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O Brasil Desigual

Célio Costa (Economista MSc.)

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Fundamentos para Criação do Estado de Carajás

Assimetria Regionais no Brasil

• Há profundas desigualdades entre regiões e estados brasileiros (seja territorial, política, social ou econômica);

• Décadas a fio, políticas econômicas federais vêm reforçando a estrutura econômica dos polos dinâmicos do país ampliando o fosso que separa estados ricos e pobres e tornando tênue o liame federativo;

• Tradicionalmente regiões e estados economicamente mais dinâmicos ou politicamente mais influentes são privilegiados quanto aos gastos da União em custeio e investimentos.

Por uma nova geopolítica brasileira

• Não há solução para o Brasil sem solução para a Amazônia. E não há solução para a Amazônia sem solução para seu “vazio” de Estado;

• A Amazônia é uma região desassistida, embora seja área-solução para o desenvolvimento nacional.

• A solução para a Amazônia tem tudo a ver com a soberania nacional;

• O reordenamento territorial do Brasil, a partir do recorte da Amazônia Legal, levaria a governabilidade a uma região com lacunas de serviços públicos, permitiria mais equilíbrio ao pacto federativo e descentralização administrativa a estados superdimensionados;

• Com algumas exceções, a ausência do Estado-Governo na Amazônia conta com a leniência da União, quanto à carência de poder público e de investimentos estatais nesse território;

• A instalação da máquina de governo via recorte de grandes estados amazônicos constitui uma medida mais imediata para reduzir desigualdades sub-regionais e ampliar a presença do Estado no polígono da Amazônia Legal;

• Com área superdimensionada de 1.247.689 km², 4 vezes a área média dos estados brasileiros, e com várias cidades paraenses a mais de 1.000km da capital estadual, o Pará é inadministrável;

• Inexiste correlação direta entre extensão territorial e desenvolvimento econômico, porém, estados industrializados tendem a concentrar riqueza e desenvolvimento;

• Os Estados de Carajás e Tapajós vêm contribuir para mitigar lacunas de governança pública na Amazônia e desequilíbrios regionais no Brasil.

Divisão política do Brasil : antes e depois do Tratado de Tordesilhas 1494 (Portugal e Espanha) 1750 (Portugal e Espanha)

Uti possidetis, ita possideatis – “quem possui de fato, deve possuir de direito” – princípio do direito internacional que assegurou à América Portuguesa integrar grande extensão de terras ao oeste do meridiano de Tordesilhas o território que se aproxima do que atualmente é o Brasil.

• “O Brasil é uma criação do Estado português. Não se trata de uma sociedade que construiu um Estado e sim de um Estado que constituiu uma sociedade.” (Celso Furtado)

• A federação norte-americana se formou a partir da possessão de fato e de direito do território por sua gente;

• Os movimentos autonomistas por redivisão territorial do Brasil são verdadeiramente legítimos. Mostram que a sociedade local se rebelou contra uma arbitrariedade territorial, não pactuada, eivada de deficiências congênitas originárias da divisão do país em províncias pelo Estado português;

• A população que já ocupou de fato uma região quer possuir de direito o território;

• Passa da hora de o Brasil tomar posse, de fato, de seu subcontinente amazônico.

BRASIL: 8,5 milhões km² de área total 315 mil km² de área média das UFs EUA: 7,7 milhões km² (sem Alasca e Havaí) 9,3 milhões de km² (com Alasca e Havaí) 187 mil km² de área média das UFs ALEMANHA: 357 mil km² de área total 22.313 de área média das UFs

Brasil. No séc. XXI com 27 UFs EUA. Início do séc. XX já era dividido em 50 UFs.

Paradigmas para uma nova ordem territorial no Brasil

Paradigmas para uma nova ordem territorial no Brasil

Alemanha: menos de 1/3 do território do PA (1.247.689 km²).

País Área (km²)

Quantidade de unidades federadas

Área média por UF (km²)

Brasil 8,5 milhões 27 315.365

EUA 9,3 milhões 50 187.000

Alemanha 357 mil 16 22.313

Mal das assimetrias regionais Concentração de Riquezas

SUL+SE= 73% PIB SP= 34% PIB

NORTE= 5% PIB

Cidade de SP = R$ 357 bi (PIB, 2008)

Norte do Brasil= R$154 bi (PIB, 2008)

Concentração Geográfica da Riqueza Nacional

SUL/SE NO/NE/CO

Nº de UFs 07 20

% Área do Brasil (km2) 18 82

% População do Brasil (2009) 56 44

% do PIB Brasil (2007) 73 27

% do PIB Industrial do Brasil 83 17

Assimetria dos investimentos federais • Para a efetiva integração de regiões isoladas onde se mostra

tardia a presença do Estado-governo nada é mais importante que investimento público em infraestrutura viária;

• Mas como contornar um problema estrutural se a União negligencia sua função de intervir para minorar o desequilíbrio inter-regional?

• O Norte é desprivilegiado quanto aos investimentos da União em rodovias pavimentadas e ferrovias, principalmente considerando que essa região responde por 45,3 % do território nacional;

Assimetria dos investimentos federais

• Nordeste e Sudeste ocupam 18,3 e 10,8% da área do Brasil e

lideram em extensão de rodovias federais;

• Minas Gerais tem mais km de rodovias construídas com recursos da União (MG=10.194 km ) que todos os estados da região Norte (7.172 km) – Segundo dados do DNIT, 2007;

• Dos 28.314 km da rede ferroviária nacional, o Norte participa com minguados 429 km ou 1,52%, sendo que 90% das ferrovias concentram-se no Sudeste, Nordeste e Sul do país (DNIT,2007).

Assimetrias de investimentos federais

Fonte: DNIT, 2007. Elaboração do autor.

MG=10.194 km Rod.

NO 7.172 km Rodovias =12% NO 1,52 % de Ferrovias

NE 24,4% Ferr. NE 31% Rod.

SE 23% Rod. SE 42,3% Ferr.

SUL 18% Rod. SUL 23% Ferr.

CO 17% Rod. CO 8,4% Ferr.

Distribuição da rede de rodovias e ferrovias federais

Assimetrias do ensino superior federal

Fonte: MEC/INEP/DEED. CEFET - Centro Federal de Educação Tecnológica. IFET - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. Minas Gerais possui 11 universidades e 6 institutos tecnológicos federais. Rio Grande do Sul possui 6 universidades e 3 institutos tecnológicos federais. O Pará possui 2 universidades e 1 instituto tecnológico federais.

Número de Instituições Federais de Educação Superior por Região - 2008

Região Quantidade de

Estados Quantidade de Universidades

Federais

Quantidade de CEFET E IFET

Norte 7 8 5

Nordeste 9 14 10

Sudeste 4 19 11

Sul 3 9 5

Centro-oeste 4 5 3

Brasil 27 55 34

Assimetrias do ensino superior federal

O Norte tem 8 Universidades Federais

Minas Gerais tem 11 Universidades Federais

Nota: Minas Gerais tem mais universidades federais que todos os sete estados do Norte.

Assimetrias das verbas federais

• “Não é a economia que deve equilibrar o orçamento, mas o orçamento é que deve equilibrar a economia.” (aforismo keynesiano)

• As lacunas de governança no Norte se funda na distorcida distribuição dos gastos governamentais, sobretudo em educação, saúde, habitação, transportes e energia;

Assimetrias das verbas federais

• Se a União privilegia regiões com verbas para construção de infraestrutura social e econômica, é de se esperar que isso reflita nos desequilíbrios entre regiões, tendo o próprio governo federal como financiador desse processo;

• Então, a precariedade na integração de espaços sub-regionais, sobretudo quanto aos indicadores sociais se traduz numa incúria governamental.

Assimetrias das funções sociais

Participação na Renda de Administração, Saúde, Educação Públicas e Seguridade Social

Fonte: IBGE, contas regionais, 2007. O estado do Pará responde por 2,31% do total do Brasil.

Regiões Participação (%)

Norte 7,5

Nordeste 18,89

Sudeste 41,82

Sul 12,93

Centro-oeste 18,86

Brasil 100

Assimetrias das funções sociais

Participação na Renda da Produção e Distribuição de

Eletricidade e Gás, Água, Esgoto e Limpeza Urbana do Brasil

Fonte: IBGE, contas regionais, 2007. O estado do Pará responde por 2,98% do total do Brasil.

Regiões Participação (%)

Norte 5,47

Nordeste 18,44

Sudeste 47,95

Sul 20,61

Centro-oeste 7,53

Brasil 100

Assimetrias regionais quanto à máquina do governo federal • A reduzida presença de Estado no Norte também pode ser

medida pelo baixo custo da máquina do governo federal e reduzido número de servidores federais nos estados dessa região;

• É no Norte onde o gov. federal mantém menor estrutura

administrativa;

• SP, RJ e MG (Sudeste) lideram as despesas da União com o custeio da administração federal nos estados;

Assimetrias regionais quanto à máquina do governo federal

• O custeio do gov. federal com o funcionamento de seus

órgãos na região Norte representa menos de 1/3 do que é gasto com a máquina federal no estado de SP. No RJ esse custeio é maior que todo gasto realizado nos 7 estados do Norte.

• Na soma regional, o custeio dos órgãos federais na região Sudeste equivale a quatro vezes ao do Norte.

Assimetrias regionais quanto ao funcionalismo público • Dos 8.562.164 funcionários públicos, das três esferas de

governo e empresas estatais (IPEA,2007): – 3.362.926 no Sudeste (39,3%); – 2.227.238 no Nordeste (26,0%);e – 780.496 estavam lotados no Norte (9,1%);

• Sudeste e Nordeste somam 2/3 de todo funcionalismo público

do país;

Assimetrias regionais quanto ao funcionalismo público • 1.416.947 funcionários públicos do estado de São Paulo

representam quase o dobro de todo o funcionalismo do Norte do país;

• Minas Gerais tem 27% de funcionários federais a mais que

todos os sete estados do Norte; • Bahia e Pernambuco, reúnem 956.019 servidores federais ou

22% a mais que os da região Norte do país.

O baixo custo do Norte para o governo federal • Comparativo do custeio da máquina administrativa federal: • São Paulo (R$ 12,1 bilhões) • Rio de Janeiro (R$ 9,3 bilhões) • Região Norte (R$ 7,3 bilhões) - OGU, 2008;

• Comparativo do número de funcionários federais:

• Rio de Janeiro (150 mil servidores federais) • Região Norte (63 mil servidores federais) – IPEA, 2007.

Custeio da máquina do governo federal

Fonte: Senado Federal, 2008. Elaboração do Autor.

Transferências Intergovernamentais

• Os fundos constitucionais obrigatórios deveriam constituir mecanismo de compensação fiscal para corrigir diferenças regionais. Em tese, é claro;

• As transferências voluntárias ficam à mercê das articulações políticas de cada Estado ou município com a União;

• As regras do jogo político favorecem Estados e regiões com maior densidade eleitoral.

Transferências Constitucionais da

União - 2009

Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional e IBGE. Elaboração do autor.

Transferências Voluntárias da União

Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional. Elaboração do autor.

Nota: NE e SE retêm cerca de 2/3 das transferências voluntárias. Nota: Não inclui “Resto a pagar não processado”

Quantidade de municípios por região, 2010

Fonte: IBGE, abril de 2010. Elaboração do autor.

Regiões Nº de Estados Nº de Municípios

%

Sudeste 4 1.668 30,0

Sul 3 1.188 21,4

Centro-Oeste 4 466 8,4

Nordeste 9 1.793 32,2

Norte 7 449 8,1

BRASIL 27 5.564 100

Maior concentração de municípios favorece a captação dos fundos constitucionais

Quantidade de municípios, 2010

Fonte: IBGE, abril de 2010. Elaboração do autor.

Unidades Nº de Municípios % Brasil

Minas Gerais 853 15,6

São Paulo 645 11,8

Rio G. do Sul 496 9,1

NORTE (7 estados) 449 8,2

BRASIL 5.464 100

O Norte tem baixa concentração de municípios e precária descentralização administrativa

A política do “café com leite e açúcar”

BRASIL - Representação Política por Região, 2010

Fonte: Senado e Câmara Federal.

A política do “café com leite e açúcar” Presidentes do Senado Federal na Nova República do Brasil (1985-2010)

¹Renunciou à Presidência do senado federal em setembro de 2001. ¹Foi Presidente no período de 20-7-2001 a 20-9-2001, por ocasião de afastamento do titular. ³Foi eleito pelo Amapá, mas sua principal base política é o Maranhão (Nordeste).

A política do “café com leite e açúcar” Presidentes da Câmara Federal na Nova República do Brasil (1985-2010)

Nota: O estado de origem relaciona-se ao local por onde o deputado foi eleito. ¹Severino Cavalcanti renunciou a seu mandato de deputado federal em 21 de setembro deste ano.

• “Emancipação geopolítica é um processo que

resulta em multiplicação de espaços sub-

regionais, visando a descentralização e eficiência

administrativa, melhor governança pública e

integração socioeconômica do arranjo

federativo.” (Célio Costa)

• A criação de novos estados na Amazônia Legal não se resume a uma simples redivisão do território em prejuízo do estado cedente.

• Pelo contrário, significa a multiplicação e fortalecimento dos espaços sub-regionais visando ocupar e desenvolver áreas com lacunas de governança e tardia presença do Governo.

• Tampouco implica em travar o desenvolvimento dos estados cedentes. Vide experiências emancipatórias no Brasil.

• O desmembramento da Província de

São Paulo trouxe prosperidade para as unidades

emancipadas e SP ainda é a maior economia do

Brasil.

1709 - As Sete Províncias originais

Fonte: IBGE. Elaboração do autor.

Unidade Administrativa

Taxa acumulada PIB 1995-2007

TO 68,61

GO 57,32

MS 53,31

MT 111,54

BRASIL 39,77

Evolução do PIB de Brasil, MS, TO e estados de origem (MT e GO) 1995-2007

Experiências Emancipatórias

Tocantins: antes e depois

• Curso superior: passou de zero para 18.730 vagas de ensino superior;

• Malha rodoviária pavimentada: de 200km para mais de 6 mil km;

• Capacidade instalada de energia elétrica: de 30 mil kw para 2 milhões kw - 93% dos domicílios com luz elétrica;

• Rede de água tratada: de deficitária passou a atender 100% dos domicílios;

• Em 13 anos (1995 a 2008) a taxa de pobreza absoluta no Tocantins caiu de 65,3% para 39,6%;

• O número de municípios passou de 60 para 139.

Goiás: antes e depois

• O PIB passou do 14º para 9º no ranking dos estados;

• Passou a ser referência em indústria na federação:

• 1ª indústria de medicamentos genéricos;

• 3 montadoras de automóveis e uma de máquina agrícola;

• 4ª indústria de bens minerais – fosfato, níquel, cobre, nióbio,

amianto, vermiculita, etc;

• 5ª indústria de energia elétrica – 9,7 milhões de kw;

• 6ª indústria de açúcar (1.738.935 toneladas);

• Passou a ser referência em agronegócios na federação:

• 4º maior produtor de grãos -13,2 milhões de toneladas (2009);

• 3º maior produtor de leite - 2,8 milhões de litros (2008);

• 4º maior rebanho bovino do país - 21 milhões cabeças(2008).

• Polo de confecções competitivo no país (3.581confecções, 2010);

Dimensões do Estado de Carajás

Ranking das UFs

Área 296.660 km² 8º

População 2010 1.566.920 hab 23º

Densidade 2010 4,6 hab/km² 22º

PIB 2008 R$19,6 bi 20º

PIB per-capita 2008 R$13.605 12º

Carajás

Separação e proximidade Excentricidade de Belém

Fonte: IBGE – Departamento de Geociências. Mapa elaborado pelos autores.

Belém e Carajás: Excedentes e Déficits

Localidade Efetivo policial Habitantes/policial

Belém 6.526 207

Carajás 2.019 776

Tocantins 4.123 333

Localidade Nº de médicos Habitantes/médico

Belém 4.293 314

Carajás 541 2.896

Tocantins 1.740 789

Nota: Belém: 2.941 excedentes. Carajás tem déficit de 1.026 médicos (parâmetro OMS). Fonte: CRM, 2010. Elaboração do autor.

Nota: Belém: 3.823 excedentes. Carajás tem déficit de 1.115 policiais (parâmetro ONU). Fonte: Polícia Militar (PA). SEPLAN (TO), 2010. Elaboração do autor.

Carajás: Mitos e Verdades

Indicadores de riqueza (PIB e ICMS) derrubam:

• O mito difundido de que a região é a principal fonte de receita fiscal do governo estadual;

• O mito de que a região Carajás representa a parte mais rica do Pará.

Impacto econômico da divisão do Pará

Percentual de distribuição de riqueza - 2008

Localidades ICMS PIB

Pará (Novo) 56,7 % 55,6 %

Carajás 28,5 % 33,5 %

Tapajós 14,8 % 11,0 %

Pará (Atual) R$ 4,1 R$ 58,5

Grande Belém (RMB) 26,5 % 33,2 %

Belém 20,6 % 26,2 %

Fonte: PIB (IBGE) ICMS (STN). Elaboração do autor.

Estimativa do balanço orçamentário consolidado do Estado de Carajás

Especificação R$ bi

RECEITA TOTAL (RT) 5.8

Receita corrente (Impostos,TC) 2.7

Receita de capital (Operações de crédito) 3.1

DESPESA TOTAL (DT) 4.9

Despesa corrente (pessoal, custeio,TC) 1.8

Despesa de capital (Invest., Inver., outras) 3.1

Superávit (RT-DT) 0.9

Previsão Orçamentária de Carajás

Fonte básica: Balanço orçamentário do Pará, 2008 (STN). Elaboração do autor.

Carajás versus PIB das UFs Ranking do PIB

Estados PIB (R$)

Carajás 19.6

Sergipe 19.5

Alagoas 19.5

Rondônia 17.9

Piauí 16.8

Tocantins 13.1

Amapá 6.7

Acre 6.7

Roraima 4.9

Fonte: IBGE, 2008

Estados PIB per capita (R$)

CARAJÁS 13.605

Goiás 12.879

Rondônia 11.977

Roraima 11.845

Amapá 11.033

Tocantins 10.223

Acre 9.896

Sergipe 9.779

Bahia 8.378

Rio G. do Norte 8.203

Pernambuco 8.065

Pará 7.993

Ceará 7.112

Paraíba 6.866

Alagoas 6.228

Maranhão 6.104

Piauí 5.373

BRASIL 15.990

Ranking do PIB per capita

Fonte: IBGE, 2008.

Carajás versus PIB per-capita das UFs

Economia de Carajás

• Indústria é o carro-chefe e responde por 50% do PIB de Carajás;

• Complexo minero-siderúrgico: a indústria-chave ;

• Agronegócio competitivo – bovinocultura, madeira e fruticultura;

• Produção de energia hídrica.

Destaques do agronegócio de Carajás

Produto Produção Carajás no Ranking das UFs

Abacaxi (frutos) 221,7 milhões 3º

Goiaba (t) 18,4 mil 3º

Cacau – amêndoa (t) 10 mil 4º

Bovinos (cab.) 10,7 milhões 9º

Coco-da-baía (frutos) 24,5 milhões 13º

Café em grão (t) 3,3 mil 13º

Fonte: IBGE - produção agrícola municipal, 2008.

Carajás: entre o ônus e o bônus

• Fundamentos econômicos indicam sustentabilidade fiscal e governabilidade do Estado de Carajás;

• LRF impõe normas e limites ao setor público;

• A criação do Carajás aumentará a segurança pública regional.

O novo Pará ganha

com Carajás e Tapajós

• O governo do Pará ficará desonerado do custeio e dos investimentos na área emancipada – concentrará recursos e esforços na área remanescente;

• O novo Pará vai ficar com mais de 56% do ICMS e mais de 55% do produto interno bruto, e apenas 17% da área do Estado para administrar;

• Os 17% de área fazem do novo Pará um estado ainda maior do que o Paraná que representa a 5ª maior economia dos estados brasileiros;

Os bônus

• O novo Pará fica com a estrutura administrativa do governo estadual inteiramente montada;

• Com a maior parte da malha viária pavimentada e da

infraestrutura aeroportuária;

• Com toda a orla marítima. Todas as exportações do atual território paraenses passarão pelos seus portos e recolherão ICMS;

• Com o Porto de Barcarena e o Porto de Espadarte, um dos maiores da América Latina, projetado para o município de Curuçá;

Os bônus

• Com a bauxita de Paragominas, o Caulim de Ipixuna e a produção de alumina e alumínio em Barcarena;

• Com a província petrolífera descoberta em sua costa marítima (Bragança-PA) como apontam as prospecções em curso pela Petrobrás e a OGX;

• Com as imensas áreas de plantio de dendê, em Tailândia, Moju, Concórdia em Tomé Açu, tesouro do biocombustível;

• Por aderência, o novo Pará será beneficiado com as novas fronteiras que serão abertas pelos estados de Carajás e Tapajós.

• Com

Os bônus

Blocos exploratórios de petróleo e gás da OGX na bacia Pará-Maranhão

Os bônus

• Descentralização administrativa- redução de custos para os três novos estados, mais dinamismo econômico e maior peso político ao Norte no conserto federativo;

• Milhares de vagas de ensino superior na Universidade Federal de Carajás e de concursos públicos para uma legião de jovens estudantes paraenses.

• Carajás e Tapajós vêm contribuir para mitigar lacunas de governança pública na Amazônia e desequilíbrios regionais no Brasil, com redução do vazio político no espaço amazônico.