etiquetas eletrônicas

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PERFIL DO HIPERMERCADO CONDOR ÁGUA VERDE 25 MIL M 2 DE áREA TOTAL 6 MIL M 2 DE áREA DE VENDAS 34 CHECKOUTS 40 MIL ITENS NO SORTIMENTO 410 COLABORADORES R$ 40 MILHõES EM INVESTIMENTOS 107 Loja SUPERMERCADO MODERNO NOVEMBRO 2011 A rede paranaense Condor investiu em etiquetas eletrônicas de preço. O sistema, implantado no ano passado em uma de suas lojas, teve custo inicial alto, mas pôs fim a gastos de impressão e minimizou reclamações por divergência de preço. Tecnologia nas etiquetas de gôndola N o próximo dia 14 de dezembro, o Condor Su- per Center do bairro Água Verde, em Curi- tiba, completa um ano de atuação. Mais do que celebrar o aniversário de outro empreen- dimento com bons resultados, a rede parana- ense – 10ª maior do País – aproveitará a data para comemorar o sucesso da mais moderna e ousada de suas 31 lojas. Localizada em uma região nobre da cidade, a unidade foi a esco- lhida para ser a primeira equipada com etiquetas eletrônicas de preço, algo ainda pouco comum no varejo brasileiro. O investimento tem a ver com a história do Condor, conforme faz questão de ressaltar Pedro DIVULGAçãO Por Fernando Salles [email protected]

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Matéria sobre a loja da rede Condor no bairro Água Verde, em Curitiba. Todos os produtos da unidade contam com etiquetas eletrônicas de preço. Publicado na Revista Supermercado Moderno, edição de Novembro de 2011.

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Page 1: Etiquetas Eletrônicas

Perfil do HiPermercado condor Água Verde

25 mil m2 de área total

6 mil m2 de área de vendas

34 checkouts

40 mil itens no sortimento

410 colaboradores

r$ 40 milhões em investimentos

107 Loja S u p e r m e r c a d o m o d e r n o • novembro 2011

A rede paranaense Condor investiu em etiquetas eletrônicas de preço. O sistema, implantado no ano passado em uma de suas lojas, teve custo inicial alto, mas pôs fim a gastos de impressão e minimizou reclamações por divergência de preço.

Tecnologia nas etiquetas de gôndola

No próximo dia 14 de dezembro, o Condor Su-per Center do bairro Água Verde, em Curi-tiba, completa um ano de atuação. Mais do que celebrar o aniversário de outro empreen-dimento com bons resultados, a rede parana-ense – 10ª maior do País – aproveitará a data para comemorar o sucesso da mais moderna

e ousada de suas 31 lojas. Localizada em uma região nobre da cidade, a unidade foi a esco-

lhida para ser a primeira equipada com etiquetas eletrônicas de preço, algo ainda pouco comum no varejo brasileiro. O investimento tem a ver com a história do Condor, conforme faz questão de ressaltar Pedro

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Por Fernando Salles [email protected]

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No próximo dia 14 de dezembro, o Condor Super Center do bairro Água Verde, em Curitiba, comple-ta um ano de atuação. Mais do que celebrar o aniversário de outro empreendimento com bons re-sultados, a rede paranaense – 10ª maior do País – aproveitará a data para comemorar o sucesso da mais moderna e ousada de suas 31 lojas. Localizada em uma região nobre da cidade, a unidade foi escolhida para ser a primeira equipada com etiquetas eletrônicas de preço, algo ainda pouco comum no vare-jo brasileiro. O investimento tem a ver com a história do Condor, conforme faz questão de ressaltar Joanir Zonta, presidente e funda-dor da empresa. “Em 1981, nos tornamos o primeiro supermerca-do informatizado do Paraná”, lem-bra. Desde então, a empresa nun-

ca perdeu o foco em se atualizar. Muitas novidades, como as etiquetas eletrônicas, são observadas fora do Brasil pelo próprio empresário e também por seu filho, Ricardo Zonta, que roda o mundo represen-tando o Brasil em competições de automobilismo.

Visual modernoe fim das divergências

A loja da Água Verde foi construída com investi-mentos totais de R$ 40 milhões. As etiquetas ele-trônicas, principal inovação da unidade, sinalizam absolutamente todos os produtos do mix. A solu-ção foi fornecida pela RR Etiquetas, que comercia-liza também todos os equipamentos de infraestru-tura, como transmissor de rádio, antenas, servidor, software e suportes para a fixação das etiquetas.

A novidade garante um belo visual e ajuda a transmitir a ideia de que a empresa está atualizada com o que há de novo em termos de tecnologia. Mas a grande vantagem do sistema é que ele prati-camente elimina as divergências entre o preço mar-cado na gôndola e o valor cobrado no checkout, problema ainda recorrente no setor.

“Antes, ao lançar um tabloide com mil produtos, tínhamos de trocar etiqueta por etiqueta”, exempli-fica Pedro Joanir Zonta. O processo demandava tempo e exigia o deslocamento de diversos fun-cionários para a função. “Agora, conforme o preço é atualizado no sistema, a mudança das etiquetas é automática”, destaca. O quadro de funcionários, garante o executivo, não foi reduzido. O que hou-ve, segundo ele, foi um melhor aproveitamento da equipe em outras atividades.

economia para loja150 etiquetas deixaram de ser impressas por dia

Responsável pela área de informática do Con-dor, Vladimir Torres Manriquez lembra que a ideia de implantar etiqueta eletrônica foi encarada como uma oportunidade de modernizar a forma de apresentar os preços nas gôndolas. Feito um

loja voltada à s classes a/b foi a primeira

do condor a receber

etiquetas eletrônicas

as etiquetas garantem um belo visual e ajudam a transmitir a ideia de supermercado mais moderno

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Praticamente não há divergência entre preço da gôndola e do caixa. Para cada 10 problemas com papel, ocorre apenas um no sistema eletrônico.

estudo de viabilização, a empresa resolveu apostar, e os resultados não tarda-ram a aparecer. O geren-te de informática destaca que o primeiro ganho foi o fim dos custos com pa-pel. Segundo ele, além das impressões para troca de preços ou inclusão de pro-dutos, muitas lojas emi-tem cerca de 150 etiquetas ao longo do dia apenas para substituir outras da-nificadas. Além de mini-

mizar o retrabalho e seus gastos, as etiquetas eletrônicas reduzem expo-nencialmente os casos de divergência de preço entre gôndola e caixa. Para cada 10 problemas desse tipo nas lo-jas que usam papel, ocorre apenas um na unidade Água Verde. O pro-cedimento adotado pelo Condor é mudar preços apenas quando a loja está fechada, processo que costuma durar entre 30 minutos e uma hora.

Ávida por novidades, a equipe de TI apro-vou a mudança desde o começo. Entre o pes-soal de loja, as etiquetas eletrônicas também foram bem recebidas. “A equipe da Água Ver-de já trabalhava em outras lojas do Condor e vinha da cultura do papel. O pessoal pulou de alegria quando viu que não precisaria mais trocar etiqueta por etiqueta”, afirma o geren-te de informática. Um bom teste para o novo sistema aconteceu quando foi preciso alterar todos os preços do setor de perfumaria, em razão de mudanças na carga tributária para o segmento. Na loja com etiquetas eletrônicas, o processo foi concluído em duas horas, enquan-to nas outras unidades da rede a mudança de-morou quatro horas e exigiu três funcionários trabalhando exclusivamente nisso.

ponto negatiVoCusto inicial é elevado

Como em todo processo de mudança, porém, as dificuldades existem. Os custos iniciais do sistema, por exemplo, são bem mais altos em relação às etiquetas convencionais, o que ain-da inviabiliza a utilização em todas as lojas. A previsão da empresa é de que o investimento se pague em um prazo de, aproximadamente, cinco a sete anos. Os clientes receberam bem a iniciativa, no entanto, alguns deles, sobretudo idosos, questionaram os funcionários sobre a possibilidade de ocorrerem remarcações ao longo do dia. “Informamos que o sistema até permite fazer isso, mas deixamos claro que essa não é a política adotada pelo Condor”, afirma Manriquez. Para que não haja dúvidas, a loja utilizou cartazes para reforçar o preço de alguns produtos e explicar sua política.

Outra dificuldade tem a ver com o costu-me de alguns repositores da indústria de “ga-nhar” espaço na exposição quando há ruptura do produto ao lado. Quando a etiqueta é de papel, alguns deles simplesmente retiram da

alteração de todos os preços em apenas duas horas

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gôndola a informação de preço. Como a eletrônica é fixa, se o espaço destinado a um item está preenchido por outra mercado-

ria, o cliente certamente se confundirá. Para re-solver o problema, o Condor tem adotado como prática orientar os repositores da indústria a não ultrapassar o espaço destinado ao seu produto. Na

dúvida, todas as manhãs um profis-sional do Condor passa nas gôndolas realizando uma conferência. Durante essa auditoria diária, ele também ve-rifica se as alterações de preço foram realizadas corretamente e se todas as etiquetas estão funcionando – a bate-ria de cada etiqueta dura em torno de cinco anos, dependendo da quantida-de de alterações de preço realizadas. Segundo o gerente de informática, o ideal é que a informação permaneça na etiqueta, sendo alterada apenas quando o produto em falta sair de li-nha ou quando a ruptura não puder

a bateria de cada etiqueta dura em torno de cinco anos

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m a i s i n f o r m açõ e s :

condor: www.condor.com.brrr etiquetas: www.rretiquetas.com.br

ser resolvida rapidamente. Entre prós e contras, o saldo é consi-derado extremamente positivo. Elogios de clientes, por exem-plo, são constantes e ressaltam que o visual da loja fica mais agradável. Inspirado no sucesso da experiência, no momento do fechamento desta reportagem, o Condor se preparava para inau-gurar mais uma loja repleta de etiquetas eletrônicas, dessa vez em São José dos Pinhais, cidade situada ao lado de Curitiba. Mais uma história de sucesso à vista.

A RR Etiquetas, espe-cializada em auto-

mação comercial, implan-tou o sistema no Condor e em outros supermercados brasileiros, como os pau-listas Covabra e Enxuto e o mineiro Empório Baha-mas. A empresa explica que a solução completa

das etiquetas que apresentam o preço ao consumidor é composta por sistema gestor capaz de armazenar, codificar, organizar e gerenciar os dados destinados às etiquetas. Há também um transmissor e uma antena que são responsáveis por garantir cobertura de sinal em toda a loja. A comunicação com cada etiqueta é feita por ondas de rádio de baixa frequência. Outro compo-nente é um terminal portátil que, a partir do código de barras, associa a etiqueta a um determinado produto.

Saiba maiS Sobre a tecnologia por tráS daS etiquetaS