estudo geotÉcnico nas instalaÇÕes da ecobeirÃo-amrpb
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ESTUDO GEOTÉCNICO NAS INSTALAÇÕES DA
ECOBEIRÃO-AMRPB
Relatório Final
03/05/2020 DPSH; Refração Sísmica
Responsabilidade Técnica:
________________________
(Nuno Barraca)
Rua Cónego de Maio 164, 3810-089 São Bernardo e. [email protected] | t. 918 393 240
Ficha técnica
designação da intervenção Estudo geotécnico nas instalações da ECOBEIRÃO-AMRPB
acrónimo da intervenção PBei'20
designação do sítio ECOBEIRÃO - Associação de Municípios do Planalto Beirão
localização administrativa Vale da Margunda, União das Freguesias de Barreiros de Besteiros e Tourigo, Tondela, Viseu
coordenadas geográficas -8.157681°; 40.469853°
altitude média 229 metros
folha da carta militar 209
extrato da CMP 1/25.000
tipo de trabalho Estudo Geotécnico (DPSH e Refração Sísmica)
Área da intervenção ~4000m2
uso do solo Aterro Sanitário
responsáveis técnicos Nuno Barraca
relação de participantes Nuno Barraca; Luís Bento; Diogo Rodrigues
data e duração dos trabalhos 15/04/2020 a 17/04/2020 (3 dias)
projeto de investigação ---
proprietário / promotor ECOBEIRÃO - Sociedade de Tratamento de Resíduos Sólidos do Planalto Beirão, E.I.M., S.A.
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Índice
ENQUADRAMENTO DA AQUISIÇÃO .................................................................................. 5
Objetivos da prospeção geofísica ....................................................................................................... 5
CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA/HIDROGEOLÓGICA ....................................................... 5
SISMICIDADE ....................................................................................................................... 8
CARACTERIZAÇÃO DOS MÉTODOS UTILIZADOS ............................................................ 10
Penetrómetro Dinâmico Super Pesado .............................................................................................. 10
Refração Sísmica ................................................................................................................................... 10
Georadar ............................................................................................................................................... 11
EQUIPAMENTOS, MÉTODOS E ESTRATÉGIAS UTILIZADAS .............................................. 12
Equipamento e software de processamento de dados ................................................................. 12
Condicionantes à realização dos trabalhos .................................................................................... 13
Estratégia dos trabalhos de campo .................................................................................................. 13
Penetrómetro Dinâmico Super Pesado - DPSH ............................................................................. 14
Poços Geotécnicos .............................................................................................................................. 14
Georadar ............................................................................................................................................ 14
Refração Sísmica ................................................................................................................................ 15
Cálculo dos parâmetros geotécnicos ................................................................................................. 15
Metodologia de processamento de dados Geofísicos .................................................................. 16
Refração sísmica ................................................................................................................................. 16
RESULTADOS ..................................................................................................................... 17
Poços Geotécnicos ................................................................................................................................. 17
Parâmetros Geotécnicos ...................................................................................................................... 19
Prospeção Sísmica ................................................................................................................................. 23
CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES ........................................................................ 28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 29
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Índice de Figuras
Figura 1: Estrato das cartas Geológicas de Portugal à escala 1:500 000 e 1: 50 000 (Folha
17-C - Santa Comba Dão) com a área de estudo marcada com uma estrela a azul. ................ 6
Figura 2: Estrato das cartas Militar de Portugal à 1:25 000, com marcação das linhas de água
a azul e a área de estudo marcada com uma estrela a vermelho. ................................................. 7
Figura 3: Zonamento sísmico de Portugal continental. A: Ação sísmica Tipo 1 (sismicidade
afastada); B: Ação sísmica Tipo 2 (sismicidade próxima). A vermelho está marcada a área de
estudo. ........................................................................................................................................................... 8
Figura 4: Aspeto dos trabalhos de campo. Da esquerda para a Direita: Dynamic Probing Rig
UMSD-SPT; Sismógrafo de cabo modelar DoReMi; Sistema NOGGIN 250MHz; GPS Diferencial
EMLID Reach RS+; Retroescavadora Komatsu WB93R. .................................................................... 12
Figura 5: Localização da intervenção. .................................................................................................. 13
Figura 6: Radargrama contendo uma infraestrutura de gás evidenciada a vermelho. ............. 14
Figura 7: Inversão dos dados de Refração Sísmica (PS1) com modelo de velocidades de ondas
P (Vp) ........................................................................................................................................................... 17
Figura 8:Aspeto final do Poços Geotécnicos: à Esquerda PG1; à Direita PG2. ......................... 17
Figura 9:Colunas estratigráficas dos Poços Geotécnicos .................................................................. 18
Figura 10:Perfil Geotécnico E1-E2-E3-E4 ............................................................................................ 22
Figura 11:Perfil Geotécnico E7-E8-E9 .................................................................................................. 22
Figura 12:Perfil Geotécnico E10-E12-E8-E3 ....................................................................................... 23
Figura 13:Perfil Geotécnico E11-E9-E4 ............................................................................................... 23
Figura 14: Aplicabilidade de uma Caterpillar D8R de acordo com o tipo de solo e Vp (manual
Caterpillar v.33) ........................................................................................................................................ 24
Figura 15: Resultado da inversão dos dados sísmicos para o Perfil PS1 (velocidades em km/s)
...................................................................................................................................................................... 25
Figura 16: Modelos de Velocidades Vp com escala de cores adaptada para a aplicabilidade
de uma Caterpillar D8R para o perfil PS1. A amarelo: ripável, A cinza: marginalmente ripável;
a negro: não ripável. ............................................................................................................................... 25
Figura 17: Modelos de Velocidades Vp com escala de cores adaptada à escavabilidade do
maciço para o perfil PS1 (Redaelli e Cerello, 1998). A verde: escavável, a amarelo:
escarificável, a laranja: transição e a vermelho: escavável com explosivos. ............................... 25
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Figura 18: Resultado da inversão dos dados sísmicos para o Perfil PS2 (velocidades em km/s)
...................................................................................................................................................................... 26
Figura 19: Modelos de Velocidades Vp com escala de cores adaptada para a aplicabilidade
de uma Caterpillar D8R para o perfil PS2. A amarelo: ripável, A cinza: marginalmente ripável;
a negro: não ripável. ............................................................................................................................... 26
Figura 20: Modelos de Velocidades Vp com escala de cores adaptada à escavabilidade do
maciço para o perfil PS2 (Redaelli e Cerello, 1998). A verde: escavável, a amarelo:
escarificável, a laranja: transição e a vermelho: escavável com explosivos. ............................... 26
Figura 21: Resultado da inversão dos dados sísmicos para o Perfil PS2 (velocidades em km/s)
...................................................................................................................................................................... 27
Figura 22: Modelos de Velocidades Vp com escala de cores adaptada para a aplicabilidade
de uma Caterpillar D8R para o perfil PS2. A amarelo: ripável, A cinza: marginalmente ripável;
a negro: não ripável. ............................................................................................................................... 27
Figura 23: Modelos de Velocidades Vp com escala de cores adaptada à escavabilidade do
maciço para o perfil PS2 (Redaelli e Cerello, 1998). A verde: escavável, a amarelo:
escarificável, a laranja: transição e a vermelho: escavável com explosivos. ............................... 27
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Índice de Tabelas
Tabela 1: Aceleração máxima de referência – agR, nas várias regiões sísmicas. ......................... 8
Tabela 2: Descrição dos vários tipos de solo de acordo com EC8. .................................................. 9
Tabela 3: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E1 .............................................. 19
Tabela 4: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E2 .............................................. 19
Tabela 5: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E3 .............................................. 19
Tabela 6: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E4 .............................................. 19
Tabela 7: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E5 .............................................. 20
Tabela 8: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E6 .............................................. 20
Tabela 9: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E7 .............................................. 20
Tabela 10: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E8 ........................................... 20
Tabela 11: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E9 ........................................... 20
Tabela 12: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E10 ......................................... 21
Tabela 13: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E11 ......................................... 21
Tabela 14: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E12 ......................................... 21
Tabela 15: Correlação entre a Vp e escavabilidade do maciço (Redaelli e Cerello, 1998). . 24
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D P S H ; R E F R A Ç Ã O S Í S M I C A
ENQUADRAMENTO DA AQUISIÇÃO
Objetivos da prospeção geofísica
O presente trabalho tem por objetivo a elaboração de um Estudo Geológico e Geotécnico por
forma à avaliação do terreno localizado nas instalações da Sociedade de Tratamento de
Resíduos Sólidos do Planalto Beirão, EIM, S.A.
Neste trabalho foi executada uma investigação do local baseada em ensaios com Penetrómetro
Dinâmico Super Pesado (DPSH), conjuntamente com prospeção por refração sísmica e poços
geotécnicos. Os ensaios de penetração dinâmicos foram executados com o objetivo de
determinar as características geotécnicas do solo e, por seu lado, os perfis sísmicos foram
executados com vista à identificação do leito rochoso, escavabilidade do mesmo e corroborar
os dados obtidos dos ensaios DPSH.
CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA/HIDROGEOLÓGICA
Dada a especificidade do presente trabalho e por forma a melhor interpretar os resultados da
prospeção geofísica do local é necessário compreender o respetivo comportamento geológico
e hidrogeológico.
Uma vez que não existe carta geológica de pormenor na área de estudo, a análise da
cartografia Geológica foi elaborada tendo em conta a Carta Geológica de Portugal na escala
1:500 000 (Figura 1), nesta imagem é ainda possível observar, a cerca de 2km a Este da área
de estudo, um extrato da folha 17-C (Santa Comba Dão) da carta Geológica de Portugal, na
escala 1:50 000.
Na figura, verifica-se que a área de intervenção está totalmente localizada na formação
marcada a verde com quadrados vermelhos, ou seja, rochas metamórficas, nomeadamente,
rochas metapelíticas pertencentes à formação de Rosmaninhal. Esta formação da Zona Centro-
Ibérica é caracterizada por turbiditos finos, pertence ao Complexo Xisto-Grauváquico-Grupo
das Beiras e é datada de Câmbrico. Segundo a nota explicativa da Carta Geológica de
Portugal na escala 1:50 000 de Portugal, Folha 17-C, esta formação metamórfica é
caracterizada, entre outras litologias semelhantes, por xistos argilosos e grauvaques,
geralmente muito alterados. É ainda referido que, nas margens do Rio Criz, a Oeste da área
de estudo, estes xistos são constituídos por Siderite, Clorite, Biotite e Moscovite. Estes xistos, na
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zona de contacto com rochas ígneas (marcadas a creme com cruzes a vermelho na figura)
apresentam importantes faixas de corneanas.
Em campo, verificou-se que a área de estudo é caracterizada por área desaterrada a Sul e
aterrada a Norte. O aterro a Norte aparenta ser essencialmente constituído por rochas
decorrentes do desaterro da área Sul. Geologicamente, e como identificado na cartografia, a
área é constituída por micaxistos bastante alterados (W3 a W4), aflorante em taludes e
escavações tanto a Sul como a Este da área de estudo.
Figura 1: Estrato das cartas Geológicas de Portugal à escala 1:500 000 e 1: 50 000 (Folha 17-C - Santa Comba Dão) com a área
de estudo marcada com uma estrela a azul.
A Figura 2 apresenta um extrato da carta militar de Portugal na Escala 1:25 000, série M888,
folha 209, com marcação das linhas de água presentes a azul. Hidrograficamente, a área de
estudo é dominada por diversas linhas de água de pequeno porte, afluentes do Ribeiro do
Vale, a Oeste da área estudada. Nesta carta militar é possível ainda analisar a topografia e
rede hidrográfica original do terreno, uma vez que esta carta foi elaborada anteriormente à
instalação do aterro sanitário. Assim, é evidente que a área estudada não apresenta linhas de
água, uma vez que esta está situada na cumeeira divisória entre pequenas linhas de água. Em
campo, tanto nos ensaios como nos poços Geotécnicos, não foi identificada a presença de nível
freático. Este facto é compatível com a Geologia local e respetiva rede hidrográfica, uma vez
que a área deverá ser dominada, principalmente, por regimes de escoamento superficial de
água.
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Figura 2: Estrato das cartas Militar de Portugal à 1:25 000, com marcação das linhas de água a azul e a área de estudo marcada
com uma estrela a vermelho.
Quanto à utilização de métodos de penetração dinâmica, uma vez que não foram detetados
solos arenosos e os solos originários da alteração de xistos são essencialmente argilosos, no que
respeita à caracterização do solo quanto aos cálculos dos parâmetros Geotécnicos com DPSH,
irá ser assumido que o solo é coesivo.
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SISMICIDADE
No anexo nacional da NP EN 1998-1_2010 – “Eurocódigo 8 – Projeto de estruturas para
resistência aos sismos – Parte 1: Regras gerais, ações sísmicas e regras para edifícios” são
definidos dois tipos de ações sísmicas, designadamente ação sísmica do Tipo 1 (sismicidade
afastada) e ação sísmica do Tipo 2 (sismicidade próxima).
De acordo com estes dois tipos de ações sísmicas e as velocidades de aceleração máxima de
referência calculadas foi efetuado o zonamento sísmico de Portugal continental (Figura 4).
Figura 3: Zonamento sísmico de Portugal continental. A: Ação sísmica Tipo 1 (sismicidade afastada); B: Ação sísmica Tipo 2
(sismicidade próxima). A vermelho está marcada a área de estudo.
Os valores da aceleração máxima de referência para cada uma das zonas sísmicas em função
dos dois tipos de atividade sísmica a considerar são os apresentados na Tabela 1.
Tabela 1: Aceleração máxima de referência – agR, nas várias regiões sísmicas.
AÇÃO SÍSMICA TIPO 1
AÇÃO SÍSMICA TIPO 2 Zona Sísmica agR (m/s2) Zona Sísmica agR (m/s2)
1.1 2,5 2.1 2,5
1.2 2,0 2.2 2,0
1.3 1,5 2.3 1,7
1.4 1,0 2.4 1,1
1.5 0,6 2.5 0,8
1.6 0 - -
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Tabela 2: Descrição dos vários tipos de solo de acordo com EC8.
Tipo de Terreno
Descrição do perfil estratigráfico Vs,30 (m/s)
NSPT (pancadas/
30 cm)
Cu (kPa)
A Rocha ou outra formação geológica de tipo rochoso, que
inclua, no máximo, 5 m de material mais fraco à superfície >800 - -
B
Depósitos de areia muito compacta, de seixo (cascalho) ou de argila muito rija, com uma espessura de, pelo menos, várias dezenas de metros, caracterizados por um aumento gradual das propriedades mecânicas com a profundidade
360 – 800 >50 >250
C Depósitos profundos de areia compacta ou medianamente compacta, de seixo (cascalho) ou de argila rija com uma espessura entre várias dezenas e muitas centenas de metros
180 – 360 15 - 50 70 - 250
D
Depósitos de solos não coesivos de compacidade baixa a média (com ou sem alguns estratos de solos coesivos moles), ou de solos predominantemente coesivos de consistência mole a dura
<180 <15 <70
E Perfil de solo com um estrato aluvionar superficial com valores de Vs do tipo C ou D e uma espessura entre cerca de 5 m e 20 m, situado sobre um estrato mais rígido com Vs > 800 m/s
S1 Depósitos constituídos ou contendo um estrato com pelo menos 10 m de espessura de argilas ou siltes moles com um elevado índice de plasticidade (IP > 40) e um elevado teor em água
<100 (indicativo)
10 - 20 10 - 20
S2 Depósitos de solos com potencial de liquefação, de argilas sensíveis ou qualquer outro perfil de terreno não incluído nos tipos A – E ou S1
A área em estudo localiza-se nas zonas sísmicas 1.6 e 2.4, respetivamente para as ações sísmicas do Tipo 1 e Tipo 2 (Tabela 1).
Quanto ao tipo de solo, de acordo com a classificação do EC8 (Tabela 2) os solos poderão ser
considerados como predominante do Tipo A dada a baixa profundidade de deteção do leito
rochoso em toda a área de intervenção.
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CARACTERIZAÇÃO DOS MÉTODOS UTILIZADOS
Penetrómetro Dinâmico Super Pesado
As metodologias baseadas na penetração dinâmica de cones são bastante conhecidas e de
ampla aplicação em projetos de engenharia na avaliação da qualidade mecânica dos solos.
O princípio de funcionamento baseia-se na cravação de um cone no solo através da indução
de uma pancada com uma massa conhecida a uma altura constante, assim, quanto mais
competente for o solo, mais dificuldade terá o cone em penetrar. Neste tipo de trabalhos é
contado o número de pancadas necessárias para que o cone penetre uma determinada
profundidade normalizada (10cm ou 20cm). Existem várias metodologias baseadas na
penetração dinâmica, diferenciadas pelos diferentes fatores intrínsecos dos equipamentos
afetos a cada método nomeadamente, o peso do martelo, a altura de queda e a área da
secção do cone. Assim e de uma forma geral, o equipamento pode ser dividido consoante os
métodos de ensaio em: DPL; DPM; DPH e DPSH. Cada equipamento tem aplicabilidades
especificas e dimensões diferentes.
Este trabalho foi realizado com a ajuda de um Penetrómetro Dinâmico Super Pesado (DPSH) e
permitem de uma forma empírica, fornecer algumas das características mecânicas dos solos em
estudo, nomeadamente estimar, a partir dos valores obtidos dos valores NSPT, a carga
admissível do solo (σadm).
Refração Sísmica
O método da refração sísmica baseia-se na refração da energia sísmica nas interfaces entre
camadas geológicas subsuperficiais com diferentes velocidades, através da medição dos
tempos de chegada de uma onda sísmica gerada a uma linha de geofones. Parte da energia
sísmica gerada viaja ao longo da superfície na forma de uma onda direta e parte em
profundidade propagando-se tridimensionalmente em todo a fonte sísmica. Quando uma onda
sísmica encontra uma interface entre duas camadas diferentes de solo ou rocha, uma parte da
energia é refletida. A restante energia propaga-se através do limite da camada num ângulo
refratado. Num ângulo crítico de incidência, a onda é refratada criticamente e viajará
paralelamente à interface na velocidade da camada subjacente. A energia desta onda
criticamente refratada volta à superfície na forma de uma frente de onda, que pode chegar
aos geofones mais distantes antes da onda direta. Marcando o tempo da primeira chegada
de energia sísmica em cada geofone (picagem), pode ser gerado um gráfico do tempo de
trajeto em função da distância ao longo do perfil. O produto final gerado será um perfil de
velocidade/profundidade para os refratores.
Os dados gerados na picagem são posteriormente invertidos de modo a modelar um perfil de
velocidades de propagação das ondas-P no subsolo (Vp). Ao modelar os caminhos percorridos
pela subsuperfície da energia sísmica, a espessura de cada camada no modelo pode ser
ajustada de maneira interativa até que uma solução seja alcançada. Isso produz um modelo de
velocidade transversal da subsuperfície.
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Este método apresenta várias aplicações tais como: mapeamento estratigráfico; estimativa da
profundidade do leito de rocha; estimativa da profundidade do nível freático; cálculo da
capacidade de processamento de tipos de rochas específicos; localização de dolinas;
investigações de aterros; investigações geotécnicas; etc.
Georadar
O Georadar, sigla GPR - “Ground Probing Radar” ou “Ground Penetrating Radar”, é um
método que permite detetar remotamente objetos enterrados, proporcionando assim uma
melhor planificação dos trabalhos de Engenharia, Arqueologia ou outros com impacto nesses
eventuais objetos enterrados, qualquer que seja a sua natureza específica.
Com efeito, trata-se de um método geofísico eletromagnético de aquisição e registo de
informação do subsolo próximo da superfície. É um método ativo, de emissão e receção de
impulsos eletromagnéticos a partir de antenas de superfície, com aplicação em diversas áreas
como a Engenharia, Geotecnia, Ciência Forense, Arqueologia, etc.
No domínio da Engenharia, entre outras aplicações específicas, é especialmente adequado
para a deteção de vazios preenchidos por ar, mapeamento da estratificação do subsolo,
deteção de infraestruturas e identificação de malhas de aço, ou seja, interfaces entre materiais
com propriedades eletromagnéticas contrastantes (condutividade elétrica, permitividade
dielétrica e permeabilidade magnética). Estas propriedades condicionam, em larga medida, a
atenuação e a velocidade de propagação dos impulsos. A frequência central da antena
emissora e o teor em água dos solos são fatores determinantes na profundidade atingida e na
resolução conseguida. Por este motivo, a escolha da antena utilizada é muito importante,
devendo variar em função das dimensões e profundidades dos objetos refletores em estudo.
A medição do tempo total de percurso dos impulsos, transmissões e reflexões, e o cálculo das
respetivas velocidades de propagação, permitem estimar a profundidade das estruturas e
interfaces detetadas.
Os trabalhos de aquisição recorrendo a um Georadar consistem em fazer percorrer uma antena
com um transmissor e um recetor ao longo da superfície das áreas a prospetar. As ondas
eletromagnéticas são enviadas pela antena emissora e posteriormente recebidas na antena
recetora, após terem sido parcialmente refletidas no interior do solo. A antena liga-se a uma
unidade de controlo por um cabo que controla os parâmetros de aquisição e o armazenamento
dos dados. Por sua vez, os dados obtidos durante o levantamento são armazenados na unidade
central.
Este procedimento é realizado ao longo de perfis/linhas de aquisição, sendo os dados
recebidos pela antena recetora transferidos para um computador, de forma a que
posteriormente possam ser digitalizados e registados sob a forma de sequências 2D de traços
individuais, designados radargramas. A interpretação poderá ser realizada a partir dos
radargramas em “cru” e/ou após aplicação de diversas técnicas de visualização e/ou
processamento.
Finalmente, uma sequência de perfis 2D pode ser interpolada em bloco por forma a obter um
“cubo 3D”, correspondente à totalidade da área intervencionada. Este “cubo” pode ser então
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visualizado em fatias correspondentes a um determinado tempo e, consequentemente, a uma
determinada profundidade calculada. Estas “fatias de tempo” (Time Slices) representam
imagens em planta a uma determinada profundidade onde são visualizadas e interpretadas
as diversas “anomalias” (contrastes evidentes nas propriedades refletivas dos materiais), que
deverão corresponder às estruturas presentes no meio investigado.
EQUIPAMENTOS, MÉTODOS E ESTRATÉGIAS UTILIZADAS
Equipamento e software de processamento de dados
Para a realização deste trabalho foram alocados os seguintes equipamentos (Figura 4) e
programas informáticos:
• Sismógrafo: Sismógrafo de cabo modelar DoReMi da SARA Electronic Instruments com
12 geofones de 4.5Hz
• Georadar: Sistema NOGGIN 250MHz;
• DPSH: Dynamic Probing Rig UMSD-SPT da GEOLAB;
• Escavação dos Poços Geotécnico: Retroescavadora Komatsu WB93R;
• Geolocalização: GPS Diferencial EMLID Reach RS+;
• Fotografia: Máquina Fotográfica Nikon A10;
• Medição: Fitas métricas;
• Processamento de dados: ZondST2D, MS Excel, Geo5 Estratigrafia;
• Informação geográfica: QGIS 3.12
Figura 4: Aspeto dos trabalhos de campo. Da esquerda para a Direita: Dynamic Probing Rig UMSD-SPT; Sismógrafo de cabo
modelar DoReMi; Sistema NOGGIN 250MHz; GPS Diferencial EMLID Reach RS+; Retroescavadora Komatsu WB93R.
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Condicionantes à realização dos trabalhos
Durante a planificação e realização dos trabalhos de campo, a equipa da GeoAviz deparou-
se com algumas condicionantes, que em maior ou menor medida afetaram os trabalhos e/ou
tiveram de ser tidas em conta a quando do processamento de dados e interpretação,
nomeadamente:
• Uma vez que o trabalho foi realizado durante o surto de COVID-19, tiveram de ser
tomadas medidas de mitigação de contacto e logística especial que tiveram um impacto
negativo na produtividade do trabalho;
• As condições meteorológicas adversas, nomeadamente a alta pluviosidade registada
durante os trabalhos, condicionaram em larga medida a realização dos trabalhos de
campo;
• A presença de obstáculos e outras restrições espaciais, levou à necessidade de ajuste
na localização prevista para os ensaios.
Estratégia dos trabalhos de campo
Seguidamente serão apresentadas as metodologias de aquisição de dados em campo. A Figura
5 apresenta a localização da aquisição das várias metodologias, nomeadamente, com círculos
verdes marcam-se as localizações dos ensaios DPSH, a vermelho os poços geotécnicos e com
uma linhas a laranja os perfis de refração sísmica.
Figura 5: Localização da intervenção.
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Penetrómetro Dinâmico Super Pesado - DPSH
Dada a tipologia do trabalho optou-se pela realização de doze sondagens com recurso a um
Penetrómetro Dinâmico Super Pesado. Assim, como apresentado na Figura 5 foram realizados
os ensaios E1 a E12. Os ensaios DPSH são, regra geral, dados por terminados quando se
atingem N20 de 100; onde N20 corresponde ao número de pancadas para a cravação das
varas em 0,20 m), ou ao fim de 20m.
A realização dos ensaios de DPSH teve como objetivo a avaliação das propriedades mecânicas
dos terrenos, nomeadamente a obtenção da capacidade de carga. A determinação destes
parâmetros baseia-se na correlação dos valores obtidos de N20 correlacionando-os
posteriormente por utilização de fórmulas empíricas amplamente descritas na bibliografia
especializada.
Poços Geotécnicos
Foram realizados dois poços geotécnico (PG) de acordo com a localização indicada na Figura
5. Ambos os poços foram realizados com uma orientação Este-Oeste, tendo o PG1 uma
dimensão de 2,6m por 0,6m e uma profundidade de 0,85m e o PG2 uma dimensão de 3,2m
por 0,6m e uma profundidade de 1,3m. ambos os poços foram realizado até atingir a
capacidade de escavação da retroescavadora utilizada.
Georadar
Dada a natureza destrutiva dos ensaios DPSH e dos Poços Geotécnicos, existia o perigo de
danificar infraestruturas enterradas, nomeadamente, gás, eletricidade e água. Assim, recorreu-
se a um equipamento de Georadar Noggin 250MHz, com o objetivo de localizar in sito a
presença das ditas infraestruturas. As infraestruturas detetadas no local foram marcadas no
solo com tinta spray e os ensaios foram realizados fora da área de abrangência destas
infraestruturas. A Figura 6 mostra um radargrama contendo uma anomalia originada pela
presença de uma conduta de gás no subsolo junto do ensaio DPSH E1.
Figura 6: Radargrama contendo uma infraestrutura de gás evidenciada a vermelho.
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Refração Sísmica
A prospeção por Refração Sísmica foi efetuada ao longo do perfil da Figura 5. Este perfil foi
adquirido instalando um conjunto de 12 Geofones no solo espaçados de 5m entre si. Para a
indução do sinal sísmico (“tiros”) embateu-se uma marreta de 5kg numa placa de PVC de baixa
densidade. Foram executadas sete amostragens de cinco “tiros” cada ao longo do perfil.
Os parâmetros de aquisição do sinal foram os seguintes:
• Equipamento: DoReMi Cable Seismograph da SARA Electronic Instruments
• Fonte de Sinal: Marreta de 5kg em placa de PVC
• Número de geofones usados: 12
• Espaçamento entre geofones: 5m
• Comprimento do perfil: 60 m
• Número de amostragens: 5
• Número de “tiros” por amostragem (empilhamento): 5
• Janela de tempo: 500ms
Cálculo dos parâmetros geotécnicos
Tendo por base os resultados obtidos nos ensaios de PDL (NDPSH20 - índice de resistência à
penetração do ensaio de DPSH a qual mede o nº de pancadas necessárias para cravar as
varas em cada trecho de 20cm), apresentam-se de seguida as correlações e fórmulas empíricas
usadas para a obtenção dos parâmetros do solo anteriormente referido.
De acordo com a fórmula que se segue (Fórmula dos Holandeses) foi possível obter o valor da
resistência dinâmica de ponta (Rpd) do terreno em estudo:
𝑅𝑝𝑑 =𝑃2 × ℎ
(𝑃 + 𝑃′) × 𝐴 × 𝑒 [
𝑘𝑔
𝑐𝑚2]
Onde: P é a massa do martelo (kg), h é a altura de queda do martelo (cm), P’ é o peso das
varas adicionadas (kg), A é a área da base do cone (cm2), e é a penetração média obtida por
cada pancada (20/N) (cm).
Segundo a equação de Pasqualini (1983) a relação entre os valores N obtidos neste ensaio e
os valores de NSPT são obtidos segundo a seguinte relação:
𝑁𝑆𝑃𝑇 =𝑁
𝛼
Onde: NSPT é o índice de resistência à penetração do ensaio de SPT, N é o índice de resistência
à penetração do ensaio de PDL e é o coeficiente de relação.
Assim, segundo Pasqualini (1983), é obtido usando a seguinte reação:
Estudo geotécnico nas instalações da ECOBEIRÃO-AMRPB
Página 16
𝛼 =𝑄1
𝑄2=
𝑚1 × ℎ1 × 𝑒2 × 𝐴2
𝑚2 × ℎ2 × 𝑒1 × 𝐴1
Onde: m é a massa do martelo (kg), h a Altura de queda do martelo (m), A é a área da seção
reta da base do cone de penetração (m2), e e é o comprimento do intervalo de medição (m).
m1, h1, e1, A1 – dados do Penetrómetro SPT (Q1)
m2, h2, e2, A2 – dados do Penetrómetro PDL (Q2)
Tendo os valores de NSPT é possível estimar a carga admissível de um solo (σadm). Entre as várias
correlações existentes na bibliografia, apresentamos a de Terzaghi-Peck, que apresenta a
seguinte fórmula empírica:
𝜎𝑎𝑑𝑚 = √𝑁𝑆𝑃𝑇 − 1 [𝑘𝑔
𝑐𝑚2]
As tabelas e fichas de aquisição e parâmetros geotécnicos calculados, bem como algumas
correlações, são apresentados nos ficheiros anexos ao presente relatório.
Metodologia de processamento de dados Geofísicos
O resultado do processamento seguidamente explicado é apresentados nas fichas anexas ao
relatório.
Refração sísmica
A inversão dos dados de refração sísmica foi feita com o software ZondST2D, baseado na
metodologia conhecida como Tomografia do Tempo de Viagem (Zhang e Toksoz, 1998). Assim,
os tempos de chegada das ondas sísmicas a cada geofone foram previamente identificadas
(picadas) no programa DoReMi. Estes tempos de chegada das ondas sísmicas foram
posteriormente importados para o programa ZondST2D no qual se procedeu à inversão dos
dados por forma a obter um modelo de velocidade de propagação das ondas P no meio (Vp).
A Figura 7, apresentam os resultados da inversão do perfil de refração sísmica PS1. Esta
inversão registou um erro de 1.0%, o que é notoriamente baixo.
Anexo ao relatório, apresentam-se os fichas de cada perfil sísmico contendo os dados
invertidos, coordenadas e respetiva inversão.
Estudo geotécnico nas instalações da ECOBEIRÃO-AMRPB
Página 17
Figura 7: Inversão dos dados de Refração Sísmica (PS1) com modelo de velocidades de ondas P (Vp)
RESULTADOS
Poços Geotécnicos
A Figura 8 apresenta o aspeto final dos poços Geotécnicos realizados. À esquerda, estão
representados o PG1, e à direita o PG2.
Figura 8:Aspeto final do Poços Geotécnicos: à Esquerda PG1; à Direita PG2.
A Figura 9 apresenta as colunas estratigráficas dos poços Geotécnicos. Seguidamente foi
efetuada a análise de cada poço geotécnico.
• PG1: O solo é constituído por três camadas distintas. Á superfície, com cerca de 30cm
de espessura, encontra-se um solo de cobertura argiloso correspondendo à área
Estudo geotécnico nas instalações da ECOBEIRÃO-AMRPB
Página 18
ajardinada do local. Abaixo desta camada, até aos 85cm, verifica-se a presença de
um deposito de aterro antrópico, constituído por uma matriz silto-argilosa derivada da
meteorização das rochas metamórficas encaixantes, contendo blocos soltos de micaxisto
com dimensões até 20cm a 30cm. Ainda no aterro, identificaram-se blocos de cimento
com cerca de 20cm de espessura e outros materiais de origem antrópica. Este aterro,
apresenta uma cor acastanhada escura, o que aponta para a presença de alguma
matéria orgânica. Finalmente, abaixo dos 85cm foi identificada a presença de leito
rochoso, constituído por micaxisto com bastante alteração (W3/W4).
• Quanto ao PG2, o solo é constituído na sua totalidade por aterro de origem antrópica.
À superfície encontra-se uma camada mais compactada com cerca de 35cm. Este aterro
apresenta-se mais solto até à profundidade de 1,3m, onde foi identificado o leito
rochoso de micaxisto (W3/W4). A zona de aterro identificada no PG2 é constituída
por material uma matriz silto-argilosa contendo blocos de micaxisto com até 40cm de
diâmetro.
• Uma vez que o solo é principalmente constituído por aterro com grandes blocos soltos
de micaxisto, não se mostra adequada a utilização de fórmulas empíricas para
correlação dos dados de DPSH com os Módulos de Young e Coesão. No entanto, estes
valores são apresentados na folha de cálculo anexa ao presente relatório, devendo a
sua utilização ser bastante limitada.
Figura 9:Colunas estratigráficas dos Poços Geotécnicos
Estudo geotécnico nas instalações da ECOBEIRÃO-AMRPB
Página 19
Parâmetros Geotécnicos
A presente secção de relatório é referente às fichas de ensaios DPSH e à folha de cálculo com
todos os parâmetros calculados, anexas a este documento.
As Tabelas 3 a 14 mostram os resultados máximos médios e mínimos para os valores de N20,
NSPT, Resistência Dinâmica de Ponta (Rpd) e Tenção Máxima Admissível (σadm) segundo Terzaghi,
para os diversos ensaios.
Tabela 3: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E1
Medida N20 NSPT Rpd
(MPa)
σadm
(MPa)
Máximo 100 184 196.15 1.23
Média 23 43 48.43 0.48
Mínimo 4 7 8.99 0.16
Tabela 4: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E2
Medida N20 NSPT Rpd
(MPa)
σadm
(MPa)
Máximo 100 184 196.15 1.23
Média 22 41 44.24 0.41
Mínimo 2 4 4.49 0.10
Tabela 5: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E3
Medida N20 NSPT Rpd
(MPa)
σadm
(MPa)
Máximo 100 184 184.44 1.23
Média 15 29 29.66 0.31
Mínimo 2 4 3.92 0.10
Tabela 6: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E4
Medida N20 NSPT Rpd
(MPa)
σadm
(MPa)
Máximo 100 184 196.15 1.23
Média 23 43 48.07 0.45
Mínimo 2 4 4.49 0.10
Estudo geotécnico nas instalações da ECOBEIRÃO-AMRPB
Página 20
Tabela 7: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E5
Medida N20 NSPT Rpd
(MPa)
σadm
(MPa)
Máximo 100 184 174.04 1.23
Média 19 35 34.80 0.41
Mínimo 2 4 4.49 0.10
Tabela 8: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E6
Medida N20 NSPT Rpd
(MPa)
σadm
(MPa)
Máximo 100 184 174.04 1.23
Média 15 28 28.97 0.34
Mínimo 1 2 2.25 0.04
Tabela 9: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E7
Medida N20 NSPT Rpd
(MPa)
σadm
(MPa)
Máximo 100 184 209.44 1.23
Média 19 35 41.02 0.40
Mínimo 4 7 8.99 0.16
Tabela 10: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E8
Medida N20 NSPT Rpd
(MPa)
σadm
(MPa)
Máximo 100 184 196.15 1.23
Média 20 37 41.03 0.44
Mínimo 4 7 8.38 0.16
Tabela 11: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E9
Medida N20 NSPT Rpd
(MPa)
σadm
(MPa)
Máximo 100 184 196.15 1.23
Média 30 56 63.19 0.57
Mínimo 7 13 15.73 0.26
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Página 21
Tabela 12: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E10
Medida N20 NSPT Rpd
(MPa)
σadm
(MPa)
Máximo 100 184 224.68 1.23
Média 50 91 111.21 0.75
Mínimo 8 15 17.97 0.28
Tabela 13: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E11
Medida N20 NSPT Rpd
(MPa)
σadm
(MPa)
Máximo 100 184 224.68 1.23
Média 78 143 174.12 1.06
Mínimo 55 101 123.57 0.89
Tabela 14: Valores Máximos Médios e Mínimos para a o ensaio E12
Medida N20 NSPT Rpd
(MPa)
σadm
(MPa)
Máximo 100 184 209.44 1.23
Média 39 72 84.71 0.66
Mínimo 11 20 24.71 0.34
Da análise das fichas de sondagem e dos valores registados podem ser retiradas algumas
conclusões:
• Em todos os ensaios, verifica-se que o solo é constituído por 2 estruturas
principais, uma camada superficial de aterro de origem antrópica e um leito
rochoso de micaxisto na base, podendo este apresentar-se mais ou menos
alterado. Esta interpretação é assumida, dados os resultados dos poços
geotécnicos.
• Todas as sondagens apresentam solos com boas características geotécnicas
e consequente boa capacidade de carga a baixa profundidade.
A Figura 10 apresenta um perfil geotécnico entre as sondagens E1, E2, E3 e E4. Neste é
evidente a presença de uma camada de solo argiloso à superfície, seguida de uma área de
aterro. Mais abaixo, identifica-se a presença de um maciço de micaxisto, que se apresenta
mais alterado à superfície e mais competente em profundidade. É importante referir que a
interface entre aterro e micaxisto alterado é difícil de definir, dada a natureza do aterro
constituído por uma matriz compacta e blocos de micaxisto alterado. Assim, marcação da
interface entre o micaxisto alterado e o aterro foi baseada nos poços geotécnicos executados.
De notar que que estes ensaios foram efetuados na base do talude de aterro presente no local.
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Página 22
Figura 10:Perfil Geotécnico E1-E2-E3-E4
A Figura 11 apresenta um perfil geotécnico entre as sondagens E7, E8 e E9. Estes ensaios,
realizados a cima do talude de aterro, mostram também a presença do leito rochoso a uma
profundidade tendencialmente constante, sendo a espessura de aterro na ordem dos 1.6m a
2.6m
Figura 11:Perfil Geotécnico E7-E8-E9
O perfil geotécnico da Figura 12 mostra a interceção do talude de aterro e consequente
variação do leito rochoso. Este está sensivelmente à superfície no ensaio E10, aumentando
gradualmente a profundidade para Norte.
Estudo geotécnico nas instalações da ECOBEIRÃO-AMRPB
Página 23
Figura 12:Perfil Geotécnico E10-E12-E8-E3
A Figura 13 apresenta um perfil Geotécnico entre os ensaios E1, E9 e E4. Mostrando uma
informação em tudo idêntica ao perfil anterior.
Figura 13:Perfil Geotécnico E11-E9-E4
Prospeção Sísmica
Nesta secção serão analisados os perfis sísmicos de acordo com o modelo de Vps calculado a
partir dos dados de campo. Será ainda efetuada uma análise quanto à ripabilidade e
escavabilidade do solo com métodos mecânicos. A Figura 14 apresenta uma correlação entre
o tipo de solo, Vp e a aplicabilidade de um Caterpillar D8R. Para tal, será assumido que a
rocha local é um Xisto. Por seu lado a Tabela 15 apresenta uma correlação entre a Vp e
escavabilidade do maciço (Redaelli e Cerello, 1998).
Estudo geotécnico nas instalações da ECOBEIRÃO-AMRPB
Página 24
Figura 14: Aplicabilidade de uma Caterpillar D8R de acordo com o tipo de solo e Vp (manual Caterpillar v.33)
Tabela 15: Correlação entre a Vp e escavabilidade do maciço (Redaelli e Cerello, 1998).
Vp (m/s) Escavabilidade
300 – 800 Escavável (equipamento normal)
800 - 2.200 Escarificável (trator D9)
2.200 - 2.600 Transição
2.600 Escavação por explosivo
As Figura 15 apresenta no topo o modelo de velocidades de ondas P (Vp) para o perfil PS1,
orientado Esquerda-Oeste, Direita-Este.
Numa análise das Vp é possível verificar que o solo é constituído por três camadas distinguíveis
por Vps. À superfície, uma camada menos consolidada com até 3m de espessura. Entre a
camada anterior e os 10m apresenta-se um solo gradualmente mais consistente e, a partir desta
o solo apresenta velocidades bastante elevadas. Uma conclusão passível de ser obtida do
perfil sísmico, é a constatação da homogeneidade estratigráfica do solo, o que indica que se
trata de um solo estratificado e que, aparentemente, os dados obtidos dos ensaios DPSH serão
coerentes ao logo do terreno, uma vez que este perfil se sobrepõe ao perfil geotécnico E7-E8-
E9. Interpreta-se deste perfil sísmico, que a camada superficial corresponde ao aterro de
cobertura, a camada intermédia corresponde a rocha alterada e na base encontra-se rocha
menos alterada.
A Figura 16 apresenta o modelo de Vp adaptado para a aplicabilidade de um Caterpillar
D8R e a Figura 17 apresenta a adaptação de velocidades de acordo com a correlação entre
a Vp e escavabilidade do maciço (Redaelli e Cerello, 1998).
Estudo geotécnico nas instalações da ECOBEIRÃO-AMRPB
Página 25
Figura 15: Resultado da inversão dos dados sísmicos para o Perfil PS1 (velocidades em km/s)
Figura 16: Modelos de Velocidades Vp com escala de cores adaptada para a aplicabilidade de uma Caterpillar D8R para o perfil
PS1. A amarelo: ripável, A cinza: marginalmente ripável; a negro: não ripável.
Figura 17: Modelos de Velocidades Vp com escala de cores adaptada à escavabilidade do maciço para o perfil PS1 (Redaelli e
Cerello, 1998). A verde: escavável, a amarelo: escarificável, a laranja: transição e a vermelho: escavável com explosivos.
As Figura 18 apresenta no topo o modelo de velocidades de ondas P (Vp) para o perfil PS2,
orientado Esquerda-Oeste, Direita-Este.
Numa análise das Vp é possível verificar que o solo também é constituído por três camadas
distinguíveis por Vps. À superfície, uma camada menos consolidada com até de 2m (esquerda)
a 4m de espessura. Entre a camada anterior e os 14m apresenta-se um solo gradualmente mais
consistente e, a partir desta o solo apresenta velocidades bastante elevadas. Devendo estas
camadas também corresponder ao aterro de cobertura, rocha alterada e rochas menos
alterada.
A Figura 19 apresenta o modelo de Vp adaptado para a aplicabilidade de um Caterpillar
D8R e a Figura 20 apresenta a adaptação de velocidades de acordo com a correlação entre
a Vp e escavabilidade do maciço (Redaelli e Cerello, 1998).
Estudo geotécnico nas instalações da ECOBEIRÃO-AMRPB
Página 26
Figura 18: Resultado da inversão dos dados sísmicos para o Perfil PS2 (velocidades em km/s)
Figura 19: Modelos de Velocidades Vp com escala de cores adaptada para a aplicabilidade de uma Caterpillar D8R para o perfil
PS2. A amarelo: ripável, A cinza: marginalmente ripável; a negro: não ripável.
Figura 20: Modelos de Velocidades Vp com escala de cores adaptada à escavabilidade do maciço para o perfil PS2 (Redaelli e
Cerello, 1998). A verde: escavável, a amarelo: escarificável, a laranja: transição e a vermelho: escavável com explosivos.
As Figura 21apresenta no topo o modelo de velocidades de ondas P (Vp) para o perfil PS3,
orientado Esquerda-Sul, Direita-Norte.
Numa análise das Vp é possível verificar que o solo também é constituído por três camadas
distinguíveis por Vps, sendo desta vez distinguível a interface do aterro em talude no subsolo.
De notar que a Sul (esquerda) o leito rochoso está à superfície e para Norte (direita) está bem
marcada a configuração do leito rochoso original no subsolo. tal como nos casos anteriores, em
profundidade, o maciço adquire mais competência e, consequentemente, apresenta maiores
Vps.
Estudo geotécnico nas instalações da ECOBEIRÃO-AMRPB
Página 27
A Figura 22 apresenta u modelo de Vp adaptado para a aplicabilidade de um Caterpillar
D8R e a Figura 23 apresenta a adaptação de velocidades de acordo com a correlação entre
a Vp e escavabilidade do maciço (Redaelli e Cerello, 1998).
Figura 21: Resultado da inversão dos dados sísmicos para o Perfil PS2 (velocidades em km/s)
Figura 22: Modelos de Velocidades Vp com escala de cores adaptada para a aplicabilidade de uma Caterpillar D8R para o perfil
PS2. A amarelo: ripável, A cinza: marginalmente ripável; a negro: não ripável.
Figura 23: Modelos de Velocidades Vp com escala de cores adaptada à escavabilidade do maciço para o perfil PS2 (Redaelli e
Cerello, 1998). A verde: escavável, a amarelo: escarificável, a laranja: transição e a vermelho: escavável com explosivos.
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Página 28
CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES
Dos resultados da prospeção geofísica é possível retirar algumas considerações e conclusões
do trabalho:
• Da análise da cartografia geológica, a área é caracterizada por rochas
metamórficas, nomeadamente, micaxistos que estão medianamente a muito
alteradas;
• Os parâmetros Geotécnicos do material do aterro são bastante favoráveis,
tendo com boa capacidade de carga a profundidades relativamente
baixas;
• Os perfis de refração sísmica mostraram a homogeneidade do solo,
permitiram ainda identificar a área de aterro e subsequente leito rochoso
e possibilitaram também a determinação da área escavável e ripável do
solo.
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Página 29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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of Engineering Sciences, 4(2), 118-129.
AENOR (2002) - UNE-ENV 1997-3: 2002. Eurocódigo 7. Proyecto. Geotécnico. Parte 3: Proyecto
Asistido por Ensayos de Campo. Madrid.
EUROCÓDIGO 8. (2010). “Projecto de estruturas para resistência aos sismos Parte 1: Regras
gerais, acções sísmicas e regras para edifícios".
Aggour, M. S. (2002). Updating bearing capacity—SPT graphs. Report Submitted to Maryland
State Highway Administration Office of Policy and Research.
Afonso, A. F. G. (2016). Correlações entre resultados de ensaios in situ de penetração dinâmica
DP com o ensaio standard penetration test (Doctoral dissertation).
Redaelli, L. L., & Cerello, L. (1998). Escavações. Geologia de Engenharia. São Paulo: Associação
Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental. ABGE. Cap, 19, 311-330.
Silvester, P. P., & Ferrari, R. L. (1996). Finite elements for electrical engineers. Cambridge
university press.
Peck, R. B., Hanson, W. E., & Thornburn, T. H. (1974). Foundation engineering (Vol. 10). New
York: Wiley.
Terzaghi, K., Peck, R. B. (1948). Soil mechanics in engineering. John Wiley & Sons, New York.
Terzaghi, K., Peck, R. B., & Mesri, G. (1996). Soil mechanics in engineering practice. John Wiley
& Sons.
Estudo geotécnico nas instalações da ECOBEIRÃO-AMRPB
Página 30
ENTREGARAM-SE EXEMPLARES DESTE RELATÓRIO A:
ECOBEIRÃO - Sociedade de Tratamento de Resíduos Sólidos do Planalto Beirão, E.I.M., S.A.
GeoAviz, Lda.
RESPONSABILIDADE TÉCNICO CIENTÍFICA DA INTERVENÇÃO:
Nuno Barraca
(Engenheiro com cédula profissional nº 86008)
RECOLHA BIBLIOGRÁFICA E DOCUMENTAL:
Nuno Barraca
TRABALHOS DE CAMPO:
Nuno Barraca; Luís Bento; Diogo Rodrigues
FOTOGRAFIA:
Nuno Barraca
CARTOGRAFIA:
Nuno Barraca
mod. gt-002
ESTUDO GEOTÉCNICO
Tipo de Ensaio : DPSH Ensaio :Projecto : Estudo geotécnico nas instalações da Ecobeirão / AMRPB
Localização : Vale da Margunda, Borralhal, Campo de Besteiros Execução :
Revisão :
Coordenadas (ETRS 1989 TM06) : M -2152.69 m Data exec. :
P 89031.88 m Profundiade máxima (m) : m
Z 226.98 m
Tensão
N max
SPT σ
(MPa)
0,40
Aterro Superficial/Xisto W4/W5 -
2.00 184 1.23
4.00
6.00
8.00
10.00
12.00
14.00
:
2.20
1/1
Página
OBSERVAÇÕES
-
atrito
(m) FNDPSH=
()
42 - 0.54
15/04/2020
REGISTO DE SONDAGEM
E1
Eng. Nuno Barraca
Eng. Nuno Barraca
20 cm
DINÂMICO S. PESADODESCRIÇÃO DO SOLO
S
U
C
S
CORRELAÇÕES
ângulo
ENSAIOS DE
PENETRÓMETRO
nº de pancadas
PROF.
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
7.0
7.5
8.0
8.5
9.0
9.5
10.0
10.5
11.0
11.5
12.0
12.5
13.0
13.5
14.0
14.5
0 20 40 60 80 100
LABORATORIO DE MECANICA DE SUELOS Y ROCAS
mod. gt-002
ESTUDO GEOTÉCNICO
Tipo de Ensaio : DPSH Ensaio :Projecto : Estudo geotécnico nas instalações da Ecobeirão / AMRPB
Localização : Vale da Margunda, Borralhal, Campo de Besteiros Execução :
Revisão :
Coordenadas (ETRS 1989 TM06) : M -2131.00 m Data exec. :
P 89028.46 m Profundiade máxima (m) : m
Z 228.35 m
Tensão
N max
SPT σ
(MPa)
0,40
Aterro Superficial/Xisto W4/W5 -
2.00 178 1.21
4.00
6.00
8.00
10.00
12.00
14.00
:
2.40
DESCRIÇÃO DO SOLO
S
U
C
S
CORRELAÇÕES ENSAIOS DE
ângulo PENETRÓMETRO
REGISTO DE SONDAGEM
E2
Eng. Nuno Barraca
Eng. Nuno Barraca
15/04/2020
PROF. atrito DINÂMICO S. PESADO
(m) FNDPSH=
nº de pancadas
() 20 cm
17 - 0.31
-
Página
OBSERVAÇÕES 1/1
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
7.0
7.5
8.0
8.5
9.0
9.5
10.0
10.5
11.0
11.5
12.0
12.5
13.0
13.5
14.0
14.5
0 20 40 60 80 100
LABORATORIO DE MECANICA DE SUELOS Y ROCAS
mod. gt-002
ESTUDO GEOTÉCNICO
Tipo de Ensaio : DPSH Ensaio :Projecto : Estudo geotécnico nas instalações da Ecobeirão / AMRPB
Localização : Vale da Margunda, Borralhal, Campo de Besteiros Execução :
Revisão :
Coordenadas (ETRS 1989 TM06) : M -2111.50 m Data exec. :
P 89026.25 m Profundiade máxima (m) : m
Z 228.61 m
Tensão
N max
SPT σ
(MPa)
0,40
Aterro Superficial/Xisto W4/W5 -
2.00 6 0.14
4.00
6.00
8.00
10.00
12.00
14.00
:
3.40
DESCRIÇÃO DO SOLO
S
U
C
S
CORRELAÇÕES ENSAIOS DE
ângulo PENETRÓMETRO
REGISTO DE SONDAGEM
E3
Eng. Nuno Barraca
Eng. Nuno Barraca
15/04/2020
PROF. atrito DINÂMICO S. PESADO
(m) FNDPSH=
nº de pancadas
() 20 cm
6 - 0.14
-
164 - 1.16
Página
OBSERVAÇÕES 1/1
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
7.0
7.5
8.0
8.5
9.0
9.5
10.0
10.5
11.0
11.5
12.0
12.5
13.0
13.5
14.0
14.5
0 20 40 60 80 100
LABORATORIO DE MECANICA DE SUELOS Y ROCAS
mod. gt-002
ESTUDO GEOTÉCNICO
Tipo de Ensaio : DPSH Ensaio :Projecto : Estudo geotécnico nas instalações da Ecobeirão / AMRPB
Localização : Vale da Margunda, Borralhal, Campo de Besteiros Execução :
Revisão :
Coordenadas (ETRS 1989 TM06) : M -2088.76 m Data exec. :
P 89022.79 m Profundiade máxima (m) : m
Z 227.24 m
Tensão
N max
SPT σ
(MPa)
0,40
Aterro Superficial/Xisto W4/W5 -
2.00 184 1.23
4.00
6.00
8.00
10.00
12.00
14.00
:
2.20
DESCRIÇÃO DO SOLO
S
U
C
S
CORRELAÇÕES ENSAIOS DE
ângulo PENETRÓMETRO
REGISTO DE SONDAGEM
E4
Eng. Nuno Barraca
Eng. Nuno Barraca
15/04/2020
PROF. atrito DINÂMICO S. PESADO
(m) FNDPSH=
nº de pancadas
() 20 cm
26 - 0.40
-
Página
OBSERVAÇÕES 1/1
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
7.0
7.5
8.0
8.5
9.0
9.5
10.0
10.5
11.0
11.5
12.0
12.5
13.0
13.5
14.0
14.5
0 20 40 60 80 100
LABORATORIO DE MECANICA DE SUELOS Y ROCAS
mod. gt-002
ESTUDO GEOTÉCNICO
Tipo de Ensaio : DPSH Ensaio :Projecto : Estudo geotécnico nas instalações da Ecobeirão / AMRPB
Localização : Vale da Margunda, Borralhal, Campo de Besteiros Execução :
Revisão :
Coordenadas (ETRS 1989 TM06) : M -2088.04 m Data exec. :
P 89033.41 m Profundiade máxima (m) : m
Z 227.51 m
Tensão
N max
SPT σ
(MPa)
0,40
Aterro Superficial/Xisto W4/W5 -
2.00 20 0.34
4.00 112 0.94
6.00
8.00
10.00
12.00
14.00
:
4.60
DESCRIÇÃO DO SOLO
S
U
C
S
CORRELAÇÕES ENSAIOS DE
ângulo PENETRÓMETRO
REGISTO DE SONDAGEM
E5
Eng. Nuno Barraca
Eng. Nuno Barraca
15/04/2020
PROF. atrito DINÂMICO S. PESADO
(m) FNDPSH=
nº de pancadas
() 20 cm
15 - 0.28
-
37 - 0.50
-
Página
OBSERVAÇÕES 1/1
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
7.0
7.5
8.0
8.5
9.0
9.5
10.0
10.5
11.0
11.5
12.0
12.5
13.0
13.5
14.0
14.5
0 20 40 60 80 100
LABORATORIO DE MECANICA DE SUELOS Y ROCAS
mod. gt-002
ESTUDO GEOTÉCNICO
Tipo de Ensaio : DPSH Ensaio :Projecto : Estudo geotécnico nas instalações da Ecobeirão / AMRPB
Localização : Vale da Margunda, Borralhal, Campo de Besteiros Execução :
Revisão :
Coordenadas (ETRS 1989 TM06) : M -2066.16 m Data exec. :
P 89031.76 m Profundiade máxima (m) : m
Z 226.21 m
Tensão
N max
SPT σ
(MPa)
0,40
Aterro Superficial/Xisto W4/W5 -
2.00 7 0.16
4.00 158 1.13
6.00
8.00
10.00
12.00
14.00
:
4.40
DESCRIÇÃO DO SOLO
S
U
C
S
CORRELAÇÕES ENSAIOS DE
ângulo PENETRÓMETRO
REGISTO DE SONDAGEM
E6
Eng. Nuno Barraca
Eng. Nuno Barraca
16/04/2020
PROF. atrito DINÂMICO S. PESADO
(m) FNDPSH=
nº de pancadas
() 20 cm
22 - 0.36
-
11 - 0.23
-
Página
OBSERVAÇÕES 1/1
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
7.0
7.5
8.0
8.5
9.0
9.5
10.0
10.5
11.0
11.5
12.0
12.5
13.0
13.5
14.0
14.5
0 20 40 60 80 100
LABORATORIO DE MECANICA DE SUELOS Y ROCAS
mod. gt-002
ESTUDO GEOTÉCNICO
Tipo de Ensaio : DPSH Ensaio :Projecto : Estudo geotécnico nas instalações da Ecobeirão / AMRPB
Localização : Vale da Margunda, Borralhal, Campo de Besteiros Execução :
Revisão :
Coordenadas (ETRS 1989 TM06) : M -2151.85 m Data exec. :
P 89012.95 m Profundiade máxima (m) : m
Z 229.41 m
Tensão
N max
SPT σ
(MPa)
0,40
Aterro Superficial/Xisto W4/W5 -
2.00 184 1.23
4.00
6.00
8.00
10.00
12.00
14.00
:
1.80
DESCRIÇÃO DO SOLO
S
U
C
S
CORRELAÇÕES ENSAIOS DE
ângulo PENETRÓMETRO
REGISTO DE SONDAGEM
E7
Eng. Nuno Barraca
Eng. Nuno Barraca
16/04/2020
PROF. atrito DINÂMICO S. PESADO
(m) FNDPSH=
nº de pancadas
() 20 cm
17 - 0.31
-
Página
OBSERVAÇÕES 1/1
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
7.0
7.5
8.0
8.5
9.0
9.5
10.0
10.5
11.0
11.5
12.0
12.5
13.0
13.5
14.0
14.5
0 20 40 60 80 100
LABORATORIO DE MECANICA DE SUELOS Y ROCAS
mod. gt-002
ESTUDO GEOTÉCNICO
Tipo de Ensaio : DPSH Ensaio :Projecto : Estudo geotécnico nas instalações da Ecobeirão / AMRPB
Localização : Vale da Margunda, Borralhal, Campo de Besteiros Execução :
Revisão :
Coordenadas (ETRS 1989 TM06) : M -2132.12 m Data exec. :
P 89010.38 m Profundiade máxima (m) : m
Z 229.77 m
Tensão
N max
SPT σ
(MPa)
0,40
Aterro Superficial/Xisto W4/W5 -
2.00 37 0.50
4.00
6.00
8.00
10.00
12.00
14.00
:
2.80
DESCRIÇÃO DO SOLO
S
U
C
S
CORRELAÇÕES ENSAIOS DE
ângulo PENETRÓMETRO
REGISTO DE SONDAGEM
E8
Eng. Nuno Barraca
Eng. Nuno Barraca
16/04/2020
PROF. atrito DINÂMICO S. PESADO
(m) FNDPSH=
nº de pancadas
() 20 cm
15 - 0.28
-
184 - 1.23
Página
OBSERVAÇÕES 1/1
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
7.0
7.5
8.0
8.5
9.0
9.5
10.0
10.5
11.0
11.5
12.0
12.5
13.0
13.5
14.0
14.5
0 20 40 60 80 100
LABORATORIO DE MECANICA DE SUELOS Y ROCAS
mod. gt-002
ESTUDO GEOTÉCNICO
Tipo de Ensaio : DPSH Ensaio :Projecto : Estudo geotécnico nas instalações da Ecobeirão / AMRPB
Localização : Vale da Margunda, Borralhal, Campo de Besteiros Execução :
Revisão :
Coordenadas (ETRS 1989 TM06) : M -2110.56 m Data exec. :
P 89007.44 m Profundiade máxima (m) : m
Z 229.60 m
Tensão
N max
SPT σ
(MPa)
0,40
Aterro Superficial/Xisto W4/W5 -
2.00 184 1.23
4.00
6.00
8.00
10.00
12.00
14.00
:
2.20
DESCRIÇÃO DO SOLO
S
U
C
S
CORRELAÇÕES ENSAIOS DE
ângulo PENETRÓMETRO
REGISTO DE SONDAGEM
E9
Eng. Nuno Barraca
Eng. Nuno Barraca
16/04/2020
PROF. atrito DINÂMICO S. PESADO
(m) FNDPSH=
nº de pancadas
() 20 cm
85 - 0.81
-
Página
OBSERVAÇÕES 1/1
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
7.0
7.5
8.0
8.5
9.0
9.5
10.0
10.5
11.0
11.5
12.0
12.5
13.0
13.5
14.0
14.5
0 20 40 60 80 100
LABORATORIO DE MECANICA DE SUELOS Y ROCAS
mod. gt-002
ESTUDO GEOTÉCNICO
Tipo de Ensaio : DPSH Ensaio :Projecto : Estudo geotécnico nas instalações da Ecobeirão / AMRPB
Localização : Vale da Margunda, Borralhal, Campo de Besteiros Execução :
Revisão :
Coordenadas (ETRS 1989 TM06) : M -2148.87 m Data exec. :
P 88989.48 m Profundiade máxima (m) : m
Z 229.83 m
Tensão
N max
SPT σ
(MPa)
0,40
Aterro Superficial/Xisto W4/W5 -
2.00
4.00
6.00
8.00
10.00
12.00
14.00
:
0.80
DESCRIÇÃO DO SOLO
S
U
C
S
CORRELAÇÕES ENSAIOS DE
ângulo PENETRÓMETRO
REGISTO DE SONDAGEM
E10
Eng. Nuno Barraca
Eng. Nuno Barraca
16/04/2020
PROF. atrito DINÂMICO S. PESADO
(m) FNDPSH=
nº de pancadas
() 20 cm
184 - 1.23
Página
OBSERVAÇÕES 1/1
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
7.0
7.5
8.0
8.5
9.0
9.5
10.0
10.5
11.0
11.5
12.0
12.5
13.0
13.5
14.0
14.5
0 20 40 60 80 100
LABORATORIO DE MECANICA DE SUELOS Y ROCAS
mod. gt-002
ESTUDO GEOTÉCNICO
Tipo de Ensaio : DPSH Ensaio :Projecto : Estudo geotécnico nas instalações da Ecobeirão / AMRPB
Localização : Vale da Margunda, Borralhal, Campo de Besteiros Execução :
Revisão :
Coordenadas (ETRS 1989 TM06) : M -2132.55 m Data exec. :
P 88992.92 m Profundiade máxima (m) : m
Z 229.86 m
Tensão
N max
SPT σ
(MPa)
0,40
Aterro Superficial/Xisto W4/W5 -
2.00
4.00
6.00
8.00
10.00
12.00
14.00
: Nega à superficie
0.40
DESCRIÇÃO DO SOLO
S
U
C
S
CORRELAÇÕES ENSAIOS DE
ângulo PENETRÓMETRO
REGISTO DE SONDAGEM
E11
Eng. Nuno Barraca
Eng. Nuno Barraca
16/04/2020
PROF. atrito DINÂMICO S. PESADO
(m) FNDPSH=
nº de pancadas
() 20 cm
184 - 1.23
Página
OBSERVAÇÕES 1/1
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
7.0
7.5
8.0
8.5
9.0
9.5
10.0
10.5
11.0
11.5
12.0
12.5
13.0
13.5
14.0
14.5
0 20 40 60 80 100
LABORATORIO DE MECANICA DE SUELOS Y ROCAS
mod. gt-002
ESTUDO GEOTÉCNICO
Tipo de Ensaio : DPSH Ensaio :Projecto : Estudo geotécnico nas instalações da Ecobeirão / AMRPB
Localização : Vale da Margunda, Borralhal, Campo de Besteiros Execução :
Revisão :
Coordenadas (ETRS 1989 TM06) : M -2140.35 m Data exec. :
P 89002.33 m Profundiade máxima (m) : m
Z 229.77 m
Tensão
N max
SPT σ
(MPa)
0,40
Aterro Superficial/Xisto W4/W5 -
2.00
4.00
6.00
8.00
10.00
12.00
14.00
:OBSERVAÇÕES 1/1
Página
184 - 1.23
PROF. atrito DINÂMICO S. PESADO
(m) FNDPSH=
nº de pancadas
() 20 cm
1.20
DESCRIÇÃO DO SOLO
S
U
C
S
CORRELAÇÕES ENSAIOS DE
ângulo PENETRÓMETRO
REGISTO DE SONDAGEM
E12
Eng. Nuno Barraca
Eng. Nuno Barraca
16/04/2020
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
7.0
7.5
8.0
8.5
9.0
9.5
10.0
10.5
11.0
11.5
12.0
12.5
13.0
13.5
14.0
14.5
0 20 40 60 80 100
LABORATORIO DE MECANICA DE SUELOS Y ROCAS
Cliente:
M (m): -2159.328 M (m): -2100.770
P (m): 89012.345 P (m): 89007.409
Modelo Vp (km/s) RMS: 1.0
GRÁFICO TEMPO - DISTÂNCIA
SECÇÃO INTERPRETATIVA
PERFIL DE SÍSMICA
Obra: ESTUDO GEOTÉCNICO NAS
INSTALAÇÕES DA ECOBEIRÃO-AMRPB
PS1Local: Vale da Margunda, União das
Freguesias de Barreiros de Besteiros e
Tourigo, Tondela, Viseu
Coordenadas (PT-TM06 - ETRS89)
Data: 17/04/2020Td Ti
ECOBEIRÃO - Sociedade de Tratamento de Resíduos
Sólidos do Planalto Beirão, E.I.M., S.A.
Cliente:
M (m): -2157.083 M (m): -2097.928
P (m): 89031.536 P (m): 89024.130
Modelo Vp (km/s) RMS: 1.9
PERFIL DE SÍSMICA
Obra: ESTUDO GEOTÉCNICO NAS
INSTALAÇÕES DA ECOBEIRÃO-AMRPB
PS2Local: Vale da Margunda, União das
Freguesias de Barreiros de Besteiros e
Tourigo, Tondela, Viseu
Coordenadas (PT-TM06 - ETRS89)
Data: 17/04/2020Td Ti
ECOBEIRÃO - Sociedade de Tratamento de Resíduos
Sólidos do Planalto Beirão, E.I.M., S.A.
GRÁFICO TEMPO - DISTÂNCIA
SECÇÃO INTERPRETATIVA
Cliente:
M (m): -2130.155 M (m): -2137.507
P (m): 88967.496 P (m): 89028.646
Modelo Vp (km/s) RMS: 2.8
PERFIL DE SÍSMICA
Obra: ESTUDO GEOTÉCNICO NAS
INSTALAÇÕES DA ECOBEIRÃO-AMRPB
PS3Local: Vale da Margunda, União das
Freguesias de Barreiros de Besteiros e
Tourigo, Tondela, Viseu
Coordenadas (PT-TM06 - ETRS89)
Data: 17/04/2020Td Ti
ECOBEIRÃO - Sociedade de Tratamento de Resíduos
Sólidos do Planalto Beirão, E.I.M., S.A.
GRÁFICO TEMPO - DISTÂNCIA
SECÇÃO INTERPRETATIVA