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ÉTICA NA ANTIGUIDADE CONCEPÇÕES ÉTICAS sofistas Ética relativista ou subjetivista. Não há normas e verdades universalmente válidas. Sócrates Ética universal e racionalista decorrente do conhecimento da essência humana. Platão Ética racionalista que defendia a necessidade de uma depuração do mundo material para alcançar a ideia de bem. Aristóteles Afirmava que a virtude pode ser alcançada por meio de ações ,que deveriam observar o uso da justa medida, evitando os excessos e as faltas. Pregavam uma vida simples, em busca da felicidade ,para isso desapegavam-se dos bens materiais, prazeres, comodidades e convenções sociais. Cinismo 1

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ÉTICA NA ANTIGUIDADE

CONCEPÇÕES

ÉTICAS

sofistas

Ética relativista ou subjetivista.

Não há normas e verdades

universalmente válidas.

Sócrates

Ética universal e racionalista

decorrente do conhecimento da

essência humana.

Platão

Ética racionalista que defendia a

necessidade de uma depuração do mundo

material para alcançar a ideia de bem.

Aristóteles

Afirmava que a virtude pode ser

alcançada por meio de ações ,que

deveriam observar o uso da justa

medida, evitando os excessos e

as faltas.

Pregavam uma vida simples, em

busca da felicidade ,para isso

desapegavam-se dos bens

materiais, prazeres,

comodidades e convenções

sociais.

Cinismo

1

ARISTÓTELES: ÉTICA DO EQUILÍBRIO

FELICIDADE

O fim último do ser

humano consiste em

promover sua essência

racional.

VIRTUDE

É agir corretamente,

praticando o meio-termo

entre o excesso e a

falta.

ÉTICA E POLÍTICA

O ser humano necessita do bem

comum para atingir a felicidade como

plenitude de seu bem-estar.

CONCEPÇÃO

ÉTICA

Mais realista,

próxima do

indivíduo concreto.

2

Sócrates

FELICIDADE

O fim último do ser

humano consiste em

promover sua essência

racional.

VIRTUDE

Forma de a agir de

acordo com suas

Capacidades essenciais

ALMA HUMANA

3 PARTES

CONCUSPISCÍVEL

IRASCÍVEL

RACIONAL

Natureza racional

Essência do ser

humano.

3

Ideias eternas

MUNDO DAS IDEIAS

COMO VIVER PARA SER FELIZ?

4

Platão(427-347 a.C.)

A felicidade encontra-se em um conhecimento muito especial: o conhecimento supremo da realidade.

Esse conhecimento correspondente à Ideia do Bem (ou Bondade).

Para chegar a ele, é preciso abandonar as ilusões dos sentidos e elevar-se ao Mundo das Ideias.

A resposta de Platão

R EA LI D A D E

Nascido em Atenas, foi primeiro grande filósofo

ocidental, juntamente com seu mestre, Sócrates.

Há o Mundo das Ideias ou Formas

eternas e perfeitas.

Essas Ideias eternas e perfeitas

dão forma...

... às diversas coisasque existem no

Mundo Sensível.

Quando o ser humano compreende isso...

... e conhece a Ideia mais perfeita de todas, a

Ideia do Bem,...

... alcança a felicidade suprema!

O SERHUMANO

MUNDO SENSÍVEL

rio

pei

xe

Mas as coisas do Mundo Sensível são cópias imperfeitas das Ideias eternas.

Conhecer o Bem ou Bondade para ser feliz.

COMO VIVER PARA SER FELIZ?

5

A resposta de Platão O que é preciso fazer para realizar o caminho proposto por Platão?

Harmonizar as três almas:

Alma racional

Alma irascível

Alma concupiscente

Praticar a ginástica...

Construir o bem comum.

Platão(427-347 a.C.)

O filósofo dizia que a felicidade deve ser buscada para todos os

habitantes da cidade, não apenas para um indivíduo ou uma classe social. Ele queria o bem comum.

e a dialética.

COMO VIVER PARA SER FELIZ?

6

A resposta de Aristóteles

Aristóteles(384-322 a.C.)

A conquista da felicidade depende basicamente da práticaconstante da virtude.

Exercício mental pelo qual a pessoa

concentra sua atenção na ordem e na beleza

do cosmo em busca da realidade fundamental

das coisas.

A generosidade, a coragem, a cortesia e a justiça são outras virtudes que a pessoa deve exercitar. Delas resulta a boa convivência sociale a paz, fatores importantes de felicidade.

A virtude mais característica do ser humano é a razão. Seu exercício exalta seu ser e lhe traz prazer.

Portanto, para ser feliz, a pessoa deve praticar a atividade intelectual e a contemplação.

A disponibilidade de bens materiais é também muito importante para alcançar o equilíbriofinal que constitui uma vida feliz.

Nascido em Estagira, na Macedônia, viveu em Atenas

e foi discípulo de Platão.

♦Propôs uma ética do meio--termo, isto é, o equilíbrio entre o excesso e a falta.

OS CÍNICOS

• O Cinismo surgiu em Atenas por volta dos

séculos III e IV a.C. e deve-se a Antístenes

(440 – 336 a.C.), um filósofo grego, o crédito

de iniciador de tal filosofia.

• Apesar de ter sido Antístenes o iniciador do

cinismo e o criador de suas principais

teses, é impossível falar de cinismo sem

falar de Diógenes de Sínope (413 – 323

a.C.), que fora discípulo de Antístenes

(embora esse inicialmente o repelisse a

pauladas) e tornara-se o maior expoente do

cinismo.

Alexandre e Diógenes

cachorro"(kýon,kynos=cão)

Estava Diógenes jantando seu costumeiro prato de lentilhas, quando

Arístipos se aproximou. Arístipos, de Cirene, era também filósofo,

adepto do prazer como único bem absoluto na vida. Para poder levar

uma vida confortável, vivia sempre bajulando o Rei.

Disse, então, Arístipos a Diógenes: —Se aprendesses a bajular o Rei,

não precisarias reduzir tua alimentação a um prato de lentilhas. Por

sua vez, Diógenes retrucou: — E tu, se tivesses aprendido a te

satisfazeres sempre com um prato de lentilhas, não precisarias passar

tua vida bajulando o Rei.

DIÓGENES

• A missão que Diógenes se propôs foi trazer à vista

aqueles fáceis meios de vida, e demonstrar que o homem

tem sempre à sua disposição o que é necessário para ser

feliz, desde que saiba dar-se conta das efetivas

exigências da sua natureza.

• Desprezar a riqueza e rejeitar as convenções sociais. As

matemáticas, a física, a astronomia e a música são, para

ele, "inúteis e desnecessárias".

• É um animal que indica ao cínico o modo de viver: um

viver sem metas (que a sociedade propõe como

necessárias), sem necessidade de casa e de morada fixa

e sem o conforto das comodidades oferecidas pelo

progresso.

• O desprezo do prazer é fundamental na vida do cínico.

• Seu ideal supremo era o bastar-se a si-mesmo. O não ter necessidade de nada, a "autarquia" já pregadas pelo mestre, assim como a "apatia" e a "indiferença.