Ética cristã 3 - a Ética pastoral
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Ética PastoralBibliografia:
KESSLER, Nemuel. Ética Pastoral. Rio de Janeiro: CPAD, 1988.
1 Timóteo 3.1
“Esta afirmação é
digna de
confiança: Se
alguém deseja
ser bispo
deseja uma
nobre função.”(NVI)
Quem é o Pastor?
1.É um Vocacionado por Deus
2.Recebeu Dons Espirituais afim
de produzir:
1. A Unidade,
2. A Maturidade, e
3. A Perfeição da Igreja
3.É um Presente de Deus à Igreja
O que deve fazer o Pastor?
1. Buscar cumprir a vontade de Deus:
“O aperfeiçoamento dos santos para a obra do
ministério, para a edificação do corpo de Cristo”(Ef 4.12)
2. Ficar no firme propósito de promover o
crescimento espiritual da igreja, executando
a missão de Jesus Cristo (Ler: Ef 2.21-22)
O que deve fazer o Pastor?
3. Lembrar sempre que a glória e a honra
do sucesso ministerial são só do
Senhor Jesus, porque todas as coisas
procedem dEle e “a Ele seja a glória e
o poderio para todo o sempre”
(1 Pe 5.11)
O que deve fazer o Pastor?
4. Reconhecer que sendo ministro
“homem” é separado para cumprir o
propósito de Deus na Igreja, porém
sujeito às paixões da carne e por isso
deve estar sempre vigilante, como
exemplo aos fiéis. (Ler: Rm 7.15-23)
Princípios Éticos Básicos
1. Estar consciente de que seu ministério é
uma vocação divina e que o alcançou não
por seus próprios méritos, mas através da
convicção de sua chamada por Deus
“Deste evangelho me tornei ministro pelo dom
da graça de Deus, a mim concedida pela
operação de seu poder.” Ef 3.7
(Hb 5.4; 2 Co 3.5-6; Gl 1.15-16; Mt 4.21 e 1 Tm 1.12)
Princípios Éticos Básicos
2. Apesar da posição elevada que exerce,
deve sempre lembrar-se de que está na
condição de servo do Senhor Jesus Cristo
“Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo
Jesus,que embora sendo Deus, não considerou
que o ser igual a Deus era algo a que devia
apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo
a ser servo (tomando a forma de
servo)...humilhou-se a si mesmo e foi obediente
até a morte e morte de cruz!” Fl 2.5-8
Princípios Éticos Básicos
3. Como mordomo de seu tempo, deve
administrá-lo exercendo domínio sobre o
seu uso, e com sabedoria
“Tenham cuidado com a maneira como vocês
vivem; que não sejam insensatos, mas
sábios, aproveitando ao máximo cada
oportunidade, porque os dias são maus.”Ef 5.15-16
Princípios Éticos Básicos
4. Como o único que pode manchar o seu
próprio caráter, deve o pastor “garantir, por
sua conduta, a melhor reputação possível
do ministério pastoral”
“É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível,
marido de uma só mulher, moderado, sensato,
respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar.
Também deve ter boa reputação perante os de
fora, para que não cai em descrédito nem na
cilada do Diabo.” 1 Tm 3.2,7
Princípios Éticos Básicos
5. Por ser a atividade pastoral estritamente de
cunho espiritual, a sua mensuração deve
ser qualitativa e serviçal, e nunca voltada
para o lucro financeiro.
“Não trabalhem pela comida que se estraga,
mas pela comida que permanece para a vida
eterna, a qual o Filho do homem lhes dará.
Deus, o Pai, nele colocou o seu selo de
aprovação.” Jo 6.27
A Ética da Vida do Pastor
Área
Pessoal
Ética na Área Pessoal
1. O pastor deve conservar-se
fisicamente saudável e viver no
equilíbrio do sentimento, porque o
corpo é o templo do Espírito Santo
para que possa cumprir a gloriosa
missão que lhe foi confiada por Deus
nesta vida.
Ética na Área Pessoal
“Acaso não sabem que o corpo de
vocês é santuário do Espírito Santo
que habita em vocês, que lhes foi
dado por Deus, e que vocês não
são de si mesmos?” 1 Co 6.19
Ética na Área Pessoal
2. O pastor deve cultivar seu
crescimento espiritual
diário, orando, estudando,
meditando e possuindo um
coração cheio do fruto e
dons do Espírito Santo e
consagrar toda a sua vida
ao trabalho do Evangelho.
Ética na Área Pessoal
“Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas
misericórdias de Deus que se ofereçam
em sacrifício vivo, santo e agradável a
Deus; este é o culto racional de vocês.
Não se amoldem ao padrão deste
mundo mas transformem-se pela
renovação da sua mente, para que
sejam capazes de experimentar e
comprovar a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus.” Rm 12.1-2
Ética na Área Pessoal
3. O pastor deve abster-se dos costumes
adquiridos que prejudicam a eficácia
de seu ministério ou a sua influência
pessoal.
Ética na Área Pessoal
“Embora a esta altura já devessem ser
mestres, vocês precisam de alguém
que lhes ensine novamente os
princípios elementares da palavra de
Deus. Estão precisando de leite e não
de alimento sólido!” Hb 5.12
Ética na Área Pessoal
4. O pastor deve
esforçar-se para viver
dentro dos limites de
seu orçamento e com
honestidade saldar
integralmente seus
compromissos
financeiros.
Ética na Área Pessoal
“Não devam nada a
ninguém, a não ser o
amor de uns pelos
outros, pois aquele que
ama seu próximo tem
cumprido a Lei.” Rm 13.8
Ética na Área Pessoal
5. O pastor deve ter o
coração cheio de
confiança na providencia
paterna de Deus, em
todas as circunstancias,
sabendo que esta é a
vontade dEle para sua
vida.
Ética na Área Pessoal
“Busquem, pois, em
primeiro lugar o Reino
de Deus e a sua
justiça, e todas essas
coisas lhes serão
acrescentadas.” Mt 6.33
Ética na Área Pessoal
6. O pastor deve considerar a Bíblia como a
Palavra de Deus, a única regra de fé e
prática e usá-la como a substância de seu
ministério docente e profético, bem como
zelar pelo Ministério da Palavra.
Ética na Área Pessoal
“Procure apresentar-se a Deus aprovado,
como obreiro que não tem do que se
envergonhar e que maneja corretamente a
palavra da verdade.” 2 Tm 2.15
A Ética da Vida do Pastor
Área
Familiar
Ética na Área Familiar
O pastor tem o dever
fundamental de
certificar-se de que
suas relações familiares
são justas e que
constituem exemplo de
viver piedoso para toda
a comunidade.
Ética na Área Familiar
“Ele deve governar bem a
sua própria família,
tendo os filhos sujeitos a
ele, com toda a
dignidade. Pois, se
alguém não sabe
governar sua própria
família, como poderá
cuidar da igreja de
Deus?” 1 Tm 3.4-5
Ética na Área Familiar
1. O pastor deve buscar no matrimônio
uma pessoa apta para auxiliá-lo no
ministério, considerando a ação
permanente de Deus na vida do lar.
“As mulheres igualmente sejam dignas,
não caluniadoras, mas sóbrias e
confiáveis em tudo.” 1 Tm 3.11
Ética na Área Familiar
2. O pastor deve agir honesta
e corretamente com sua
família, dando-lhe o
sustento adequado, o
vestuário, a educação, a
assistência médica e
espiritual, bem assim como
o tempo que esta merece.
Ética na Área Familiar
“É preciso que o presbítero
seja irrepreensível, marido
de uma só mulher e tenha
filhos crentes que não
sejam acusados de
libertinagem ou
insubmissão.” Tt 1.6
Ética na Área Familiar
3. O pastor deve abster-se de tratar dos
problemas eclesiásticos diante dos
filhos, mesmo que os de menor idade,
e nunca citar nomes de pessoas
envolvidas.
Ética na Área Familiar
“Lancem sobre ele toda a sua ansiedade,
porque ele tem cuidado de vocês.
Estejam alertas e vigiem. O diabo, o inimigo de
vocês, anda ao redor como leão, rugindo e
procurando a quem possa devorar.” 1 Pe 5.7-8
Ética na Área Familiar
4. O pastor sempre deve usar uma
linguagem sã para com os seus, nunca
xingar seus filhos ou discutir com a
esposa perante eles, principalmente no
que diz respeito à sua disciplina.
Ética na Área Familiar
“Nenhuma palavra torpe saia da boca de
vocês, mas apenas a que for útil para edificar
os outros, conforme a necessidade, para que
conceda graça aos que a ouvem.” Ef 4.29
A Ética nas
Relações Eclesiásticas
Em Relação à Denominação
Ética na Relação Denominacional
1. Uma vez que tenha abraçado a
denominação a que pertence, deve manter-
se leal a ela ou cortar relações se em boa
consciência nela não poder permanecer
“Assim, seja qual for o seu modo de crer
a respeito destas coisas, que isso
permaneça entre você e Deus. Feliz é o
homem que não se condena naquilo
que aprova.” Rm 14.22
2. Jamais deve criticar publicamente a sua
denominação, e, se assim desejar fazê-lo,
use a tribuna convencional e nunca ir a
juízo contra qualquer irmão.
“Se algum de vocês tem queixa contra outro
irmão, como ousa apresentar a causa para
ser julgada pelos ímpios, em vez de levá-la
aos santos?” 1 Co 6.1
Ética na Relação Denominacional
3. Esforce-se por promover o
desenvolvimento de sua denominação,
honrando-a com o seu próprio
testemunho e auxiliando-a nas grande
realizações.
Leia Atos 2.41-47
Ética na Relação Denominacional
4. Conheça a história de sua
denominação, não só no Brasil ou
Japão, como suas origens no exterior.
Mantenha-se informado como funciona
e extraia lições dos que fizeram a
história.
Ética na Relação Denominacional
A Ética nas
Relações Eclesiásticas
Em Relação à Convenção
ou Superintendência
Ética na Relação Denominacional
1. Seja filiado à Convenção ou
equivalente na Cidade, Estado, Região
ou País onde reside, de sua
preferência, sujeitando-se às normas
regimentais estabelecidas, bem assim
como conhecer a origem e a história
de sua Convenção.
2. Estenda as “tendas”de sua congregação, no
campo que trabalha, sem que isto signifique
contenda entre irmãos, mas dentro do
espírito de entendimento cristão
“Sempre fiz questão de pregar o evangelho
onde Cristo ainda não era conhecido, de
forma que não estivesse edificando sobre
alicerce de outro.” Rm 15.20
Ética na Relação Denominacional
3. Participe das assembléias ou reuniões
convencionais ou equivalente. Nelas use a
linguagem cristã ao referir-se aos demais
companheiros, respeitando sempre seus
pontos de vista, embora, aos seus olhos,
limitados.
“Nós, que somos fortes, devemos suportar as
fraquezas dos fracos, e não agradar a nós
mesmos. Cada um de nós deve agradar ao seu
próximo para o bem dele, a fim de edificá-lo.”
Rm 15.1-2
Ética na Relação Denominacional
4. Confie na soberana vontade de Deus na
indicação de seu nome para exercer uma
função de comando na Convenção, sem
que isto represente manobras políticas e
sectárias para obter posição ou manter-se
no cargo denominacional.
“Ninguém deve buscar o seu próprio bem, mas
sim o dos outros.” 1 Co 10.24
Ética na Relação Denominacional
5. Ao apresentar um ou mais candidatos à
Convenção ou equivalente para serem
consagrados ou ordenados ao ministério,
considere os seguintes aspectos na escolha
dos futuros ministros:
Ética na Relação Denominacional
5. Que o candidato:
1. Tenha tido verdadeira conversão e não seja
neófito (recém convertido)
“...O bispo... Não pode ser recém-convertido, para
que não se ensoberbeça e caia na mesma
condenação em que caiu o diabo.” 1 Tm 3.6
Ética na Relação Denominacional
5. Que o candidato:
2. Seja uma pessoa que governe bem a sua casa;
tenha os filhos em sujeição; tenha uma vida
irrepreensível no trabalho e na sociedade.
“Esforcem-se para ter uma vida tranqüila, cuidar
dos seus próprios negócios e trabalhar com as
suas próprias mãos, como nós instruímos; a fim
de que andem decentemente aos olhos dos
que são de fora e não dependam de ninguém.”
1 Ts 4.11-12
Ética na Relação Denominacional
5. Que o candidato:
3. Seja vocacionado para a obra do ministério,
porque a função não habilita o homem, mas o
homem é quem deve ser habilitado para a
função.
“Por isso, tudo suporto por causa dos eleitos, para
que também eles alcancem a salvação que
está em Cristo Jesus, com glória eterna.”
2 Tm 2.10
Ética na Relação Denominacional
5. Que o candidato:
4. Esteja disposto, se necessário, a viver do
Evangelho.
“Vocês não sabem que aqueles que trabalham no
templo alimentam-se das coisas do templo, e
que os que servem diante do altar participam
do que é oferecido no altar? Da mesma forma,
o Senhor ordenou àqueles que pregam o
evangelho, que vivam do evangelho.” 1 Co 9.13-14
Ética na Relação Denominacional
5. Que o candidato:
5. Não considere o ministério como algo
hereditário, por conveniência econômica,
política ou oligárquica (o governo de poucos em
beneficio próprio), muito embora muitos filhos
tenham condições de dar continuidade ao
ministério iniciado por seus pais.
Leia: 1 Rs 2.10-12
Ética na Relação Denominacional
5. Que o pastor:
1. Nunca apresente um candidato para ordenação
como recompensa, ou sob o aspecto
protecionista, ou pela aparência, ou pela
riqueza, sem que seja vocacionado para o
exercício da função.
2. Não pense que o ministério se dá aos que
galgaram uma escala hierárquica, iniciada
como diácono e terminada como pastor.
Ética na Relação Denominacional
5. Que o pastor:
3. Não trate o ministério como uma profissão,
anulando os conceitos bíblicos da vocação e
indicar indivíduos apenas pelas mordomias que
à igreja possam oferecer, em detrimento dos
realmente vocacionados
4. Não indique elementos imaturos,
desequilibrados mentais. Isso seria antecipar
sérios problemas para dentro da igreja
Ética na Relação Denominacional
5. Em resumo deve o ordenado, tendo
consciência da vocação divina, assinar um
termo contendo o seguinte:
Ética na Relação Denominacional
1. Honrar em tudo, na minha vida pessoal, sob
a direção do Espírito Santo os sagrados
compromissos do MINISTÉRIO que me foi
concedido, tendo sempre presente as
minhas responsabilidades perante a Igreja e
perante o mundo.
TERMO DE COMPROMISSO
2. Promover a paz e o desenvolvimento
espiritual, moral e patrimonial da Igreja a
que sirvo, sendo o exemplo da doutrina,
fortalecendo o espírito e a prática da
fraternidade e cooperação das instituições,
obreiros e membros que estiverem sob
minha direção, a boa ordem dos serviços
eclesiásticos e comunhão espiritual do povo
de Deus.
TERMO DE COMPROMISSO
3. Ser fiel no zelo e nas atribuições a mim
conferidas pela Igreja ou por delegação
pastoral.
4. Ter em elevada conta o espírito e a prática
da comunhão e lealdade em relação aos
meus companheiros de Ministério, orando em
seu favor, amando-os com o amor de Cristo,
aconselhando-os e sendo aconselhado, e
zelando de todos os modos, pela pureza do
Ministério perante o mundo e a Igreja.
TERMO DE COMPROMISSO
5. Obedecer aos Estatutos e Regimento
Interno, da Igreja e da Convenção (ou
equivalente), bem como acatar com
humildade as observações e as restrições
disciplinares da Igreja, do Ministério Geral a
que estou sujeito, e das Convenções ou
organizações filiadas (Geral, Regional,
Estadual e/ou Municipal)
TERMO DE COMPROMISSO
6. Em caso de objeções de consciência, de
divergências doutrinárias ou por qualquer outro
motivo que leve a desligar-me ou ser desligado
da Igreja, processar normal e pacificamente
esse desligamento, não provocando, sob
qualquer pretexto, perturbações, cismas no
seio da igreja e da entidade que esteja
jurisdicionado ou dirigindo, não levantar
questões jurídicas contra a Igreja ou
Convenção, em qualquer circunstância.
TERMO DE COMPROMISSO
7. Honrar, com soluções honestas, os
compromissos assumidos para com a
Igreja, a Convenção (ou equivalente), a
Sociedade e o indivíduo.
TERMO DE COMPROMISSO
A Ética nas
Relações Eclesiásticas
Em Relação à Igreja
Ética na Relação com a Igreja
1. Sendo a igreja o corpo de Cristo, do qual é a
cabeça, e o pastor ou líder um membro em
particular e portador de um dom especial, deve
tratá-la com grande estima.
“...Cristo é o cabeça da igreja, que é o
seu corpo, do qual ele é o Salvador.”
Ef 5.23
2. Deve dedicar tempo integral à igreja, se por
ela for sustentado, e ter o seu
consentimento se desejar aplicar-se à outra
atividade material.
“Os presbíteros que lideram bem a igreja são
dignos de dupla honra, especialmente
aqueles cujo trabalho é a pregação e o
ensino. ...„o trabalhador merece o seu
salário‟.” 1 Tm 5.17, 18b
Ética na Relação com a Igreja
3. O pastor deve, por princípio, ser
absolutamente imparcial no seu
trabalho pastoral, não se deixando
levar por indivíduos ou facções, bem
como não pretender levar a igreja a
fazer tão-somente a sua vontade.
Ler: 1 Pe 5.1-3
Ética na Relação com a Igreja
4. Deve ter prudência ao desejar acumular, a
convite, o pastorado de outra, a fim de que não
venha descumprir compromissos com a própria
igreja e venham a lhe exigir esforço além de
seus limites; antes deve buscar a direção de
Deus.
“Enquanto adoravam o Senhor e jejuavam,
disse o Espírito Santo: „Separem-me
Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho
chamado‟.” At 13.2
Ética na Relação com a Igreja
5. Reconheça o momento certo de se afastar
da igreja quando perceber que seu
ministério está findo e não insista em
permanecer retardando o processo de
crescimento da igreja. Se já chegou o
momento, solicite a sua honrosa jubilação.
“Combati o bom combate, terminei a corrida,
guardei a fé.” 2 Tm 4.7
Ética na Relação com a Igreja
6. O pastor ou líder não deve fazer ou aprovar
qualquer manobra política para manter-se em
seu cargo ou para obter qualquer posição
denominacional; antes deve colocar-se
exclusivamente nas mãos de Deus para fazer
o que a Ele aprouver.
“Tudo é permitido, mas nem tudo convém.
Tudo é permitido, mas nem tudo edifica.
...façam tudo para a glória de Deus.”
1 Co 10.23, 31b
Ética na Relação com a Igreja
7. O pastor ou líder deve ser o primeiro a acatar
as deliberações da igreja, procurando sempre
esclarecer ao rebanho do Senhor as tomadas
de decisões acertadas.
“Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus
cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas
de livre vontade, como Deus quer...
Não ajam como dominadores dos que lhes foram
confiados, mas como exemplos para o rebanho.”
1 Pe 5.2-3
Ética na Relação com a Igreja
8. O pastor ou líder deve ser cuidadoso no modo
de cumprimentar e no relacionamento com as
pessoas do sexo feminino, e revelar nos seus
gestos a pureza do seu serviço ministerial
“Ninguém o despreze pelo fato de você ser
jovem, mas seja um exemplo para os fiéis na
palavra, no procedimento, no amor, na fé e
na pureza.” 1 Tm 4.12
Ética na Relação com a Igreja
9. O pastor ou líder deve manter o respeito
para com os membros de sua igreja, e
reservado quanto às confidências dos que
se aconselham em aflições ou problemas
pessoais.
“Todos tropeçamos de muitas maneiras. Se
alguém não tropeça no falar, tal homem é
perfeito, sendo também capaz de dominar
todo o seu corpo.” Tg 3.2
Ética na Relação com a Igreja
10.O pastor ou líder deve ter o cuidado em
suprir gastos de viagem de seus pregadores
convidados, da forma a mais discreta
possível.
“Da mesma forma, o Senhor ordenou àqueles
que pregam o evangelho, que vivam do
evangelho.” 1 Co 9.14
Ética na Relação com a Igreja
11.O pastor ou líder não deve assumir
compromissos financeiros de monta
considerável sem o prévio consentimento
da igreja, nem usurpar o dinheiro da igreja
para fins pessoais, mas, antes, prestar-lhe
contas de todos os seus gastos.
“Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito,
e quem é desonesto no pouco, também é
desonesto no muito.” Lc 16.10
Ética na Relação com a Igreja
A Ética nas
Relações Eclesiásticas
Em Relação ao
Trabalho Pastoral
Ética nas Ações Pastorais
1. O pregador ou mestre, ao citar frases ou
material de fonte alheia, em seus sermões ou
em obras literárias, deverá citar a origem e
nunca plagiar
“Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro,
tudo o que for nobre, tudo o que for correto,
tudo o que for puro, tudo o que for amável,
tudo o que for de boa fama, se houver algo
excelente ou digno de louvor, pensem
nessas coisas.” Ef 5.23
2. Deve evitar, o quanto possível,
entendimentos frequentes com membros da
igreja em seus locais de trabalho, a fim de
não trazer-lhes constrangimento junto aos
seus superiores
“Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo
certo para cada propósito debaixo do céu.
Ec 3.1
Ética nas Ações Pastorais
3. No ministério da visitação, deve portar-se com
discrição absoluta e dignidade cristã para com
as pessoas do lar visitado e nunca ficar a sós
com o cônjuge cujo esposo(a) esteja ausente
Ler: 1 Tm 5.1-15
Ética nas Ações Pastorais
4. Jamais deve-se comentar com familiares, nem
mesmo com o cônjuge, assuntos confidenciais
cuja divulgação seja maléfica para a obra do
Senhor
Ler: 1 Tm 3.1-5
Ética nas Ações Pastorais
5. Deve-se zelar pelo decoro do púlpito e por seu
próprio preparo e fidelidade na comunicação
da mensagem divina ao rebanho do Senhor
“Procure apresentar-se a Deus aprovado,
como obreiro que não tem do que se
envergonhar e que maneja corretamente a
palavra da verdade.” 2 Tm 2.15
Ética nas Ações Pastorais
6. A humildade deve ser uma das características
que acompanha o líder. Estar pronto a acatar
de terceiros orientações e projetos para o bem
da obra de Deus é uma demonstração disso.
“Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede
graça ao humildes.” Tg 4.6b
Ética nas Ações Pastorais
A Ética nas
Atividades Ministeriais
Em Relação aos
Colegas
O Princípio Bíblico
• O colega de ministério é nosso irmão e
nosso próximo.
“...Ame o seu próximo como a si mesmo.”Lc 10.27
“Não procurem vingança, nem guardem rancor
contra alguém do seu povo, mas ame cada
um o seu próximo como a si mesmo. Eu sou
o Senhor.” Lv 19.18
O Princípio Bíblico
• Devemos respeitar e conservar o caráter e
reputação dos colegas de ministério para
uma pura e tranqüila consciência com Deus
“Dêem a cada um o que lhe é devido: se
imposto, imposto; se tributo, tributo; se
temor, temor; se honra, honra.”Rm 13.7
A Ética nas
Atividades Ministeriais
Em Relação ao Antecessor
Ética nas Relações com o Antecessor
1. O pastor que deixa o pastorado da igreja, por
motivos cristãos, deve ser alvo de honra e
crédito de seu sucessor.
2. O pastor que assume o pastorado de uma
igreja deve ser prudente nas mudanças de
estilo deixado pelo seu antecessor.
3. Sempre que possível, o sucessor de um
pastorado da igreja deve dar continuidade aos
projetos iniciados pelo seu antecessor.
Ética nas Relações com o Antecessor
4. O pastor que assume o pastorado da igreja
não deve desprezar o seu antecessor, nem
tampouco a sua família, principalmente se
recebeu da igreja sua jubilação.
5. O pastor que assume o pastorado jamais fará
comentários desonrosos a respeito de seu
antecessor e do seu trabalho executado
durante o período em que serviu a igreja.
Ética nas Relações com o Antecessor
6. O sucessor no pastorado de uma igreja
deverá amparar a viúva de seu antecessor
quando este, nenhum recurso legou à sua
companheira
“Trate adequadamente as viúvas que são
realmente necessitadas.” 1 Tm 5.3
A Ética nas
Atividades Ministeriais
Em Relação ao
Sucessor
Ética nas Relações com o Sucessor
1. O pastor deve cuidar para que a passagem do
pastorado da igreja, a seu sucessor, seja com
inteira lisura e a mais transparente possível.
2. O pastor que deixa o pastorado deve entregar
todos os bens da igreja, através de relatório
completo, ao seu sucessor, bem como dar-lhe
ciência do que existe em andamento.
Ética nas Relações com o Sucessor
3. O pastor que deixa o pastorado evidenciará
sua humildade em Cristo assistindo ao culto de
posse do seu sucessor, ocasião em que
receberá as justas homenagens. Excetuam-se
os casos em que o afastamento deveu-se por
pecado.
4. O sucessor no pastorado de uma igreja jamais
deverá se portar enciumado com as visitas
espontâneas ou a convite de seu antecessor.
Ética nas Relações com os Colegas
1. Zelar pela reputação dos seus colegas quando
ela se baseia num caráter bom, por ser uma
das coisas mais preciosas que se possui, e
não permitir comentários desabonadores a seu
respeito.
2. Falar a verdade com respeito a uma ação má
de um colega que tem granjeado boa
reputação junto à sociedade sem calúnias, pois
possui algo a que não tem direito.
Ética nas Relações com os Colegas
3. Zelar pela natureza, pela moral, pela dignidade
e pela espiritualidade do Ministério Evangélico,
tomando, para isso, as providências que a
ética cristã lhe indicar.
4. Na conversação, não suscitar dúvidas no
coração de seus colegas sobre conceito de
coisas sérias e de importância que delas fazem
outros colegas.
Ética nas Relações com os Colegas
5. Ser exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na
caridade, no espírito, na fé, na pureza, porque
o mau exemplo enfraquece o poder de
resistência de nosso colega.
6. Ficar à parte das questões que surjam nas
igrejas de seus colegas, e não aproveitar-se da
ocasião para arrebanhar os descontentes,
salvo quando for convidado por aquele ou pela
Convenção (ou equivalente) a que estiver
filiado.
Ética nas Relações com os Colegas
7. Só aceitar convite para pregar em outra igreja
quando formulado pelo pastor ou seu
substituto legal, respeitando os princípios
éticos e bíblicos.
8. Cultivar junto aos colegas o hábito da
franqueza, da bondade, da lealdade e da
cooperação.
9. Não desmerecer o trabalho realizado por um
colega, mui especialmente quando o tenha
sucedido no pastorado da igreja.
Ética nas Relações com os Colegas
10.Não interferir nos assuntos da igreja de um
colega ou exercer o proselitismo entre seus
membros e muito menos abrir trabalhos nas
áreas imediatas à sua igreja, lembrando-se de
que o campo é o mundo e não as igrejas dos
outros.
11.Não aceitar membros disciplinados biblicamente
por outras igrejas, salvo na impossibilidade de
prévia reabilitação pelo desaparecimento da sua
igreja de origem, ou quando reconciliado pela
igreja que o disciplinou.
Ética nas Relações com os Colegas
12.Não aceitar convites para realizar casamento
ou outra cerimônia na igreja do colega, ou de
membros de sua igreja, sem seu prévio
assentimento, ressalvados os casos especiais.
13.Em nenhuma hipótese subestimar seus
colegas avocando preconceito racial, porque
Deus não faz acepção de pessoas.
Ética nas Relações com os Colegas
14.Ter um alto sentimento de consideração,
honra, estima e respeito pelos colegas mais
idosos ou jubilados, especialmente para com
os que fizeram e fazem a história da
denominação.
15.Não prestar falso testemunho contra o
companheiro, o que é uma abominação ao
Senhor e uma flagrante violação do dever de
conservação social.
Ética nas Relações com os Colegas
16.Ao deixar o pastorado de uma igreja, deve
evitar, tanto quanto possível, participar dos seus
trabalhos, a fim de não constranger o seu
substituto e não impedi-lo de tomar as
providências indispensáveis ao desenvolvimento
da obra.
17.Não ter inveja do colega que é
reconhecidamente melhor do que nós e de seu
sucesso ministerial, antes, dedicar-se a auxiliá-lo
em oração para que cumpra até o fim com
fidelidade a sua missão.
Ética nas Relações com os Colegas
18.O ministro não deve aceitar convites de
interessados ou se oferecer como candidato à
vacância do pastorado de uma igreja, por
falecimento ou exclusão de seu titular, mas
esperar o convite de quem de direito.
19.Quando criticar, voltar-se sempre para a ação
do colega criticado, sem ira, não em público,
sem precipitação e quando tiver pleno
conhecimento da situação, que geralmente tem
duas facetas.
Ética nas Relações com os Colegas
20.Restituir, quando prejudicar o colega não
somente os bens materiais mas também os
morais e os espirituais como o bom nome que
desfruta na sociedade e na sua boa reputação
no seio da igreja.
21.Perdoar ao colega ofensor, mesmo que lhe
seja de direito exigir justificação daquele que o
ofendeu, eliminando o ressentimento resultante
da ofensa e reatando as relações fraternais
que existiam antes do ato ofensivo.
Ética nas Relações com os Colegas
22.Não entrar em juízo contra um colega de
ministério nem contender com ele em
Convenção ou equivalente, induzindo outros a
uma acirrada represália, quando o sentimento
da própria dignidade foi atingido ou desejar
evidenciar o prazer da supremacia.