursodeestiloqueconsisteem empregarumtermo(ouvrios)comumsentidoquenolhe habitual. Explique por que o emprego do termo Alexandres, na linha 6, pode ser considerado uma fgura de sentido de acordo com essa defnio. c u r s o p r - v e s t i b ul arReproduo Proibida. Art. 184 do cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

g r a m t i c aL i v r o 1I VConati vaouapel ati va:A inteno do emissor fazer um apelo, infuenciar o comporta-mento do receptor.Aoelaborarumamensagemcomfunoconativa,almdeo emissorutilizarverbosnomodoimperativo(modoqueexpressaor-dem, desejo, convite, apelo), vale-se do vocativo para chamara aten-o do receptor.Observe a funo conativa no ltimo quadrinho abaixo:COMPRE!Afunoconativaouapelativapredominantenasmensagens publicitrias, cujo objetivo apelar, infuenciar o comportamento do consumidor para adquirir o produto.Veja o texto abaixo.VPoti ca:Oemissornosepreocupaapenascomosignifcadodamen-sagem,eleenfatizaaconstruo,aelaborao,paraimpressionaro receptor.Na mensagem com funo potica, o emissor utiliza rimas, ritmo esonoridade,enfm,alinguagemcuidadosamenteelaboradapara transmitir uma mensagem ao receptor.Observe os textos:gua mole em pedra dura tanto bate at que fura.Dito popularerro de PortugusQuando o portugus chegouDebaixo duma bruta chuvaVestiu o ndioQue pena!Fosse uma manh de solO ndio tinha despidoO portugus.Oswald de AndradeNasmensagensno-verbais,afunopoticaocorreprincipal-mente nas artes plsticas. Observe a imagem da fgura a seguir:Modernismo: choque em obras como O Homem Amarelo, de Anita Malfatti.VI Metal i ng sti caNotextocomfunometalingstica,ocdigo(lnguaportu-guesa)utilizadocomoassuntoouexplicaodoprpriocdigo(a palavra).Essa funo utilizada pelos dicionrios. Neles so obtidos, em lngua portuguesa, os signifcados das palavras da mesma lngua.So exemplos de metalinguagem:1 Me, o que desumano? Desumano seu pai, moleque! 2Fao versos como quem choraManoel Bandeira3Escrever e coar s comearDito PopularA t i v i d A d e s 1 Identifqueasfunesdelinguagempredominantesnostextos abaixo e classifque-as.Sou doida por esse rapaz!a)b)Ol, como vai?Eu vou indo, e voc, tudo bem?Tudo bem, eu vou indo correndoPegar meu lugar no futuroE voc?Paulinho da Viola c)Boi, boi, boi,Boi da cara preta,Pega esse menino Que tem medo de careta!Reproduo Proibida. Art. 184 do cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

c u r s o p r - v e s t i b ul arL i v r o 1g r a m t i c ad)Todo dia ela faz tudo sempre igualMe sacode s seis horas da manhE sorri um sorriso sensualE me beija com a boca de hortel! Chico Buarquee)Touro o nome de um animal e um signo do zodaco.f)Em cima do meu telhado,Pirulin lulin lulin,Um anjo todo molhadoSolua no meu fautimMrio Quintanag)Os ndios acham que o mundo est repleto de espritos que ajudam a ajeitar o caos (...) Revista VejaF On t i c a: F One mas, L e t r ase s L ab as Fontica, na gramtica, o estudo dos sons da fala.Quandofalamos,emitimossons.Essessonssochamadosde fonemas.Ento:Fonema o som que emitimos quando falamos.Na linguagem escrita, os fonemas so representados por letras.Logo,Letra a representao grfca do fonema.Sepronunciarmospausadamenteumapalavra,vamosperceber que h nela grupos sonoros. So as slabas! Cada slaba formada por uma ou mais letras.Ento:Slaba um fonema ou grupos de fonemasemitidos de uma s vez.Nem sempre a cada fonema corresponde uma letra, ou seja, nem sempre o nmero de sons igual ao nmero de letras.Vejamos:I)Na palavra enchente:a) H trs grupos sonoros trs slabas: en chen te.b) H oito letras: e n c h e n t e.c) H cinco fonemas: / e // ch // e // t // e/.Observao:Costuma-se representar o fonema entre barras oblquas (//).II) Na palavra trax:a)H dois grupos sonoros, duas slabas t rax.b)H cinco letras: t r a x.c)H seis fonemas: /t/ /o/ /r/ /a/ /k/ /s/.Uma mesma letra pode representar mais de um fonema.Ex.:sonho - /s/ - l-se: s.Casa - /s/ - l-se: z.A t i v i d A d e s 1 Explique a diferena entre fonema e letra. 2 Indique o nmero de fonemas, letras e slabas das palavras seguintes:a)Histria: e)Crucifxo:b)Socorro: f) Alm:c)Inocente: g)Guerrinha:d)Telhado: h)Agenta: 3 Assinale a alternativa correta.a)No vocbulo pezinho h 6 fonemas.b)No vocbulo agulha h 5 fonemas.c)No vocbulo hora h 4 fonemas.d)No vocbulo brinquedo h 8 fonemas.d)No vocbulo chuva h 5 fonemas. 4 Siga o modelo:A palavra gente tem:5 letras4 fonemas2 slabasa)leque: b)espelho: c)carroa: d)lanchonete:e)sombra: 5 (Cefet - PR) Ambivalncia possui:a)11 fonemas e 12 letras.b)12 fonemas e 12 letras.c)9 fonemas e 11 letras.d)10 fonemas e 12 letras.e)10 fonemas e 10 letras.c L as s i F i c aOdOsF One mas,e ncOnt rOsvOc L i cOs, e ncOnt rO cOns OnantaL e d Gr aF O De acordo com a pronncia, os fonemas so classifcados em: vo-gais, semivogais e consoantes.VOGAIS - So os sons que chegam livrementeao meio exterior: a, e, i, o, u. O som mais forte.c u r s o p r - v e s t i b ul arReproduo Proibida. Art. 184 do cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

g r a m t i c aL i v r o 1A vogal sempre a base sonora da slaba; no existe slaba sem vogal, nunca h mais de uma vogal em uma slaba.Observe:pro mes sa vogaisSEMIVOGAIS D-se o nome de semivogaisao i e ao u quando aparecem ligados a uma vogal, formando uma slaba com ela. O som mais fraco.Exemplo:ca dei ra semivogalvogalLou co semivogalvogalConsoantes So os sons produzidos quando a corrente de ar vinda dos pulmes sofre alguma interrupo em sua trajetria em di-reo ao meio exterior.So consoantes: b, c, d, f, g, h, j etc.Veja:ca dei ra consoantesLou co consoantesenContro VoCLiCoQuando, em uma palavra, aparecem sons voclicos um imediata-menteapsooutro,ocorreumencontrovoclico.Essesencontros classifcam-se em: hiato, ditongo e tritongo.I- Hiato o encontro de duas vogais pronunciadasseparadamenteExemplo:ra i nha vogaishiatosa de vogaishiatoII - Ditongo o encontro de dois sons voclicos emiti-dos de uma s vez.Exemplo:Lou co vogal semivo-galditongoOs ditongos apresentam a seguinte formao:a)Ditongo crescente quando a semivogal (som mais fraco) an-tecede a vogal (som mais forte).Exemplo:M rio semivo-galvogalDitongo crescenteS rie semivo-galvogalDitongo crescenteb)Ditongodecrescente:quandoasemivogal(sommaisfraco) vem depois da vogal (som mais forte).Exemplo:Pai vogal semivogalDitongoVai da de vogal semivogalDitongoc)Ditongo oral: pronunciado somente pela boca.Exemplo: caixa, histriad)Ditongo nasal: pronunciado parte pelo nariz e parte pela boca.Exemplo: colcho, me.e)Ditongo aberto: trofu, lenis.f)Ditongo fechado: foi, nasceu.Observao: H ditongos que aparecem somente na pronncia e no na escrita.Exemplo:a mm (a - mei)o lham (o - lho)III Tritongo: o encontro de umasemivogal + uma vogal + uma semivogalenContro ConsonantaL um grupo de duas ou mais consoantes no corpo da palavra, sem nenhuma vogal intermediria.Exemplo: cobra, crime, problema, substantivo, adjetivo.D graf o um nico fonema representado por duas letras.So dgrafos:gu dengue, algum.qu leque, aquilo.rr arreio, terra.ss passado, missa.ch chapu, cheio.nh lenha, ninho.lh milho, calha.c u r s o p r - v e s t i b ul arReproduo Proibida. Art. 184 do cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.1r e d a oL i v r o 1 para isso, o escritor pode usar e abusar das descries.Os elementos da narrativa so cinco e, com certeza, conhecido de vocs:PERSONAGEM:ospersonagensdanarrativaestoenvolvidos comahistria.Podemserprincipaisquandodiretamentepartici-pam da trama ou secundrios quando participam de forma pouco intensadahistria,aparecemnasmargensdatrama.importante lembrarqueospersonagensdevemsercaracterizadosfsicaepsico-logicamente.ESPAO:oespaodanarrativaolocalondesedesenvolvea histria, o cenrio. J vimos que a descrio do espao serve para criar o clima que envolve o leitor nos acontecimentos. Tambm a descrio do espao pode caracterizar, de maneira indireta, um personagem.TEMPO:otempodanarrativaquandoaconteceahistria, adatadosfatoseodesenrolardelesnotempo.Umanarrati-vapodeapresentarumenredolinearquandoosfatosvose desenrolandoumdepoisdooutro,emordemcronolgicade tempoouumenredonolinearquandoahistriacomeae interrompidaporumavoltaaopassadoparaalgoserlembra-do,oquechamamosdefash-back,muitocomumemflmes.NARRADOR: quem conta a histria, narra os fatos. O narrador pode ser:a)em1pessoa,nessecasoelenarradorpersonagem,conta algo de que tenha participado. Ex: Eu fui mercearia e l pude ver tudo que aconteceu, eu me assustei.b)Em3pessoa,nessecasoelenarradorobservador,no participadahistria,contaalgoqueaconteceucomos outros,algoqueviuoufcousabendo.Ex:Elefoimer-ceariaelpdevertudoqueaconteceu,eleseassustou.Observao: em uma narrativa, s se admite a presena de um tipodenarrador,ouem1ouem3pessoa,jamaisumtexto apresentar os dois ao mesmo tempo.ENREDO:oenredodanarrativaahistriaemsi,atrama,os acontecimentos.A t i v i d A d e sAlgumas propostas de narrativas para voc soltar a imaginao e criar textos gostosos de serem lidos. 1 Continue a frase abaixo e desenvolva sua narrativa:A noite estava escura. Ela estava s, em seu quarto,deitada na cama. Ao seu lado, um flete de sangue... 2 Construa uma narrativa cujo personagem principal seja um palha-o triste. 3 Elabore um texto narrativo em prosa que contenha um enredo no linear e que o espao seja marcado por muitos mveis antigos, es-curos, mas conservados. 4 Escreva uma narrativa cujo enredo gire em torno de um homem de meia idade que no consegue, h 3 anos, arrumar um emprego. D um fnal emocionante para sua histria.Oe nre dOdanarr at i va Paraentendermelhoroenredodeumanarrativa,vamoslero texto abaixo:o BiLhete do amorLogoquecolocouosobjetosembaixodacarteira,Pituencon-trou um bilhete. Leu, fcou vermelho, colocou no bolso, no mostrou pra ningum. De vez em quando, mordia-lhe uma curiosidade grande, umavontadederelerpratercerteza.Eraumarevelaoqueeleno estavaesperando.Nopodiadizerqueestivesseachandoruim,pelo contrrio... Ele estava com vontade de olhar pra trs, para as ltimas carteiras, e procurar uma resposta com o olhar. Era um tmido e no se encorajava. A professora explicava num mapa as regies do Brasil e ele viajava em rumo diferente.Ainda bem que ela no estava olhando pra ele, nem fazendo pergun-tas,sestavaexpondoamatria.Nahoradaverifcao,acabariasain-do-semal.Nogostavadeignorarascoisasperguntadas.Snosesaa muito bem quando se tratava de fazer contas de nmeros fracionrios. A professora mesma dizia-lhe que em Portugus e matria de leitura e enten-dimento ele se saa bem; em poesias romnticas, em msica sentimental. Estava meio perdido nos pensamentos confusos. O bilhete queimando no bolso. Uma vontade de rel-lo, palavra por palavra. Interessante, no era um bilhetebem escrito, tinha at erro de Portugus por que a curiosi-dade? S ele sabia dele, no foi como no dia do correio-elegante, pai, me e seu Francisco do armazm querendo saber, dando palpites. Agora, tinha um bilhete e era diferente. Tinha um bilhete que trazia uma declarao de amor e uma assinatura. Trazia mais: trazia um convite para um bate-papo na praa, s duas horas, se ele quisesse namorar de verdade.Marina era bonitinha, ele queria. Faltava-lhe jeito de dizer, tinha que escrever um bilhetinho respondendo, era mais fcil. No intervalo, escreveu o bilhete, fechado no banheiro.Quando ela chegou, a resposta a esperava na carteira. Quase no fm da aula, ele criou fora e olhou pra trs. Marina sorria, confrman-do. Ele sorria tambm. Diversas vezes, ele olhou pra trs e a encontrou olhando.Trocaramsorrisoseolhares.Osdoisestavamvivendouma ternuraprimeiraenosabiamescond-lamais.Tantoassimquea professora pediu que virasse para frente, observasse o que ela estava pedindoprapesquisadofmdesemana.Naquelefmdesemana,ele iria pesquisar alguma coisa nova que no tinha experimentado, como alguns outros de sua idade e turma.EliasJos Completa a narrativa, no ? Possui todos os elementos e muito bem trabalhados; alm disso, a histria prende a ateno do leitor. Vo-cs j aprenderam que uma histria bem narrada tem que ter:1-personagens bem descritos;2-espao bem descrito;3-tempo bem trabalhado;4-narrador em primeira ou terceira pessoa.Pois bem, falta apenas vocs aprenderem uma coisa da narrativa: o enredo. O enredo a histria em si, o que acontece com os persona-gens. Por exemplo, o enredo do texto O Bilhete do Amor a histria de um garoto que recebe um bilhete de uma menina; responde a este Reproduo Proibida. Art. 184 do cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.2c u r s o p r - v e s t i b ul arL i v r o 1r e d a obilhete e v seu amor correspondido. Mas h algo mais. Para o enredo fcar bem trabalhado, ns temos quepensarbemnele,emcomonarr-lo,paraprenderaatenodo leitor. Para que o enredo fque bom, vocs tm que observar as etapas dele. Vejam a curva:Vamos entender esta curva agora. Tudo comea com o surgimen-to do problema. Em toda histria, h um problema que acontece com os personagens. No texto O Bilhete do Amor, o problema o bilhete que o personagem encontra embaixo de sua carteira. O problema que surge tira os personagens do cotidiano. Por exemplo, o menino, se no tivesse recebido o bilhete, estaria prestando ateno na aula.Surgido o problema, ele no pode ser resolvido logo, o problema temqueaumentar,gerandooutrosproblemas.essademoraeessa complicao que gera a tenso do texto. a tenso que faz com que o leitor fque atento, preso ao texto, envolvido na narrativa.O problema vai aumentando, aumentando, at que chega ao cl-max. O clmax o momento de maior tenso do texto, o momento emquealgoaconteceparasolucionaroproblema.Oclmaxdotexto ObilhetedoAmoracontecenoltimopargrafo,quandoogaroto olha para trs e v o sorriso de Marina.Depois disso vem o desfecho da histria, o fnal, e os personagens retornam ao cotidiano pois o problema resolvido. No texto que ns lemos, o fnal feliz, tudo acaba bem e os dois meninos vo namorar.Agoravocspodempensarbemnoenredodashistriasdevocs. A t i v i d A d e sAgora que vocs j conhecem bem todos os elementos da narra-tiva, vamos escrever histrias. 1 Escrevaumanarrativaqueterminecomafrase:Elefnalmenteha-viaconseguido,estavacomaquelesorridoensolaradonorosto. 2 Relacione os elementos abaixo e crie uma narrativa:a)personagens: Juca, Ceclia e os pais deles; b)espao: uma praia e um deserto;c)tempo: enredo no linear;d)narrador: em 1 pessoa;e)enredo: uma histria de amor.Observao: caso queira, pode incluir mais elementos o que no pode deixar de usar algum desses dados acima. 3 Produza uma narrativa com o ttulo: A Surpresa Desagradvel.t i P Osde de s F e c HO As narrativas podem apresentar vrios tipos de desfecho ape-sar do mais praticado ser o feliz. Vamos conhecer alguns desses fnais para enriquecer ainda mais os textos que estamos produzindo.Finalfeliz:aqueleemqueoproblemasolucionadoeos personagensvoltamaocotidianoesseotipodefnalmais comum,oexemploclssicoodesfechodeumanovela,ele semprefeliz.Emumahistriadeamorcomfnalfeliz,os amantesvencemtodososobstculoseconseguemfcarjuntos.Finaltriste:nofnaltristeoproblemanosolucionadoeos personagensnoconseguemretornaraocotidiano.Emuma histriadeamorcomfnaltriste,osamantesnosuperamos obstculos e, mesmo apaixonados, no fcam juntos.Final trgico: aquele fnal que envolve morte, sangue, enfm, umatragdia.Todofnaltrgicotriste,masnemtodofnal tristetrgico.Emumahistriadeamorcomfnaltrgico,os amantessuperamosobstculos,mas,quandofnalmentevo fcar juntos, um deles morre.Final cmico: o fnal que gera risos no leitor uma comdia, portanto. Em uma histria de amor com fnal cmico, os aman-tes,apsvenceremtodososobstculos,estoemumacanoa, num lago lindo, quase se beijando. Nesse momento, a canoa vira e eles caem na gua.Final aberto: aquele em que o autor somente sugere o que vai acontecereoleitordeveimaginarofnal.Esserecursomuito usado em cenas de sexo, em flmes. Vemos os atores se beijando e deitando na cama; nesse momento, a cena cortada e temos que imaginar o que acontecer depois. Percebam que, no fnal aberto, oleitornoimaginaoquequiser,oescritordtodasaspistas do que vai acontecer. Em uma histria de amor com fnal aberto, osamantesvencemtodososobstculose,nacenafnal,esto sozinhos. Um olha para o outro e vo aproximando os lbios. O texto pra a, o leitor deve imaginar o beijo, ele no narrado.Final inusitado: o fnal inesperado, que surpreende o leitor. , com certeza, o desfecho que, s vezes, chega a irritar e despertar dio do leitor, que esperava algo totalmente diferente. Em uma histria de amor com fnal inusitado, os amantes vencem todos osobstculose,quandofnalmentepodemfcarjuntos,perce-bem que j no se amam mais.A t i v i d A d e s 1 Escrevaumanarrativacujoenredogireemtornodaviolncia urbanaeproduza,paraamesmahistria,pelomenos3tiposde fnais diferentes. 2 Leiasuanarrativaparatodaaturmaediscutaosfnaiselaborados.narr at i va Vamos produzir uma narrativa relacionando todos os elementos dados a seguir. Todos os elementos dados devem ser utilizados em sua histriasequiser,podecriaroutrosmais.Noseesqueadeusar bemasdescries,envolveroleitornahistriaecriarumfnalbem legal para a narrativa.personagens: Ftima Zoraide dona de uma banca de revistas, vidente nas horas vagas e viciada em bombons.espao: um stio, uma banca de revistas, uma delegacia.tempo: enredo linear.narrador: 3 pessoa.c u r s o p r - v e s t i b ul arReproduo Proibida. Art. 184 do cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.3r e d a oL i v r o 1enredo: um seqestro.t e x tOdi s s e rtat i vO1- P OntOde vi s tae arGume ntO Como j vimos, o texto dissertativo apresenta um ponto de vista e argumentos. Mas o que seria exatamente isto?Toda vez que voc for solicitado a produzir um texto dissertativo, ser proposto um tema. Pois bem, a primeira coisa que voc deve fa-zer interrogar este tema para saber seu ponto de vista sobre ele. Por exemplo, vamos supor que o tema sugerido para sua dissertao seja Imunidade Parlamentar.O que voc pensa sobre isto? contra? A favor? Depende?Sua resposta ser seu ponto de vista. A princpio, voc tem liber-dade de ter qualquer ponto de vista sobre o problema. No interessa aos corretores de redao o que voc pensa, mas sim como voc defen-de o que pensa. Portanto, bem mais importante que seu ponto de vista so os argumentos que voc apresentar para defender e justifcar suas opinies. Tudo tem que ser argumentado.NO EXISTEM VERDADES NA DISSERTAOOsargumentossoasbasesdeseutexto,vocprecisapensar bem antes de os apresentar. So os porqus, as justifcativas que leva-ro seu leitor a entender seu ponto de vista.Portanto, a partir de hoje, noexisteopiniosemargumentodetalhe:brasileiroadorafalaro que pensa sem justifcar, deixe isso de lado, pelo amor de Deus! Voc devemesmofcarneurticocomargumentos,paratudotenteachar um porqu.Alm de encontrar argumentos, voc deve ter o cuidado de eleger os que so bons. Lembre-se de que argumentos tm de ser racionais e factuais.Pensenoseguinte:FHCnoumbompresidenteporque ele corrupto.O que ponto de vista e o que argumento na frase?Com certeza voc deve ter respondido que FHC no um bom presidente ponto de vista e que porque ele corrupto argumen-to. Mas est errado. Preste ateno. Dizer que FHC no bom presi-dente expressar uma opinio, portanto, um ponto de vista. Porm, justifcaristodizendoqueelecorruptonoargumento,poisisto tambm uma opinio. Portanto, a frase apresenta como argumento um outro ponto de vista. Argumento para a opinio de que FHC no um bom presidente seria apresentar a crescente taxa de desemprego. Ningum pode negar nmeros, mas pode negar que ele seja corrupto.Preste muita ateno ao selecionar seus argumentos, pense bem e veja se so argumentos mesmo e no outros pontos de vista disfarados.A t i v i d A d e s 1 Paracadatemasugeridoapresente,emformadeesquema,seu ponto de vista e trs argumentos:a)Pena de morteb)Racismo c)Casamento gayd)Aborto e)Violncia policial f)Fome 2 Escolha um dos temas acima e desenvolva sua dissertao.t e x tOdi s s e rtat i vO2- OL e i tOrda di s s e rtaO Sempre que voc escreve algo para um leitor. Se voc deixa um bi-lhete, para algum ler, correto? No caso do bilhete, voc conhece o leitor e sabe como escrever para ele. Por exemplo, em um bilhete para uma me preocupada, voc explica direitinho onde est e pode at deixar um telefo-ne para contato. Se o bilhete para um amigo, voc poder ser informal, mas se for para seu chefe, voc, obrigatoriamente, dever ser formal. E o leitor de sua dissertao, como voc deve imagin-lo?O leitor de sua dissertao um desconhecido, portanto nem pense em ser informal com ele, sua linguagem deve ser culta e, de maneira ne-nhuma, voc deve conversar com ele, praticar interlocuo em seu texto ou fazer alguma gracinha. Ele tambm sempre ser contra seu ponto de vista, da a necessidade de voc argumentar muito bem suas opinies. E, fnalmente, o mais importante: o leitor da dissertao burro, no enten-denada,portantotudoquevocterqueexplicarebemexplicado, para ele nada bvio, tudo tem que ser detalhado.Voc j deve ter percebido que, para este leitor, no bastar apre-sentar seus argumentos, voc dever explic-los, detalh-los exausti-vamente,nodeixandonenhumraciocnioencoberto.Pensequeele veio de Marte e nada entende. Se voc diz que o Brasil um pas cheio de problemas, ter que explicar isso, por mais bvio que parea.A t i v i d A d e s 1 Escolha trs argumentos do exerccio acima e desenvolva-os para este leitor que nada entende. 2 Reescrevaadissertaoquevocfezagorapensandonaquesto do leitor. t e x tOdi s s e rtat i vO3- L e i t ur a dOt e ma Um bom escritor , antes de tudo, um bom leitor. Normalmente, diante da proposta de redao, os alunos, ansiosos para terminarem, malprestamatenonotemaejpartemparaaescrita.Errofatal. Vocdeveperdertempolendo,comateno,otema,temqueo entenderbem,pensarsobreele.Quandooexaminadorelaborauma prova,elejtememmenteexatamenteoquequertestarnoaluno. Voc tem que descobrir isso por meio da leitura atenta.Os temas apresentam difculdades normalmente no percebidas peloaluno.Antesdepartirparaaescrita,hvriasetapasquevoc tem que cumprir e uma delas pensar muito sobre o tema. Vamos a um exemplo prtico. Imagine que, em uma proposta, o tema fosse:O JOVEM L POUCO HOJEComcerteza,acreditandonoquesensocomum,todoaluno partiria da verdade de que realmente o jovem l pouco e comearia rapidamenteaescreverseutexto,felizpoisachaqueotemafcil. Apartirdaencheriaaspginascomcolocaestaiscomo:ojovem alienado, s pensa em TV, vdeo game, surf, coca-cola; os livros so desinteressantes, no tratam de assuntos que atraiam os jovens; o pro-c u r s o p r - v e s t i b ul arReproduo Proibida. Art. 184 do cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.3m a t e m t i c aL i v r o 1cOnj untOsnum ri cOsF undame ntai s( i ) Conjunto dos Nmeros Naturais: N = {0, 1, 2, 3, 4, ... } Conjunto dos Nmeros Naturais No-Nulos N* = {1, 2, 3, 4, 5, ... }A t i v i d A d e s 1 Calcular: a)5 + 15 x 8 = ......b) 72 : 12 x 3 = ...... c) 72 : (12 x 3) = ......d) 56 : 53 = ......e) 03 : 30 = ...... f) (23)2 = ......g) 232= ...... h)144 81 - i)(33 + 67) x 100 = ...... 2 Assinale com V as sentenas verdadeiras, e com F as falsas:a) ( )3 + 7 x 9 = 66b) ( )(3 + 7)2 = 32 + 72

c) ( )57 : (52 x 53) = 25d) ( )(52)3 = 52 x 52 x 52 e) ( )33 x 97 + 67 x 97 = 9700f) ( )(33+67) x 97 = 9700 Conjunto dos Nmeros Inteiros: Z = { ..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...} Conjunto dos Nmeros Inteiros No-Nulos Z* = Z {0} Conjunto dos Nmeros Inteiros No-Negativos Z+ = {0, 1, 2, 3, 4, ...} = N Conjunto dos Nmeros Inteiros Negativos Z = { ..., -3, -2, -1} Qual nome do conjunto indicado pelo smbolo Z? E por Z ?A t i v i d A d e s 1 Calcular:a) (-3) (-10) x 2 = ......b) (-8) :(-4) = ...... c) 5 + 15 x (-2)d) (-9)3 : 34 = ...... e) 1 x 102 = ...... f) 102 = ......g) (-2)3 x (-3)2 = ......h) (3 + 7)3 : (-10)2 = ...... 2 Calcular o valor da expresso literal y = (m2 n2): (5m + 5n):a) para m = 7 e n = -3 b) para m = n = -5P r o b l e m A s 1 Uma fazenda retangular, que possui 10 km de largura por 20 km de comprimento, foi desapropriada para reforma agrria. Se a fa-zenda deve ser dividida para 200 famlias, de modo que todas rece-bam a mesma rea, ento cada famlia receber um lote de quantos metros quadrados?a) 1.000.000 b) 100.000 c) 5.000d) 1.000e) 10.000 2 Parafazer12bolinhos,precisoexatamentede100gdeacar, 50g de manteiga, meio litro de leite e 400g de farinha. A maior quantidadedessesbolinhosquesereicapazdefazercom500g de acar, 300g de manteiga, 4 litros de leite e 5kg de farinha :a) 48 b) 60c) 72d) 54 e) 42 3 Joo brinca de formar quadrados com palitos de fsforo como na fgura a seguir:Qualaquantidadedepalitosparafazer100quadradosiguaisa estes?a) 296b) 293 c) 297d) 301 e) 28 4 OalfabetousadonoplanetaXtemsomenteduasletras:Xex.O sobrenome(nomedefamlia)decadaumdeseushabitantes umaseqnciaformadapor4letras.Porexemplo,xXxxum possvelsobrenomeutilizadonesseplaneta.Omaiornmero desobrenomesdiferentesquepodemserdadosnoplanetaX:a) 12 b) 14c) 15 d) 16 e) 18 5 Hoje sbado. Daqui a 99 dias ser:a) segunda-feira b) sbadoc) domingod) sexta-feira e) quinta-feiraReproduo Proibida. Art. 184 do cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

c u r s o p r - v e s t i b ul arL i v r o 1m a t e m t i c acOnj untOsnum ri cOs F undame ntai s( i i )ConjuntodosNmerosRacionais:oconjuntodosnmeros quepodemserescritossobaformadefrao,cujonumeradorseja umnmerointeiroecujodenominadorsejainteiroediferentedezero. Em smbolos: Q = {x|x = abcoma Ze b Z , * }. (O smbolo | lido tal que)A t i v i d A d e s 1 Calcule:a) 1220520- =b) 3514- =c) 512541012

-,(: =d)

,(

,(34123 5: = 2 Assinale com V ou F:a)( )Todo nmero inteiro racional b)( )O conjunto dos nmeros inteiros (Z) est contido em Qc) ( )O nmero 0,7777... uma dzima peridica simples d) ( )0,7777... = 79e) ( )O nmero 0,252525... uma dzima peridica simples f) ( )0,252525... = 2599g) ( )Onmero0,277777...umadzimaperidicacompostah) ( )0,277777...=0,2+0,077777...=0,2+0,7777...:10i) ( )Toda dzima peridica simples ou composta nmero racionalOP e r ae scOmnme rOsr ac i Onai s A t i v i d A d e s 1 Calcular:a) 0,25 + 120 x 0,01 b) 5,25 1,7 x 2,5c)3 : 0,5 0,75 : 3d)(0,2)3 x25 + 350 001 500 ,e)(4,32 + 1,18) x 0,14f)(8,75 : 0,14) : 0,25g) (0,2401 : 7) : 0,07 2 Desafo: Uma bola de futebol feita com 32 peas de couro. Doze delas so pentgonos regulares e as outras 20 so hexgonos tam-bmregulares.Osladosdospentgonostmamesmamedida que os lados dos hexgonos, de forma que possam ser costurados. Cada costura une dois lados de duas dessas peas. Quantas so as costuras feitas na fabricao de uma bola de futebol?a) 60 b) 64 c) 90d) 120e) 180P r o b l e m A s 1 Queremosretirarumanicafraodasoma 12141618110112- - - - -12141618110112- - - - - para que a soma das restantes seja igual a 1. Isso possvel? 2 Uma pea de fazenda, ao ser molhada, encolhe 15de seu compri-mento, fcando com 28m. Quantos metros tinha a pea e quanto custou se R$ 2,20 o preo do metro? 3 Um trabalhador recebe um adiantamento de R$ 120,00, correspon-dente a 38de seu salrio. Quanto ainda tem a receber? 4 Umafamliagasta 15desuarendaemalimentaoemetadedo restante em manuteno da casa. Qual a renda da famlia, saben-do-se que, aps estes gastos, sobra R$ 120,00? 5 Um nibus faz sempre um determinado trajeto, demorando 6h e gastando exatamente um tanque de diesel. Com um furo no tan-quedecombustvel,elegastouomesmotanquedecombustvel em 2h 24min. Quanto de diesel do tanque escorreria se o nibus fcasse parado meia hora?cOnj untOsnum ri cOsF undame ntai s( i i i )Existemnmerosquepossuempartedecimalinfnitae no-peridica.Porexemplo:2,01001000100001....Estenme-ronopodesertransformadoemfrao,comnumeradorinteiro edenominadordiferentedezero.Nmerosassimsochamados denmerosirracionais.Outrosexemplosdenmerosirracionais: 2 5 45 33102 2, , , sen , log , oetc.ConjuntodosNmerosReais(R):oconjuntoformadopela reunio do conjunto dos nmeros racionais e pelo conjunto dos n-meros irracionais. Outros subconjuntos de R:R* = R {0}R+ = {x R| x 0} R* = {x R| x < 0}c u r s o p r - v e s t i b ul arReproduo Proibida. Art. 184 do cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.5m a t e m t i c aL i v r o 1A t i v i d A d e s 1 Calcular:a)5 3 3 3 8 3 - =b)5 3 3 3 .( ) =c) ( ) ( ) 2 323 6-=d)3 2 82-( )=e)3 2 3 3 2 3 -( )) (. =f)3 2 32)(= 2 Assinale com V ou F:a) ( )A soma de dois nmeros racionais sempre um nmero racional b) ( )Oprodutodedoisnmerosirracionaispodeserumn-mero racional c)( )5 20 . = 10d)( )9 16 25 - e)( )5 5 2 5 - f)( ) 10 >100g)( )1 2 2