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Ética e Moral

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Ética e Moral

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Ética e Moral

Centro Universitário Ítalo Brasileiro

e

Associação Internacional de Direito Pontifício Arautos do Evangelho

Curso de Graduação em Teologia Curso de Graduação em Teologia TomistaTomista

Prof. Ms. Luiz Felippe Matta Ramos

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Ética e Moral

Para pensar

“Deus dos Pais, Senhor de misericórdia, que tudo criaste

com tua palavra e com tua Sabedoria formaste o homem para dominar as criaturas que fizeste, governar o mundo com justiça e santidade e exercer o julgamento com retidão de vida,

Dá-me a Sabedoria contigo entronizada e não me excluas do número de teus filhos.

(...)

Os pensamentos dos mortais são tímidos e

falíveis nossos raciocínios;

Um corpo corruptível pesa sobre a alma

e – tenda de argila – oprime a mente pensativa (...).

Quem conhecerá tua vontade, se não lhe dás

Sabedoria enviando

Dos céus teu santo espírito ?”

Livro da Sabedoria 9, 1-4.14-15.17.

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“A Ética e suas inserções no processo histórico. O período helenístico e o pensamento ético na Idade Média.

Roteiro

1.- O período helenístico: doutrinas éticas decorrentes.

2.- O pensamento ético medieval: periodização.

Em pauta:-Em pauta:-

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1.- O período helenístico: doutrinas éticas decorrentes.

Helenismo: “Por helenismo – entre as discutidas e diversas definições (...), entende-se o conceito de indica uma época, o conjunto de idéias filosóficas, religiosas e morais – que nascem no seio da cultura e civilização iniciadas na Grécia clássica e propagada, depois da expedição de Alexandre Magno, pela área mediterrânea. O helenismo, em grande parte, é o resultado sincretístico do abraço do Oriente ao Ocidente”.

FONTE: PIKASA, Xabier e SILANES, Nereo (Direção). Dicionário Teológico: o Deus cristão. São Paulo: Paulus, 1988. Série Dicionários.

Filosofia helenístico-romana: “morto Aristóteles, desaparece o interesse pela Metafísica; a Filosofia entra em declínio, torna-se regra de vida individualista, procura de felicidade terrestre”. Principais escolas e suas propostas.

FONTE: BETTENCOURT, Pe. Estêvão Tavares. Curso de Filosofia. Rio de Janeiro: Escola Mater Ecclesiae, s/d.

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1.- O período helenístico: doutrinas éticas decorrentes.

Princípios:

a pólis acaba e é substituída pelo império. Mudança de perspectivas ( = compreensão do mundo) e de valores morais. com o término da mesma, a compreensão da categoria de “cidadão” é substituída pela categoria do “indivíduo”. a vida política é interpretada como fonte de perturbação. Busca da felicidade fora da vida coletiva.Com Alexandre Magno, manifesta-se uma das primeiras expressões da globalização cultural com seus inevitáveis desdobramentos. Em decorrência destas perspectivas, manifestam-se escolas filosóficas com novos objetivos:

a paz da alma,a felicidade por meio da tranqüilidade e uma vida serena ainda neste mundo.

Alexandria: berço das coisas diferentes e exóticas. Período dos princípios que hoje correspondem ao esoterismo: pedras, cristais, cromoterapia, etc.

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1.- O período helenístico: doutrinas éticas.

Epicurismo ( Epicuro de Samos 270 a C).

A paixão é o movimento violento da alma. A virtude do sábio é sua capacidade de moderação, de equilíbrio.

Busca da supressão das causas da intranqüilidade (ataraxía), pois só existe o acaso.

As coisas são mecânicas. Nada possui uma ordem, uma finalidade.

Não temer os deuses porque eles possuem suas vidas próprias.

Não temer a morte: quando ela vem, já não mais existimos. A alma humana é material e mortal.

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1.- O período helenístico: doutrinas éticas .

Estoicismo (Zenão de Cítio 263 a C).Propõe uma “física panteísta”. Por conseqüência, a regra suprema está

em viver conforme a natureza e buscar a apatia (insensibilidade diante do bem e do mal).O sábio é aquele que tudo suporta, tudo tolera para manter-se em harmonia com o universo.Adoção do suicídio como forma de superar a angústia inevitável e decorrente desta tolerância.

Cinismo (Antístenes 365 a C).Desprezo pelos costumes vigentes.Valores morais = fonte de insatisfação.Zombaria pelos cidadão em geral.Negação da importância da vida coletiva.Mascaramento das reais intenções individuais para poder se relacionar com

os demais.

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1.- O período helenístico: doutrinas éticas .

Cristianismo: século I. Primeiros cristãos.

“Nós também temos a nossa receita de felicidade” não baseada em princípios políticos, sociais ou filosóficos mas sim em princípios divinos.

passagem de um ethos individualista, racional para um ethos cristão.

manifestação de um Deus pessoal embora não constituído de uma identidade antropológica ou cosmológica

Detentor e proponente de um projeto de vida que se configura em um proposta de valores encimada sob uma revolucionária perspectiva de relacionamento humano (intra pessoal) e social (inter pessoal): o amor ao próximo (= amor cáritas)

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2. O pensamento ético medieval: periodização. “As origens e formação da Ética cristã, que deveria exercer influência

tão profunda e decisiva na constituição de ethos da civilização ocidental, constituem apenas uma das faces, e a que levou provavelmente mais tempo para delinear-se, de um fenômeno histórico-cultural extremamente complexo qual foi, dos séculos I ao III, a expansão e inculturação do Cristianismo no mundo mediterrâneo”.

Fonte:- LIMA VAZ, Henrique C. de. Escritos de Filosofia IV. Introdução à Ética Filosófica. São Paulo: Loyola, 1999. Coleção Filosofia.

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2. O pensamento ético medieval: periodização

Segundo BETTENCOUT (obra citada), “dá-se o encontro da Filosofia com o Cristianismo, que suscita à razão questões novas, provocando favoravelmente a especulação filosófica

(grifo nosso): foram então elaboradas com precisão as noções de criação, pessoa, Providência, mal, vida póstuma, etc.

Distinguem-se duas fases:

A Patrística: séc. II – séc. VIII.

A Escolástica: séc. IX – séc. XV.

Escolástica ascendente: Santo Anselmo.

Escolástica alta: São Tomás de Aquino.

Escolástica decadente: Ockam.