estudos de caso diferentes visões sobre os microrganismos (2)

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Estudos de caso: diferentes visões sobre os microrganismos Verjovsky, M. 1 ; Jurberg, C. 1,2 ; Rumjanek, V. M. B. D. 1 1 Instituto de Bioquímica Médica, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 2 Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz). Resumo Na tentativa de averiguar as visões acerca dos microrganismos, verificamos que 107 alunos de três escolas do Ensino Fundamental do Estado do Rio de Janeiro (duas particulares e uma pública) costumam associar todos os microrganismos a doenças. Poucos indicaram que alguns podem ser "benéficos". Também observamos que, de 143 microbiologistas brasileiros, a maioria (73,4%) se mostrou preocupada em alertar a população sobre os perigos dos microrganismos, 64,3% sobre os benefícios e 38,5% sobre conteúdos não-práticos. Por fim, de 315 matérias veiculadas na Internet, a maioria (83%) também abordou os malefícios relacionados a todos os tipos de micróbios averiguados. Concluímos que, apesar da importância histórica e social dos microrganismos patogênicos, os benéficos conquistam pouco espaço na mídia e no conhecimento popular. Introdução As histórias da microbiologia e das doenças infecciosas estão intimamente relacionadas. Embora apenas a minoria dos microrganismos cause doenças, a magnitude da devastação que esses seres provocaram – e ainda provocam – durante toda a existência do homem é uma explicação plausível para que os poucos patógenos tenham prevalecido, durante séculos, na história da disciplina. A construção do primeiro microscópio pelo alemão Zacharias Jannsen (1580-1638), por volta de 1600, foi fundamental para a descoberta dos microrganismos (Figueiredo, 1995). O comerciante holandês Antony Van Leeuwenhoek (1632-1723) fez as primeiras descrições detalhadas sobre o que viu: bactérias e protozoários nas lentes de aumento (Dobell, 1932 In: Bulloch, 1979). Porém, a primeira comprovação de que microrganismos poderiam causar doenças foi do italiano naturalista Agostino Bassi (1773-1856), em 1807, sobre fungos que contaminavam bichos-da-seda (Porter, 1973). No século XIX, o conhecimento sobre as infecções se desenvolveu muito. Dois importantes personagens para o estabelecimento da microbiologia foram o químico francês Louis Pasteur (1822-1895) e o médico e microbiologista alemão Robert Koch (1843-1910). Apesar de rivais, influenciaram cientistas de todo o mundo pela busca de novos métodos na determinação do papel específico dos micróbios nas doenças e suas vacinas (Ribeiro, 1997). Assim, na década de 1870, a microbiologia consolidou-se como disciplina científica. Além disso, outros fenômenos relacionados aos microrganismos já impressionavam os povos antigos, como a fermentação que produz o vinho e o pão. Hoje, a biotecnologia utiliza microrganismos para produzir inúmeros tipos de produtos, como alimentos, bebidas, vacinas, remédios, hormônios, biocidas, gás natural, diversas aplicações na indústria do petróleo, etc. (Pelczar, 1996). Inclusive, vários micróbios desempenham papéis fundamentais, como a modificação do nitrogênio, carbono e enxofre, a digestão de ruminantes, etc. Ou seja, além de benéficos, são essenciais para a vida no planeta (Madigan et.al ., 2004).

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Page 1: Estudos de Caso Diferentes Visões Sobre Os Microrganismos (2)

Estudos de caso: diferentes visões sobre os microrganismosVerjovsky, M.1; Jurberg, C.1,2; Rumjanek, V. M. B. D.1

1Instituto de Bioquímica Médica, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 2Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Resumo Na tentativa de averiguar as visões acerca dos microrganismos, verificamos que 107 alunos de três escolas do Ensino Fundamental do Estado do Rio de Janeiro (duas particulares e uma pública) costumam associar todos os microrganismos a doenças. Poucos indicaram que alguns podem ser "benéficos". Também observamos que, de 143 microbiologistas brasileiros, a maioria (73,4%) se mostrou preocupada em alertar a população sobre os perigos dos microrganismos, 64,3% sobre os benefícios e 38,5% sobre conteúdos não-práticos. Por fim, de 315 matérias veiculadas na Internet, a maioria (83%) também abordou os malefícios relacionados a todos os tipos de micróbios averiguados. Concluímos que, apesar da importância histórica e social dos microrganismos patogênicos, os benéficos conquistam pouco espaço na mídia e no conhecimento popular. IntroduçãoAs histórias da microbiologia e das doenças infecciosas estão intimamente relacionadas. Embora apenas a minoria dos microrganismos cause doenças, a magnitude da devastação que esses seres provocaram – e ainda provocam – durante toda a existência do homem é uma explicação plausível para que os poucos patógenos tenham prevalecido, durante séculos, na história da disciplina. A construção do primeiro microscópio pelo alemão Zacharias Jannsen (1580-1638), por volta de 1600, foi fundamental para a descoberta dos microrganismos (Figueiredo, 1995). O comerciante holandês Antony Van Leeuwenhoek (1632-1723) fez as primeiras descrições detalhadas sobre o que viu: bactérias e protozoários nas lentes de aumento (Dobell, 1932 In: Bulloch, 1979). Porém, a primeira comprovação de que microrganismos poderiam causar doenças foi do italiano naturalista Agostino Bassi (1773-1856), em 1807, sobre fungos que contaminavam bichos-da-seda (Porter, 1973). No século XIX, o conhecimento sobre as infecções se desenvolveu muito. Dois importantes personagens para o estabelecimento da microbiologia foram o químico francês Louis Pasteur (1822-1895) e o médico e microbiologista alemão Robert Koch (1843-1910). Apesar de rivais, influenciaram cientistas de todo o mundo pela busca de novos métodos na determinação do papel específico dos micróbios nas doenças e suas vacinas (Ribeiro, 1997). Assim, na década de 1870, a microbiologia consolidou-se como disciplina científica. Além disso, outros fenômenos relacionados aos microrganismos já impressionavam os povos antigos, como a fermentação que produz o vinho e o pão. Hoje, a biotecnologia utiliza microrganismos para produzir inúmeros tipos de produtos, como alimentos, bebidas, vacinas, remédios, hormônios, biocidas, gás natural, diversas aplicações na indústria do petróleo, etc. (Pelczar, 1996). Inclusive, vários micróbios desempenham papéis fundamentais, como a modificação do nitrogênio, carbono e enxofre, a digestão de ruminantes, etc. Ou seja, além de benéficos, são essenciais para a vida no planeta (Madigan et.al., 2004).

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Diversas pesquisas já foram desenvolvidas acerca das percepções da população (inclusive de jovens) sobre as relações entre saúde e doença em geral (Minayo, 1988; Boruchovitch & Mednick, 2000) e também de algumas doenças especificamente (Noronha et. al., 1995; Claro et. al., 2004). Inclusive, outros estudos também destacam a importância da mídia como fonte de informação e atualização sobre os temas relacionados à saúde e ciência. Os meios de comunicação de massa se constituem em importantes veículos na divulgação de informações de saúde para parcelas significativas da população (Barata, 1990). E exercem uma função social que ultrapassa o papel de apenas informar a sociedade (Darde, 2004). Portanto, este trabalho procurou comparar como alunos de uma amostra de escolas do Rio de Janeiro apreendem o tema microrganismos com o que os pesquisadores da área acreditam que a população deveria saber sobre o assunto e como a mídia aborda o tema através da internet. MetodologiaA análise dos materiais desta pesquisa foi executada segundo metodologias propostas pela pesquisadora francesa Laurence Bardin (1977). Participaram deste trabalho, 30 e 41 alunos, da 7ª série do Ensino Fundamental (atual 8º ano), de duas escolas particulares da Zona Sul do Rio de Janeiro, identificadas aqui respectivamente como escolas 1 e 2, e 36 alunos de um Ciep, localizado em São Gonçalo, identificado como escola 3. Eles responderam ao seguinte questionário: “Explique o que são: 1) Micróbios; 2) Bactérias; 3) Fungos; 4) Protozoários; 5) Vírus; 6) Helmintos / Vermes”. Também enviamos, entre março e abril de 2007, uma pergunta aberta para 672 pesquisadores da área de microbiologia selecionados pelo sistema de busca avançada do Currículo Lattes, disponível no ambiente http://lattes.cnpq.br. Foi solicitado que respondessem: “O que o(a) Sr.(a) considera importante que o público geral (incluindo adultos, jovens e crianças) deva saber com relação aos temas de microbiologia?”. Foram obtidas 146 respostas (21,7%). Além disso, analisamos 315 matérias veiculadas pela internet durante os meses de março, abril e maio de 2008. Elas foram selecionadas pelo sistema de Alertas do Google, com as palavras-chave: “micróbio”, “bactéria”, “fungo”, “vírus”, “protozoário“ e “verme”. Resultados e discussãoCom relação ao questionário dos alunos, 72,3% das questões foram respondidas. As questões mais respondidas foram relacionadas aos vírus, fungos e bactérias, e as com menores índice de respostas foram os protozoários, seguido pelos vermes e micróbios. Os termos mais citados foram relacionados às doenças.

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Dos alunos que responderam a questão “o que são micróbios?”, 73% os relacionaram a seres muito pequenos, 49% a causadores de doenças e, em menor proporção (19%) a estarem presentes em todos os lugares. Os vírus foram os micróbios mais associados às doenças e transmissibilidade (95,5%), com muitos exemplos certos de doenças, como gripe (por 12 alunos), Aids (10 alunos) e dengue (cinco alunos). Nenhum aluno relacionou os vírus com aspecto de biotecnologia. A relação de doenças também foi muito estabelecida para os helmintos (81,5%). Associada por esses alunos à “doenças como dor de barriga”, onde “se alimentam da nossa comida”. Eles afirmaram que “são transmitidos pela comida”, “em sanitários e esgotos” ou “quando a gente anda descalço”. As bactérias foram o terceiro microrganismo mais associado às doenças (66,8%). O segundo mais associados à noção de tamanho e à sujeira. Aparecem como seres presentes em animais sujos ou mortos, ou nas pessoas. Os protozoários não tiveram uma relação tão forte com as doenças (42,8%). O discurso prevalente é o de seres unicelulares que podem provocar doenças e são “relativamente maiores que os outros” ou “maiores que as bactérias e vírus”. Os fungos foram os menos relacionados às doenças (24%). Além disso, foram muito associados aos alimentos estragados, decomposição de matéria orgânica em geral e sujeira. Portanto, 75,3% das respostas sobre fungos os atribuíram a causadores de malefícios - não necessariamente relacionados a doenças. A correlação com o habitat em que estão inseridos foi mais expressiva do que para todos os outros microrganismos (70%). Aparecem em exemplos na forma de mofo e/ou cogumelos. Com relação às respostas dos pesquisadores, foram observados três padrões de respostas: 1. A maioria das respostas foi relacionada ao perigo dos microrganismos (73,4%): “Na minha opinião, o mais importante é o público saber sobre as principais doenças causadas pelos microrganismos e sobre medidas simples e básicas de prevenção das mesmas”. 2. seguido daqueles que consideram importante as pessoas saberem sobre os seus fatores benéficos (64,3%): “Acho que as pessoas também deviam saber que existem muitos micróbios bons para o organismo, não só os patogênicos”. 3. Uma parcela menor de pesquisadores (38,5%) afirmou que são importantes os conceitos sobre microbiologia que não estariam atrelados a alguma utilidade prática: “Eu acho que o público em geral deveria saber pelo menos o que é uma bactéria, um fungo e um vírus, pois é o mínimo. Pois eles misturam tudo”. 4. Cerca de 1/3 apresentou um pré-conceito sobre o que eles acreditam que as pessoas sabem (ou não sabem) com relação aos micróbios.

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Entretanto, estas categorias estavam geralmente intrincadas e 73% dos pesquisadores escreveram pelo menos dois critérios na mesma resposta. O discurso sobre os micróbios patogênicos pareceu mais forte, sendo o mais prevalente entre os microbiologistas que atribuem apenas um único critério de importância. À medida que o discurso se torna mais aberto e mais critérios são citados, o tema dos microrganismos benéficos se equipara em importância ao discurso dos micróbios patogênicos. Com relação à análise das matérias, a maior parte tratou sobre os vírus (109), fungos (75) e as bactérias (65) e poucas sobre protozoários (27), micróbios em geral (23) e helmintos (16). De todas as matérias analisadas, a maioria (83%) abordou temas relacionados aos danos e malefícios que podem ser provocados pelos microrganismos. O tema prevaleceu em todos os grupos de microrganismos e foi mais acentuado com relação aos protozoários (100%), vírus (98,2%) e vermes (87,5%). Também observamos que os micróbios em geral, as bactérias e os fungos foram os que obtiveram mais abordagens favoráveis (21,7%, 15,4% e 13,3%, respectivamente). Os micróbios e os vermes também sobressaíram com relação às abordagens neutras (13% e 12,5%, respectivamente). Ressaltamos a importância dos alertas de novos surtos de infecções hospitalares (27,7%), devido à crescente seleção e multiplicação das bactérias resistentes a múltiplas drogas. Das 315 notícias, 21,6% abordam resultados de pesquisas científicas e apenas 25 (8%) sobre pesquisas brasileiras.

Por fim, a relação dos microrganismos com as doenças surgiu mesmo antes do advento do microscópio, quando alguns pensadores, como Marcus Terentius Varro (116-27 a.C) e Girolano Fracastoro (1483-1553), já atribuíam que diversas enfermidades deveriam ser provocadas por seres invisíveis à vista humana (Finkielman, 2007). Apesar das leveduras terem sido descritas no processo de fermentação já em 1837 por Charles Cagniard-Latour (1777-1859) (Barnett, 2003) e confirmadas pouco depois por Louis Pasteur (1822-1895), a importância dos microrganismos cresceu no contexto das doenças (Ribeiro, 1997). Os estudos de diversos autores e resultados apresentados neste trabalho tornam claro que, dois séculos após Agostino Bassi (1773-1856) comprovar a primeira relação entre os microrganismos e as doenças (Porter, 1973), esse estigma persiste - independente da população estudada. Nossa amostra é pequena, mas corroborou todos os achados encontrados na literatura científica que mostram que estudantes possuem um conhecimento superficial e muitas vezes errôneo sobre os microrganismos, mesmo quando refletem conceitos complexos, e que atribuem a esses seres a capacidade de produzir doenças (Noronha et al., 1995; Boruchovitch & Mednick, 2000). Nossa pesquisa e outros estudos da literatura mostram que o alarde sobre os microrganismos patogênico é reforçado pela mídia (França et al., 2004). Nós também mostramos que esse discurso é reiterado pelos microbiologistas, professores da área, que sentem necessidade de reforçar a noção de risco e prevenção.

Afinal, todos esses fatores interferem na formação das representações sociais, que se tornam senso comum. Assim, elas entram para o mundo cotidiano que habitamos e

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circulam na mídia, que reafirma e reitera esses discursos. Porém, ela também sofre influência do senso comum (Moscovici, 2003). Desta forma, toda a importância dos microrganismos benéficos (e até a existência daqueles que não provocam mal ou bem) é pouco conhecida pela sociedade, inclusive pelos jovens estudados no presente trabalho. Finalmente, acreditamos que estratégias de divulgação científica conscientes poderiam utilizar as informações contidas nesta pesquisa de forma útil, que interfira nesse fluxo de informações. Referências bibliográficasBARATA, R. C. B. Saúde e Direito à Informação. Cadernos de Saúde Pública, 6 (4): 385-399, out/dez, 1990.BARDIN, L. Análise do conteúdo. Presses Universitaires de France. Trad. Luís Antero

Reto e Augusto Pinheiro. Edições 70, Lisboa, 1977.BARNETT, J. A. Beginnings of microbiology and biochemistry: the contribution of yeast research. Microbiology. 149 (3): 557- 567, 2003.BORUCHOVITCH, E. & Mednick, B. R. Causal attributions in Brazilian children’s reasoning about health and illness. Rev. Saúde públ., 34 (5): 484-490, 2000.CLARO, L. B. L., Tomassini, H. C. B., Rosa, M. L. G. Prevenção e controle do dengue: uma revisão de estudos sobre conhecimentos, crenças e práticas da população. Cad. Saúde Pública, 20 (6):1447-1457, nov-dez, 2004.DARDE, V. W. S. A AIDS na imprensa: a construção da imagem da epidemia e a influência na promoção da cidadania. Em Questão, 10 (2): 247-259, jul./dez. 2004.DOBELL, C. A protozoological bicentenary. Antony van Leeuwenhoek (1632-1723) and Louis Joblot (1645-1723). Parasitology. Xv p. 308-19. 1923. In: Bulloch, W. The history of bacteriology. Dover Publications, Inc., New York. 1979.FIGUEIREDO, Luiz Tadeu de Moraes. A evolução histórica do conceito de infecção. Medicina, Ribeirão Preto. 28 (4): 866-72, out./dez. 1995.FINKIELMAN, S. Marco Terencio Varrón y la causa de las enfermedades (Editorial). Medicina (B. Aires). 67 (3), mayo/jun, 2007.FRANÇA, E.; Abreu, D.; Siqueira, M. Epidemias de dengue e divulgação de informações pela imprensa. Cad. Saúde Pública. 20 (5): 1334-1341, set-out, 2004.MADIGAN, M. T.; Martinko, J. M.; Parker, J. Microbiologia de Brock. Tradução de Cynthia Maria Kyat. 10ª ed. Prentice Hall, São Paulo, 2004.MINAYO, M. C. S. Saúde-doença: Uma concepção popular da Etiologia. Cadernos de Saúde Pública. 4 (4): 363-381. Out/dez, 1988.MOSCOVICI, S. Representações sociais: investigações em psicologia social. 4ª edição, Editora Vozes, 2003.NORONHA, C. V.; Barreto, M. L; Silva, T. M. & Souza, I. M. Uma Concepção Popular Sobre a Esquistossomose Mansônica: Os Modos de Transmissão e Prevenção na Perspectiva de Gênero. Cad. Saúde Públ., 11 (1): 106-117, Jan/Mar, 1995.PELCZAR Jr., Joseph Michael; Chan, E.C.S.;Krieg, Noel, R. Microbiologia: conceitos e aplicações. volumes I e II, 2ª Ed. São Paulo, Editora Makron Books do Brasil, 1996.PORTER, J. R. Agostino Bassi Bicentennial (1773-1973). Bacteriological reviews. 37 (3): 284-288, 1973.RIBEIRO, M. A. R.: 'Lessons for the history of science in Brazil: São Paulo's Pasteur Institute'. História, Ciências, Saúde — Manguinbos, III (3):467-484, Nov. 1996-Feb. 1997.