estudo dirigido unidade ii oeb

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Estudo dirigido- Modelo estrutural.

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Universidade de Braslia UnBFaculdade de Educao- FEDepartamento de Planejamento e Administrao- PADDisciplina: Organizao da Educao Brasileira OEBProfessora: Shirleide Perreira da Silva CruzAluno (a): Vanessa de Jesus QueirozMatrcula: 11/0021061Turma : LTarefa: Estudo Dirigido

Referncias Bibliogrficas: MURANAKA, Maria Aparecida Segatto; MINTO, Csar Augusto. Organizao da Educao Escolar. In: OLIVEIRA, Romualdo Portela de; ADRIO, Theresa. Gesto, financiamento e direito Educao: anlise da Constituio Federal e da LDB. 3. ed. So Paulo: Xam, 2007. (p. 43 62)Lei 9394/1996 , disponvel em Acesso em Maro de 2015

1- Os autores entendem por sistema a unidade da diversidade, um todo que articula uma variedade de elementos que, ao se integrarem ao todo, nem por isso perdem a prpria identidade (p.45). Assim, podemos entender que um sistema envolve a busca por ordem e unidade, no sentido de organizao para melhor funcionamento do todo, de modo que cada parte envolvida deve ter sua parcela de responsabilidade para contribuir a tal funcionamento geral. A afirmativa do autor se refere justamente uma certa ausncia de clareza no que concerne organizao e unidade da educao no Brasil. No h um s sistema, h vrios sistemas de ensino, o que contribui para dificuldades de articulao da unidade da diversidade que caracteriza o que se chamaria de sistema nacional de educao. Diferena notria citada pelos autores nas pginas 44-46, que um sistema nacional de educao seria algo mais abrangente, envolvendo normas comuns a todos, bem como mesmo padro de qualidade. Isso exigiria uma presena mais ativa do Estado na educao, tanto em termos financeiros, quanto fiscalizadores, quanto auxiliares e presenciais. Uma das possveis causas que embasa a afirmao dos autores de que a Constituio Federal de 1988 (CF 88) no explicita claramente a inteno de organizar um sistema nacional de educao pode referir-se ao prprio contexto de produo do texto constitucional, que remete a uma esfera social de divergentes opinies sobre o ensino, a educao e intervenes estatais nos dois primeiros, que refletem a divergncia tpica de uma conjuntura instvel de ps-ditadura que instrumentalizava os sistemas de ensino a favor da construo da ptria e do nacionalismo. Defendo a teoria da inter-relao entre as esferas econmica, sociocultural e poltica; e concordo com partidrios da ideia de que as datas costumam passar mais rpido que os costumes e resqucios culturais; logo, a instabilidade prpria conjuntura histrica, em termos de ausncia de coeso das classes dirigentes do pas, provavelmente cederam herana de ausncia de unidade o que atrapalhou diretamente a construo de um sistema nacional de educao.

2- Um sistema nacional de educao lidaria com uma abrangncia maior no que se refere conduo da prpria educao- que no envolve apenas o mbito escolar, mas tambm direitos sociais do cidado. Um sistema nacional de ensino mais restrito, pois lida especificamente com a instituio escola. Como bem recordam os autores, legalmente o termo ensino deve referir-se somente ao aprendido nos estabelecimentos de ensino. O como ensinar preconizado em relao ao definir o que educao e como esta deve ser conduzida para dar base ao ensino. Mais uma vez, a negligncia do papel do Estado como rgo responsvel central pela tentativa da busca da unidade da diversidade. Um dos pecados cometidos foi o de no identificar previamente os objetivos do ensino em correlao com a educao o conceito mais abrangente, antes de dispor em lei os chamados sistemas de ensino, que por conta da falta de uma noo comum, de um sistema nacional de educao, apresentam disparidades que atrapalham a j referida unidade da diversidade, que visa o bom funcionamento e maior nvel possvel de igualdade entre suas partes.

3- Falta ao texto constitucional posicionamento bem definido no que concerne responsabilidade- financeira, prestativa, auxiliar, possibilitadora, fiscalizadora-, do Estado (Unio) no funcionamento do ensino e da educao. Em outras palavras, como se o texto apontasse os destinos mas no os caminhos, tampouco indicao de transporte. H delegao de funes, mas o papel da Unio no fica exatamente claro. Alm disso, ao definir funes, no se esclarece tambm uma forma padro de conduo de trabalho. Aqui, alguns poderiam objetar que os diferentes contextos, prprios s diferenas de regio, de cultura, entre outros fatores que tornam cada cidade e suas escolas diversas entre si, no permitiriam o mesmo tipo de conduo de trabalho no geral. Entretanto, quando se fala de papel do Estado na conduo ou, ao menos na definio de um padro, se est falando de quesitos especficos como regime de trabalho, plano de carreira, polticas salariais, dentre outros elementos que constituem a construo do ensino e qualidade da educao no pas mbitos que no dependem apenas da escola, mas que dela se utilizam bastante em seu objetivo.

4- Os princpios esto assim definidos: I - igualdade de condies para o acesso e permanncia na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de ideias e de concepes pedaggicas, e coexistncia de instituies pblicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino pblico em estabelecimentos oficiais; V - valorizao dos profissionais do ensino, garantido, na forma da lei, plano de carreira para o magistrio pblico, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso pblico de provas e ttulos, assegurado regime jurdico nico para todas as instituies mantidas pela Unio; V - valorizao dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira para o magistrio pblico, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso pblico de provas e ttulos; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) V - valorizao dos profissionais da educao escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso pblico de provas e ttulos, aos das redes pblicas; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 53, de 2006) VI - gesto democrtica do ensino pblico, na forma da lei; VII - garantia de padro de qualidade. VIII (este no citado no texto de Muranaka e Minto) - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educao escolar pblica, nos termos de lei federal. (Includo pela Emenda Constitucional n 53, de 2006). Como afirmam os autores, no artigo esto contemplados vrios princpios democrticos. De um modo geral, os princpios democrticos se apresentam de forma ambgua. Ao mesmo tempo l-se a inteno de reconfigurao das instituies ligadas Unio, o que reflete do iderio sociopoltico de democracia provando que a educao foge do mbito estritamente escolar e reciprocamente relacionada ao Estado, sociedade (hiptese minha, talvez no explicitamente do texto); e enfatiza-se o binmio escola pblica e escola privada, no sentido de que para o ensino particular no h previso legal de gesto democrtica, o que colabora hierarquizao e falta de unidade do ensino.

5- O Plano Nacional de Educao teria funo de articulao de diferentes sistemas de ensino, bem como integrao deste (ensino) com o poder pblico,. Objetivando a erradicao do analfabetismo, a universalizao do atendimento escolar, a melhoria da qualidade do ensino, a formao para o trabalho e a promoo humanstica, cientfica e tecnolgica do Brasil, evidencia preocupao no que concerne ao reconhecimento da necessidade de sistematizao do direcionamento no que se refere adoo de polticas educacionais e cumprimento de metas e objetivos, num dado perodo. O artigo 214 enfatiza a preocupao com o avano da qualidade da educao no pas e tem carter orientador. Tal artigo nos encaminha reflexo entre leis e cumprimento destas.

Observao minha: A Lei de Diretrizes e Bases patente mxima, aps a Constituio, no que concerne legislao educacional no Brasil. A despeito da hierarquizao referida, est mais diretamente ligada e clara quanto a preceitos educacionais.

6- O artigo 8 da LDB trata da organizao geral dos sistemas de ensino pelas vrias esferas administrativas. Cita colaborao entre Unio, Estados, o Distrito Federal e os Municpios no que concerne aos sistemas de ensino- delegando Unio a coordenao poltica nacional de educao e articulao dos diferentes nveis e sistemas, exercendo funo normativa, redistributiva e supletiva s demais instncias educacionais. O artigo cita ainda que os sistemas de ensino tero liberdade de organizao.

7- O artigo 9 da LDB define as responsabilidades da Unio (Governo Central/Federal). Alguns incisos contm contradies citadas pelo autor. O inciso II trata de forma genrica do contedo de parte do primeiro pargrafo do Art. 211 da CF 88 , que incumbe a Unio organizar, manter e desenvolver rgos e instituies oficiais do sistema federal de ensino, sendo que deste tambm fazem parte as instituies de ensino superior privadas. O inciso III pode ser interpretado como o que prioriza somente o ensino fundamental como pblico, gratuito e obrigatrio. Alm de centralizao na Unio de todas as deliberaes sobre polticas a serem implementadas. O inciso Iv traz ambiguidades no que concerne iniciativa/responsabilidade de funes da Unio , dos Municpios e do Distrito Federal, no que concerne aos nveis infantil, fundamental e mdio. Os incisos VI e VIII trazem a questo da incoerncia ou insuficincia de exames de avaliao de nvel do ensino. Se costuma avaliar o rendimento escolar e no os processos de ensino e aprendizagem.

8- O artigo 10 da LDB define as responsabilidades dos Estados, nos seguintes termos: I - organizar, manter e desenvolver os rgos e instituies oficiais dos seus sistemas de ensino; II - definir, com os Municpios, formas de colaborao na oferta do ensino fundamental, as quais devem assegurar a distribuio proporcional das responsabilidades, de acordo com a populao a ser atendida e os recursos financeiros disponveis em cada uma dessas esferas do Poder Pblico; III - elaborar e executar polticas e planos educacionais, em consonncia com as diretrizes e planos nacionais de educao, integrando e coordenando as suas aes e as dos seus Municpios; IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituies de educao superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino; V - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino mdio. VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino mdio a todos que o demandarem, respeitado o disposto no art. 38 desta Lei; (Redao dada pela Lei n 12.061, de 2009) Pargrafo nico. Ao Distrito Federal aplicar-se-o as competncias referentes aos Estados e aos Municpios(este no citado no/alterado desde o texto de Muranaka e Minto) VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual. (Includo pela Lei n 10.709, de 31.7.2003)

9- O artigo 11 da LDB define as responsabilidades dos municpios nos seguintes termos: I - organizar, manter e desenvolver os rgos e instituies oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os s polticas e planos educacionais da Unio e dos Estados; II - exercer ao redistributiva em relao s suas escolas; III - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino; V - oferecer a educao infantil em creches e pr-escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuao em outros nveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua rea de competncia e com recursos acima dos percentuais mnimos vinculados pela Constituio Federal manuteno e desenvolvimento do ensino. Pargrafo nico. Os Municpios podero optar, ainda, por se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema nico de educao bsica. (este no citado no/alterado desde o texto de Muranaka e Minto) VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. (Includo pela Lei n 10.709, de 31.7.2003)

10- O artigo 12 estabelece as incumbncias dos estabelecimentos de ensino, nos seguintes termos: Art. 12. I - elaborar e executar sua proposta pedaggica; II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; V - prover meios para a recuperao dos alunos de menor rendimento; VI - articular-se com as famlias e a comunidade, criando processos de integrao da sociedade com a escola; VII - informar os pais e responsveis sobre a freqncia e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execuo de sua proposta pedaggica. (este no citado no/alterado desde o texto de Muranaka e Minto): VII - informar pai e me, conviventes ou no com seus filhos, e, se for o caso, os responsveis legais, sobre a frequncia e rendimento dos alunos, bem como sobre a execuo da proposta pedaggica da escola; (Redao dada pela Lei n 12.013, de 2009) VIII - notificar ao Conselho Tutelar do Municpio, ao juiz competente da Comarca e ao respectivo representante do Ministrio Pblico a relao dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de cinquenta (sic) por cento do percentual permitido em lei.(Includo pela Lei n 10.287, de 2001)

11- O artigo 13 estabelece as incumbncias dos docentes, nos seguintes termos: I - participar da elaborao da proposta pedaggica do estabelecimento de ensino; II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedaggica do estabelecimento de ensino; III - zelar pela aprendizagem dos alunos; IV - estabelecer estratgias de recuperao para os alunos de menor rendimento; V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, alm de participar integralmente dos perodos dedicados ao planejamento, avaliao e ao desenvolvimento profissional; VI - colaborar com as atividades de articulao da escola com as famlias e a comunidade.

12- O artigo 14 da LDB delega aos sistemas a elaborao das normas de gesto do ensino (pblico) na educao bsica, respeitando as peculiaridades desses sistemas, mas definindo os princpios a serem considerados: I - participao dos profissionais da educao na elaborao do projeto pedaggico da escola;II - participao das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

13- O artigo 15 da LDB trata dos graus de autonomia pedaggica e financeira das escolas pblicas de educao bsica, nos seguintes termos: Os sistemas de ensino asseguraro s unidades escolares pblicas de educao bsica que os integram progressivos graus de autonomia pedaggica e administrativa e de gesto financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro pblico.

14- Os artigos 16, 17 e 18 da LDB se referem, respectivamente a: definio da composio do sistema federal de ensino, nos seguintes moldes: I - as instituies de ensino mantidas pela Unio; II - as instituies de educao superior criadas e mantidas pela iniciativa privada; III - os rgos federais de educao; composio dos sistemas de ensino dos estados e do Distrito Federal, nos seguintes termos: I - as instituies de ensino mantidas, respectivamente, pelo Poder Pblico estadual e pelo Distrito Federal; II - as instituies de educao superior mantidas pelo Poder Pblico municipal; III - as instituies de ensino fundamental e mdio criadas e mantidas pela iniciativa privada; IV - os rgos de educao estaduais e do Distrito Federal, respectivamente. Pargrafo nico. No Distrito Federal, as instituies de educao infantil, criadas e mantidas pela iniciativa privada, integram seu sistema de ensino e; composio dos sistemas municipais de ensino, nos seguintes termos: I - as instituies do ensino fundamental, mdio e de educao infantil mantidas pelo Poder Pblico municipal; II - as instituies de educao infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada; III os rgos municipais de educao.

15- Os artigos 19 e 20 da LDB se referem, respectivamente, a: classificao das instituies de ensino em duas categorias de carter administrativo, desta forma: I - pblicas, assim entendidas as criadas ou incorporadas, mantidas e administradas pelo Poder Pblico; II - privadas, assim entendidas as mantidas e administradas por pessoas fsicas ou jurdicas de direito privado e; enquadramento das instituies privadas de ensino em quatro categorias, nos seguintes termos: I - particulares em sentido estrito, assim entendidas as que so institudas e mantidas por uma ou mais pessoas fsicas ou jurdicas de direito privado que no apresentem as caractersticas dos incisos abaixo; II - comunitrias, assim entendidas as que so institudas por grupos de pessoas fsicas ou por uma ou mais pessoas jurdicas, inclusive cooperativas de professores e alunos que incluam na sua entidade mantenedora representantes da comunidade;III - confessionais, assim entendidas as que so institudas por grupos de pessoas fsicas ou por uma ou mais pessoas jurdicas que atendem a orientao confessional e ideologia especficas e ao disposto no inciso anterior; IV - filantrpicas, na forma da lei.