eu e o pai somos um_3edicao

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  • 8/7/2019 Eu e o Pai Somos Um_3edicao

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    E U E O P AIS OMOS U M

    E O ESPRITOSANTO?NOFAZPARTE DATRINDADE?

    Terceira Edio - 2008

    Ricardo Nicotra

    IGREJACRISTBBLICAADVENTISTAwww.igrejacrista.com

    [email protected]

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    Este livro dedicado a todos os cristos sincerosque se empenham voluntariamente na obra doSenhor e que todos os dias se esforam para

    aprender mais sobre o nico Deus verdadeiro esobre seu Filho Jesus Cristo.

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    5SUM RIO

    Sum rioPREFCIO DATERCEIRAEDIO...................................... 8PREFCIO DASEGUNDAEDIO.................................... 10

    Errata e Material Adicional ................................................11INTRODUO............................................................... 12

    O Esprito: Mistrio ou Revelao.................................... 12Requisitos Para o Progresso no Conhecimento de Deus... 14Conceitos Principais deste Captulo ................................. 14

    O ESPRITO................................................................ 15O Que Esprito?........................................................... 16A Definio de Esprito no Velho Testamento ................ 16

    Ruach Esprito de Homem ................................................... 16Ruach Esprito de Deus ....................................................... 17Ruach Esprito dos Animais ................................................. 18Ruach Traduzido com Vento, Sopro, Hlito e Respirao ..... 18Outras Tradues de Ruach ................................................... 19

    A Definio de Esprito no Novo Testamento ................... 20Pneuma Hagios e Pneuma Theos ............................................ 20Pneuma O Esprito do Homem ............................................ 21O Pneuma de Cristo ............................................................... 23Outras Tradues de Pneuma ................................................. 23Esprito Santo Nome Prprio? ............................................. 23

    O Esprito Santo, de Cristo e de Deus ............................... 25Conceitos Principais deste Captulo ................................. 29

    O PAI E O FILHO NABBLIA.......................................... 30O Pai e o Filho nos Evangelhos ......................................... 30O Pai e o Filho nas Mensagens de Paulo ........................... 32O Pai e o Filho no Apocalipse ........................................... 35Adorao a Deus e ao Filho ................................................... 35

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    6 E U E O P AI SOMOS U M Na Fronte dos 144 Mil .......................................................... 36O Pai e o Filho no Trono ........................................................ 37

    Conceitos Principais deste Captulo ................................. 38

    CONTESTANDO OTRINITARIANISMO............................... 39Estes Trs So Um I Joo 5:7...................................... 40Batismo em Nome do Esprito Santo? Mateus 28:19..... 42

    Integridade Bblica ................................................................. 42Inconsistncia com o Pblico Alvo .......................................... 43Anlise Contextual A Autoridade de Cristo .......................... 44Em Nome de Quem os Discpulos Batizaram? ........................ 47Tudo em Nome de Jesus Cristo .............................................. 48A Autenticidade de Mateus 28:19 ........................................... 49O Original de Mateus 28:19 e a Crtica Textual ....................... 51Outras Verses de Mateus 28:19............................................ 54

    Versos com Deus, Jesus e o Esprito................................. 56O Batismo de Jesus................................................................ 56A Bno de II Corntios 13:13 .............................................. 56Trindade com Anjos? ............................................................. 57

    O Esprito e os seus Atributos e Aes Pessoais............... 58Adjetivos Trplices ............................................................ 63A Blasfmia Contra o Esprito Santo ................................. 64Trindade no Velho Testamento? ......................................... 68Conceitos Principais deste Captulo ................................. 69

    QUEM O CONSOLADOR?............................................. 71Joo 14 O Esprito da Verdade ....................................... 71O Outro Consolador ....................................................... 74Joo 15 Quem Enviar o Esprito? ................................... 76Que Procede do Pai .......................................................... 77Joo 16 Convm que Eu V ......................................... 78Joo 16 No Falar de Si Mesmo ................................ 79I Joo 1:2 O Parclito, Nosso Advogado ........................ 82Conceitos Principais deste Captulo ................................. 83

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    7SUM RIO

    JESUSCRISTO DEUS? ................................................ 84O Ttulo Deus no Sentido Amplo.................................... 86Jesus: Um Semi-Deus? ..................................................... 88O Deus de Jesus Cristo ..................................................... 89O Ttulo Deus na Bblia .................................................. 91Pluralidade em Elohim...................................................... 92Conceitos Principais deste Captulo ................................. 94

    A HISTRIA DADOUTRINA DATRINDADE....................... 95Paganizao do Cristianismo............................................. 95

    O Conclio de Nicia ........................................................ 96Conceitos Principais deste Captulo ............................... 100A TRINDADE E SUASCONSEQUNCIASPRTICAS.......... 101

    Adorao: A Essncia da Religio ................................... 101Concluso ....................................................................... 105Conceitos Principais deste Captulo ............................... 106

    APNDICE PERGUNTASFREQUENTES......................... 107Ruach Pode Significar Pessoa? ................................. 107E Quando Deus Retira Seu Esprito? ............................... 107Os Anjos So Espritos e So Pessoas? ........................... 108Quem Glorificar a Cristo? ............................................. 109Cristo Foi Gerado. Teve Ele um Comeo? .......................111O Que Uma Pessoa? ......................................................111

    Qual o Sentido de Unignito?........................................113Qual o Sentido de Gerado? ............................................114O que a Mente do Esprito? ...........................................114Por que Deus Envia Seu Esprito e No Morre? ...............116Este Assunto Leva Unidade ou Diviso? ......................117O Que Devo Fazer Agora? ................................................117Posso Ser Perseguido?.................................................... 120Que Igreja Devo Frequentar? ........................................... 121

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    8 E U E O P AI SOMOS U M

    P REFCIO DAT ERCEIRAEDIO

    Nasci numa fam lia crist e desde pequeno frequentei cultos de umadenomina o religiosa que professa f na doutrina da Trindade. Ao longode minha vida ouvi muitas prega es e estudos b blicos sobre a Trindade.Cresci ouvindo que Deus um conjunto de tr s pessoas e que cada pessoa Deus e que cada uma diferente das outras duas pessoas, mas n oso tr s deuses. Cresci ouvindo e aceitando esta verdade , mesmo semconseguir compreender.

    Os anos passaram e com a maturidade veio o desejo de investigar se ascoisas s o realmente da forma como nos ensinaram. Apesar de meconsiderar uma pessoa de mente aberta devo confessar que foi muitochocante para mim admitir que ao longo de muitos anos eu aprendi, aceiteie ensinei algo incompat vel com a Palavra de Deus. Passei por ummomento muito dif cil ao descobrir que as Escrituras Sagradas n o s o afonte da doutrina que ao longo de toda minha vida eu ouvi, aceitei e preguei.Creio que tal descoberta foi e tem sido chocante para outros crist oshonestos. H mais de cinco anos venho pesquisando este assunto em

    fontes trinitarianas, n o trinitarianas e, principalmente, na Palavra de Deus.A terceira edi o do livro Eu e o Pai Somos Um o resultado destapesquisa que n o para por aqui. Na primeira edi o iniciamos com umatiragem bem modesta. A segunda edi o do livro Eu e o Pai Somos Um foi publicada logo em seguida e surpreendentemente gerou um interesseacima das expectativas. Os exemplares se esgotaram rapidamente e fomosobrigados a produzir uma segunda e maior tiragem. O fato da vers o digitaldeste livro estar dispon vel gratuitamente na internet dificulta estimarmosqu

    o abrangente foi a difus

    o da mensagem contida neste livro.

    Este um livro f cil de compreender. Despertou a aten o de pessoassimples e a rea o de alguns doutores e te logos. Quem l este livro n ofica indiferente: ou fortalece suas posi es ou as abandona. Alguma rea o esperada. Ap s a publica o do livro recebi v rios e-mails elogiando otrabalho e outros criticando. Recebi muitas cr ticas, boa parte das cr ticasveio de pessoas que n o leram o livro. Muitos entenderam perfeitamente amensagem, outros, apesar do livro ter sido escrito com uma linguagemsimples, n o conseguiram entender. Talvez esta frase de Upton Sinclairexplique a m compreens o por parte de alguns: muito difcil um homem entender algo quando o seu emprego e salrio dependem dele no entender.

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    9P REF CIO

    Em 2005 uma resenha cr tica a respeito deste livro foi publicada numarevista acad mica representando a posi o de dez doutores, PhDs eprofessores de teologia de uma universidade administrada por umaorganiza o religiosa trinitariana. As correspond ncias recebidas de leitorese esta resenha cr tica me estimularam a produzir uma terceira edi o dolivro. Nesta nova edi o abordo com mais detalhes aspectos que na edi oanterior foram apenas tratados superficialmente. Alguns ajustes e adi esforam feitos em fun o dos coment rios, cr ticas e questionamentosrecebidos.

    No posso deixar de agradecer a Deus por ter me dado for as para conciliarmeus estudos e of cios seculares com o trabalho de elabora o deste livro.Tamb m n o posso deixar de citar o apoio que tenho recebido dos irm osda Igreja Crist Bblica Adventista ( www.igrejacrista.com ) que t m meapoiado na produ o e distribui o deste livro.

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    10 E U E O P AI SOMOS U M

    P REFCIO DAS EGUNDAEDIOE a vida eterna esta: que te conheam a ti, o nico Deus verdadeiro,e a Jesus Cristo, a quem enviaste - Joo 17:3.

    Ao longo de s culos muitas teorias sobre a divindade t m surgido. Muitosdebates t m sido travados e todos afirmam ter base b blica para defendersuas id ias. Uns entendem que a divindade composta por tr s Deuses (oDeus Pai, o Deus Filho e o Deus Esp rito Santo) que s o aut nomos masque agem em coopera o. Outros afirmam que h apenas um Deus que semanifesta de tr s formas diferentes, mas o mesmo ser, uma nica pessoa.H ainda quem defenda que h um s Deus composto por tr s pessoasdivinas, coiguais, coeternas, consubstanciais, a Sant ssima Trindade. Estaltima forma de cren a, a mais comum, adotada pela Igreja Cat lica epela maioria das igrejas protestantes. Para eles, Deus n o um ser pessoal,ou seja, Deus n o uma pessoa, mas tr s pessoas. N o s o tr s deuses,nem uma s pessoa, mas uma entidade coletiva, um Deus Composto, umDeus-Tr plice, ou Deus-Tri no. Complicado? Sim. Na interpreta o dostrinitarianos (assim chamamos quem cr na teoria da Sant ssima Trindade)este ensino um mist rio! Por que um mist rio?

    Como tais ensinos carecem de uma base mais s lida e cont m contradi esinternas de dif cil concilia o, seus defensores tamb m ensinam que h umgrande mist rio por tr s deste dogma e que ao ser humano n o dadocompreender os mist rios de Deus. A Sant ssima Trindade um Mist riopara ser aceito, n o para ser compreendido , foi a voz de muitos sacerdotesao longo da Idade M dia e que continua ressoando no s culo 21.

    Diante de tais interpreta es question veis, muitos crentes sinceros acabam

    aceitando a doutrina do mist rio e acreditando que sua salva o n odepende do pleno conhecimento de Deus, j que o mesmo um mist riono revelado. Cristo afirmou que a vida eterna depende do conhecimento donico Deus verdadeiro e de Jesus Cristo, o enviado de Deus (Jo o 17:3).Apelo a todos os crentes sinceros que se desprendam de id ias pr -concebidas e dogmas arraigados a fim de receber da Palavra de Deus umconhecimento progressivo do Senhor.

    Conheamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor: como a alva

    a sua vinda certa; e ele descer sobre ns como a chuva, como chuva serdia que rega a terra. - Osias 6:3.

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    11P REF CIO

    O conhecimento progressivo de Deus poss vel. Mas para avan armos,temos que estar dispostos a deixar muitos conceitos j arraigados paratrs. Atrav s da leitura deste livro voc perceber que a verdade b blica simples e f cil de ser compreendida, n o exclusividade dos acad micosda religi o e dos doutores em divindade. At pessoas simples, sem educa oformal, podem conhecer esse maravilhoso Deus que n o um Deusmisterioso e complicado, mas um Deus simples que tem prazer em revelar-se aos seus filhos mais humildes.

    Graas te dou, Pai, Senhor do cu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sbios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. - Mateus 11:25.

    Oro para que Deus lhe conduza neste estudo, que o esp rito humilde deCristo possa imbuir seu cora o e mente a fim de que as maravilhosas eabundantes revela es de Deus fluam da sua Palavra para o seu ser.

    O Autor

    E RRATA E M ATERIAL ADICIONAL

    Ao preparar este material busquei evitar erros de qualquer esp cie. Mas

    sabemos que nada perfeito e certamente alguns erros ser o percebidosap s a impress o e distribui o do livro. Por isso foi reservado um espa ona Internet onde ser publicada a errata desta edi o:

    www.igrejacrista.com/eueopai

    Atrav s desta p gina na Internet pretendemos tamb m manter um f rum dediscuss o onde o leitor poder expor suas opini es e d vidas a respeito doassunto. A divulga o de material adicional e links tamb m far o parte doescopo desta p gina.

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    12 E U E O P AI SOMOS U M

    I NTRODUONo h conhecimento mais sagrado e mais vital para a salva o do que oconhecimento de Deus. Crescer no conhecimento do seu amor, sua justi a,sua miseric rdia, sua natureza o objetivo de todo crente verdadeiro. Emnossa limita o, jamais seremos capazes de compreend -lo completamente,pois Ele infinito. Mas a cada dia devemos buscar mais sobre Ele, prosseguirna busca do conhecimento do Todo-Poderoso Deus.

    Conhe amos, e prossigamos em conhecer ao Senhor: como a alva a sua vinda certa; e ele descer sobre n s como a chuva, como chuva ser dia que rega a terra. - Os ias 6:3.

    O E SPRITO: M ISTRIO OUR EVELAO

    Respondeu-lhes Jesus: Porque a vs dado conhecer os mistrios do reino dos c us. - Mateus 13:11.

    Deus em seu infinito amor e miseric rdia, atrav s da Palavra, revelou aosseus servos os mist rios do seu reino. O plano do Deus Todo-Poderoso revelar-se cada vez mais aos seus filhos amados at que estes cheguem unidade e ao pleno conhecimento dele e do seu Filho Unig nito, Jesus Cristo.A verdadeira unidade entre os crist os consequ ncia do conhecimento deDeus. S chegaremos unidade crist pela qual Cristo orou se avan armosno conhecimento deste Deus grandioso.

    Para que os seus cora es sejam animados, estando unidos em amor , e enriquecidos da plenitude do entendimento para o pleno conhecimento do mistrio de Deus, Cristo . - Colossenses 2:2.

    Cada um de n s tem o dever de buscar sorver constantemente desta fontecristalina para sermos tamb m condutos da gua da Vida, reflexos do Solda Justi a, despenseiros dos mist rios de Deus.

    Que os homens nos considerem, pois, como ministros de Cristo, e despenseiros dos mist rios de Deus. - I Cor ntios 4:1.

    Que mist rio esse? O ap stolo Paulo responde:

    O mistrio que esteve oculto dos s culos, e das gera es; mas agora foi manifesto aos seus santos , a quem Deus quis fazer conhecer quais s o as riquezas da gl ria deste mist rio

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    13 I NTRODU O

    entre os gentios, que Cristo em vs , a esperan a da gl ria. - Colossenses 1:26 e 27.

    Cristo em v s , este o mist rio que esteve oculto e nos foi revelado.

    Cristo pode habitar em n s hoje atrav s do seu Esp rito. sobre estemist rioj revelado que discorreremos neste livro.

    Lamentavelmente quando se fala sobre o Esp rito de Deus, sua atua o eess ncia, muitos preferem fechar os ouvidos por considerarem um assuntooculto, um mist rio que o homem n o deve se atrever a sondar, um temaonde o sil ncio ouro . Infelizmente tais pessoas demonstram que n oconhecem o Deus de amor, um Deus infinito que se revela ao mais simplese humilde pecador. Nosso Pai um Deus de revela o, n o de mist rio. Eleno se revela ao homem de maneira irracional, il gica e misteriosa, mas deforma l gica de maneira que possa ser compreendido e aceito pela mentehumana e, posteriormente, ensinado a outros. Deus o Criador damatem tica e da l gica. Ele nos deu uma mente que pensa de forma l gicae razo vel. Jamais poderia exigir que seus filhos mantivessem doutrinasque ferissem os princ pios l gicos e matem ticos que Ele mesmoestabeleceu.

    O maior problema da doutrina da Trindade n o o fato dela conter um mist rio,mas o fato dela conter contradi es l gicas cuja resolu o imposs vel. H muitos mist rios para os quais n o h explica o na B blia. O que n opodemos fazer transformar tais mist rios em doutrinas fundamentais.

    Os crentes que preferem acreditar numa doutrina fundada sobre um mist rioe amparada na falta de l gica s o aqueles que infelizmente n o buscam oconhecimento por si mesmos, mas se acomodam e preferem aceitar osdogmas impostos pela lideran a espiritual. Afinal de contas, h pastores eprofessores de religi o com mestrado e doutorado, experts em divindadeque s o pagos com o d zimo para estudar e nos dizer qual a verdade. Elesno podem estar errados, podem?

    Ora, quele que poderoso para vos confirmar, segundo o meu evangelho e a prega o de Jesus Cristo, conforme a revelao do mistrio guardado em sil ncio desde os tempos eternos, mas agora manifesto e, por meio das Escrituras prof ticas, segundo o mandamento do Deus, eterno, dado a conhecer a todas as naes para obedincia da f; ao nico Deus sbio seja dada glria por Jesus Cristo para todo o sempre . Am m. - Romanos 16:25-27.

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    14 E U E O P AI SOMOS U M R EQUISITOSP ARA O P ROGRESSO NOCONHECIMENTO DED EUSH requisitos que devemos atender para crescer no conhecimento de Deus.O primeiro requisito a humildade. O s bio escreveu: com os humildes est a sabedoria. (Prov rbios. 11:2). O humilde flexvel, n o se apega aconceitos preestabelecidos, mas como verdadeiro disc pulo do Mestre est sempre disposto a aprender e a rever suas opini es e conceitos.

    Outro requisito para o crescimento no conhecimento de Deus a atua odo Esp rito de Deus em n s.

    Ora, n s n o temos recebido o esp rito do mundo, mas sim o Esp rito que prov m de Deus, a fim de compreendermos as coisas que

    nos foram dadas gratuitamente por Deus. - I Cor ntios. 2:12.Jamais poderemos compreender as revela es de Deus sen o por seuEsp rito. Sem o Esp rito, a sim, o assunto se torna um mist rio indecifr vel.

    A terceira condi o para o avan o a dedica o ao estudo. Buscar-me- eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso cora o. (Jeremias 29:13). Apenas o estudante diligente obter xito e progresso noconhecimento de Deus.

    CONCEITOSP RINCIPAIS DESTECAPTULO1. O conhecimento de Deus revelado em Sua Palavra essencial para aSalva o.2. Nosso Deus um Deus de revela o, n o de mist rio.3. Para crescer no conhecimento de Deus necess rio ter o cora o abertopara que o Esp rito de Deus atue em n s. Al m disso necess rio estardisposto a abrir m o dos conceitos pr -estabelecidos e dedicar-se ao estudoda Palavra de Deus em busca da verdade.

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    15O E SP RITO

    O E SPRITOComo poss vel conhecer a Deus? O ap stolo Paulo responde:

    Porque qual dos homens sabe as coisas do homem sen o o seu pr prio esp rito que nele est ? Assim tamb m as coisas de Deus ningu m as conhece, sen o o Esp rito de Deus. Ora, n s n o temos recebido o esp rito do mundo, e, sim, o Esp rito que vem de Deus,para que conhe amos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. - I Cor ntios 2:11 e 12.

    Este verso deixa claro que assim como o homem tem um esp rito que conhece

    a seu respeito, Deus tamb m tem o seu Esp rito e por esta raz o s poss vel obter o conhecimento pleno de Deus atrav s do Esp rito de Deus.Ent o, para conhecermos a Deus importante buscarmos na sua Palavrarevela es sobre o Esp rito Santo de Deus. A Palavra de Deus, especialmenteo Novo Testamento, traz muitas revela es sobre a maravilhosa obra doEsp rito Santo e fala um pouco sobre sua natureza. Mas muitos fazemconfus o a respeito da ess ncia e natureza do Esp rito Santo. Quem naverdade o Esp rito Santo? Alguns dizem que o poder de Deus, outros

    pregam que a terceira pessoa da Trindade, outros ainda argumentam queo Esp rito Santo o anjo Gabriel. Finalmente h aqueles que n o tm muitadisposi o para um estudo mais aprofundado e se acomodam alegando quese trata de um mist rio sem import ncia para a salva o.Passo a passo, verso a verso, com humildade e simplicidade, seminterpreta es que v o al m do que est escrito, vamos aprender um poucomais sobre o Esp rito Santo.Para iniciarmos o estudo sobre o Esp rito Santo vamos nos limitar a descreverduas de suas caracter sticas. A partir destas duas caracter sticasdesenvolveremos nosso estudo. Aqui est o elas: O Esp rito Santo Esp rito O Esp rito Santo SantoIsso pode parecer um conceito muito b sico e bvio, mas incr vel comomuitas pessoas duvidam que o Esp rito Santo seja um esp ritono sentidooriginal da palavra. Vamos buscar compreender o que os autores da B bliaqueriam dizer quando escreviam a palavra esp rito.

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    16 E U E O P AI SOMOS U M

    O Q UE ESPRITO?Para uma compreens o satisfat ria da B blia, devemos procurar saber qualera a posi o dos autores b blicos sobre o tema em quest o. O que umescritor b blico, profeta ou ap stolo, tinha em mente quando escrevia a palavraesp rito? Quando ouvimos a palavra esp ritonossa interpreta o a mesmado profeta ou ap stolo?Em nossa cultura, fortemente influenciada pelo catolicismo e espiritismo,sempre que se fala em esp ritoa tend ncia natural imaginar uma for adesencarnada atuando independentemente do corpo - uma entidadeaut noma, invis vel, consciente. Este o conceito popular, pregado poralgumas religi es e apresentado em filmes e novelas. Lamentavelmente esteconceito j popularizado tem afetado negativamente a compreens o b blica,pois sempre que se l a palavra esp ritoo estudante da B blia influenciadopelo conceito popular.

    Veremos que para os escritores b blicos o significado da palavra esp ritoera bem diferente deste conceito popular moderno. Para que cres amos noconhecimento de Deus e do seu Esp rito temos que restabelecer o conceitooriginal. Ent o poderemos ter uma vis o clara do que a B blia ensina sobreo esp rito do homem e sobre o Esp rito de Deus.

    A DEFINIO DEESPRITO NOVELHOTESTAMENTONo Velho Testamento, escrito em hebraico, o original da palavra esp rito ruach (pronuncia-se ruar ). Originalmente ruach significa f lego, vento, soproe respira o e se aplica tanto ao esp rito dos animais quanto ao esp rito doshomens, esp ritos malignos e Esp rito de Deus. Veja alguns exemplos:

    Ruach Esprito de Homem

    Na verdade h um esp rito (ruach) no homem, e o sopro do Todo- Poderoso o faz entendido. - J 32:8. Nas tuas m os entrego o meu esp rito (ruach); tu me remiste,Senhor, Deus da verdade. - Salmo 31:5. Sai-lhes o esp rito (ruach) e eles tornam ao p ; nesse mesmo dia perecem todos os seus des gnios. - Salmo 146:4. E o p volte terra, como o era, e o esp rito (ruach) volte a Deus,

    que o deu. - Eclesiastes 12:7. Fala o Senhor, o que estendeu o c u, fundou a terra e formou o esp rito (ruach) do homem dentro dele. - Zacarias 12:1.

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    17O E SP RITO

    Algumas vezes a palavra ruach traduzida como sopro, h lito ou respira odo ser humano. Confira:

    Enquanto em mim estiver a minha vida, e o sopro (ruach) de Deus

    nos meus narizes... - J 27:3. O meu h lito (ruach) intoler vel minha mulher, e pelo mau cheiro sou repugnante aos filhos de minha m e. - J 19:17. Se lhes cortas a respira o (ruach), eles morrem, e voltam ao seu p . - Salmos 104:29.

    Portanto, a inten o do autor b blico ao escrever a palavra ruach no eradescrever uma entidade desencarnada aut noma, invis vel e consciente

    conforme muitos cr em, mas descrever o f lego de vida, o sopro vital cujafonte Deus. Para fins de tradu o e interpreta o b blica a palavra esp rito significa sopro, h lito, respira o. este o seu significado no idioma original,o hebraico.

    Ruach Esprito de DeusO Esp rito de Deus tamb m chamado de ruach no Antigo Testamento.Como vimos, a palavra ruach significa originalmente sopro, vento, f lego.

    Ent o disse o Senhor: O meu Esp rito (ruach) n o agir para sempre no homem, pois este carnal; e os seus dias ser o cento e vinte anos. - G nesis 6:3. Disse Fara aos seus oficiais: Achar amos, porventura, homem como este, em quem h o Esp rito (ruach) de Deus? - G nesis 41:38.

    J costuma comparar o Esp rito de Deus com o seu sopro:

    O Esp rito (ruach) de Deus me fez; e o sopro do Todo-Poderoso me d vida. - J 33:4. Se Deus pensasse apenas em si mesmo, e para si recolhesse o seu esp rito (ruach) e o seu sopro, toda a carne juntamente expiraria e o homem voltaria para o p . - J 34:14 e 15.

    Algumas vezes o ruach de Deus n o traduzido como esp rito, mas comosopro ou respira o. Veja:

    Os c us por sua palavra se fizeram, e pelo sopro (ruach) de sua boca o ex rcito deles. - Salmo 33:6.

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    19O E SP RITO

    Outras Tradues de RuachEm alguns versos a palavra ruach traduzida como mente ou nimo. Nosprximos dois versos o tradutor entendeu que a palavra ruach foi utilizadaoriginalmente num sentido amplo, abrangente, figurado, simb lico e, portanto,no deveria ser traduzida ao p da letra como esp rito, vento ou f lego:

    Deu Davi a Salom o, seu filho, a planta do p rtico com as suas casas, ... tamb m a planta de tudo quanto tinha em mente (ruach), com refer ncia aos trios da casa do Senhor. - I Cr nicas 28:11 e 12. Despertou, pois, o Senhor, contra Jeor o o nimo (ruach)dos filisteus, e dos ar bios que est o da banda dos et opes. - II Cr nicas 21:16.

    O sentido amplo da palavra esp rito foi usado por Paulo ao transcrever umtexto de Isa as. Este ap stolo reconheceu que o Esp rito de Deus , demodo figurado, sua mente. Comparando a transcri o feita por Paulo com overso original seremos capazes de verificar qual o conceito que o ap stolotinha a respeito do Esp rito de Deus.

    Perceba, nos versos acima, que Paulo chamou de mente o que Isa ashavia chamado de Esp rito. Este m todo de compara o de versos tilpara avan armos em nossa compreens o da palavra Esp rito.Ao reescrever o texto usando a palavra mente , Paulo deixa claro qual erasua compreens o a respeito do Esp rito do Senhor. Paulo entendia que oEsp rito do Senhor era a pr pria mente do Senhor. Se n o fosse esta ainterpreta o de Paulo, ele jamais teria reescrito o verso de Isa as da formacomo fez em duas ocasi es (Romanos 11:34 e I Cor ntios 2:16).

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    20 E U E O P AI SOMOS U M De nossa breve an lise no Velho Testamento, conclu mos que o Esp rito deDeus o ruach de Deus, ou seja, o f lego, sopro ou at mesmo a mente donico Deus Todo-Poderoso e n o uma outra pessoa de uma supostaTrindade. Da mesma forma o esp rito (pneuma ) do homem o flego de vidado homem e n o uma pessoa diferente.Porventura o Novo Testamento confirma o mesmo conceito de esp ritodoVelho Testamento?

    A DEFINIO DEESPRITO NONOVOTESTAMENTONo Novo Testamento, escrito originalmente em grego, o termo traduzidocomo esp rito pneuma . Esta palavra grega tem o mesmo significado deruach no hebraico, ou seja, um sin nimo de esp rito, flego, vento, sopro,ar. da palavra pneuma que derivam algumas palavras da l ngua portuguesatais como pneu, pneum tico, pneumonia - todas relacionadas respira oou ao ar.

    Nos versos a seguir aprenderemos um pouco mais sobre o que os escritoresdo Novo Testamento queriam transmitir ao escrever pneuma de Deus oupneuma Santo . Ser que a inten o dos ap stolos ao escreverem pneuma de Deus era fazer refer ncia a uma outra pessoa de uma divindademultipessoal? Ou estavam se referindo ao f lego, sopro de Deus?

    Pneuma Hagios e Pneuma TheosNo Novo Testamento a express o pneuma hagios traduzida como Esp ritoSanto, pneuma theos traduzida como Esp rito de Deus e pneuma iesous cristos como Esp rito de Jesus Cristo. Vejamos alguns exemplos da utiliza oda palavra pneuma :

    Ele, por m, vos batizar com o Esp rito (pneuma) Santo. -

    Marcos 1:8. N o sabeis que sois santu rio de Deus, e que o Esp rito (pneuma)de Deus habita em v s? - I Cor ntios 3:16. Mas v s vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes

    justificados, em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Esp rito (pneuma) do nosso Deus. - I Cor ntios 6:11. Ent o vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anci os, de p , um Cordeiro como tinha sido morto. Ele tinha sete chifres, bem como sete olhos que s o os sete esp ritos (pneuma)de Deus enviados por toda a terra. - Apocalipse 5:6.

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    E, havendo dito isto, soprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Esp rito (pneuma) Santo. - Jo o 20:22.

    Este ltimo verso um dos exemplos mais elucidativos pois mostra que o

    Esp rito Santo realmente o pneuma de Cristo, ou seja, o f lego, sopro deCristo. O evangelista deixa claro que o Esp rito Santo foi soprado por Jesussobre seus disc pulos. N o h dvidas aqui. O Esp rito Santo n o apresentado no Novo Testamento como uma entidade independente, mascomo parte integrante de Jesus Cristo e de Deus, o Pai.

    Porque qual dos homens sabe as coisas do homem sen o o seu pr prio esp rito (pneuma) que nele est ? Assim tamb m as coisas de Deus ningu m as conhece, sen o o Esp rito (pneuma) de Deus.Ora, n s n o temos recebido o esp rito (pneuma) do mundo, e,sim, o Esp rito (pneuma) que vem de Deus, para que conhe amos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. - I Cor ntios 2:11 e 12. Pois todos os que s o guiados pelo Esp rito (pneuma) de Deus s o filhos de Deus... O pr prio Esp rito (pneuma) testifica com o nosso esp rito (pneuma) que somos filhos de Deus. - Romanos 8:14 e 16.

    Perceba que nestes dois ltimos versos, a palavra pneuma tamb m foiutilizada para designar o esp rito do homem. important ssimo ressaltar que se convencionou escrever Esp rito de Deuscom E mai sculo e e sp rito do homem com e minsculo. Neste livrotamb m adotamos este padr o, mas n o foi assim no original. Veremosadiante que n o existia esta diferen a no grego. Os autores b blicos n odiferenciavam o esp rito do homem do Esp rito de Deus atrav s de iniciaisminsculas ou mai sculas.

    Pneuma O Esprito do HomemAssim como ruach no Velho Testamento, a palavra grega pneuma tamb mse aplica ao esp rito do homem. Vejamos alguns exemplos:

    (Ressurrei o da filha de Jairo): Voltou-lhe o esp rito (pneuma), e ela imediatamente se levantou, e ele mandou que lhe dessem de comer. - Lucas 8:55. O esp rito (pneuma) est pronto, mas a carne fraca. - Marcos 14:38.

    Porque trouxeram refrig rio ao meu esp rito (pneuma) e tamb m ao vosso. - I Cor ntios 16:18.

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    22 E U E O P AI SOMOS U M Porque assim como o corpo sem esp rito (pneuma) morto, assim tamb m a f sem obras morta. - Tiago 2:26. O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso esp rito

    (pneuma), alma e corpo sejam conservados ntegros e irrepreens veis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. - I Tessalonicenses 5:23.Neste ltimo verso o ap stolo Paulo cita o esp rito, a alma e o corpo. Istonos faz lembrar dos elementos constituintes do ser humano eautomaticamente nos remete ao relato da cria o que explica como o homemfoi formado:

    Ent o formou o Senhor Deus o homem do p da terra , e lhe soprou nas narinas o f lego de vida , e o homem passou a ser alma vivente . - G nesis 2:7.

    Podemos entender que o homem formado de p (corpo f sico) mais esp rito(flego da vida) resultando numa alma vivente.

    Tendo este conceito em mente n o adequado dizer que uma pessoa temuma alma. O mais apropriado seria dizer que ela uma alma vivente ,uma pessoa composta por corpo e esp rito.No podemos nos influenciar pelo conceito popular achando que o homem uma pessoa e o seu esp rito outra pessoa, uma entidade independenteque subsiste fora do seu corpo. O pneuma do homem parte integrante do

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    23O E SP RITO

    seu ser. Da mesma forma o pneuma de Deus parte integrante de Deus,no uma outra pessoa.

    O Pneuma de Cristo

    Ent o Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas m os entrego o meu esp rito (pneuma)! - Lucas 23:46. E, porque v s sois filhos, enviou Deus aos nossos cora es o Esp rito (pneuma) de seu Filho que clama: Aba, Pai. - G latas 4:6.

    Cristo possu a o mesmo pneuma do Pai pois foi ungido por Ele com Esp ritoSanto e com poder (Atos 10:38). O pneuma de Deus compartilhado pelo

    Pai e pelo Filho e isto que os fazem um. Posteriormente veremos que todoaquele que recebe o Esp rito de Deus torna-se um com o Pai.

    Outras Tradues de PneumaA palavra pneuma aparece 385 vezes no Novo Testamento e na maioria dasvezes traduzida como esp rito. Mas assim como ruach, h outras tradu esposs veis como sopro, f lego e vento:

    Ainda quanto aos anjos, diz: Aquele que a seus anjos faz ventos

    (pneuma), e a seus ministros, labareda de fogo. - Hebreus 1:7. Ent o ser de fato revelado o in quo, a quem o Senhor Jesus matar com o sopro (pneuma) de sua boca e o destruir pela manifesta o de sua vinda. - II Tessalonicenses 2:8. E lhe foi dado comunicar f lego (pneuma) imagem da besta,para que, n o s a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos n o adorassem a imagem da besta. - Apocalipse 13:15.

    Note que interessante o pr ximo verso. Nele a palavra pneuma apareceduas vezes e traduzida inicialmente como vento e no final do verso comoEsp rito:

    O vento (pneuma) sopra onde quer, ouves a sua voz, mas n o sabes donde vem, nem para onde vai; assim todo o que nascido do Esp rito (pneuma) - Jo o 3:8.

    Esprito Santo Nome Prprio?

    Embora a B blia apresente o nome do Pai (Jeov ou Yaweh em hebraico) eo nome do Filho (Jesus ou Yeshua em aramaico), o nome do Esp rito Santono nos apresentado. Os tradutores da B blia, ao traduzirem a palavra

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    24 E U E O P AI SOMOS U M pneuma (esp rito), o fazem com letra mai scula quando se trata do Esp ritode Deus, Esp rito Santo, Esp rito do Senhor ou Esp rito de Cristo. No entanto,quando o esp rito de homem ou de qualquer outro ser que n o seja Deus,Senhor ou Jesus, os tradutores usam letra min scula. important ssimo ressaltar que os manuscritos mais antigos do NovoTestamento foram escritos em uncial, um padr o baseado apenas em letrasmai sculas. Portanto n o havia distin o entre letras mai sculas eminsculas. Isto significa que a palavra esp rito, no original, era escritadesta forma: ESP RITO . No importava se tal esp rito era do homem ou deDeus, a palavra esp ritosempre era escrita com caracteres mai sculos.Este padr o de escrita com caracteres apenas mai sculos continuou sendoutilizado nos pergaminhos at o s culo XI quando a escrita min scula come oua ser adotada. Fica claro que escrever Esp rito Santo com iniciais mai sculas uma conven o adotada posteriormente pelos tradutores da B blia.A imagem a seguir mostra uma transcri o do C dice B (Vaticano), um dosmais antigos e importantes manuscritos do Novo Testamento. Elaboradopor volta do quarto s culo, ele foi escrito em grego com caracteres no padr ouncial, ou seja, contendo apenas letras mai sculas.

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    25O E SP RITO

    O texto transcrito neste excerto I Cor ntios 2:11 que cita a palavra PNEUMAduas vezes (em negrito): na indica o n mero 1 a palavra PNEUMA refere-se ao esp rito do homem e na indica o 2 ao Esp rito de Deus. Em ambosos casos a palavra PNEUMA escrita absolutamente da mesma forma, n ohavendo, portanto, distin o entre iniciais mai sculas ou min sculas.Omesmo texto, quando traduzido para o portugu s, apresenta distin o namaiusculiza o da letra inicial dos dois esp ritos citados. Veja:

    Pois, qual dos homens entende as coisas do homem, sen o o e sp rito do homem que nele est ? assim tamb m as coisas de Deus, ningu m as compreendeu, sen o o E sp rito de Deus. I Cor ntios 2:11.

    O fato de express es como Esp rito Santo e Esp rito de Deus terem sidotraduzidas sempre com iniciais mai sculas pode influenciar o subconscientede muitos crentes sinceros levando-os a crer que o Esp rito Santo umapessoa distinta do Pai e do Filho. Esta influ ncia subconsciente real poisestamos acostumados a escrever nomes pr prios, nomes de pessoas,iniciando com letras mai sculas.O mais importante aqui termos consci ncia de que quando os ap stolosescreviam Esp rito Santo n o havia esta distin o entre letras mai sculas eminsculas. N s escrevemos Esp rito Santo e Esp rito de Deus com letrasmai sculas apenas por uma conven o, um padr o na realidade muitoquestion vel, pois tal conven o n o existia originalmente.

    O ESPRITOSANTO, DECRISTO E DEDEUSA Palavra de Deus afirma que assim como o homem tem um pneuma comoparte integrante do seu ser, Deus tamb m tem um pneuma . Vejamosnovamente o que diz I Cor ntios 2:11:

    Porque qual dos homens sabe as coisas do homem sen o o seu pr prio esp rito (pneuma) que nele est ? Assim tamb m as coisas de Deus ningu m as conhece, sen o o Esp rito (pneuma) de Deus. - I Cor ntios 2:11.

    sempre conveniente relembrar e repetir que em portugu s o Esp ritodeDeus escrito com Emai sculo e o esp ritodo homem escrito com eminsculo. Mas n o era assim quando o original grego foi escrito. Acabamosde verificar que tanto o Esp rito de Deus quanto o esp rito do homem foram

    escritos absolutamente da mesma forma em grego. Portanto n o h porqueinterpretar que o esp rito de Deus uma outra pessoa e o esp rito dohomem no uma outra pessoa .

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    26 E U E O P AI SOMOS U M Assim como o homem, Deus possui dentro de si um pneuma que umatributo que n o pode ser separado dEle. Algumas religi es como oEspiritismo, por exemplo, pregam que poss vel o esp rito (pneuma ) existirindependentemente ou separadamente do corpo do seu possuidor, mas n o isso que a Palavra de Deus ensina. Um esp rito (pneuma ) sem corpo, comautonomia, exist ncia e personalidade pr pria (independente do possuidor) um conceito defendido pelo Espiritismo e pelo Trinitarianismo. inquestion vel que Deus tenha, assim como o homem, um pneuma comoparte constituinte do seu ser. Por essa raz o, alguns defensores da Trindadeinterpretam de forma diferenciada o Esp rito Santo e o Esp rito de Deus.Alegam que o Esprito de Deus um atributo intr nseco do Pai, mas que oEsprito Santo uma outra pessoa - a terceira pessoa da Trindade.Porventura existe esta diferen a entre Esp rito de Deus e Esp rito Santo?Atrav s de um estudo por compara o de versos poss vel descobrir que oPai e o seu Filho Jesus compartilham o mesmo pneuma , qual seja, o Esp ritoSanto. Veremos adiante que n o h diferen a entre Esp rito de Deus, Esp ritode Cristo e Esp rito Santo.

    N o sabeis que sois santu rio de Deus, e que o Esp rito (pneuma) de Deus habita em v s? - I Cor ntios 3:16.

    Acaso n o sabeis que vosso corpo santu rio do Esp rito (pneuma) Santo que est em v s, o qual tendes da parte de Deus. - I Cor ntios 6:19.

    Aps an lise destes dois versos, conclu mos inequivocamente que o Esp ritoSanto o pr prio Esp rito (pneuma ) de Deus e n o uma terceira pessoa. o pr prio pneuma de Deus que habita em n s.Paulo confirma que o Esp rito Santo n o uma terceira pessoa, mas oprprio pneuma de Deus, colocando-os (Esp rito de Deus e Esp rito Santo)como express es equivalentes novamente:

    Por isso vos fa o compreender que ningu m que fala pelo Esp rito (pneuma) de Deus afirma: An tema Jesus! Por outro lado, ningu m pode dizer: Senhor Jesus! sen o pelo Esp rito Santo . - I Cor ntios 12:3.

    H muitos outros versos que servem como evid ncia clara de que o Esp ritoSanto o pr prio pneuma de Deus. Vejamos este ltimo par de versos de

    Paulo aos Ef sios sobre o selamento: ... tendo nele tamb m crido, fostes selados com o Santo Esp rito da promessa. - Ef sios 1:13.

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    27O E SP RITO

    E n o entriste ais o Esp rito de Deus , no qual fostes selados para o dia da reden o. - Ef sios 4:30.

    Biblicamente, temos evid ncias suficientes para afirmar que

    E SP RITO SANTO = E SP RITO (PNEUMA ) DE D EUS

    E o que dizer do Esp rito de Cristo? correto afirmar que o Esp rito deCristo e o Esp rito de Deus s o sin nimos? Vejamos:

    V s, por m, n o estais na carne, mas no Esp rito, se de fato o Esp rito (pneuma) de Deus habita em v s. E se algu m n o tem o Esp rito (pneuma) de Cristo , esse tal n o dele. - Romanos 8:9.

    No h como interpretar que Paulo neste verso referiu-se ao Esp rito deDeus e ao Esp rito de Cristo como duas entidades distintas. Esta declara ode Paulo nos d condi es de afirmar que

    E SP RITO (PNEUMA ) DE C RISTO = E SP RITO (PNEUMA ) DE D EUS

    Deus, o Pai e seu Filho, Jesus Cristo, compartilham o mesmo esp rito(pneuma ), por esta raz o o Pai e o Filho s o um.

    Eu e o Pai somos um. - Jo o 10:30.

    Tudo quanto o Pai tem meu... - Jo o 16:15.Jesus Cristo e o seu Pai s o duas pessoas distintas, mas s o um emesp rito. Jamais lemos na B blia eu, o Pai e o Esp rito Santo somos um .Reiteramos: O Pai e o Filho s o um porque possuem o mesmo pneuma (esp rito). Trata-se de uma unidade espiritual. O Esp rito de Cristo est noPai e o Esp rito do Pai est no Filho:

    Quem me v a mim v o Pai... Crede-me que estou no Pai, e o Pai

    em mim. - Jo o 14:9 e 11.Ora, imposs vel aceitar que o Pai est no Filho e o Filho est no Pai deforma f sica. claro que Cristo est dizendo que o Pai est espiritualmenteno Filho e o Filho est espiritualmente no Pai.Da mesma forma podemos ser um com Deus e com Cristo se recebermosem n s o Esp rito ( pneuma ) de Deus. Isso Jesus deixou bem claro emsua ora o intercess ria relatada em Jo o 17:

    A fim de que todos sejam um ; e como s tu, Pai, em mim e eu em ti, tamb m sejam eles em n s ; para que o mundo creia que tu me enviaste. - Jo o 17:21.

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    28 E U E O P AI SOMOS U M O plano de Deus que sejamos um com Ele e com seu Filho. N o umanica pessoa sob o aspecto f sico, mas uma unidade espiritual, ou seja,que tenhamos o mesmo Esp rito (pneuma ) de Deus e de Cristo, mesmosendo pessoas diferentes.

    A unidade entre Pai, Filho e Esp rito Santo pregada pelos adeptos dotrinitarianismo uma unidade exclusiva . Segundo esta vis o apenas estastrs pessoas podem fazer parte desta unidade e jamais outra pessoa poder participar dela. No entanto, a Palavra de Deus nos diz que a unidade espiritualentre o Pai e o Filho uma unidade inclusiva , ou seja, admite que outraspessoas dela participem. Lembre-se sempre de que Jesus orou para quefossemos um com ele e com o Pai. Orou tamb m para que eles fossem umem n s . Um em n s a igreja unida entre si, com Deus e com seu Filhoformando, desta maneira, uma unidade no Esp rito Santo.O fato do Esp rito Santo n o ser citado na unidade descrita em Jo o 10:30 totalmente irrelevante para os trinitarianos. O fato da ora o de Cristodemonstrar a possibilidade da participa o humana na unidade entre ele, oFilho, e o Pai tamb m desconsiderado no modelo trinitariano.A compreens o de Deus sob a perspectiva trinitariana afasta o homem deDeus na medida em que prega uma unidade exclusiva das pessoas quecomp em o chamado Deus-Trino. A ora o de Cristo mencionada em Jo o17 mostra que o crist o que recebe o Esp rito Santo de Deus participa damesma unidade espiritual que existiu e existe entre o Pai e Seu Filho JesusCristo.

    Mas aquele que se une ao Senhor um esp rito com ele. - I Cor ntios 6:17.

    O Esp rito Santo o pr prio Esp rito de Cristo e em certas ocasi es o autorbblico alterna estes dois termos:

    E percorrendo a regi o fr gio-g lata, tendo sido impedidos pelo Esp rito Santo de pregar a palavra na sia, defrontando M sia,tentavam ir para Bit nia, mas o Esp rito de Jesus n o o permitiu. - Atos 16:6 e 7.

    O Esp rito de Jesus o pr prio Jesus, presente n o em carne, mas emesp rito. O Esp rito de Jesus n o uma terceira pessoa al m de Jesus,mas o pr prio pneuma de Cristo.

    No haveria necessidade de apresentarmos mais versos comprovando queEsp rito de Deus, Esp rito de Cristo e Esp rito Santo s o utilizados comosin nimos na B blia e que se tratam do pr prio pneuma (flego / esp rito) de

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    29O E SP RITO

    Deus. Mas como ltimo verso, lembramos o que est escrito em Jo o 20:22: E, havendo [Jesus] dito isto, soprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Esp rito (pneuma) Santo. - Jo o 20:22.

    Fica ent o claro que o Esp rito Santo o pr prio esp rito (pneuma ) de Jesus,ou seja, seu f lego, seu sopro vital e n o uma terceira pessoa distinta doPai e de Cristo.

    E SP RITO DE C RISTO = E SP RITO DE D EUS = E SP RITO SANTO

    A resposta para a pergunta Quem o Esp rito? nunca esteve t o pr xima: Ora o Senhor o Esp rito ; e onde est o Esp rito do Senhor a est a liberdade. - II Cor ntios 3:17.

    Sem d vidas esta a melhor resposta para a pergunta Quem o Esp rito? Paulo acaba de responder: O Senhor o Esp rito.

    CONCEITOSPRINCIPAIS DESTECAPTULO1. Assim como os homens t m um esp rito, Deus tamb m tem Seu Esp rito.2. A palavra traduzida por esp rito ruach (no hebraico) e pneuma (nogrego). Ambas significam f lego, vento, sopro e respira o.3. Tanto ruach quanto pneuma so termos usados para fazer refer ncia n oapenas ao Esp rito de Deus, mas tamb m ao esp rito dos homens, f legode vida dos animais e esp ritos do mal.4. Quando Paulo transcreve Isa as 40:13 em Romanos 11:34 e I Cor ntios2:16 ele substitui a express o Esp rito do Senhor por mente do Senhor .5. O esp rito parte integrante de um ser pessoal e n o uma entidadeaut noma e independente do seu possuidor.6. O Novo Testamento foi escrito em caracteres mai sculos. A diferen aentre esp rito (inicial min scula) e Esp rito (inicial mai scula) umaconven o adotada pelos tradutores.7. As express es Esp rito de Deus , Esp rito de Cristo , Esp rito doSenhor e Esp rito Santo so equivalentes.8. A unidade espiritual entre o Pai e Jesus Cristo de natureza inclusiva.Cristo orou ao Pai para que n s tamb m fizssemos parte desta unidadeespiritual.

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    O P AI E O F ILHO NA B BLIA

    A Palavra de Deus apresenta duas pessoas que possuem atributos divinose que, por essa raz o, s o dignas de louvor e adora o: Deus, o Pai, e oseu Filho Unig nito, Jesus Cristo. Vejamos algumas evid ncias de que adoutrina da Trindade carece de embasamento b blico quando afirma que oEsp rito Santo a terceira pessoa de uma entidade coletiva divina.

    O P AI E O F ILHO NOS E VANGELHOS

    Tudo me foi entregue por meu Pai. Ningu m conhece o Filho sen o o Pai; e ningu m conhece o Pai sen o o Filho , e aquele a quem o Filho o quiser revelar. - Mateus 11:27.

    Quando a Palavra de Deus diz ningu m, exclui qualquer outra pessoa:seres humanos, anjos ou o pr prio inimigo das almas. Aqueles queacreditam no Esp rito Santo como uma pessoa distinta ter o uma tarefaadicional em conciliar uma contradi o entre o texto acima (Mateus 11:27)e I Cor ntios 2:11:

    Porque qual dos homens sabe as coisas do homem sen o o seu pr prio esp rito que nele est ? Assim tamb m as coisas de Deus ningu m as conhece, sen o o Esp rito de Deus. - I Cor ntios 2:11.

    Ora, se Mateus afirma que ningu m conhece o Pai sen o o Filho e Paulodiz que h uma outra pessoa (?), o Esp rito, que conhece o Pai, ent o ostrinitarianos t m uma contradi o para ser resolvida aqui. Para aqueles quecrem que o Esp rito de Deus o pr prio Esp rito de Cristo, fica mais f cilentender que s o Filho (seu Esp rito) conhece o Pai.

    Se Mateus acreditasse que Deus fosse uma Trindade, provavelmente eleescreveria desta forma: Tudo me foi entregue por meu Pai. Ningu m conhece o Filho sen o o Pai e o Esp rito Santo; e ningu m conhece o Pai sen o o Filho e o Esp rito Santo . Mas n o isso que encontramos na Palavra deDeus.

    A unidade Pai e Filho diversas vezes enfatizada de forma clara nosEvangelhos n o havendo qualquer men o de uma suposta unidade trinit riaformada por Pai, Filho e Esp rito Santo. Seguem mais exemplos:

    Eu e o Pai somos um. - Jo o 10:30.

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    31O P AI E O F ILHO NA B BLIA

    A fim de que todos sejam um; e como s tu, Pai, em mim e eu em ti. - Jo o 17:21. p.p.

    No pode haver evid ncias mais claras de que Cristo um com o Pai. Veja

    como ficariam poss veis mudan as dos versos citados anteriormente parasustentar a teoria da Trindade: Eu, o Pai e o Esp rito Santo somos um. -Jo o 10:30 vers o adulterada . A fim de que todos sejam um; e como s tu, Pai, e o Esp rito Santo em mim e eu em ti e no Esp rito Santo. - Jo o17:21. p.p. vers o adulterada . Felizmente n o isso que a B blia diz.

    Vamos repetir um verso importante para a salva o, pois trata da indica ode como receber a vida eterna:

    E a vida eterna esta: que te conhe am a ti, o nico Deus verdadeiro,e a Jesus Cristo, a quem enviaste - Jo o 17:3.

    Para termos a vida eterna devemos conhecer apenas duas pessoas: o Pai eo seu Filho. Conhecendo a ambos, certamente receberemos o Esp rito(pneuma ) de ambos. Se o Esp rito Santo fosse uma terceira pessoa, Jesusoraria assim: E a vida eterna esta: que te conhe am a ti, o nico Deus verdadeiro, a Jesus Cristo, a quem enviaste e ao Esp rito Santo que ser enviado ap s mim . Mas n o foi esta a ora o de Cristo.

    A teologia pregada por Cristo refletia o monote smo judaico. Em nenhummomento Jesus declarou ou sugeriu que Deus uma entidade compostapor tr s pessoas, pelo contr rio, o monote smo judaico refletiu-se em muitasdeclara es do Mestre:

    Como podeis crer, recebendo gl ria um dos outros, mas n o vos esfor ando por obter a gl ria que vem do nico Deus? Jo o 5:44.

    Se Deus na compreens o de Jesus Cristo fosse uma entidade composta devrias pessoas, por que Cristo diversas vezes usou a express o o nicoDeus para se referir ao Pai? Por que Cristo, ao falar sobre Deus, nunca sereferiu a um grupo de tr s pessoas divinas? Deus para Jesus era apenasum: O Pai.

    Quando um jovem rico aproximou-se de Cristo e disse Bom Mestre , oSenhor respondeu:

    Por que me chamas bom? ningu m bom, sen o um que Deus.

    Marcos 10:18.Quando Cristo referia-se a Deus , ele se referia ao Pai, n o a um conjunto

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    32 E U E O P AI SOMOS U M de tr s pessoas divinas. Cristo jamais se incluiu num conjunto de pessoaschamado Deus . Cristo sempre foi muito claro e direto em seusensinamentos com rela o a Deus. N o havia mist rio. Absolutamente emnenhum momento Cristo afirmou, deu a entender ou sequer sugeriu que

    Deus fosse um conjunto de tr s pessoas. Os pap is sempre foramclaramente definidos: Deus o Pai e Jesus o Messias, o Cristo, o Filho deDeus.

    As mensagens de Cristo foram dirigidas s pessoas comuns. Ele usavauma linguagem que todos podiam entender, at mesmo as crian as. Serealmente a doutrina da Trindade fosse um dos fundamentos da igreja crist ,como Cristo p de privar seus disc pulos de uma explica o clara e direta aeste respeito? Ser que o objetivo de Deus foi deixar que os conc lios dossculos posteriores descobrissem e definissem tal doutrina com o intuitode valorizar o papel dos doutos pais da igreja na defini o dos credoseclesi sticos e da ortodoxia?

    Jesus era judeu e pensava como judeu. verdade que para os judeus dapoca ele n o era considerado ortodoxo. Ele revolucionou muitos conceitosda religi o judaica, mas em nenhum momento se op s perspectivamonote sta mantida pelos judeus, pelo contr rio, Cristo reafirmou a grandedeclara o monote sta dos judeus (o Shem ):

    O principal de todos os mandamentos : Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus o nico Senhor. - Marcos 12:29.

    O P AI E O F ILHO NASMENSAGENS DE P AULO

    O ap stolo Paulo foi um judeu convertido ao cristianismo. Antes de suaconvers o Paulo foi um fariseu conservador e perseguidor dos crist os, umapessoa de muito conhecimento e zelo para com a religi o judaica. Suaconvers o fez com que ele abandonasse muitos conceitos do juda smo. Noentanto os seus escritos deixam claro que mesmo aceitando a Jesus comoo Messias, Paulo jamais abandonou a forma monote sta judaica decompreender a Deus.

    O Deus do juda smo para Paulo n o era um conjunto de tr s pessoas, masapenas uma pessoa. O Deus do cristianismo para Paulo era a mesma pessoa,o Pai. N o houve mudan a na forma de entender quem Deus. Uma mudan ade vis o neste sentido, ou seja, de entender Deus como sendo uma trindadeno lugar de uma pessoa jamais foi apresentada nos escritos de Paulo.

    Tal mudan a de conceito seria algo chocante para judeus e crist os e, se

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    33O P AI E O F ILHO NA B BLIA

    houvesse sido uma realidade, mereceria espa o nos escritos de Paulo. Noentanto nada dito com rela o a uma poss vel mudan a de compreens ode Deus, pelo contr rio, os escritos de Paulo reafirmam a vis o judaica deDeus, ou seja, a cren a num Deus nico e, por Deus nico, entenda umanica pessoa, o Pai. Aqui apresentamos duas declara es monote stasbem significativas. Leia-as com aten o prestando aten o nos detalhes efaa sua pr pria an lise:

    Todavia, para n s h um s Deus, o Pai , de quem s o todas as coisas e para quem existimos; e um s Senhor, Jesus Cristo , pelo qual s o todas as coisas, e n s, tamb m por ele. - I Cor ntios 8:6.

    Porquanto h um s Deus e um s Mediador entre Deus e os

    homens, Cristo Jesus, homem. - I Tim teo 2:5.Vemos que assim como Cristo (Jo o 5:44; 17:3), Paulo tamb m declaraque o nico Deus o Pai e n o uma entidade composta por tr s pessoas.Em seus escritos Paulo diferencia de forma bem clara Deus e Seu FilhoJesus Cristo.

    Alm desta distin o clara, todas as sauda es das cartas de Paulo citamapenas Deus, o Pai, e o Seu Filho Jesus Cristo. Nunca citam o Esp ritoSanto. Em geral, citam tamb m o nome das pessoas para quem a carta foienviada. Vamos conferir as sauda es de todas as ep stolas de Paulo:

    Romanos: Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser ap stolo,separado para o evangelho de Deus. - Romanos 1:1.

    I Cor ntios: Paulo, chamado pela vontade de Deus, para ser ap stolo de Jesus Cristo... Gra a a v s outros e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo. - I Cor ntios 1:1 e 3.

    II Cor ntios: Paulo, ap stolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus...Gra a a v s outros e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. - II Cor ntios 1:1 e 2.

    G latas: Paulo, ap stolo, n o da parte de homens, nem por interm dio de homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos.. Gra a a v s outros e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo. - G latas 1:1 e 3.

    Ef sios: Paulo, ap stolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, aos santos que vivem em feso, e fi is em Cristo Jesus: Gra a a v s

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    34 E U E O P AI SOMOS U M outros e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem aben oado com toda sorte de b n o espiritual nas regi es celestiais em Cristo. - Ef sios 1:1-3.

    Filipenses: Paulo e Tim teo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e di conos, que vivem em Filipos: Gra a e paz a v s outros da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo. - Filipenses 1:1-2.

    Colossenses: Paulo, ap stolo de Cristo Jesus, por vontade de Deus,e o irm o Tim teo: Aos santos e fi is irm os em Cristo que se encontram em Colossos: Gra a e paz a v s outros da parte de Deus nosso Pai. Damos sempre gra as a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por v s. - Colossenses 1:1-3.

    I Tessalonicenses: Paulo, Silvano e Tim teo, igreja dos tessalonicenses em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo: Gra a e paz a v s outros. - I Tessalonicenses 1:1.

    II Tessalonicenses: Paulo, Silvano e Tim teo, igreja dos tessalonicenses, em Deus nosso Pai e no Senhor Jesus Cristo: Gra a e paz a v s outros da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo. - II Tessalonicenses 1:1-2.

    I Tim teo: Paulo, ap stolo de Cristo Jesus, pelo mandato de Deus,nosso Salvador, e de Cristo Jesus, nossa esperan a, a Tim teo,verdadeiro filho na f : Gra a, miseric rdia e paz, da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor. - I Tim teo 1:1-2.

    II Tim teo: Paulo, ap stolo de Cristo Jesus, pela vontade de Deus,de conformidade com a promessa da vida que est em Cristo Jesus,ao amado filho Tim teo: Gra a, miseric rdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus nosso Senhor. - II Tim teo 1:1-2.

    Tito: Paulo, servo de Deus, e ap stolo de Jesus Cristo... a Tito,verdadeiro filho, segundo a f comum: Gra a e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus nosso Salvador. - Tito 1:1 e 4.

    Filemom: Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus, e o irm o Tim teo,ao amado Filemom... Gra a e paz a v s outros da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo. - Filemom 1 e 3.

    Por que Paulo, em suas sauda es, n o se apresenta como servo de Deus

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    35O P AI E O F ILHO NA B BLIA

    Pai, de Jesus e do Esp rito Santo? Por que n o lemos versos como gra a e paz a v s outros da parte de Deus nosso Pai, do Senhor Jesus Cristo e do Esp rito Santo ? Estaria Paulo ignorando a terceira pessoa da Trindade emtodas as suas sauda es?

    J estamos e continuaremos comprovando que os ap stolos n o tinhamuma vis o trinitariana de Deus. A vis o que Paulo e os ap stolos mantinhama respeito de Deus foi formada atrav s do estudo da Lei e dos profetas deIsrael e n o a partir do trabalho de fil sofos e te logos que em s culosposteriores produziriam em conc lios os credos da Igreja. por isso quePaulo e os demais ap stolos apresentam em seus escritos uma vis o deDeus monote sta unitariana e n o monote sta trinitariana (sic).

    O P AI E O F ILHO NO APOCALIPSEQuem l e rel o livro da Revela o, o Apocalipse, um bem-aventuradopois ter uma compreens o ampliada do plano da salva o e da liberta oprotagonizada pelo Cordeiro de Deus.

    O Apocalipse em nenhum momento sugere a exist ncia de uma Trindade,pelo contr rio, apresenta o Pai e o Filho como protagonistas j desde oincio:

    Revela o de Jesus Cristo , que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer. - Apocalipse 1:1.

    Adorao a Deus e ao Filho

    A mensagem do primeiro anjo deixa bem claro quem deve ser objeto deculto e adora o:

    Temei a Deus e dai-lhe gl ria , pois chegada a hora do seu ju zo; e adorai aquele que fez o c u, e a terra, e o mar, e as fontes das guas. - Apocalipse 14:7.

    Quem s o estas duas pessoas a quem devemos temer e adorar?

    (1) O Deus do ju zo - N o h dvidas de que se est falando de Deus Pai, oAncio de Dias, visto por Daniel executando o ju zo a favor dos Santos (Daniel 7:22).

    (2) Cristo, o Criador - Todas as coisas foram feitas por interm dio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. (Jo o 1:3).

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    36 E U E O P AI SOMOS U M O que deve ser destacado neste verso a men o de apenas duas pessoassendo dignas de adora o. Voc consegue lembrar de algum texto da B bliaque diga que o Esp rito Santo deve ser adorado ou louvado? Veja o que dizo Apocalipse:

    Ent o, ouvi que toda criatura que h no c u e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles h , estava dizendo: quele que est sentado no trono e ao Cordeiro , seja o louvor, e a honra, e a gl ria, e o dom nio pelos s culos dos s culos. E os quatro seres viventes respondiam: Am m; tamb m os anci os prostraram. - Apocalipse 5:13-14.

    Na Fronte dos 144 Mil

    O Apocalipse revela o que ser escrito nas frontes dos 144 mil. Veja queinteressante!

    Olhei, e eis o Cordeiro em p sobre o monte Si o, e com ele os cento e quarenta e quatro mil tendo nas frontes escrito o seu nome e o nome de seu Pai . - Apocalipse 14:1.

    Haver apenas dois nomes nas frontes dos 144 mil: (1) O Nome do Cordeiroque Jesus ou Yeshua (em aramaico) e (2) O nome do seu Pai que Jeov ou Yaweh (em hebraico). O Apocalipse n o diz que um terceiro nome, onome do Esp rito Santo, seria escrito nas frontes dos 144 mil. Por qu ? simples. Os esp ritos n o tm nome pr prio. Por isso eles acabam recebendoo nome do seu possuidor, por exemplo, o esp rito de Jo o chamadosimplesmente de esp rito do Jo o assim como o esp rito de Deus chamadode Esp rito de Deus ou Esp rito Santo de Deus. Em nenhum lugar na B blia revelado o nome do Esp rito Santo, pois ele o pr prio pneuma de Deus.Prezado leitor. Qual o seu nome? Voc tem um esp rito (pneuma )? Qual o nome do seu esp rito? claro que seu esp rito n o tem nome, nenhumesp rito o tem. Esta uma das raz es pelas quais o nome do Esp rito Santono poderia aparecer na fronte dos 144 mil.

    Enfim, Deus, o Pai, e seu Filho Jesus Cristo aparecem diversas vezes juntosno Apocalipse. Citemos mais dois versos bem conhecidos:

    Irou-se o drag o contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descend ncia, os que guardam os mandamentos de Deus e t m o testemunho de Jesus . - Apocalipse 12:17.

    Aqui est a perseveran a dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a f em Jesus . - Apocalipse 14:12.

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    37O P AI E O F ILHO NA B BLIA

    Note que o Esp rito Santo n o citado nestes versos gerando uma car nciadas pretensas frmulas trinitarianas no Apocalipse.

    O Pai e o Filho no Trono

    A conclus o do livro de Apocalipse cont m promessas maravilhosas paratodos os crist os. O ltimo cap tulo da B blia come a descrevendo o rio dagua da vida nos seguintes termos:

    Ent o me mostrou o rio da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro . - Apocalipse 22:1.

    O livro do Apocalipse menciona apenas o trono de Deus e do Cordeiro.Onde est o trono do Esp rito Santo? O verso 3 do mesmo cap tulo repete ainforma o:

    Nunca mais haver qualquer maldi o. Nela estar o trono de Deus e do Cordeiro . Os seus servos o servir o. - Apocalipse 22:3.

    No apenas o Apocalipse, mas toda a B blia afirma que h apenas duaspessoas assentadas no trono: O Pai e Seu Filho Jesus Cristo assentado asua direita. Veja outros versos:

    Desde agora estar sentado o Filho do homem direita do Todo- Poderoso Deus. - Lucas 22:69.

    Jesus... est assentado destra do trono de Deus - Hebreus 12:2.

    Pegue sua B blia e confira outros versos que afirmam que Cristo est direita de Deus, mas n o indicam a posi o relativa do Esp rito Santo nestetrono: Mateus 22:44; 26:64; Marcos 12:36; 14:62; 16:19; Lucas 20:42 e 43;Atos 2:33-35; 7:55 e 56; Romanos 8:34; Ef sios 1:20; Colossenses 3:1;Hebreus 1:3 e 13; 8:1; 10:12; I Pedro 3:22; Apocalipse 5:1-7.

    Apesar de em todos estes versos Deus aparecer assentado com o seuFilho no trono, Jesus refor a o conceito de unidade inclusiva citadoanteriormente ao prometer em sua mensagem igreja de Laodic ia que osvencedores poder o assentar-se juntamente com ele no seu trono:

    Ao que vencer, dar-lhe-ei assentar-se comigo no meu trono, assim como eu venci, e me assentei com o meu Pai no seu trono. - Apocalipse 3:21.

    Que Deus, o Pai, e que o Seu Filho sejam glorificados. Gra as a eles temosestas maravilhosas promessas.

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    38 E U E O P AI SOMOS U M CONCEITOSP RINCIPAIS DESTEC APTULO

    1. A vida eterna depende do conhecimento de duas pessoas: o Pai e o Filho(Jo o 17:3).

    2. Quando Cristo se referia a Deus ele se referia ao Pai, jamais a um conjuntode tr s pessoas.

    3. Jesus jamais disse ser Deus, mas reconhecia ser o Filho de Deus.

    4. Paulo introduz todas suas ep stolas citando o Pai e o Filho e n o umasuposta Trindade.

    5. O Apocalipse revela que a adora o deve ser feita exclusivamente a Deuse ao Cordeiro.

    6. A B blia em nenhum momento ordena ou recomenda o louvor e adora oao Esp rito Santo.

    7. Na fronte dos 144 mil estar o escritos os nomes de Deus e do Cordeiro.

    8. O Apocalipse menciona o trono de Deus e do Cordeiro , mas em nenhummomento cita a posi o do Esp rito Santo.

    9. Quem l as Escrituras Sagradas com aten o e com a mente livre deconceitos pr -estabelecidos perceber facilmente que a rela o entre Deus,o Pai, e o Seu Filho Jesus Cristo nada tem a ver com o modelo trinitariano.

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    C ONTESTANDO O T RINITARIANISMO

    Neste cap tulo demonstraremos que as Sagradas Escrituras n o s o a fonteda doutrina trinitariana cl ssica. Isso pode ser chocante para muitas pessoasassim como foi para mim. Eu sempre acreditei na doutrina da Trindade poissempre ouvi a igreja pregando desta forma. Eu n o acreditava na Trindadepor haver estudado a doutrina na B blia e por ter chegado conclus o de queDeus um conjunto de tr s pessoas, mas acreditava simplesmente porqueas pessoas que me ensinaram a doutrina pensavam desta forma.

    Nesta se o comentaremos alguns textos b blicos frequentemente usadospara defender a teoria da Trindade e o Esp rito Santo como sendo umapessoa distinta.

    Com a crescente aceita o por parte dos estudiosos de que I Jo o 5:7 e 8 um texto esp rio escrito n o pelo ap stolo Jo o, a responsabilidade desustentar a teoria trinitariana recaiu fortemente sobre Mateus 28:19 e Jo o14:16, que falam respectivamente sobre o batismo em nome do Pai, do Filho e do Esp rito Santo e sobre o outro Consolador prometido por Cristo.

    Alm destes textos, os defensores da teoria da Trindade costumam alegarque algumas a es do Esp rito de Deus s o pr prias de seres pessoais,levando muitos a crerem que o Esp rito Santo uma pessoa separada eindependente do Pai. Outro grupo de versos b blicos usados pelos trinitarianosso os que citam o Pai, o Filho e o Esp rito. Tais refer ncias, segundo ostrinitarianos, serviriam como evid ncias da exist ncia da Trindade.

    verdade que os pr prios trinitarianos admitem que n o existe um textoque claramente defina a Trindade, ou seja, um texto que apresente Deuscomo sendo um conjunto de tr s pessoas. No entanto, os trinitarianos alegamque a compreens o trinitariana de Deus pode ser adquirida atrav s daconcatena o lgica de conceitos expostos em diversos textos da B blia.

    Antes de comentar estes textos, importante ressaltar que a palavra Trindade no aparece em nenhum lugar na B blia e que esta teoria foi aceita comodoutrina oficial no credo cat lico apenas por volta do quarto s culo da eracrist . Abordaremos tamb m alguns aspectos hist ricos no pr ximo cap tulo.

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    40 E U E O P AI SOMOS U M

    ESTESTRSSOUM I J OO5:7

    Pois h tr s que d o testemunho no c u: o Pai, a Palavra, e o Esp rito Santo; e estes tr s s o um. - I Jo o 5:7.

    No h dvidas. Este texto o nico que afirma claramente que o Pai, oFilho e o Esp rito Santo s o um sem necessidade de interpreta o particularou contorcionismo mental. Seria uma prova perfeita da exist ncia da Trindade,caso n o fosse um texto comprovadamente ap crifo, ou seja, um textoadicionado posteriormente que n o consta nos manuscritos mais antigos.Isto indica que tal texto n o estava presente no original escrito pelo ap stoloJo o.

    As tradu es fi is ao texto grego omitem este verso. A B blia de Jerusal m,uma das vers es mais fi is ao original de que dispomos em portugu s,omite tal verso e adiciona a seguinte nota marginal:

    O texto dos vv. 7-8 est acrescido na Vulgata de um inciso ausente dos antigos mss gregos, das antigas vers es e dos melhores mss da Vulgata, o qual parece ser uma glosa marginal introduzida posteriormente no texto.

    Os tradutores da B blia de Jerusal m indicam que o texto em quest o foiadicionado posteriormente na Vulgata, tradu o da B blia para o latim feitapor Jer nimo no final do s culo V. Afirmam tamb m que a Vulgata originalno tinha esta adi o.

    Na edi o Jo o Ferreira de Almeida Revista e Atualizada I Jo o 5:7 est entre colchetes com a seguinte explica o no in cio do Novo Testamento:

    Todo conte do entre colchetes mat ria da Tradu o de Almeida,que n o se encontra no texto grego adotado.

    O Novo Testamento Tril ngue das Edi es Vida Nova mostra simultaneamentea vers o em Grego do Novum Testamentum Graece Nestl -Aland , 4 Edio,a vers o em Portugu s Almeida Revista e Atualizada, 2 Edio e o textoem Ingl s da New International Version , onde os textos dos tr s idiomasest o dispostos lado a lado e podem ser comparados facilmente pelo leitor.Apenas a vers o em Portugu s cont m a adultera o Trinitariana.

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    41C ONTESTANDO O T RINITARIANISMO

    A nota de rodap do texto grego diz o seguinte:

    O texto dos vers culos 7 e 8 entre colchetes na Almeida Revista e Atualizada nunca fez parte do original. Os manuscritos mais antigos que cont m o texto s o da Vulgata Latina do s culo XVI.

    Percebe-se claramente que houve uma ousada tentativa de adultera o daPalavra de Deus a fim de introduzir o dogma da Sant ssima Trindade. Teriasido esta a nica tentativa de adultera o dos trinitarianos? Ou houvetentativas de adultera o para tornar do dia para a noite a doutrina da Trindadeum ensino b blico? Quantos textos b blicos foram adulterados em favor dateoria trinitariana?

    muito dif cil responder a estas quest es pois n o temos o original gregoescrito pelos ap stolos. relativamente f cil identificar uma adultera otrinitariana feita no s culo 16, I Jo o 5:7 por exemplo, mas o mesmo n opode se afirmar com rela o a adultera es mais antigas, principalmenteposs veis adultera es anteriores ao quarto s culo.

    Apesar de haver evid ncias suficientes de que altera es foram feitas parabeneficiar algumas doutrinas de origem pag , podemos confiar na Palavrade Deus pois ela mant m a verdade original sem perda de ess ncia. Mesmoque haja algum tipo de adultera o, falha na tradu o, adi o ap crifa oSenhor n o permitir que a ess ncia seja perdida. Atrav s de provasincontest veis ou atrav s de fortes evid ncias Ele far com que a verdadevenha tona como fez com I Jo o 5:7.

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    BATISMO EMNOME DOESPRITOSANTO? M ATEUS28:19 Ide, portanto, fazei disc pulos de todas as na es, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Esp rito Santo. - Mateus 28:19.

    Com a generalizada aceita o entre os estudiosos de que a f rmula trinitarianapresente em I Jo o 5:7 tem origem esp ria, o peso da defesa da Trindadecaiu fortemente sobre Mateus 28:19 que passou a ser o verso preferido dosdefensores desta teoria. A raz o simples: nenhum outro verso b blico colocano mesmo patamar o Pai, o Filho e o Esp rito Santo. A famosa e consagradaexpress o em nome do Pai, do Filho e do Esp rito Santo no aparece emnenhum outro lugar na B blia; uma exclusividade de Mateus 28:19.

    No entanto, esta f rmula batismal tem trazido controv rsia entre osestudiosos por diversas raz es: A sugest o de exist ncia de uma trindade n o se coaduna com acren a monote sta do p blico alvo do evangelho de Mateus, os judeus. O contexto (verso 18) diz que toda a autoridade foi dada a Cristo. Istosugere, naturalmente, uma a o posterior em nome de quem tem e delegaa autoridade, no caso, em nome de Jesus apenas.

    Os batismos realizados posteriormente pelos disc pulos e relatadosno livro dos Atos foram em nome de Jesus apenas. Todas as orienta es de Cristo e as a es dos disc pulos (ora es,milagres, expuls o de dem nios, advert ncias, reuni es e prega es) foramem nome de Jesus e n o em nome do Pai, do Filho e do Esp rito Santo. H evid ncias de que a f rmula batismal citando em nome do Pai,Filho e Esp rito Santo no conste no original, mas tenha sido adicionadaposteriormente.

    Passaremos a analisar cada uma destas causas de controv rsias, antespor m, algumas palavras importantes sobre a confiabilidade e integridadebblica.

    Integridade Bblica Ao falar acerca destes assunto, como de fato costuma fazer em todas as suas ep stolas, nas quais h certas coisas dif ceis de entender , que os ignorantes e inst veis deturpam, como tamb m deturpam as demais Escrituras, para a pr pria destrui o deles. - II Pedro 3:16.

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    O ap stolo Pedro declarou que nas Escrituras Sagradas h certas coisasdifceis de entender. A dificuldade vem em decorr ncia de alguns fatosincontest veis: (1) Algumas pessoas ignorantes e inst veis aproveitam-sede alguns pontos isolados para impor seus ensinos particulares - ignorama regra geral e apegam-se fortemente nas exce es. (2) A mensagem deDeus infinitamente profunda e n s somos limitados. A fonte de quedispomos, a B blia, foi escrita em linguagem humana, traduzida para outrosidiomas igualmente limitados e sujeitos a falhas de interpreta o.

    Sabemos que infelizmente, devido a uma fragilidade e limita o do idioma eda tradu o, pode haver em um ou outro texto algum tipo de imprecis o.Mas tais imprecis es n o devem nos desanimar de estudar com afinco aPalavra de Deus, pelo contr rio, estudando arduamente que teremos umaviso melhor do todo e tais textos poder o ser bem compreendidos sob aluz de outros textos.

    Acreditamos plenamente que Deus inspirou sua Palavra e que ao longo dossculos n o houve perda de sua ess ncia. Quando aparece um verso dif cilde entender, que parece contradizer todo o resto da Palavra de Deus, devemoscontrast -lo com outros textos.

    As imprecis es e limita es dos idiomas para os quais a B blia traduzida

    so causa de muitas confus es doutrin rias. Por esta raz o o melhorconselho para evitar erros doutrin rios em decorr ncia destas imprecis es: Analisar o texto controvertido dentro do seu contexto.

    Analisar outros textos b blicos que abordam o mesmo assunto. Quando poss vel, recorrer ao original hebraico ou grego para desfazer d vidasremanescentes.

    Acima destas tr s regras que procurei obedecer ao elaborar este livro, est a confian a do poder de Deus que, atrav s do seu Esp rito, atua em nossamente guiando-nos em toda a verdade. Analisaremos agora algumasevid ncias contr rias a uma interpreta o trinitariana de Mateus 28:19.

    Inconsistncia com o Pblico AlvoO objetivo de Mateus com seu evangelho era alcan ar os judeusconvencendo-os de que Jesus Cristo era o Messias descrito pelos profetasdo Antigo Testamento. Assim como Mois s foi o libertador do povo de Israel,Mateus apresenta Jesus Cristo para os judeus como aquele que os libertariado pecado e estabeleceria seu reino espiritual.

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    44 E U E O P AI SOMOS U M Tendo como o p blico alvo os judeus, causa-nos no m nimo algumaestranheza a men o de uma f rmula batismal que sugira a exist ncia deuma trindade jamais aceita pelos destinat rios de seu evangelho.

    A cren a dos judeus se baseia totalmente no Velho Testamento, onde n oh qualquer sugest o da exist ncia de um Deus composto por tr s pessoas.Baseados no Velho Testamento, os judeus aceitam um nico Deus e aproposta de um Deus tr plice soaria absurda. Ademais, o objetivo de Mateusno era convenc -los da exist ncia de uma trindade, mas mostrar Jesuscomo o Messias, o libertador espiritual de Israel.

    Anlise Contextual A Autoridade de CristoComo em todo texto controvertido, temos que dedicar tempo e esfor o paraa compreens o n o apenas do verso em quest o mas tamb m do seucontexto. Neste ponto devemos compreender claramente o que significafazer algo em nome de algu m.

    Fazer algo em nome de algu msignifica agir com autoridade delegada ouderivada de outra entidade. Por exemplo, um policial n o teria autoridade seesta n o lhe fosse dada pela lei. Por isso, ao deter um criminoso em flagrante,o policial poder dizer: Preso em nome da lei , em outras palavras, Estoulhe prendendo com a autoridade que a lei me d .

    O poder de prender algu m em flagrante deriva da lei e se estende n oapenas s autoridades policiais, mas a toda pessoa comum do povo quetestemunha um crime. O artigo 301 do C digo de Processo Penal diz que qualquer do povo poder e as autoridades policiais e seus agentes dever o prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. Provavelmentevoc no sabia que a lei do nosso pa s lhe d autoridade para prender umcriminoso em flagrante e entreg -lo s autoridades. Desta forma, como aautoridade lhe foi dada pela lei, voc pode dirigir-se a um criminoso e dar-lhe voz de pris o: O senhor est preso em nome da lei. (Por motivosbvios recomendamos que esta autoridade seja usada com cautela, avaliandomuito bem as consequ ncias de curto prazo.)Da mesma forma, um representante de Estado, por exemplo, um embaixador,age n o por si mesmo, mas em nome de uma na o. O mesmo vale paraum delegado, um procurador, um advogado ou qualquer outro representantelegal. Este representante, advogado ou procurador age apenas em nomede algu m que tenha lhe dado autoridade para tanto. Por isso podemosafirmar sem medo de errar que existe uma ntima rela o entre fazer algoem nome de uma entidade e a autoridade que esta entidade confere quele

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    que age em nome dela. Usei a express o entidade e n o pessoa porquecomo voc j deve ter percebido perfeitamente poss vel fazer algo emnome de uma entidade n o pessoal. Exemplo: Agir em nome da lei, emnome do Estado, em nome da Igreja.

    Imagine que voc enviado pelo Presidente da Rep blica a uma reparti opblica com uma procura o oficial assinada pelo presidente. Ao chegarvoc se identifica: Meu nome Jo o da Silva e vim em nome do Presidenteda Rep blica. Voc pode n o significar muito para os funcion rios destareparti o, mas como voc age em nome de algu m que tem autoridade,ent o prontamente atendido. N o seria assim se voc estivesserepresentando uma pessoa comum. Imagine-se agora chegando na mesmareparti o com uma procura o assinada pelo seu cunhado, Eust quioMiranda. Voc poderia agir em nome do Eust quio Miranda, mas n o teria omesmo atendimento pois a autoridade do seu cunhado n o compar vel autoridade do presidente.

    Estes exemplos simples foram citados apenas para mostrar a forte rela oentre fazer algo em nome de uma entidade e a autoridade desta entidade.

    Analisando o contexto de Mateus 28:19, especialmente o verso 18, vemosque a autoridade a que Mateus se refere a autoridade que Cristo recebeu

    do Pai e n o a autoridade de uma trindade: Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no c u e na terra. - Mateus 28:18.

    Toda autoridade foi dada a Cristo. Quem lhe deu tal autoridade? A B bliadeclara que o Pai concedeu ao Filho toda a autoridade:

    Pai, chegada a hora. Glorifica a teu Filho, para que tamb m o teu Filho te glorifique a ti. Pois lhe deste autoridade sobre toda a

    carne, para que d a vida eterna a todos os que lhe deste. - Jo o 17:1 e 2. Pois assim como o Pai tem vida em si mesmo, assim tamb m deu ao Filho ter vida em si mesmos; e deu-lhe autoridade para

    julgar, porque o Filho do homem. - Jo o 5:26 e 27. Toda alma esteja sujeita s autoridades superiores; porque n o h autoridade que n o venha de Deus ; e as que existem foram ordenadas por Deus. - Romanos 13:1. Ao que vencer, e ao que guardar as minhas obras at o fim, eu lhe darei autoridade sobre as na es , e com vara de ferro as

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    46 E U E O P AI SOMOS U M reger , quebrando-as do modo como s o quebrados os vasos do oleiro, assim como eu recebi autoridade de meu Pai . - Apocalipse 2:26 e 27.

    Cristo recebeu do Pai toda autoridade no C u e na Terra por isso Cristo agiaem nome daquele que lhe concedeu a autoridade, ou seja, Cristo agia emnome do Pai: Eu vim em nome de meu Pai, e n o me recebeis (Jo o5:43). Seria esperado, portanto, na sucess o natural da grande comiss o,que Jesus comissionasse os disc pulos como seus representantes, seusprocuradores. A ordem natural de Cristo seria que os disc pulos agissemem nome daquele que lhes conferiu a autoridade, ou seja, em nome deJesus apenas, pois era Jesus quem estava concedendo autoridade aos seusdisc pulos naquele momento. Assim como a autoridade que Jesus possu afoi derivada do Pai e por isso Jesus agia em nome do Pai, da mesma formaa autoridade que os disc pulos possu am era derivada de Jesus e o esperadoseria a es dos disc pulos em nome de Jesus apenas.

    Mas, surpreendentemente, embora a autoridade tenha sido concedida porCristo, o texto que lemos em quase todas as vers es da B blia hoje paraque os disc pulos batizem em nome do Pai, do Filho e do Esp rito Santo.Isto , no m nimo, muito estranho! Toda a regra de concess o de autoridadee a o em nome de quem concedeu a autoridade quebrada!

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    Em Nome de Quem os Discpulos Batizaram?O livro dos Atos relata v rios batismos, mas nenhum deles foi realizado emnome do Pai, do Filho e do Esp rito Santo. Os exemplos que temos da eraapost lica demonstram claramente que os batismos foram realizados emnome de Jesus apenas. Vejamos alguns exemplos come ando com o apelode Pedro aos judeus na festa do Pentecostes:

    Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de v s seja batizado em nome de Jesus Cristo para remiss o dos vossos pecados, e recebereis o dom o Esp rito Santo. - Atos 2:38.

    Estaria Pedro, por acaso, desobedecendo a ordem clara do Mestre que obatismo deveria ser realizado em nome do Pai, do Filho e do Esp rito Santo?

    Por que Pedro recomendou um batismo em nome de Jesus apenas? Vejamoscomo foram batizados os crentes de Samaria:

    Porquanto n o havia ainda descido sobre nenhum deles, mas somente haviam sido batizados em o nome do Senhor Jesus . - Atos 8:16.

    O livro dos Atos tamb m relata que gentios foram batizados em nome deJesus e n o em nome do Pai, do Filho e do Esp rito Santo:

    E ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo .Ent o lhe pediram que permanecesse com eles por alguns dias. - Atos 10:48.

    O livro dos Atos relata at mesmo um caso de rebatismo em feso: Eles, tendo ouvido isto, foram batizados em o nome do Senhor Jesus . - Atos 19:5.

    Por que os disc pulos batizaram em nome de Jesus e n o em nome do Pai,do Filho e do Esp rito Santo? Por que os batismos hoje s o em nome doPai, do Filho e do Esp rito Santo (baseando-se em apenas um verso eignorando todos os demais que ensinam que o batismo deve ser em nomede Jesus)?

    Em Romanos 6:3 Paulo afirma que fomos batizados em Cristo Jesus .Ele nunca afirmou que fomos batizados no Pai, no Filho e no Esp rito Santo.Exortando sobre a necessidade de unidade em Cristo, Paulo pergunta aosCor ntios:

    Acaso Cristo est dividido? Foi Paulo crucificado em favor de v s, ou fostes porventura, batizados em nome de Paulo? - I Cor ntios 1:13.

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    48 E U E O P AI SOMOS U M Embora este verso n o diga t o claramente quanto os anteriores que obatismo em nome de Jesus, h uma evid ncia clara da inten o doap stolo. Cristo n o est dividido. Jesus Cristo foi crucificado em favor doscrentes e estes foram batizados em nome dEle, sugere o verso.

    Escrevendo aos G latas, Paulo reafirma o que foi dito at o momento: Porque todos quantos fostes batizados em Cristo , de Cristo vos revestistes. - G latas 3:27.

    No apenas os batismos foram realizados em nome de Cristo, mas todasas palavras e obras dos crist os devem ser em nome de Jesus Cristo, n oem nome do Pai, do Filho e do Esp rito Santo.

    Tudo em Nome de Jesus Cristo E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus , dando por ele gra as a Deus Pai. - Colossenses 3:17.

    Paulo recomenda que tudo deve ser feito em nome de Jesus. O que est inclu do nesta express o tudo ? Todas as coisas est o inclu das aqui(inclusive batismos). hora de voc pegar sua B blia e conferir os versosabaixo.

    As ora es devem ser feitas em nome de Jesus, n o em nome do Pai, doFilho e do Esp rito Santo. Veja v rios exemplos: Jo o 14:13 e 14; Jo o15:16; Jo o 16:24, 26 e 27; Tiago 5:14.

    Advert ncias, admoesta es e repreens es foram feitas em nome deJesus, nunca em nome do Pai, do Filho e do Esp rito Santo. Confira: ICor ntios 1:10; 5:4; II Tessalonicenses. 3:6.

    Nenhum milagre foi feito em nome do Pai, do Filho e do Esp rito Santo,

    mas em nome de Jesus. Abra sua B blia e leia os seguintes versos: Mateus7:22; Marcos 9:38-40; 16:15-18; Lucas 10:17; Atos 3:6; 4:7-12; 4:30; 16:18.Obras de caridade tamb m foram realizadas em nome de Jesus. Veja:

    Mateus 18:5; Marcos 9:37 e 41; Lucas 9:48.

    At mesmo reuni es espirituais e prega es devem ser realizadas emnome de Jesus, n o em nome do Pai, do Filho e do Esp rito Santo. Leiaestes exemplos: Mateus 18:20; Lucas 24:46 e 47; Atos 4:18; 9:27 e 29;Efsios 5:20; Tiago 5:10.

    O mais impressionante que at mesmo o Esp rito enviado em nomede Jesus conforme Jo o 14:26.

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    Enfim, como diz Paulo, tudo deve ser feito em nome de Jesus, poisnossa salva o tamb m em nome do nosso Senhor Jesus Cristo. VejaAtos 4:12; Jo o 20:31; I Cor ntios 6:11.

    A Hermen utica B blica, estudo da interpreta o dos textos, estabelecealguns princ pios b sicos de interpreta o. Um destes princ pios diz queno podemos estabele