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COLÉGIO DELOS – APARECIDA DE GOIÂNIA ENSINO MÉDIO GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA TEMA: “Estudos de morfologia verbal: aspectos verbais, paradigmas de conjugação e tempos verbais” Professor Eliel de Queiroz SEMINÁRIOS – AULA 01

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COLÉGIO DELOS – APARECIDA DE GOIÂNIA

ENSINO MÉDIO

GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA

TEMA:

“Estudos de morfologia verbal: aspectos verbais, paradigmas

de conjugação e tempos verbais”

Professor Eliel de Queiroz

SEMINÁRIOS – AULA 01

Conceito

Verbo é a classe de palavra que, do ponto de vista

semântico, expressa ação, estado, mudança de estado ou [um]

fenômeno. Verbo aponta, também, do ponto de vista

sintático, a organização das orações. Além de,

morfologicamente, ou seja, do ponto de vista morfológico,

possuir flexões que indicam pessoa, número, tempo, modo, voz,

aspecto e gênero.

A natureza do verbo

1) em caráter geral, os verbos constituem os predicados das orações;

2) justamente por constituir predicados, estabelece uma relação entre o sujeito

e o próprio predicado;

3) do ponto de vista semântico, são classificados como:

a) dinâmicos (“o que alguém faz”, “o que algo provoca” e “o que acontece”);

b) não dinâmicos (ou seja, os já conhecidos “não nocionais” ou “de ligação”,

modalizados ou não);

OBS: exemplo de verbo não dinâmico modalizado: Não existe mais o edifício “Art

Noveau”.

NEVES, Maria Helena de Moura. Gramática de usos do português. São Paulo: UNESP,

2011.

1) Regulares

2) Irregulares

3) Anômalos

4) Defectivos

5) Abundantes

Classificação dos verbos

Regulares: são aqueles em que o radical permanece o

mesmo em toda a conjugação.

Exemplo: verbo cantar.

PRESENTE DO INDICATIVO PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO

Abundantes: apresentam duas ou mais formas

equivalentes.

Irregulares: são os verbos cujos radicais se alteram ou cujas

terminações não seguem o modelo da conjugação a que pertencem.

Exemplo: verbo ouvir.

PRESENTE DO INDICATIVO PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO

Anômalos: verbos que apresentam mais de um radical ao

serem conjugados.

Exemplo: verbo ser e ir. No verbo ser ocorrem radicais diferentes, note

pela diferença entre: seja, era. No verbo ir, da mesma forma: vou, fui,

irei.

Observação:

Preste bastante atenção na conjugação do verbo SER no PRETÉRITO

IMPERFEITO DO INDICATIVO

Eu era

Tu eras

Ele/Ela/Você era

Nós éramos

Vós éreis

Eles/Elas/Vocês eram

Percebeu algo de diferente? Pois bem. “Éreis”. Incomum, concorda?

Diacronia dos anômalos

Em língua portuguesa, os dois verbos

tradicionalmente classificados como anômalos são:

ser e ir. Isso é explicado pela diacronia das próprias

palavras que se formaram a partir de radicais

distintos, radicais esses que são oriundos do latim:

Ser: “sum” e “sedere”;

Ir: “ire”,“vadere” e “fugere”;

Defectivos: não se apresentam em todas as flexões.

Exemplos:

Curiosidade

Pego OU pegado?

Em Portugal, somente a forma PEGADO éusada. No Brasil, as duas formas convivem. A forma PEGADOsó pode ser usada quando antecedida dos verbos TER ouHAVER: “Ele tinha (ou havia) PEGADO os documentos”. Aforma irregular PEGO está consagrada entre nós e já éaceitável na língua padrão. Pode ser usada com qualquer verboauxiliar (ser, estar, ter ou haver): “Ele foi PEGO em flagrante”.“Ele tinha PEGO (ou PEGADO) os documentos”.

Isso significa, portanto, que, com os verbos SER e ESTAR,só podemos usar a forma irregular (PEGO); e, com os verbosTER e HAVER, podemos usar tanto a forma regular (PEGADO)quanto a irregular (PEGO).

NOGUEIRA, Sérgio. Blog do Sérgio. 2013.

Modos verbais

Indicativo

Subjuntivo

Imperativo

Problemas para vocês resolverem!

Preste atenção:

Segundo a obra Gramática Contemporânea da Língua

Portuguesa, quanto ao tempo Indicativo Presente, posso eu ter:

a) uma ação habitual: “Corro todos os dias pela manhã.”

b) uma verdade universal: “O homem é mortal”; “O Vasco é o melhor time da

galáxia.”

c) indicar fatos já passados: “Em 1748, Montesquieu publica a obra O espírito das

leis.”

d) fatos futuros: “Amanhã vou à escola.”

NICOLA, José de. INFANTE, Ulisses. Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa. São

Paulo: Scipione, 1997.

Tempos verbais

1) Naturais;

Exemplo: Eu estudei cinética ontem à noite.

(Pretérito Perfeito do Indicativo)

2) Composto (Ter/Haver)

Exemplo: Tenho estudado cinética à noite.

(Pretérito Perfeito Composto do Indicativo)

Aspecto verbal ou Aspecto dinâmico do verbo

Teoria:

“Análise particular de cada verbo a partir do

comportamento semântico (carga significativa + duração

do processo/ação).”

1) Maurílio falava com Caio Castro acerca do próximo encontro.

2) Maurílio falou com Caio Castro acerca do próximo encontro.

Vozes verbais1) Ativa (sujeito + verbo + objeto)

A torcida do Goiás vaiou muito o time ontem à noite.

2) Passiva:

a) Analítica (sujeito paciente + ser/estar + verbo principal no particípio +

agente da passiva)

As roupas foram compradas por uma elegante senhora.

b) Sintética (verbo transitivo + partícula apassivadora + sujeito paciente)

Entregam-se encomendas.

c) Reflexiva

C.1)Reflexiva:

Cortei-me.

C.2) Reflexiva recíproca

Matheus e Sara amam-se vigorosamente.

Teoria da Transposição de Vozes

Respectivamente, da ativa para a passiva:

1) O sujeito da voz ativa passará a ser o agente da passiva;

2) O objeto direto da voz ativa passará a ser o sujeito da voz passiva;

3) Na passiva, o verbo ser estará no mesmo tempo e modo do verbo

transitivo da voz ativa (conservação aspectual ou dinâmica);

4) Na voz passiva, o verbo transitivo direto ficará no particípio.

Exercício de transposição de vozes

Frase na ativa:

A torcida aplaudiu os jogadores.

Frase na passiva:

Obrigado!