Ética profissional no serviço social, projeto Ético ...· o que é o projeto Ético-político do
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tica Profissional no Servio Social, Projeto tico-Poltico Profissional:
Particularidades do Trabalho no Trabalho do(a) Assistente Social na Sade.
ProfessoraJussara Almeida
Referncias
Marilena Chau. Filosofia. Ed. tica. So Paulo. 2000.
Jos Paulo Netto. A construo do Projeto tico-poltico do Servio Social. In.: Servio Social e Sade: Formao e Trabalho Profissional.
Cdigo de tica do(a) Assistente Social. CFESS, 1993.
Cdigo de tica Comentado. Ed. Cortez.
Vamos Iniciar por Moral e tica...
A Professora Marilena Chau conceitua:
Moral: latina mos, moris, quer dizer o costumee, no plural mores, significa hbitos de condutaou comportamento institudos por umasociedade em condies histrica determinada.
tica: grego, thos, que significa o carter dealgum e thos, que significa o conjunto decostumes institudos por uma sociedade paraformar, regular e controlar a conduta de seusmembros.
E o que tica Profissional...
tica Profissional um conjunto de normasmorais pelas quais um indivduo deve orientarseu comportamento profissional.
Relaciona-se com as defesas profissionais/sociais que o conjunto dos(as) profissionaisque compem a categoria defendem atravsdos seus rgos normativos.
Projetos Societrios
Os projetos societrios so projetos coletivos;mas seu trao peculiar reside no fato de seconstiturem como projetos macroscpicos,como propostas para o conjunto da sociedade.
Somente eles apresentam esta caracterstica os outros projetos coletivos (por exemplo, osprojetos profissionais, de que trataremosadiante) no possuem este nvel de amplitudee inclusividade.
Projeto Poltico-Profissionais
Os projetos profissionais apresentam a auto-imagemde uma profisso, elegem os valores que a legitimamsocialmente, delimitam e priorizam seus objetivos efunes, formulam os requisitos (tericos, prticos einstitucionais) para o seu exerccio, prescrevem normaspara o comportamento dos profissionais e estabelecemas bases das suas relaes com os usurios de seusservios, com as outras profisses e com asorganizaes e instituies sociais privadas e pblicas(inclusive o Estado, a que cabe o reconhecimentojurdico dos estatutos profissionais).
Projeto Poltico-Profissionais
Os projetos profissionais tambm so estruturas dinmicas, respondendo s alteraes no sistema de necessidades sociais sobre o qual a profisso opera, s transformaes econmicas, histricas e culturais, ao desenvolvimento terico e prtico da prpria profisso e, ademais, s mudanas na composio social do corpo profissional.
Por tudo isto, os projetos profissionais igualmente se renovam, se modificam.
O Projeto tico-poltico do Servio Social
A construo deste projeto no marco doServio Social no Brasil tem uma histria queno to recente, iniciada na transio dadcada de 1970 de 1980.
Destaca-se o contexto Brasileiro de DitaduraMilitar 1964/1985 e o apoio da profisso aomovimento pela redemocratizao do pas.
O que o Projeto tico-poltico do Servio Social
Projeto que tem como direo um novoprojeto societrio.
Est baseado/ referenciado:
No Cdigo de tica do(a) Assistente Social;
Na Lei de Regulamentao da Profisso;
Nas Diretrizes Curriculares da ABEPSS.
A experincia histrica demonstra que, tendosempre em seu ncleo a marca da classesocial a cujos interesses essenciaisrespondem, os projetos societriosconstituem estruturas flexveis e cambiantes:
incorporam novas demandas e aspiraes,transformam-se e se renovam conforme asconjunturas histricas e polticas.
Perodos Marcantes
Ditadura Militar
Movimento de Reconceituao do Servio Social.
Redemocratizao do Brasil
Cdigo de tica de 1993.
Pluralismo e Hegemonia desse Projeto Profissional
Mais exatamente, todo corpo profissional um campode tenses e de lutas.
A afirmao e consolidao de um projeto profissionalem seu prprio interior no suprime as divergncias econtradies.
Tal afirmao deve fazer-se mediante o debate, adiscusso, a persuaso enfim, pelo confronto deideias e no por mecanismos coercitivos e excludentes.
Contudo, sempre existiro segmentos profissionais queproporo projetos alternativos;
Por consequncia, mesmo um projeto que conquistehegemonia nunca ser exclusivo!
Desafios
evidente que a preservao e o aprofundamentodeste projeto, nas condies atuais, que parecem e soto adversas, dependem da vontade majoritria docorpo profissional.
Porm no s dela: tambm dependem vitalmente dofortalecimento do movimento democrtico e popular,to pressionado e constrangido nos ltimos anos.
Netto destaca a importncia de preservar e atualizar osvalores que, enquanto projeto profissional, o informame o tornam solidrio ao projeto de sociedade queinteressa massa da populao.
CDIGO DE TICA DO(A)ASSISTENTE SOCIAL
1993
Cdigo de tica do(a) Assistente Social
RESOLUO CFESS N 273 de 13 maro de 1993;
A reviso do texto de 1986 processou-se em doisnveis. Reafirmando os seus valores fundantes - aliberdade e a justia social -, articulou-os a partirda exigncia democrtica: a democracia tomada como valor tico-poltico central, namedida em que o nico padro de organizaopoltico-social capaz de assegurar a explicitaodos valores essenciais da liberdade e daequidade.
ao projeto social implicado que se conecta oprojeto profissional do Servio Social - e cabepensar a tica como pressuposto terico-poltico que remete ao enfrentamento dascontradies postas profisso, a partir deuma viso crtica, e fundamentadateoricamente, das derivaes tico-polticasdo agir profissional.
Princpios Fundamentais
I. Reconhecimento da liberdade como valor tico centrale das demandas polticas a ela inerentes - autonomia,emancipao e plena expanso dos indivduos sociais;II. Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa doarbtrio e do autoritarismo;III. Ampliao e consolidao da cidadania, consideradatarefa primordial de toda sociedade, com vistas garantiados direitos civis sociais e polticos das classestrabalhadoras;IV. Defesa do aprofundamento da democracia, enquantosocializao da participao poltica e da riquezasocialmente produzida;
Princpios Fundamentais
V. Posicionamento em favor da equidade e justia social,que assegure universalidade de acesso aos bens eservios relativos aos programas e polticas sociais, bemcomo sua gesto democrtica;VI. Empenho na eliminao de todas as formas depreconceito, incentivando o respeito diversidade, participao de grupos socialmente discriminados e discusso das diferenas;VII. Garantia do pluralismo, atravs do respeito scorrentes profissionais democrticas existentes e suasexpresses tericas, e compromisso com o constanteaprimoramento intelectual;
Princpios Fundamentais
VIII. Opo por um projeto profissionalvinculado ao processo de construo de umanova ordem societria, sem dominao,explorao de classe, etnia e gnero;
IX. Articulao com os movimentos de outrascategorias profissionais que partilhem dosprincpios deste Cdigo e com a luta geral dos/astrabalhadores/as;
Princpios Fundamentais
X. Compromisso com a qualidade dos serviosprestados populao e com o aprimoramentointelectual, na perspectiva da competnciaprofissional;
XI. Exerccio do Servio Social sem serdiscriminado/a, nem discriminar, por questes deinsero de classe social, gnero, etnia, religio,nacionalidade, orientao sexual, identidade degnero, idade e condio fsica.
DISPOSIES GERAIS Art.1 Compete ao Conselho Federal de Servio Social:
a- zelar pela observncia dos princpios e diretrizes desteCdigo, fiscalizando as aes dos Conselhos Regionais e aprtica exercida pelos profissionais, instituies eorganizaes na rea do Servio Social;
b- introduzir alterao neste Cdigo, atravs de uma amplaparticipao da categoria, num processo desenvolvido emao conjunta com os Conselhos Regionais;
c- como Tribunal Superior de tica Profissional, firmarjurisprudncia na observncia deste Cdigo e nos casosomissos.
DISPOSIES GERAIS Art.1 Compete ao Conselho Federal de Servio
Social:
(...)
Pargrafo nico Compete aos Conselhos Regionais,nas reas de suas respectivas jurisdies, zelarpela observncia dos princpios e diretrizes desteCdigo, e funcionar como rgo julgador deprimeira instncia.
TTULO II - DOS DIREITOS E DAS RESPONSABILIDADES GERAIS DO/A ASSISTENTE SOCIAL
Art. 2 Constituem direitos do/a assistentesocial:
Art. 3 So deveres do/a assistente social:
Art. 4 vedado ao/ assistente social:
Art. 2 Constituem direitos do/a assistente social:
a- garantia e defesa de suas atribuies eprerrogativas, estabelecidas na Lei de Regulamentaoda Profisso e dos princpios firmados neste Cdigo;
b- livre exerccio das atividades inerentes Profisso;
c- participao na elaborao e gerenciamento daspolticas sociais, e na formulao e implementao deprogramas sociais;
d- inviolabilidade do local de trabalho e respectivosarquivos e documentao, garantindo o sigiloprofissional;
e- desagravo pblico por ofensa que atinja a sua honraprofissional;
Art. 2 Constituem direitos do/a assistente social:
f- aprimoramento profissional de forma contnua,colocando-o a servio dos princpios deste Cdigo; g-pronunciamento em matria de sua especialidade,sobretudo quando se tratar de assuntos de interesseda populao;
h- ampla autonomia no exerccio da Profisso, nosendo obrigado a prestar servios profissionaisincompatveis com as suas atribuies, cargos oufunes;
i- liberdade na realizao de seus estudos e pesquisas,resguardados os direitos de participao de indivduosou grupos envolvidos em seus trabalhos.