estudo preliminar para o redesign de um balanÇo...

109
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE DESENHO INDUSTRIAL BACHARELADO EM DESIGN ISABELA RIBEIRO DA SILVA RENAN SEITI TAKESHITA ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO INFANTIL PARA TERAPIA DE INTEGRAÇÃO SENSORIAL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO CURITIBA 2015

Upload: others

Post on 14-Jul-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE DESENHO INDUSTRIAL

BACHARELADO EM DESIGN

ISABELA RIBEIRO DA SILVA RENAN SEITI TAKESHITA

ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO INFANTIL PARA TERAPIA DE INTEGRAÇÃO SENSORIAL

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CURITIBA 2015

Page 2: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

ISABELA RIBEIRO DA SILVA RENAN SEITI TAKESHITA

ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO INFANTIL PARA TERAPIA DE INTEGRAÇÃO SENSORIAL

CURITIBA 2015

Trabalho de Conclusão de Curso de graduação do Curso Bacharelado em Design do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial - DADIN - da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel. Orientadora: Profª Ana Claudia Camila Veiga de França. Coorientadora: Profª Christiane Maria Ogg Nascimento Gonçalves Costa

Page 3: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

PR

Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Câmpus Curitiba Diretoria de Graduação e Educação Profissional Departamento Acadêmico de Desenho Industrial

TERMO DE APROVAÇÃO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Nº 117

“ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM

BALANÇO INFANTIL PARA TERAPIA DE INTEGRAÇÃO

SENSORIAL” por

ISABELA RIBEIRO DA SILVA

RENAN SEITI TAKESHITA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no dia 24 de junho de 2015 como requisito parcial para a obtenção do título de BACHAREL EM DESIGN do Curso de Bacharelado em Design, do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Os alunos foram arguidos pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo, que após deliberação, consideraram o trabalho aprovado. Banca Examinadora: Prof(a). Dr. Alexandre Vieira Pelegrini DADIN - UTFPR

Prof(a). Dra. Cindy Renate Piasseta Xavier Medeiros DADIN - UTFPR

Prof(a). Msc. Ana Cláudia Camila Veiga de França Orientador(a)

DADIN – UTFPR

Prof(a). Esp. Adriana da Costa Ferreira Professor Responsável pela Disciplina de TCC DADIN – UTFPR

CURITIBA / 2015

“A Folha de Aprovação assinada encontra-se na Coordenação do Curso”.

Page 4: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

AGRADECIMENTOS

Gostaríamos de registrar aqui a nossa gratidão a todos aqueles que

contribuíram para a elaboração deste trabalho.

À Universidade Tecnológica Federal do Paraná, pela oportunidade de

crescimento profissional e pessoal que nos foi dada ao longo do curso.

Às terapeutas Laís Della Giustina Czelusniak, Carolina Scherner Spizewski e

Larissa Marques Bindo, por toda atenção, orientação, parceria e apoio, nestes

meses de realização do projeto.

À nossa professora orientadora Ana Claudia Camila Veiga de França e nossa

coorientadora Christiane Maria Ogg N. Gonçalves da Costa, por terem se

disponibilizado e se dedicado à proposta desde o início de maneira tão

incentivadora.

À professora Sandra Sueli Vieira Mallin, por ter compartilhado conosco suas

riquíssimas referências sobre tecnologia assistiva.

Aos responsáveis pela modelaria, Francisco Ferreira Santos e Alessandro

Ellenberger, pela incomparável prestatividade e pelas valiosas sugestões.

A nossos familiares e amigos, pelo carinho e torcida de sempre.

Page 5: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

“A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação

à felicidade que fizermos para os outros.” (Allan Kardec)

Page 6: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

RESUMO

SILVA, Isabela Ribeiro da; TAKESHITA, Renan Seiti. Estudo Preliminar para o Redesign de um Balanço Infantil para Terapia de Integração Sensorial. 2015.

109f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Curso Superior de Bacharelado em Design. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2015. Considerando o potencial de contribuição do Design na resolução de problemas

sociais, este trabalho se propõe ao redesign de um balanço infantil para Terapia de

Integração Sensorial. O balanço é um equipamento já existente no mercado,

destinado ao estímulo das funções sensório-motoras - das noções de equilíbrio,

estabilidade e coordenação - bem como ao fortalecimento do tônus muscular, em

crianças com a chamada Disfunção Integrativa Sensorial. Em geral em decorrência

de deficiências como a Síndrome de Down, a Paralisia Cerebral, o Transtorno de

Déficit de Atenção e o Autismo, crianças com essa disfunção têm uma maior

dificuldade na adaptação ao ambiente comum, devido ao baixo desenvolvimento de

determinadas funções cerebrais. A proposta consiste na criação de um protótipo que

ofereça versatilidade no atendimento às necessidades do público-alvo, segurança,

leveza, ludicidade e custo reduzido. Para isso, tem-se como ponto de partida uma

pesquisa exploratória, com levantamento bibliográfico, visita a uma clínica de

Terapia Ocupacional especializada na Terapia de Integração Sensorial, testes de

usabilidade de diferentes balanços e entrevistas com profissionais da área. A partir

de então, foram desenvolvidas alternativas, mock-up e, por fim, o modelo funcional

escolhido. Ao final, testes junto aos usuários permitiram esboçar considerações

relevantes quanto aos resultados do projeto.

Palavras-chave: Design. Balanço infantil. Terapia de Integração Sensorial.

Page 7: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

ABSTRACT

SILVA, Isabela Ribeiro da; TAKESHITA, Renan Seiti. Preliminary Study for the Redesign of a Children's swing for Sensory Integration Therapy. 2015. 109f. Final Year Reseach Project - Bachelor in Design. Federal Universty of Technology - Paraná, Curitiba, 2015.

Considering the potential contribution of Design in solving social problems, this paper aims the challenge of redesigning a children's swing for Sensory Integration Therapy. The swing is an equipment that already exists on the market, used for stimulating of sensory-motor functions - notions of balance, stability and coordination - as well as to strengthen muscle tone in children with Sensory Integrative Dysfunction. Generally due to disabilities such as Down Syndrome, Cerebral Palsy, Attention Deficit Disorder and Autism, children with this disorder have more difficulty adapting to the common environment, because of a low development of certain brain functions. The goal is to create a prototype that offers versatility in meeting the needs of the user, safety, lightness, playfulness and reduced cost. For this, we have as a starting point an exploratory research, done with literature search, visits to an Occupational Therapy clinic specialized in Sensory Integration Therapy, usability tests on different swings and interviews with professionals. From then on, alternatives, mock-up and, at last, the chosen functional model were developed. Finally, tests with users allowed us to make relevant considerations about the project results.

Keywords: Design. Children's swing. Therapy Sensory Integration.

Page 8: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

LISTA DE IMAGENS

FIGURA 1 - CURSUM" CARRINHO DE BEBÊ PARA CADEIRANTES .................... 10 FIGURA 2 - DIVERSÃO: BALANÇO "LIBERTY SWINGS" ....................................... 10 FIGURA 3 - DESIGN PARA INCLUSÃO ................................................................... 11 FIGURA 4 - CUBO DE RUBIK PARA DEFICIENTES ............................................... 11 FIGURA 5 - BALANÇO CONCHA ............................................................................. 12 FIGURA 6 - PLANADOR SUSPENSO ...................................................................... 13 FIGURA 7 - REDE DE EQUILÍBRIO ......................................................................... 13 FIGURA 8 - PLATAFORMA SWING ......................................................................... 14 FIGURA 9 - PLATAFORMA CIRCULAR ................................................................... 14 FIGURA 10 - AIRWALKER ........................................................................................ 15 FIGURA 11 - PNEU BALÃO ...................................................................................... 15 FIGURA 12 - REDE ................................................................................................... 16 FIGURA 13 - DISCO FLEXOR .................................................................................. 16 FIGURA 14 - ROLO VESTIBULADOR ...................................................................... 16 FIGURA 15 - ROLO SUSPENSO .............................................................................. 17 FIGURA 16 - FROG SWING ..................................................................................... 17 FIGURA 17 - BALANÇO PRINCIPAL SEM BOIA ..................................................... 20 FIGURA 18 - BALANÇO PRINCIPAL COM BOIA ..................................................... 21 FIGURA 19 - DETALHE DO BALANÇO PRINCIPAL ................................................ 22 FIGURA 20 - DETALHE 2 DO BALANÇO ................................................................. 22 FIGURA 21 - MATERIAL DE ESCALADA ................................................................. 23 FIGURA 22 - DISCO FLEXOR .................................................................................. 24 FIGURA 23 - USO DO VELCRO ............................................................................... 25 FIGURA 24 - USO DO VELCRO ............................................................................... 25 FIGURA 25 - TAPETE DA PLATAFORMA SUSPENSA ........................................... 26 FIGURA 26 - CORDA AMARRADA À PAREDE ....................................................... 26 FIGURA 27 - SOFÁ-CAMA-BALANÇO ..................................................................... 36 FIGURA 28 - BALANÇO CESTO .............................................................................. 37 FIGURA 29 - BALANÇO CORDAS ........................................................................... 38 FIGURA 30 - BASE DE COMPENSADO MULTILAMINADO .................................... 39 FIGURA 31 - DIFERENTES FORMAS E POSSIBILIDADES .................................... 40 FIGURA 32 - BALANÇOS COM PORTAS ................................................................ 41 FIGURA 33 - MÓDULOS COM VELCRO.................................................................. 41 FIGURA 34 - TAPETES COM TEXTURA ................................................................. 42 FIGURA 35 - ALMOFADAS DE DIFERENTES TAMANHOS .................................... 43 FIGURA 36 - BALANÇOS "UP" ................................................................................. 44 FIGURA 37 - FILME "UP" .......................................................................................... 44 FIGURA 38 - BALANÇO PISCINA DE BOLINHAS ................................................... 45 FIGURA 39 - BASE EM FORMA DE CAIXA ............................................................. 46 FIGURA 40 - CHAPAS DE COMPENSADO VAZADAS............................................ 47 FIGURA 41 - BOLINHAS COM VELCRO.................................................................. 48 FIGURA 42 - CORTE E COLAGEM DO PAPELÃO .................................................. 49 FIGURA 43 - PORTA ................................................................................................ 49 FIGURA 44 - FITA ADESIVA .................................................................................... 50 FIGURA 45 - ESTRUTURA DE ARAME ................................................................... 50 FIGURA 46 - MOCK-UP MONTADO NA CLÍNICA.................................................... 51

Page 9: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

FIGURA 47 - CORTE NA SERRA VERTICAL .......................................................... 53 FIGURA 48 - RECORTE INTERNO DAS PEÇAS EM CNC ...................................... 54 FIGURA 49 - RECORTE DOS CÍRCULOS E ARCOS EM CNC ............................... 54 FIGURA 50 - FURAÇÃO LATERAL .......................................................................... 55 FIGURA 51 - RECORTE EM 3 PARTES................................................................... 55 FIGURA 52 - UNIÃO DAS 3 PEÇAS ......................................................................... 56 FIGURA 53 - TUBOS DE PVC .................................................................................. 56 FIGURA 54 - RETIRADA DAS REBARBAS .............................................................. 57 FIGURA 55 - SELANTE ............................................................................................ 57 FIGURA 56 - LIXA FINA ............................................................................................ 58 FIGURA 57 - PARAFUSADEIRA MANUAL ............................................................... 58 FIGURA 58 - FIXAÇÃO COM PARAFUSOS ............................................................. 59 FIGURA 59 - ELEVAÇÃO DA BASE ......................................................................... 59 FIGURA 60 - CAIXA COM A BASE ........................................................................... 60 FIGURA 61 - REVESTIMENTO COM ESPUMA ....................................................... 60 FIGURA 62 - MARCAÇÃO DAS MEDIDAS NO TECIDO.......................................... 61 FIGURA 63 - MÁQUINA DE COSTURA.................................................................... 61 FIGURA 64 - CAIXA ENCAPADA ............................................................................. 62 FIGURA 65 - PORTA REVESTIDA COM ESPUMA .................................................. 62 FIGURA 66 - COSTURA DO CORANO .................................................................... 63 FIGURA 67 - DOBRADIÇA ....................................................................................... 63 FIGURA 68 - TRAVA PARA A PORTA ..................................................................... 64 FIGURA 69 - ACABAMENTO DAS PEÇAS CIRCULARES ...................................... 64 FIGURA 70 - COLAGEM DAS PEÇAS CIRCULARES ............................................. 65 FIGURA 71 - RECORTES DE CORANO PARA ....................................................... 66 FIGURA 72 - FAIXAS DE VELCRO .......................................................................... 66 FIGURA 73 - TECIDOS TEXTURIZADOS ................................................................ 67 FIGURA 74 - ALMOFADA "BANQUINHO" ................................................................ 67 FIGURA 75 - ESTRUTURA DE MADEIRA ................................................................ 68 FIGURA 76 - TECIDO COM BOLINHAS ................................................................... 68 FIGURA 77 - FIXAÇÃO COM PARAFUSOS ............................................................. 69 FIGURA 78 - UNIÃO DOS ARCOS COM ARAME .................................................... 69 FIGURA 79 - RECORTE DE TECIDOS .................................................................... 70 FIGURA 80 - BOLINHAS PREENCHIDAS COM FIBRA SILICONADA .................... 70 FIGURA 81 - BOLINHAS COM VELCRO.................................................................. 71 FIGURA 82 - TECIDO COM VELCRO E BOLINHAS COSTURADAS ...................... 71 FIGURA 83 - EXTREMIDADE COM A PASSAGEM DA LINHA ................................ 72 FIGURA 84 - EXTREMIDADE COM AS CORDAS ................................................... 73 FIGURA 85 - NÓ TIPO "PESCADOR" ...................................................................... 73 FIGURA 86 - NÓ TIPO "FORCA" .............................................................................. 74 FIGURA 87 - BALANÇO SUSPENSO ....................................................................... 74 FIGURA 88 - NÓ "VOLTA DE ANETE" ..................................................................... 77 FIGURA 89 - TESTE DE USO 1 ............................................................................... 80 FIGURA 90 - TESTE DE USO 2 ............................................................................... 80

Page 10: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 - ANÁLISE SINCRÔNICA.......................................................................18 QUADRO 2 - LISTA DE FERRAGENS......................................................................99 QUADRO 3 - ORÇAMENTO DO PROJETO............................................................100

Page 11: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

LISTA DE SIGLAS

CNC Comando Numérico Computadorizado EVA Espuma Vinílica Acetinada IS Integração Sensorial MDF Medium Density Fiberboard ONG Organização Não Governamental PR Paraná PVC Policloreto de Vinila TDAH Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade TEA Transtorno de Espectro Autista

Page 12: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

LISTA DE ABREVIATURAS

cm Centímetros

kg Quilos

m Metros

mm Milímetros

Page 13: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5

1.1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 6 1.1.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 6 1.1.2 Objetivos Específicos ......................................................................................... 6 1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 6 1.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .............................................................. 7 2 ANÁLISE DO PROBLEMA DE DESIGN ................................................................. 8

2.1 DESIGN INCLUSIVO ............................................................................................ 8 2.2 ANÁLISE SINCRÔNICA ...................................................................................... 12 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 28 3.1 O DESIGN CENTRADO NO USUÁRIO .............................................................. 28 3.2 O BALANÇO NA TERAPIA DE INTEGRAÇÃO SENSORIAL ............................. 28 3.3 INTEGRAÇÃO DOS SENTIDOS ......................................................................... 31 3.4 O BRINQUEDO TERAPÊUTICO......................................................................... 33 3.5 CUSTO DO PRODUTO X NECESSIDADE ......................................................... 33 4 CONCEITUAÇÃO DO PROJETO .......................................................................... 34 4.1 PÚBLICO-ALVO .................................................................................................. 34 4.2 REQUISITOS DO PROJETO .............................................................................. 34 5 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 36

5.1 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS ......................................................................... 36 5.2 ALTERNATIVA ESCOLHIDA E CHECK LIST DOS ELEMENTOS DA

CONCEITUAÇÃO ............................................................................................... 45 5.3 MOCK-UP DA ALTERNATIVA ESCOLHIDA ...................................................... 48 5.4 MATERIAIS, MEIOS DE PRODUÇÃO E MODELO FUNCIONAL....................... 52 5.4.1 Modelo funcional montado ............................................................................... 72 5.5 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS .......................................................................... 75 5.5.1 Desenho Técnico e Quadro de Ferragens ....................................................... 75 6 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 76 6.1 Análise do produto com usuários ........................................................................ 76 6.1.1 Forma ............................................................................................................... 76 6.1.2 Função ............................................................................................................. 77 6.1.3 Aspecto simbólico............................................................................................. 78 6.1.4 Ergonomia ........................................................................................................ 78 6.1.5 Uso ................................................................................................................... 78 6.2 Cenas de uso ...................................................................................................... 79 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 81 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 83

APÊNDICE A - RELATÓRIO DA ENTREVISTA A .................................................... 87 APÊNDICE B - DESENHO TÉCNICO ....................................................................... 90 APÊNDICE C - QUADRO DE FERRAGENS ............................................................ 99 APÊNDICE D - ORÇAMENTO DO PROJETO ........................................................ 100

Page 14: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

5

1 INTRODUÇÃO

Tendo em vista o problema da Disfunção Integrativa Sensorial1, que atinge

crianças com Síndrome de Down, Paralisia Cerebral, Autismo, Transtorno de Déficit

de Atenção com Hiperatividade, e ainda outras crianças que apresentam

características da disfunção não decorrentes de nenhumas das situações anteriores,

optou-se pelo tema do Design de Equipamento para Deficientes, apresentando

como proposta o redesign de um balanço infantil para Terapia de Integração

Sensorial. Como explicam Carlo e Bartalotti (2001), a Disfunção Integrativa

Sensorial torna difícil a adaptação da criança ao ambiente comum, devido a um

baixo desenvolvimento de determinadas funções cerebrais. Ainda segundo as

autoras, é possível, no entanto, estimular o desenvolvimento dessas funções

recorrendo à Terapia de Integração Sensorial, que, através do uso de uma

variedade de equipamentos e atividades, promove maior equilíbrio, estabilidade e

coordenação, e beneficia também o tônus muscular. A terapia age por meio da

multiplicidade de estímulos sensoriais e um dos principais aparelhos nela utilizados

é o balanço, que exige um bom padrão de flexão e contribui fortemente para o

desenvolvimento das funções sensório-motoras.

A partir do problema acima descrito, como seria possível desenvolver um

balanço capaz de melhor atender às necessidades das crianças na terapia, em

comparação com os produtos já existentes no mercado? E, ainda, como torná-lo um

produto com melhor custo-benefício?

1 "A disfunção da IS, denominada disfunção integrativa sensorial (sensory integrative dysfunction),

também equivalente a desintegração sensorial, disfunção psicomotora ou dispraxia, sugere que as relações entre o psiquismo e a motricidade não se operam funcionalmente na produção de comportamentos adaptativos, daí resultando uma dissociação, uma desconexão, uma disfunção ou uma perturbação comportamental. Tal disfunção vai exigir claramente do indivíduo mais esforço atencional e mais reforço motivacional para realizar as respostas adaptativas cotidianas, e haverá também, por inerência, menos sucesso e menos satisfação experiencial" (FONSECA, 2008, p.333).

Page 15: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

6

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

Desenvolver o redesign de um balanço infantil para Terapia de Integração

Sensorial.

1.1.2 Objetivos Específicos

1.Realizar pesquisa sobre a Disfunção Integrativa Sensorial e a Terapia de

Integração Sensorial.

2.Realizar pesquisa com profissionais da área, familiares e usuários.

3.Estudar as particularidades das crianças que fazem uso da Terapia de

Integração Sensorial.

4.Estudar o funcionamento do balanço como ferramenta da Terapia de

Integração Sensorial.

5.Avaliar quais as possibilidades de inovação em relação aos balanços já

existentes no mercado.

6.Analisar os materiais e processos que possibilitem a melhor relação custo-

benefício na confecção do produto.

7.Desenvolver projeto e protótipo de um balanço infantil para Terapia de

Integração Sensorial que possibilite um melhor e mais versátil atendimento às

necessidades dos usuários, com custo reduzido.

8.Realizar testes do produto com o público-alvo, para avaliação dos

resultados.

1.2 JUSTIFICATIVA

A proposta tem por base, em primeiro lugar, a análise da possibilidade de

confecção de um balanço para terapia que melhor atenda às necessidades dos

Page 16: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

7

usuários, oferecendo múltiplas combinações de estímulos, para se adequar a cada

caso, além de maior leveza e segurança.

Por outro lado, a constatação da baixa acessibilidade ao produto devido ao

seu alto custo. De acordo com pesquisa dos produtos disponíveis no mercado, os

preços variam entre R$350, no caso dos equipamentos mais simples, e R$1000,

aproximadamente.

Pensando em como o Design pode contribuir na resolução de problemas

sociais, propõe-se com este projeto o desenvolvimento de um novo balanço infantil

para Terapia de Integração Sensorial, com um diferencial nas vantagens oferecidas

e como alternativa aos produtos de alto custo hoje existentes.

1.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa realizada teve caráter exploratório, com a finalidade de conhecer

os vários aspectos envolvidos na utilização do balanço na Terapia de Integração

Sensorial. Inicialmente, foi feito um levantamento bibliográfico, com coleta de dados

referentes à Terapia e aos balanços existentes no mercado, seguida da visita a uma

clínica de Terapia Ocupacional que trabalha com o atendimento a crianças na

cidade de Curitiba-PR, além de testes de usabilidade dos balanços, para uma

observação participativa do seu funcionamento. Foram também realizadas

entrevistas semiestruturadas com profissionais da área, com o objetivo de

compreender melhor a Disfunção Integrativa Sensorial e como a Terapia contribui

para o desenvolvimento neurológico da criança.

A partir de então, utilizando-se como parâmetro o Consultório de Terapia

Ocupacional, foi realizado um levantamento antropométrico entre as crianças em

terapia, para análise dos seus perfis. Com isso, foi colocada em prática a geração de

alternativas, seguida da seleção destas, para a elaboração do protótipo de balanço

infantil para a Terapia de Integração Sensorial. Por fim, foram realizados testes de

uso do produto com o público-alvo, bem como a avaliação por profissionais da área,

cuidadores e familiares.

Page 17: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

8

2 ANÁLISE DO PROBLEMA DE DESIGN

2.1 DESIGN INCLUSIVO

Enquanto atividade que permite gerar soluções que melhorem a experiência

das pessoas com o meio em que vivem, o design traz consigo a responsabilidade de

identificar problemas nos mais variados aspectos desta experiência e usar os

recursos de que dispõe para promover o bem-estar na vida dos usuários (SILVA,

2012).

Neste sentido, é indispensável levar em consideração a prática do Design

Inclusivo, voltado para o atendimento das necessidades das pessoas em toda a sua

diversidade física e cognitiva. Ono (2006, p.99) defende esta ideia ao afirmar que “O

design industrial, apesar de vincular-se, desde a sua gênese, ao conceito de

‘padrão’, tem como papel fundamental atender o mais amplamente possível as

necessidades das pessoas, traduzindo as funções requeridas pelas mesmas nos

objetos”.

Uma das ramificações dessa prática é o design para pessoas com

deficiência. Vale citar a definição do termo “deficiência”, encontrado no capítulo 29

do livro "Ergonomia" onde os autores Jean-Claude Sperandio e Gerard Uzan

referenciam a Organização Mundial de Saúde, que a conceitua como “toda perda de

substância ou alteração de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou

anatômica, temporária ou permanente” (FALZON, 2007, p.35).

Este campo do Design encontra apoio em autores como Victor Papanek, que

propõe o “Design para ensino e dispositivos de treinamento para pessoas deficientes

ou desabilitadas” como uma das seis categorias prioritárias no campo de atuação do

design. Um dos argumentos do autor é o de que o designer tem a responsabilidade

social e moral de refletir sobre outras perspectivas sociais, culturais e ambientais,

para tornar-se mais consciente das necessidades de cada indivíduo (WANDERLEY,

SANTOS, 2012).

O Design Inclusivo tem se difundido com a percepção de que as pessoas

por ele beneficiadas não são apenas casos especiais com necessidades especiais,

mas indivíduos cujas necessidades devem ser observadas e incorporadas a cada

Page 18: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

9

estágio do Design. Assim, ganha força uma visão mais esclarecida de que não são

simplesmente as especificidades físicas ou cognitivas de uma pessoa que a fazem

deficiente, mas, principalmente, as atitudes sociais e a qualidade do Design

contribuem para isso, promovendo a sua inclusão ou exclusão (COLEMAN, DONG,

CASSIM, 2007).

Trata-se de uma reflexão crucial, pois “a inclusão social das pessoas com

deficiências significa torná-las participantes da vida social, econômica e política,

assegurando o respeito aos seus direitos” (KRÜGER, FERREIRA, BARCELLOS,

2013, p 3).

O design de equipamentos para pessoas com deficiência faz parte também

do que hoje é conhecido como Tecnologia Assistiva, uma área que abrange todos os

dispositivos e serviços desenvolvidos para oferecer às pessoas com deficiência uma

maior qualidade de vida, com melhorias no que se refere à sua habilidade de

aprendizado, mobilidade, comunicação, interação social, produtividade, às suas

capacidades funcionais e independência de modo geral (MALLIN, 2001).

São classificados como dispositivos de tecnologia assistiva quaisquer

equipamentos, peças ou sistemas cuja função seja manter ou aperfeiçoar a

capacidade funcional da pessoa com deficiência. Serviços de tecnologia assistiva,

por sua vez, são todos aqueles que permitem à pessoa com deficiência selecionar,

adquirir ou usufruir de dispositivos com essa tecnologia (MALLIN, 2001). Dentre tais

serviços, estão o projeto e a adaptação desses dispositivos, categoria na qual se

encaixa a presente proposta.

A seguir, alguns exemplos ilustram a inovação dentro da Tecnologia

Assistiva, soluções que facilitam o cotidiano de pessoas com deficiência e permitem

ampliar a experiência do desenvolvimento sensorial.

O Cursum Stroller (Figura 1) é uma solução para pais e mães cadeirantes,

que facilita a atividade de passear com seus bebês. O produto, um carrinho de bebê

acoplado na altura ideal à cadeira de rodas, foi desenvolvido pela sueca Cindy

Sjöblom. Após fazer uma pesquisa com vários cadeirantes, Cindy identificou um item

cuja falta no mercado era unanimemente sentida pelo seu público-alvo: um carrinho

de bebê adaptado às suas necessidades.

Page 19: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

10

Figura 1 - Cursum" carrinho de bebê para cadeirantes Fonte: Garcia (a), 2014.

A figura 2 mostra o uso do Liberty Swings, um balanço adaptado para jovens

e crianças em cadeiras de rodas. Mais de 60 unidades do brinquedo foram

instaladas em pontos públicos na Austrália e na Nova Zelândia, com financiamento

da ONG Variety.

Figura 2 - Diversão: Balanço "Liberty Swings" Fonte: Garcia (b), 2014.

Page 20: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

11

Um dos exemplos de inovação para deficientes visuais é a Bell Mug, da

Braun (figura 3). A caneca possui 3 níveis na orelha que, quando alcançados pelo

líquido, ativam um alerta sonoro, permitindo identificar mais facilmente quando a

caneca está cheia e evitando acidentes.

Figura 3 - Design para inclusão Fonte: Portobello, 2014.

Criado pelo designer chinês Zhiliang Chen, o Rubik Cube Touch and Play

(figura 4) é também um produto desenvolvido especialmente para deficientes

visuais. O brinquedo permite a manipulação pelo tato, com diferentes materiais

aplicados a cada face: madeira, pedra, borracha, metal, plástico e tecido.

Figura 4 - Cubo de Rubik para Deficientes Visuais Fonte: Ellis, 2014.

Page 21: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

12

2.2 ANÁLISE SINCRÔNICA

Existe uma grande variedade de balanços para a Terapia de Integração

Sensorial. Em uma análise sincrônica, foram estudados balanços que se encontram

disponíveis atualmente no mercado brasileiro, com diversas variações em

revestimento e estrutura. Os produtos analisados foram provenientes dos sites de

venda Standarte e Expansão, recomendados na entrevista A2 (Apêndice A), e os

equipamentos observados o Consultório de Terapia Ocupacional. Alguns destes

últimos foram adquiridos na Standart e outros feitos por encomenda. A seguir

apresentamos as figuras 5 a 16, que são os diferentes tipos de balanços

encontrados no mercado atual, juntamente com a análise dos produtos expostos

posteriormente no Quadro 1.

Figura 5 - Balanço Concha Fonte: EXPANSÃO, 2014.

2 SCHERNER, Carolina; GIUSTINA, Laís Della. Entrevista concedida aos autores. Curitiba, 9 de

agosto de 2014

Page 22: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

13

Figura 6 - Planador suspenso Fonte: STANDARTE, 2014.

Figura 7 - Rede de equilíbrio Fonte: STANDARTE, 2014.

Page 23: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

14

Figura 8 - Plataforma Swing Fonte: STANDARTE, 2014.

Figura 9 - Plataforma circular Fonte: EXPANSÃO, 2014.

Page 24: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

15

Figura 10 - Airwalker Fonte: STANDARTE, 2014.

Figura 11 - Pneu Balão

Fonte: EXPANSÃO, 2014.

Page 25: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

16

Figura 12 - Rede Fonte: EXPANSÃO, 2014.

Figura 13 - Disco flexor Fonte: STANDARTE, 2014.

Figura 14 - Rolo vestibulador Fonte: EXPANSÃO, 2014.

Page 26: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

17

Figura 15 - Rolo suspenso Fonte: STANDARTE, 2014.

Figura 16 - Frog Swing Fonte: STANDARTE, 2014.

Page 27: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

18

Quadro 1 - Análise Sincrônica Fonte: Autoria própria, 2015.

Page 28: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

19

Cabe destacar, com base no Quadro 1, as vantagens e desvantagens

identificadas nos produtos encontrados nos sites:

materiais laváveis: eles representam um facilitador quando se trata das

atividades de terapia com crianças, que muitas vezes requerem o uso de

substâncias que podem sujar e manchar os equipamentos, como espumas,

substâncias gelatinosas e giz;

leveza: é importante a facilidade de manipulação dos equipamentos pelas

terapeutas, que eventualmente tem que reposicionar o equipamento na sala

de terapia;

peso suportado: quanto mais alto o peso suportado pelos equipamentos,

mais seguros eles se tornam. Por outro lado, a resistência oferecida por

materiais como as cordas de sustentação trançadas e encapadas e as fitas

cabo é preferível em comparação com correntes metálicas, por exemplo, já

que estas últimas têm a desvantagem de tornar o equipamento muito mais

pesado;

elementos extras para segurança: punhos nos quais as crianças tenham

maior apoio, como é o caso da Plataforma Swing (Figura 8) podem ser uma

vantagem, porém, dependendo da sua estrutura, podem também oferecer

risco de acidentes, o que torna a escolha do material com que são feitos um

ponto muito importante;

preço: a maior parte dos produtos listados tem custo elevado, o que se torna

uma desvantagem;

variedade de oferta no mercado: de acordo com o depoimento dado pelas

terapeutas na entrevista A, estes produtos somente podem ser adquiridos no

Brasil através de sites de vendas e são poucas as opções disponíveis. Elas

puderam citar apenas três sites conhecidos nesta área, dentre os quais

estão Standart e Expansão, que serviram como fonte para este trabalho, e

Vanzetti, cujo catálogo disponível atualmente na internet não conta com

nenhum balanço para a Terapia de IS.

Definidos os pontos acima, seguimos para a análise dos equipamentos

presentes no Consultório de Terapia Ocupacional.

As figuras 17 e 18 mostram o principal balanço atualmente em uso na clínica.

Com ele, é possível realizar movimentos rotatórios, angulares e lineares, com alto

Page 29: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

20

estímulo ao sistema vestibular e proprioceptivo. Este balanço (figura 17) foi feito por

encomenda, com base no desenho de outro balanço, trazido dos Estados Unidos

pela terapeuta Laís Giustina.

Figura 17 - Balanço principal sem boia Fonte: Autoria própria, 2014.

A escolha de encomendar a produção do equipamento foi motivada pelo fato

de que muitos dos balanços disponíveis no mercado brasileiro, de acordo com a

observação da terapeuta, são muito pesados - o que dificulta a sua manipulação na

sala de terapia pelas profissionais - e também muito caros.

Vale mencionar que, segundo as profissionais entrevistadas, em muitas

ocasiões, elas próprias fazem adaptações nos equipamentos, dependendo das

necessidades que encontram em seu trabalho.

A figura 18 mostra o produto com a colocação da boia, um acessório que é

usado para garantir a segurança das crianças menores no uso do balanço. Este

recurso, no entanto, tem a desvantagem de dificultar a subida das crianças,

Page 30: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

21

limitando a sua autonomia em realizar esse esforço, que é um ponto importante no

uso do equipamento.

Figura 18 - Balanço principal com boia Fonte: Autoria própria, 2014.

Apesar das vantagens esperadas na encomenda, na confecção desse

primeiro balanço, as terapeutas destacam uma série de questões ainda sujeitas a

melhorias:

Pelo fato de a sustentação ser feita com correntes, e não outro material

resistente porém mais leve, toda a estrutura tem um peso ainda

considerável;

O balanço possui saliências nos cantos, na região onde as correntes estão

fixadas, que apresentam um risco tanto à segurança das crianças quanto

das terapeutas (figura 19);

Page 31: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

22

Figura 19 - Detalhe do balanço principal Fonte: Autoria própria, 2014.

Como dito anteriormente, a ausência de um acessório adequado que

ofereça maior segurança no uso do balanço pelas crianças menores, sem

limitar muito a sua movimentação, é outro problema identificado pelas

terapeutas;

A estrutura de ferro colocada na parte superior do balanço para expandir o

espaço entre as cordas (figura 20) é uma causa constante de acidentes, pois

a sua proximidade acaba fazendo com que as crianças maiores batam a

cabeça e se machuquem.

Figura 20 - Detalhe 2 do balanço principal Fonte: Autoria própria, 2014.

Page 32: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

23

As queixas acima são as principais referentes a este balanço. Ao analisar os

demais equipamentos suspensos, foram levantadas outras sugestões de melhorias

que poderiam ser aplicadas a ele:

Para a sustentação, as terapeutas recomendaram o uso de cordas

resistentes e encapadas, pela leveza e segurança, combinadas com

materiais de escalada (figura 21), pois em outros equipamentos, como o

Disco flexor (figura 22), essa inserção facilitou bastante a manipulação. O

material de escalada permite que o ajuste das cordas seja feito com o

mínimo de esforço, sem que seja necessário levantar o equipamento;

Figura 21 - Material de escalada Fonte: Autoria própria, 2014.

Page 33: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

24

Figura 22 - Disco flexor Fonte: Autoria própria, 2014.

Outra recomendação dada pelas terapeutas, com base na sua experiência

em adaptar os equipamentos, foi o uso do velcro (figuras 23 e 24), nas

cordas e na própria estrutura do aparelho, pois ele é um material versátil que

permite fixar outros objetos como brinquedos pequenos em diferentes

alturas, de acordo com o objetivo pretendido para cada criança. Além disso,

ele é de fácil remoção e reposicionamento e não causa danos ao

equipamento;

Page 34: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

25

Figura 23 - Uso do velcro nas cordas Fonte: Autoria própria, 2014.

Figura 24 - Uso do velcro no aparelho Fonte: Autoria própria, 2014.

Foi feita a observação de que equipamentos que apresentam revestimento

com textura, como o tapete da plataforma suspensa (figura 25), têm a

desvantagem de limitar o uso de outras ferramentas na terapia, como a

espuma, o giz para desenhar e outras substâncias, pois trata-se de um

revestimento que mancha facilmente e não é removível para lavagem.

Sendo assim, acaba se tornando necessário improvisar alguma capa de

proteção ao tapete. Na entrevista com as terapeutas, concluiu-se que o ideal

Page 35: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

26

seria que texturas desse tipo fossem cambiáveis, tanto por facilitar a limpeza

quanto por possibilitar a variação na estimulação tátil e visual, adequando-se

às necessidades de cada criança;

Figura 25 - Tapete da Plataforma suspensa Fonte: Autoria própria, 2014.

Foi observado ainda que a independência em impulsionar o balanço é algo a

ser aperfeiçoado, já que as crianças maiores precisam, na clínica, puxar

uma corda amarrada a uma das paredes (figura 26) para conseguir o

impulso sem que as terapeutas empurrem o balanço, e isso nem sempre é

eficaz. No caso das crianças menores, as terapeutas devem realizar esse

impulso, necessariamente;

Figura 26 - Corda amarrada à parede Fonte: Autoria própria, 2014.

Page 36: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

27

Por fim, verificou-se que um acessório para estimulação auditiva seria um

diferencial interessante, se pudesse ser acoplado e retirado com facilidade,

pois os objetivos da terapia variam de acordo com cada caso. Há crianças

com particularidades na audição que se beneficiam com a combinação ideal

dos estímulos vestibulares e auditivos, desenvolvendo melhor suas

percepções neste sentido e amenizando uma hipersensibilidade, por

exemplo. Ademais, surgiu a sugestão de adição de algum alerta sonoro que

indicasse quando o balanço fosse impulsionado, para que a criança

associasse o som ao movimento, integrando estas percepções com mais

eficiência.

O cuidado em oferecer as condições ideais de uso do equipamento na

Terapia de Integração Sensorial faz parte da proposta de “oferecer o desafio na

medida certa” (WILLARD, p. 48). As atividades devem oferecer um nível de

complexidade equilibrado, e isso depende da “combinação entre perícia do

terapeuta, motivação da criança, ambiente e estímulos adequados” (WILLARD, p.

48).

Portanto, a partir da análise dos dados coletados acima, é possível sintetizar

os seguintes pontos com potencial para aperfeiçoamento no produto: um melhor e

mais versátil atendimento às necessidades dos usuários - incluindo aqui a oferta de

diferentes estímulos que possam ser combinados de acordo com a necessidade de

cada criança na Terapia - maior leveza e segurança - e custo mais acessível.

Page 37: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

28

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 O DESIGN CENTRADO NO USUÁRIO

Tendo em vista a natureza deste projeto, cujo objetivo central é o redesign

de um balanço infantil para Terapia de Integração Sensorial, seria impossível

concebê-lo fora da abordagem do Design Centrado no Usuário.

Trata-se de uma abordagem na qual a observação do comportamento do

usuário e do contexto de uso é o elemento essencial para o direcionamento do

projeto de um produto/serviço (PREECE, 2005).

Dessa forma, mais relevante do que as questões técnicas em si é

compreender os usuários e as tarefas por eles realizadas desde o princípio do

projeto. É preciso estudá-los em seus aspectos comportamental, cognitivo e

antropomórfico, promovendo o seu máximo envolvimento no processo de design.

Para tanto, devem ser realizadas a observação, a medição, o registro e a análise de

todos os dados relevantes à sua interação com o produto (PREECE, 2005).

Oferecer verdadeiro suporte aos usuários, com a devida escolha das

prioridades no desenvolvimento de um produto, somente é possível ao apreender as

metas e tarefas destes usuários, colocando-os em foco desde o início (PREECE,

2005).

3.2 O BALANÇO NA TERAPIA DE INTEGRAÇÃO SENSORIAL

Criada pela terapeuta ocupacional Anna Jean Ayres, a Teoria de Integração

Sensorial propõe a existência dessa integração (IS) como o processo em que o

corpo, o cérebro e o comportamento se unem de modo a gerar respostas

adaptativas, isto é, respostas motoras ajustadas às condições ambientais

(FONSECA, 2008, p.325). Desse modo,

Page 38: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

29

O processo pelo qual o Sistema Nervoso Central localiza, classifica e organiza os impulsos sensoriais e transforma as sensações em percepções para que o homem possa interagir com o meio é denominado integração sensorial (PIRES, 2005, p. 36).

Crianças com deficiências tais como a Síndrome de Down, a Paralisia

Cerebral, o Transtorno de Déficit de Atenção e o Autismo apresentam

particularidades nesse processo de integração, diferenciando-se das demais, nas

quais a IS se processa naturalmente, com a sobreposição ou expansão dos

conhecimentos, influenciada principalmente pelas oportunidades provenientes de

uma relação dinâmica com o meio (GODZICKI, SILVA, BLUME, 2009).

Cabe aqui uma pequena introdução às deficiências acima referidas, que

servem de base para a delimitação do público-alvo do presente projeto.

A Síndrome de Down constitui,

Uma condição genética, caracterizada pela alteração do cromossomo 21, que ocorre no início da gravidez, sendo que os tipos mais comumente descritos na literatura são: translocação, mosaicismo e trissomia simples, esta última a mais comum (GODZICKI, SILVA, BLUME, 2009, p. 2).

Quanto à IS nas crianças portadoras da Síndrome, tem-se que seu

desenvolvimento motor sofre o impacto de uma combinação de fatores, que vão da

alteração genética ao comprometimento da integração sensorial e, com isso, da

percepção, da cognição e propriocepção (GODZICKI, SILVA, BLUME, 2009).

No que tange à Paralisia Cerebral, Newra Tellechea Rotta explica que se trata

de uma encefalopatia crônica que apresenta predominantemente sequelas motoras

e combina-se, de forma variada, a outros sintomas ou sinais. Ocorre, assim, uma

lesão que afeta a maturação neurológica e, consequentemente, o tônus, a postura e

o movimento (ROTTA, 2002).

O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma

condição neurobiológica, de origem hereditária. Ele se manifesta inicialmente

durante a infância e em geral se prolonga por toda a vida do portador. Seus

sintomas são a desatenção, a impulsividade e a inquietude (ASSOCIAÇÃO

BRASILEIRA DO DÉFICIT DE ATENÇÃO, 2014). A Terapia de IS também se aplica

neste caso, por gerar resultados que “envolvem melhoria na habilidade para prestar

atenção, manter o controle da postura e planejar os movimentos” (WILLARD, p. 48).

Page 39: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

30

O Autismo, por sua vez, é o termo genérico para os Transtornos do Espectro

Autista (TEA), caracterizados por uma disfunção no desenvolvimento cerebral, que

atinge o comportamento social e a comunicação, e em geral estão associados a um

déficit intelectual. (AUTISMO E REALIDADE, 2014) No TEA há peculiaridades

referentes à Integração Sensorial, com grande variação na maneira e na intensidade

com que os autistas vivem as suas experiências sensoriais (INSPIRADOS PELO

AUTISMO, 2014).

Sobre os benefícios proporcionados pela Terapia em crianças com TEA,

Claudia Omairi explica que:

A criança vai experimentando sensações, gradualmente organizando-as dentro do seu cérebro e procurando saber o que elas significam. Ela aprende a focar sua atenção em sensações particulares e ignorar outras. (...) ganha controle sob suas emoções e atos motores, aprende a ficar organizada/atenta por período maior de tempo, situações que antes eram desafiantes vão ficando mais fáceis como, por exemplo, subir uma escada ou gangorra, tendo maior conhecimento e satisfação quando vivenciadas (OMAIRI, 2013, p.141).

De acordo com Carlo e Bartalotti (2001), crianças portadoras de tais

disfunções, podem ser beneficiadas por intervenções terapêuticas que promovam

gradualmente uma melhor adaptação ao ambiente. A Terapia de Integração

Sensorial funciona através de atividades que fornecem e controlam a entrada de

estímulos sensoriais, integrando os sistemas tátil, vestibular e proprioceptivo, de

forma que a criança possa responder espontaneamente a isso com o trabalho

conjunto de todas as sensações e consequente adaptação ao ambiente (FONSECA,

2008, p.328).

De modo geral, os objetivos da Terapia são: a auto-regulação, a melhora da

atenção, da coordenação e do planejamento motores, da auto-estima e confiança,

da participação e aceitação social (WILLARD, p. 48).

Na realização da Terapia de Integração Sensorial, são utilizados

equipamentos projetados especificamente para oferecer uma combinação ideal dos

estímulos sensoriais referidos. Os materiais suspensos são algumas de suas mais

importantes ferramentas. Neles, os estímulos são obtidos com movimentos

rotatórios, angulares e lineares, principalmente com aceleração e desaceleração. Os

produtos pertencentes à categoria dos suspensos são os balanços em geral, a rede,

a plataforma, o rolo e o cavalo (URBANSKI, 2013).

Page 40: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

31

Cada um dos equipamentos trabalha com mais intensidade sobre

determinados pontos na terapia. Os suspensos, também conhecidos como balanços,

incluem diversos estímulos ao equilíbrio, ao planejamento motor, à segurança

gravitacional, à postura e ao tônus muscular, além do estímulo tátil próprio do

revestimento do material, o que o torna objeto central deste projeto (URBANSKI,

2013).

Por esse motivo, o balanço é um ponto-chave na Terapia de IS, e é possível

agregar valor a ele ao explorar diferentes texturas, por exemplo, propiciando maiores

estímulos táteis, além dos estímulos vestibulares e proprioceptivos (SOLER,

REZENDE, BLASCOVI-ASSIS, 2011).

Estes estímulos são particularmente relevantes no desenvolvimento inicial

das crianças. A propriocepção, que é a percepção do próprio corpo, é desenvolvida

com a consciência das partes do corpo, da postura, do movimento e do equilíbrio

(NETO, 2009) e exerce grande influência ao regular as demais sensações. As

atividades vestibulares, por outro lado, permitem o desenvolvimento das noções de

espaço e navegação. Já as informações táteis são indispensáveis para refinar as

interações com o entorno (ROLEY, JACOBS, 2011).

3.3 INTEGRAÇÃO DOS SENTIDOS

Anelise Pires (2005) menciona a definição de Piaget do período sensório-

motor – primeiros anos de vida, nos quais a criança começa a explorar os sentidos

em conjunto com a ação motora - como o estágio do “nascimento da inteligência”,

em que se faz indispensável a estimulação da visão, do tato e da audição para o

desenvolvimento da inteligência.

Quanto à particularidade do desenvolvimento infantil nesse período, cabe

destacar o conceito de “Janela da inteligência” por Marisa Amada Pires Sella (2005),

que argumenta que em cada fase do desenvolvimento do ser humano há uma

facilidade para aquisição de conhecimentos a ser explorada. A autora demonstra

que a inteligência é uma característica estimulável, que se acentua com o uso das

ferramentas corretas, e que a mais ampla dentre as “Janelas da inteligência” se situa

entre os 17 meses e 6 anos de idade.

Page 41: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

32

A autora Janete Mamedio Bark (2005, p. 101) reitera as colocações acima,

ao afirmar que “Os primeiros anos de vida tem uma importância capital: o

desenvolvimento da inteligência, afetividade, relações sociais é tão rápido que sua

realização determinará, em grande parte suas capacidades futuras.”

Exemplificando as colocações acima, a estimulação visual faz com que a

criança explore melhor o entorno, desenvolvendo interesse por ele. Ela está

profundamente relacionada à estimulação tátil, que é realizada, de acordo com

Anelise Pires no livro Estimulação Precoce, página 166, “com todo o corpo, sentindo

texturas, temperaturas, pesos, tamanhos e formas diferentes” (in SELLA, 2005).

No que concerne à estimulação auditiva, Humpal destaca no livro Atenção e

Estimulação Precoce, que a consciência de padrões sonoros é essencial para a

aprendizagem e a formação da memória, bem como a linguagem e a leitura. Além

disso, atividades como ouvir a sons musicais proporcionam estímulos não somente

auditivos mas também táteis às crianças, possibilitando o desenvolvimento da

audição ativa (in BOLSANELLO, 2009). Ainda no mesmo livro a autora Beatriz Ilari,

na página 98, ressalta que os sons permitem que a criança desenvolva orientação

espacial e temporal, conhecendo o ambiente em que se encontra e desenvolvendo

vínculos pessoais. Além disso, como demonstrado por diversos estudos, o

aprendizado mais especificamente no âmbito da música auxilia crianças com

deficiência a obter avanços nos aspectos da linguagem, do intelecto e emocional (in

BOLSANELLO, 2009).

Considerando que a Terapia de Integração Sensorial trabalha com a devida

combinação de cada um dos estímulos sensoriais, para direcionar os pacientes a um

desenvolvimento satisfatório das percepções junto ao ambiente, este trabalho tem

como requisito ampliar as possibilidades de combinação destes estímulos, com

adaptação do balanço às necessidades de cada um dos diferentes usuários. Assim,

a intenção é criar um produto versátil, agregando a ele acessórios diferenciais, que

possam ser utilizados ou removidos de acordo com os objetivos desejados na

Terapia.

É neste sentido que o presente projeto tem por proposta a construção de um

balanço para a Terapia de IS que propicie uma integração mais ampla dos sentidos

corporais. Unindo estímulos táteis, visuais e auditivos, pretendemos oferecer uma

multiplicidade de benefícios combinados em um único produto. Afinal, “a experiência

e vivência através de ambiente enriquecedor que inclua cores, música, sons, cheiro,

Page 42: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

33

luzes, são os estímulos que, indiscutivelmente, oferecem os melhores resultados ao

cérebro” (SELLA, 2005, p. 216).

3.4 O BRINQUEDO TERAPÊUTICO

Na elaboração de um dispositivo de tecnologia assistiva para crianças, é

indispensável considerar a importância do aspecto lúdico. A diversão tem,

comprovadamente, o poder de potencializar o desenvolvimento infantil, tornando

muito mais fáceis as atividades de estimulação e socialização, por exemplo (MAIA,

RIBEIRO, BORBA, 2011).

Cumpre lembrar, neste ponto, a aplicação do conceito de ambiência

favorável. Na área da saúde, a ambiência pode ser descrita como “tratamento dado

ao espaço físico entendido como espaço social, profissional e de relações

interpessoais que deve proporcionar atenção acolhedora, resolutiva e humana”

(SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE, 2010, p. 5).

Sendo assim, com projetos desta natureza, é necessário também contribuir

para a construção de um espaço acolhedor e confortável, que permita promover

uma atmosfera vivencial prazerosa.

3.5 CUSTO DO PRODUTO X NECESSIDADE

Um dos requisitos igualmente importantes na presente proposta é facilitar o

acesso ao produto no que se refere ao custo.

Na entrevista realizada na clínica foi identificado que um fator que restringe

fortemente o acesso a novos balanços - e consequentemente o benefício obtido na

terapia - é o seu alto custo. Além disso, como visto anteriormente, ainda são poucas

as empresas que oferecem o produto no Brasil.

Acredita-se que, com a devida análise dos materiais e processos de

fabricação, é possível gerar alternativas com melhor custo-benefício, que possam

cumprir com os objetivos primordiais do projeto.

Page 43: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

34

4 CONCEITUAÇÃO DO PROJETO

Dadas as considerações dos capítulos anteriores, segue-se à fase inicial da

conceituação do projeto, que será finalizada posteriormente, com a seleção da

alternativa final.

4.1 PÚBLICO-ALVO

Como público-alvo deste projeto é selecionada uma parcela do grupo de

crianças que atualmente realizam a Terapia de Integração Sensorial no Consultório

de Terapia Ocupacional estudada, em Curitiba-PR.

Para fins deste estudo, será realizado o levantamento antropométrico com

crianças na faixa de 1 a 4 anos de idade, que possuam a Disfunção Integrativa

Sensorial decorrente de quaisquer das possíveis causas, seja o Autismo, a

Síndrome de Down, o TDAH, a Paralisia Cerebral ou outras. Os perfis coletados

neste levantamento serão, portanto, as referências para o desenvolvimento do

balanço.

4.2 REQUISITOS DO PROJETO

Em consonância com as análises feitas anteriormente, este projeto deve

atender aos seguintes requisitos:

Versatilidade: devem ser agregados ao balanço acessórios que permitam

torná-lo mais versátil e adaptável às diferentes necessidades dos usuários;

Segurança: fatores de risco no uso devem ser eliminados;

Leveza: trata-se de um aspecto facilitador do trabalho realizado pelas

terapeutas ocupacionais, conforme o relato da entrevista inicial;

Custo reduzido: permite maior acesso ao produto e, com isso, também

facilita o trabalho realizado na Terapia de Integração Sensorial.

Page 44: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

35

Ludicidade: o aspecto lúdico e recreativo, como já observado, tem o poder

de potencializar os resultados da terapia.

Page 45: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

36

5 DESENVOLVIMENTO

5.1 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

Após a formulação do conceito, com base na pesquisa realizada, na

entrevista com as terapeutas e na observação da terapia e utilização do balanço,

teve início a geração de alternativas. Nesta etapa, foram considerados materiais,

estruturas e composições que pudessem atender aos requisitos essenciais do

projeto: versatilidade, segurança, leveza, custo reduzido e ludicidade.

A princípio, fez-se uma busca por balanços dos mais variados, inclusive

aqueles sem finalidade terapêutica, para analisar os modos de confecção dos

produtos já presentes no mercado. Foram encontrados diversos formatos e tipos, e

um modelo que se destacou, por oferecer leveza e baixo custo, foi um balanço

produzido com vime (Figura 27). A partir de então foram elaborados alguns

desenhos inspirados no uso deste material para a estrutura (Figura 28).

Figura 27 - Sofá-cama-balanço Fonte: Confeitaria Creative, 2015.

Page 46: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

37

Figura 28 - Balanço cesto Fonte: Autoria própria, 2014

Para possibilitar a redução do peso do equipamento e dos fatores de risco

(presentes, por exemplo, nos equipamentos com correntes metálicas – ver figura

19), foi gerada também uma alternativa com a estrutura composta basicamente por

cordas (Figura 29).

Page 47: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

38

Figura 29 - Balanço cordas Fonte: Autoria própria, 2014

Outra opção foi gerada com a base em madeira compensada multilaminada,

com recortes internos (figura 30), que seria ao mesmo tempo leve e muito resistente.

Page 48: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

39

Figura 30 - Base de compensado multilaminado Fonte: Autoria própria, 2014

Com os desenhos, foram exploradas diferentes formas e possibilidades de

acomodação (Figura 31).

Page 49: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

40

Figura 31 - Diferentes formas e possibilidades de acomodação Fonte: Autoria própria, 2014

Alguns modelos possuíam portas para que fosse facilitada a entrada da

criança no balanço (Figura 32). De acordo com a entrevista A, a entrada no

equipamento é importante para que a criança desenvolva certa autonomia, devendo

ser realizada com um grau de complexidade equilibrado: não tão simples que não

exija nenhum esforço, mas não tão difícil a ponto de impossibilitar a tarefa.

Page 50: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

41

Figura 32 - Balanços com portas Fonte: Autoria própria, 2014

Para o assento, foram desenhadas alternativas de estofados que

possibilitassem ao mesmo tempo conforto ao usuário e a versatilidade de um

estímulo tátil e visual diferencial. A figura 33 ilustra almofadas formadas por módulos

fixados na base com velcro, seguindo a ideia de que estes pudessem ser dispostos

a critério da terapeuta, dependendo da necessidade do paciente.

Figura 33 - Módulos com velcro Fonte: Autoria própria, 2014

Page 51: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

42

Os estofados poderiam ser na forma de tapetes com duas faces cambiáveis:

uma com uma única textura e outra com velcro, onde pudessem ser fixados módulos

de almofadas com texturas diferentes (Figura 34).

Figura 34 - Tapetes com textura Fonte: Autoria própria, 2014

Considerou-se também utilizar almofadas de diferentes dimensões (Figura 35)

para regulagem de altura e melhor acomodação das crianças no espaço interno do

balanço, de acordo com a variação de tamanho do público-alvo.

Page 52: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

43

Figura 35 - Almofadas de diferentes tamanhos Fonte: Autoria própria, 2014

Quanto à ludicidade do produto, a partir da pesquisa dos materiais e com a

observação das vantagens do vime em particular, surgiu a ideia de criar um balanço

que remetesse a um balão, cujo cesto é tradicionalmente feito em vime. O balão é

um objeto convidativo para o público infantil, e um balanço criado com essa forma

pode proporcionar ainda mais fantasia e diversão. Assim, foram geradas algumas

alternativas com formato bem próximo ao formato do balão tradicional de bolinhas

coloridas no lugar do envelope (Figura 36), inspiradas no filme “Up”3.

3 “Up” é uma animação que conta a história de Carl Fredricksen, um vendedor de balões que está

prestes a perder a casa em que viveu com sua esposa durante anos. Para não perder o imóvel, que é ameaçado de ser substituído por um edifício no local, Carl enche milhares de balões e os prende à casa, que acaba levantando voo. Assim, Carl parte numa viagem até a América do sul, a um local onde ele e sua esposa desejavam morar (Figura 37).

Page 53: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

44

Figura 36 - Balanços "UP" Fonte: Autoria própria, 2014

Figura 37 - Filme "UP" Fonte: Pete Docter, 2009.

Outra alternativa gerada com um foco maior no universo imaginativo foi a

estrutura de uma piscina de bolinhas, tendo como base uma boia inflável, e dentro

dela diversas bolinhas revestidas com tecidos, seguindo a mesma ideia da

possibilidade de seleção das texturas, citada anteriormente. Neste caso, porém, as

bolinhas ficariam soltas dentro do equipamento (Figura 38), assim como numa

piscina de bolinhas comum.

Page 54: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

45

Figura 38 - Balanço piscina de bolinhas Fonte: Autoria própria, 2014

5.2 ALTERNATIVA ESCOLHIDA E CHECK LIST DOS ELEMENTOS DA

CONCEITUAÇÃO

A alternativa escolhida (Figura 39), descrita abaixo, busca atender aos

requisitos mencionados no item 4.2.

Page 55: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

46

Figura 39 - Base em forma de caixa Fonte: Autoria própria, 2015

A base é feita no formato de uma caixa, de 600x500x600 mm (largura x altura

x comprimento), com chapas de compensado multilaminado, com 3 lados vazados

(Figura 40). As chapas vazadas e as cordas para sustentação conferem mais leveza

e segurança ao produto, em contraposição à estrutura de metal utilizada na clínica

pelas terapeutas, e possuem ainda uma boa resistência. A estrutura do novo

balanço será revestida por espuma de espessura 10 mm para maior segurança dos

usuários e conforto interno. Outro item de segurança importante são os materiais de

escalada, de grande resistência e funcionalidade, usados para a fixação do balanço

à estrutura da clínica.

Page 56: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

47

Figura 40 - Chapas de compensado vazadas Fonte: Autoria própria, 2015

Duas almofadas para regulagem de altura para crianças maiores e menores

acrescentam versatilidade ao produto, prevendo a variação de tamanho na faixa de

idade escolhida para o público-alvo - ver figura 35. Com elas, as crianças menores

poderão ficar sentadas e manter o contato visual com as terapeutas, além de obter

diferentes possibilidades de estímulos táteis e visuais pela variação dos tecidos na

face de uma das almofadas, de maior tamanho. Esta tem mesma largura e

comprimento da base, enquanto a outra tem a metade do comprimento, para ser

utilizada como “banquinho”, onde as crianças possam sentar com os pés apoiados.

O formato escolhido para a base é outra característica que torna o balanço

versátil. Ele possibilita o uso sentado ou em pé, sem a necessidade de que a

terapeuta esteja sentada junto à criança para segurá-la, pois as paredes da caixa,

conferem estabilidade e autonomia para as crianças em ambas as posições. A

vantagem aqui está no fato de que a terapeuta poderá manter contato visual com a

criança, o que, segundo conversas com as profissionais da clínica, traz maior

benefício no processo da terapia. Além disso, conforme o feedback das terapeutas

após a apresentação do mock-up, essa forma acaba tendo dupla função: a caixa

dispensa a colocação de um recipiente a mais sobre o balanço, comumente usado

na terapia para carregar algum material de sensação tátil específica, como grãos de

feijão.

Page 57: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

48

Para o acabamento externo, opta-se pelo corano azul claro. Este material foi

escolhido para facilitar a limpeza, especialmente porque, como já citado, na terapia

podem ser utilizados materiais tais como espumas para estímulo tátil.

Como elemento de maior ludicidade, são escolhidas as bolinhas coloridas,

feitas com fibra siliconada e tecido, fixadas a uma faixa de tecido na parte superior

do balanço. As bolinhas do topo serão costuradas, enquanto as mais inferiores

serão fixadas apenas com velcro, para que possam ser retiradas e reposicionadas

pelas crianças e terapeutas (Figura 41).

Figura 41 - Bolinhas com velcro Fonte: Autoria própria, 2015

5.3 MOCK-UP DA ALTERNATIVA ESCOLHIDA

Depois de selecionada a alternativa final, iniciou-se o mock-up.

Page 58: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

49

A base foi desenvolvida com chapas de papelão (4 chapas de 500x600mm e

uma de 600x600mm), cortadas com estilete e unidas com fita adesiva, para

formarem uma caixa (Figura 42).

Figura 42 - Corte e colagem do papelão Fonte: Autoria própria, 2015

Para simular uma das possibilidades do assento, foi recortada uma espuma

de 100 mm de espessura e posicionada dentro da base.

Em um dos lados da caixa foi feita a porta do balanço, com 400x400mm

(Figura 43).

Figura 43 - Porta Fonte: Autoria própria, 2015

Page 59: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

50

Para simular a parte superior do protótipo, composta por estofados coloridos,

foram utilizados balões presos a um lençol com fita adesiva (Figura 44).

Figura 44 - Fita adesiva Fonte: Autoria própria, 2015

Para que a estrutura superior ganhasse forma, foi moldado um esqueleto com

arames. Os arames foram duplicados e entrelaçados com um alicate, e o esqueleto

foi construído com 3 arcos, conforme a figura 45. Por fim, o lençol foi unido ao

esqueleto de arame com alfinetes.

Figura 45 - Estrutura de arame Fonte: Autoria própria, 2015

Page 60: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

51

Depois de finalizado, o mock-up foi montado na clínica e avaliado pelas

terapeutas. Ele foi suspenso por 4 cordas, passadas por furos feitos em duas faces

da caixa, e amarradas em um dos ganchos para balanços da sala de terapia (Figura

46).

Figura 46 - Mock-up montado na clínica Fonte: Autoria própria, 2015

Com o mock-up pronto, seguiu-se à apresentação às terapeutas, para

opiniões e sugestões.

A receptividade por parte das terapeutas foi muito positiva e gerou novas

observações importantes a respeito do protótipo.

Após realizado um breve teste com duas crianças que se encontravam em

terapia que não puderam ser fotografadas, pois não houve autorização dos pais para

esse tipo de registro, uma com 1 ano e 9 meses e a outra com 4 anos de idade, as

Page 61: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

52

terapeutas avaliaram as dimensões do mock-up como adequadas para o público-

alvo escolhido, destacando que a disposição das almofadas no interior da base seria

a solução ideal para as diferentes necessidades de cada paciente (uso em pé ou

sentado, por crianças menores ou maiores).

Neste momento, observou-se também que o formato da base seria

duplamente versátil, pois não só possibilitaria um uso diferencial para o balanço (em

pé), mas também dispensaria o uso de outras caixas, comum na terapia (ver 5.2).

Por fim, as terapeutas fizeram sugestões sobre a parte superior do balanço.

Elas sugeriram que o tecido com as bolinhas fosse removível, para facilitar a retirada

do equipamento, e que, para maior interação por parte das crianças, algumas das

bolinhas coloridas (as inferiores, de mais fácil alcance pelos pacientes) fossem

fixadas com velcro, e não costuradas, possibilitando a sua retirada e o

reposicionamento durante a terapia.

5.4 MATERIAIS, MEIOS DE PRODUÇÃO E MODELO FUNCIONAL

Para a produção do modelo funcional, foram utilizados os seguintes materiais:

Compensado multilaminado (15mm) – CNC

Cordas de escalada de 11,5mm de diâmetro e 8mm de diâmetro

Mosquetão

Blocante

Destorcedor

Corano

Espuma ( espessura 10mm, densidade: D-28)

3kg de fibra siliconada

Fixação (parafusos cabeça Philips 4x25mm e 4x35mm)

Tubo de PVC de 20mm de diâmetro

Tecidos Percal Microfibra Lisa (verde, rosa e amarelo), Oxford (vermelho, roxo

e azul) para as bolinhas e para as texturas os tecidos Feltro, Tricot, Veludo

Page 62: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

53

Crystal Alemão, Soft Estampado e Flanela Xadrez. E para a estrutura de

madeira das bolinhas o Helanca Light.

Cola de contato

Velcro

Linha de nylon e de costura

Dobradiças invisíveis de 1 polegada

Madeira Pinus

Inicialmente, as peças de madeiras que iriam compor a base do balanço e o

esqueleto da estrutura superior foram desenhadas no software Rhinoceros, para

usinagem na CNC.

O primeiro passo da produção foi o corte das chapas de compensado

multilaminado na serra vertical, para a retirada da base e das laterais da caixa

(Figura 47) – cujos recortes internos, feitos em três delas, foram usinados (Figura

48) - além de uma peça grande, em que foram usinados os círculos e arcos que

compõem o esqueleto do balão (Figura 49).

Figura 47 - Corte na serra vertical Fonte: Autoria própria, 2015

Page 63: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

54

Figura 48 - Recorte interno das peças em CNC Fonte: Autoria própria, 2015

Figura 49 - Recorte dos círculos e arcos em CNC Fonte: Autoria própria, 2015

A peça de madeira unida à porta foi dividida em 3 partes, para que fosse

possível fazer a furação para colocar dobradiças invisíveis (Figura 50 – furadeira

horizontal). Optou-se pelas dobradiças invisíveis porque elas oferecem menos riscos

às crianças, uma vez que não ficam expostas. O recorte em 3 partes, feito na serra

Page 64: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

55

circular (Figura 51), foi necessário devido ao fato de que a peça original possuía

dimensões maiores do que as comportadas pela furadeira. Após a furação, as 3

partes foram unidas novamente com cola e cavilhas (Figura 52).

Figura 50 - Furação lateral Fonte: Autoria própria, 2015

Figura 51 - Recorte em 3 partes Fonte: Autoria própria, 2015

Page 65: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

56

Figura 52 - União das 3 peças Fonte: Autoria própria, 2015

Em duas das laterais com os recortes, foram ainda feitos furos, para passar

as cordas do balanço. Os furos foram feitos na CNC, a princípio com diâmetro de 10

mm, e depois alargados na furadeira de mesa, com uma broca de 20mm de

diâmetro. Com o intuito de evitar o desgaste das cordas, foram cortadas e lixadas 4

peças de 25mm de altura a partir de um cano de PVC de 20mm de diâmetro, e

encaixadas em cada um dos furos (figura 53).

Figura 53 - Tubos de PVC Fonte: Autoria própria, 2015

As peças de madeira foram lixadas para retirada das rebarbas (Figura 54), e

em seguida passou-se um selante com o auxílio do spray compressor (Figura 55). A

Page 66: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

57

função do selante é evitar que a madeira estrague em contato com a umidade.

Depois de seco o selante, as peças foram lixadas novamente com uma lixa mais fina

"P600" (Figura 56).

Figura 54 - Retirada das rebarbas Fonte: Autoria própria, 2015

Figura 55 - Selante Fonte: Autoria própria, 2015

Page 67: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

58

Figura 56 - Lixa fina Fonte: Autoria própria, 2015

A caixa foi montada com parafusos, fixados nas laterais e na base. Com a

furadeira de mesa, foram feitos os furos para a colocação dos parafusos. Estes

foram encaixados com a parafusadeira manual (Figura 57) e alguns com o auxílio da

chave Philips (Figura 58).

Figura 57 - Parafusadeira manual Fonte: Autoria própria, 2015

Page 68: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

59

Figura 58 - Fixação com parafusos Fonte: Autoria própria, 2015

Para garantir maior resistência do balanço, foi feita uma elevação de 15mm

da base da caixa. Para isso, utilizou-se 4 bordas de madeira Pinus, com 15mm de

altura e comprimento compatível com cada lado da caixa, que foram parafusadas na

parte inferior interna das laterais (Figura 59). Em seguida, a base foi colocada por

dentro, encaixada sobre as bordas e parafusada às laterais da caixa (Figura 60).

Figura 59 - Elevação da base Fonte: Autoria própria, 2015

Page 69: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

60

Figura 60 - Caixa com a base Fonte: Autoria própria, 2015

Para o revestimento da caixa, foram utilizados a espuma de espessura 10mm

e densidade D-28 e o corano. A porta foi revestida separadamente, pois teve que ser

redimensionada e cortada, já que a caixa ganhou volume extra com o corano e a

espuma. Foram retirados 17mm dos lados da porta, salvo o lado que foi furado para

o encaixe das dobradiças.

Ainda sem a colocação da porta, a espuma foi cortada em duas tiras

grandes, coladas em toda a superfície interna e externa da caixa com cola de

contato (Figura 61), e as sobras foram recortadas, bem como os furos para a

passagem das cordas.

Figura 61 - Revestimento com espuma Fonte: Autoria própria, 2015

Page 70: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

61

Após essa etapa, a caixa foi levada ao estofeiro da UTFPR, Ademilson Pina,

para a colocação do corano. Ele iniciou o trabalho com a medição da caixa e

marcação das medidas no tecido (Figura 62). A parte externa foi cortada em uma

única grande tira, e o mesmo foi feito para a parte interna e a parte superior. Com as

três peças cortadas, o estofeiro fez a costura na máquina (Figura 63). Pedaços

restantes foram medidos e costurados também. Depois de costurado todo o

revestimento, ele foi encapado e grampeado na caixa (Figura 64).

Figura 62 - Marcação das medidas no tecido Fonte: Autoria própria, 2015

Figura 63 - Máquina de costura Fonte: Autoria própria, 2015

Page 71: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

62

Figura 64 - Caixa encapada Fonte: Autoria própria, 2015

Depois de redimensionada a porta, duas tiras da espuma foram coladas em

toda a sua superfície, com o recorte das sobras e da região destinada às dobradiças

(Figura 65). O corano foi então medido, cortado e costurado à mão, em torno da

porta (Figura 66).

Figura 65 - Porta revestida com espuma Fonte: Autoria própria, 2015

Page 72: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

63

Figura 66 - Costura do corano Fonte: Autoria própria, 2015

Após o término do revestimento, a porta e as dobradiças foram parafusadas

ao restante da caixa (Figura 67). Então, foi parafusada a trava para a porta (Figura

68).

Figura 67 - Dobradiça Fonte: Autoria própria, 2015

Page 73: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

64

Figura 68 - Trava para a porta Fonte: Autoria própria, 2015

Na região externa aos furos das laterais foi recortado o corano e, para o

acabamento, foram feitas 8 peças circulares a partir de uma chapa de MDF de 3mm

de espessura (Figura 69). As peças, de 40mm de diâmetro e com furos centrais

passantes de 20mm, foram coladas ao corano nas extremidades de cada uma das

peças de PVC (Figura 70).

Figura 69 - Acabamento das peças circulares Fonte: Autoria própria, 2015

Page 74: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

65

Figura 70 - Colagem das peças circulares Fonte: Autoria própria, 2015

Para finalizar a base do balanço, foram feitas duas almofadas com espuma e

corano, costuradas à mão (Figura 71). A primeira, de 600x100x600mm (largura x

altura x comprimento), foi preenchida com espuma em pedaços e na sua face

superior foram costuradas duas faixas de velcro (Figura 72), para a colocação dos

“tapetes texturizados”. Estes, por sua vez, foram feitos a partir do recorte de tecidos

de 580x580mm, cada um deles também com duas faixas do outro lado de aderência

do velcro. Os tecidos utilizados para os tapetes foram: Feltro, Tricot, Veludo Crystal

Alemão, Soft Estampado e Flanela Xadrez (Figura 73).

A segunda almofada, com a função de “banquinho” - ver Figura 35 -, foi

preenchida com um pedaço único de espuma e feita nas dimensões

600x200x300mm (Figura 74).

Page 75: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

66

Figura 71 - Recortes de corano para a almofada Fonte: Autoria própria, 2015

Figura 72 - Faixas de velcro Fonte: Autoria própria, 2015

Page 76: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

67

Figura 73 - Tecidos texturizados Fonte: Autoria própria, 2015

Figura 74 - Almofada "banquinho" Fonte: Autoria própria, 2015

A estrutura superior, por sua vez, foi montada com um esqueleto de madeira

(Figura 75) e um tecido com bolinhas coloridas preenchidas, formando o “balão”

(Figura 76).

Page 77: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

68

Figura 75 - Estrutura de madeira Fonte: Autoria própria, 2015

Figura 76 - Tecido com bolinhas Fonte: Autoria própria, 2015

Inicialmente, os 8 arcos foram encaixados e colados aos círculos superior e

inferior, em intervalos de distância iguais. Em seguida, foram parafusados e colados

(Figura 77). Para garantir maior segurança, os arcos foram ainda unidos entre si com

um arame (Figura 78).

Page 78: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

69

Figura 77 - Fixação com parafusos Fonte: Autoria própria, 2015

Figura 78 - União dos arcos com arame Fonte: Autoria própria, 2015

As bolinhas foram feitas com o recorte dos tecidos em formato circular, com

diâmetro médio de 500mm, nas cores verde, rosa, amarelo, vermelho, azul e roxo

(Figura 79).

Page 79: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

70

Figura 79 - Recorte de tecidos Fonte: Autoria própria, 2015

Em cada um dos recortes circulares foi feito um fuxico, preenchido com a fibra

siliconada, totalizando 45 bolinhas (Figura 80). Algumas bolinhas ainda receberam o

velcro (Figura 81), que seria fixado na parte de baixo do tecido. As demais bolinhas

foram costuradas na parte superior (Figura 82).

Figura 80 - Bolinhas preenchidas com fibra siliconada Fonte: Autoria própria, 2015

Page 80: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

71

Figura 81 - Bolinhas com velcro Fonte: Autoria própria, 2015

Figura 82 - Tecido com velcro e bolinhas costuradas Fonte: Autoria própria, 2015

Nas extremidades laterais do tecido, foi costurado o velcro, para permitir

montar e desmontar o balão quando necessário, como mostra a figura 82. Nas

extremidades superior e inferior, uma linha foi passada para reduzir o diâmetro da

abertura do tecido e possibilitar um melhor fechamento (Figura 83).

Page 81: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

72

Figura 83 - Extremidade com a passagem da linha Fonte: Autoria própria, 2015

As bolinhas foram dispostas em 4 fileiras do tecido, distribuídas de modo a

evitar a repetição de cores lado a lado.

5.4.1 Modelo funcional montado

O produto foi montado na clínica com as cordas de escalada. Para suspender

a estrutura do balão, foram utilizados uma corda de 8mm de diâmetro e um

mosquetão. A corda foi dividida em dois pedaços iguais, fechados em torno do arco

superior do balão (Figura 84) em nós do tipo “pescador” (Figura 85) e passados por

dentro do mosquetão. Este foi preso a outro mosquetão, já fixado na estrutura para

balanços da clínica.

Page 82: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

73

Figura 84 - Extremidade com as cordas Fonte: Autoria própria, 2015

Figura 85 - Nó tipo "pescador" Fonte: Autoria própria, 2015

A caixa também foi suspensa através de cordas de escalada, desta vez de

11,5 mm de diâmetro, sendo feito um nó do tipo “forca” em cada um dos 4 pontos de

passagem das cordas (Figura 86). Para isso, a corda foi dividida em duas partes

iguais e cada ponta foi queimada e coberta com fita isolante, para evitar seu

desfiamento. Para suspender a caixa, antes de feitos os nós, as cordas foram

passadas por dentro de uma argola de metal. Com os nós prontos, a caixa foi

suspensa e fixada à estrutura da clínica passando a argola por um outro mosquetão

(Figura 87).

Page 83: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

74

Figura 86 - Nó tipo "forca" Fonte: Autoria própria, 2015

Figura 87 - Balanço suspenso Fonte: Autoria própria, 2015

Page 84: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

75

5.5 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

5.5.1 Desenho Técnico e Quadro de Ferragens

O desenho técnico e o quadro de ferragens do produto encontram-se no

Apêndice B e C.

Page 85: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

76

6 RESULTADOS E DISCUSSÕES

6.1 Análise do produto com usuários

Após a montagem do protótipo, no Consultório de Terapia Ocupacional, veio a

etapa do teste com usuários. Devido à disponibilidade das terapeutas e dos

pacientes e também ao prazo de entrega do presente trabalho, o teste foi feito, neste

primeiro momento, com apenas três crianças na faixa de idade de 1 a 2 anos. A

seguir, são feitas as considerações sobre o uso do produto pelo usuário nos

aspectos formal, funcional, simbólico e ergonômico.

As análises feitas aqui levarão em consideração tanto a observação da

reação do usuário, quanto os relatos simultâneos feitos pelas terapeutas presentes

no momento do uso – a terapeuta responsável pela criança, Valeska Cardeal

Santana Lazoski e uma segunda, Laís Della Giustina Czelusniak, que acompanhava

fazendo também observações.

6.1.1 Forma

Um dos primeiros pontos registrados foi o fato de que as cores do produto

oferecem um estímulo visual interessante: o colorido da parte superior atrai o olhar e

o interesse da criança, e as cores são alegres e lúdicas, adentrando aqui também

nos aspectos funcional e simbólico.

Segundo o relato das terapeutas, a escolha das cores permitiu equilibrar bem

o produto no quesito estético, com um contraste ideal entre a maior quantidade de

informação na parte superior e a cor única da parte inferior, proporcionando ao

balanço uma harmonia visual. A forma do balanço facilita também os aspectos

funcional, simbólico e ergonômico, como veremos em mais detalhes em seguida.

Page 86: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

77

6.1.2 Função

O produto teve um funcionamento geral satisfatório, porém foram observados

alguns pontos importantes a serem melhorados, neste aspecto.

Em primeiro lugar, devido ao modo como as cordas foram dispostas na

argola, para a suspensão da caixa (divididas em 2 partes apenas, e sem uma

fixação extra em torno da argola), elas se moviam um pouco durante o uso, fazendo

com que o balanço acabasse por pender para um dos lados com facilidade. Após o

primeiro teste com o usuário, este problema foi solucionado com um nó do tipo “volta

de Anete”, feito em torno da argola, no centro das duas cordas (Figura 88).

Figura 88 - Nó "Volta de Anete" Fonte: Autoria própria, 2015

Em segundo lugar, observou-se uma nova possibilidade de uso das bolinhas

fixadas na parte superior do balanço, não prevista anteriormente. As terapeutas

observaram que todas elas poderiam ser dispostas dentro do balanço, como numa

piscina de bolinhas, reforçando o aspecto lúdico da terapia. Por esse motivo, optou-

se por refazer a fixação das bolinhas, mantendo todas elas fixas apenas com o

velcro e eliminando a costura diretamente ao tecido, para maior proveito destes

elementos.

Por outro lado, observou-se que o equipamento comporta bem as crianças na

faixa de idade escolhida. Além disso, o teste permitiu confirmar que a caixa como

base do balanço serve a um uso diferencial do equipamento, com a criança em pé e

Page 87: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

78

em contato visual direto com a terapeuta, conferindo a versatilidade e segurança

desejadas. E, como citado anteriormente, essa forma tem ainda outra função, pois

dispensa a colocação de um recipiente a mais sobre o balanço, comumente usado

na terapia para carregar algum material de sensação tátil específica.

6.1.3 Aspecto simbólico

Simbolicamente, a combinação das formas e cores da caixa e do balão

funciona de modo a criar uma atmosfera de fantasia para as crianças, atraindo para

o uso. O fato de remeter a um balão de voo torna o seu uso notadamente mais

lúdico. Neste ponto, a presença da porta colabora como elemento convidativo, pois

acentua a curiosidade em entrar no balanço.

6.1.4 Ergonomia

Pelas respostas observadas no comportamento do usuário e pelo relato das

terapeutas, o produto se mostrou confortável e seguro, de modo geral. A sensação

tátil proporcionada foi satisfatória, bem como o conforto em contato com o estofado

macio e a almofada. Os usuários demonstraram uma resposta particularmente

positiva neste ponto, ao se deitar muito à vontade dentro da caixa.

Contudo, um quesito a ser melhorado quanto à ergonomia é a trava da porta,

que, conforme percebido neste primeiro momento, ficou levemente deslocada e

necessita ser reposicionada para fechar da maneira ideal e oferecer maior

segurança.

6.1.5 Uso

Page 88: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

79

Quanto ao uso do balanço em uma perspectiva geral, o teste permitiu

observar que, felizmente, os requisitos propostos no projeto foram razoavelmente

atendidos, considerando-se o caráter preliminar deste estudo, com respostas muito

positivas por parte das terapeutas e do usuário.

Por outro lado, o teste trouxe considerações importantes a respeito de uma

série de melhorias potenciais para que o balanço ofereça uma experiência mais

plena. Dentre as que se destacam neste primeiro momento estão: a fixação da

extremidade superior das cordas, para que o balanço se movimente oferecendo

maior equilíbrio e segurança; o reposicionamento da trava da porta; e o custo total,

que, com os materiais e meios de produção escolhidos para este modelo funcional,

não pôde atingir o nível desejado.

6.2 Cenas de uso

As imagens a seguir foram registradas durante o primeiro teste, com uma

criança com Síndrome de Down. Neste momento, com o produto montado na clínica,

foi possível observar a interação com o usuário.

Page 89: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

80

Figura 89 - Teste de uso 1 Fonte: Autoria própria, 2015

Figura 90 - Teste de uso 2 Fonte: Autoria própria, 2015

Page 90: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

81

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Do o momento da concepção até a fase de materialização e teste do protótipo

em situação real de uso, este projeto passou por um longo período de análises e

alterações.

Desde o início, o objetivo deste projeto foi o redesign do equipamento de

terapia, de modo a proporcionar um melhor e mais versátil atendimento às

necessidades dos usuários – crianças com Disfunção Integrativa Sensorial e

terapeutas que orientam a terapia-, com múltipla combinação de estímulos, leveza,

segurança, ludicidade e custo reduzido do produto. Com isso, o trabalho propôs se

inserir na área do design para pessoas com deficiência, tendo em mente a

responsabilidade que o designer também tem de propor soluções para problemas

levando em consideração uma perspectiva social inclusiva.

Há que se destacar que um dos maiores propósitos do trabalho, estabelecido

logo nas primeiras reuniões da equipe com as professoras orientadoras, era o de

materializar, de fato, a ideia, ainda que na forma de um protótipo inicial, para obter

resultados na esfera prática. Por isso, opta-se por definir este como um estudo

preliminar para o redesign do balanço. Isso significa que não houve a pretensão de

ter, ao fim deste trabalho de conclusão de curso, um balanço pronto para o mercado,

mesmo porque reconhece-se que um produto nesta categoria deve passar por uma

série de etapas posteriores, que permitam explorar, tanto quanto necessário, os

materiais, as formas, as cores, as funções, as possibilidades de uso, entre tantos

outros aspectos. Trata-se, neste caso, de um processo muito mais longo e que

requer, inevitavelmente, muitas reelaborações.

Para atingir o objetivo de produzir algo concreto, foi necessário fazer escolhas

provisórias, como naturalmente ocorre na fase inicial de execução de um protótipo, e

que serviram para visualizar melhoras a serem aplicadas num possível produto

futuro.

Outro fator que exerceu bastante influência sobre esta decisão foi o

orçamento limitado para a produção, uma vez que não houve nenhuma forma de

patrocínio do projeto, ficando a cargo dos autores financiar todos os custos gerados.

É preciso ressaltar ainda que, pela sua natureza, o projeto dependeu

fortemente da colaboração de profissionais da área da Terapia Ocupacional, e o

Page 91: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

82

contato com estas demorou razoavelmente a ser estabelecido, enquanto corria o

prazo de entrega do trabalho. Somente então pode ser feita a parceria que acabou

se tornando determinante para os resultados finais aqui apresentados.

Durante todo o processo, naturalmente surgiram muitas dúvidas, em especial

por se tratar de um tema ligado à área da saúde, que a princípio fugia bastante ao

domínio dos autores deste trabalho e que teve que ser estudado para uma

compreensão mínima de como interferir positivamente com o Design em tal campo.

Dificuldades foram aparecendo pela inexperiência na produção de algo

destinado a um usuário real e pela complexidade que o projeto ganhou, ao propor

melhorias em muitos aspectos.

Neste sentido, há ainda uma série de questões a serem resolvidas, dentre

elas:

realizar o registro adequado dos estudos ergonômicos, que, em função de

dificuldades relacionadas ao prazo, acabaram por não ser expostos neste trabalho,

apesar de as medições terem sido realizadas no consultório com crianças

pertencentes ao público-alvo;

adicionar um estímulo auditivo, conforme desejado num primeiro momento;

o custo do produto ainda saiu relativamente alto (ver Apêndice D), mas

acredita-se que, possivelmente, o custo seria reduzido em uma escala maior de

produção – por outro lado, em comparação com balanços de preço similar, este

possui a vantagem de propor muitos benefícios adicionais;

realização de mais testes. Será dada continuidade aos testes para

aperfeiçoamento do produto, já que trata-se apenas de um protótipo inicial.

Por todos os motivos aqui citados e em virtude da complexidade deste

projeto, não foi possível atender a uma série de requisitos próprios da metodologia

científica. Contudo, espera-se que este estudo preliminar sirva como pontapé inicial

para a elaboração de um produto aperfeiçoado no futuro.

Feitas todas as considerações acima, foi também muito gratificante poder,

ainda que de forma modesta, propor uma contribuição no Design pensando na

temática da inclusão de pessoas com deficiência. E ver o projeto tomando forma

trouxe uma imensa alegria, em especial ao assistir à reação positiva de uma criança

ao subir no balanço pela primeira vez, o que fez tudo isso ganhar um valor muito

maior do que o esperado.

Page 92: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

83

REFERÊNCIAS

ADOROCINEMA. Up - Altas Aventuras. Disponível em:<

http://www.adorocinema.com/filmes/filme-130368/> Acesso em: 17 de Maio de 2015. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DÉFICIT DE ATENÇÃO. O que é TDAH?.

Disponível em:< http://www.tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-o-tdah.html> Acesso em 30 de Agosto de 2014 AUTISMO E REALIDADE. O que é autismo?. Disponível em:< http://autismoerealidade.org/informe-se/sobre-o-autismo/o-que-e-autismo/> Acesso em 03 de Agosto de 2014 BOLSANELLO, Maria Augusta (org.). Atenção e Estimulação Precoce: Bebês com

Deficiência. I Simpósio Nacional de Atenção e Estimulação Precoce. Curitiba: UFPR, 2008. CARLO, Marysia Mara Rodrigues Prado de; BARTALOTTI, Celina Camargo. Terapia ocupacional no Brasil: fundamentos e perspectivas. São Paulo: Plexus

Editora, 2001. CHATEAU, Lilian Fernanda Araya; FIQUENE, Germanna Meirelles Cardoso; BAPTISTA, Patrícia Fukuda de Siqueira; SAETA, Beatriz Regina Pereira. A Associação da Expressão Necessidades Especiais ao Conceito de Deficiêcia. In:PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DISTÚRBIOS DO DESENVOLVIMENTO. Cadernos de Pós - Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento. São Paulo, v.12, n.1, p.65-71,2012.

CONFEITARIA CREATIVE. Veja incríveis camas suspensas. Disponível em:<

http://www.confeitariacreative.com.br/2013/12/veja-incriveis-camas-suspensas.html> Acesso em: 17 de Maio de 2015. COLEMAN, Roger; CLARKSON, John; DONG, Hua; CASSIM, Julia. Design for Inclusivity: A Practical Guide to Acessible, Innovative and User-Centred Design. Hampshire:Gower, 2007. DOCTER, Pete. Up - Altas Aventuras. Walt Disney Pictures, 2009. Video Disco. (96min)

Page 93: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

84

DRUMMOND, Adriana de França; REZENDE, Márcia Bastos (org.). Intervenções da terapia ocupacional. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008. ELLERBROCK, Josy. Crítica: Up: Altas Aventuras. Disponível em:<

http://xonadosporcinema.blogspot.com.br/2012/12/critica-up-altas-aventuras.html> Acesso em: 17 de Maio de 2015. ELLIS, Dado. Cubo de Rubik para Deficientes Visuais. Disponível em:<

http://blogdebrinquedo.com.br/2009/02/17/cubo-de-rubik-para-deficientes-visuais/> Acesso em: 03 de Agosto de 2014. EXPANSÃO. Site de vendas. Disponível em:< http://expansao.com/produtos/> Acesso em: 03 de Agosto de 2014. FALZON, Pierre (org). Ergonomia. São Paulo: Editora Blucher, 2007

FONSECA, Vitor da. Desenvolvimento psicomotor e Aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2008. GARCIA, Vera. "Cursum" carrinho de bebê para cadeirantes. Disponível em:< http://www.deficienteciente.com.br/2012/07/cursum-carrinho-de-bebe-para-cadeirantes.html> Acesso em 03 de Agosto de 2014. (a) ______. Diversão: Balanço "Liberty Swings" projetado para crianças e adolescentes cadeirantes. Disponível em:< http://www.deficienteciente.com.br/2012/07/balanco-liberty-swings-projetado-para-criancas-e-adolescentes-cadeirantes.html> Acesso em 03 de Agosto de 2014. (b) GODZICKI, Bárbara; SILVA Patrícia Andrade da; BLUME Luziane Bombazar; Aquisição do sentar independente na Síndrome de Down utilizando o balanço. Joinville, 2009. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-51502010000100007&script=sci_arttext>. Acesso em: 23 de Julho de 2014. INSPIRADOS PELO AUTISMO. Integração sensorial no espectro do autismo.

Disponível em:< http://www.inspiradospeloautismo.com.br/o-que-e-autismo/integracao-sensorial-para-autismo/> Acesso em 03 de Agosto de 2014 KRÜGER, Jaqueline; FERREIRA, Alexandre Rodrigues; BARCELLOS, Thaís; FREITAS, Estela do Canto. Desenvolvimento de um mouse apropriado para portadores de necessidades especiais. In: Congresso Nacional de Excelência em

Page 94: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

85

Gestão, 9, 2013, Rio Grande do Sul, 2013. Disponível em<

http://www.excelenciaemgestao.org/> Acesso em 30 de Agosto de 2014. MAIA, Edmara Bazoni Soares; RIBEIRO, Circéa Amália; BORBA, Regina Issuzu Hirooka de. Compreendendo a sensibilização do enfermeiro para o uso do brinquedo terapêutico na prática assistencial a criança. Revista da Escola de

Enfermagem da USP, São Paulo, v. 45, n. 4, Ago. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342011000400007>. Acesso em 21 de Agosto de 2014. MALLIN, Sandra Sueli Vieira. Uma metodologia de design aplicada ao desenvolvimento de tecnologia assitiva para portadores de paralisia cerebral. 2001. 245 f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia) - Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná, Curitiba, 2001. NETO, Humberto. A Propriocepção. Disponível em:<

http://fisioterapiahumberto.blogspot.com.br/2009/07/propriocepcao.html> Acesso em 03 de Agosto de 2014. OMAIRI, Claudia; VALIATI, Marcia Regina Machado Santos; WEHMUTH, Mariane; ANTONIUK, Sergio Antonio (org.). Autismo: perspectivas no dia a dia.Curitiba:

Íthala, 2013. ONO, Maristela Mitsuko. Design e cultura: sintonia essencial. Curitiba: Edição da

Autora, 2006. PERON, Marluce. Tecnologia a favor das pessoas portadoras de necessidades especiais. Disponível em:<http://www.tecmundo.com.br/software/2789-tecnologia-a-favor-das-pessoas-portadoras-de-necessidades-especiais.htm>. Acesso em: 31 de Julho de 2014. PORTOBELLO. Design para inclusão - Conheça exemplos de inovações

tecnológicas para portadores de necessidades especiais. Disponível em:<http://www.portobello.com.br/blog/decoracao/design-para-inclusao-conheca-exemplos-de-inovacoes-tecnologicas-para-portadores-de-necessidades-especiais/>. Acesso em: 31 de Julho de 2014. PREECE, Jennifer; ROGERS, Yvonne; e SHARP, Helen. Design de interação: além da interção homem-computador. Porto Alegre: Bookman, 2005.

Page 95: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

86

ROLEY, Suzanne Smith; JACOS, E S. Essie. Integração Sensorial. IN: WILLARD,

Hellen S. Terapia Ocupacional/ Willard & Spackman [editado por] Elizabeth Blesedell Crepeau, Ellen S. Cohn, Barbara A. Boytt Shell; [tradução Antônio Francisco Dieb Paulo]. -Rio de janeiro: Guanabara koogan, 11th ed. 2011. ROTTA, Newra Tellechea. Paralisia cerebral, novas perspectivas terapêuticas. Jornal de Pediatria - Vol 78, Supl. 1, Porto Alegre, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jped/v78s1/v78n7a08.pdf> . Acesso em: 31 de Julho de 2014. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. Ambiência. Núcleo técnico da política

nacional de humanização. 2 ed: Brasília, Editora do Ministério da Saúde, 32p. Série B. Textos Básicos de saúde 2010. SELLA, Marisa Amada Pires (org.). Estimulação Precoce: um desafio para o desenvolvimento infantil. Curitiba: Protexto, 2005. SILVA, Maurício José Vianna e. Design Thinking: Inovação em negócios. Rio de Janeiro: MJV Press, 2012. SOLER, Ana Paola Sarpi Chiodo; REZENDE, Luciana Krauss; BLASCOVI-ASSIS, Silvana Maria. Utilização de playground por crianças com paralisia cerebral tipo diparética espática: preferências e dificuldades relatadas pelas mães. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v.22, n. 1, p. 19-26, jan./abr. 2011

STANDARTE. Site de vendas. Disponível em:< http://standart.com.br/produtos> Acesso em 03 de Agosto de 2014. URBANSKI, Luiz. Universo Autista. 2013. Disponível em: < http://www.universoautista.com.br/autismo/modules/sections/index.php?op=viewarticle&artid=147> Acesso em: 23 fev. 2014. WANDERLEY, Ingrid Moura; SANTOS, Maria Cecília Loschiavo dos. Papanek para o mundo real no século XXI. In: CONGRESSO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM DESIGN - P&D, 10, 2012, São Luís. Anais do X Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design. São Luís: EDUFMAi, 2012. 1 CD-ROM. WILLARD, Helen S. Terapia Ocupacional. [editado por] Elizabeth Blesedell Crepeau, Ellen S. Cohn, Barbara A. Boyt Schell. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

Page 96: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

87

APÊNDICE A - RELATÓRIO DA ENTREVISTA A

A entrevista foi realizada com as terapeutas ocupacionais Carolina Scherner e

Laís Della Giustina, no Consultório de Terapia Ocupacional localizada na Rua

Amintas de Barros, 803, Centro, na cidade de Curitiba – PR.

Nesta entrevista foram coletados dados referentes ao trabalho realizado na

Terapia de Integração Sensorial, às crianças atendidas na clínica e aos balanços

utilizados.

Foram relatadas as seguintes questões:

Apesar de o trabalho com crianças deficientes ser realizado em conjunto por

uma equipe de profissionais, Terapeutas Ocupacionais são os únicos

profissionais habilitados para o exercício da Terapia de Integração Sensorial;

Na clínica, o trabalho é realizado com crianças com Autismo, em maior parte,

e também com Síndrome de Down, Transtorno de Déficit de Atenção com

Hiperatividade, Paralisia Cerebral e com dificuldades de aprendizagem

decorrentes apenas da Disfunção Integrativa Sensorial. Em média, são

atendidas crianças desde muito pequenas, com apenas meses de idade, até

os 10 anos;

No Brasil, são poucas as empresas que oferecem equipamentos para a

Terapia de IS. Elas puderam citar apenas três sites de vendas nesta área: o

Standart, o Expansão e o Vanzetti;

Os balanços que promovem maiores benefícios - como o disco flexor e o

balanço principal – são muito pesados. Em alguns casos, trata-se do peso do

próprio equipamento, em outros, a estrutura de sustentação em ferro torna o

conjunto mais pesado;

O balanço principal, que permite movimentos rotatórios, angulares e lineares,

com alto estímulo ao sistema vestibular e proprioceptivo - foi feito por

encomenda, com base no desenho de outro balanço, trazido dos Estados

Unidos pela Laís. Ela relata ter optado pela encomenda pelo fato de que

muitos dos balanços disponíveis no mercado brasileiro são muito pesados - o

que dificulta a sua manipulação na sala de terapia pelas profissionais - e

também muito caros. Segundo as terapeutas, em muitas ocasiões elas

Page 97: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

88

próprias fazem adaptações nos equipamentos, de acordo com as

necessidades que encontram em seu trabalho;

Ainda sobre o balanço principal, uma das suas formas de uso é com a boia,

um acessório usado para garantir a segurança das crianças menores no seu

uso. No entanto, o recurso tem a desvantagem de dificultar a subida das

crianças, limitando a sua autonomia em realizar esse esforço, que é um ponto

importante no uso do equipamento.

Apesar de ter sido encomendado, as terapeutas destacam uma série de

questões ainda sujeitas a melhorias no equipamento, enumeradas a seguir:

1. Pelo fato de a sustentação ser feita com correntes, e não outro material

resistente porém mais leve, toda a estrutura tem um peso ainda

considerável;

2. O balanço possui saliências nos cantos, na região onde as correntes

estão fixadas, que apresentam um risco tanto à segurança das

crianças quanto das terapeutas;

3. Como dito anteriormente, a ausência de um acessório adequado que

ofereça maior segurança no uso do balanço pelas crianças menores,

sem limitar muito a sua movimentação, é outro problema identificado

pelas terapeutas;

4. A estrutura de ferro colocada na parte superior do balanço para

expandir o espaço entre as cordas é uma causa constante de

acidentes, pois a sua proximidade acaba fazendo com que as crianças

maiores batam a cabeça e se machuquem.

Na análise dos demais balanços, foram levantadas outras sugestões de

melhorias:

1. Para a sustentação, as terapeutas recomendaram o uso de cordas

resistentes e encapadas, pela leveza e segurança, combinadas com

materiais de escalada, pois em outros equipamentos, como o disco de

flexão, essa inserção facilitou bastante a manipulação. O material de

escalada permite que o ajuste das cordas seja feito com o mínimo de

esforço, sem que seja necessário levantar o equipamento;

2. Com base na sua experiência em adaptar os equipamentos, as terapeutas

recomendaram o uso do velcro, nas cordas e na própria estrutura do

Page 98: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

89

aparelho, pois ele é um material versátil que permite fixar outros objetos

como brinquedos pequenos em diferentes alturas, de acordo com o

objetivo pretendido para cada criança. Além disso, ele é de fácil remoção e

reposicionamento e não causa danos ao equipamento;

3. Equipamentos que apresentam revestimento com textura, como o tapete

da plataforma suspensa, têm a desvantagem de limitar o uso de outras

ferramentas na terapia, como a espuma, o giz para desenhar e outras

substâncias, pois trata-se de um revestimento que mancha facilmente e

não é removível para lavagem. Sendo assim, acaba se tornando

necessário improvisar alguma capa de proteção ao tapete. Na entrevista

com as terapeutas, concluiu-se que o ideal seria que texturas desse tipo

fossem cambiáveis, tanto por facilitar a limpeza quanto por possibilitar a

variação na estimulação tátil e visual, adequando-se às necessidades de

cada criança;

4. A independência em impulsionar o balanço é algo a ser aperfeiçoado, já

que as crianças maiores precisam, na clínica, puxar uma corda amarrada

a uma das paredes para conseguir o impulso sem que as terapeutas

empurrem o balanço, e isso nem sempre é eficaz. No caso das crianças

menores, as terapeutas devem realizar esse impulso, necessariamente;

5. Um acessório para estimulação auditiva seria um diferencial interessante,

se pudesse ser acoplado e retirado com facilidade, pois os objetivos da

terapia variam de acordo com cada caso. Há crianças com

particularidades na audição que se beneficiam com a combinação ideal

dos estímulos vestibulares e auditivos, desenvolvendo melhor suas

percepções neste sentido e amenizando uma hipersensibilidade, por

exemplo. Ademais, surgiu a sugestão de adição de algum alerta sonoro

que indicasse quando o balanço fosse impulsionado, para que a criança

associe o som ao movimento, integrando estas percepções com mais

eficiência.

Page 99: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

90

APÊNDICE B - DESENHO TÉCNICO

Page 100: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

91

Page 101: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

92

Page 102: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

93

Page 103: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

94

Page 104: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

95

Page 105: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

96

Page 106: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

97

Page 107: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

98

Page 108: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

99

APÊNDICE C - QUADRO DE FERRAGENS

Nome Tamanho Quantidade

Dobradiça de folha

invisível

1 polegada 2

Parafuso Philips 4 x 25 mm 18

Parafuso Philips 4 x 35 mm 8

Quadro 2: Lista de ferragens Fonte: Autoria própria, 2015

Page 109: ESTUDO PRELIMINAR PARA O REDESIGN DE UM BALANÇO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9587/1/CT_CODES_2015_1_17.pdfMinistério da Educação ... Os alunos foram arguidos

100

APÊNDICE D - ORÇAMENTO DO PROJETO

Material Preço

Compensado Multilaminado 15mm R$ 132,00

Tecidos R$ 108,33

Fibra Siliconada R$ 45,00

Linha R$ 3,00

Corda de 8mm R$ 33,80

Corda de 11,5mm R$ 52,00

Mosquetão R$ 42,32

Trava R$ 2,70

Espuma 10mm R$ 29,00

Espuma picada R$ 7,50

Dobradiça R$ 13,00

Velcro R$ 40,90

Corano R$ 77,40

Argola de metal R$ 50,00

TOTAL R$ 636,95

Quadro 3 - Orçamento do projeto Fonte: Autoria própria, 2015